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MANEJO CLÍNICO

DA TUBERCULOSE

Módulo 2
O caso foi notificado e foi iniciado EB para JGS,
em regime auto-administrado com as seguintes
orientações:

- tomar as medicações diariamente, uma hora


antes ou duas horas após o café da manhã, com
água, inclusive nos finais de semana;

- não beber cerveja, nem fumar;

- a urina ficará avermelhada;


- manter a casa bem arejada, permitindo
a entrada de luz solar;
- não é necessária a separação de copos,
talheres, pratos, ou outros objetos de
uso coletivo;
- se apresentar qualquer reação
estranha, retornar à UBS.
15- Assinale a afirmativa correta em relação ao
tabagismo e ao tratamento da TB

• Deve ser proibido o fumo


a) durante tratamento da tuberculose

• Não interfere com o tratamento da


b) pessoa com tuberculose

• Discutir o tabagismo de forma concisa, já


c) que ele está relacionado ao maior risco de
recidiva e morte em pessoas com
tuberculose
15- Assinale a afirmativa correta em relação ao
tabagismo e ao tratamento da TB

• Deve ser proibido o fumo


a) durante tratamento da tuberculose

• Não interfere com o tratamento da


b) pessoa com tuberculose

• Discutir o tabagismo de forma concisa, já


c) que ele está relacionado ao maior risco de
recidiva e morte em pessoas com
tuberculose
TUBERCULOSE E TABAGISMO
Estima-se que 20% dos casos de TB, no mundo,
estejam relacionados com o tabagismo ativo

O tabagismo está associado ao maior risco de:


infecção pelo bacilo da TB; adoecimento; morte e
recidivas

Não fumantes expostos à fumaça do tabaco


também têm maior risco de se infectar e de
adoecer por tuberculose
TUBERCULOSE E TABAGISMO
Tratar o tabagismo nas pessoas com tuberculose é
uma recomendação do PNCT

Um dos modelos propostos baseia-se em cinco


passos: perguntar, avaliar, aconselhar, preparar e
acompanhar o tratamento
16- Em
Emrelação
relaçãoaoaotratamento adotado,
tratamento a a
adotado,
modalidade mais
modalidade mais adequada
adequadaé:é:

a) • Tratamento autoadministrado

• Tratamento diretamente observado


b) por um familiar

• Tratamento diretamente observado


c) pela equipe de saúde
16- Em
Emrelação
relaçãoaoaotratamento adotado,
tratamento a a
adotado,
modalidade mais
modalidade mais adequada
adequadaé:é:

a) • Tratamento autoadministrado

• Tratamento diretamente observado


b) por um familiar

• Tratamento diretamente observado


c) pela equipe de saúde
ADESÃO
✓ Fatores ligados à pessoa em
tratamento
✓ Fatores ligados à doença
✓ Fatores ligados ao tratamento
✓ Fatores ligados ao contexto
social e
✓ Fatores ligados ao serviço.
Estratégias que podem melhorar a
adesão

✓ Acolhimento

✓Tratamento diretamente
observado e

✓Projeto terapêutico singular


ACOLHIMENTO

Se concretiza a partir da tolerância às


diferenças, da escuta solidária e da
busca de produção de vínculo capazes
de identificar necessidades para a
elaboração conjunta de estratégias
que visem o sucesso do tratamento.
ACOLHIMENTO

O acolhimento não está restrito a


processos específicos do cuidado e
deve ser realizado por todos os
profissionais de saúde em qualquer
contato dos pacientes com o serviço.
Tratamento Diretamente
Observado (TDO)

É a observação da tomada dos


medicamentos da TB pela pessoa em
tratamento por um profissional de
saúde, todos os dias úteis da semana.
O TDO visa o fortalecimento da
adesão da pessoa ao tratamento
da tuberculose.

Estimula a criação de vínculo,


melhora o acolhimento e favorece
a cura da TB.
Consequentemente, o TDO
auxilia na interrupção da cadeia
de transmissão, diminui o
surgimento da TB resistente, do
abandono do tratamento e da
mortalidade por TB.
A observação da tomada diária dos
medicamentos deverá ser realizada
por qualquer profissional da
equipe de saúde,
independentemente da formação e
da categoria profissional.
Modalidades de TDO realizadas
por profissionais de saúde:
Domiciliar – observação realizada
na residência da pessoa com TB ou
em local por ele solicitado
Serviços de saúde – observação em
unidades de ESF, UBS, SAE,
Policlínicas ou Hospitais
Modalidades de TDO realizadas
por profissionais de saúde:
Compartilhada – consulta médica em uma unidade de
saúde e TDO em outra, mais próxima de sua
residência ou trabalho.
OBS. outras instituições:
De longa permanência – prisões e unidades de
internação para menores cumprindo medidas socio-
educativas
De permanência temporária – albergues, asilos ou
comunidades terapêuticas
Passo a passo do TDO:
1) Acolher a pessoa em tratamento e seus familiares
2) Avaliar a presença de efeitos adversos
3) Informar sobre os medicamentos administrados
4) Entregar os medicamentos de uso oral com um copo de água e
observar a tomada
5) Anotar na ficha de acompanhamento
6) Questionar dúvidas e encorajar a continuidade do tratamento
7) Marcar o próximo encontro
8) Providenciar os agendamentos necessários e certificar-se da
realização dos exames de controle.
PMCT – MSP
CESTA BÁSICA
BILHETE ÚNICO
Projeto Terapêutico Singular (PTS)

O termo projeto refere-se a uma discussão


prospectiva focada em “como será daqui para
frente”.

Visa valorizar a história de vida do indivíduo e trazê-


lo para o centro do cuidado.

A equipe multidisciplinar de saúde deve estar


organizada com reuniões periódicas durante o
horário de trabalho.
Projeto Terapêutico Singular (PTS)

Passo a passo do PTS:

1)Diagnóstico situacional da pessoa em tratamento

2)Definição de metas

3)Divisão de responsabilidades e

4)Reavaliação.
Outras atividades de apoio à
adesão
• Consulta com foco na adesão
• Grupos de apoio, educativo ou terapêutico
• Rodas de conversa
• Interconsulta e consulta conjunta com os diferentes
profissionais envolvidos
• Uso de dispositivos facilitadores que podem apoiar a
adesão: porta-comprimidos, tabelas e mapas de doses,
diários de adesão e alarmes são exemplos.
Discussão
1- Compartilhe informações sobre o
TDO na sua realidade.

2- Quais outras estratégias de adesão,


além do TDO, existem na sua
realidade?
Esquema Básico (EB)
Esquema Faixas de peso Unidade/dose Duração
RHZE 20 a 35 Kg 2 comprimidos
150/75/400/275 2 meses
36 a 50 Kg 3 comprimidos
mg (fase
(comprimidos 50 a 70 Kg 4 comprimidos intensiva)
em DFC) Acima de 70 Kg 5 comprimidos
RH 20 a 35 Kg 2 comp 150/75mg
150/75 mg
(comprimidos 36 a 50 Kg 3 comp150/75mg 4 meses
em DFC) (fase de
50 a 70 Kg 4 comp 150/75mg manutenção)

Acima de 70 Kg 5 comp 150/75mg


JGS foi orientado a levar todas
as pessoas que vivem com ele
no mesmo domicílio para
avaliação no seu retorno para
a primeira revisão, que
aconteceria em 15 dias.
Acompanhamento: 15º dia

No dia marcado para o seu


retorno, JGS compareceu à
consulta com a esposa e os quatro
filhos.
17- Sobre a investigação de contatos, a
afirmativa correta é:
• O objetivo é detectar precocemente
a) outros casos de TB ativa

• Deve incluir somente os contatos


b) sintomáticos de casos pulmonares com
diagnóstico bacteriológico
• Não é necessário quando se trata de
c) criança com TB pela sua baixa
contagiosidade
17- Sobre a investigação de contatos, a
afirmativa correta é:
• O objetivo é detectar precocemente
a) outros casos de TB ativa

• Deve incluir somente os contatos


b) sintomáticos de casos pulmonares com
diagnóstico bacteriológico
• Não é necessário quando se trata de
c) criança com TB pela sua baixa
contagiosidade
A atividade de investigação de
contatos é uma ferramenta
importante para diagnosticar
precocemente pessoas com doença
ativa e prevenir o adoecimento por
TB.
Deve ser priorizada pelos programas
de controle de TB.
A investigação de contato deve ser
realizada fundamentalmente pela
Atenção Básica.

Os serviços devem se estruturar


para que esta prática, de grande
repercussão para o controle da TB,
seja implementada.
JGS refere estar sem febre,
sem sudorese, com mais
apetite, porém, não
consegue se alimentar bem
por causa das náuseas muito
fortes.
Pensa em parar o tratamento, pois,
além das náuseas, não consegue
ficar dois dias sem fumar.
Está sem beber cerveja.
Ainda apresenta muita tosse e
expectoração amarelada, sem raias
de sangue.
A esposa disse que observa o
marido tomar as medicações,
pois teve notícias de que um
conhecido, que não se tratou
direito, morreu de tuberculose.
18- Diante da reação adversa descrita, a
conduta preferencial é:

• Suspender o tratamento até a


a) melhora dos sintomas

• Encaminhar à referência secundária


b) para avaliação e conduta
• Reformular o horário da tomada dos
c) medicamentos e prescrever
sintomáticos, se necessário
18- Diante da reação adversa descrita, a
conduta preferencial é:

• Suspender o tratamento até a


a) melhora dos sintomas

• Encaminhar à referência secundária


b) para avaliação e conduta
• Reformular o horário da tomada dos
c) medicamentos e prescrever
sintomáticos, se necessário
JGS foi orientado a tomar a
medicação 2h após o café da
manhã e utilizar bromoprida
antes da primeira refeição,
almoço e jantar.
A próxima consulta foi marcada
para 15 dias.
REAÇÕES ADVERSAS

A maioria das pessoas com TB


completa o tratamento sem
qualquer reação adversa
relevante.
REAÇÕES ADVERSAS

Estudos mostram que a ocorrência


de reações adversas “menores”
varia de 5% a 26%. Nesses casos,
não há a necessidade de
interrupção ou substituição do EB.
REAÇÕES ADVERSAS MENORES
Efeitos adversos Provável(eis) fármaco(s) Condutas
responsável(eis)
Intolerância digestiva Etambutol Reformular o horário da
(náusea e vômito) e Isoniazida administração dos
epigastralgia. Pirazinamida medicamentos (duas horas
Rifampicina após o café da manhã).
Considerar o uso de
medicação sintomática.
Avaliar a função hepática.
Suor/urina de cor Rifampicina Orientar.
avermelhada
Prurido e exantema leve Isoniazida Medicar com anti-
Rifampicina histamínico.
Dor articular Isoniazida Medicar com analgésicos
Pirazinamida ou anti-inflamatórios não
hormonais.
REAÇÕES ADVERSAS MENORES
Provável(eis) fármaco(s)
Efeitos adversos Condutas
responsável(eis)
Medicar com piridoxina
Neuropatia periférica Etambutol (incomum) (vitamina B6) na dosagem
Isoniazida (comum) de 50mg/dia e avaliar a
evolução.
Orientar dieta hipopurínica
Hiperuricemia (com ou sem Etambutol e medicar com alopurinol
sintomas). Pirazinamida ou colchicina, se
necessário.
Cefaléia e mudança de
comportamento (euforia,
Isoniazida Orientar.
insônia, depressão leve,
ansiedade e sonolência)
Isoniazida Orientar e medicar com
Febre
Rifampicina antitérmico
Acompanhamento: 1º mês

Após um mês de tratamento,


JGS e seus familiares
comparecem à UBS para
consulta.
JGS relata tosse pouco produtiva,
expectoração clara, ausência de
febre e ganho de 1kg.
Continua com náuseas, apesar
da mudança no horário da
medicação e do uso de
bromoprida.
Apresenta-se lúcido, orientado,
acianótico, afebril, ictérico ++/4+
e sem outras alterações
relevantes ao exame físico.
Continua fumando e voltou a
beber cerveja. Relata uso regular
das medicações.
A médica assistente suspende o
tratamento, solicita exames
complementares e o encaminha
para uma unidade de referência
secundária.
Foram solicitados os seguintes
exames: baciloscopia,
hemograma completo, TGO, TGP
e bilirrubinas.
Foi realizado teste rápido para o
diagnóstico do HIV e sorologia
para hepatites B e C.
19- A conduta da médica assistente foi:

• Incorreta, pois poderia manejar o


a) caso na Atenção Básica

• Incorreta, pois caberia à referência


b) secundária interromper o EB

• Correta, pois a interrupção do EB se


c) impõe frente ao quadro de icterícia
19- A conduta da médica assistente foi:

• Incorreta, pois poderia manejar o


a) caso na Atenção Básica

• Incorreta, pois caberia à referência


b) secundária interromper o EB

• Correta, pois a interrupção do EB se


c) impõe frente ao quadro de icterícia
20- São fatores de risco para o desenvolvimento de
reações adversas maiores:

• Idade avançada, alcoolismo


a) (>80g/dia) e tabagismo

• Doença hepática prévia, desnutrição


b) e idade avançada
• Coinfecção pelo HIV
c) (imunossupressão avançada), baixa
escolaridade e idade avançada
20- São fatores de risco para o desenvolvimento de
reações adversas maiores:

• Idade avançada, alcoolismo


a) (>80g/dia) e tabagismo

• Doença hepática prévia, desnutrição


b) e idade avançada
• Coinfecção pelo HIV
c) (imunossupressão avançada), baixa
escolaridade e idade avançada
Fatores de risco para a ocorrência
de reações adversas maiores
- Idade: a partir da quarta década
- Dependência química ao álcool: ingestão
diária de álcool > 80 g
- Desnutrição: perda > 15% do peso
- História de doença hepática prévia
- Coinfecção pelo vírus HIV
Os medicamentos utilizados nos
esquemas de tratamento da TB
apresentam interações entre si
e com outros fármacos.
Isso aumenta o risco de
hepatotoxicidade.
Em pequeno percentual de pessoas
observa-se, nos dois primeiros meses de
tratamento:
1º Elevação assintomática dos níveis
séricos das enzimas hepáticas;
2º Normalização espontânea, sem
manifestação clínica e sem necessidade
de interrupção ou alteração do esquema
terapêutico.
É importante considerar o peso
da pessoa em tratamento para a
prescrição da dose do
medicamento.
21 - Na presença de náuseas, sem icterícia, até que valores o
aumento das enzimas hepáticas é esperado na fase inicial do
tratamento, sem a necessidade de interrupção do mesmo?

a) •Duas vezes o valor normal

b) •Três vezes o valor normal

c) •Quatro vezes o valor normal


21 - Na presença de náuseas, sem icterícia, até que valores o
aumento das enzimas hepáticas é esperado na fase inicial do
tratamento, sem a necessidade de interrupção do mesmo?

a) •Duas vezes o valor normal

b) •Três vezes o valor normal

c) •Quatro vezes o valor normal


O tratamento da TB apenas deverá ser
interrompido quando as enzimas atingirem:

- Três vezes o valor normal com ou sem


sintomas ou logo que a icterícia se manifeste
(PMCT-SP)

Nessas situações, encaminhar a pessoa em


tratamento para referência secundária.
REAÇÕES ADVERSAS MAIORES
Efeitos adversos Provável(eis) fármaco(s) Condutas
responsável(eis)

Suspender o tratamento. Nos casos


moderados, reintroduzir os
medicamentos um a um após a
Exantema ou Etambutol
resolução do quadro. Substituir o
hipersensibilidade de Isoniazida
fármaco identificado como
moderada a grave. Rifampicina
alergeno. Nos casos graves, após a
resolução do quadro, iniciar
esquema especial alternativo.

Psicose, crise
Suspender a isoniazida e reiniciar
convulsiva,
Isoniazida esquema especial sem a referida
encefalopatia tóxica
medicação.
ou coma.
REAÇÕES ADVERSAS MAIORES
Provável(eis) fármaco(s)
Efeitos adversos Condutas
responsável(eis)
Suspender o etambutol e reiniciar
esquema especial sem a referida
medicação. A neurite óptica é dose
Neurite óptica Etambutol dependente e reversível, quando
detectada precocemente. Raramente
acontece durante os dois primeiros
meses com as doses recomendadas.
Suspender o tratamento até a resolução
da alteração hepática. Reintroduzir os
Isoniazida medicamentos um a um após a
Hepatotoxicidade Pirazinamida avaliação da função hepática (RE,
Rifampicina seguidos de H e por último a Z). Avaliar
possível substituição do medicamento
responsável ou mudança do esquema.
REAÇÕES ADVERSAS MAIORES
Provável(eis) fármaco(s)
Efeitos adversos Condutas
responsável(eis)
Suspender a estreptomicina e
Hipoacusia, vertigem e
Estreptomicina reiniciar esquema especial sem a
nistagmo.
referida medicação.
Trombocitopenia,
Suspender a rifampicina e
leucopenia, eosinofilia,
Rifampicna reiniciar esquema especial sem a
anemia hemolítica,
referida medicação.
agranulocitose, vasculite.
Suspender a rifampicina e
Nefrite intersticial. Rifampicina reiniciar esquema especial sem a
referida medicação.
Rabdomiólise com Suspender a pirazinamida e
Pirazinamida
mioglobinúria e reiniciar esquema especial sem a
insuficiência renal. referida medicação.
22- Após o retorno do valor das enzimas hepáticas para níveis
seguros, a reintrodução dos medicamentos separadamente
deve seguir qual sequência?

• Pirazinamida + Etambutol, seguida pela


a) Isoniazida e por último Rifampicina, com
intervalo de três dias entre elas
• Isoniazida + Etambutol, seguida pela
b) Rifampicina e por último Pirazinamida,
com intervalo de dois dias entre elas
• Rifampicina + Etambutol, seguida pela
c) Isoniazida e por último Pirazinamida, com
intervalo de três a sete dias entre elas
22- Após o retorno do valor das enzimas hepáticas para níveis
seguros, a reintrodução dos medicamentos separadamente
deve seguir qual sequência?

• Pirazinamida + Etambutol, seguida pela


a) Isoniazida e por último Rifampicina, com
intervalo de três dias entre elas
• Isoniazida + Etambutol, seguida pela
b) Rifampicina e por último Pirazinamida, com
intervalo de dois dias entre elas
• Rifampicina + Etambutol, seguida pela
c) Isoniazida e por último Pirazinamida, com
intervalo de três a sete dias entre elas
A reintrodução de cada
medicamento deverá ser
precedida da análise da
função hepática.
O tempo de tratamento deve
ser considerado a partir da data
que foi possível retomar o
esquema terapêutico completo.
Recomendações para a conduta
diante de alterações hepáticas
Pessoas com
doença hepática
prévia: TGO / TGP > 3 x 9 RELfx
hepatite viral LSN(*) ou
aguda; hepatites Sem 5 Cm3 E Lfx / 7 E Lfx
crônicas (viral cirrose
autoimune,
criptogênica); TGO / TGP < 3 x
hepatopatia Esquema Básico
LSN(*)
alcoólica;
esteatose Com 5 Cm3 E Lfx / 7 E Lfx
hepática. cirrose
Recomendações para a conduta
diante de alterações hepáticas
TGO / TGP ≤ 3 x Reintrodução
LSN(*) (sem do EB
Reintrodução:
sintomas) ou
Início de
RE -> RE+H -> REH+Z
Pacientes TGO / TGP ≤ 3 x Esquema
sem doença LSN (com Especial
hepática sintomas,
Casos graves de TB
prévia incluindo a 5 Cm3 E Lfx /
ou hepatotoxicidade
presença de 7 E Lfx
grave
icterícia)
5 Cm3 E Lfx /
Níveis de TGO/TGP >LSN após 4 semanas
7 E Lfx
Acompanhamento: 1 mês e
7 dias

JGS comparece à consulta na


referência indicada, já anictérico
e sem náuseas.
Resultados dos exames
solicitados:
Baciloscopia do 1º mês: ++
Hemograma: dentro da normalidade
Bilirrubinas: totais 6 (VR: 0,30 a 1,20); direta
3,5 (VR: até 0,35); indireta 2,5 (VR: até 1,00);
TGO: 567 (VR: até 30);
TGP: 620 (VR: até 40);
Teste rápido para HIV, hepatites B e C
negativos.
A conduta adotada foi:

Repetir a dosagem sérica de


bilirrubinas, TGO, TGP e
reavaliar JGS em três dias.
Acompanhamento: 1 mês e
10 dias

JGS comparece à avaliação na


referência, mantendo o quadro
clínico da última consulta.
O resultado da segunda
dosagem foi: Bilirrubina Total: 2,
Bilirrubina Direta:1,6, Bilirrubina
Indireta: 0,4; TGO: 86; TGP: 100.
A conduta foi: reintrodução da
Rifampicina + Etambutol, com
retorno para 5 dias.
A evolução de JGS foi favorável
após a reintrodução de REH,
com boa tolerância aos
medicamentos reintroduzidos.
Quando a Pirazinamida foi
reintroduzida ao esquema, JGS
tornou a apresentar náuseas e dor
epigástrica, além de elevação dos
níveis de TGO e TGP.
A conduta adotada foi:

Retirar a Pirazinamida do
esquema, mantendo RHE
durante a fase intensiva,
seguida de RH
por 7 meses.
Foi elaborado um relato da
evolução do caso e JGS foi
contrarreferenciado à UBS de
origem para seguimento do
tratamento e
acompanhamento.
23- Nesse caso, em relação à reintrodução dos
medicamentos, podemos afirmar que:
• Foi a mais adequada, pois foi baseada
a) na avaliação clínica e na análise das
enzimas hepáticas
• O Etambutol não deveria ser
b) introduzido juntamente com a
Rifampicina
• Estaria indicada a introdução de uma
c) quinolona em função da retirada da
Pirazinamida
23- Nesse caso, em relação à reintrodução dos
medicamentos, podemos afirmar que:
• Foi a mais adequada, pois foi baseada
a) na avaliação clínica e na análise das
enzimas hepáticas
• O Etambutol não deveria ser
b) introduzido juntamente com a
Rifampicina
• Estaria indicada a introdução de uma
c) quinolona em função da retirada da
Pirazinamida
A pessoa em tratamento deve
ser orientada sobre a
ocorrência das principais
reações adversas e da
necessidade de retornar ao
serviço de saúde na presença
dos mesmos.
O monitoramento laboratorial
deve ser individualizado,
conforme indicação médica, de
acordo com o maior risco de
reações adversas e a presença
de doenças associadas.
Acompanhamento: 2º mês
JGS relatou ausência de febre,
ganho de 3 kg, tosse pouco
produtiva com expectoração clara,
ausência de sintomas digestivos.
Persiste com o tabagismo e uso de
cerveja nos finais de semana.
Acompanhamento: 2º mês

Foi solicitada baciloscopia de


controle e novo exame de
função hepática, de acordo com
a orientação da médica da
referência.
24- A UBS de JGS agora possui o TRM-TB. Qual o exame
mais indicado para o seguimento mensal do tratamento?

a) •Baciloscopia

•Cultura com teste de


b)
sensibilidade

•Teste Rápido molecular para


c)
tuberculose (TRM-TB)
24- A UBS de JGS agora possui o TRM-TB. Qual o exame
mais indicado para o seguimento mensal do tratamento?

a) •Baciloscopia

•Cultura com teste de


b)
sensibilidade

•Teste Rápido molecular para


c)
tuberculose (TRM-TB)
A baciloscopia realizada dois
dias antes da consulta médica
2º mês foi positiva (+).
25- Frente ao resultado positivo da baciloscopia
de 2◦ mês, o que você faria?

• Avaliar adesão, solicitar TRM-TB, caso


a) sensível à Rifampicina continuar o
esquema da fase intensiva
• Verificar o resultado da cultura e TS
b) iniciais

c) • Respostas a e b estão corretas


25- Frente ao resultado positivo da baciloscopia
de 2◦ mês, o que você faria?

• Avaliar adesão, solicitar TRM-TB, caso


a) sensível à Rifampicina continuar o
esquema da fase intensiva
• Verificar o resultado da cultura e TS
b) iniciais

c) • Respostas a e b estão corretas


Foi solicitado o TRM-TB que veio
com o seguinte resultado: MTB
detectado com sensibilidade à
Rifampicina.
Mantido o esquema (RHE), pois
JGS ainda apresenta baciloscopia
positiva.
26- Em relação a conduta adotada:

• Foi a mais adequada, pois a baciloscopia


a) do 2º mês ainda era positiva e o TRM
demonstrou sensibilidade a Rifampicina
• Não foi adequada, pois a primeira fase do
b) tratamento deve ser concluída no
segundo mês
• Não foi adequada, pois deveria ser
c) introduzida uma quinolona
26- Em relação a conduta adotada:

• Foi a mais adequada, pois a baciloscopia


a) do 2º mês ainda era positiva e o TRM
demonstrou sensibilidade a Rifampicina
• Não foi adequada, pois a primeira fase do
b) tratamento deve ser concluída no
segundo mês

• Não foi adequada, pois deveria ser


c) introduzida uma quinolona
Em caso de baciloscopia positiva
no segundo mês:
Solicitar cultura com TS e TRM-
TB
Prolongar a primeira fase do
tratamento por mais 30 dias
O resultado da cultura solicitada
no início do tratamento foi
contaminado, uma segunda
cultura foi solicitada nessa
ocasião.
A baciloscopia de controle do 3º
mês foi negativa e, assim,
retiraram o etambutol do
esquema.
No início do tratamento, JGS foi
orientado a procurar ajuda no
alcoólicos anônimos.
JGS não compareceu à consulta
na data agendada.
Após tentativas de contato por
telefone sem sucesso, foi
programada uma visita
domiciliar para resgate de JGS.
O profissional de saúde,
chegando à casa de JGS,
descobriu que ele não
compareceu à consulta na data
agendada, pois havia perdido o
cartão e ainda tinha
medicamentos.
JGS estava fazendo um “bico”, mas
foi visto pelo profissional de saúde
que passou na frente de um bar.
JGS estava com um copo de cerveja
em uma mão e um cigarro na outra.
Foi então marcada nova consulta
para JGS.
No dia agendado, compareceu à
UBS para avaliação.
Mantinha o mesmo quadro, sem
ganho de peso, com tosse e queixa
de dormência nos pés.
Não procurou atendimento no
grupo de alcoólicos anônimos.
O resultado da baciloscopia do
4º mês foi positivo (+)

A conduta foi repetir a


baciloscopia e a radiografia de
tórax.
JGS garante que está tomando
corretamente a medicação.
27- Em relação à positividade da baciloscopia
no 4º mês, é correto afirmar:
• Sempre caracteriza falência do tratamento
a) e deve-se trocar o esquema terapêutico em
uso
• Sempre caracteriza má adesão ao
b) tratamento e não é necessário suspeitar de
resistência

• Sempre avaliar a adesão ao tratamento e a


c) possibilidade de resistência
27- Em relação à positividade da baciloscopia
no 4º mês, é correto afirmar:

• Sempre caracteriza falência do tratamento


a) e deve-se trocar o esquema terapêutico em
uso
• Sempre caracteriza má adesão ao
b) tratamento e não é necessário suspeitar de
resistência

• Sempre avaliar a adesão ao tratamento e a


c) possibilidade de resistência
28- Frente a baciloscopia positiva no 4º mês, a
conduta mais adequada para JGS, seria:

• Avaliar adesão e encaminhar para uma


a) referência secundária

• Prolongar a fase de manutenção do


b) esquema em tratamento

c) • Avaliar adesão
28- Frente a baciloscopia positiva no 4º mês, a
conduta mais adequada para JGS, seria:

• Avaliar adesão e encaminhar para uma


a) referência secundária

• Prolongar a fase de manutenção do


b) esquema em tratamento

c) • Avaliar adesão
O resultado da baciloscopia do
5º mês positivo (+).
JGS foi convocado para uma consulta
de urgência.
A médica assistente solicitou parecer
à referência secundária, pois o quadro
era de falência do tratamento.
Manteve o esquema em uso.
29- O primeiro indício de má adesão ao
tratamento foi:

a) •A sobra de medicamentos

b) •A presença de icterícia

c) •A falta à consulta agendada


29- O primeiro indício de má adesão ao
tratamento foi:

a) •A sobra de medicamentos

b) •A presença de icterícia

c) •A falta à consulta agendada


Na referência, a médica avaliou a
adesão ao tratamento.
Percebeu que JGS fazia uso
irregular das medicações, pois
sempre sobravam medicamentos
nas consultas mensais.
Continuava consumindo bebida
alcoólica, de forma mais intensa
nos finais de semana, e, por
esse motivo, não tomava as
medicações com medo de
voltarem os sintomas digestivos
e a hepatite.
O profissional de saúde da
referência ligou para o laboratório
e conseguiu a informação do
resultado da cultura e do teste de
sensibilidade:
- cultura positiva (M Tb)
- sensível aos medicamentos testados
(RHES)
Solicitou novo TRM-TB, cultura
e teste de sensibilidade.

O TRM-TB foi: MTB detectado


sem resistência à Rifampicina.
Respondeu ao parecer
indicando a manutenção do
esquema em uso em regime de
TDO, enquanto aguarda o novo
resultado da cultura e teste de
sensibilidade.
Dois meses se passaram e a evolução
do caso no 7º mês de tratamento é a
seguinte:

JGS foi incluído no programa de


TDO do município com a
assistência de um agente
comunitário de saúde de
segunda a sexta-feira.
No final de semana, um membro
de uma comunidade, parceira do
serviço de saúde, realizava apoio
no tratamento.
Foi incentivado a tratar-se do
alcoolismo, do tabagismo, assim
como aderir ao tratamento da TB.
Apresentou melhora do estado
geral e negativação das
baciloscopias no período.
O resultado da 3ª cultura foi
positiva, com bacilos sensíveis a
todos os medicamentos testados.
Dois meses se passaram e a evolução
do caso no 9º mês de tratamento é a
seguinte:

JGS apresentou ótima evolução


clínica, radiológica e bacteriológica
(quatro meses com baciloscopias
negativas), tendo obtido alta por
cura com 9 meses de tratamento.
Consultas clínicas e exames no Diagnóstico e
seguimento do tratamento da TB adultos
1º 2º 3º 4º 5º 6º
Procedimento Diag O.B.S.
mês mês mês mês mês mês
Consultas X X X X X X X Maior frequência a critério clínico.
Avaliação da
X X X X X X
adesão
TRM X
Baciloscopias de Recomendação para casos
X X X X X X X
controle pulmonares.
*Solicitar no diagnóstico para pop.
Cultura * X X vulnerável
Em todos os casos
Especialmente nos casos com
Radiografia de baciloscopia negativa ou na
X X X
tórax ausência de expectoração. Repetir
a critério clínico.
Função Hepática,
No início e repetir a critério clínico.
renal, glicemia e X
Se diabético repetir todos os meses
hemograma
Teste Rápido HIV X
Livro de registro e acompanhamento
de caso de TB – “livro verde”
Boletim de acompanhamento do
SISTEMA – TBWEB – PECT -SP

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