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Síncope Prevenção da lipotimia e síncope

 Alteração ou perda de consciência 1) Avaliar o grau de ansiedade do paciente (considerar


 Perda repentina e momentânea da consciência, protocolo de sedação mínima)
causada pela súbita diminuição do fluxo sanguíneo e 2) Se apresentar história de doença sistêmica (anamnese)
da oxigenação cerebral ou ainda por causas 3) Orientação para se alimentar antes das consultas
neurológicas ou metabólicas (estado de jejum predispõe à hipoglicemia)
 Quadros geralmente são benignos, de curta duração, e 4) Posicionar a cadeira de modo que fique deitado de
regridem de forma espontânea ou em resposta a costal ou ao menos com a cadeira semi-inclinada
manobras bastante simples realizadas 5) Evitar estímulos visuais estressores
 Raramente se manifesta em crianças, que exteriorizam 6) Anestesia local deve ser o menos traumática possível
ansiedade ou o medo por meio do choro e (evitar dor no local da punção pelo uso de anestésico
movimentação constante tópico)
 Pode incluir algumas entidades nosológicas: 7) Solução anestésica e técnica para proporcionar
 Síncope vasovagal  desencadeada por fatores anestesia local perfeira (duração e profundidade
emocionais – ansiedades, visão de sangue ou seringa e adequadas para evitar dor)
agulha ou não emocionais – fome, debilidade física, 8) Não empregar expressões que possam parecer
ambiente quente ou úmido. É precedida de sinais tranquilizadores mas que aumentam a ansiedade
sugestivos: palidez cutânea, sudorese fria, fraqueza, 9) Nos atendimentos com idosos evitar hiperestender a
braquicardia, pulso final e queda da pressão cabeça e não apoiar mão ou cotovelo no pescoço
 Síncope vasodepressora  pacientes com “pavor” à
cadeira do dentista (luta ou fuga). A vasodilatação
periférica é acompanhada de diminuição de frequência
cardíaca, o débito cardíaco resulta na perda de
consciência
 Síncope do seio carotídeo  sensibilidade do seio
carotídeo e diante de leve compressão podem sofrer
queda brusca de pressão e desmaio
 Síncope associada à insuficiência vértebro-basilar 
relacionada à hiperextensão da cabeça (diferentemente
da vasovagal – não se observa sudorese fria ou palidez
da pele e não ocorre alteração dos sinais vitais
 Síncope associada às arritmias cardíacas  frequência
cardíacas menores que 30 a 35 ou maiores que 150 a
180 batimentos por minuto podem levar à síncope
(pacientes com certas cardiopatais de base – arritmias
ou insuficiência cardíaca)
 Outras situações  hipoglicemia aguda, hipotensão
ortostática e insuficiência adrenal aguda (a perda de
consciência pode confundir o diagnóstico diferencial Asfixia
em relação às síncopes comuns)  Durante o atendimento  grande risco de objetos
caírem na porção posterior da cavidade oral ou na
faringe (ingestão ou aspiração)
Lipotimia  O corpo estranho tem dois caminhos quando cai na
 Definida como mal-estar passageiro, caracterizado por parte posterior da cavidade oral: o esôfago, indo para
uma sensação angustiante e iminente de o trato gastrintestinal (podem ser expelidos juntos às
desfalecimento, com palidez, sudorese aumentadas, fezes, exceto quando são perfurocortantes) ou a
zumbidos auditivos e visão turva, sem traqueia, obstruindo a passagem de ar (pode ocorrer
necessariamente levar à perda total de consciência (é a cianose e inconsciência, com consequente risco de
sensação de desmaio, sem que ocorra) morte)
 Pré-síncope  Pacientes de maior risco: bebês, crianças e idosos,
 Quadros geralmente são benignos, de curta duração, e obesos e gestantes, indivíduos sedados, etilistas ou
regridem de forma espontânea ou em resposta a dependentes de outras drogas, psicóticos, deficientes
manobras bastante simples realizadas mentais e indivíduos com limitação de abertura bucal
 Raramente se manifesta em crianças, que exteriorizam ou macroglossia
ansiedade ou o medo por meio do choro e
movimentação constante Prevenção da asfixia
1) Identificar os pacientes de risco
2) Usar lençol de borracha nos procedimentos
endodônticos e restauradores
3) Colocar gaze como anteparo para proteção da
orofaringe (sedados)
4) Amarrar a fio dental pequenos objetos como roletes de
algodão, limas endodônticas, componentes de
implantes, grampos, etc.
5) Colocar a cadeira na posição reclinada ao atender
pacientes que apresentarem coordenação da
deglutição ou o reflexo da tosse afetado
6) Usar sugador de saliva/sangue de alta potência

Golpes (“tapas”) nas costas (em bebês  posição com a


cabeça para baixo)
Inspeção (“varredura”) com os dedos (corpos estranhos
estão localizados acima da epiglote em vítimas
conscientes, contraindicada em bêbes e crianças pequenas)
Compressões manuais (Série de 5-10 compressões na parte
superior do abdome ou da parte inferior do tórax para
aumentar a pressão intra-abdominal, produzindo “tosse
artificial”  estados avançados de gravidez, obesos ou em
bebês de até 1 ano)
 Manobra de Heimlich

Hipoglicemia
 Um indivíduo é considerado em estado de
hipoglicemia quando os níveis de glicose no sangue
encontram-se abaixo dos valores mínimo normais
(60mg/100mL ou 60mg/dL)
 Pode ocorrer em indivíduos diabéticos ou não
diabéticos
 O problema é o fornecimento inadequado de glicose
ao cérebro, com prejuízo em suas funções (desde
discreto mal-estar até coma e raramente, morte)
 Sinais e sintomas: ansiedade, nervosismo, taquicardia,
sudorese, palidez, frio, dilatação das pupilas, sensação
de fome, salivação excessiva, borborigmo (“ronco” na
barriga), náusea, vômito e desconforto abdominal
(respiração, pulso e pressão usualmente normais)
 Em estágio mais avançado é decorrente da redução da
glicose no cérebro: atividade mental anormal,
alteração no humor, depressão, choro, irritabilidade,
cansaço, fraqueza, sono, tontura, olhar fixo, visão
dupla ou embaçada, dificuldade de fala, falta de
coordenação motora, parestesia, dor de cabeça, coma,
respiração difícil e convulsão focal ou generalizada
 Confirmação do diagnóstico  glicosímetro (análise
imediata da glicemia)

 Compressões torácicas Prevenção da hipoglicemia


1) Investigar história prévia de algum episódio de conservantes das soluções anestésicas locais e o
hipoglicemia, mesmo não sendo diabético fármacos como aspirina, anti-inflamatórios não
2) Oriente-o não comparecer às consultas em jejum esteroides, penicilina e cefalosporinas (história de
alimentar episódios)
3) No atendimento de diabéticos  obter o máximo de  Sinais e sintomas  alterações ou reações cutâneas,
informações sobre o controle da doença (resultados do alterações respiratórias e alterações circulatórias:
último exame ou da hemoglobina glicada, medicação  Alterações ou reações cutâneas  após 60 min ou mais
de uso, história de complicações recentes) após contato com o alérgeno (leves a moderadas na pele
4) No dia do atendimento, certificar se o paciente tomou e na mucosa bucal)
a medicação
5) Não modificar a dosagem ou posologia dos
medicamentos hipoglicemianetes orais ou insulina
6) Agendar consultas para o início da manhã,
planejamento mais número de sessões (curta duração)
7) Faça intervalos e ofereça alimentos de ingestão rápida
8) Diálogo prévio com o médico
9) Com pacientes ansiosos e apreensivos  considerar
protocolo de sedação
10) Manter solução açucarada à disposição

 Alterações respiratórias  broncoespasmo (pacientes


asmáticos com história de sensibilidade ao bissulfito de
sódio ou indivíduos alérgicos à aspririna ou anti-
inflamatórios não esteroides) – chiados e uso de
músculos acessórios da respiração e edema de faringe
(risco de morte) – pouco ou nenhum movimento de ar é
ouvido ou percebido, cianótico e perde consciência

Crise alérgica
 De acordo com os mediadores envolvidos e tempo de
início (imediatos ou tardio), as reações alérgicas são
classificadas em quatro tipos:

 Na prática odontológica  tipo I ou tipo IV


 Sob o critério da intensidade da resposta  localizadas
(cutâneas – vermelhidão da pele, urticária e prurido) ou
generalizadas (instalação rápida e manifestações mais
severas – broncoespasmos, edema de laringe,
hipotensão arterial, arritmia e colapso vasomotor)
 Na clínica odontológica  alérgenos podem estar
presentes em vários materiais, substâncias ou
medicamentos  látex de luva, lençol de borracha,
metil metacrilato de resina acrílica ou resina composta,
 Alterações circulatórias  choque anafilático
(anafilaxia generalizada) – reação sistêmica aguda
geralmente explosiva, mediada por IgE, quando entra
em contato com o atígeno (sequência de fenômenos
patológicos, ameaçadores)
esteroides e vacinas), substâncias antioxidantes do
grupo dos sulfitos, alimentos como leite, ovos,
chocolate e peixe, etc.
 Objetivo primordial  manter a condição pulmonar
estável – conseguido com o auxílio de medicamentos de
ação prolongada (anamnese – contato com o médico e
tomar medidas preventivas para evitar crise aguda):
perguntas sobre o tipo de asma, os medicamentos e
frequência, últimos episódios, se tem tosse persistente,
tem antecedentes familiares, se já foi hospitalizado

Prevenção da crise asmática


1) Confiança com o paciente (meios de
condicionamento), considerar protocolo de sedação
mínima
2) Anestesia local perfeita
3) Orientação para trazer a bombinha
4) Evitar prescrever ácido acetilsalicílico ou anti-
inflamatórios não esteroides (alternativa:
corticosteroides, paracetamol ou dipirona)
5) Pacientes sob tratamento de corticoides e história de
alergia aos sulfitos  não usar soluções anestésicas
que contenham vasoconstritores adrenérgico
(epinefrina, norepinefrina, corbadrina e fenilefrina) –
preferência: felipressina
Crise asmática 6) Incluir broncodilatador na forma de aerossol e
aparelho portátil de administração de oxigênio
 Asma brônquica  doença pulmonar obstrutiva
caracterizada pelo aumento da reatividade da traqueia e
dos brônquios a vários estímulos, que se manifesta por
estreitamento das vias aéreas
 Fatores causadores da doença:
 Intrínseca: mais comum em adultos e conhecida como
asma não alérgica ou idiopática
 Extrínseca ou infectiva: maior ocorrência em crianças e
jovens e também chamada de “asma de fundo alérgico”,
têm histórico de reação de hipersensibilidade de tipo I
ou reação alérgica associada a um componente genético
(metade dos casos de asma – a maioria se desenvolve
antes de o indivíduo completar 10 anos de idade e é
considerada como a principal doença crônica em
crianças)
 Classificada de acordo com sua gravidade: intermitente
(sintomas raros), leve (sintomas semanais), persistente
moderada (sintomas diários) e grave (sintomas diários
ou contínuos)
 Geralmente é autolimitada, quando os episódios se
tornam constantes e refratários à terapia farmacológica,
a crise aguda exige pronto atendimento por oferecer
risco de morte ao paciente
 Manifestações clínicas podem se desenvolver de forma
gradual ou súbita:
 Tosse, dificuldade respiratória, uso da musculatura
acessória para respirar, aumento da frequência
respiratória (20/minutos ou mais de 40/minuto na
severa) e aumento da frequência cardíaca (mais de 120
batimento/minuto na asma severa)
 Transpiração em excesso, agitação, sonolência ou
confusão e cianose (se não tratada, pode durar minutos
ou horas)
 Hiper-reatividade brônquica  precipitada por vários
agentes desencadeantes, alérgenos ou não:
 Ar frio, estresse emocional, estresse físico, poluentes e
irritantes ambientais, refluxo gastroesofágico, fármacos
(como ácido acetilsalicílico, anti-inflamatórios não

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