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INTRODUÇÃO À PEDIATRIA
Especialidade médica que estuda as crianças e suas doenças
Na prática...
Uma anti-especialidade → não trata só de um órgão / aparelho
PEDIATRIA
Cuida da criança como um ser humano global, físico-mental, emocional, social
Atenção integral
META
Criação de indivíduos
• Fisicamente sadios
• Psiquicamente equilibrados
• Socialmente úteis
O INÍCIO DA CONSULTA
Inicia-se na sala de espera
Sala de espera
• Receptiva
• Descontraída
• Decoração atraente
A CONSULTA PEDIÁTRICA
ACOLHIMENTO
Ritual de aproximação
• Visa relaxar a ansiedade
• Considerar o medo e a insegurança
O ESTABELECIMENTO DA RELAÇÃO
A palavra-chave é escutar
Escutar = compreender, introjetar
MÃE
• Normalmente não é imparcial – envolvimento emocional
• Percepção por vezes distorcida da saúde/doença da criança
• Angústia circunstancial em decorrência da doença levando a ansiedade, medo,
comparações indevidas, negação
A armadilha
• Menosprezar a preocupação da mãe
• Aceitar passivamente o relato exagerado – ter senso crítico
ANAMNESE
O agora
• Padrão alimentar criança / família
• Higiene geral / bucal
• Lazer – TV / videogames (tempo de tela), cultural
• Atividade física
• Hábito intestinal
• Aprendizado – creche / escolinha
• Desenvolvimento neuro / motor
• Linguagem
• Controle de micção / evacuação
• Comportamento / disciplina / limites
Anamnese ampliada
• As raízes – família
o Condições sociais, condições de vida
o Identificar riscos familiares – genética, atopia, ambiente, pais separados, pais
ausentes, babá, avós
• O início
o Pré-natal, condições de nascimento, período neonatal
• O ambiente físico
o Habitação, quartos, insolação, entorno
• O passado
o Desenvolvimento – “foi tudo no tempo certo?”
o Doenças anteriores, crônicas ou de repetição
• Vacinação
o Incompleta? Só as da Saúde Pública?
O EXAME FÍSICO
ANTROPOMETRIA
É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA!! Muita informação sobre o estado de saúde a longo prazo
e momentâneo. Tem que medir e marcar – os gráficos de crescimento são muito importantes.
ORDEM VARIÁVEL
Se a criança tranquila se inicia pela ausculta
• Cardíaca
• Respiratória
• Digestiva
Criança de 8/9 meses até 3 anos, sempre começar o exame no colo da mãe. A chance de
chorar é menor. A frequência cardíaca de criança é bem mais acelerada.
APARELHO CARDIOVASCULAR
Variação da frequência cardíaca conforme a idade
Não precisa decorar para prova, só precisa ter uma noção.
DADOS VITAIS – PA
MEDIDA ADEQUADA
• Criança tranquila e relaxada
• Manguito adequado
• Pneumática largura correspondente a 40% da circunferência do braço (medida no
ponto médio entre o olecrano e o acrômio) e comprimento equivalente a 80 a 100%
da mesma, sem superposição
• Manguito cobre 2/3 do antebraço
• A criança precisa estar tranquila por 2 a 3 minutos, para crianças maiores de três anos
utiliza-se a posição sentada, com o braço sobre suporte, de forma que a fossa cubital
esteja ao nível do coração, enquanto para lactentes e menores de três anos, utiliza-
se o decúbito dorsal. O braço direito é preferível, pois permite comparação com
tabelas padronizadas.
• Hipertensão arterial pediátrica é definida a partir de valores de PA iguais ou superiores
ao percentil 95. Para idade, sexo e percentil de estatura, confirmados em 3 ocasiões
subsequentes
Valores diferentes para menino e menina
ICTUS CORDIS
• Define a localização da impulsão sistólica apical
• Varia com a idade e desenvolvimento do tórax
Parâmetro → linha hemiclavicular
FRÊMITO
Sensação tátil das vibrações produzidas por um fluxo de sangue turbulento
Importante na classificação de sopros
Sopros
Grau 1 → sopro leve, não escuta sempre
2 → leve, escuta com facilidade
3 → moderado, escuta com mais facilidade, mas não tem frêmito
4 → moderado, com frêmito, só escuta com o esteto firme
5 → escuta com esteto frouxo
6 → escuta até antes de colocar esteto
PULSOS
Avaliar
• Frequência
• Ritmo
• Amplitude
FOCOS DE AUSCULTA
• Foco pulmonar
• Foco aórtico
• Foco tricúspide
• Foco mitral
O QUE DEFINIR?
• O ritmo é regular?
• Como estão as bulhas? Hiper ou hipofonéticas? Desdobradas?
• Apresenta B3 ou B4? Nem sempre B3 é patológico
• Como está a sístole? Tem sopro? Click? Atrito?
• E a diástole? Tem sopro? Estalido? Atrito?
Lembrar que existem sopros inocentes!! 60% dos pacientes têm sopro em alguma época da
vida.
Sopro leve, suave, pouco intenso. Sopro sistólico → todo sopro diastólico em princípio é
patológico ???????? conferir isso
O APARELHO RESPIRATÓRIO
Os valores de referência (valorizar) → CAI NA PROVA
≤ 2 meses → FR > ou = 60 ipm
3 meses a 11 meses → FR > ou = 50 ipm
12 meses a 5 anos → FR > ou = 40 ipm
≥ 6 anos → FR > ou = 30 ipm
FTV
Apenas em crianças maiores
FTV abolido em pneumotórax, em pneumonia xxx
AUSCULTA
• MVF
• Sibilos – som contínuo e musical
• Crepitações – esfregar de cabelos
• Estridores – “tosse de cachorro”
• Ronco – som mais forte
ECTOSCOPIA
Ecto – fora; scopia – observar
• Observação metódica e global do paciente do ponto de vista morfológico e dinâmico
• Inicia-se já durante a anamnese ou, até antes, na sala de espera, se completando
durante o exame físico
Pontos importantes
• Boa luminosidade
• Corpo descoberto
• Atenção do examinador
• Mudanças na posição do paciente
ATITUDE
• Ativo • Prostrado
• Alerta • Obnubilado
COMPORTAMENTO
Impróprio
• Movimentos repetitivos,
estereotipados
• Agitação • Autismo infantil
• Agressividade • Transtornos mentais
• Comunicação limitada
BIOTIPO
POSTURA
• Opistótono → tétano, meningite
Meningite → rever sinais e sintomas; kernig, brudzinski
LESÕES DE PELE
• Mácula - alteração da cor da pele, circunscrita e sem elevação
• Pápula - lesão elevada, sólida, menor que 1 cm de diâmetro
• Placa - lesão elevada, sólida, maior que 1 cm de diâmetro
• Vesícula - lesão elevada, conteúdo líquido, seroso, menor que 1 cm de diâmetro
• Bolha - lesão elevada, conteúdo líquido, maior que 1 cm de diâmetro
• Púrpura - lesão arroxeada, decorrente de hemorragia cutânea e que quanto
puntiforme denomina-se petéquia
PANÍCULO ADIPOSO
• Aumentado
o Obesidade exógena e endógena
Exógena → engorda e cresce muito
Endógena → engorda e fica baixa
Olhar altura. Se tem percentil de altura menor que 50 dificilmente vai ter
obesidade endógena
• Diminuído
o Desnutrição
FÁCIES
Refere-se a ectoscopia facial
• Alguns dismorfismos permitem, por si só, um diagnóstico
• Paralisia facial
Central – apenas metade inferior do rosto
Periférica – rosto inteiro
• Fácies adenoideana
o face estreita e alongada
o olheiras
o lábios entreabertos e ressecados
o lábio inferior volumoso e com eversão
o lábio superior curto e hipofuncionante
o nariz achatado e com narinas pequenas
o maxilas atrésicas
o dentes superiores profusos
o palato ogival
Pacientes que se cansam com facilidade, com dificuldade para realizar atividades físicas e
com baixo rendimento em esportes
Dorme demais
• Síndrome de down
Epicanto, região maxilar atrésica, ponte nasal baixa, língua protusa e saliente, etc
• Fácies envelhecida
o Progéria
o S. de Cockayne
FORMA DO CRÂNIO
• Trigogonocefalia
• Escafocefalia – sutura sagital fechou antes
• Braquicefalia – sutura coronal fechou antes
• Plagiocefalia
Craniosinostose – quando fecha todas. Tem atraso no desenvolvimento, tem que fazer
cirurgia até oitavo mês
Quando fecha uma só, às vezes não tem atraso no desenvolvimento
Existe plagiocefalia posicional – fica diferente um lado do outro, mas não teve fechamento,
é pelo lado que a criança fica muito. Pode acontecer
TAMANHO DO CRÂNIO
• Macrocrania – quase sempre genético, sem prejuízo no desenvolvimento
• Macrocefalia – quase sempre decorre da hidrocefalia, tem prejuízo no
desenvolvimento e vai piorando
• Microcefalia
• Anencefalia
OS OLHOS
• Avaliar forma, tamanho, simetria, espaçamento das órbitas, assim como inclinação
das fendas palpebrais.
• Avaliar estruturas do olho - córnea, pupilas, íris, esclera.
• Avaliar movimento dos olhos
• Avaliar cílios e sobrancelhas
FENDAS PALPEBRAIS
• Profundidade
• Inclinação
ESPAÇAMENTO
• Hipertelorismo – espaçamento maior – distância de uma pupila para outra
aumentada
o Síndrome cri-du-chat
• Hipotelorismo
o Trigonocefalia
PARALELISMO
ESTRABISMO
• Convergente
• Divergente
OS OLHOS
Avaliar também:
• Córnea
• tamanho
• forma
• transparência
• Conjuntivas
• Escleras
ORELHAS
Avaliar:
• tamanho
• forma
• simetria
• posição ( implantação )
• presença de apêndices
• secreção nos orifícios
Para ver se a implantação está baixa – tem que ver a prega intercantal interna (olho). A
implantação da orelha tem que estar acima dessa linha.
Secreção, etc.
NARIZ
Avaliar:
• tamanho
• forma
o S. de Rubenstein Taybi
o S. de Crouzon
o S. de Down
• movimentação
• pelos
• presença de lesão
• secreção
Ausência: Trissomia do 13
A BOCA
Avaliar:
• tamanho
• forma
• simetria
• abertura
• presença de lesões
• cor
• exteriorização de saliva ou secreções
• tumorações
• Cor
• Lesões
• Tamanho
• Simetria
Língua em framboesa – escarlatina
Lesões – herpes
Tamanho: S. Treacher Collins (grande), S. Hallermann-Streiff (pequena)
MANDÍBULA
Avaliar:
• tamanho
• forma
• simetria
• movimentação
• presença de tumorações
PESCOÇO
Avaliar:
• comprimento
• largura
• apêndices
• movimentação
• presença de tumorações
• S. de Turner
• S. Noonan
Turner, bócio, torcicolo congênito, mononucleose, etc.
Torcicolo congênito – lesão do esternocleidomastoide na hora do nascimento
O TÓRAX
Avaliar:
• tamanho
• forma
• simetria
• presença de tumorações
• protrusões ósseas
• lesões de pele
• Pectus escavatum
• Pectus carinatum
• Rosário costal
• Mamilo extranumerário
O ABDOME
Avaliar:
• tamanho
• forma
• simetria
• presença de tumorações ou abaulamentos
• integridade da parede
• lesões de pele
GENITÁLIA
Avaliar:
• tamanho
• forma
• secreções
• orifícios
• lesões de pele
• Genitália ambígua – sempre que não conseguir palpar o testículo bilateralmente tem
que pensar em genitália ambígua
• Fimose – fechamento do orifício prepucial, de maneira que não se consegue expor a
glande. 80 e poucos por cento nasce com fimose
• Hipospádia – implantação da uretra em local diferente
• Hidrocele – cirúrgico se não desaparecer até um ano de idade
• Sinéquia de pequenos lábios – união dos pequenos lábios vaginais
MEMBROS
Avaliar:
• tamanho
• forma
• simetria
• presença de tumorações ou abaulamentos
• lesões de pele
• Acondroplasia
• Pé-torto congênito
• Síndrome de Klippel-Trenaunay-Weber
• Sindactilia – dedos grudados
• Polidactilia – qtde de dedos maior
• Clinodactilia – dedo torto
APARELHO DIGESTIVO
TEM QUE AUSCULTAR PRIMEIRO E PALPAR DEPOIS – PARA NÃO ESTIMULAR
PERISTALTISMO
ORDEM FIXA
• Sempre auscultar primeiro
• Depois palpação e percussão
DIVISÃO DO ABDOME
• Palpação do fígado e baço
Crianças até idade escolar tem como palpar fígado, o baço apenas nas primeiras
semanas de vida
OROSCOPIA
Avaliar
• lábios - avaliar palidez perioral;
• mucosa oral - aspecto, coloração, candidíase, enantema, ulcerações, petéquias,
vesículas, odor, trismo, salivação;
• dentes - número, posição, conservação;
• gengivas - infecção, coloração, sangramento, cistos, hipertrofia;
• língua - aspecto, cor, tamanho, "língua presa", paralisias;
• palato; úvula
Língua saburrosa – evolução da escarlatina, nos dois primeiros dias tem isso, depois
descama e fica língua em framboesa.
OTOSCOPIA
Avaliar:
• canal auditivo e tímpano;
RINOSCOPIA
Observar forma, aspecto e cor da mucosa, secreções, septo nasal, pólipos, tumores;
• rinite alérgica
• sinusite
(olhar imagens nos slides)