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URGÊNCIAS E

EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS
Enf. Ruan Felicidade
INTENSIVISTA PEDIÁTRICO
URGENCISTA/EMERGENCISTA
INSTRUTOR DE APH
QUEIXAS FREQUENTES NO PSI

• FEB R E
• TO S S E / D IFIC U LD AD E


R E S P I R AT Ó R I A
S U S P E I TA D E P N E U M O N I A
O QUE É UMA EMERGÊNCIA


C R I S E C O N V U L S I VA PEDIÁTRICA?
D O R AB D O M INAL

Q U E D A S / TC E

BAIXO GAN H O D E PE S O ?

S E PS E / C H O Q UE
S É PTIC O ?

EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS
O QUE É UMA EMERGÊNCIA
PEDIÁTRICA?
COMO ESTAR PREPARADO?

• P O L Í T I C A S , G U I D E L I N E S E P R O T O C O L O S E S P E C Í F I C O S PA R A
D O E N Ç A S E P R O C E D I M E N T O S E M P E D IAT R IA
• SABE R M E D I C A Ç Õ E S E D O S E S C O R R E TA S C A L C U L A D A S E M K G ( P E
•S A R A C R I A N Ç A )
E Q U I PA M E N T O S E S P E C Í F I C O S PA R A C A D A FA I X A E T Á R I A ( BVM , M Á S
•C A R A S , C Â N U L A S D E I N T U B A Ç Ã O , M A T E R I A L D E AC E S S O )
RECONHECER E AGILIZAR TRATAMENTO
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
CARACTERÍSTICAS DA CRIANÇA

▪ Cabeça proporcionalmente maior em relação ao corpo

▪ Cérebro mais complacente


▪ Cavidade oral menor e língua proporcionalmente maior
▪ Tórax mais elástico
▪ Menor peso
▪Evolução clínica extremamente rápida
▪ Recuperação neurológica maior
DIFERENÇ
AS
BÁSICAS
VALORES DE REFERÊNCIA DOS SSVV
VALORES DE REFERÊNCIA
EMERGENCIA PEDIÁTRICA
ESCALA DE COMA DE GLASGOW
SINAIS PARA ENCAMINHAR A CRIANÇA
AO SERVIÇO DE URGÊNCIA
•Recusa alimentar (a criança não consegue beber
ou mamar);
•Vômitos importantes (ela vomita tudo o que
ingere);
•Convulsões ou apneia (a criança fica em torno
de 20 s sem respirar);
•Frequência cardíaca abaixo de 100bpm;
• Letargia ou inconsciência;
• Respiração rápida (acima de 60mrm);
•Atividade reduzida (a criança movimenta-se
menos do que o habitual);
•Febre (37,5ºC ou mais);
•Hipotermia (menos do que 35,5ºC);
• Tiragem subcostal;
• Batimentos de asas do nariz;
•Cianose generalizada ou palidez importante;
•Icterícia visível abaixo do umbigo ou nas
primeiras 24 horas de vida;
•Gemidos;
•Fontanela (moleira) abaulada;
•Secreção purulenta do ouvido;
•Umbigo hiperemiado (hiperemia estendida à
pele da parede abdominal) e/ou com secreção
purulenta (indicando onfalite);
• Pústulas na pele (muitas e extensas);
• Irritabilidade ou dor à manipulação.
CRISE
CONVULSIVA
Em crianças e adolescentes, as crises convulsivas
podem ser causadas pelas mesmas condições
apresentadas pelos adultos.
➢ TCE;
➢ Meningite;
➢ Deficiência de oxigênio;
➢ Hipoglicemia;
➢ Overdose drogas licitas e não licitas;
➢ Febre, etc.
CRISE
CONVULSIVA
• Observar nº de crise até o momento;
• Se foi focal ou generalizas;
• Duração e intervalos entre as crises;
• Uso ou não da medicação habitual;
• Solicitar socorro o mais breve possível;
OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPO
ESTRANHO (OVACE)
Causas de Obstrução das Vias Aéreas

➢No bebê: principalmente líquidos


➢Na criança: objetos sólidos (alimentos,
pequenos objetos, peças de brinquedos)
COMO RECONHECER A
OVACE?
➢ Início súbito de angústia respiratória
➢ Palidez cutâneo mucosa e apneia
➢ Tosse
➢ Restrição para falar
➢ Respiração ruidosa (estridor)
➢ Chiado
➢Início súbito de grave dificuldade respiratória,
na ausência de febre ou sintomas respiratórios,
sugere OVACE.
CUIDADOS COM
OVACE
• Observar riscos de apneia
• Observar riscos de broncoaspiração
• Caso saiba a técnica realizar manobras
MANOBRA DE HEIMLICH
GASTROENTERITE
AGUDA
GASTROENTERITE AGUDA
➢5 bilhões de episódios anuais
➢Mortalidade de até 15-30%, nos
países em desenvolvimento
➢Número de evacuações líquidas maior
do que 3, ou um único episódio semi-
líquido contendo muco ou sangue no
período de 12 horas (duração menor de
14 dias).
PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES
CLÍNICAS
➢Diarréia
➢Vômitos
➢Febre
➢Anorexia
➢Cefaléia
➢Mialgia
SINAIS DE
DESIDRATAÇÃO
• Criança irritada, apática ou comatosa
• Sede excessiva
• Diurese diminuida ou ausente
• Fontanelas deprimidas
• Turgor cutâneo diminuido ou ausente
• Olhos encovadas
• Olhar perdido
ABDOME AGUDO

Sinais de alerta:
➢Vômitos: com bile, fecalóides ou em
jato
➢Parada de eliminação de gases e fezes
➢Distensão abdominal
➢Massa abdominal palpável
➢Sangramento intestinal
➢Peristaltismo visível
PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES
CLÍNICAS:

➢ Toxemia
➢ Vômitos
➢ Febre
➢ Anorexia
➢Tensão abdominal, dor à palpação ou à
manobra de descompressão brusca e
defesa muscular
➢ Massas e plastrões palpáveis
HEMORRAGIA DIGESTIVA

•Incomum em crianças
•Pode significar situação de extrema
gravidade
•Na maioria das vezes em pequena
quantidade e auto-limitada
•Dividida em: HD alta e HD baixa
ACIDENTES MAIS COMUNS NA
INFÂNCIA

➢ QUEDAS
➢ CORTES
➢ QUEIMADURAS
➢ INTOXICAÇÃO
➢ TRÂNSITO
➢ CHOQUE ELÉTRICO
QUEDAS:

➢2 a 9 meses por meio de superfícies altas


(sofás, camas) do carrinho;
➢9 meses a 3 anos de objetos, terraços e de
janelas.
➢Obs: para evitar preocupe-se em colocar
grades nas janelas e portões nas escadas. Além
disso redobre a atenção em locais de
brincadeira.
CORTES:

➢4 a 9 meses a presença de objetos afiados no chão,


bordas afiadas de móveis.

➢9 meses a 5 anos - os acidentes nessa faixa etária


normalmente acontecem pela presença de objetos
afiados em gavetas e armários, quinas e bordas de
móveis afiadas e sem proteção.
QUEIMADURAS

➢4 a 9 meses – as queimaduras nessa faixa etária


acontecem principalmente com bebidas ou
comidas quentes e dificuldade de atenção do
cuidador (andadores)
➢9 meses a 3 anos – o acesso a fogão, lampião,
aquecedores, o uso de velas acesas;
➢2 a 5 anos – o encantamento pela luz, e o
acesso fácil a fósforos, velas, fogão.
INTOXICAÇÃO

É comum a criança ingerir plantas venenosas, produtos de limpeza e


medicamentos, desde que estejam ao seu alcance. Caso isso ocorra
encaminhe o mais rápido possível ao atendimento especializado, se
possível leve a embalagem do produto ingerido.
CAUSAS DA
INTOXICAÇÃO
• Produto químicos em garrafas PET(detergente,
desinfetante e cloro);
• Produtos utilizados na eliminação de pragas.
Acondicionamento e forma utilizada na oferta deste
produto;
• Uso de remédio para tosse ,ATB e etc;
• Desconhecimento da Indeterminação e incompreensão da
dosagem;
• Facilidade na abertura dos frascos;
• Facilidade de acesso no uso da medicação da própria
criança;
• Facilidade de acesso a medicações utilizadas por outros
membros da casa;
CUIDADOS DE
ENFERMAGEM
• Coletar o máximo de informações possíveis com a
mãe/acompanhante da criança;
• Monitorar sinais vitais, saturometria;
• Cumprir prescrição médica;
• Lembrar da importância de contatar o Centro
Toxicológico;
• Lembre-se todos passos a seguir necessitam de
orientações prévias;
• Executar uma assistência segura e ética;
• Não emitir julgamentos: comunicação verbal e não
verbal;
CHOQUE ELÉTRICO
➢As tomadas são um alvo fácil, e também os fios,
para prevenir tais acidentes devemos nos preocupar
em:
➢ proteger as tomadas;
➢ evitar extensões;
➢manter os aparelhos elétricos mais perigosos fora
do alcance da criança.
➢Caso o choque aconteça:
➢desligue a chave geral, solte a criança do que esta
segurando e procure atendimento médico
especializado.
TRÂNSITO

➢O descumprimento das normas de


segurança em veículos automotores, atinge
normalmente a população de 1 a 12 meses;
➢Atropelamentos – faixa etária de 12 meses
a 3 anos;
➢Acidentes de bicicleta – faixa etária de 3 a
5 anos.
CONDUTA PARA AVALIAÇÃO EM
CRIANÇAS
➢ Posicione-se ao nível dos olhos dela;
➢ Fale em voz calma e baixa;
➢ Envolva os pais;
➢ Reserve as partes mais difíceis para o final;
➢Verifique os sinais vitais com mais freqüência que
nos adultos;
➢Considere o mecanismo da lesão para traçar plano
de cuidados visando a gravidade da criança;
➢ Aplique RCP em caso de PCR;
➢ Acione Serviço Medico Especializado
EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS

➢95% das PCR em crianças resultam de


obstrução de vias aéreas e parada respiratória
➢ 5% são causadas por choque
➢Os sinais e sintomas comuns na PCR da criança
incluem: ausência de reação; crise convulsiva;
dificuldade ou ausência de respiração; ausência
de sons cardíacos; ausência de movimento
torácico; pele fria e azulada; ausência de pulso
braquial.
RCP EM LACTENTES E
CRIANÇAS
•1. Checar a responsividade
•2. Checar respiração
• 3. Checar pulso central
(< 10 segundos)
Lactentes : pulso braquial
Crianças : pulso carotídeo
RESPIRAÇÃO DE PREMATUROS E LACTENTES

• Tipo: abdominal ou diafragmática


• O ritmo é irregular, os movimentos são superficiais.
• Frequência: -normal ou eupneica
-bradipneica
-taquipneica
Varia de acordo com esforço, excitação, choro, digestão,
idade e temperatura.
ATENÇÃO!
• Verificar a respiração durante 1 minuto nos lactentes e
pré –escolares, 30 segundo nos escolares.

• Verificar a respiração antes dos outros SSVV em


decorrência das alterações provocadas pelo choro.

• Observar dificuldade respiratória, presença de secreção.

• Efetuar o registro das condições respiratórias, anotando


as condições da criança durante a verificação.

• OBSERVAR Tº CORPORAL E DO AMBIENTE


CARACTERÍSTICAS DO PULSO / FC
• Ritmo: Por palpação: artéria femoral
artéria temporal
normal artéria pediosa
arrítmico
Nas crianças maiores: -artéria braquial
-artéria radial
-artéria femoral
• Força da batida: -artéria carótida
-artéria temporal
cheia -artéria pediosa
forte
fraca
AUSCULTA DO PULSO APICAL
MÉTODO UTILIZADO:

• Com R.N. LACTENTES: normalmente é difícil


a verificação de pulso por palpação.
• O estetoscópio deve ser colocado entre o
mamilo esquerdo e o externo,
• Frequência : verificada durante 60 segundos.
• Observar se o aparelho esta frio, para que a
criança não se assuste estimulando o choro e
alterando os dados.
SE INCONSCIÊNCIA, APNÉIA OU
GASPING E AUSÊNCIA PULSO INICIAR
RCP NA SEQUÊNCIA:

➢C ompressões torácicas

➢A bertura vias aéreas

➢B oa respiração
CARACTERÍSTICAS DA RCP DE
ALTA QUALIDADE:
➢Frequência das compressões: mínimo
100/minuto
➢Profundidade das compressões: 1/3 diâmetro
ou 4 cm
➢ Permitir o retorno do tórax
➢ Minimizar as interrupções das compressões
➢ Evitar a hiperventilação
REFERÊNCIAS
OBRIGADO!

 Enfº Ruan Felicidade


 (91) 98073-4545
 ruan.felicidade@gmail.com

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