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DEFINIÇÃO
➢ Crise convulsiva = alteração que faz um desarranjo na função neurológica. Isso acontece
por despolarização rítmica de neurônios corticais. Não tem alteração neurológica crônica.
➢ Epilepsia = é uma desordem cerebral crônica por varias etiologias. São crises recorrentes
não provocadas. Há alteração neurológica.
TIPOS DE CRISE
1- Provocada
Situações que o organismo da pessoa esta passando e leva como consequência a alteração
cerebral momentânea.
Sendo assim, as causas aqui não são cerebrais e sim distúrbios que aconteceram no organismo
da pessoa e que levaram a crise.
2- Sintomática aguda
➢ AVC ➔ a pessoa faz um AVC isquêmico ,por exemplo, e evolui para crise convulsiva.
Após 7 dias depois da lesão cerebral aguda (alguma das citadas acima). Sendo assim, a partir
de uma lesão cerebral sequelar antiga.
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EPLEPSIA
Obs.: se uma pessoa teve uma crise agora e depois de 2 horas teve outra, não é critério de
epilepsia. Isso porque o intervalo de tempo é muito curto (o que gerou a primeira gerou a
segunda).
CHEGADA DO PACIENTE
Geralmente as pessoas que vão para o pronto atendimento são aqueles que estão em crise
tônico cônico generalizada (devemos nos lembrar que existem vários tipos de apresentação da
crise, como exemplo a crise de ausência, crise focal, etc..).
Nesse momento, depois de todas essas medidas acima, não vamos fazer mais nada. Isso porque
a maioria vai parar em 5 minutos (ocorre reversão). Isso vai auxiliar na nossa avaliação posterior
para entender se foi a primeira crise, se o paciente tem outros sintomas (para ajudar a entender
qual tipo de crise, se é provocada, sintomática aguda..).
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Depois desse tempo a pessoa “acorda” e pode queixar de dor de cabeça, dor muscular (por
causa dos abalos) e podemos fazer sintomático como dipirona, parecetamol. Nesse caso
depois vamos perguntar para o paciente para entender a crse.
O próximo passo é avaliar tudo o que esta descrito para o paciente que chega sem crise. Avaliar
se é primeira crise ou não, se há possibilidade de distúrbio hidroeletrolítico, etc.
Benzodiazepinicos =
➢ Diazepam 10mg EV, via retal ➔ 10 minutos depois pode fazer 2 dose se não resolveu.
➢ Midazolam 10mg = EV ou IM
Obs²: Pacientes com histórico de etilismo precisa fazer tiamina como conduta inicial e medir
glicemia (caso esteja baixa, administrar glicose).
CASOS CLINICOS
Caso 1
Paciente, Jubileu, 42 anos. Relata convulsão há 1 hora. Namorada refere que após brica, o
encontrou “caído no chão tremendo e babando”. Paciente não lembra e nega episódios
anteriores.
Como antecendentes possui queda de arvore na infância e por isso relata ter “ficado em coma”
por 2 semanas.
Esse é o caso do paciente que não há necessidade de tomar grandes condultas no PS. O
paciente esta estável, sinais vitais estão normais, não tem outros sintomas nem antes nem após a
crise (o paciente pode estar um pouco sonolento). Nesse caso podemos pensar ser uma crise
remota devido ao TCE que teve na infância, mas não necessariamente é um paciente epiléptico
e por isso ele deve ser investigado de forma ambulatorial (não vai ser na emergência que a
situação deve vai ser resolvida).
Esse paciente pode ficar em observação de 4-6 horas para ser reavaliado e caso continue bem,
deve ser encaminhado para segmento ambulatorial.
Obs: se a pessoa chega com febre, tosse, congestão, catarro, dispneia ➔ dai sim podemos
pensar em pneumonia por exemplo com sepse. Dai esse paciente será sim internado.
Caso 2
Mulher, 68 anos. É trazido ao PS pela filha relatando que a paciente estava se debatendo e que
EF:
➢ Glasgow 14 (3 + 5 +6)
➢ Sem déficits focais aparentes
➢ Pupila direita não midriatica (dilatada) e não fotoreagente
➢ Tórax e abdome sem alterações
➢ PA 160x100
Obs.: a paciente foi acordando durante o trajeto para upa. É o primeiro episódio da paciente,
segundo a filha.
Essa paciente merece uma investigação, não é normal ter uma pupila midriatica e outra não.
Sendo assim é uma paciente em 1º episódio, que chegou sem crise, mas tem alterações de
exame físico, vamos pensar em crise provocada ou sintomática aguda por exemplo.
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Obs.: faz 20 minutos desde o inicio do quadro
Conduta
Obs.: a pupila esta anisocorica ➔ até que se prove o contraio é um AVC. Sendo assim vai pra TC
de crânio sem contraste. Vai mostrar se é isquêmico ou hemorrágico.
➢ Não faz medicação para a pressão = se for isquêmico prejudica ainda mais a pessoa
porque isso é um mecanismo do próprio organismo para conseguiur levar sangue para o
SNC. Se for hemorrágico pode baixar a pressão.
obs.: não tem critérios na escala de cincinatti ➔ mesmo que não tenha, temos que pensar em
AVC porque a pessoa tem essa pupila diferente.
Caso 3
Ao chegar à emergência, a mão esta chorando e gritando para salvarem o filho dela.
➢ Colher glicemia
➢ Colocar oximetro
➢ Elevar cabeceira e aspirar secreções se houver
➢ Marcar no relógio o tempo da crise = esperar 5 minutos.
Antes de terminar os 5 minutos o paciente parou de convulsionar. Temos que conversar com a
mãe. Perguntar:
➢ Uso de drogas
➢ Uso de medicação
➢ Já teve isso antes?
➢ Bateu a cabeça?
➢ Uso de fórceps no parto (?)
Situações:
Paciente não voltou na crise em 5 minutos, fizemos benzodiazepínico e não voltou ainda = mal
epiléptico refratário.