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Caroline Marie

HABILIDADES 1º SEMESTRE - 2022

ANAMNESE
PASSOS:
ID
• Nome
• Idade
• Sexo/gênero
• Cor/etnia
• Estado civil
• Profissão (local de trabalho também)
• Naturalidade
• Procedência
• Residência
• Nome da mãe
• Nome do responsável/cuidador/acompanhante
• Religião
• Plano de saúde

QD
• Motivo que levou o paciente a procurar o médico
• Tempo que esse sintoma está presente

HPMA
• Utilizar o sintoma-guia
• Registro cronológico e detalhado do motivo que o levou ao
médico
• Início até a data atual
• Inclui todas as características daquele sintoma (início,
características do sintoma, fatores de melhora ou piora, relação
com outras queixas, evolução, exames, tratamentos, constância,
intensidade, …)
IDA
• Sintomas gerais (febre, astenia, alterações de peso, sudorese,
calafrios, cãibras,…)
• Pele e fâneros
• Cabeça e pescoço
• Tórax (cardio e respiratório)
• Abdômen (digestório)
• Sistemas urinário e genital
• Sistema hemolinfopoético
• Sistema endócrino
• Coluna vertebral, ossos, articulações e extremidades
• Músculos
• Artérias, veias, linfáticos e microcirculação
• Sistema nervoso
• Exame psíquico e avaliação das condições emocionais

AP
• Doenças sofridas pelo paciente
• Alergia
• Cirurgias
• Traumatismo
• Transfusões sanguíneas
• História obstétrica
• Vacinas
• Medicamentos em uso

AF
• Estado de saúde dos familiares
• Causas de óbito na família

HV
• Alimentação
• Ocupação atual/anteriores
• Atividade física
• Consumo de tabaco
• Consumo de bebidas alcoólicas

EXAME FÍSICO

1. Avaliação geral
*Começa quando o paciente entra na sala

- Biotipo (brevilíneo, normolíneo, longelíneo) —> segue o ângulo de


Sharpey
- Fáceis (patológica ou psicológica)
- Marcha
- Atitude (voluntária e involuntária)
- Coloração (cianose, icterícia, palidez, corado) → quantificado em
cruzes
- Nível de consciência
- Nível de hidratação

Outros pontos:
- Estado de nutrição: bola de Bichatt (área de gordura no rosto de
indica o nível de nutrição do paciente) ou região temporal
- extremos: obesidade e caquexia
- Sinais vitais
- Hidratação
- Mucosa
- Turgor da pele -> diminuído indica desidratação
- Fontanelas (em crianças) -> mais deprimida quando desidratada
- Urina (cor/volume)

Pontas dos dedos


- Sinal de Renault (fenômeno de Renault causa cianose periférica)
- Icterícia
- Isquemia
Estado geral: bom, regular, mau (avaliar o paciente como um todo,
levando em conta os estados de nutrição, mental e psicológico)

Nível de consciência:
• estado de vigília
• estado obnubilado
• estado comatoso

Orientação no tempo e espaço

*como avaliar o estado mínimo de consciência: Escala de Glasgow


- resposta ocular
- abertura espontânea: 4
- abertura ao chamado: 3
- abertura diante de um estímulo à dor: 2
- sem resposta: 1

- resposta verbal
- fala comum: 5
- fala confusa: 4
- comportamento inadequado: 3
- emite murmúrios apenas: 2
- sem fala: 1

- resposta motora
- coordenação responde ao comando: 6
- estímulo à dor local: 5
- estímulo à dor, mas sem identificar o local da dor: 4
- decorticação/perda (faz um movimento de "reflexão" diante o
estímulo da dor): 3
- descerebração (faz um movimento de esticar os braços): 2
- sem resposta: 1
Nota máxima de Glasgow: 15 / Nota mínima: 3

Obs importante: Um paciente sem nível de consciência mínima


normalmente é entubado, já que costuma correr perigo de se afogar nas
próprias secreções por conta da falta de estímulo da tosse.

Fácies:

Outras: Acromegálica

Sinais Vitais
- Pressão arterial: mais ou menos 12/8
- pulso: 60 bpm – 100 bpm
- Frequência cardíaca: 50 – 100 bpm (bradicárdico / taquicárdico)
- Frequência respiratória: 12-20 ipm (bradipneico/taquipneico)
- Temperatura: 35,5 oC – 37,5 oC

Peso, altura e IMC


- Peso ideal:
- Homem = o que excede em cm da altura
- Mulher = idem acima ou menos de 5%
- Nutrição: eutrófico ou distrófico?
- IMC = P/A2 (kg/m2)
- Normal: IMC de 20 a 24,99
- Baixo peso: IMC < 20
- Sobrepeso: 25 a 29.99
- Obesidade: 30 a 39.99
- Obesidade grave: <40
*Caquexia: extrema desnutrição/magreza

Circunferência abdominal
- Homem até 102 cm
- Mulher: até 88 cm

Pediatria analisará alguns outros pontos, como:


- Perímetro encefálico
- Fontanelas
- Desenvolvimento puberal
- Dentição
- Desenvolvimento físico: altura e peso em relação às curvas gerais
de crescimento e peso

Atitude: no leito, na posição ereta, psicológica, na marcha


- Atitude voluntária: as atitudes são as que o paciente adota por
sua vontade
- ortopnéia
- genupeitoral
- cócoras
- ...
Marcha
- normal
- ceifante (pernas duras, fazendo o movimento de ceifa)
- parkinsoniana (passos curtos e arrastando o pé)
- claudicante (mancando)
- cerebelar (inseguro)
Avaliação da pele
- Coloração
- Palidez
- Icterícia -> tem haver com o aumento dos níveis de bilirrubina/
fezes claras e urina escura
- Cianose -> periférica ou central
- Corado
- Temperatura
- Umidade
- Elasticidade
- Higiene
- Textura
- Turgor
- Mobilidade
*colúria: presença de bilirrubina na urina

Termos importantes

Disfonia ou afonia: alteração do timbre da voz (rouca, fanha, bitonal)


Dislalia: troca de letras (comum em crianças)
Disartria: alterações dos músculos da fonação, incoordenação cerebral,
etc
Disfasia ou afasia: o órgão fonador e os músculos da fonação mas há
perturbação na elaboração cortical da fala. Traduz lesão do hemisfério
cerebral dominante: o esquerdo no destro e o direito no canhoto
Disgrafia: perda da capacidade de escrever
Dislexia: perda da capacidade de ler

Circulação colateral
Vasos superficiais

Edema
- Utiliza sinal de Godet
- Diversas causas
- Pode ser por:
- Trombose arterial: pode causar isquemia e consequentemente
dor, baixa perfusão, baixa temperatura
- Trombose venosa: checa pelo sinal da bandeira (balança a batata
da perna e ela não mexe muito)
- Mudança de permeabilidade
- Obstrução dos vasos linfáticos
- Edema cardíaco
- Desnutrição proteica
- Edema medicamentoso
- Edema alérgico
- Edema inflamatório
- Edema postural
Telangiectasia: também chamada de "spiders" (como "perninhas de
aranha"), são vermelhas e decorrentes da dilatação de microvasos.

Petéquias

- Dengue pode causar plaquetopenia e com isso sangramento


- Visto com a prova do laço → feito com esfignomanômetro
para causar um estresse na região e observar o capilar (ver se o sangue
extravasa / se há um aparecimento de petéquias)

Obs: vesícula: bolha com água / pústula: bolha com pus (como as
espinhas) / pátula: crosta acima da epiderme seca/ eritema:
vermelhidão (vasodilatação local)

Outros sintomas/sinais
- Pilificação:
- Hirsudismo: aumento da quantidade de pelos no corpo da
mulher em locais que apenas homens costumam ter
- Unha em vidro de relógio (hipóxia crônica)
- Manchas de Koplik: muito comum em sarampo

Gânglios: órgãos linfáticos responsáveis pela "limpeza" do corpo.


Costumam ficar inflamados quando há um tipo de invasão.
- Possuem cadeias de gânglios palpáveis e não palpáveis
Obs: uma boa referência para reconhecer as cadeias é o músculo
esternocleidomastóideo, pois a cadeia anterior cervical fica de um lado
e a cadeia posterior cervical de outro
*lembrar do cervical anterior e posterior,
Sinal de Virchow (linfonodo de virchow): fica na região supra
clavicular esquerda e está relacionado a cânceres gástricos

Obs: Gânglios costumam ficar aumentados perto do local alterado. Se


houver uma inflamação geral, diversos gânglios estarão aumentados.

Características que devem ser observadas:


- consistência
- mobilidade
- tamanho
- temperatura
- único ou coalescente
- dolor ou indolor

Sinais nos linfonodos que preocupam:


- grande
- endurecido
- doloroso
- aderido aos planos (preso)

Sons de korotkoff
sons auscultados durante a aferição da pressão arterial
- mecanismo desconhecido
- pode ser causado pelo fluxo turbilhonamento que passa pela artéria
parcialmente ocluída
Pressão arterial invasiva, pressão arterial medida dentro de uma artéria
através de um sensor
- vantagem: é dinâmica, dá pra ver as variações
score de sofa: método pra avaliar FC, FR e nível de consciência e ver se
o paciente está em sépsis que consequentemente pode evoluir pra um
choque séptico
hiato auscultatório: existe um intervalo de silêncio entfe as batidas. a
pressao sistólica é a primeira do primeiro ciclo, enquanto a diastólica é
a última da do último ciclo. é comum em idosos por conta da
complacência dos vasos, pois eles são mais rígidos.
Exame físico do aparelho cardiovascular

Sintomas
- Dor precordial (isquemia miocárdica) → piora durante ex físico
- Dispnéia: grandes, médios, pequenos esforços, DPN , EAP
(congestão venosa pulmonar)
- Edema (congestão venosa sistêmica + hiperaldosteronismo
secundário )
- Palpitações (Arritmias) → ex: fibrilação atrial
- Sinais de baixo débito sistêmico e cerebral → pode causar
tontura
- Tosse e chiado (congestão pulmonar)
- Hemoptise (embolia pulmonar) → tossir com sangue
- Cianose (hipoxemia)
- Astenia (baixo débito sistêmico) → fraqueza

Sintomas individualmente

Dor precordial (isquemia miocárdica)


• Duração: minutos a horas (até 30 min provavelmente dor
anginosa; > 30 min a horas: provável infarto do miocárdio)
• Intensidade: sensação de morte próxima
• Tipo: aperto, opressão
• Irradiação: MSE, epigástrio, mandíbula, cotovelos
• Fatores que acompanham: sudorese, palpitações, náuseas
• Fatores desencadeantes ou de piora: estresse, exercícios físicos
• Fatores de melhora: repouso

Dispnéia
• Predominantemente inspiratória
• Progressiva (grandes, pequenos e médios esforços, DPN, EAP)
Piora em decúbito dorsal e esforços físicos
• Melhora com o repouso e decúbito elevado
• Pode ser acompanhada de cianose e palpitações
• É a expressão da insuficiência ventricular esquerda mais intensa
quanto maior a congestão pulmonar

Edema
• Começa em MMII e pode ser ascendente até ascite e anasarca
• Piora com o passar do dia intensificando-se ao final da tarde
• Depressível, frio, sem alterações de pele, indolor
• Junto com a estase jugular e a hepatomegalia é a expressão da
insuficiência ventricular direita
• Utiliza sinal de Godet

Anamnese

Identificação:
Idade
• Crianças: cardiopatias congênitas e a febre reumática
• Adultos jovens: valvopatias, HAS
• Adultos: dislipidemia, doença coronariana, valvopatias,
miocardiopatias
• Idosos: doença coronariana, aneurisma da aorta, miocardiopatias

Profissão:
• Estresse profissional
Naturalidade e procedência:
• no Brasil, zonas endêmicas de doença de chagas
Cor:
• HAS em afrodescendentes

Repercussão no I.D.A.:
Neurológico: sinais de baixo débito, palidez, síncope e lipotímia
Digestório: digestão demorada, obstipação intestinal (congestão
visceral)
Urinário: nictúria (inversão do ritmo urinário – reabsorção de edemas)
Muscular: fraqueza e astenia (baixo débito)
Respiratório: Tosse, chiado, hemoptise ("asma cardíaca congestão
pulmonar")
Obs: lipotimia → sensação de desmaio/ síncope →desmaio

Antecedentes Pessoais: Amidalites frequentes ou febre reumática na


infância, diabetesm hipertensão arterial, dislipidemia, cirurgias
cardíacas prévias

Antecedentes familiares: HAS, diabetes, ico, dislipidemia, histórico de


morte súbita na família, histórico de familiares com coração dilatado

Hábitos e vícios: Tabagismo, alcoolismo, maus hábitos alimentares,


sedentarismo

Exame do coração
1- Inspeção
2- Palpação
3- Ausculta
4- Percussão
Regiões anteriores do tórax
Face anterior do tórax (linhas anteriores)

1.Inspeção e palpação
- Paciente em decúbito dorsal
- Médico à direita do paciente
- Atenção à luminosidade
- Tórax desnudo
Obs: SEMPRE examinar o paciente estando à direita dele

Inspeção estática:
- Exame da pele e estruturas superficiais
- Arcabouço torácico
- Abaulamentos fixos (precordial: cardiomegalia)
- Retrações fixas
- Existência de cicatrizes

Inspeção dinâmica + palpação

- Ictus Cordis
- Pulsação epigástrica (aorta abdominal)
- Pulsação supraesternal

Ictus Cordis

Definição: onda de choque da ponta do coração (do VE) na parede


do tórax
1. Localização ou sede: Quinto espaço intercostal, sobre ou para
dentro da linha hemiclavicular esquerda (LHCE)
Deslocamentos do ictus:
*Vertical (sexto espaço): longilíneos ou hipertrofia ventricular esquerda
* Horizontal (Para fora da LHC E): brevilíneos e gestantes,
cardiomegalia, ascite ou obesidade

2. Extensão: 2 polpas digitais


3. Intensidade: normal, propulsivo ou intenso (cupuliforme:
hipertrofia); difuso ou pouco intenso (globoso: dilatação)
4. Mobilidade: 2cm para a esquerda e para direita, quando em
decúbito lateral esquerdo e direito (imóvel na pericardite
constrictiva)
5. Ritmo e frequência: Rítmico ou arrítmico/ 60-80 bpm
Ausculta
Posições:
• Decúbito dorsal
• Decúbito lateral esquerdo
• Sentado
Focos
• Relacionados às válvulas
• Tem os mesmos nomes das válvulas
• "Tum tá" é o fechamento /abertura das válvulas
• Sístole ventricular: Contração → semilunares (aórtica e
pulmonar) abertas e as outras fechadas
• Diástole: Relaxamento → Átrios abertos e semilunares fechadas

Para realizar o exame:


Paciente em decúbito dorsal
Sentado e decúbito lateral esquerdo

Focos de ausculta:
- Foco aórtico: 2º espaço intercostal direito na linha paraesternal direita
- Foco Pulmonar: 2º espaço intercostal esquerdo na linha paraesternal
esquerda
- Foco aórtico acessório: 3º espaço intercostal esquerdo na linha
paraesternal esquerda
- Foco tricúspide: 5º espaço intercostal esquerdo na linha paraesternal
esquerda baixa → base do processo xifoide à esquerda
- Foco mitral: 5º espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular
esquerda

Obs: embaixo da clavícula a gente tem a primeira costela, que não é


possível palpar, por isso a "primeira"costela que a gente consegue
palpar é a 2ª.
Outros componentes da ausculta cardíaca
1. Bulhas: normalmente temos 2 (tum e tá) -> pode chegar à 4
bulhas
2. Sopros
3. Clic de ejeção e estalidos
4. Atrito pericárdico

1. Bulhas cardíacas

Primeira bulha:
Fechamento das valvas atrioventriculares (mitral e tricúspide) → o
"tum", que é a sístole

Segunda bulha:
Fechamento das valvas semilunares (aórtica e pulmonar) → a diástole

Terceira bulha:
Normal em crianças e adolescentes
Vibração do ap. subvalvar mitral e da musculatura ventricular na
diástole, fase de enchimento rápido (obs: ritmo de galope: com fc alta +
presença de 3ª bulha)
Quarta bulha? (contração atrial ?)

Obs: bulhas normais -> normofonéticas


Como é escrito num prontuário: BRNF 2I S/S -> bulhas rítmicas
normofonéticas em 2 tempos e sem sopros
*se tiverem anormais: BANF

Arritmia: pode ser causada por fibrilação atrial, (se fosse fibrilação
ventricular o paciente com certeza já estaria desmaiado/quase
morrendo)
*Só dá choque em quadros que o coração está sem ritmo, porque se ele
estiver sem batimentos não resolve.

Fases do ciclo cardíaco


Sístole e diástole

TUM............SÍSTOLE............TÁ......DIÁSTOLE......TUM
FECHA/V.MI +V.TRI FECHA/V.AO + V.PUL

2. Sopros:
1. Tempo do ciclo cardíaco:
Sistólicos (insuf. Mitral/ estenose ao)
Diastólicos (insuf. Ao/ estenose mitral)

2. Localização (focos ausculta)


3. Intensidade (+/4 A ++++/4)
4. Irradiação
5. Timbre/ tonalidade (agudo/grave; suave/rude)
3. Atrito pericárdico (pericardite)

Percussão
Método menos informativo (não muito útil na cardio)
- Dificuldades com mamas e musculatura torácica
- Procedimento

Palpação dos pulsos


PA: DC (VS x FC) x RVP
Pulso: Obrigatórios → carotídeos, radiais, tibiais posteriores e pediosas

Características dos pulsos:


- Frequência
- Amplitude
- Tensão (OS)
- Simetria
- Ritmicidade
- Aspectos da parede arterial

Tempo de enchimento capilar


Fibrilação ventricular-> o ventrículo não ejeta sangue, falta oxigênio, o
paciente quase morre

Fibrilação atrial → vai causar arritmia pq o átrio não vai trabalhar


direito, mas o ventrículo ainda vai ejetar sangue, então vai ter pulsos
periféricos

Sobre as 2 bulhas:
1a - sístole: Valvas atrioventriculares fechadas / Coração tá ejetando o
sangue
2a - diástole: valvas semilunares fechadas / Coração relaxado e sendo
enchido de sangue

Hipofonese: Espessamento de alguma parede ou derrame pericárdico


Hiperfonese: quando o coração bate mais forte
Revisão rápida (detalhes importantes) – Prof Adriano

- HPMA
- Cronologia
- Características da dor/ de outro sintoma
- Utilizar as palavras do paciente, mas de um jeito que todo
mundo consiga entender

- Edema
- Formação
- Causas
- Tipos
- Características

- Escala de Glasgow
- Cada subdivisão
- lembrar da decorticação e descerebração na resposta
motora

- Nível de hidratação
- Ver "pinçando" a pele, analisando as mucosas, coloração/odor da
urina
- Analisar o "turgor" → estado tensionado da pele

- Cadeias ganglionares
- Características (tamanho, dor, único ou em conjunto,
mobilidade, ...)
- Identificar as mais famosas
- Função (imunológica, faz uma "limpeza do sangue")

- Estado nutricional
- Presença da bola de Bichat
- IMC
- Análise da parte intercostal, região temporal
- Tônus muscular
- Eutrófico, Caquético (abaixo), Obeso (acima)

- Aferição da pressão arterial


- Se o paciente realizou alguma das tarefas que não podia
- Procedimento
- Localiza a artéria radial
- Coloca o manguito 2 dedos acima da fossa cubital
- Infla o manguito até parar de sentir o pulso
- ...

- Pulso
- Características (intensidade, ritmo, frequência, simetria)
- Os pulsos mais importantes

Obs: ritmo → presença de periodicidade


Frequência → número de batimentos por um intervalo de tempo
(normal: 60-100 bpm)

- Ictus Cordis
- choque causado pelo ápice do coração que bate na parede
torácica
- características (localização, tamanho, intensidade)
- localização: 5º espaço intercostal, na linha hemiclavicular
esquerda (coincide com o foco mitral)

- Focos de ausculta
- o que são: pontos de ausculta do batimento cardíaco para ver as
bulhas (fechamento das valvas)
- focos e localização (são 5)
Aparelho Respiratório

Regiões anatômicas
Obs: Lobo médio do pulmão direito sempre se projeta para frente

ANAMNESE
Identificação
*destaque para a história ocupacional detalhada

Sintomas do aparelho respiratório

- Vias aéreas superiores


- Nasais
o coriza
o obstrução nasal
o prurido (coceira)
o espirro
o nariz entupido
-Orofaringe
o Dor, ardor
o Prurido
o Descarga pós-nasal
o Tosse seca

-Laringe/traquéia
o Cornagem/traqueísmo
o Alteração da voz

- Vias aéreas inferiores


o Tosse/expectoração
o chiado
o falta de ar
o dor torácica

Inspeção
*Técnica adequada de luz e posicionamento do paciente
*Reconhecer os pontos de referência, linhas e regiões

- Inspeção estática
o tipo constitucional
o formato do tórax
➢ normal
➢ tórax em barrio/em tonel: comum em
tabagistas
➢ escavado
➢ cifótico
➢ enfisematoso (fumante)
➢ infundibiliforme (tórax de sapateiro)
o presença de cicatrizes
o abaulamentos/retrações (deverão ser negados se não forem vistos)
o existências de lesões

- Inspeção dinâmica
o Tipo de respiração (torácico/abdominal/toracoabdominal)
➢ homens costumam ter respiração torácica
➢ mulheres costumam ter respiração abdominal
o Tiragem (utilização de musculatura acessória intercostal), fúrcula, batimento de asa de nariz
o Frequência respiratória (12-20 rpm)
o Ritmo
o Alterações na expansibilidade ( há simetria?)
o Abaulamentos expiratórios (com ou sem sinal de lemos torres —> precisa colocar o paciente em
decúbito lateral e está associado à derrame pleural)
Obs: se tiver derrame pleural provavelmente vai causar o “sinal do véu””, que é uma parte
branca no raio-x que demonstra que há líquido

Palpação
*Função principal: Confirmar os achados da inspeção

o Manobras de expansabilidade
o Palpação de frêmitos (vibração correta) ou enfisema subcutâneo (quando há uma lesão e o ar
fica infiltrado embaixo da pele —> costuma aparecer em bolinhas de ar)
o Frêmito tóraco-vocal (alterações na vibração ao falar —> se tiver sem vibração ao falar, deve ter
alguma alteração)

*Pesquisa do frêmito toracovocal (FVT)


-mais nítido nas pessoas magras
-mais acentuado à direita
-Nos homens é mais acentuado nas bases, nas mulheres é mais acentuado nas regiões superiores

Percussão
o Polpa digital do dedo médio direito “martela” a 1a articulação interfalangeana do dedo
indicador esquerdo e demais dedos não se apoiam na parede torácica

Tipos de sons:
- Claro pulmonar: é o som normal
- Sons anormais:
o Sub-maciço: pneumonia por conta de catarro
o Maciço: derrame pleural
o Hipersonoro: enfisema pulmonar
o Timpânico: pneumotórax
- Descrever sempre o local da alteração sonora

Ausculta
Técnica: tórax nu ou sobre tecido fino de algodão
Locais de ausculta: sempre comparando as regiões simétricas do tórax

Ausculta da respiração
1. Respiração traqueal ou brônquica
2. Respiração bronco-vesicular
3. Respiração vesicular ou murmúrio vesicular
- local: demais regiões do tórax
-duração: tempo de ausculta da inspiração > tempo de ausculta da expiração (3 ou 4:1)
-chamado murmúrio vesicular, que é o barulho normal da respiração, é mais audível na
inspiração

Ruídos adventícios:
-Ruídos anormais descontínuos
- Estertores finos (crepitantes) -> do meio para o final da inspiração e é muito alveolar
- originados pela presença de líquido ou exsudato no interior dos alvéolos (ICC,
pneumonia, etc)
- não se alteram com a tosse
- sub-tipo: estertor “em velcro”
-ocorrem em toda a inspiração e ocorrem por alterações no tecido de suporte
das paredes brônquicas
- ocorre em doenças intersticiais
- Estertores grossos (subcrepitantes ou bolhosos) -> durante a inspiração e a expiração, além
de ser mais bronquiolar
- indicam secreção dentro de brônquios e bronquíolos

-Ruídos anormais contínuos:


- Roncos
o Sons graves
o Significam estreitamento dos grandes brônquios: por espasmo, edema e/ou
secreções
o Ocorrem tanto na inspiração como na expiração, mas predominam na expiração
o Comuns em doenças como asma, bronquites e bronquiectasias
- Sibilos
o Sons agudos
o Significam estreitamento dos pequenos brônquios: por espasmo, edema e/ou
secreções
o Ocorrem tanto na inspiração como expiração, mas predominam na expiração
o Comuns em doenças como asma e bronquite
- Cornagem
o Produzido pela semi-obstrução da laringe ou da traquéia
o Comumente é audível sem estetoscópio
o Doenças: câncer de laringe, edema de glote, estenose de traquéia
- Atrito pleural
o Decorre do atrito entre as pleuras
o Mais intenso na inspiração
o Geralmente acompanhado de frêmito
- Sopros
o

RESUMO DE UMA PESSOA NORMAL: MV+ S/RA (murmúrios vesiculares presentes, sem ruídos
adventícios)

Ausculta da voz
o Normalmente médico pede para o paciente ficar repetindo “trinta e três” para analisar
Protocolo de reanimação cardiopulmonar (RCP)

o RCP é a interrupção da circulação sanguínea


o Consequências
- Após ma PCR em 10-15 seg há perda de consciência
- Após 3 min começa lesão cerebral
o Causas da parada
- Cardiopatia isquêmica
- Trauma
- Intoxicação
- Afogamento

Mecanismos de parada cardiocirculatória


1- Fibrilação ventricular (>70%)
2- Taquicardia ventricular (sem pulso)
3- Assistolia
4- Atividade elétrica sem pulso (AESP)

Como iniciar um atendimento a uma PCR?


A + C + B +D

(A)
Averiguar segurança do local
Averiguar insconsciência (chamar a pessoa tocando os ombros e chamar a vítima)
Ajuda (192 -> viva voz e tela)

(C)
Circulação – pulso carotídeo ausente
Iniciar as compressões imediatamente

(B)
Breathing - Ver, ouvir e sentir a respiração
* só se houver um segundo socorrista

(D)
Solicitar o desfibrilador externo automático + equipamentos (esfignomanômetro PAS > 90mmHg +
oxímetro de pulso sat > 94%

Desfibrilação elétrica
- Comando do aparelho -> socorrista
- Não usá-lo sobre placa metálica ou água
- - C/ marca-passo -> desviar a pá direita
- Solicitar que todos se afastem

Frente a uma pessoa inconsciente quais são as possíveis situações?


1- Pulso e respiração presentes = só inconsciente
2- Pulso presente e respiração austente ou anormal = parada respiratória -> mais frequente por
engasgo ou uso de drogas depressoras do centro respiratório
a. 10-12 ventilações/min se houver proteção (aumbu ou pessoa conhecida)
i. Socorrista fica atrás da cabeça do paciente com o polegar e o indicador em “C”
junto ao centro da máscara (nariz e boca). Demais 3 dedos sob a mandíbula do
paciente
b. Checagem de pulso carotídeo a cada 2 min
3- Pulso e respiração ausentes = parada cardiorrespiratória
a. 1 socorrista só: só compressões contínuas (100-120/min)
b. 2 socorristas: 30 compressÕes/ 2 ventilações (sem via aérea avançada mas com
proteção
c. Compressão relaxamento – 1:1

Como fazer as compressões torácicas?


1- Mãos entrelaçadas
2- Apoiadas no terço inferior do esterno
3- Na linha dos mamilos
4- Manter braços esticadas

*a cada 5 ciclos (2 min) -> trocar os socorristas


*checar o pulso a cada 5 ciclos (2 min)
Aparelho Digestório

Sintomas
o Dor abdominal
o Dor de estômago
o Náuseas e vômitos
o Pirose retroesternal
o Disfagia
o Alteração do ritmo intestinal
➢ Diarréia
➢ Constipação intestinal (obstipação ou prisão de ventre
o Distensão abdominal
o Desconforto abdominal
*Considerar também emagrecimento inexplicado/“anemia”/risco familiar

Anamnese
Principais irradiações da dor visceral
o Escápula e ombro D – frênica e biliar
o Escápula e ombro E – frênica E e baço
o Em barra – pancreatite
o Hipocôndrio direito – fígado, vesícula e lobo inferior do pulmão direito
o Periumbilical – Delgado e apêndice
o Lombo sacra – Útero, testículos, rins e reto
o Flanco – pancreatite e litíase renal
o Perineal – prostatite e “proctalgia fugax”

Escala de Bristol – Escala de formas de fezes

Hemorragias digestórias (alta/baixa)


o HAD: da boca até o ângulo de Treitz (transição duodenojejunal)
o HDB: do ângulo de Treitz até o canal anal (esfíncter anal)
o Termos importantes:
➢ Hematêmese: (HAD): vômito “em borra de café”
➢ Melena: fezes “como piche”, cheiro desagradável
➢ Enterorragia: evacuação de sangue vivo
➢ Hematoquezia: fezes com laivos de sangue vivo (reto/ânus)

Sintomas/Sinais
o Icterícia
➢ Colúria: urina “cor de coca-cola”
➢ Hipocolia/Acolia Fecal: fezes “massa de vidraceiro”
o Relacionar sintomas com:
➢ Ingestão alimentar
➢ Saciedade
➢ Alteração no ritmo intestinal
➢ Conflitos emocionais
o Nos hábitos perguntar:
➢ Dieta/líquidos/bebida alcoólica
➢ Hábito alimentar

Exame físico do abdômen

Requerimentos local

o Boa iluminação
o Silêncio

Requerimentos paciente

o Esvaziar a bexiga
o Decúbito dorsal, braços aol ado do corpo
o Posição relaxada e confortável
o Exposição total do abdômen com genitália coberta

Requerimentos médico

o Lavas as mãos
o Orientar o paciente
o Examinar pelo lado direito
o Aquecer mãos e estetoscópio
o Unhas curtas
o Evitar movimentos bruscos e inesperadis
o Examinar áreas dolorosas no final
o Ter tempo e paciência

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