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Síncope
Alteração ou perda de consciência
Perda repentina e momentânea da consciência, causada pela súbita diminuição do
fluxo sanguíneo e da oxigenação cerebral ou ainda por causas neurológicas ou
metabólicas
Quadros geralmente são benignos, de curta duração, e regridem de forma
espontânea ou em resposta a manobras bastante simples realizadas
Raramente se manifesta em crianças, que exteriorizam ansiedade ou o medo por
meio do choro e movimentação constante
Pode incluir algumas entidades nosológicas:
Síncope vasovagal desencadeada por fatores emocionais – ansiedades, visão de
sangue ou seringa e agulha ou não emocionais – fome, debilidade física, ambiente
quente ou úmido. É precedida de sinais sugestivos: palidez cutânea, sudorese fria,
fraqueza, braquicardia, pulso final e queda da pressão
Síncope vasodepressora pacientes com “pavor” à cadeira do dentista (luta ou
fuga). A vasodilatação periférica é acompanhada de diminuição de frequência
cardíaca, o débito cardíaco resulta na perda de consciência
Síncope do seio carotídeo sensibilidade do seio carotídeo e diante de leve
compressão podem sofrer queda brusca de pressão e desmaio
Síncope associada à insuficiência vértebro-basilar relacionada à hiperextensão da
cabeça (diferentemente da vasovagal – não se observa sudorese fria ou palidez da
pele e não ocorre alteração dos sinais vitais
Síncope associada às arritmias cardíacas frequência cardíacas menores que 30 a
35 ou maiores que 150 a 180 batimentos por minuto podem levar à síncope
(pacientes com certas cardiopatais de base – arritmias ou insuficiência cardíaca)
Outras situações hipoglicemia aguda, hipotensão ortostática e insuficiência
adrenal aguda (a perda de consciência pode confundir o diagnóstico diferencial em
relação às síncopes comuns)
Lipotimia
Alteração ou perda de consciência
Definida como mal-estar passageiro, caracterizado por uma sensação angustiante e
iminente de desfalecimento, com palidez, sudorese aumentadas, zumbidos auditivos
e visão turva, sem necessariamente levar à perda total de consciência (é a sensação
de desmaio, sem que ocorra)
Pré-síncope
Quadros geralmente são benignos, de curta duração, e regridem de forma
espontânea ou em resposta a manobras bastante simples realizadas
Raramente se manifesta em crianças, que exteriorizam ansiedade ou o medo por
meio do choro e movimentação constante
Prevenção da lipotimia e síncope
1) Avaliar o grau de ansiedade do paciente (considerar protocolo de sedação mínima)
2) Se apresentar história de doença sistêmica (anamnese)
3) Orientação para se alimentar antes das consultas (estado de jejum predispõe à
hipoglicemia)
4) Posicionar a cadeira de modo que fique deitado de costal ou ao menos com a cadeira
semi-inclinada
5) Evitar estímulos visuais estressores
6) Anestesia local deve ser o menos traumática possível (evitar dor no local da punção
pelo uso de anestésico tópico)
7) Solução anestésica e técnica para proporcionar anestesia local perfeira (duração e
profundidade adequadas para evitar dor)
8) Não empregar expressões que possam parecer tranquilizadores mas que aumentam a
ansiedade
9) Nos atendimentos com idosos evitar hiperestender a cabeça e não apoiar mão ou
cotovelo no pescoço
Prevenção da asfixia
1) Identificar os pacientes de risco
2) Usar lençol de borracha nos procedimentos endodônticos e restauradores
3) Colocar gaze como anteparo para proteção da orofaringe (sedados)
4) Amarrar a fio dental pequenos objetos como roletes de algodão, limas endodônticas,
componentes de implantes, grampos, etc.
5) Colocar a cadeira na posição reclinada ao atender pacientes que apresentarem
coordenação da deglutição ou o reflexo da tosse afetado
6) Usar sugador de saliva/sangue de alta potência
Golpes (“tapas”) nas costas (em bebês posição com a cabeça para baixo)
Inspeção (“varredura”) com os dedos (corpos estranhos estão localizados acima
da epiglote em vítimas conscientes, contraindicada em bebês e crianças
pequenas)
Compressões manuais (Série de 5-10 compressões na parte superior do abdome
ou da parte inferior do tórax para aumentar a pressão intra-abdominal,
produzindo “tosse artificial” estados avançados de gravidez, obesos ou em
bebês de até 1 ano)
Manobra de Heimlich
Compressões torácicas
Hipoglicemia
Um indivíduo é considerado em estado de hipoglicemia quando os níveis de glicose
no sangue encontram-se abaixo dos valores mínimo normais (60mg/100mL ou
60mg/dL)
Pode ocorrer em indivíduos diabéticos ou não diabéticos
O problema é o fornecimento inadequado de glicose ao cérebro, com prejuízo em
suas funções (desde discreto mal-estar até coma e raramente, morte)
Sinais e sintomas: ansiedade, nervosismo, taquicardia, sudorese, palidez, frio,
dilatação das pupilas, sensação de fome, salivação excessiva, borborigmo (“ronco”
na barriga), náusea, vômito e desconforto abdominal (respiração, pulso e pressão
usualmente normais)
Em estágio mais avançado é decorrente da redução da glicose no cérebro: atividade
mental anormal, alteração no humor, depressão, choro, irritabilidade, cansaço,
fraqueza, sono, tontura, olhar fixo, visão dupla ou embaçada, dificuldade de fala,
falta de coordenação motora, parestesia, dor de cabeça, coma, respiração difícil e
convulsão focal ou generalizada
Confirmação do diagnóstico glicosímetro (análise imediata da glicemia)
Prevenção da hipoglicemia
1) Investigar história prévia de algum episódio de hipoglicemia, mesmo não sendo
diabético
2) Oriente-o não comparecer às consultas em jejum alimentar
3) No atendimento de diabéticos obter o máximo de informações sobre o controle
da doença (resultados do último exame ou da hemoglobina glicada, medicação de
uso, história de complicações recentes)
4) No dia do atendimento, certificar se o paciente tomou a medicação
5) Não modificar a dosagem ou posologia dos medicamentos hipoglicemianetes orais
ou insulina
6) Agendar consultas para o início da manhã, planejamento mais número de sessões
(curta duração)
7) Faça intervalos e ofereça alimentos de ingestão rápida
8) Diálogo prévio com o médico
9) Com pacientes ansiosos e apreensivos considerar protocolo de sedação
10) Manter solução açucarada à disposição
Crise alérgica
De acordo com os mediadores envolvidos e tempo de início (imediatos ou tardio), as
reações alérgicas são classificadas em quatro tipos: