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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, SAÚDE E TECNOLOGIA – IMPERATRIZ


CURSO DE ENFERMAGEM
DISCIPLINA: DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
PROF: PAULA DOS SANTOS BRITO

PLANO DE PRÁTICA

Procedimento: Consulta de enfermagem ao cliente com tuberculose pulmonar.

Definição conceitual: A tuberculose pulmonar é um problema de saúde pública causando


grande morbidade e mortalidade mundial. Portanto, os profissionais de saúde precisam ter
habilidades para detectar esse agravo, a fim de tratar o mais precoce possível e evitar a cadeia
de transmissão.

Objetivos do procedimento: Auxiliar na coleta de dados e avaliação das condições de saúde da


pessoa com potencial ou portador da afecção tuberculose pulmonar. Instrumentalizar o
enfermeiro em intervenções específicas na detecção, tratamento e controle da tuberculose.

Materiais fundamentais: instrumento de coleta de dados específico; papel, caneta, luvas de


procedimento; máscara N95/PFF2 , estetoscópio composto preferencialmente por campânula e
diafragma, esfigmomanômetro, relógio, NANDA, régua milimétrica.

Descrição operacional minuciosa:

Procedimento Justificativa

1 Durante entrevista e exame físico: cliente Investigar Tuberculose nos Sintomáticos


apresentou queixas de tosse com tempo igual Respiratórios.
ou superior a 3 semanas ou emagrecimento,
suores noturnos, febre vespertina / Ao exame Busca ativa: 1) Descoberta precoce das pessoas
físico murmúrios vesiculares diminuídos lobos com TB que eliminam bacilos por via respiratória.
médio pulmonar D. 2) Interrupção da cadeia de transmissão. (Registro
de Sintomático Respiratório no Serviço de Saúde -
Solicitar baciloscopia de escarro ou TRM + RX LIVRO AZUL)
Tórax

2 Diagnostico TB Algoritmos diagnósticos

BACILOSCOPIA= Diagnósticos de casos novos e - Baciloscopia independente da população;


retratamento; Controle do tratamento da TB;
Exame simples (baixo custo) -TRM-TB se caso novo adulto e adolescente

TRM= Diagnósticos de casos novos TB (adultos - TRM-TB se caso novo adulto e adolescente
e crianças); Detecção do DNA do complexo M. vivendo com HIV
tuberculosis; Triagem de cepas resistentes à
rifampicina; Testes diagnósticos com - TRM-TB se pessoa em retratamento.
resultados rápidos (2 horas) e automatizados.
* Todo caso suspeito com TRM-TB (+) tem que
realizar Cultura e TS

Locais sem acesso ao TRM-TB * Todo caso suspeito com TRM-TB (-), com
persistência do quadro clinico tem que realizar
- O diagnostico da doença será realizado por Cultura e TS.
meio de baciloscopia (2 amostras). Além disso,
a cultura deve ser realizada independente do Tornar a cultura universal, evitando o
resultado da baciloscopia em uma das aparecimento de TBMR.
amostras coletadas. Para as culturas (+) fazer
TS.

3 Definição de caso de TB A notificação compulsória constitui importante


precursor dos serviços de vigilância em Saúde
1) Critério bacteriológico: Confirmação Pública, como estratégia para melhorar o
diagnostica de TB por métodos conhecimento do comportamento da doença na
laboratoriais: A baciloscopia direta, a comunidade.
cultura e o TRM-TB, são considerados
confirmatórios de TB ativa. FICHA DE
SOLICITAÇÃO DE EXAMES
BACTERIOLÓGICOS

2) Critério clinico: Toda pessoa com sinais


e sintomas sugestivos de TB que não
atendeu ao critério bacteriológico,
mas apresentou resultados de exames
de imagem ou histológicos sugestivos.

Notificar em FICHA SINAN para Tuberculose

Livro de registro e acompanhamento de caso


de TB (LIVRO VERDE)

4 Explicar o processo patológico. Favorecer a sensibilização dos indivíduos como


protagonistas do autocuidado.

5 Explicar a importância da ADESÃO AO Promover adesão ao tratamento.


TRATAMENTO (Quadro 20), com tomadas
diárias e supervisionadas da medicação, os Estabelecer vínculo com os profissionais de saúde
possíveis efeitos colaterais que devem ser e serviço.
comunicados. FICHA APRAZAMENTO.

Tratamento Diretamente Observado (TDO) –


decidir com o cliente, levando em consideração
suas individualidades. FICHA
TDO

6 Coinfecção TB-HIV A TB é a principal causa de óbito por doenças


infecciosas definida entre as pessoas que vivem
- Ofertar teste HIV a todas as pessoas com com HIV.
diagnostico de TB.
- Além do tratamento da TB oportuno, deve
iniciar a TARV.
- Solicitar exames laboratoriais para avaliação
da glicemia, função hepática e renal.

7 Investigação dos contatos - Prevenir o adoecimento e diagnosticar


precocemente casos de doença ativa nesta
1. O caso índice deve ser entrevistado para população.
identificação dos contatos.
2. Os contatos e suas respectivas idades Deve ser priorizada pelos programas de controle
devem ser listados. O tipo de convívio e de TB.
formas de localização deve ser identificado.
3. Sempre que possível realizar visita
domiciliar para melhor entendimento das
circunstancias que caracterizam os contatos
4. Todos os contatos serão convidados a
comparecer a unidade de saúde para serem
avaliados. FICHA CONTROLE DOS CONTATOS

5. Investigar e classificar os contatos em:

• Sintomáticos investigar doença ativa


por meio de exames bacteriológicos e
imagem (RX tórax).
• Assintomáticos investigar ILTB
realizar PT e RX tórax (tratar ou não
ILTB)
• Contatos assintomáticos vivendo com
HIV: devem realizar o tratamento da
ILTB independentemente da prova
tuberculínica

VERIFICAR FLUXOGRAMA 1 e 2

8 INFECÇÃO LATENTE PARA TB (ILTB) • PT ≥ 5mm considera-se positivo para ILTB,


inclusive crianças independentemente da idade de
Prova tuberculínica – vacinação para BCG. ***
• identificar casos ILTB em adultos e • PT for < 5mm considera-se negativo para ILTB.
crianças;
*** O efeito da BCG sobre o resultado da PT reduz
• auxiliar no diagnóstico de TB ativa em com o passar do tempo, principalmente se a BCG
crianças. foi feita antes de 1 ano de idade. Desta forma, para
os vacinados até o 1º ano e não revacinados, a
• A tuberculina usada e o PPD-RT 23, PT ≥ 5mm deve ser interpretada como ILTB de
aplicada por via intradérmica no terço maneira semelhante em adultos e
médio da face anterior do antebraço crianças.
esquerdo, na dose de 0,1ml, que
contém 2UT /Unidades de Tuberculina.

• A leitura deve ser realizada 48 a 72


horas apos a aplicação podendo ser
estendido para 96 horas, caso o
paciente falte à leitura na data
agendada.

9 INFECÇÃO LATENTE PARA TB (ILTB) Interpretação dos resultados IGRA: Positivo –


ILTB presente; Negativo – ILTB ausente;
IGRA ( Interferon-Gamma Release Assays) Indeterminado – repetir o teste.
• Os ensaios de liberação do interferon- Os IGRAs têm sido recomendados nos últimos
gama foram desenvolvidos como anos como potenciais substitutos ou
alternativa diagnóstica para detecção complementares à PT nos países de alta renda,
de ILTB. mas ainda não estão incorporados ao SUS.
• Tais ensaios baseiam-se na premissa
de que as células anteriormente
sensibilizadas com os antígenos da
tuberculose produzem altos níveis de
interferon-gama.

10 TRATAMENTO DA ILTB O tratamento da ILTB com H reduz em 60% a 90%


o risco de adoecimento. Esta variação se deve a
1) Quimioprofilaxia primária (RN) duração e a adesão ao tratamento.
FLUXOGRAMA 3
OBS: NUNCA iniciar tratamento para ILTB sem
2) A indicação do tratamento da ILTB antes afastar a doença ativa:
depende:
- SINTOMÁTICOS/ Exames bacteriológicos + RX
• do resultado da PT ou do IGRA
tórax
• da idade;
• da probabilidade de ILTB ; - ASSINTOMÁTICOS/ PT+ RX tórax
• do risco de adoecimento.

Verificar critérios tratamento ILTB QUADRO 1

Tratamento ILTB: rifampicina ou isoniazida


(QUADRO 2 e 3)
FLUXOGRAMA 1
FLUXOGRAMA 2
FLUXOGRAMA 3
QUADRO 1
QUADRO 2

QUADRO 3

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