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Infecções Hospitalares

 Definição: Toda infecção adquirida durante a internação hospitalar


ou então relacionada a algum procedimento realizado no hospital,
podendo manifestar-se durante a internação ou após a alta.
 Convenção: 48 – 72h depois da admissão.
 *Na década de 90, era bem nítido infecção comunitária de infecção
hospitalar. Porém, a medicina evoluiu a ponto de que pacientes que
são mais dependentes, e, portanto, precisam passar mais tempo em
instituições não-hospitalares de suporte (nursing homes).  Criou-
se o termo Health-Care Associated Infections (IRAS – Infecção
Relacionada a Assistência de Saúde). Pacientes que internam
frequentemente, possuindo em sua microbiota bactérias
resistentes.
 No Brasil, há uma tendência a juntar IRAS com Infec. Hospitalar.
 Muitas infecções são não-preveníveis  Pacientes internados e
imunossuprimidos possuem tantas comorbidades que até
procedimentos feitos completamente corretamente podem
desencadear infecções.
 Considerar sempre
o Foco de infecção
o Epidemiologia local
o Colher culturas apropriadas e perfil de sensibilidade (MIC –
concentração inibitória mínima) – Detectar se a batéria é
sensível ou resistente.
o Tratamento empírico
Principais sítios de Infecção Hospitalar
 PUSS:
o Pneumonia (BGNs) – principalmente por entubação ou
ventilação mecânica (PVA – Pneumonia relacionada a
Ventilação Mecânica)
 Principais: P. aeruginosa, Klebsiella e Acinetobacter.
 Diagnóstico: clínico-laboratorial-radiológico-
microbiológico
 Febre, tosse purulenta ou secreção purulenta
pela cânula traqueal, má oxigenação, leucocitose
com desvio à esquerda, DNE (diminuição da
relação PaO2 e FiO2 – normal: 100/0,21 = 500) >
proteína C reativa, infiltrado pulmonar novo,
cultura + secreção traqueal
 Exames complementares: Rx de tórax, cultura de
aspirado traqueal, hemoculturas, hemograma e
provas de ativ. Inflamatória.
 Tratamento empírico
 UTI: cefepima ou piperacilina- tazobactam.
 Fora da UTI: (PVA)  meropenem
o Urinário (90% BGNs) – sonda vesical e cirurgias urológicas
 Principalmente: Enterobactérias, como E. Coli.
 Importante: diferenciar bacteriúria assintomática de
infecção.
 Exames complementares: Urocultura, parcial de urina
com bacterioscopia, duas hemoculturas, hemograma,
provas de atividade inflamatória (proteína C)
  SEMPRE REMOVER OU TROCAR SONDA ANTES DA
UROCULTURA
 Tratamento empírico
 ITU
o Pielonefrite aguda: piperacilina-
tazobactam ou meropenem
o Cistite: ciprofloxacino
o Sangue (50% BGNs e 50% CGPs) – Maioria é estafilo –
geralmente por cateter venoso central (bacteremia primária)
 Bacteremia primária relacionada a cateter: CGPs
 Bacteremia secundária: depende do sítio de infecção.
 Achados comuns: celulite (necessário retirar o cateter).
 Exames complementares: hemoculturas (duas ou três),
cultura de ponta de CVC, hemograma, provas de ativ.
Inflamatória.
 Tratamento:
 Bacteremia:
o Retirar CVC
o Vancomicina, teicoplanina (glicopeptídeos
– risco de insuficiência renal) ou
daptomicina
o Caso haja sepse: associar cobertura com
BGN (piperacilina-tazobactam ou
meropenem)
o Sítio Cirúrgico (CGPs – estafilos) – Cirurgia (duh)
 Incluem pele e tecidos moles, infecções intra-
abdominais, próteses.
 Pele: vanco, teico, linezolida, dapto.
 Se paciente com sepse: associar cobertura para BGN.
o *A 5ª é relacionada a uso de antibióticos, causando diarreia
(por Clostridium dificille – C diff)
 Diagnóstico
 Pesquisa de toxina A e B nas fezes
 Biologia molecular: PCR
 Espectro clínico: diarreia com ou sem febre, colite
pseudomembranosa, megacólon tóxico (com
consequente perfuração intestinal).
 Tratamento:
 Casos leves e moderados: metronidazol oral
 Casos graves: vancomicina oral.
 Suspender os antibióticos
o Mais comuns (4C’s)
 Clindamicina
 Ciprofloxacina,
 Ceftriaxona
 Carbapenêmicos.
 Tirando o C diff, quase todas as outras são causadas por bactérias
aeróbicas.
o Gram Positivos: principalmente Cocos (Cocos Gram Positivos
– CGPs) – geralmente estafilococos, sendo os principais:
 S. aureus
 S. não produtor de coagulase (S epidermidis)
o Segundo grupo de cocos principais: Enterococos.
o *Outras bactérias (streptococos, etc) são de infecção
comunitária.
 BGN
o Enterobactérias
 Como o nome diz, vivem no intestino, e podem se
disseminar para o restante do corpo.
 Uma das provas diagnósticas: todas são fermentadoras
de glicose
 E. Coli
 Klebisiella Pneumoniae
o Bactérias não-fermentadoras
 Pseudomonas aeruginosa
 Acinetobacter spp.
 Staphylococos Aureus
o MRSA
 Resistentes a oxacilina
 Vancomicina (principalmente em bacteremia
sanguínea), daptomicina, linezolida (bacteremia
pulmonar).
o MSSA
 Sensível a meticilina (parecida com oxacilina)

Principais bactérias:
o Klebsiella Pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e
Acinetobacter (todos BGNs)
o Combatidos empiricamente com:
 Cefepima (4ª geração)
 Piperacilina-tazobactam beta-lactâmicos
 Meropenem (carbapemicos)

Métodos para testar os antibióticos


 Método de disco de difusão

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