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Escola Estadual de Educação Profissional Paulo

Petrola
Curso Técnico em Enfermagem
Disciplina: Urgência e Emergência
Profa. Morgama Mara Nogueira Lima

Emergência
Cardiológica
Objetivo de aprendizagem

Compreender a fisiopatologia da Síndrome Coronariana Aguda;

Aprender os sinais e sintomas da Síndrome Coronariana Aguda;

Aprender o diagnóstico da Síndrome Coronariana Aguda;

Compreender as particularidades no atendimento à vítima com


Angina ou Infarto Agudo do Miocárdio.
Síndrome Coronariana Aguda - SCA

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a doença


isquêmica do coração é a principal causa de morte em todo
o mundo, responsável por 7,4 milhões de óbitos anuais,
correspondendo a 13,2% de todas as mortes.

No Brasil, a doença isquêmica do coração também é a


principal causa de óbito, sendo responsável por 31% das
mortes cardiovasculares, ultrapassando a taxa de morte por
acidente vascular cerebral, estimada em 30%.
(Ribeiro, et.al 2016)
Síndrome Coronariana Aguda - SCA

Fatores que contribuem para o desfecho da SCA


hipertensão arterial,
tabagismo,
redução da prática de atividade física,
maus hábitos alimentares,
ganho ponderal,
traços genéticos (hereditariedade),
automedicação,
estresse,
privação de sono.
Síndrome Coronariana Aguda - SCA

Fisiopatologia
Representa uma oclusão parcial ou total do vaso coronário,
determinada pela inflamação e colesterol presente no endotélio
do vaso que levam à formação, desestabilização e desfechos
aterotrombóticos.
Ateroma
Síndrome Coronariana Aguda - SCA

Fisiopatologia
Haverá uma interrupção do fluxo sanguíneo, chegada de
oxigênio e nutrientes para as células do músculo cardíaco,
causando redução do débito cardíaco.

Se persistir um desequilíbrio entre a oferta e a demanda de O2


das células cardíacas, haverá uma isquemia, hipóxia, seguindo
para uma lesão, culminando com a morte (necrose) do
músculo cardíaco.
ÁREA DE NECROSE
Síndrome Coronariana Aguda - SCA

Sinais e sintomas clássicos:


Precordialgia, epigastralgia,
Sudorese fria e pegajosa,
Palidez cutâneo-mucosa,
Taquicardia, dispneia, inquietação,
Mal-estar geral, confusão mental,
Náuseas, vômitos, fadiga e síncope.
Síndrome Coronariana Aguda - SCA

A injúria sintomática decorrente da hipóxia recebe a denominação


fisiopatológica de angina.
Ao estabelecer necrose na estrutura cardíaca é diagnosticado
o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).

A dor de um infarto do miocárdio é semelhante à da angina, mas,


em geral, ela é mais intensa, prolongada e dificilmente aliviada
pelo repouso ou administração de medicamentos.
Síndrome Coronariana Aguda - SCA

Diagnóstico
Eletrocardiograma;
Exames laboratoriais: CK TOTAL, CK MB, TROPONINA T e I;
Exames de imagens: ECO, CITINLOGRAFIA;
Procedimento: CATETERISMO CARDÍACO.
Síndrome Coronariana Aguda - SCA
Compreende
Angina instável;
Infarto sem elevação do Segmento ST e
Infarto com elevação do Segmento ST.
ANGINA INSTÁVEL
A dor pode irradiar-se e raramente ultrapassa 2 a 5 minutos.
Membros superiores, ombros, mandíbula e porção superior do
abdômen.
A dor desaparece com repouso e uso de vasodilatador
sublingual (Isordil-Sustrate-Nitroglicerina).
ANGINA

Atendimento:
Confortar e acalmar a vítima;
Manter em posição confortável;
Administrar oxigênio e medicamento prescrito;
Transportar o paciente devagar e
Monitorando os SSVV.
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO - NECROSE

Atendimento:
Confortar e acalmar a vítima;
Monitorar os sinais vitais, conservar o calor corporal;
Colocar a vítima em posição confortável (cabeça elevada 30 a
45º);
Afrouxar as roupas, gravata ou cinto;
Ventilar o ambiente, não oferecer bebida ou comida;
Administrar oxigênio e mediacamento prescrito;
Transportar o paciente devagar e monitorando os SSVV;
Realizar manobras de RCP (se necessário);
Conduzir a vítima ao hospital o mais rápido possível e
Monitorização cardíaca.
Dor no infarto
ANGINA DE PEITO IAM
Retroesternal, contínua Retroesternal, contínua
de intensidade DOR de intensidade

Membro superior Membro superior


esquerdo, pescoço, esquerdo, pescoço,
mandíbula ou abdômen IRRADIAÇÃO mandíbula ou abdômen

Ligeiro desconforto até à Habitualmente muito


opressão intensa INTENSIDADE intensa

Normalmente, cerca de 2 Pode durar horas


a 3 min DURAÇÃO

Esforço físico, emoções, Pode não ter fator


frio intenso, refeição desencadeante
pesada, consumo de FATORES DESENCADEANTES
tabaco
Nitroglicerina e/ou Pode não aliviar, mesmo
remover fator FATORES ALIVIANTES com a Nitroglicerina
desencadeante
Referência

Atualização na Síndrome Coronariana Aguda. Rev Soc Cardiol


Estado de São Paul. v.26, n.2, p.105-11, 2016. Disponível em:
<https://socesp.org.br/revista/assets/upload/revista/1763564184
1534341390pdfL60-REVISTA-SOCESP-V26-N2-12-07-16.pdf>
Escola Estadual de Educação Profissional Paulo
Petrola
Curso Técnico em Enfermagem
Disciplina: Urgência e Emergência
Profa. Morgama Mara Nogueira Lima

Emergência
Hipertensiva
Objetivo de aprendizagem

Compreender a diferença de urgência e emergência hipertensiva;

Entender a assistência de enfermagem em uma


urgência/emergência hipertensiva.
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
As emergências hipertensivas mais comum são:

– Encefalopatia hipertensiva;
– Dissecção de aorta;
– Edema agudo de pulmão;
– IAM;
– Hipertensão intracraniana;
– Eclâmpsia;
– Feocromocitoma.
EMERGÊNCIA URGÊNCIA
HIPERTENSIVA HIPERTENSIVA

É definida como situação na São situações em que a PAS


qual ocorre eleveção está elevada, com PAD >
importante da PAS, associada 120mmHg, porém são mínimas
ou não a lesão de órgão alvo ou mesmo não se observam
irreversível. lesão de órgão alvo
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA

Os principais aspectos a serem observados são:


Aumento da frequência cardíaca;
Alteração do rítmo cardíaco;
PA aumentada;
Disparidade de pulsos;
Diaforese;
Náuseas, vômitos;
Taquipneia;
Dispneia ao esforço;
Fraqueza, Palidez e cianose;
Visão turva.
Ações de enfermagem nas emergências hipertensivas

Observar nível de consciência;


Desmaio, vertigem, sonolência, orientação, distúrbios visuais, resposta
verbal, motora e sensitiva.
Monitorar hemodinamicamente;
Frequência e rítmo cardíaco, PA.
Monitorar o padrão respiratório;
Frequência, ritmo, esforço, cianose, tosse.
Monitorar a perfusão periférica;
Coloração da pele, temperatura, enchimento capilar, cianose, rubor.
Observação de queixas;
Observação do padrão de eliminações vesicais;
Observação das respostas ao tratamento.
Referência

Hipertensão. Rev Bras Hipertens. v.21, n.3, p.129-133, 2014.


Disponível em: <http://departamentos.cardiol.br/sbc-
dha/profissional/revista/21-3.pdf>

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