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2a Edição
Nakamura . Baran
APROFUNDE O SEU
CONHECIMENTO
Doenças da Unha
diversidade nos tópicos e novos conhecimentos, representa
- acesse os vídeos
a realidade das onicopatias dos dias atuais. de procedimentos
cirúrgicos para
Adaptado à prática dermatológica, este livro-texto nos ampliar ainda mais
orienta na evolução e no conhecimento do novo, na conso- o conhecimento do
lidação dos procedimentos já usados, nas técnicas atuais profissional e do aluno
e nos métodos diagnósticos mais recentes, na demonstra- na prática clínica.
ção das técnicas cirúrgicas no contexto visual, havendo
assim a vantagem do amplo conhecimento do assunto.
É um livro produzido por meio de experiência médica clínica
A aquisição desta obra
habilita o acesso ao site
Robertha Nakamura . Robert Baran ◗
www.evolution.com.br
e cirúrgica, estudos e discussões, e atualização no manejo
Doenças da
até o lançamento da
clínico e terapêutico das doenças da unha. próxima edição em
português, ou até que
Unha
O texto, acessível e fácil de absorver e pesquisar, contém esta edição em português
não esteja mais disponível
ilustrações que aprimoram o entendimento do assunto para venda pela Elsevier,
abordado. Abrange as principais patologias ungueais, o que ocorrer primeiro.
incluindo manifestações clínicas, procedimentos diagnósti-
cos e estratégias de tratamento, apresentando todo o conhe-
cimento científico da onicologia considerado essencial.
2a Edição
Classificação de Arquivo
Recomendada
Dermatologia
www.elsevier.com.br 2a Edição
Nakamura e Baran
Doenças da Unha
Nakamura e Baran
© 2018, Elsevier Editora Ltda.
ISBN: 978-85-352-8671-7
ISBN (versão digital): 978-85-352-8672-4
Nota: Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação,
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responsabilidade pelo produto, negligência ou outros, ou advindos de qualquer uso ou aplicação de quaisquer
métodos, produtos, instruções ou ideias contidos no conteúdo aqui publicado.
A Editora
Dedicamos este livro a todos os dermatologistas e médicos com interesse nas doenças das unhas. Aos que fizeram
parte desta obra e aos que não se encontram aqui como colaboradores e sim com suas ideias já publicadas ou
lecionadas e que de alguma forma foram absorvidas para concretizar nossos pensamentos. Seus estudos, expe-
riências e influências sempre farão parte da história do Centro de Estudos da Unha.
Aos nossos familiares, amores e amigos que nos incentivaram para que fosse possível a concretização deste
trabalho, dando-nos liberdade e disponibilidade de tempo para nossos estudos, com compreensível renúncia de
nosso tempo de convívio.
Aos nossos pacientes, cujos ensinamentos diários tornaram possível esta obra.
Este livro é resultado de um esforço cooperativo e interativo. Agradecemos a todas as pessoas que, de al-
guma forma, estiveram envolvidas em sua elaboração.
Ao Professor David Rubem Azulay, Chefe do Instituto de Dermatologia Professor Rubem David
Azulay, da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, sempre atencioso e preocupado com a quali-
dade do ensino e o funcionamento do Centro de Estudos da Unha. Nossos agradecimentos pelo grau de
compromisso e dedicação.
Aos eternos Professores Regina Schechtman, Celso Sodré, Elisa Fontenelle, Alexandre Gripp, Ana Lui-
za Araripe, Cláudia Soïdo Falcão, Juan Pineiro-Maceira, João Avelleira, Alba Regina Magalhães, Elzarlin-
da Reis (in memoriam) e Sérgio Hirata, pela parceria amigável durante tantos anos, por suas contribuições
e interesse carinhoso, enunciáveis por trás de textos excepcionais. Nosso respeito, admiração e carinho. É
com emoção que lhes agradecemos.
Aos grandes amigos e incentivadores do crescimento pessoal e profissional, Luna Abulafia-Azulay,
David Rubem Azulay, Andreia Pizarro Leverone, Bernard Kawa Kac, Leonardo Spagnol Abraham, De-
borah Brazuna, Anna Beatriz Novelino, Fabiano Leal, Aguinaldo Bonalumi, Pedro Sales Neto e Marta
Gravina, desde longo tempo, uma “amizade que engrandece” num exercício pleno de cooperação e dis-
ponibilidade, pelas críticas, sugestões e apoio que ajudaram a transformar ideias em palavras. Nosso eter-
no carinho e gratidão.
Às amigas e parceiras de trabalho Isabella Brasil Succi, Luisa d’Almeida e Renata Villa Verde pela
dedicação ao trabalho e pelo exemplar profissionalismo na condução deste livro.
Ao grande professor dedicado ao estudo do melanoma, Cirurgião Oncológico do INCA – HC1 (Ins-
tituto Nacional do Câncer), José Francisco Neto Rezende, por todo o apoio e disponibilidade demons-
trados desde o primeiro momento e por transmitir seus conhecimentos técnico-científicos no desenvol-
vimento deste trabalho.
Aos colegas dermatologistas estrangeiros Andrés Alvaro Luque, Ariane Aimée Abrego Broce, David
Oschilewski Lucares, Guillermo Andrés Loda, Jenny Ortiz, Catalina Gavilanes, Lorena Uribe, Felipe Oli-
veros, Luiz Martinez e, em especial, à professora Ximena Wortsman, que prontamente aceitaram partici-
par desta obra com muita dedicação para que pudéssemos reunir o que há de atual, contribuindo para a
evolução do estudo da unha.
Aos eternos alunos que fizeram e fazem parte da “alma” do Centro de Estudos da Unha, Luciana de
Abreu, Karin Krause, Fernanda Casagrande, Fernanda Aguirré, Aline Bilemjian, Mariana Costa, Marcia
Lopes Caran, Airá Novello Villar, Gisele Crignis, Vitor Azulay, Nanashara Valgas, Andreia Petrosemolo,
Eduardo Bornhausen, Indira Valente, Patricia Rezende, André Ricardo Adriano, Andreia Munk, Claris-
sa Martins, Erika Machado, Mirna Ayusso, Berta Alcala, Lívia Rodrigues Pinheiro, Erica Slaibi, Fabia-
na Zarur, Paloma Ughini, Bruna Busetti, Maria Eduarda de Souza e Mayara Barros pelo grande apoio e
dedicação dispensados no auxílio à concretização deste livro-texto.
Aos médicos atuantes em outra especialidade, cuja troca de conhecimentos foi da maior importância
na elaboração e no entendimento das patologias ungueais, Frederico Novelino, Arthur César Farah
x Agradecimentos
Ferreira, Clarissa Canela e Fernanda Cavallieri que, acreditando no nosso trabalho, conduziram-nos a
mais reflexões e entendimento das onicodistrofias vistas pela ótica de outra especialidade, enriquecendo
muito o nosso trabalho. Nossa especial admiração e gratidão às podólogas Fátima Gomes da Silva e Joel-
ma de Almeida Santos, pelo apoio técnico.
Aos nossos funcionários, “braços” direito e esquerdo do Centro de Estudos da Unha, Isabel Silva e
Sônia de Oliveira, que graças ao brilhante desempenho profissional proporcionam o bom andamento e
a rotina do serviço em relação ao atendimento de pacientes com as mais diversas patologias ungueais.
Finalmente, desejamos expressar o nosso mais profundo e respeitoso agradecimento aos nossos pa-
cientes, com os quais aprendemos mais do que em todos os livros que conseguimos ler.
Organizadores
Robert Baran, MD
Professor honorário da Universidade de Franche-Compté.
Dermatologista Consultor do Instituto do Câncer Gustave Roussy Villejuif,
Centro de Doenças da Unha, Cannes, França.
Colaboradores
Aline P. J. Bilemjian
Dermatologista membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Pós-Graduada pelo Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay, Santa Casa de
Misericórdia do Rio de Janeiro.
Especialização em Dermatoscopia pela Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São
Paulo (UNIFESP).
Andreia Munk
Dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Pós-Graduação em Dermatologia pelo Instituto de Dermatologia Professor Rubem David
Azulay, Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.
Berta Alcala
Médica Pós-Graduanda pelo Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay, Santa
Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.
Clarissa Canella
Residência em Radiologia e Diagnóstico por Imagem pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de
Janeiro.
Research Fellowship em Radiologia Osteoarticular na University of California San Diego, EUA.
Attestation de Formation Specialise Appofondie em Radiologia Osteoarticular no Centre
Hospitalier Universataire de Lile, França.
Mestre e Doutora em Radiologia e Diagnóstico por Imagem pela Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ).
Professora Adjunta de Radiologia na Universidade Federal Fluminense (UFF).
Membro Titular do Colégio Brasileiro de Radiologia.
Membro Titular da International Skeletal Society.
Revisora da Skeletal Radiology e Revista Brasileira de Radiologia.
Eduardo Bornhausen-Demarch
Médico pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC).
Pós-Graduado em Dermatologia pelo Instituto de Dermatologia Professor Rubem David
Azulay, Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro/Escola Médica de Pós-Graduação da
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC).
Especialização em Cirurgia Dermatológica pelo Hospital Federal de Bonsucesso (HFB),
Rio de Janeiro.
Fellow em Dermatologia pela Yale School of Medicine, Yale University, EUA.
Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Fabiano Leal
Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Preceptor do Curso de Pós-Graduação de Dermatologia do Instituto de Dermatologia Professor
Rubem David Azulay, Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.
Colaboradores xvii
Fernanda Casagrande
Dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Graduação em Dermatologia pelo Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay,
Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.
Fernanda Cavallieri
Médica Radiologista.
Membro Titular do Colégio Brasileiro de Radiologia.
Diretora Médica da Clínica Cavallieri.
João Sodré
Dermatologista Sócio Efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Juan Piñeiro-Maceira
Mestre em Anatomia Patológica e Doutor em Dermatologia pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ).
Pós-Doutorado em Dermatopatologia pelo Armed Forces Institute of Pathology (AFIP),
Washington, DC, EUA.
Professor Colaborador das Disciplinas de Anatomia Patológica e Dermatologia da Universidade
do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Luciana de Abreu
Médica Dermatologista Especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Preceptora do Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay, Santa Casa de
Misericórdia do Rio de Janeiro.
Mestranda em Clínica Médica (Dermatologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ).
Luna Azulay-Abulafia
Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Mestre e doutora em Dermatologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Professora Adjunta de Dermatologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Professora do Curso de Pós-Graduação do Instituto de Dermatologia Professor Rubem David
Azulay, Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.
Mirna Ayusso
Médica Pós-Graduanda pelo Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay, Santa
Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.
Especialista em Clínica Médica pela Cesanta, Serviço do Professor Clementino Fraga Filho, 4a e
20a Enfermarias, Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.
Nanashara Valgas
Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Silvana Brazão
Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Graduação de Dermatologia do Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay,
Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.
Vitor Azulay
Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Pós-Graduação em Dermatologia pelo Instituto de Dermatologia Professor Rubem David
Azulay, Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.
Ximena Wortsman
Professora Associada Adjunta do Departamento de Radiologia e do Departamento de
Dermatologia da Faculdade de Medicina, Universidade do Chile.
Diretora Médica do Instituto de Diagnóstico por Imagem e Pesquisa da Pele e Tecidos Moles
(IDIEP), Clínica Servet.
Prefácio
A dermatologia nos permite o estudo de um anexo especializado e de extremo interesse. Esta 2a edi-
ção deste livro é uma inserção no universo da unha, envolvendo suas doenças em todos os aspectos, do
diagnóstico ao manejo clínico e cirúrgico.
A atualização do livro conta com mais tempo de experiência dos autores, mais estudo e maiores par-
cerias. Observamos o interesse no tema, especialmente entre os jovens dermatologistas. Observamos tam-
bém o maior interesse em disseminar conhecimento e experiência entre os dermatologistas que atuam
mais especificamente no estudo das unhas. Essas observações foram notadas no aumento do número de
publicações sobre as unhas e suas doenças, tanto de livros-texto e artigos, como congressos e simpósios
dessa subespecialidade. Com isso, o conhecimento do novo, a consolidação dos procedimentos já usa-
dos, as técnicas atuais e os métodos diagnósticos recentes oferecem a este livro a vantagem de um conhe-
cimento amplo sobre o assunto.
O texto é acessível e fácil de absorver e pesquisar, com ilustrações que aumentam o entendimento
do assunto abordado. A obra abrange as principais patologias ungueais, incluindo manifestações clínicas,
procedimentos diagnósticos e estratégias de tratamento, e apresenta todo o conhecimento científico e
clínico da onicologia considerado essencial.
Nosso desafio é baseado no ensino/aprendizagem da onicologia, fazendo com que o leitor se torne
capaz de formular hipóteses diagnósticas consistentes, associadas à interpretação correta dos exames com-
plementares que culminam na tomada de decisões adequadas para cada paciente.
A abrangência do conteúdo deste livro o torna útil ao dermatologista e ao clínico geral, sendo também
interessante como livro-base aos alunos residentes. O seu conteúdo irá facilitar o trabalho do médico que
está na linha de frente da assistência prestada à população.
Iniciamos o livro com a história da onicologia, apresentando autores que se dedicaram a esta subespecia-
lidade, desde Hipócrates com as “unhas hipocráticas” até autores atuais, responsáveis pelo entendimento
dessa subespecialidade da dermatologia e também pelo fascínio que ela desperta. De grande interesse, no
primeiro capítulo estão os epônimos que refletem a história médica ao longo dos anos.
Os capítulos possuem um formato prático, com muitas ilustrações, facilitando o entendimento das
características anatômicas e físicas das diversas onicodistrofias e relacionando-as com o foco inicial da
doença, o que direciona a decisão do manejo adequado.
Antes do entendimento das onicodistrofias, é necessário o entendimento das unhas saudáveis. Os
textos sobre alterações ungueais congênitas e hereditárias, em crianças e idosos, bem como as descrições
ungueais de doenças dermatológicas e sistêmicas merecem ênfase. Essas alterações são específicas do mo-
mento de surgimento, muitas vezes relacionado com a idade, e da relação com alterações extraungueais
e suas particularidades.
Os estudos das doenças inflamatórias e infecciosas específicas da unidade ungueal são de muita
relevância devido à sua alta incidência, à necessidade do diagnóstico correto em tempo curto, ao seu difícil
manejo, à resposta muitas vezes lenta e às onicodistrofias permanentes que muitas dessas doenças causam.
O estudo dos tumores ungueais é de fundamental importância, visando ao esclarecimento da benig-
nidade ou agressividade da lesão para a qual a opção cirúrgica a ser adotada pode levar a sequelas perma-
nentes. Chamamos a atenção para a necessidade de investigação minuciosa em casos de tumores ungueais
de curso agressivo, devido à possibilidade de progressão e disseminação, podendo chegar ao óbito.
Em relação à cosmetologia das unhas, é de especial interesse a correlação entre a grande incidência de
onicopatias, o grande número de profissionais técnicos dedicados aos cuidados com as unhas e os hábitos
e cultura que muitos pacientes possuem quanto à limpeza e ao adorno das unhas, que muitas vezes se
tornam o ponto de partida das onicodistrofias. As doenças ocupacionais são de fundamental importância
devido ao manuseio de diferentes substâncias relacionado com o trabalho.
A ênfase nos exames complementares do aparelho ungueal, envolvendo os exames de imagem, como
dermatoscopia, capilaroscopia, ultrassonografia e ressonância nuclear magnética, e exames laboratoriais,
como clipping, imuno-histoquímica e os exames micológicos, mostra a relevância do tema atual.
Em capítulo à parte estão os fármacos e a onicologia, no qual é abordado o entendimento dos fár-
macos de maior interesse no manejo das unhas bem como a escolha do veículo, a farmacocinética, o me-
canismo de ação e as interações das medicações usadas nas diversas patologias ungueais. São abordados
também o uso de medicações sistêmicas em patologias neoplásicas e suas consequências na unidade un-
gueal, bem como o entendimento dos biológicos usados em várias especialidades médicas, como a onco-
logia, a reumatologia e a dermatologia.
Visando à melhor compreensão e ao entendimento da onicologia, esperamos que o conteúdo deste
livro prático dedicado às alterações ungueais possa contribuir para o curso da atividade médica dos seus
leitores.
Robertha Nakamura e Robert Baran
Sumário
Dedicatórias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vii
Agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ix
Organizadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xi
Colaboradores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xiii
Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xxiii
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .xxv
1 Introdução à Onicologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Robert Baran e Robertha Nakamura
2 A Unidade Ungueal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Robert Baran e Robertha Nakamura
INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
ANATOMIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
As quatro estruturas epiteliais da unha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
A unha como um apêndice osteomuscular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
EMBRIOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
FISIOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Crescimento das unhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Formação da placa ungueal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
IMUNOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
SEMIOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
SINAIS FÍSICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Alterações da forma da placa ungueal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Alterações da superfície da placa ungueal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Alterações da placa ungueal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
xxviii Sumário
4 Unhas Saudáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Robert Baran, Robertha Nakamura, Mirna Ayusso,
Berta Alcala e Lívia Rodrigues Pinheiro
NA INFÂNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Onicofagia e cuticulite . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Paroníquia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Melanoníquia longitudinal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Verrugas periungueais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Onicomicoses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Traquioníquia (distrofia das 20 unhas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Psoríase ungueal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Líquen plano ungueal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Doenças que cursam com bolhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Onicocriptose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
NO IDOSO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Onicodistrofias no idoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
NA DOENÇA DERMATOLÓGICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Esclerodermia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Lúpus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
Hanseníase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Esclerose tuberosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Sarcoidose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
Pênfigos e penfigoide . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
Pitiríase rubra pilar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
NA DOENÇA SISTÊMICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
Sinais físicos e correlação com doenças sistêmicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
Sumário xxix
6 Cromoníquias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
Sergio Henrique Hirata, Jenny Hasbleidy Hurtado Ortiz e
Maria Luiza Carvalho Ferreira dos Santos Chiganer
MELANONÍQUIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
ERITRONÍQUIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
LEUCONÍQUIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
ANONÍQUIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
UNHA ECTÓPICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
DISPLASIAS ECTODÉRMICAS HEREDITÁRIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
Paquioníquia congênita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
Displasia ectodérmica hidrótica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
Displasia ectodérmica anidrótica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
Disceratose congênita (síndrome de Zinsser-Engman-Cole) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
TRICOTIODISTROFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
SÍNDROME UNHA-PATELA (SUP) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
MAU ALINHAMENTO CONGÊNITO DO HÁLUX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
DOENÇA DE DARIER. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
DOENÇA DE HAILEY-HAILEY . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
DOENÇAS BOLHOSAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107
Epidermólise bolhosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107
Porfirias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
ONICOCRIPTOSE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
Classificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
Tratamento conservador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122
Tratamento conservador combinado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126
RETRONÍQUIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127
PSORÍASE UNGUEAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131
Tratamento tópico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136
Tratamento sistêmico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136
Considerações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
LÍQUEN UNGUEAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
Líquen plano ungueal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
Formas raras de líquen ungueal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141
xxx Sumário
ONICOMICOSE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153
Tipos de onicomicose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154
Critérios de cura da onicomicose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162
Onicomicoses por fungos filamentosos não dermatófitos (FFND) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162
Candidíase mucocutânea crônica (CMCC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163
PARONÍQUIA MICROBIANA AGUDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163
SÍNDROME DA UNHA VERDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165
INFECÇÕES VIRAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166
Verrugas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166
Herpes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169
INFECÇÕES PARASITÁRIAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171
Escabiose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171
Tungíase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173
Leishmaniose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174
MICOSES PROFUNDAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176
Paracoccidioidomicose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176
Esporotricose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178
MICOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293
Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293
Método de coleta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 294
Exame micológico direto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 295
Cultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 296
Morfologia das principais espécies envolvidas no acometimento ungueal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 297
DERMATOSCOPIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 298
Nas doenças ungueais melanocíticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 298
Nas melanoníquias fúngicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 303
Nas doenças ungueais não melanocíticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 303
No momento cirúrgico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 308
HISTOLOGIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 310
Histopatologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 310
Imuno-histoquímica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 320
Clipping . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 322
CAPILAROSCOPIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 325
Capilaroscopia nas doenças reumáticas autoimunes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 327
Capilaroscopia na psoríase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 327
RADIOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 328
ULTRASSONOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 329
Estudo sonográfico da anatomia da unidade ungueal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 330
Aplicações comuns do ultrassom nas patologias ungueais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 331
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 335
RESSONÂNCIA NUCLEAR MAGNÉTICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 336
Ressonância nuclear magnética da falange normal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 336
Sumário xxxiii
VEÍCULOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 345
Emulsões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 346
Géis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 347
Soluções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 347
Óleo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 347
Dimetilsulfóxido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 347
Esmalte. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 348
FARMACOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 349
Antifúngicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 349
Terapia tópica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 349
Terapia sistêmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 351
Esquemas terapêuticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 352
Novos antifúngicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 353
Anti-inflamatórios corticosteroides e combinações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 355
Corticosteroides nas onicopatias e vias de administração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 355
Análogos da vitamina D. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 358
Inibidores da calcineurina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 360
Retinoides e imunossupressores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 361
Biológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 365
Antineoplásicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 367
CORRELAÇÃO ENTRE DISTROFIAS UNGUEAIS E FÁRMACOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 373
Alterações da irrigação sanguínea ungueal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 375
Índice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 381
3
Sinais Físicos das Unhas
Robert Baran e Robertha Nakamura
SINAIS FÍSICOS
As características físicas da unha são atribuídas à integridade de seus constituintes e à sua posição anatô-
mica. O exame físico das unhas deve ser minucioso, observando mudanças morfológicas de toda a unida-
de ungueal, correlacionando-as à região/sítio ungueal acometido e sua possível etiologia.
As alterações modificam a forma, superfície, estrutura e coloração da placa ou lâmina ungueal, assim
como alterações em leito e dobras ungueais (tecidos perioniquiais).
Clubbing ou unhas hipocráticas. Aumento da curvatura transversal e longitudinal da placa ungueal. Pode
ser bilateral, forma mais comum, ou unilateral. Bilateralmente ocorre em desordens sistêmicas cardio-
vasculares, principalmente as congênitas, alterações pulmonares crônicas, doenças neoplásicas, gastroin-
testinais, infecciosas, endocrinológicas, osteoartropáticas e em várias outras doenças, bem como pode ser
idiopática. Existem várias hipóteses da sua fisiopatologia. A melhor evidência está na fisiologia da pro-
dução de plaquetas em que megacariócitos fragmentados interrompem a circulação pulmonar normal
e penetram na circulação sistêmica. Devido ao seu tamanho, eles impactam na circulação periférica dos
dedos, são ativados e liberam o fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF), que promove au-
mento da permeabilidade vascular de monócitos e quimiotaxia de neutrófilos. Isto leva ao aumento do
número de células musculares lisas vasculares e fibroblastos. Na doença inflamatória intestinal e na do-
ença hepática pode haver esta alteração plaquetária. Outros autores firmam a hipótese de que além da
função plaquetária anormal, é necessária a cianose. Clinicamente há hipertrofia local, edema e infiltra-
ção da polpa digital.
O clubbing unilateral tem sido associado à hemiplegia e a alterações vasculares arteriais, como a fístula
de diálise, arterite de Takayasu, aneurisma e síndrome de Klippel-Trenaunay. Já foi referido na obstrução
traumática da veia axilar.
20 CAPÍTULO 3 | Sinais Físicos das Unhas
Coiloníquia. Reversão da curvatura da placa ungueal, dando aspecto côncavo ao dorso da unha, em for-
ma de “colher”. Pode ser fisiológica em crianças. Vista na anemia ferropriva que pode resultar de uma
variedade de causas, como a desnutrição, sangue oculto nas fezes, vermes, malignidade gastrointestinal e
doença celíaca. Outras causas são grande altitude, trauma e exposição a produtos petrolíferos. Pode ser
hereditária.
Curvatura transversa da placa ungueal. Morfologicamente existem três tipos: unha em pinça, na qual a
curvatura aumenta ao longo do eixo, unha em telha, com grau de curvatura menos avançado, e unha
plicata com a lateral da placa ungueal dobrada e pouca interferência no tecido subungueal. Causas: here-
ditária, trauma, osteófitos, avulsões repetidas da unha e dermatoses como psoríase e onicomicose.
Braquioníquia. Também descrita como “unhas em raquete”. A largura do leito e a da placa são maiores que
o comprimento. Ocorre devido ao fechamento prematuro das epífises ósseas, é comum nos polegares. Re-
flete uma herança autossômica dominante.
CAPÍTULO 3 | Sinais Físicos das Unhas 21
A C D E
F G H
FIGURA 3.3. Curvatura transversa da placa ungueal. A. e B. Unha em pinça. C. Unha em pinça, observação da curvatura
através do hiponíquio. D. Unha em telha. E. Unha em telha, observação da curvatura através do hiponóquio. F. Unha em
telha. G. Unha plicata. H. Unha plicata, observação da curvatura através do hiponíquio.
Unha em garra. As unhas crescem em forma de garra devido à perda do suporte ósseo por trauma, ou uso
de salto alto e sapatos apertados, pode estar associada à calosidade local.
Unhas em bico de papagaio. A curvatura da borda livre da unha assemelha-se a um bico de papagaio. Uma
explicação é o maior teor de fosfolipídio hidrofóbico da placa ungueal, e com isto há inversão parcial da
curvatura. Alguns autores consideram que são uma variante normal de unhas compridas. A principal cau-
sa secundária é o trauma distal, resultando em perda de apoio da unha devido à perda óssea.
A B
C D
FIGURA 3.4. A. e B. Unha em bico de papagaio. C. Unha em garra. D. Quarta unha do dedo do pé curvada.
22 CAPÍTULO 3 | Sinais Físicos das Unhas
Quarta unha do pé curvada. Condição rara, congênita, acomete o quarto dedo do pé, é caracterizada por
uma placa ungueal do quarto dedo do pé curva bilateralmente, secundária à hipoplasia ou perda da fa-
lange distal congênita.
Unhas em usura. Unhas gastas e brilhantes de arranhadores crônicos, comum em pacientes atópicos.
Onicoatrofia. Redução da espessura e tamanho, fragmentação e acentuação das fendas e sulcos da placa
ungueal por distúrbio adquirido ou congênito. É comum no líquen plano ungueal, trauma e perda do
suprimento sanguíneo local. Ocorre por alteração da função da matriz ungueal.
Anoníquia. Atrofia da matriz ungueal evoluindo para ausência da placa ungueal e consolidação dos sulcos.
Pode ser congênita, como na epidermólise bolhosa, síndrome unha-patela e displasia ectodérmica, ou ad-
quirida, é comum no líquen plano ungueal, esclerodermia e trauma da matriz.
A B C
FIGURA 3.6. Anoníquia. A. Anoníquia pós-cirúrgica. B. Anoníquia pós-trauma. C. Anoníquia dedo médio no líquen plano
ungueal.
Sulcos longitudinais. Mais comumente se apresentam de forma múltipla, chamados estrias ou sulcos lon-
gitudinais paralelos ou onicorrexis. Podem surgir na síndrome das unhas frágeis, como alteração fisiológi-
ca e piora conforme a idade avança. Também surgem após alteração inflamatória, como no caso do líquen
plano ungueal, por defeito na matriz. Têm relação com alteração na lúnula (diminuição do tamanho ou
CAPÍTULO 3 | Sinais Físicos das Unhas 23
ausência). Sulco longitudinal único pode ocorrer devido a tumores como cisto mixoide, fibroma, verru-
ga ou tumor glômico localizados na dobra ou matriz proximais. Pode ser devido a trauma, recebendo o
nome de distrofia de Heller, quando a cutícula é puxada para trás, acompanhada de alteração da dobra
proximal e aspecto de “tanque de lavar roupas”.
A B C
FIGURA 3.7. Sulcos longitudinais. A. Sulcos longitudinais paralelos (onicorrexis). B. Sulco longitudinal único (tumor benigno).
C. Sulco longitudinal por trauma (distrofia de Heller).
Sulcos transversais. O sulco transversal superficial e marcante recebe o nome de sulco de Beau, ou seja,
redução temporária na função da matriz. É sinal de alteração no processo de ceratinização da matriz un-
gueal levando a uma diminuição transitória na produção da placa ungueal. A profundidade e a largura
da depressão mostram a extensão e duração dos danos. Além disso, a distância entre a depressão e a ma-
triz ou dobra proximal é usada para estimar o período da doença. Sulco ou linha de Beau aparece algu-
mas semanas após o acometimento da matriz. Quando a depressão é profunda indica súbito ataque da
doença. É comum na paroníquia crônica, trauma e doenças agudas de comprometimento matricial. Tem
sido referido em associação com uma variedade de doenças infecciosas, doenças febris, condições cardio-
pulmonares, dermatite, doenças metabólicas, menstruação, medicamentos e traumas em extremidades.
Pitting, pits ou unha punctata. São depressões punctatas na superfície da placa ungueal que variam em
morfologia e distribuição, devido à alteração da porção proximal da matriz. É manifestação comum na
psoríase ocorrendo também na alopecia areata, eczema e líquen plano ungueal. Pode ser vista em indiví-
duos normais e no eczema crônico. O comprimento de um pit é sugestivo do período de tempo em que
a matriz foi afetada e uma depressão mais profunda seria indicativa do envolvimento da matriz interme-
diária e ventral (Figura 3.9).
Traquioníquia (unhas rugosas). Alteração da espessura da placa ungueal seguida de rugosidade, aspereza e
opacidade. Há estrias longitudinais excessivas e inúmeras depressões superficiais. É classificada em três va-
riedades: traquioníquia como sinal de dermatose, como alopecia areata, psoríase, líquen plano, dermatite
atópica, incontinência pigmentar, vitiligo e ictiose; traquioníquia idiopática iniciada na infância e afetan-
do uniformemente todas as unhas, correspondendo à “distrofia das 20 unhas da infância”; e traquioníquia
secundária à exposição a agente químico externo. Não há nenhum tratamento específico, no entanto há
relatos de uso de psoraleno e ultravioleta A (0,7–1,4 J/cm2, 3×/semana), esteroides intramatriz e oral e
griseofulvina oral nos casos de líquen plano (Figura 3.10).
Onicosquizia. Separação lamelar das camadas da porção distal da placa ungueal devido à dissolução das
pontes intercelulares. É a principal característica da síndrome das unhas frágeis que acomete 30% das mu-
lheres adultas. Causas: trauma repetido, idade avançada, umidade e desidratação constantes, desnutrição,
detergentes e solventes (Figura 3.11).
Granulação da superfície. Dissolução da aderência dos onicócitos de superfície vista como descamação
longitudinal em forma de “colar de pérolas”.
A B
C D
FIGURA 3.9. Pitting ou pits. A. Na alopecia areata. B. No líquen plano ungueal. C e D. Na psoríase ungueal.
CAPÍTULO 3 | Sinais Físicos das Unhas 25
A B
C D
FIGURA 3.10. Traquioníquia. A. Traquioníquia idiopática (“síndrome das 20 unhas”). B. Traquioníquia por psoríase
ungueal. C. Traquioníquia por irritantes (produto químico). D. Traquioníquia por líquen plano ungueal.
Elconyxis. Severa erosão do dorso da placa ungueal em sua porção proximal que se move distalmente com
o crescimento da unha. Ocorre por dissolução das pontes lamelares, mais comumente com o uso de etre-
tinato e trauma. Pode ocorrer na psoríase e ser secundária a sífilis, síndrome de Reiter e diálise peritoneal.
26 CAPÍTULO 3 | Sinais Físicos das Unhas
Onicólise. Descolamento da placa em relação ao leito ungueal. Trauma tem sido indicado como uma
queixa frequente, sendo comum em infecções por fungos ou bactérias, unhas frágeis, psoríase ungueal, lí-
quen plano ungueal e uso de medicações, como retinoides e quimioterápicos, ureia em alta percentagem
por tempo prolongado e medicações indutoras de fotonicólise, como tetraciclinas, clorpromazina, pso-
ralênicos e fluorquinolonas. O diagnóstico está relacionado com as características físicas associadas, por
exemplo, no trauma há onicólise associada a estilhas hemorrágicas ou hematoma subungueal; na psoría-
se a onicólise está associada a “mancha salmão” e “mancha em óleo”; na onicomicose há associação com
ceratose subungueal.
Onicomadese. Descolamento espontâneo da placa ungueal em relação à matriz, por agressão aos compo-
nentes matriciais (sulco de Beau profundo, severo). A separação da placa ungueal ocorre na região proxi-
mal e muitas vezes a placa fica aderida ao leito em sua porção distal. Ocorre em doenças autoimunes como
alopecia areata e pênfigo vulgar, na doença de Kawasaki, em doenças infecciosas como doença de mão pé
e boca, na paroníquia, nas doenças ungueais inflamatórias como psoríase e líquen, retroníquia, trauma e
medicações como quimioterápicos, antiepiléticos, penicilina, azitromicina e retinoides.
A B C
FIGURA 3.14. Onicomadese. A. Na psoríase ungueal. B. Na paroníquia por onicomicose. C. No trauma – unha macia, em
“casca de ovo”, hapaloníquia. Fonte: C: Cortesia do Dr. Paulo Luzio.
Ceratose subungueal. Aumento da espessura da placa ungueal ou hiponíquio. A espessura normal das
unhas é de cerca de 0,5 mm e está consistentemente aumentada em trabalhadores manuais e em muitas
doenças, como ictiose congênita, doença de Darier e psoríase, e nos traumas e microtraumas, como o atri-
to por calçados. Em condições inflamatórias crônicas há hiperplasia epitelial do tecido subungueal; isto
é comum na psoríase, pitiríase rubra pilar, eczema crônico, líquen plano ungueal e pode ocorrer na oni-
comicose crônica, na qual a ceratose subungueal contém mais elementos fúngicos do que a própria pla-
ca ungueal. Verruga, quando localizada no hiponíquio, causa acentuada ceratose. A extensão da ceratose
pode ocasionar alteração na forma da placa ungueal, como unha em telha. O termo hipertrofia da placa
ungueal se restringe a alterações na matriz, por defeito na produção da placa.
Paquioníquia. Aumento da espessura da placa ungueal por hiperplasia da matriz e leito, que altera a con-
sistência da placa ungueal, que se torna dura. Comum na paquioníquia congênita, psoríase e onicomico-
ses. Os achados clínicos mais frequentes são aumento da espessura da placa ungueal, ceratose subungueal,
curvatura transversa típica, em forma de “V” e cromoníquia amarelo-acastanhada. Quando congênita,
está associada à ceratodermia plantar focal e dor plantar. Estes sintomas são precoces e persistentes, afe-
tando a qualidade de vida, principalmente pela dor plantar.
Pterígio dorsal ou pterígio unguis. Extensão da dobra proximal sobre a placa ungueal, devido à atrofia da
matriz, e, por consequência, do leito, com divisão da placa em dois fragmentos, com “forma de asa”, de-
vido à fibrose local. É uma lesão cicatricial de caráter irreversível. É comum no líquen plano ungueal, ra-
dioterapia, trauma, congênita, dermatoses bolhosas, queimaduras, doença de Raynaud, doença vascular
periférica, sarcoidose e hanseníase.
CAPÍTULO 3 | Sinais Físicos das Unhas 29
Pterígio ventral ou pterígio inverso unguis. Extensão do hiponíquio que está intimamente ligado à região
ventral da placa, obstruindo o sulco ungueal distal. Histologicamente há intensa hiperceratose fixada fir-
memente à placa ungueal. Pode ser congênita, familiar ou adquirida. Acredita-se que a patogênese possa
estar relacionada com uma deficiência na regulação da função da matriz. Ocorre em trauma com conse-
quente cicatriz na região do hiponíquio, doenças do colágeno, como esclerodermia, lesão do nervo me-
diano e hanseníase. Há pouca resposta terapêutica.
A B
C D
Hapaloníquia ou “unha em casco de ovo”. Quando a superfície da placa ungueal torna-se macia, fina,
podendo se abrir ou quebrar. Frequentemente vista no local de descolamento da onicomadese. Pode ser
hereditária ou adquirida devido a desnutrição, artrite reumatoide, mixedema, hanseníase, fenômeno de
Raynaud, uso de retinoides ou radiodermite.
Cromoníquia. Alteração da cor da placa ungueal por causas exógenas, como infecção por fungo (ama-
relo, marrom, preto) ou bactéria (Pseudomonas – verde), uso de hena, antralina, tartrazina, iodo e
drogas, como cloroquina e psoralenos, alterações dermatológicas como lúpus eritematoso e alopecia
areata, condições sistêmicas como anemia e diabetes, trauma e fricção produzindo hematoma e enve-
lhecimento.
30 CAPÍTULO 3 | Sinais Físicos das Unhas
A B
C D
FIGURA 3.19. A. Cromoníquia amarelada por tartrazina. B. Cromoníquia por hematoma. C. Cromoníquia por hena.
D. Cromoníquia esverdeada por Pseudomonas.
Melanoníquia. Coloração marrom à negra da placa ungueal. Ocorre como múltiplas faixas em mais de
um dedo, como no caso da melanoníquia racial, líquen plano ungueal, medicações, como antimaláricos,
tetraciclina e psoralênicos, Addison e gravidez. Ocorre também como faixa simples, como na irradiação
local, trauma, nevo, lentigo e melanoma ungueal.
A B C
D E F
FIGURA 3.20. Melanoníquia. A. Melanoníquia friccional. B. Melanoma ungueal. C. Melanoníquia por onicomicose.
D. Melanoníquia por nevo melanocítico. E. Melanoníquia medicamentosa. F. Melanoníquia no líquen plano.
CAPÍTULO 3 | Sinais Físicos das Unhas 31
Leuconíquia. Coloração brancacenta da placa ungueal. Possui algumas variedades: forma hereditária, a
leuconíquia verdadeira que acomete toda a placa ungueal por disfunção da matriz; a forma puntiforme,
causada por trauma e alopecia areata; e forma transversa (linhas de Mees), em que o arsenicismo é a prin-
cipal causa.
A B
C D
FIGURA 3.21. Leuconíquia. A. Leuconíquia transversa, trauma. B. Leuconíquia por cirrose hepática (unhas de Terry).
C. Leuconíquia transversa, onicomicose. D. Leuconíquia por onicomicose.
Outra variedade é a leuconíquia aparente. Ocorre por alteração vascular do leito associada à diminui-
ção dos níveis de albumina, como no caso das unhas de Terry na disfunção hepática e cirrose (leuconíquia
proximal 2/3 e rósea distal 1/3), das unhas urêmicas meio a meio (branca proximal, parda distal) e das li-
nhas de Muehrcke (dupla leuconíquia transversa). São comuns na síndrome nefrótica, glomerulonefrite,
insuficiência cardíaca e hepatopatias por hipoalbuminemia crônica persistente. A leuconíquia aparente
desaparece à pressão exercida sobre a placa ungueal.
A pseudoleuconíquia ocorre devido a uma alteração exógena, como no caso da onicomicose branca
superficial.
ALTERAÇÕES PERIUNGUEAIS
Paroníquia. Inflamação do tecido mole periungueal por exposição e hipersensibilidade aos agentes exter-
nos. Ocorre principalmente por infecção bacteriana e fúngica, psoríase ungueal, eczema, trauma (princi-
palmente onicocriptose) e quimioterápicos. Pode ser aguda ou crônica.
A paroníquia aguda normalmente ocorre devido à infecção por bactérias, fungos e vírus do herpes.
Pode se desenvolver em doenças não infecciosas, como o pênfigo vulgar, pacientes com hábito de chupar
o dedo e roer as unhas e imunossuprimidos. Paroníquia crônica é uma reação inflamatória multifatorial
32 CAPÍTULO 3 | Sinais Físicos das Unhas
da dobra ungueal proximal e/ou lateral a substâncias irritantes, alérgenos e infecções recidivantes. Há au-
mento do volume local, presença de fibrose e sensibilidade alterada. Vista mais comumente em donas de
casa e empregadas domésticas.
A B C D
FIGURA 3.22. Paroníquia. A e B. Paroníquia crônica. C. Paroníquia por onicocriptose. D. Paroníquia por dermatite de
contato.
Cuticulite. Inflamação superficial da dobra ungueal proximal com descolamento lamelar da pele ao redor
da unha devido a trauma. É comum observar pontos hemorrágicos. É considerado hábito em algumas
pessoas.
Estilha hemorrágica. Ponto alongado de coloração vermelha que escurece e se move de acordo com o mo-
vimento da placa ungueal. Ocorre devido à ruptura de finos capilares normalmente dispostos ao longo
dos sulcos longitudinais das cristas epidérmicas subungueais. Vista nas doenças inflamatórias das unhas,
como psoríase e líquen, onicomicoses, trauma, eczema, artrite, embolia, doença vascular do colágeno,
amiloidose e em hemodiálise.
Onicólise. Descolamento da placa em relação ao leito ungueal, já descrito nas alterações da placa ungueal.
Alterações inflamatórias do leito ungueal. Mancha “salmão” e mancha “em óleo” ocorrem devido a reações
inflamatórias locais e migração de linfócitos e neutrófilos. São vistas na psoríase ungueal frequentemen-
te associadas à onicólise e são observadas através da placa. A descoloração esbranquiçada está associada a
CAPÍTULO 3 | Sinais Físicos das Unhas 33
A B C
FIGURA 3.24. Alterações do leito ungueal. A. Estilhas hemorrágicas. B. Estilhas hemorrágicas, manchas “salmão” e “em
óleo” da psoríase. C. Manchas da psoríase “salmão” e “em óleo”.
TABELA 3.1 Correlação dos locais anatômicos e sinais físicos nas alterações ungueais
TABELA 3.2 Onicomicose e seus sinais físicos de acordo com o local de acometimento
TABELA 3.3 Onicocriptose e seus sinais físicos de acordo com o local de acometimento
TABELA 3.4 Síndrome das unhas frágeis e seus sinais físicos de acordo com local de acometimento
TABELA 3.5 Psoríase ungueal e seus sinais físicos de acordo com o local de acometimento
TABELA 3.6 Líquen plano ungueal e seus sinais físicos de acordo com o local de acometimento
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