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Protocolo de enfermagem

para atendimento de Dengue

Dr Luís Carlos Casarin


Secretário Municipal de Saúde

1ª Revisão – 2016
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Prefeitura Municipal de Jundiaí
Secretaria Municipal de Saúde
Diretoria de Atenção à Saúde – DAS
Av. Marechal Deodoro da Fonseca, 836 – 3º Andar
CEP: 13.201-002 – Jundiaí-SP

Dr Luis Carlos Casarin – Secretario de Saúde


Antonio Roberto Stivalli – Secretário Adjunto de Saúde
Camila Brolezzi Padula Kanbour – Diretora de Atenção à Saúde

Organização
Enf Leonard Sardinha Cabral – Referência Técnica de Enfermagem

Colaboradores
Dra Denise de Fátima da Encarnação – Referência Técnica Saúde da Criança e Adolescente
Dra Debora Simone Bichara Ratier - Referência Técnica Saúde Adulto e Idoso
Enfª Josiane Cristina Ferrari – Enfermeira da Atenção Básica
Enfª Ruth dos Santos Araújo Rocha – Enfermeira da Atenção Básica
Enfª Cassia Brito Carneiro – Enfermeira da Atenção Básica
Enfª Fernanda Carril Arnal Oliveira – Enfermeira da Vigilância em Saúde
Enfª Maria Carolina Vincoleto – Enfermeira da Vigilância em Saúde

Ficha Catalográfica
Jundiaí. Secretaria da Saúde. Diretoria de Atenção à Saúde.
Protocolo de enfermagem para atendimento de Dengue
1ª revisão – Jundiaí – 2016.
1. Enfermagem 2. Dengue 3. Protocolo

Sumario:

Apresentação 03
Objetivo 03
Hipótese Diagnóstica de Dengue 03
Comorbidades e uso de medicações 03
Classificação de Risco 04
Grupos de risco 04
Exames 04
Medicamentos 05
Fluxo de atendimento 05
Notificação 06
Orientações ao paciente 06
Retorno 06
Material de apoio 06
Bibliografia 06
Anexo I – Ficha de SAE 07
Anexo II – Fluxograma 09

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Apresentação

No ano de 2015, o Brasil enfrentou a maior epidemia de Dengue já registrada, aumento registrado tambem no
estado de São Paulo, também houve um aumento significativo de casos. Jundiaí apresentava uma média de 200
casos confirmados por ano, e neste período houve mais de 10.000 notificações com quase 3.000 casos confirmados.

Para o enfrentamento desta epidemia, o município intensificou as ações de combate ao Aedes Aegypti, que evitou
que o número de casos fossa ainda maior, visto que várias cidades da região tiveram até dez vezes mais casos que
Jundiaí. Paralelo a isso, foi implantado um plano de ação para o atendimento dos casos, incluindo o Protocolo de
Enfermagem para atendimento de Dengue, que auxiliou no atendimento dos pacientes, agilizando o atendimento,
oferecendo diagnóstico, classificação de risco, exames, medicações e acompanhamento dos casos.

A experiência se mostrou positiva, bem aceita pelos profissionais e pacientes. Neste contexto com a expectativa
nacional de que neste ano, a epidemia se repita, foi feita a revisão deste protocolo, para mantê-lo atualizado e
capaz de contribuir no enfrentamento da Dengue.

Objetivo

Este protocolo tem por finalidade propiciar um atendimento rápido e resolutivo, ao paciente com suspeita de
Dengue nas Unidades de Saúde do Município de Jundiaí, oferecendo um diagnóstico oportuno, início de tratamento
imediato, suporte laboratorial e medicamentoso, seguimento do tratamento e orientações pertinentes aos
pacientes. Estando em conformidade com a lei do exercício profissional de Enfermagem nº 7.498/86,
regulamentada pelo decreto nº 97.406/87.

Hipótese diagnóstica de dengue

Toda pessoa com suspeita de dengue deve receber o primeiro atendimento na Unidade de Saúde que procurar,
onde será avaliado e classificado clinicamente. O tratamento deve ser iniciado imediatamente. Os exames
laboratoriais, hemograma e sorologia, serão solicitados em tempo oportuno segundo orientações da Secretaria de
Saúde do Município. Todo atendimento deve seguir a SAE - Sistematização da Assistência de Enfermagem – Dengue

Comorbidades e uso de medicações

Nos casos em que houver comorbidades e/ou uso das medicações descritas abaixo, o atendimento deverá ser
realizado em conjunto com profissional médico da unidade.

Principais comorbidades: Hipertensão Arterial Sistêmica (descompensado); Diabetes Mellitus (descompensado);


Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica; Doença Renal Crônica; Doença Acido péptica; Doenças autoimunes; Doenças
hematológicas crônicas.

Medicações em uso: Antiagregante plaquetário; anticoagulante; anti-inflamatório; imunossupressores; salicilatos.

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Classificação de Risco

Grupo A – Febre com menos de 7 dias e pelo menos dois dos seguintes sintomas inespecíficos: Cefaléia, náuseas,
vômito, mialgia e artralgia, prostração, dor retroorbitária, ausência de sinais de alarme, ausência de sinais de
choque, prova do laço negativa, ausência de manifestações hemorrágicas espontâneas. Em lactentes, sonolência,
irritabilidade e choro persistente podem caracterizar sintomas como cefaléia e algias. Classificação de risco azul.

Grupo B – Sintomas do grupo A com manifestações hemorrágicas espontâneas ou prova do laço positiva. Febre
com menos de 7 dias e pelo menos dois dos seguintes sintomas inespecíficos: gengivorragia, metrorragia,
petéquias, equimoses, sangramento de mucosa. Esse paciente necessita de atendimento em unidade com suporte
para observação. Classificação de risco verde.

No caso de manifestações hemorrágicas espontâneas, é contra indicada a realização da prova do laço.

Grupo C – Paciente com sintomas dos Grupos A e B, mais sinais de alarme: Dor abdominal intensa e contínua,
vômitos persistentes, Hipotensão postural e/ou lipotimia, sonolência e/ou irritabilidade, hepatomegalia dolorosa,
hemorragias importantes (hematêmese e/ou melena), diminuição da diurese, diminuição repentina da
temperatura corpórea ou hipotermia, desconforto respiratório, aumento repentino do hematócrito, queda abrupta
das plaquetas. Esse paciente necessita de atendimento de urgência com início de hidratação venosa, e
encaminhamento de ambulância, para um hospital de referência com maior suporte técnico. Classificação de risco
amarelo

Grupo D – Paciente com sinais dos demais grupos, e com sinais de choque. Esse paciente necessita de atendimento
imediato, receber HIDRATAÇÃO venosa vigorosa (fase de expansão) em qualquer unidade de saúde que estiver e
ser transferido, em ambulância com suporte avançado, para um hospital de referência com leitos de UTI. Sinais de
choque: pressão arterial convergente (PA diferencial <20mmHg), hipotensão arterial, extremidades frias, cianose,
pulso rápido e fino, enchimento capilar lento >2 segundos. Classificação de risco vermelho.

Grupos de Risco

Gestante, criança ≤ 2 anos, idoso ≥ 65 anos, pacientes com comorbidades. Solicitar avaliação médica.

Exames

 Hemograma ou Hb, Ht e plaquetas: Solicitar no primeiro atendimento para pacientes Grupo A. (repetir a
critério médico).
 Sorologia de dengue: colher a partir do sexto dia de início dos sintomas.

A oferta de exames obedecerá às orientações da Secretaria Municipal de Saúde, conforme classificação


epidemiológica da doença.

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Medicamentos

Medicamentos indicados para tratamento de pacientes do Grupo A (demais Grupos deverão ser avaliados em
consulta médica):

 Soro de hidratação oral oferecido de maneira sistemática:


- Adulto: 60 a 80 ml/kg/dia (1/3 do volume em soro oral e, para os 2/3 restantes, complementar com água,
suco de frutas, leite, chá, água de coco, sopa);

- Criança: Orientar hidratação no domicílio de forma precoce e abundante, com soro de reidratação oral
(1/3 das necessidades basais) oferecido com frequência sistemática, independente da vontade da criança,
completar a hidratação com líquidos caseiros como água, sucos e chás. Evitar refrigerantes e alimentos
como beterraba e açaí; para crianças ≤ 2 anos oferecer 50-100ml (1/4 a ½ copo de cada vez; crianças ≥ 2
anos 100-200ml (1/2 a 1 copo) de cada vez.

 Hidratação parenteral (endovenosa): Na impossibilidade em realizar hidratação oral.

Pacientes > 50 Kg: Realizar administração de 500 ml de Soro Fisiológico 0,9%, EV – com infusão de até 30
minutos. Reavaliar e se necessário infundir mais 500 ml de SF 0,9%.

Sintomáticos
Medicação Maior que 50 kg Menor que 50 kg
500mg/dose de 6/6h ou até
Paracetamol 10 a 15mg/kg/dose de 6/6h.
o máximo 750mg de 6/6h.
Dipirona 500mg/dose de 6/6h. 10 a 15 mg/kg/dose de 6/6h.
Metoclopramida 10 mg 01 cp VO até 8/8h. Não indicar
Cloridrato de piridoxina 50mg/ml + dimenidrinato
01 ampola IM profundo Não indicar
50mg/ml (Dramin B6)

ATENÇÃO - PESQUISAR HIPERSENSIBILIDADE

Fluxograma de atendimento

O Fluxo de atendimento para os casos suspeitos e confirmados de Dengue seguirá as orientações da Secretaria
Municipal de Saúde, conforme plano de ação:

 Grupo A – Atendimento nas Unidades de Atenção Básica e seguimento domiciliar


 Grupo B – Atendimento nas Unidades da Atenção Básica e nos Pronto Atendimentos – conforme avaliação
médica.
 Grupos C e D – Atendimento hospitalar

Pacientes que apresentam plaquetas ≤ 100.000, deverão ser encaminhados para atendimento médico, na própria
unidade.

Independentemente do nível de complexidade da Unidade de Saúde, o paciente que procurar o Serviço


espontaneamente deverá receber o primeiro atendimento e após sua classificação, referenciado ao nível adequado
de atendimento.

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Notificação

Todo paciente atendido com suspeita de Dengue, deve ser notificado pelo profissional no ato do atendimento,
independentemente da Unidade de Saúde e seu nível de complexidade (ficha de notificação - anexo 3).

Orientações

Todo paciente que for atendido com suspeita de dengue deve receber as seguintes orientações:

 Sobre o tratamento
 Sinais de alerta
 Repouso
 Retorno
 Combate ao foco do vetor

Retorno

Todo paciente deverá ser orientado a retornar à Unidade de Saúde de Referencia pra reavaliação, caso haja algum
sinal de alarme, piora no estado geral, ou no primeiro dia após o desaparecimento da febre.

Bibliografia

 BRASIL - Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretrizes Nacionais para a Prevenção e
Controle de Epidemias de Dengue Brasília, 2009.
 BRASIL – Ministério da Saúde, Dengue: manual de enfermagem / Ministério da Saúde, Secretaria de
Vigilância em Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. – 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
 SÃO PAULO – Secretaria Estadual de Saúde, Manejo Clinico de Pacientes com Dengue, 2015.
 BRASILIA – COFEN – Lei do Exercício Profissional de Enfermagem7.498/86, regulamentada pelo decreto nº
97.406/87.
 Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue Brasília, 2009.
 Dengue: manual de enfermagem / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de
Atenção à Saúde. – 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2013
 Secretaria Estadual de Saúde, Manejo Clinico de Pacientes com Dengue, 2015

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Anexo 1
SAE - Sistematização da Assistência de Enfermagem – DENGUE

Unidade: ____________________________________ Data ____/____/____ Notificar

HD Dengue: ( ) Não ( ) Sim - Classificação: ( ) Grupo A ( ) Grupo B ( ) Grupo C ( ) Grupo D

Data 1º atendimento
Nome: Idade:
____/____/____
Grupo de Risco: ( ) Gestante ( ) criança ≤2 anos ( ) idoso ≥65 anos ( ) Comorbidades

Deslocamento nos últimos 15 dias: Inicio dos sintomas


Local: ____________________________________________________ data: ____/_____/_____ ____/____/_____
( ) Preenchimento do Cartão de Acompanhamento do Paciente com Suspeita de Dengue.
( ) Preenchimento da notificação Compulsória de Suspeita de Dengue. ( ) confirmado: feita no unidade_______________

Frequência Cardíaca: bps Ausculta pulmonar: FR: mrps


Temperatura: ºC Pulsos: Peso: Altura:
PA sentado: x mmhg PA deitado: x mmhg Prova do laço:
Febre início ____/___/___ Pele fria Hepatomegalia
Mialgia Pele quente Ascite
Artralgia Sinais de desidratação Timpanismo
Dor retroorbital Exantema Macicez
Edema Petéquias Cefaléia
Cefaléia Epistaxe Convulsão
Prostração Hematomas Delírio
Sufusões Hemorragia conjuntival Insônia
Sensibilidade à luz Petéquias do palato Inquietação
Edema subcutâneo Gengivorragia Depressão
Edema palpebral Prurido Outros: _____________________

Comorbidades
HAS D. Renal Crônica D. Autoimune
Diabetes Mellitus D. Cardiovascular D. Hematológicas Crônicas
DPOC D. Acidopeptica Dengue anterior: ____/____/____
Outras :_______________________________

Medicamentos em uso
Em caso de comorbidades, uso de
Antiagregante Plaquetário Imunossupressores
Anticoagulante Salicilatos
alguma destas medicações ou sinais
Antiinflamatório Outros de alerta, solicitar avaliação médica.

Sinais de alerta
Vômitos persistentes Queda abrupta de Plaquetas
Sonolência irritabilidade Hipotensão postural ou lipotimia
Dor abdominal Intensa e continua Aumento repentino de hematócritos
Desconforto respiratório Diminuição diurese
Hemorragias importantes Hipotermia
Prova do laço positiva

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Maior de 50 kg Menor de 50 kg
Soro de hidratação oral Adulto: 60 a 80 ml/kg/dia Soro oral de forma precoce e abundante
Paracetamol 500mg cp VO de 6/6h por 06 dias 10 a 15mg/ml/kg/dose de 6/6h.
Paracetamol 500mg/ml 30 gts 6/6 por 06 dias 01 gt/kg VO 6/6 por 06 dias
Dipirona 500mg/ml 30 gts de 6/6h por 06 dias 01 gt/kg VO 6/6 por 06 dias.
Metoclopramida: 10 mg 01 cp VO até 8/8h.
Clor. Piridoxina + dimenidrinato 50mg/ml (dramin B6)
Hidratação parenteral (endovenoso) SF 0,9%

Diagnostico de Enfermagem (Carpenito)


Conforto prejudicado relacionado à dor, febre, nausea. Integridade da pele prejudicada, relacionado a prurido
Hipertermia, relacionado à doença Troca de gases prejudicada, relacionado à dispnéia
Risco de volume de líquidos ineficientes relacionado a Ansiedade, relacionado ao desconhecimento da doença,
fatores que influenciam as necessidades hídricas morte
Risco de sangramento relacionado a diminuição de Controle comunitário ineficaz, relacionado a prevenção
plaquetas de doença

Prescrição de enfermagem
Orientar ingestão hídrica Orientar sinais de alerta
Incentivar alimentação Orientar Repouso
Manter aleitamento materno Orientar combate ao vetor
Orientar retorno para reavaliação clínica entre o terceiro e o sexto dia da doença ou 24 horas após cessar a febre.
Orientar combate ao vetor Limpeza e eliminação domiciliar dos criadouros do Aedes aegypti.
Manutenção da medicação de uso contínuo até a avaliação com o médico da especialidade.
Orientar Medidas não medicamentosas na presença de prurido e hipertermia: banho frio e compressas frias.
Orientar contraindicação do uso de medicamentos anti-inflamatórios (Cetoprofeno, Ibuprofeno, Diclofenaco, Nimesulida
e outros) e fármacos com potencial hemorrágico (AAS, cumarínicos).

Exames laboratoriais Sorologia: ____/____/____ ( )+ ( )-


Hemograma: ___/___/___ Hemograma: ___/___/___
HB:______HT:______Plaquetas:______ HB:______HT:_______Plaquetas:______
Evolução:

Enfermeiro(a): ________________________________ Jundiaí, abril/2015 – Revisado em dezembro/2015

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Anexo 2
Pacientes com sintomas: Mialgia, artralgia, cefaleia, dor retro Avaliar: Iniciar
Fluxograma orbitária, náuseas ou vômitos, exantema e/ou prostração Grupo de risco - Gestante, criança ≤ 2 anos, idoso ≥ 65 anos, atendimento e
pacientes com comorbidades. Solicitar
Uso de Medicações: Antiagregante plaquetário, anticoagulante, avaliação
anti-inflamatório, imunossupressores, salicílicos médica

Realizar atendimento na unidade em que o


paciente procurar

Exame clinico com PA em 02 posições e classificação de risco

Grupo A; Febre com menos de 07 dias e pelo


menos dois dos sintomas: Mialgia, artralgia, Grupo C: Sinais do grupo A e B, mais sinais de
cefaleia, dor retro orbitária, náuseas ou vômitos, Grupo B: Sintomas do grupo A com manifestações alarme (dor abdominal, vômitos persistentes,
hemorrágicas (metrorragia, gengivorragia, hipotensã opostural ou lipotimia, sonolência,
exantema ou prostração.
petequias, equimoses ou sangramento de irritabilidade, hepatomegalia dolorosa, Grupo D: Sintomas dos demais
mucosas) ou prova do laço positiva hemorragia importante, diminuição da diurese, grupos, e com sinais de choque.
Ausência de manifestações hemorrágicas e prova
hipotermia, desconforto respiratório)
do laço negativa

Hidratação VO ou EV, sintomáticos, solicitar hemograma de urgência, notificar, realizar orientações quanto
aos sinais de alarme.

Atendimento imediato,
Atendimento imediato, com com hidratação vigorosa,
hidratação, transferir de fase de expansão,
Todo paciente deverá ser orientado a retornar à UBS de referência para reavaliação, caso haja algum sinal de transferir de ambulância
ambulância para unidade
alarme, piora no estado geral, ou no primeiro dia após o desaparecimento da febre. Colher sorologia de para unidade hospitalar
hospitalarI.
Dengue a partir do 6º dia do início dos sintomas. com leitos de UTI.

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