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Unidade temática 10

Seguimento de pacientes em TPT


contra TB-MR

Fevereiro, 2022
1
Objectivos de aprendizagem

No final desta unidade, os participantes devem ser


capazes de:

o Conhecer o local de seguimento dos pacientes em TPT


contra TB-MR;
o Conhecer os passos da avaliação antes do início do
TPT;
o Descrever a monitoria e seguimento dos pacientes;
o Saber que efeitos adversos da Levofloxacina deve
perquisar.

2
Avaliação antes do início do TPT (1)

Todos contactos (crianças, adolescentes e adultos) de casos


de TB-MR devem ser avaliados para elegibilidade ao TPT
tendo em conta os seguintes aspectos:

• Excluir TB activa;
• Tipo de TB do caso fonte (resistência a Lfx);
• Seroestado para HIV;
• Avaliação nutricional (Peso, Estatura, P/E (menores de 5
anos) IMC/Idade (crianças > 5 anos);
• Presença de outras formas de imunodepressão comprovada
(diabetes, uso de corticoterapia, etc).

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Avaliação antes do início do TPT (2)
Se o contacto de TB-MR reunir os critérios de elegibilidade:
• < 15 anos HIV negativo ou
• HIV+ de qualquer idade ou
• Outra forma de imunodepressão comprovada
E
• Com rastreio negativo de TB activa
• Caso fonte sem resistência a fluoroquinolonas

• Iniciar Levofloxacina Segundo o peso


• Aconselhamento sobre a importância do TPT e necessidade de adesão
até ao fim do tratamento;
• Explicar sobre a necessidade de informar em caso de efeitos adversos e
aparecimento de sinais/sintomas de TB;
• Aconselhar sobre medicamentos que interferem com a eficácia do TPT.4
Seguimento das crianças HIV
negativas na CCR

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Seguimento da criança na CCR (1)

A cada consulta, deve-se :


o Realizar o rastreio de sinais e sintomas de TB:
• Febre;
• Perda de peso/falência de crescimento;
• Tosse;
• Astenia/falta de vontade de brincar;
• Adenopatias;
• Sudorese nocturna (adolescentes);

o Avaliar o surgimento de efeitos adversos a Lfx;


o Fazer aconselhamento de seguimento e de reforço da
adesão; 6
Seguimento da criança na CCR (2)
Durante as consultas de seguimento, também deve-se:
• Pesar e medir a criança (altura/cumprimento);
• Fazer a avaliação nutricional (P/E, PB, IMC);
• Ajustar a dosagem conforme o peso;
• Avaliar se o paciente está em uso de outros
medicamentos que possam interferir com o regime do
TPT e orientar sobre o manejo;
• Avaliar necessidade de apoio comunitário;
• Assegurar que o caso fonte esteja a cumprir o
tratamento e seja regular no levantamento do mesmo
assim como a profilaxia da criança.

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Periodicidade das consultas na CCR

A consulta de seguimento das crianças deve ser:


• Mensal durante os 6 meses de toma da
Levofloxacina;

• Após finalizar a toma de TPT com levofloxacina a


criança passa a ser seguida de 6 em 6 meses até
completer um período de 2 anos de seguimento.

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Casos de crianças contactos de TB
resistente com contra indicação de LFX
• O seguimento de criança contacto com TB resistente
que não podem fazer LFx quer seja por contra-indicacao
a Lfx ou porque o caso fonte apresenta resistência a Lfx,
a consulta de seguimento deve ser:

• a cada 2 meses durante os primeiros 6 meses de


seguimento.

• depois a criança passa a ser seguida de 6 em 6 meses


até completar um período de 2 anos de seguimento

9
Seguimento nas consultas de
doenças crónicas

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Seguimento nas consultas das
doenças crónicas (1)
• Realizar o rastreio de sinais e sintomas de TB a cada
consulta:

Crianças
Adolescentes e adultos
• Febre
• Perda de
peso/falência de • Febre
crescimento • Emagrecimento
• Tosse • Sudorese nocturna
• Astenia/falta de • Tosse
vontade de brincar • Astenia
• Adenopatias
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Seguimento nas consultas das
doenças crónicas (2)

o Avaliar o surgimento de efeitos adversos a Lfx;

o Fazer aconselhamento de seguimento e de reforço da


adesão;

• Avaliar o peso e a estatura e fazer avaliação nutricional;

• Ajustar a dosagem de Lfx e do TARV conforme o peso;

• Avaliar necessidade de apoio comunitário.


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Periodicidade das consultas de
doenças crónicas - TPT com Lfx
• Os pacientes HIV+ elegíveis ao TPT contra TB-MR devem
fazer consultas mensais de seguimento até terminar o TPT;

• Após o término do TPT os pacientes seguirão o


calendário normal de seguimento.

• Outros pacientes com imunodepressão não HIV devem fazer


consultas mensais até terminar o TPT e depois as consultas
passão a ser de 6/6 meses até completer 2 anos de
seguimento.
Atenção:
Pacientes HIV+ em DT que apresentarem contacto com TB-MR devem levanter a
Lfx mensalmente 13
Casos de interrupção do TPT com Lfx

14
TOME NOTA!

15
Conduta em caso de interrupção do
TPT

Em casos de interrupção do TPT com Lfx, deve-se avaliar


• O motivo da interrupção (efeitos adversos, intolerância, má
percepção da importância do TPT)
• O tempo de interrupção:
✓ Interrupção por um período até 30 dias: continuar o TPT e
prolongar para repor os dias em falta; Enviar para consulta
de APSS.

✓ Interrupção por mais de 30 dias: reiniciar o TPT por 6


meses. Enviar para a consulta de APSS.

16
Casos que desenvolvem TB durante o
TPT

17
O que fazer se o paciente desenvolver
TB activa durante o TPT (1)?

Avaliar a idade do paciente:


• Se criança <15 anos→ usar o algorítmo de diagnóstico de
TB em crianças e colher amostras (expectoração
expontânea ou induzida) para testagem com Xpert MTB/Rif,
LPA, cultura +TSA (sempre que possível), Rx do tórax e
submeter o caso ao comité terapêutico de TB.

• Se a criança tiver 2 ou mais sinais e sintomas de TB e/ou


o resultado bacteriológico positivo, deve suspender TPT
e iniciar o tratamento de TB Segundo o padrão de
sensibilidade da criança ou do caso fonte;

18
O que fazer se o paciente desenvolver
TB activa durante o TPT (2)?

Avaliar a idade do paciente:


• Se ≥15 anos→ colher amostras (expectoração expontânea)
para testagem com Xpert MTB/Rif, LPA, cultura +TSA e Rx
do tórax (onde estiver disponível)

• Se o resultado for positivo, deve suspender TPT e iniciar o


tratamento de TB segundo o padrão de sensibilidade;

• Se o resultado for negativo: reavaliar a clínica, se forte


suspeita avaliar a possibilidade de tratamento empírico.

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Casos que desenvolvem efeitos
adversos

20
Avaliação de efeitos adversos
• Os clínicos devem informar os pacientes e cuidadores sobre
os efeitos adversos e instruí-los a procurarem a US em caso
de aparecimento

• As reacções adversas mais comuns da Lfx são:


• Diarreia
• Erupção cutânea
• Artralgia/artrite
• Prolongamento do intervalo QT
• Hepatotoxicidade

Refira a unidade 11 (manejo de RAMs a Lfx) para conduta 21


Critérios de alta dos pacientes HIV
negativos
Critério de alta da CCR e da consulta de
doenças crónicas para pacientes HIV
negativos

Ter completado o TPT e o tempo de 2 anos de


seguimento;

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Critérios de referência

Transferência para o sector de tratamento de


TB:
• Diagnóstico de TB durante o TPT

Referência para avaliação pelo clínico mais


qualificado:
• Presença de sinais e sintomas de TB
• Presença de efeitos adversos

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Pontos Chave

• Os contactos de pacientes com TBMR irão passar a fazer


TPT com Levofloxacina

• São elegíveis ao TPT todos os contactos de pacientes com


TBMR com menos de 15 anos (HIV-) e

• Todos pacientes Imunodeprimidos (HIV positivos, ou com


outra forma de imunodepressão comprovada), sem TB
activa, e que têm contactos de casos de TB pulmonar
multiresistente;
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Pontos Chave

• O TPT com Levofloxacina é feito, de acordo com o peso,


todos os dias e durante 6 meses;

• Os contactos em TPT com Levofloxacina não precisam de


fazer Piridoxina;

• Durante o TPT deve-se fazer rastreio sistemático da TB,


investigação de RAMs e APSS.

• Crianças <15 anos serão seguidos na CCR por um periodo


de 2 anos e pacientes com imunodepressão (incluindo HIV
positivos) serão seguidos nas consultas de doenças
25
crónicas.

• Perguntas
• Comentários
– Sugestões

26
Obrigado pela atenção!

A Tuberculose pode ser previnida

27

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