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Semiologia pediátrica

Semiologia pediátrica

■ Peculiaridades
❑ Varia de acordo com a idade
❑ Conversar com a criança antes e durante o
exame
❑ Observar relações interfamiliares, personalidade,
comportamento dos pais
❑ Sinais vitais inicialmente (choro pode alterar)
❑ Muitas vezes iniciamos no colo da mãe
❑ Ouvido e garganta no final
Anamnese em Pediatria

■ Identificação
✔ Nome
✔ Data de nascimento
✔ Idade
✔ Sexo
✔ Cor (raça/etnia)
✔ Naturalidade/nacionalidade
✔ Religião
✔ Procedência
✔ Endereço
✔ Idade dos pais/informantes
Anamnese Pediátrica

■ História Clínica
✔ Queixa principal (QP)
✔ História da doença atual (HDA)
✔ História patológica pregressa (HPP)
✔ História da gestação, parto e nascimento
✔ História alimentar
✔ Desenvolvimento neuropsicomotor
✔ Vacinação
✔ História familiar
✔ História social
✔ Interrogatório dos diversos sistemas (ISDA)
Exemplo HDA
Exame Físico

■ O exame da criança começa na entrada do


consultório
■ Às vezes, ainda na sala de espera
Exame físico geral

■ Ectoscopia
❑ Cabeça
■ Forma
■ Perímetro cefálico
■ Fontanelas
❑ Facies
FACIES

■ Palavra de origem latina.


■ Expressão facial
■ TÍPICA -Associada a algumas doenças.
■ (Ex: Síndrome Down, adenoidiana).
■ ATÍPICA – Não se relaciona.
COMO ANALISAR A FACE

■ Cabeça examinador
na mesma altura da
cabeça do paciente.
■ Paciente alinhado –
Plano de Frankfurt
■ Músculos relaxados,
olhos abertos, leve
contado lábios e
expressão facial
neutra.
ANÁLISE DA FACE

■ Tamanho da cabeça, orelhas, olhos, nariz


boca, da mandíbula.
■ Simetria dos movimentos da face
■ Tumorações
■ Manchas
■ Hemangiomas
■ Nevo pigmentar
Trissomia do 21
■ Perímetro cefálico
diminuído
■ Prega no canto dos olhos
■ Fissuras palpebrais
obliquas.
■ Nariz pequeno e achatado.
■ Boca pequena com
aspecto de língua grande.
■ Orelhas pequenas
localizadas abaixo da linha
dos olhos.
Fácies adenoidiana
■ Cabeça anteriorizada
■ Lábios entreabertos e
ressecados
■ Lábio superior fino
■ Lábio inferior volumoso e
evertido
■ Mordida aberta e cruzada
■ Nariz estreito.
■ Palato ogival
■ Maxila pequena
■ Face estreita e alongada
Fácies cushingoide

Aspecto de “lua
cheia”,
Rubor facial
Acne e hirsutismo.
Pálpebras e olhos
normais.
Fácies Sind. Alcoolico-fetal

■ Fissuras palpebrais
pequenas
■ Fácies plana
■ Hipoplasia maxilar
■ Nariz curto
■ Filtro nasal longo e
hipoplásico
■ Lábio superior fino.
Fácies hidrocefálica

■ OLHAR DE SOL
POENTE
■ AUMENTO DO
VOLUME DO
CRÂNIO
Exame físico geral

■ Aspecto da pele
❑ Coloração
■ Palidez
■ Icterícia
■ Cianose
Exame físico geral

■ Aspecto da pele
❑ Lesões
acne
Exame físico segmentar

■ Inspeção
■ Percussão
■ Ausculta
■ Palpação
Exame físico segmentar
■ Cabeça
■ Face
■ Pescoço
■ Tórax
■ Abdome
■ Genitália, reto e ânus
■ Extremidades
■ Coluna vertebral
■ Orofaringe
■ Otoscopia
Exame físico

■ Pescoço
❑ Adenomegalias
❑ Torcicolo congênito
❑ Assimetrias
Exame físico

■ Cadeias ganglionares
Exame físico

■ Orofaringe(sentada,deitada)

úvula
amigdalas

língua
Exame físico
■ Otoscopia (Criança pequena: lóbulo da orelha para baixo e para trás;
Criança escolar: parte superior da orelha para cima e para trás)
Exame físico

■ Otoscopia
1. Apófise Lateral Martelo
2.Umbo
3.Uncus
4.Apófise Longa Martelo
5.“Pars”Tensa
6.”Pars”Flácida
7.Reflexo Luninoso
Exame físico

■ Tórax
❑ Inspeção
■ Abaulamentos
■ Assimetrias
■ Arcabouço costal
■ Mamilos extra-numerários
Exame físico

■ Tórax
❑ Aparelho cardiovascular
■ Ictus
■ Frêmitos
■ Palpação dos pulsos: radiais, femurais, tibiais
Exame físico

■ Tórax
❑ Aparelho cardiovascular
■ Ausculta cardíaca
❑ Focos de ausculta
❑ Desdobramentos
❑ Sopros
Exame físico

■ Tórax
❑ Aparelho pulmonar
■ Expansibilidade
■ Percussão
■ Ausculta
❑ Estertores
Exame físico

■ Ausculta
❑ Geralmente paciente sentado, tronco vertical
❑ Comparar os sons de cada hemitórax
❑ Evite colocar o estetoscópio sobre a escápula,
saliências ósseas e mamas
❑ Auscultar fossas supra e subclaviculares para
auscultar ápices pulmonares
Exame físico

■ Ruídos adventícios
■ Estertores secos
■ Superpõem-se aos ruídos normais
❑ Roncos
▪ Movimentação de muco nos brônquios
▪ Inspiratório predominantemente
▪ Semelhante ao ronco durante o sono
▪ Modifica com a tosse
Exame físico

■ Ruídos adventícios
❑ Estertores secos
❑ Sibilos
▪ Obstrução de fluxo aéreo
▪ Monofônicos: asma
▪ Polifônico: DPOC, inspiração forçada
Exame físico
■ Ruídos adventícios
■ Estertores úmidos
■ Abertura dos alvéolos colapsados ou ocluídos com
líquido viscoso (crepitantes)
■ Não se modificam com a tosse
■ Crepitantes
❑ Finos
Exame físico

■ Ruídos adventícios
❑ Atrito pleural
■ Camadas da pleura movimentam-se silenciosamente
■ Quando a superfície está espessada, ouve-se um ruído
semelhante ao ranger de um couro velho
Semiologia do Abdome

■ Inspeção
■ Ausculta
■ Percussão
■ Palpação
Semiologia do Abdome

Divisão do Abdome
Parede Anterior
1.Hipocôndrio Direito
2.Epigástrio
3.Hipocôndrio Esquerdo
4.Flanco Direito
5.Mesogástrio ou umbilical
6.Flanco Esquerdo
7.Fossa Ilíaca Direita
8.Hipogástrio
9.Fossa Ilíaca Esquerda
Semiologia do Abdome

Divisão do Abdome
Parede Posterior

Região Lombar Direita

Região Lombar Esquerda


Abdome: Inspeção

❑ Forma e volume: Distensão abdominal


❑ Saliências e retrações, eventrações.
❑ Cor da pele e outras alt. Cutâneas.
❑ Alterações de umbigo
❑ Cicatrizes
❑ Circulação colateral
❑ Peristaltismos visíveis
❑ Movimentos respiratórios e suas alterações
Circulação colateral

Hernia umbilical

Granuloma umbilical
Abdome: Ausculta

❑ Ausculte antes de palpar


❑ Aumento do ruído intestinal – borborigmo- Na
diarréia, início de peritonite e abdome agudo
obstrutivo.
❑ Redução ou ausência: No íleo paralítico e na
peritonite instalada.
Abdome: Percussão
❑ Som timpânico.
❑ Pode delimitar os orgãos
maciços como baço e fígado,
além de tumores e ascite.
❑ Avaliação de aumento do
baço, espaço de traube
ocupado.
❑ Avaliar tamanho do fígado,
melhor para avaliar o bordo
hepático superior.
Abdome: Palpação

❑ Ganhar confiança.
❑ Mãos aquecidas
❑ Decúbito dorsal, relaxada, sem travesseiro.
❑ Médico em pé ao lado direito.
❑ Inspiração - relaxamento é maior (mesmo
durante o choro)
❑ Espalmar a mão e usar POLPA DOS DEDOS.
❑ Primeiro palpação superficial e profunda.
❑ Pesquisar sinal de Blumberg (apendicite)
❑ Fletir as pernas para palpar fossas ilíacas
❑ Pesquisar elasticidade da pele, para avaliar
desidratação.
❑ Palpação superficial
❑ Palpação profunda
■ Fígado: palpável de 1 a 3cm em lactentes
■ Baço: melhor palpado na inspiração, 5-10% das
crianças normais possuem baço palpável
■ Lojas renais: livres
Exame físico
■ Região genital e perineal
❑ Inspeção: posição genupeitoral ou decúbito lateral
❑ Palpação suave
❑ Toque retal
❑ Características sexuais
❑ Meninos
■ Fimose
■ Criptorquidia
■ Hérnias inguinais
❑ Meninas
■ Sinéquia vulvar
Exame físico: Aparelho locomotor

❑ Membros ❑ Coluna vertebral


■ Deformidades ■ Simetria
■ Assimetrias ■ Desvios
■ Tônus ■ Postura
Encurtamento Acondroplasia

Focomelia Polidactilia
Pé torto congênito

Sindactilia

Pé chato fisiológico
Alinhamento dos MMII

■ Nascimento: Varismo de 16°;


1 ano: Varismo10º;
18 meses – 2 anos: 0°;
3 anos: Valgismo12°;
– Regressão do valgismo até os 7 anos, quando
o joelho atinge o ângulo definitivo de 5 – 6°.

■ Pés: plano valgo flexível ( “pé chato”) até 6 anos


Avaliação da coluna vertebral

❑ Decúbito dorsal
❑ Palpar apófises espinhais
da região cervical até
região sacrococcígea.
❑ Na região sacrococcígea
averinhar presença de
cisto pilonidal, fosseta
sacral ou tumorações.
Sistema Nervoso

■ Posição e atitude
■ Marcha
■ Perímetro cefálico
■ Desenvolvimento neuropsicomotor
■ Reflexos primitivos
Medidas antropométricas

■ Peso
■ Altura / Estatura
■ Perímetros
Cefálico
Torácico
Abdominal
Perímetro cefálico
Valores normais

■ Frequência cardíaca
■ Frequência respiratória
■ Temperatura
■ Pressão arterial
■ Saturação de oxigênio
Valores normais

■ Frequência cardíaca (mpm)

Idade Variação
Recém-nascido 120-160
Lactente 90-140
Pré-escolar 80-110
Escolar 75-100
Adolescente 60-90
Valores normais

■ Frequência respiratória (irpm)

Idade Variação
Recém-nascido 30-60
Lactente 24-40
Pré-escolar 22-34
Escolar 18-30
Adolescente 12-16
Valores normais

■ Temperatura (0C)
Classificação Variação
Hipotermia <36
Normotermia 36-37
Febrícula 37-37,5
Febre baixa 37,5-38,5
Febre moderada 38,6-39,5
Febre alta 39,6-405
Hiperpirexia >40,5
Valores normais

■ Pressão arterial
❑ Varia de acordo com:
■ Sexo
■ Idade
■ Altura
❑ Tabelas com percentis de PA de acordo com
percentis de altura, sexo e idade
Pressão arterial

■ Técnica:
❑ Criança na posição sentada, braço direito, em
repouso
❑ Borracha inflável do manguito deve circundar o
braço e deve cobrir 40% da distância do olécrano
ao acrômio
❑ Estetoscópio não pode ficar sob o manguito
❑ Pressão sistólica K1 e diastólica K5
❑ Necessário 3 aferições em diferentes ocasiões
Locais de medida de PA

■ Cubital ■ Poplítea

■ Pediosa
Diagnósticos
■ “ Na Pediatria não há adultos em miniatura, há crianças. Acreditam
em magia, fazem de conta que existe um pó mágico no soro deles,
têm esperança, cruzam os dedos e fazem pedidos. E por isso, são
mais resistentes que os adultos, recuperam mais rápido,
sobrevivem a coisas piores. Eles acreditam. Na Pediatria temos
milagres e magia. Na Pediatria, tudo é possível.”
( Autor Desconhecido)

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