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1 - Paciente de 30 anos, masculino, heterossexual, num check-up foi detectado plaquetopenia

(80 mil/m³). Clínico encaminhou para o hematologista, que viu que o paciente só tinha
plaquetopenia, com o restante das células sanguíneas normais. Anti-HIV (ELISA) positivo.
Paciente admitia ter várias relações sem o uso de preservativos. Anti-Hbc+; AntiHbsAg +,
AntiHBS +

--- Anti-HIV ELISA  Exame de screening (leva de 2 a 3 semanas para ter resultado positivo,
portanto, tem alta taxa de falsos-negativos).

 Quando ELISA é positivo, partir para o Western-Blott ou Imunoblott(teste


confirmatório).
 1ª Ação pós Elisa +: Fazer teste confirmatório.

---- Em casos de pacientes com histórico de relações sem preservativos, mais comum pedir
carga viral (PCR quantitativo para HIV)

----CD4+ (imunidade celular) – Mede o grau de imunodeficiência do paciente. Em escores


menores que 200 é confirmativo de HIV  necessário iniciar a profilaxia para evitar o risco de
pneumociste (PCP) e neurotoxoplasmose.

 Profilaxia de escolha: Bactrim


 Se o CD4 for acima de 500, o exame é normal.
 Limite da pontuação: 350 (valores acima não têm tanto risco de infecções
oportunísticas)

-----HBV: Grande possibilidade de transmissão sexual concomitante

 HbsAg
 Anti-Hbc total
 AntiHBS (Indica cura; entretanto se houver uma imunossupressão severa pode haver
recidiva)
o Se os três exames estiver negativo, nesse caso, esperar a melhora do CD4 para
poder vacinar.

------ Anti HCV (para screening de HIV). Pode ter falsos-positivos  nesse caso, fazer PCR
quantitativo para HCV.

 Comum em usuários de drogas.

--- Investigar sifílis

 Testes não-treponêmicos: VDRL, RPR


o Quantitativos (1:2; 1:4: 1:8...)
 Testes treponêmicos
o FTA-RBS (não mais usado
o CMIA
 Algoritmo reverso
o 1 – Teste treponêmico – CMIA (sensibilidade de 99%)
o Caso seja negativo, o diagnóstivo é excluído (não tem sífilis).
o 2 – Caso seja positivo, fazer um teste não-treponêmico (VDRL ou RPR)
o 3 – Para definir a atividade da doença:
 Caso tenha sintomalogia (primária ou secundária): Sífilis
 Benzentacil (Penicilina) 1.200.000 U/L em cada nádega
(intramuscular) uma vez por semana por 3 semanas.
 Caso se a sífilis tenha aparecido em até 1 ano: Sífilis precoce
 Benzentacil 1.200.000 U/L em cada nádega uma vez por
semana por 3 semanas.
 Caso tenha sintomatologia terciária (neurossífilis, comprometimento
da visão, cognição, etc.)
 Punção lombar para VDRL
 Penicilina G cristalina IV

TRATAMENTO

 Atualmente, terapia anti-retroviral está indicada para TODOS os pacientes com


HIV. (TET – Test and Treat)
 A única contra-indicação é só para aqueles que não querem ser tratados.
 O tratamento é diário e por toda a vida  ALTOS NÍVEIS DE RESISTÊNCIA DO
VÍRUS EM TRATAMENTOS MAL-FEITOS.
 Necessário fazer genotipagem  Indicar possíveis mutações do HIV (devido à
resistência às drogas).
 Esquema
o TDF (inibidores de transcriptase reversa) + 3TC (outro inibidor de
transcriptase) + DTG (inibidor de integrase)
 DTG possui muito menos efeitos colaterais (em relação ao EFL)
no SNC
 Efeitos colaterais
o TDF  Nefrotoxicidade laboratorial (Síndrome de Fanconni – paciente
não possui sintomas)
 Sindrome Fanconi: glicosúria sem hiperglicemia (para
diferenciar de DM)
o TDC: Sem efeitos colaterais
o DTG: 1 – 2% possui sintomas adversos
o Outras classes: Inibidores de protease (que substituíam os inibidores de
integrases) usados com Ritonavir (que também é um inibidor de
protease  usado por causa do efeito Booster (potencialização do
efeito do outro inibidor de protease, dificultando a resistência do vírus)
 Efeitos colaterais:
 Lipodistrofia
 Aumento da glicose/TG/Colesterol
 Por causa dos vários efeitos colaterais, os inibidores de
protease não são mais a primeira linha de escolha para
tratamento de HIV
 Grande objetivo: OBTER CARGA VIRAL INDETECTÁVEL

2 – Paciente de 28 anos, feminina, disúria, evoluiu para hematúria há 2 dias. Possui


histórico de cistite. Na fita reagente: (leucocitúria, hematúria e nitrosúria)

 DX: Cistite não complicada (mulher jovem, não grávida)


 Exame: fita urinária reagente
o Pesquisa de 10 itens (Ph, bilirrubina, etc.)
o Itens mais importantes
 Sangue (micro ou macroscópica)
 Nitrito (Enterobactérias na urina transformam nitrato em nitrito)
 Leucócitos
 Tratamento
o Principal bactéria causadora: E. coli (outras: Klepsiella, proteus)
o Fosfomicina (dose única) ou Nitrofurandomina (5 dias)
 *Não se usa bactrim no Brasil (apesar de usar nos USA)
 Alta resistência
o Antibióticos com mais de 20% de resistência do
ambiente não são indicados
 Caso o paciente tivesse febre, dor lombar, sinal de Giordano positivo:
o Pielonefrite aguda - DX: Fita + urocultura (infecção que pode ser
complicada)
o Antibiótico de escolha: ciprofloxacina (bactrim) ou ceftriaxona
(cefalosporina de 3ª geração)
**Ceftriaxona: Também usada em PAC, apendicites, meningites, cistites

 Não cobre bactérias atípicas (nesse caso, fodeu)


*ciprofloxacina: fluoquinolonas

3 – Adolescente de 16 anos apresenta dor de garganta intensa, febre e


linfonodomegalia.

DX: Faringite bacteriana estreptocócica


Conduta: amoxicilina (penicilina se não houver resposta)

Porém, 3 dias depois, paciente volta com piora:

 DX: Mononucleose
 Teste: IgM por EBV
 Conduta: expectante

Caso 4 – Paciente de 70 anos, com tosse, dispneia, confusão mental e várias


comorbidades (HAS, DM, DPOC). Saturação O2: 88%  Gasometria: 77% (hipoxemia –
necessário administração de oxigênio).
DX: PAC (escore CRB)
Prováveis patógenos: Pneumococo (haemophillus influenzae, bactérias atípicas:
micoplasma, legionella)
Conduta: Ceftriaxona

Caso 5 – Paciente de 80 anos, portador de varizes, com histórico de 3 celulites, vem ao


PS com febre, eritema na região da perna, coxa, com sinais flogísticos.

DX: Celulite (se tiver pus: celulite purulenta ou abcesso)


Principais patógenos: Streptococus pyogenes ou S. aureus.
Conduta: Cefalosporina de 1ª geração (cefazolina)

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