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Novo Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil – 2018

Principais aspectos:
1. Busca ativa de casos:
Sintomático respiratório(SR)= tosse por 3 semanas ou mais. Em populações de alto risco de TB, tosse de
qualquer duração (privados de liberdade, em situação de rua, HIV+, profissionais da saúde)
2. Coleta de amostra de escarro – no momento da identificação do SR ou no dia seguinte (exame de
escarro para diagnóstico não é para ser “agendado”).
3. Diagnóstico TB ativa:
- Casos novos: solicitar TRTB (teste rápido)
- Populações vulneráveis (mencionar no pedido - profissionais da saúde, PVHIV, situação de rua, privados
de liberdade, indígenas, contatos de TB resistente): solicitar TRTB e CBAAR/TSA
- Casos de retratamento (mencionar no pedido): solicitar TRTB (apenas para verificar sensibilidade a
rifampicina), BAARd e CBAAR/TSA
- Radiografia de tórax deve ser solicitada a todo paciente com suspeita de TB pulmonar ou extrapulmonar.
- Todo o paciente diagnosticado com tuberculose deve ser testado para HIV.
- Suspeita de TB em crianças: encaminhar para CBO “infectologia” - área de atuação “tuberculose”
4. Tratamento TB ativa:
Esquema Básico para o tratamento da TB em adultos e adolescentes (≥10 anos de idade)*

*Para o tratamento da TB meningoencefálica e osteoarticular, a fase intensiva deve ser de 2 meses e a de


manutenção deve ser de 10 meses, totalizando 1 ano de tratamento.

Esquema básico para o tratamento da TB em crianças (<10 anos de idade)*

*Para o tratamento da TB meningoencefálica e osteoarticular, a fase intensiva deve ser de 2 meses e a de


manutenção deve ser de 10 meses, totalizando 1 ano de tratamento.

5. Rotina no acompanhamento dos casos


- Notificar todos os casos, se veio transferido de outro serviço notificar novamente.
- É fundamental, a realização de baciloscopia mensal nos casos de TB pulmonar, para o
monitoramento da efetividade do tratamento.
- Quando a baciloscopia for positiva ao final do segundo mês do tratamento, deve-se solicitar
cultura para BAAR com teste de sensibilidade, prolongando a fase de ataque (RHZE) por mais 30
dias e reavaliar o esquema de tratamento com o resultado do TS. Não passar para a fase de
manutenção sem ver o resultado da baciloscopia do final do segundo mês.
- Em casos individualizados, quando a TB apresentar evolução clínica não satisfatória, o tratamento
poderá ser prolongado na sua segunda fase, de quatro para sete meses (com aval da referencia secundária
ou do NASF infectologia). Investigar a possibilidade de TB resistente.
- O Esquema Básico pode ser administrado nas doses habituais para gestantes e, para evitar toxicidade
neurológica ao feto pela isoniazida, associa-se Piridoxina (50mg/dia).
- Oferecer as mulheres em idade fértil outras opções de contracepção, devido a ação da rifampicina que
reduz a eficácia do anticoncepcional hormonal.
Consultas clínicas e exames de seguimento do tratamento da TB adultos

- Encaminhar para a referência: TB extrapulmonar, hepatopatas, nefropatas, eventos adversos maiores, TB


droga resistente (se TR mostrar resistência a rifampicina, confirmar com nova amostra, iniciar esquema
básico e encaminhar), dificuldade diagnóstica.
6. Controle de contatos:
- Contatos sintomáticos: - TRTB e RXT, outros exames conforme sintomas
- Contatos assintomáticos: - PT e/ou RXT
7. Diagnóstico infecção latente TB (ILTB): paciente que apresentar PPD ou IGRA positivo, no qual foi
descartada TB ativa

8. Tratamento ILTB:
- Primeira escolha - Isoniazida por 9 meses (270 doses em 9-12 meses). Dose: 10 mg/Kg, dose máxima
300 mg/dia (comprimidos de 100 mg e de 300 mg).
- Em maiores de 50 anos, crianças, hepatopatas, contatos de monorresistência H, intolerância à H : usar
rifampicina por 4 meses.
- Pessoa portadora de HIV contato de bacilífero: tratar ILTB independente de PT, depois de excluída
doença ativa.

NASF Infectologia
Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba

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