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Felipe Berbert – E3 CEPETI

TUBERCULOSE
 9mi casos, 1,5mi mortes em 2013
 Prevalência de HIV, TB multi droga-resistente

 Ausência de vacina efetiva

 Erradicação dependente de:


-redução de pobreza
-vontade política
-contenção do HIV, diabetes, tabagismo
INTRODUÇÃO
 Doença infecciosa transmitida pela tosse (aerossóis)
 Mycobacterium tuberculosis

 Inflamação granulomatosa necrotizante


- 85% casos pulmão
 Mortalidade até 70% em bacilíferos não tratados

 1bi mortes últimos 2 séculos

 Entre as 10 maiores causas de morte no mundo

 Leva à doença pulmonar crônica


EPIDEMIOLOGIA
 Fatores socioeconômicos são determinantes no controle
 Lenta redução da incidência nos últimos 13 anos

 Redução da mortalidade em 50% últimos 20 anos

 Ainda é uma doença substancial - 9mi casos

 60% dos casos concentrados em 22 países endêmicos

 Aprox. 1/3 dos casos não são detectados


EPIDEMIOLOGIA
Dados de 2013:
 1,1mi coinfecção HIV-TB (80% na África)
-25% do total de mortes
 Aprox. 0,5mi casos de TB MDR

 550mil casos em crianças

 Estimativa de erradicação: 2050


PATOGÊNESE
Transmissão
 Paciente infectado nebuliza o bacilo pela tosse

 Inalação pelo hospedeiro

 Surtos podem ocorrer em qualquer aglomerado de


pessoas
 Algumas cepas são mais infectantes
PATOGÊNESE
Desfecho pós infecção
 Exposição ao M. tuberculosis

 -doença sintomática é infrequente

 -apenas 12% dos imuno-sensibilizados desenvolvem


doença
 -imunonocompetência é fator determinante

 -infecções latentes ou subclínicas

 -identificar pacientes latentes, com alto risco e tratar


PATOGÊNESE
Imunopatogênese
 Inalação

 Ação de macrófagos residentes

 Acúmulo de células T

 Formação de granuloma
-Nicho protetor p/ replicação bacteriana
 Ainda pouca compreensão acerca da resposta imune
DIAGNÓSTICO
Diagnóstico da TB latente
 Pouca concordância dos guidelines sobre qual teste usar

 Em ambientes de baixa incidência:


-Descartar infecção ativa
-Quimioprofilaxia baseado em testes imunodiagnósticos
-Teste tuberculínico ou IGRA
-Rastreio dos casos
DIAGNÓSTICO
Diagnóstico da TB ativa
 Capacidade diagnóstica global é baixa (64%)

 Necessidade de investigação mais aprofundada

 Teste ideal: rápido, baixo custo, sensível, interface


amigável
 Até 15% casos - extrapulmonar
DIAGNÓSTICO
 Baciloscopia do escarro é o mais usado
 Cultura é o padrão ouro, embora seja mais caro

 Outros métodos:
-ensaio nitrato redutase (NRA)
-ensaio indicador redox calorimétrico (CRI)
-observação microscópica
-testes de amplificação de ácidos nucléicos (NAATs)
APRESENTAÇÃO CLÍNICA DA
TUBERCULOSE
 Sintomas clássicos
 -febre

 -sudorese noturna profusa

 -perda de peso

 -sintomas envolvendo o órgão afetado

 Qualquer órgão pode ser afetado


TRATAMENTO
TB sensível à drogas
 Rifampicina + Isoniazida + Pirimetamina + Etambutol
(RIPE) 2m
 RI por mais 4meses
-até 53% de abandono de tto
-terapia observada?
 Terapia efetiva - termina ciclo e negativa escarro

 Até 33% de injuria hepática droga induzida


TRATAMENTO
Corticoides adjuvantes
 Reduzem inflamação e podem melhorar desfechos em
algumas formas de TB
 Meningite e pericardite TB - reduz mortalidade?

 Dados ainda insuficientes


TRATAMENTO
Co-Infecção com HIV
 Altas taxas de recorrência por re-infecção

 Rifampicina possui interação com ARV

 Inicio de TARV pós TB, risco de IRIS


-piora de quadro pulmonar e serosite
-risco maior se inicio até 2semanas
-inicio após 8sem, menor risco de IRIS, maior
mortalidade
TRATAMENTO
Tratamento de TB MDR
 Regime tóxico, mal tolerado, prolongado (2anos)

 Taxa de sucesso de aprox. 50%

 Mono resistente à Isoniazida:


-RPE por 6m ou RPE por 2m + RE por 7m
 TB MDR
-mínimo 4 drogas
-moxifloxacino ou Levo + amicacina (ev)
-pelo menos 1 droga adicional de 1ª linha
-24meses de tto
-apoio psicossocial
TRATAMENTO
Novas Drogas
 Bedaquilina e Delamanid - tto de Tb MDR
-fases 2 e 3
 Quinolonas "respiratórias" e Linezolida
-drogas antigas re-propositadas
PROGNÓSTICO E DOENÇA PULMONAR
PÓS TB
 Mortalidade 70% em bacilíferos não tratados
 20% em não bacilíferos não tratados

 em HIV+ 83% e 74% respectivamente

Com tratamento
 2-5% mortalidade

 14% no HIV

 A longo prazo há progressão p/ DPOC e Aspergilose


PREVENÇÃO DA TB
 HIV + e crianças <5anos com contato
 profilaxia feita com isoniazida

 se PPD positivo em HIV, profilaxia por 36meses

 Vacina existente pouco eficiente (60%), mas é capaz de


salvar vidas
CONCLUSÃO
 TB ainda é um flagelo global
 Avanço lento em campo de diagnóstico e drogas

 Necessidade de um diagnóstico rápido e barato

 Vacina efetiva e profilaxia adequada

 Tratamento de problemas concomitantes

 Políticas publicas visando erradicação

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