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EXAME FÍSICO GERAL

1. ESTADO GERAL

Bom estado geral (BEG)

Regular estado geral (REG)

Mau estado geral (MEG)

Contactante, compreende e se relaciona com o meio, mantidos força e disposição.

2. ATITUDE

Ativa: age por sua própria vontade

Passiva: permanece como o colocaram (mau estado geral. Apático, enfraquecido ou com
comprometimento do estado de consciência)

3. DECÚBITO

Indiferente, elevado.

Lateral (direito ou esquerdo): é uma posição que costuma ser adotada quando há dor de
origem pleurítica. Por meio dela, o paciente reduz a movimentação dos folhetos
pleurais do lado sobre o qual repousa. Ele se deita sobre o lado da dor.

Dorsal

Ventral: é comum nos portadores de cólicas intestinais.

4. POSIÇÕES ADOTADAS

Ortopneia: Sentado na cama com os pés pendentes, mãos apoiadas no leito e tronco
ligeiramente fletido.

Cócoras: Crianças com cardiopatia congênita cianótica e hipofluxo pulmonar

Cão de espingarda: Extensão forçada da cabeça e flexão dos membros inferiores sobre a bacia,
mantendo-se o corpo arqueado para trás devido a contratura antálgica dos músculos
da nuca, dorso e membros inferiores na meningite aguda.

Opistótono: contratura posterior do tronco, nos casos de tétano

Genupeitoral: O paciente posiciona-se de joelhos com o tronco fletido sobre as coxas,


enquanto a face anterior do tórax põe-se em contato com o solo ou colchão. O rosto
descansa sobre as mãos que também ficam apoiadas no solo ou colchão. Esta posição
facilita o enchimento do coração nos casos de derrame pericárdico.

5. FÁCIES

Não característica: Mesmo quando não há traços anatômicos ou expressão fisionômica para
caracterizar um dos tipos de fácies, é importante identificar sinais indicativos de
tristeza, ansiedade, medo, indiferença, apreensão.

Fácies renal: edema no rosto, bipalpebral, palidez cutânea

Fáscies cushingoide ou lua cheia: rosto arredondado e vermelho, com acne e hirsutismo

Fáscies hipertireoidiana: olhos salientes, as pálpebras não conseguem cobrir as porções


superiores e inferiores da íris

Fáscies acromegálica: Aumento do tamanho do nariz, lábios, tecidos moles da face

Fáscies leonina: Infiltrado inflamatório na face, perda das sobrancelhas, pele pregueada e
espessa, aparecimento de nódulos, lábios mais grossos e proeminentes, nariz se
espessa e se alarga. Aspecto da cara do leão, daí sua denominação. (Hanseníase)

Fáscies da paralisia facial: Do lado lesado, impossibilidade de enrugamento da fronte, do


fechamento da pálpebra e apagamento do sulco nasolabial.

Do lado são, a fronte enruga, a pálpebra fecha e o sulco nasolabial é bem visível, o ângulo do
lábio é repuxado para o lado são.

Fáscies hipocrática: olhos fundos, parados, inexpressivos. O nariz está afilado, e os lábios
adelgaçados. Quase sempre o rosto está coberto de suor. Palidez cutânea e uma
discreta cianose labial também estão presentes.

Fácies mixedematosa: rosto arredondado, nariz e lábios grossos, pele seca, espessada e com
acentuação de seus sulcos. Desânimo, apatia e estupidez. Característica do
hipotireoidismo.

Fácies acromegálica: saliência das arcadas supraorbitárias, proeminência das maçãs do rosto e
maior desenvolvimento do maxilar inferior, além de aumento do tamanho do nariz,
lábios e orelhas.

Fácies mongolóide: prega epicântica, tornando os olhos oblíquos, bem distantes um do outro,
rosto redondo, boca entreaberta.

Fácies de depressão: Cabisbaixo, olhos com pouco brilho e fixos em ponto distante. Muitas
vezes, o olhar permanece voltado para o chão. O sulco nasolabial se acentua e o canto
da boca se rebaixa.

Fácies pseudobulbar: súbitas crises de riso e choro, involuntárias, mas conscientes que levam
o paciente a tentar contê-las. Aparece na paralisia pseudobulbar.
Fácies miastênica: ptose palpebral bilateral que obriga o paciente a franzir a testa e levantar a
cabeça.

Fácies etílica: olhos avermelhados e certa ruborização da face. O hálito etílico, a voz pastosa e
um sorriso indefinido completam essa fácies.

Fácies esclerodérmica: denominada também fácies de múmia, justamente porque sua


característica fundamental é a quase completa imobilidade facial. Isso se deve a
alterações na pele, que se torna apergaminhada, endurecida e aderente aos planos
profundos, com repuxamento dos lábios, afinamento do nariz e imobilização das
pálpebras.

Fácies do deficiente mental: Traços faciais são apagados e grosseiros, a boca está
constantemente entreaberta, às vezes, com salivação; hipertelorismo e estrabismo.
Olhar é desprovido de objetivo, e os olhos se movimentam sem se fixarem em nada.

Fáscies do cretinismo

Fáscies heredoluética

Fáscies da B-talassemia

6. ESTADO DE CONSCIÊNCIA

Consciência mantida

Confusão mental: O paciente está em estado de vigília, não mantém seqüência lógica de
pensamentos e ações, não responde às perguntas feitas, está desorientado do tempo
e espaço.

Delírio: É um tipo especial de confusão mental, em que há hiperatividade psicomotora e o


paciente fala continuamente, não havendo raciocínio coerente. Tem alucinações,
sente-se ameaçado, querendo fugir.

Sonolência, Torpor e Coma: Depressão da consciência, sono difícil de ser acordado.

Sonolência: grau mais leve

Torpor: maior dificuldade em acordar o paciente, somente com estímulos dolorosos fortes,
responde lenta e dificilmente e permanece em vigília por curtos períodos.

Coma: os estímulos não conseguem acordar o paciente, embora possa apresentar sinais vitais
normais.

7. PULSO
Paciente em decúbito dorsal, o membro superior apoiado no leito. Palpa-se a artéria radial
(entre a apófise estiloide do rádio e o tendão dos flexores) com as poplas dos dedos
médio e indicador.

Verificar ritmo (ondas sucedem-se umas as outras em intervalos regulares de tempo) e o


número.

Faixa de normalidade: 60 a 100 bpm.

TAQUICARDIA: > 100 bpm (fisiológico, queda do volume sanguíneo, taquiarritmias,


miocardites, ICC, hipertireoidismo)

BRADICARDIA: < 60 bpm (doença intrínseca do coração, hipotireoidismo, drogas)

Ritmo:

Normal

Arritmia respiratória (controle vagal do nódulo sinoatrial);

Extrassítole (falha entre batimento e outro, batimento cardíaco precoce);

Fibrilação atrial (intervalos entre as pulsações e amplitudes variam e pulsações são


desordenadas).

8. FREQUÊNCIA CARDÍACA

Ausculta com estetoscópio sobre o precórdio.

Bulhas cardíacas:

Primeira: mais intensa e mais grave, mais longa (0,14s)

Segunda: menos intensa e mais grave, mais curta (0,1s)

Enquanto realiza a ausculta, contar a FC e também contar o pulso. A FC pode ser maior que o
pulso (extrassistolia ineficaz).

9. PRESSÃO ARTERIAL
Pressão de massa do sangue dentro dos canais arteriais, que determina o fluxo sanguíneo em
toda rede arterial. Quando o ventrículo se contrai, expulsa volume de sangue que leva
a aumento na pressão intra-aórtica que corresponde à pressão sistólica. Durante a
diástole, a pressão intra-aórtica cai lentamente até atingir um valor mínimo,
denominado pressão mínima ou diastólica.

- PA nos membros inferiores, artéria poplítea e pediosa.

- Pacientes emagrecidos ou obesos: Largura da câmara de borracha do manguito

Correção: PA sistólica corrigida: sistólica aferida + [32 – (1,05 x circunferência do braço em


cm); PA diastólica corrigida: diastólica aferida + [22 – (0,72 x circunferência do braço
em cm)

Se o resultado for positivo, soma-se ao número do valor da PA; se negativo, diminui-se do


valor da PA.

Valores normais:

Membros superiores: até 140x90mmHg

Membros inferiores: 20 a 30x90mmHg

Hipertensão arterial sistólica isolada: PA sistólica > que 160mmHg

Pressão divergente: Diferença entre PAS e PAD maior que o normal.


Ex: 180x60mmHg – insuficiência aórtica e anemias

Pressão convergente: Diferença entre PAS e PAD está diminuída.

Ex: 80x60mmHg – diminuição do débito cardíaco.

Hipotensão: insuficiência circulatória, choque (hemorragias, desidratação grave, infecções


graves, etc)

Hipotensão postural: hipovolemia, medicamentos.

HA nos membros superiores e hipotensão nos membros inferiores: coarctação da aorta


localizada após emergência da subclávia esquerda.

HA no mm superior direito e hipotensão no mm superior esquerdo e mm inferiores:


coarctação da aorta entre o tronco braquiocefálico e emergência da subclávia.

Diminuição ou ausência de PA em um membro, sendo normal dos demais: obstrução da


artéria correspondente.

10. FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA

Normal: 12 a 22 movimentos por minuto.

Taquipneia: FR> 24 mpm


Bradipneia: FR < 12 mpm
Dispneia: dificuldade respiratória.

11. PESO E ESTATURA

Obesidade e desnutrição.
Altura máxima: para homens – 1,90m; para mulheres – 1,80m.

Altura mínima: para ambos os sexos – 1,50m.

12. TEMPERATURA

Normal:

Axilar – 35,5 a 37°C

Oral – 36 a 37,4°C

Retal – 36 a 37,5°C

Hipotermia: axilar > 35°C

Hipertemia: Síndrome associada ao calor (insolação e drogas)

Febre: temperatura corporal acima de faixa de normalidade.

- Início: súbito ou gradual

- Intensidade:

Febre leve ou febrícula – até 37,5º C

Febre moderada – 37,6 a 38,5º C

Febre alta ou elevada – acima de 38,6ºC


- Duração

- Evolução

- Término

- Contínua

- Intermitente: toda manhã, dias alternados (terçã), período afebril dura dois dias (quartã).

- Recorrente: períodos de febre alternados com dias ou semanas sem febre.

13. EXAME DA PELE

COLORAÇÕES:

-Palidez: anemia em negros, verificar palmas das mãos e plantas dos pés.

- Cianose

Central: Menor saturação de O2 do sangue aa., que impossibilita a oxigeneção adequada do


sangue. Ex: DPOC

Periférica: Maior extração do O2 devido à lentidão do fluxo sanguíneo periférico. Ex: Choque

- Icterícia: conjuntiva ocular e cavidade oral amareladas. Quando intensa, pode ser
acompanhada de prurido e urina escura (colúria) nos aumentos de BD (bilirrubina
direta ou conjugada).

* Hipercarotenemia: cor amarelada da pele, mas não das mucosas, devido à ingestão de
carotenos (cenoura).

- Vermelhidão ou eritrose: Rubor facial da emoção, eritema solar, processo infeccioso da pele,
eritema palmar em hepatopatias, policitemia, fenômeno de Raynaud.
- Albinismo: Deficiência congênita do pigmento melânico.

- Bronzeamento da pele: doença de Addison e Hemocromatose.

- Umidade da pele (hidratação): seca, hidratada, sudorese excessiva (hiperidrose).

Nas mucosas conjuntivais, labiobucal, lingual e gengival analisar coloração, umidade e a


presença de lesões.

Coloração: normalmente são róseas-avermelhadas, devido à rede vascular. A nomenclatura


habitual é mucosas normocoradas.

As mucosas podem perder a cor róseo-avermelhada, designa-se esse achado como mucosas
descoradas ou como palidez de mucosas. Procura-se fazer avaliação quantitativa
usando uma escala de uma a quatro cruzes (+, ++, +++, ++++), sendo uma cruz (+), leve
descoramento e quatro cruzes (++++), o desaparecimento da coloração rósea.

Umidade: Em condições normais, as mucosas são úmidas, especialmente a lingual e bucal,


traduzindo bom estado de hidratação. Podemos ter umidade normal ou mucosas
secas. As mucosas secas adquirem características inconfundíveis: perdem o brilho, os
lábios e a língua ficam pardacentos, e todas as mucosas adquirem aspecto
ressequido.

LESÕES:

● Manchas: área de coloração diferente, sem elevação. Pode ser pigmentar,


vascular ou hemorrágica.

- Pigmentar: hipercromia, hipocromia, acromia (vitiligo, hanseníase), efélides (sardas),


lentigo (manchas

- Vascular: eritematosas e teleangectasias e desaparecem com digitopressão. Ex:


sarampo, rubéola, alergias, aranhas vasculares da hepatopatia.

- Hemorrágica: Não desaparecem com a pressão e deve-se ao extravasamento de


sangue do local. Podem ser petéquias (puntiformes), equimoses (extensas),
vibices (lineares), púrpuras, hematomas (extravasamento grande com
abaulamento do local).

● Pápulas: elevações da pele de pequeno tamanho

● Placas: confluência de pápulas

● Tubérculos: Trata-se de elevações maiores que 0,5cm de diâmetro

● Nódulos: Formações sólidas no tecido subcutâneo, a pele desliza sobre eles.

● Vegetações: Lesões vegetantes, salientes e irregulares.

● Ceratose: Pele dura, inelástica e espessa. Ex: calos.

● Esclerose: Pele seca, lisa, aderente a planos profundos, difícil de ser pregueada
entre os dedos. Ex: esclerodermia.

● Vesícula: Elevação da pele com líquido no seu interior.

● Bolha: maior que a vesícula.

● Pústula: Vesícula ou bolha com pus.

● Abscesso: Coleções purulentas em dermo-hipoderme ou subcutâneo

● Erosão ou exulceração: solução de continuidade da epiderme


● Ulceração: solução de continuidade que alcança a derme

● Fissura: Perda de tecidos lineares, em dobras ou peri-orifícios

● Fístula: Túneis de comunicação entre focos purulentos e superfície da pele.

● Escamas: Porções epidérmicas secas que descamam.

● Crosta: Ressecamento de secreção purulenta, serosa ou hemática.


“Casquinha”.

● Escara: Úlceras de pressão.

● Atrofia: Pele quase transparente, fina e lisa. Ex: Estrias.

● Cicatriz: reposição de tecido destruído; quando exagerada, é denominada


queloide.

CABELOS E PELOS: Alopecia, canície e hirsutismo.

UNHAS:
Espessa, rugosa, encurvada: infecções fúngicas

Perioníquea: inflamação das pregas ungueais.

Paquioníquia: espessamento e rugosidade ungueal.

Onicólise: separação indolor entre a placa e o leito ungueal.

Disqueratose: unhas grosseiramente anormais.

Planoníquia: unhas planas, finas e quebradiças na deficiência de ferro.

Coiloníquia: evertidas, finas e quebradiças na deficiência de ferro.


Onicogrifoses: espessamento em forma de chifre.

Hemorragias subungueais

Leuconíquias: unhas esbranquiçadas.

Depressões ungueais

Unhas de Mees: linhas transversais à lúnula (doenças agudas graves)

Unhas de Beau: depressões transversais nas unhas.

Unhas de Terry: esbranquiçadas e com faixa vermelho-acastanhada distal.

Dedo em baqueta de tambor e unha em vidro de relógio: DPOC, cardiopatias congênitas.

14. TECIDO CELULAR SUBCUTÂNEO

● Quantidade e disposição de gordura:

Obesidade, generalizada ou disposição preferencial (hiperfunção do córtex adrenal), caquexia,


lipomas.

● TURGOR: desidratação – frouxo e pastoso

● EDEMA: Aumento de líquido extracelular no tecido celular subcutâneo.


Sinal de cacifo (sinal de godet): compressão sobre plano ósseo. Avaliar a profundidade
da depressão através do número de cruzes (+,++,+++,++++).

O edema pode ser elástico, ou seja, a pele retorna imediatamente a sua situação
normal, ou pode ser inelástico, em que a pele comprimida demora a voltar à posição
primitiva.
Tipos de edema: inflamatório, alérgico, linfático, ICC etc.
Anasarca: edema generalizado
Ascite: acúmulo de água na cavidade peritoneal.

O edema pode ser mole, é facilmente depressível, ou duro, quando se depara com maior
consistência para obter a formação da depressão quando se exerce digitopressão
(edemas mais antigos, devido a proliferação fibroblástica).
Avaliar também a temperatura da pele circunjacente ao edema: pode ter uma temperatura
normal, ser quente (inflamatório) ou frio (comprometimento da irrigação
sanguínea).

Avaliar sensibilidade da pele, podendo der doloroso ou indolor.

Observar, ainda, a textura e espessura da pele. Pele lisa e brilhante acompanha edema
recente e intenso; pele espessa é vista nos edemas de longa duração; pele enrugada
aparece quando o edema está sendo eliminado.

● ENFISEMA SUBCUTÂNEO: infiltração de ar no TCS, devido à lesão pleural ou pulmonar.


Palpação: esponjoso; Ausculta: crepitações.

● ELASTICIDADE DO TCS: dobra da pele se desfaz rapidamente; diminuído em idosos.

● CIRCULAÇÃO VENOSA COLATERAL: pessoas de cor clara: desenho venoso é visível.


Circulação venosa colateral
Caput medusae: veia engurgitadas e distendidas na região paraumbilical.

● LINFONODOS: Palpação dos linfonodos.


- Occipitais: posterior da cabeça
- Auriculares anteriores e posteriores
- Submandibulares
-Submentonianos
- Cervicais anteriores e posteriores
- Supraclaviculares
- Infraclaviculares
- Axilares
- Epitrocleares
- Inguinais
- Poplíteos

15. MUSCULATURA
Empregam-se a inspeção e palpação. Para a inspeção, não se exige técnica especial, basta
olhar atentamente a superfície corporal com o paciente em repouso, observando o
relevo das massas musculares mais volumosas.

A palpação é feita com as polpas digitais colocadas em forma de pinça, com o polegar em
oponência aos demais dedos da mão.

- Musculatura normal, diminuição, aumento da massa muscular: hipotrofia, atrofia,


hipertrofia.

Tonicidade: tônus normal, hipertonicidade ou espasticidade, hipotonicidade ou flacidez.

- Rigidez da musculatura: tétano

- Flacidez: miastenia gravis, paralisia, poliomielite.

-Tremores: movimentos alternantes, mais ou menos rápidos e regulares, de pequena ou


média amplitude, que afetam principalmente as partes distais dos membros. Pedir
para que o paciente estenda as mãos com a palma voltada para baixo; depois, pede-se
que segure algum objeto ou que toque o nariz com os dedos.

- Movimentos coreicos: movimentos involuntários, amplos, desordenados, de ocorrência


inesperada e arrítmicos, multiformes e sem finalidade. Localizam-se na face, nos
membros superiores e inferiores.

- Tiques: movimentos involuntários que aparecem em determinado grupo muscular,


repetindo-se sucessivamente. São determinados pela vontade e podem ser funcionais
ou orgânicos.

- Trismo: rigidez que impede o paciente de abrir a boca

- Sinal de Trousseau: contração muscular devido a isquemia provocada pelo


esfimomanômetro, em uma situação de hipocalcemia

- Sinal de Chvostek: Contração orbicular dos lábios, com desvio do canto do lábio para fora e
para cima devido a percussão digital leve abaixo da arcada zigomática (nervo facial)
em uma situação de hipocalcemia.
16. OSSOS

- Tamanho: gigantismo (ossos mais longos que o normal), acromegalia (ossos das
extremidades e mandíbula), nanismo (diminuição dos ossos longos).

- Encurtamentos

- Angulações: joelho valgo (desvio das coxas para dentro) e joelho varo (desvio das coxas para
fora).

-Saliências: espessamento periostal, processos inflamatórios, tumores, rosário raquítico


(proeminências das junções costocondrais na face anterior do tórax devido à deficiência de
vitamina D).

17. CABEÇA

Posição em relação ao tronco (torcicolo – inclinação lateral)

Crânio:

- Tamanho e forma: alterações têm origem na vida intra-uterina ou dos primeiros anos de
vida, pois após 4 a 5 anos as suturas estão fechadas impedindo alterações de forma ou
tamanho.

Microcefalia, macrocefalia, micrognatia, meningoencefalocele, nódulos ou tumorações

Face: Verificar se há paralisia facial

PERIFÉRICA CENTRAL
Lesões distais ao forame estilomastoideo Lesão do núcleo do nervo
Não enruga a testa e não fecha a pálpebra do lado
Mm. Frontais e orbiculares pouco envolvidos
lesado (m. orbicular do olho)
Ao sorrir, desvio da boca para o lado normal Desvio para baixo do ângulo da boca
Ressecamento dos olhos, perda de saliva Abaulamento da bochecha na expiração
Olhos:

● Edema palpebral: unilateral ou bilateral, sinais inflamatórios. Doença renal, trauma,


alérgico, picada de inseto, sinal de Romaña

● Motricidade palpebral: Queda da pálpebra superior (ptose – nervo oculomotor)

● Terçol ou hordéolo

● Xantelasma: placas de cor amarelada associadas a anomalias de lípides séricos


● Exoftalmia, atraso palpebral, menor freqüência ao piscar (lid-lag): hipertireoidismo
devido ao bócio difuso tóxico

● Enoftalmia: retração do globo ocular

● Estrabismo: desvio do olho devido a paralisia dos mm. Do globo ocular (trauma,
processos vasculares)

● Nistagmo: movimentos involuntários do globo ocular (causa ocular, ouvido interno,


SNC, intoxicações).

● Triquíase: crescimento dos cílios em direção ao globo ocular.

● Entropio: pálpebras se dobram para dentro.

● Ectropio: pálpebras se dobram para fora.

Conjuntivas: recobre a face posterior das pálpebras (conjuntiva palpebral), verifica-se


irrigação.
Conjuntiva bulbar: icterícia
Pterígio: lâmina fibrovascular recoberto pela conjuntiva.

Córnea e cristalino: verificar opacificações (arco senil, catarata e coma).

Pupila:
Miose em ambiente claro e midríase em ambiente escuro.
Anisocoria: pupilas com diâmetros diferentes.
Reflexos pupilares: informações sobre lesões das vias nervosas relacionadas.
Luz: feixe luminoso em uma das pupilas e ocorre contração da pupila iluminada (reflexo
fotomotor direto) e do lado oposto (reflexo fotomotor consensual).
Acomodação: aproximando objeto do globo ocular, há convergência e contração das pupilas.
Alteração da visão:

Para perto: presbiopia – perda da elasticidade do cristalino.

Para longe: miopia

Nariz:

Tamanho e forma: acromegalia e sífilis congênita

Rosácea: pápulas eritematosas, pústulas e telangectasias (etilistas).

Asa de borboleta: eritema e edema; atrofia e telengectasias.

Lesões nas narinas: hanseníase, leishmaniose, pbmicose (paracoccidiodomicose).

Batimento das asas do nariz: dificuldade respiratória.

Boca:

Lábios:
Lábio leporino: deformação congênita, fenda labial
Herpes simples
Úlceras: tempo e evolução da dor
Estomatite angular
Queilose: deficiência de vitamina B12, folatos e ferro.
Gengivas e mucosa oral:
Estomatite aftosa
Leucoplasia: mácula ou placa, branca, dura e que pode sofrer erosão
Monilíase (Candida)
Periodontites
Ulcerações e hiperplasia das gengivas: leucemias e linfossarcomas
Sangramentos
Manchas de Koplik na mucosa oral: brancas, na mucosa vestibular: sarampo

Dentes: 32 dentes: conservação, ausência


Hipoplasia de esmalte: uso contínuo de tetraciclina

Língua:
Saburrosa: camada aderente branco-acinzentada
Seca: desidratação
Papilas: filiformes, folhadas, fungiformes, circunvaladas. Atrofia: deficiências de ferro,
vitamina B12.
Negro-pilosa: hipertrofia das papilas filiformes; associada ao uso de quimioterápicos e
antibióticos.
Geográfica: áreas de atrofia das papilas e áreas com papilas crescendo rapidamente, não tem
significado clínico.
Macroglossia: aumento do volume da língua em tumores, amiloidose, acromegalia ou
hipotireoidismo.
Úlceras e tumoração
Rânula: cisto na face inferior da língua devido à obstrução do canal salivar.

Palato: fenda palatina, petéquias.

Pilares, úvula, amígdalas e faringe: secreção e aumento de volume das amígdalas.

Glândulas salivares:
- Parótidas: ducto abre-se na mucosa vestibular próximo do 2º molar superior. Aumento:
caxumba, parotidite bacteriana, reação a drogas.

- Glândula submandibular: ducto excretor abre-se junto ao frênulo lingual.

Orelha:
Pavilhão auricular
Tofos: depósitos de uratos na margem do hélix (gota).

18. PESCOÇO

-Movimentação do pescoço: torcicolo (desvio lateral)

-Processos da coluna cervical

-Rigidez de nuca (encostar o queixo no peito)


Tireoide:

- Localização: parte anterior do pescoço, 1 a 2 cm acima do esterno (entre a cartilagem


tireoide e a fúrcula), na frente dos primeiros anéis da traqueia.

- Inspeção: pescoço em extensão, verificar aumento de volume e nódulos.

- Palpação:

Examinador posicionado atrás do paciente

Polegares fixam a nuca

Dedos indicador e médio palpam os lobos

Pedir ao paciente para deglutir

- Registrar

Tamanho

Consistência (fibroelástica)

Sinais inflamatórios

Frêmito

Mobilidade

- Ausculta: sopros.
Veia jugular externa:
Nasce na espessura da parótida, atravessa a glândula parótida e termina na veia
subclávia.

- Estase jugular: pesquisar com o paciente deitado, o tronco recostado em ângulo de


45° com o plano da cama.

Tumores:

- Cistos dermoides: secreção sebácea, assoalho da boca, submentoniana ou lateral a


linha média.

- Cistos branquiais: situados ao nível da mandíbula, crescem em direção à margem


anterior do esternocleidomastoideo.

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