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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO BANDEIRA DE MELLO

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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL PARA Emissão: Próxima
Título do
PACIENTES ADULTOS E PEDIÁTRICOS COM 21/05/2020 revisão:
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COVID-19 Versão: 1 21/05/2022

1. APRESENTAÇÃO

Um grande desafio atualmente é o combate à pandemia do COVID-19, doença


infecciosa causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), na qual parte dos pacientes contaminados
apresentam complicações e necessitam de hospitalização, e cerca de 5% precisam de terapia
intensiva. As complicações mais frequentes são a disfunção respiratória, seguida da disfunção renal.
Nos casos de hospitalização, a assistência nutricional adequada deve ser parte do plano terapêutico
do paciente, com a finalidade de prevenir, minimizar ou reverter os efeitos da desnutrição nesses
pacientes. Nesse contexto, e a terapia nutricional é parte fundamental do cuidado integral na
atenção ao paciente crítico com COVID-19 (HAMMES, 2019; BRASPEN, 2020).
É comum observar a desnutrição em pacientes hospitalizados em todo o mundo.
Estima-se que entre 20 e 60% dos pacientes hospitalizados apresentem quadro de desnutrição e
que esta condição está associada ao aumento do tempo de internação e dos custos hospitalares,
incidência de infecções, complicações pós-operatórias, retardo na cicatrização de feridas e aumento
da mortalidade (SILVA et al, 2013; HAMMES, 2019).
No que se refere à população pediátrica, muitos pacientes gravemente doentes em
unidades de terapia intensiva pediátricas apresentam desnutrição, com uma taxa de mortalidade
de 9-38%. Parte desses pacientes já chega com quadro de desnutrição instalado, porém, a maior
parte desenvolve essa condição durante o período de internação devido ao hipercatabolismo
causado por sepse, choque, inflamação e consequentemente apresenta sarcopenia, com prejuízo
nas funções de órgãos vitais e depleção da resposta imunológica. Todo esse panorama é capaz de
aumentar em 30-50% as necessidades energéticas do indivíduo (SILVA et al, 2013).
A Terapia Nutricional Enteral (TNE) é um conjunto de procedimentos terapêuticos
que visa reconstituir ou manter o estado nutricional do indivíduo por meio de nutrição enteral. O
estado nutricional é o resultado da relação entre as necessidades nutricionais, bem como a
capacidade de metabolização do organismo e a ingestão de energia e nutrientes. Em pacientes
hospitalizados, o estado nutricional interfere na evolução clínica devido ao aumento da
probabilidade de desenvolvimento ou agravamento das morbimortalidades e, por isso, deve ser
avaliado precocemente, para que medidas de intervenções sejam elaboradas e aplicadas àqueles
que apresentarem algum risco nutricional (RDC 63, 2000; HAMMES, 2019; BARBOSA et al, 2019).
Desse modo, os pacientes críticos, dentre estes, os casos mais graves de COVID-19,
estão geralmente associados a um estado de estresse catabólico e a uma resposta inflamatória
sistêmica relacionada a complicações que levam ao aumento da morbidade infecciosa, da disfunção
múltipla de órgãos, da hospitalização prolongada e da taxa de mortalidade. Nesses casos, o apoio
nutricional é parte importante do tratamento e o início da terapia nutricional precoce, junto a um
plano terapêutico adequado, considerando a indicação da terapia nutricional, os efeitos colaterais
e as técnicas de alimentação disponíveis podem reverter o hipercatabolismo e suas consequências
(SILVA, 2013; SANTOS; ARAÚJO, 2019).
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2. OBJETIVOS

Definir protocolos institucionais baseados em diretrizes específicas para o cuidado e


terapia nutricional em pacientes com COVID-19 visando recuperar ou manter o estado nutricional
do indivíduo, a fim de garantir melhores desfechos clínicos e menores custos de internação. Estes
protocolos também devem prever estratégias para o monitoramento da efetividade, adequação e
eventos adversos das terapias nutricionais instituídas.

3. DESCRIÇÃO

3.1. Avaliação do risco nutricional

De acordo com a recomendação do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN)


publicada em 20 de março de 2020, os nutricionistas não devem ter contato com pacientes
suspeitos ou contaminados com COVID-19, a fim de preservar a saúde dos mesmos bem como dos
pacientes. Desta forma, é sugerida a realização da triagem, avaliação e evolução nutricional a partir
de dados secundários, como prontuários e ligações telefônicas. Esta recomendação foi reforçada
pelas publicações da American Society for Parenteral and Enteral Nutrition - ASPEN (2020), que
propõe a possibilidade da coleta de dados físicos desses pacientes por intermédio da equipe
multidisciplinar de saúde. A Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral - BRASPEN (2020)
também sugere a realização da triagem por meio de dados secundários e medidas alternativas,
como visitas virtuais.
No Hospital Universitário Júlio Bandeira (HUJB) dispomos do aplicativo TEAMS® e já
está em funcionamento a telessaúde. Desta forma, a avaliação nutricional do paciente poderá ser
realizada através do aplicativo, sendo necessário a ajuda de um dos profissionais da equipe
multidisciplinar, que está em contato com o paciente para realizar a chamada via aplicativo.
Para avaliação do risco nutricional em pacientes com COVID-19, recomenda-se que
seja realizada triagem nutricional em até 48 horas da admissão hospitalar.
Todos os casos pediátricos de internação por suspeita ou confirmação de COVID-19
no HUJB devem ser submetidos, em até 48h da internação, à triagem nutricional pelo profissional
nutricionista, para determinar o risco nutricional que o paciente apresenta e a necessidade de
intervenção. O instrumento de triagem que deve ser utilizado é o Screening Tool for Risk of Impaired
Nutritional Status and Growth – Strong kids, como descrito no quadro 1.

Quadro 1 - TRIAGEM DE RISCO NUTRICIONAL – crianças > 1 mês: STRONG KIDS (Screening Tool for Risk of Impaired
Nutritional Status and Growth)
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ITENS DE AVALIAÇÃO ESCORE


1. Avaliação subjetiva clínica: o paciente apresenta estado nutricional deficiente
SIM = 1
verificado através da avaliação clínica subjetiva (diminuição da gordura
PONTO
subcutânea e/ou massa muscular e/ou face emagrecida)?
2. Doença de alto risco (conforme abaixo): o paciente apresenta uma doença
associada com risco de desnutrição ou previsão de grande cirurgia? – verificar a
relação. Doença de alto risco: Anorexia nervosa; Queimaduras; Displasia Bronco
pulmonar (idade máxima de 2 anos); Doença celíaca; Fibrose cística;
SIM = 2
Prematuridade (6 meses de idade corrigida); Doença cardíaca crônica; Doenças
PONTOS
infectocontagiosas (AIDS); Doença inflamatória intestinal; Câncer; Doença
hepática crônica; Pancreatite; Síndrome do intestino curto; Doença muscular;
Doença metabólica; Trauma; Retardo mental; Expectativa de grande cirurgia;
Não especificado (classificadas por médico).
3. Ingestão nutricional e perdas: Alguns dos itens a seguir estão presentes?
( ) Excessiva diarreia (> 5 vezes por dia) e/ou vômitos (> 3 vezes / dia) nos
últimos dias? ( ) Reduzida ingestão alimentar durante os últimos dias antes da SIM = 1
admissão (não incluindo o jejum para uma cirurgia ou procedimento eletivo)? ( PONTO
) Intervenção nutricional com orientação dietética prévia? ( ) Incapacidade de
ingestão alimentar adequada por causa de dor?
4. Perda de peso ou ganho de peso insuficiente: Há perda de peso ou nenhum SIM = 1
ganho de peso (bebês < 1 ano) durante as últimas semanas/meses? PONTO
NECESSIDADE DE INTERVENÇÃO DE ACORDO COM A CATEGORIA DE RISCO:
Escore: 4 a 5 pontos RISCO ALTO realizar Avaliação Objetiva Nutricional; visitas diárias;
Acompanhamento Nutricional Individualizado
Escore: 1 a 3 pontos RISCO MODERADO acompanhar aceitação alimentar diariamente;
verificar peso duas vezes por semana; avaliar o risco nutricional após uma semana
Escore: 0 pontos RISCO BAIXO acompanhar aceitação alimentar diariamente; avaliar o risco
nutricional após uma semana.

Para os casos de internação de pacientes adultos e idosos por suspeita ou


confirmação por COVID-19 no HUJB devem ser submetidos, em até 48h da internação, à triagem
nutricional pelo profissional nutricionista, através do instrumento de triagem Nutritional Risk
Screening – NRS 2002 (quadro 2), recomendada pela Sociedade Europeia de Nutrição Clínica e
Metabolismo (ESPEN) e pela Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN).

Quadro 2 - TRIAGEM DE RISCO NUTRICIONAL – adultos e idosos: NRS 2002 (Nutritional Risk Screening)
Triagem inicial SIM NÃO
1 IMC < 20,5 Kg/m²?
2 Perda de peso nos últimos 3 meses?
3 Redução da ingestão na última semana?
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4 Paciente está muito doente? (Ex. UTI)


- Se houver pelo menos uma resposta “SIM” a qualquer pergunta da triagem inicial, a triagem
final deverá ser utilizada.
- Se todas as respostas da triagem inicial forem “NÃO”, o paciente deverá passar novamente pela
triagem nutricional a cada 7 dias, até o momento da alta hospitalar.

Triagem final
Pontuação Estado Nutricional Pontuação Gravidade da doença
฀ Perda de peso > 5% em 3 ฀ Complicações agudas de
meses doenças crônicas
฀ Aceitação alimentar entre 50 ฀ DPOC
Score 1 Score 1
a 75% das necessidades ฀ Hemodiálise
Leve Leve
energéticas na semana ฀ Câncer
anterior ฀ Diabetes
฀ Fratura do fêmur
฀ Perda de peso >5% em 2 ฀ AVC
meses ฀ Pneumonia grave
฀ IMC 18,5 – 20,5Kg/m² ฀ Cirurgia no TGI ou abdominais
Score 2 ฀ Aceitação alimentar de 25 a Score 2 ฀ Infecções graves
Moderada 50% das necessidades Moderada
energéticas na semana
anterior

฀ Perda de peso >5% em 1 mês ฀ Neurocirurgia


฀ Perda de peso >15% em 3 ฀ Traumas
meses ฀ UTI (Apache > 10)
Score 3 ฀ IMC <18,5Kg/m² Score 3
Grave ฀ Aceitação alimentar <25% das Grave
necessidades energéticas na
semana anterior

- Se apresentar idade > 70 anos, acrescentar 1 ponto na pontuação total.


- Se apresentar os seguintes sinais clínicos: sinais de chaves, depleção da bola gordurosa de
Bichart e depleção da massa muscular, acrescentar 1 ponto na pontuação total.
Pontuação total: pontuação do estado nutricional + pontuação da gravidade da doença
Pontuação do score total: _____+_____=_____
Paciente sem risco nutricional: se a pontuação total do score for menor que 3 (retriagem a cada
7 dias)
Paciente com risco nutricional: se a pontuação total do score for >3 (iniciar terapia nutricional)
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A BRASPEN (2020) sugeriu que, em caso de não ser possível realizar as triagens via
contato telefônico ou por dados secundários de prontuários, as mesmas podem ser suspensas
durante a pandemia a fim de proteger os profissionais e pacientes, reduzindo o contato físico. Assim,
elaborou critérios de elegibilidade de risco nutricional com base nas comorbidades relacionadas ao
pior prognóstico, indicadores e sintomas associados à desnutrição, e considerou como risco
nutricional os pacientes que apresentarem ao menos 1 dos critérios no quadro 3. Assim, fica
estabelecido que no HUJB, na impossibilidade de realizar a triagem nutricional pelos métodos
supramencionados, serão utilizados os critérios apresentados no quadro abaixo.

Quadro 3 - Critérios para avaliação do risco nutricional de pacientes com COVID-19.

Critérios
฀ Idosos ≥65 anos ฀ Histórico de perda de peso
฀ Adulto com IMC <20,0 kg/m² ฀ Doença pulmonar obstrutiva crônica, asma,
฀ Risco alto de desenvolvimento de lesão por pneumopatias estruturais
pressão ฀ Cardiopatias, incluindo hipertensão arterial
฀ Imunossupressão sistêmica
฀ Inapetência ฀ Diabetes insulinodependente
฀ Disgeusia, anosmia ฀ Insuficiência renal
฀ Diarreia persistente ฀ Permanência em UTI superior a 48h
฀ Gestação

Considerar ao menos 1 critério para estabelecimento de risco nutricional.


Fonte: BRASPEN, 2020.

3.2. Avaliação do Estado Nutricional

Ainda com base no contexto da pandemia e todas as suas limitações, a avaliação


nutricional deverá ser realizada em todos os pacientes com COVID-19 em terapia nutricional enteral
por meio de dados secundários.

3.2.1. Antropometria para pediatria

Todas as crianças devem ter o peso e estatura/comprimento aferidos, avaliados e


classificados de acordo com os índices antropométricos recomendados pela Organização Mundial
de Saúde (OMS) 2006 e 2007 para cada faixa etária.
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Mensurar o peso no momento da internação hospitalar e monitorá-lo é essencial


para a avaliação nutricional completa, além de permitir a adequada prescrição de doses de
medicamentos, cálculo de hidratação, necessidade energética e de macro e micronutrientes,
monitoramento do resultado da terapia nutricional e evolução do quadro clínico do paciente. Por
se tratar de informação que pode influenciar na conduta terapêutica, este cuidado deve ser
instituído como rotina (GOMES et al., 2019).
Cálculos do percentil e do escore-z deverão ser realizados por intermédio de
programa informatizado de domínio público divulgado e disponibilizado pela World Health
Organization (WHO). Os softwares estão gravados na área de trabalho dos computadores utilizados
pela equipe de nutrição da área clínica: Anthro (WHO, 2006) para crianças até 5 anos e Anthro Plus
(WHO, 2007) para crianças dos 5 aos 19 anos.
No HUJB, as crianças internas na ala destinada aos pacientes com sintomas ou
confirmação de COVID-19 com menos de 2 anos de idade devem ter seu peso e
estatura/comprimento aferidos no momento da admissão, bem como o monitoramento do peso
diário e estatura semanais devem ser realizados, com registro dos dados em prontuário.
As crianças com mais de 2 anos de idade devem ter seu peso e estatura/comprimento
aferidos ao ingresso e monitoramento por meio da aferição do peso semanal e estatura mensal.
Em caso de crianças com edema, o peso deverá ser mensurado diariamente para
controle da retenção hídrica. Nas crianças/adolescentes desnutridos, em risco nutricional
moderado e alto, e/ou em terapia nutricional enteral o monitoramento do peso deverá ser feito
2x/semana; crianças em risco nutricional baixo deverão ter seu peso aferido 1x/semana, devendo
os dados serem registrados em prontuário (Sociedade Brasileira de Pediatria, 2009).

Quadro 4 - Periodicidade de mensuração das medidas antropométricas

Faixa etária/condição Parâmetro Periodicidade Responsável


clínica
Obtido pelo
ao internamento e
Peso profissional de
diariamente
enfermagem
< 2 anos
Obtido pelo
ao internamento e
Estatura profissional de
semanalmente
enfermagem
Obtido pelo
ao internamento e
Peso profissional de
semanalmente
enfermagem
> 2 anos
Obtido pelo
ao internamento e
Estatura profissional de
mensalmente
enfermagem
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Crianças/adolescentes
desnutridos, em risco Obtido pelo
ao internamento e
nutricional moderado e Peso profissional de
2x/semana
alto e/ou em terapia enfermagem
nutricional enteral
Obtido pelo
Crianças em risco ao internamento e
Peso profissional de
nutricional baixo 1x/semana
enfermagem
Fonte: UNC/HUJB.

Nos casos de impossibilidade da aferição do peso, este deve ser estimado por meio
das seguintes equações:

Quadro 5 - Equações de estimativa de peso para crianças e adolescentes

Faixa etária Equação de estimativa da altura


0 a 12 meses Peso (em Kg) = (idade in meses + 9/2)
1 a 5 anos Peso (em Kg) = 2 x (idade em anos + 5)
5 a 14 anos Peso (em Kg) = 4 x idade (em anos)
Fonte: Tinning; Acworth (2007).

A perda de peso deve ser monitorada, estando relacionada à baixa aceitação


alimentar, aos quadros de intolerância, como vômito, distensão abdominal e aos períodos de jejum
para exames e procedimentos. Na prática clínica pediátrica, a perda de 2% do peso,
independentemente do tempo, já é considerada uma perda grave (GOMES et al., 2019). O cálculo
para a perda de peso deve ser feito da seguinte forma:

% Perda de peso = Peso usual (Kg) – Peso atual (kg)/Peso usual (Kg) x 100

Para crianças com limitações físicas, a estatura deverá ser estimada por meio das
equações descritas no quadro abaixo:

Quadro 6 – Equações de estimativa da altura em crianças e adolescentes


Idade Segmento Equação
Comprimento da tíbia
2 a 12 anos com paralisia E = (3,26 x CT) +30,8
(CT)
cerebral
Altura de joelho (AJ)
(Stevenson, 1995) E = (2,69 x AJ) + 24,2
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Comprimento superior
E = (4,35 x CSB) + 21,8
do braço (CSB)
6 a 18 anos Meninas brancas = 43,21 + (2,15 x AJ)
(Chumlea et al., 1994) Meninas negras = 46,69 + (2,02 x AJ)
Altura do joelho (AJ)
Meninos brancos = 40,54 + (2,22 x AJ)
Meninos negros = 39,60 + (2,18 x AJ)
Fonte: adaptado Silva; Nascimento; Zamberlan (2014).

Quadro 7 - Índices antropométricos para crianças e adolescentes

Crianças de 0 a 5 anos Crianças de 5 a 10 Adolescentes de 10 a


Faixa etária
incompletos anos incompletos 19 anos
Peso para idade Peso para idade -
Peso para estatura - -
Índice antropométrico
IMC para idade IMC para idade IMC para idade
Estatura para idade Estatura para idade Estatura para idade
Fonte: SBP, (2009).

Nos casos de lactentes prematuros, antes de ser feita a avaliação nutricional


antropométrica e consequente classificação pelas curvas da OMS, deverá ser calculada a idade
corrigida (até os 2 anos de idade) da seguinte forma:

IDADE CORRIGIDA = Idade cronológica (em semanas) – (40 – Idade gestacional)


4

3.2.3. Antropometria para adultos e idosos

Todos os pacientes devem ter o peso e estatura aferidos no momento da internação


hospitalar, o Índice de Massa Corporal (IMC) avaliado e o estado nutricional classificado de acordo
com os pontos de corte recomendados pelo Ministério da Saúde (MS) 2014 e 2017 para adultos e
idosos, conforme quadros 8 e 9.

Cálculo do IMC: IMC = Peso atual


(Altura)²
Quadro 8 - Classificação do estado nutricional, de acordo com o IMC, para indivíduos com 20 anos ou mais e menores
de 60 anos de idade
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Estado Nutricional – IMC (Kg/m²) Classificação do Estado Nutricional

< 18,5 Baixo Peso


18,5 a 24,9 Adequado
25 a 29,9 Sobrepeso
> 30 Obesidade Grau I
> 35 Obesidade Grau II
> 40 Obesidade Grau III
Fonte: Ministério da Saúde, 2017.

Quadro 9 - Classificação do estado nutricional, de acordo com o IMC, para indivíduos com mais de 60 anos de idade

Estado Nutricional – IMC (Kg/m²) Classificação do Estado Nutricional

< 22 Magreza
22 a 27 Eutrofia
>27 Excesso de peso
Fonte: Ministério da Saúde, 2014.

Nos casos de impossibilidade de aferição das medidas antropométricas, a estatura


pode ser estimada através de medidas secundárias como a semi-envergadura e a altura do joelho
(quadros 10 e 11) e o peso pode ser estimado a partir da altura (quadros 12 e 13).

Quadro 10 – Estimativa da altura por envergadura

Equação para estimativa de altura (cm) Referência


Altura = semi-envergadura x 2 Mitchell e Lipschitz (1982)
Altura = [0,73 x (2 x semi-envergadura dos braços)] + 0,43 WHO (1999)
Fonte: CRN6, 2020.

Quadro 11 – Estimativa da altura pela altura do joelho

Gênero Feminino Gênero Masculino


19-59 anos (negra) = 68,10 + (1,66 x AJ) – (0,06 x I) 19-59 anos (negro) = 73,42 + (1,79 x AJ)
19-59 anos (branca) = 70,25 + (1,87 x AJ) – (0,06 x I) 19-59 anos (branco) = 71,85 + (1,86 x AJ)
Fonte: Chumlea et al, 1994.
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Quadro 12 – Estimativa do peso (Kg), a partir da altura para o sexo masculino

Altura (cm) Estatura pequena Estatura média Estatura grande


155 50,0 53,6 58,2
156 50,7 54,3 58,8
157 51,4 55,0 59,5
158 51,8 55,5 60,0
159 52,2 56,5 60,5
160 52,7 56,4 60,9
161 53,2 56,2 61,5
162 53,7 56,8 62,1
163 54,4 57,7 62,7
164 55,0 58,5 63,4
165 55,9 59,5 64,1
166 56,3 60,1 64,8
167 57,1 60,7 65,6
168 57,7 61,4 66,4
169 58,6 62,3 67,5
170 59,5 63,2 68,6
171 60,1 63,8 69,2
172 60,7 64,4 69,8
173 61,4 65,0 70,5
174 62,3 65,9 71,4
175 63,2 66,8 72,3
176 63,8 67,5 72,9
177 64,4 68,2 73,5
178 65,0 69,0 74,4
179 65,9 69,9 75,3
180 66,8 70,9 76,4
181 67,4 71,7 77,1
182 68,0 72,5 77,8
183 68,6 73,2 78,6
184 69,6 74,4 79,8
185 70,9 75,0 80,9
186 71,5 75,8 81,7
187 72,1 76,6 82,5
188 72,7 77,3 83,2
189 73,3 78,0 83,8
190 73,9 78,7 84,4
191 74,5 79,5 85,0
Fonte: CRN6, 2020 - adaptado de Metropolitan life ensurance,1985.
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Quadro 13 – Estimativa do peso (Kg), a partir da altura para o sexo feminino

Altura (cm) Estatura pequena Estatura média Estatura grande


142 41,8 46,0 49,5
143 42,3 54,3 49,8
144 42,8 45,6 50,1
145 43,2 45,9 50,2
146 43,7 46,6 51,2
147 44,1 47,3 51,8
148 44,6 47,7 51,8
149 45,1 48,1 51,8
150 45,5 48,6 53,2
151 46,2 49,3 54,0
152 46,8 50,0 54,5
153 47,3 50,5 55,0
154 47,8 51,0 55,5
155 48,2 51,4 55,9
156 48,9 52,3 56,8
157 49,5 53,2 57,7
158 50,0 53,6 58,3
159 50,5 54,0 58,9
160 50,9 54,5 59,5
161 51,5 55,3 60,1
162 52,1 56,1 60,7
163 52,7 56,8 61,4
164 53,6 57,7 62,3
165 54,5 58,6 63,2
166 55,1 59,2 63,8
167 55,7 59,8 64,4
168 56,4 60,5 65,0
169 57,3 61,4 65,9
170 58,2 62,2 66,8
171 58,8 62,8 67,4
172 59,4 63,4 68,0
173 60,0 64,4 68,6
174 60,9 65,0 69,3
175 61,8 65,9 70,9
176 62,4 66,5 71,7
177 63,0 67,1 72,5
178 63,6 67,7 73,2
179 64,5 68,6 74,1
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180 65,5 69,5 75,0


181 66,1 70,1 75,6
182 66,7 70,7 76,2
183 67,3 71,4 76,8
Fonte: CRN6, 2020 - adaptado de Metropolitan life ensurance,1985.

3.3. Monitoramento Bioquímico

Os exames bioquímicos devem ser solicitados na internação antes de ser iniciada


qualquer tipo de Terapia Nutricional (TN), visando evitar a ocorrência de síndrome de
realimentação. No acompanhamento da evolução clínica é fundamental que seja considerada a
periodicidade na avaliação de alguns parâmetros que interferem na conduta médica e nutricional.
Dessa forma, ao se instituir a terapia nutricional, devem ser solicitados a dosagem
eletrolítica, do hemograma, da função renal e da dosagem das proteínas plasmáticas, deve-se
também solicitar dosagem de colesterol total e triglicérides, como parte da avaliação nutricional
inicial. A depender do quadro clínico, solicitar hemograma, dosagem de sódio, potássio, cálcio,
magnésio, fósforo, ureia, creatinina e albumina, conforme demonstrado abaixo.

Quadro 14 – Exames laboratoriais que devem ser monitorados na rotina de pacientes em TNE

Periodicidade
Parâmetro
primeiros 4 dias Após 5° dia
Na+/K+ inicial e após 48 horas semanal
Ca++/Mg++/Fósforo inicial se desnutrido semanal
Perfil lipídico inicial (dislipidemia) semanal
TGO, TGP, fosfatase alcalina, bilirrubina, GAMA
inicial semanal
GT
Proteínas totais, albumina, pré-albumina e
inicial semanal
globulina
Uréia e creatinina inicial semanal
Glicemia 1x/dia semanal
Hemácias, hemoglobina e hematócrito 3x/semana semanal

Assim, é importante monitorar os níveis séricos de fósforo em pacientes críticos, e


fazer a reposição adequada, quando indicado, pois a hipofosfatemia pode sinalizar síndrome de
realimentação. A progressão calórica deverá ser adiada quando os níveis de fósforo, potássio e
magnésio estiverem baixos, devido ao risco de síndrome de realimentação e a recomendação é
iniciar aproximadamente com 25% da concentração calórica (FERRETI, 2020).
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3.4. Vias de Alimentação

Em pacientes com COVID-19 em UTI não intubados, sob ventilação não invasiva, que
não atingem o objetivo energético com dieta oral, suplementos nutricionais devem ser
considerados anteriormente à nutrição enteral. Dessa forma, a Terapia Nutricional por via Oral
(TNO) deve ser a primeira opção, quando o consumo alimentar for inferior a 4 refeições por dia
(sendo 3 destas desjejum, almoço e jantar) ou consumo menor que 75% das recomendações
nutricionais em até 5 dias, sem expectativa de melhora da ingestão. Nesses casos, a recomendação
é utilizar TNO, por meio de suplementos hipercalóricos e hiperproteicos, até 3 vezes ao dia.
Na impossibilidade de utilização da via oral, ou devido à ingestão alimentar
insuficiente, com consumo inferior a 3 refeições por dia, sendo desjejum, almoço e jantar, ou seja,
ingestão menor que 60% das recomendações nutricionais em até 5 dias, sem expectativa de
melhora da ingestão deve ser utilizada TNE por Bomba de Infusão Contínua (BIC) por 24 horas com
volume de vazão inicial de 20mL/h com evolução gradual.
Ainda nos casos de pacientes com COVID-19 em UTI, intubados e ventilados, a
nutrição enteral deve ser iniciada através de uma sonda nasogástrica e a alimentação pós-pilórica
deve ser realizada em pacientes com intolerância gástrica após tratamento procinético ou em
pacientes com alto risco de aspiração. A progressão da dieta deve ser realizada com cuidado em
pacientes que necessitam de ventilação mecânica e estão hemodinamicamente instáveis. Em caso
de hipercapnia, a TNE deve ser mantida compensada ou permissiva. Porém, em caso de hipoxemia,
hipercapnia ou acidose grave, instabilidade hemodinâmica, níveis de lactato aumentados ou
recebendo agentes vasopressores, a dieta deverá ser suspensa (FERRETI, 2020).

3.5. Recomendações Nutricionais

3.5.1. Necessidades nutricionais para pediatria

A necessidade energética de crianças deve ser estimada com fórmulas padrão e, em


seguida, ajustada de acordo com a evolução clínica (SBNEP, 2011). O valor do peso utilizado para
cálculo deve corresponder ao atual ou habitual, quando não for possível a tomada direta da medida.
Na ausência desses dois valores, utilizar o peso ideal.
De acordo com a ASPEN, as necessidades energéticas para crianças e adolescentes
em terapia nutricional podem ser calculadas da seguinte forma:

Quadro 15 – Cálculo das necessidades energéticas para crianças e adolescentes em TN

Idade (anos) Kcal/kg/dia


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0a1 90 – 120
1a7 75 – 90
7 a 12 60 – 75
12 a 18 30 – 60
Fonte: ASPEN, 2002.

O Instituto de Medicina (IOM) propõe as seguintes recomendações para cálculo


das necessidades energéticas:

Quadro 16 – Recomendações energéticas diárias (Kcal) segundo idade, peso esperado na presença fisiológica de
crescimento e atividade física

Faixa etária (meses/anos) Energia/Kg de peso Energia (Kcal)


0 - 0,5 mês 72,6 501
0,6 mês - 1 ano 78,1 703
1 – 3 anos 79 869
Sexo masculino
4 – 8 anos 70,6 1.441
9 – 13 anos 58,1 2.079
14 – 18 anos 53,0 3.116
Sexo feminino
4 – 8 anos 64,9 1.487
9 – 13 anos 52,4 1.907
14 – 18 anos 42,6 2.302

Nos casos de pacientes em cuidados terapêuticos intensivos sob ventilação mecânica


(exceto pacientes < 2 anos e queimados), segundo Koletzko et al. (2005), o cálculo das necessidades
energéticas deverá ser feito pela seguinte equação:

GEB = {[17 x idade (meses)] + [48 x peso (kg)] + [292 x temperatura (°C) – [9.677 x 0,239]}

Iniciar e progredir o aporte calórico conforme esquema abaixo, observando sempre


a tolerância do paciente (ocorrência de vômitos, distensão, diarreia, resíduo gástrico alto), até que
as necessidades calóricas programadas sejam atingidas:

Quadro 17 - Velocidade de infusão da nutrição enteral


Velocidade de
Faixa etária Aumento diário Meta/objetivo
infusão inicial
Administração contínua
0–1 10 – 20 mL/h ou 5 – 10 mL/8h ou 21 – 54 mL/h ou
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1 – 2 mL/Kg/h 1 mL/kg/h 6 mL/kg/h


20 – 30 mL ou 10 – 15 mL/8h ou 71 – 92 mL/h ou
1-6
2 – 3 mL/Kg/h 1 mL/kg/h 4 - 5 mL/kg/h
6 - 14 30 – 40 mL ou 15 – 20 mL/8h ou 108 – 130 mL/h ou
1 mL/Kg/h 0,5 mL/kg/h 3 - 4 mL/kg/h
> 14 50 mL ou 25 mL/8h ou 125 mL/h
0,5 - 1 mL/Kg/h 0,4 - 0,5 mL/kg/h
Administração em bolus
60 – 80 mL/4h ou 20 – 40 mL/4h 80 – 240 mL/4h ou
0–1
10 – 15 mL/Kg/etapa 20 – 30mL/Kg
80 – 120 mL/4h ou 40 – 60 mL/4h 280 – 375 mL/4h ou
1-6
5 – 10 mL/Kg/etapa 15 – 20 mL/Kg/etapa
6 - 14 120 – 160 mL/4h ou 60 – 80 mL/4h 430 – 520 mL/4h ou
3 – 5 mL/Kg/etapa 10 – 20 mL/Kg/etapa
> 14 200 mL/4h ou 100 mL/4h 500 mL/4h ou
3 mL/Kg/etapa 10 mL/Kg/etapa
Fonte: Guidelines Canadian, 2009.

A necessidade proteica em pediatria deve ser adequada de maneira quantitativa e


qualitativa (SBNEP, 2011), conforme demonstram quadros abaixo:

Quadro 18 – Necessidades de proteína em pediatria, conforme as Dietary References Intakes

Proteína
Faixa etária Proteína g/dia
g/Kg/dia
0 a 5 meses 1,32 9,1* (AI)
6 a 12 meses 1,5 11
12 a 36 meses 1,18 13
Sexo masculino
4 a 8 anos 0,93 19
9 a 13 anos 0,95 34
14 a 18 anos 0,88 52
Sexo feminino
4 a 8 anos 0,83 19
9 a 13 anos 0,93 34
14 a 18 anos 0,85 46
Os valores das DRIs – Dietary Reference Intakes se referem às RDAs – Recommended Dietary Allowances (1989), exceto
o identificado com asterisco (*), que indica a Adequate Intake (AI).

Quadro 19 – Estimativa das necessidades de proteínas em pediatria


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Idade Necessidade proteica (kcal/Kg/dia)


Baixo peso ao nascer 3a4
RNT 2a3
1 a 10 anos 1 a 1,2
Adolescente masculino 0,9
Adolescente feminino 0,8
Criança/adolescente doente grave 1,5
Fonte: ASPEN, 2002; SBNEP, 2011.

As recomendações nutricionais de carboidratos e lipídios estão baseadas nas


evidências das DRIs. A faixa de distribuição aceitável de macronutrientes para crianças e
adolescentes é:

Quadro 20 - Distribuição de macronutrientes na dieta expressa em porcentagem do Valor Energético Total

Faixa etária
Lactentes (meses) Crianças (anos) Meninos (anos) Meninas (anos)
Macronutriente
0–6 7 – 12 1–3 4–8 9 – 13 14 – 18 9 – 13 14 – 18
(g) (g) (%) (%) (%) (%) (%) (%)
Proteína 9,1 13,5 5 - 20 10 - 30 10 - 30 10 - 30 10 - 30 10 - 30
Carboidrato 60 95 45 - 65 45 - 65 45 - 65 45 - 65 45 - 65 45 - 65
Lipídeos 31 30 30 - 40 25 - 35 25 - 35 25 - 35 25 - 35 25 - 35
Fonte: adaptado de IOM, 2005.

Para o cálculo das necessidades hídricas deve-se utilizar as seguintes estimativas:


Quadro 21 – Estimativa das necessidades hídricas Holliday e Segar (1957)

Peso corporal Necessidade hídrica


Até 10 Kg 100 mL/Kg/dia
De 11 a 20 Kg 1.000 mL + 50 mL para cada Kg acima de 10 Kg
Acima de 20 Kg 1500 mL + 20 mL para cada kg acima de 20 Kg
Fonte: Waitzberg; Dias; Isosaki, 2014.

Completar a oferta de acordo com as necessidades hídricas de cada paciente, tendo


em vista que a quantidade de água ofertada na dieta varia com sua densidade calórica.

3.5.2. Necessidades nutricionais para adultos


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O quadro 22 demonstra as recomendações de energia e proteína para pacientes


hospitalizados com COVID-19, de acordo com as recomendações da BRASPEN, ASPEN e ESPEN.

Quadro 22 - Recomendações de energia e proteína para pacientes hospitalizados com COVID-19

Pacientes estáveis Fase aguda


Iniciar com:
Energia 25 a 30 Kcal/kg/dia 15 a 20 kcal/kg/dia e progredir
para 25 kcal/kg/dia após o 4º dia
Iniciar com:
<0,8 g/kg/dia nos 1º e 2º dias;
0,8-1,2 g/kg/dia no 3º ao 5º dia;
Proteínas 1,2 a 2,0 g/kg/dia 1,2 g/kg/dia após o 5º dia;
1,5 e 2,0 g/kg/dia de proteína,
mesmo em caso de disfunção
renal.
Fonte: Ferretti et al, 2020.

O aumento da oferta proteica demonstrou melhor prognóstico, especialmente nos


pacientes instáveis. A nutrição isocalórica é preferível em relação à hipocalórica, e deve ser
implementada progressivamente após a fase aguda da doença. Considerando a importância da
preservação da função e da massa muscular esquelética, e as condições altamente catabólicas
relacionadas aos pacientes em UTIs, estratégias adicionais podem ser adotadas a fim de melhorar o
anabolismo no músculo esquelético (Ferretti et al, 2020).
No que concerne à proporção de lipídeos e carboidratos, deverá ser considerada a
proporção de energia proveniente de lipídeos e carboidratos entre 30:70 (indivíduos sem deficiência
respiratória) a 50:50 (pacientes em ventilação) (Ferretti et al, 2020).
Quanto as necessidades hídricas para pacientes adultos, é recomendada a ingestão
de 30 a 40mL/kg para pacientes em estado de hidratação normal (função renal e cardíaca normal)
ou 1,0 a 1,5mL/kcal (SBNPE, 2011; ASBRAN, 2011). Nos casos em que os pacientes apresentarem
insuficiência renal aguda a hidratação deve ser individualizada através da aplicação da fórmula de
Riella; Martins, 2013: hidratação = diurese de 24h = 500mL.

3.6. Tipo de dieta

3.6.1. Escolha do tipo de dieta em pediatria

A partir da determinação das recomendações de energia e proteínas, determina-se a


fórmula enteral, considerando a densidade energética e a concentração proteica e
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consequentemente estabelecendo-se o volume diário. É necessário também determinar o método


de administração, descritos no quadro 23.

Lactentes de 0 a 6 meses

o 1ª opção: Fórmula infantil de partida.


o Dieta enteral polimérica hipercalórica para lactentes: situações de restrição
hídrica, intolerância a volumes maiores ou necessidades calóricas aumentadas.
o Fórmula semielementar (extensamente hidrolisada): síndromes de má
absorção; outras situações com comprometimento funcional do trato gastrointestinal; jejum
prolongado (7 dias); Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV).
o Fórmula elementar (aminoácidos): APLV.

Lactentes de 6 a 12 meses

o 1ª opção: Dieta enteral polimérica hipercalórica.


o Fórmula láctea de seguimento: nos casos de intolerância à dieta enteral
polimérica hipercalórica, ou em situações de complementação de alimentação sólida via oral.
o Fórmula semielementar (extensamente hidrolisada): síndromes de má absorção;
outras situações com comprometimento funcional do TGI; jejum prolongado (7 dias); alergia à
proteína heteróloga.
o Fórmula elementar (aminoácidos): alergia à proteína heteróloga.

Crianças e adolescentes de 1 a 15 anos de idade

o 1ª opção: Dieta enteral polimérica normocalórica sem fibras.


o Dieta enteral normocalórica sem fibras concentrada. Indicações: necessidade
de restrição hídrica; necessidade de oferta calórica elevada.
o Dieta oligomérica. Indicações: síndromes de má absorção; outras situações com
comprometimento funcional do TGI; jejum prolongado (≥7 dias).
o Observação: para crianças de 10 anos ou mais de idade, geralmente podem ser
usadas fórmulas específicas para adultos (FLEET; DUGGAN, 2020).

Quadro 23 - Métodos de administração da nutrição enteral em pediatria


Sistema de
Administração Requisitos
infusão
Intermitente - Estado clínico: estável
2/2 h - Idade: a partir dos 30
Aberto Em bolos (seringa) dias de vida
- Função gástrica:
3/3 h
preservada
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- Posição da sonda:
4/4 h gástrica
- Validade: 12 horas sob
6/6 h refrigeração
Na enfermaria: forma
mais utilizada para não
Gravitacional (em 30 - Volume: a partir de
restringir a mobilização
a 60 minutos por 50mL, envasados em
do paciente e permitir o
gotejamento) frascos
planejamento da alta
hospitalar
- Intolerância aos
Bomba de infusão
métodos intermitentes
(de 1 a 2 horas)
anteriores

3.6.2. Escolha do tipo de dieta para adultos

A primeira opção deve ser a fórmula polimérica, isosmótica, com alto teor de
proteína (>20% de proteína), esta deve ser usada precocemente na fase aguda. À medida que o
estado crítico do paciente melhora e os vasopressores diminuírem, a adição de fibra pode ser
considerada. Não devem ser utilizadas fórmulas enterais com ômega 3, óleos de borragem e
antioxidantes em pacientes com Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo - SDRA (FERRETI et
al, 2020).
Em caso de pacientes com disfunção respiratória aguda e/ou renal, está indicado
utilizar fórmulas enterais com alta densidade calórica (1,5-2,0 kcal/ml), a fim de restringir a
administração de fluidos. Não está indicada a utilização de fórmulas com alto teor lipídico/baixo
teor de carboidrato para manipular coeficiente respiratório e reduzir produção de CO2 em pacientes
críticos com disfunção pulmonar. Também é recomendado evitar a utilização de módulos, a fim de
diminuir a manipulação com o paciente e exposição da equipe de enfermagem (FERRETI et al, 2020;
BRASPEN, 2020).

3.7. Posição prona e Terapia Nutricional

A recomendação da posição prona em pacientes com COVID-19 tem sido muito


utilizada. As complicações gastrointestinais ou pulmonares podem surgir, mas em posição prona
isso é menos provável. Além disso, essa posição não representa limitação ou contraindicação para
a TNE, entretanto, alguns cuidados devem ser tomados, como pausar a dieta antes de movimentar
o paciente para posição prona.
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Está indicada a fórmula hipercalórica, hiperproteica, sem fibras, em volume trófico


(até 20ml/h) em infusão contínua, durante todo o período de prona ou durante os primeiros 6 dias.
A infusão da dieta deverá ser iniciada após a primeira hora e manter até 1 hora antes do retorno à
posição supina (FERRETI et al, 2020).

3.8. Posição prona e cuidados de enfermagem na administração de dieta enteral

o Conferir na prescrição médica: data, horário, tipo e volume da dieta a ser


oferecida.
o Conferir na prescrição médica: data, horário, tipo e volume da dieta a ser
oferecida.
o Conferir dados de identificação da dieta com os dados do paciente.
o Verificar dieta quanto ao volume e aspecto.
o Verificar posicionamento da sonda – auscultar ruído com estetoscópio em região
epigástrica, durante injeção de 20ml de ar em adultos e 5ml de ar em crianças; aspirar o conteúdo
gástrico até observar presença de secreção na sonda.
o Programar a bomba de infusão, conectar o equipo à sonda e iniciar a
administração;
o Iniciar a dieta após a primeira hora de mudança de decúbito para a posição prona
e manter até 1 hora antes do retorno à posição supina. De acordo com Oliveira, Piekala, Deponti et.
al (2015), o paciente pode ser mantido de 16-20 horas em posição prona, com média de 17h, sempre
avaliando suas condições clínicas.
o Manter cabeceira elevada em 25-30º (Trendelemburg Reverso).
o Observar sinais de desconforto do paciente durante o procedimento.
o Checar na prescrição médica o horário de instalação da dieta.

Observação:

o Se o paciente já estiver em uso de TN e for necessário realizar a mudança de


decúbito para a posição prona, sugere-se pausar a dieta enteral, abrir a sonda em sifonagem 2h
antes da manobra e reiniciar a NE 1 h após.
o Sugere-se uso de procinético fixo (ondansetrona)
o A dieta deve ser suspensa em casos de hipoxemia descompensada, hipercapnia
ou acidose grave.

3.9 Recomendações fonoaudiológicas


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O Conselho Regional de Fonoaudiologia da 4ª Região, considerando o rápido avanço


da COVID-19, sua ampla transmissão comunitária e a recomendação para o isolamento social,
divulgadas pelos veículos oficiais de saúde, orienta que nos casos suspeitos ou confirmados, seja
analisado a pertinência da avaliação fonoaudiológica, privilegiando medidas preventivas de cuidado
e de menor risco, não sendo recomendado o acompanhamento de pacientes intubados sob
nenhuma hipótese, devendo portando, aguardar a extubação. Nos casos de pacientes
traqueostomizados, não realizar qualquer procedimento que possa gerar aerossóis.

3.10. Administração de medicamentos por sonda enteral

Em pacientes intubados, além da dieta, alguns medicamentos que não podem ser
administrados por via parenteral, são administrados pela sonda da nutrição enteral, logo, é
necessário atentar para a interação entre fármacos e alimentos.
Dentre os medicamentos utilizados no tratamento da COVID-19 tem-se a
Azitromicina, que na padronização dessa instituição está comtemplada na forma farmacêutica “pó
para suspensão oral”. Então recomenda-se pausar a dieta por 1 hora antes da administração e
depois de 1 ou 2 horas retomar, na tentativa de evitar interação fármaco-alimento, como no caso
da quelação, que ocorre entre os sais presentes na nutrição enteral com os macrólidos, formando
um complexo insolúvel que impede a absorção do mesmo.

4. REFERÊNCIAS

ASPEN. American Society for Parenteral and Enteral Nutrition. Guidelines for the use of parenteral
and enteral nutrition in adult and pediatric patients. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition
(JPEN), v.26, p. 1-138, 2002.

BARBOSA, A. A. O.; VICENTINI, A. P.; LANGA, V. F. Comparação dos critérios da NRS-2002 com o risco
nutricional em pacientes hospitalizados. Ciênc. saúde coletiva, v.24, n.9, 2019.

BRASIL. Conselho Federal de Nutricionistas. Nota oficial: orientações para à população geral
população e para os nutricionistas sobre o novo coronavírus. Brasília: Conselho Federal de
Nutricionistas; 2020. Disponível em:<https://www.cfn.org.br/index.php/destaques/19913/>.

BRASIL. Ministério da Saúde. Caderneta de Saúde da Pessoa idosa. 3.ed. Brasília – DF, 2014.
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BRASIL. Ministério da Saúde. IMC em adultos. 2017. Disponível


em:<https://www.saude.gov.br/component/content/article/804-imc/40509-imc-em-adultos>.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução n° 63, de 6 de julho de 2000.


Regulamento Técnico para a Terapia de Nutrição Enteral.

CAMPOS, L. F.; BARRETO, P. A.; CENICCOLA, G. D.; GONÇALVES, R. C.; MATOS, L. B. N. et al. Parecer
BRASPEN/AMIB para o Enfrentamento do COVID-19 em Pacientes Hospitalizados. BRASPEN J, n.35
(Supl 1), p. 3-5, 2020.
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5. HISTÓRICO DE REVISÃO

VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO


1 12/05/2020 Novo

Elaboração
Renata Layne Paixão Vieira
Nataly Cézar de Lima Lins
Thaise de Abreu Brasileiro Sarmento Data: 12/05/2020
Itavielly Layany França Feitosa
Maria Aparecida de Freitas Silveira
Ana Flávia Dias Pereira Amorim
Análise
Data: 14/05/2020
Francisca Sanches Tavares Ribeiro – Setor de Vigilância em
Conforme Processo SEI nº 23771.002950/2020-03
Saúde e Segurança do Paciente
Aprovação
Data: 21/05/2020
Eliane De Sousa Leite - Chefe do Setor de Apoio Diagnóstico e
Conforme Processo SEI nº 23771.002950/2020-03
Terapêutico
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ANEXO 1 - Classificação do estado nutricional através de escore-z e percentis

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