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FACULDADES INTEGRADAS APARÍCIO CARVALHO

FIMCA VILHENA – NÚCLEO DE SAÚDE


CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

FLÁVIO CASTILHO BUSNELLO


IVANIR SANTOS DE CARVALHO FILHA

A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO A


PACIENTES COM DOENÇAS HIPOCINÉTICAS: Diabetes
mellitus Tipo 2

VILHENA/RO
2022
FLÁVIO CASTILHO BUSNELLO
IVANIR SANTOS DE CARVALHO FILHA

A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO A


PACIENTES COM DOENÇAS HIPOCINÉTICAS: Diabetes
mellitus Tipo 2

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado a Faculdades Integradas
Aparício Carvalho – FIMCA – Vilhena/RO,
como pré-requisito para aquisição do título de
Bacharel em Enfermagem.
Orientadora: Vanessa Caruline.

VILHENA – RO
2022
AGRADECIMETOS

Agradecemos primeiramente a Deus, por nos ajudar a ultrapassar todos os


obstáculos obtidos no decorrer do curso.
Agradecemos a nossa Orientadora Vanessa Caruline e nossa professora
Fatima A. da Silva, pelas correções e ensinamentos que nos permitiram nos
aperfeiçoar um melhor desempenho no nosso processo de formação profissional.
Agradecemos nossos familiares que nos incentivaram esses 5 anos de
faculdade.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 6
2 METODOLOGIA ............................................................................................................................... 8
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................................................... 9
3.1 Doenças hipocinéticas .................................................................................................................. 9
3.2 Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2).................................................................................................. 12
3.3 A assistência de enfermagem no atendimento a pacientes com doenças hipocinéticas nos
casos de Diabetes Mellitus Tipo 2 ................................................................................................... 16
5 CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 20
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 21
A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO A PACIENTES COM
DOENÇAS HIPOCINÉTICAS: Diabetes mellitus Tipo 2

NURSING ASSISTANCE IN CARE FOR PATIENTS WITH HYPOKINETIC


DISEASES: Type 2 Diabetes mellitus

Flávio Castilho Busnello1


Ivanir Santos de Carvalho Filha2
Vanessa Caruline3

RESUMO
A doença hipocinética é aquela conexa à falta de atividade física ou a prática mínima de exercício que
abrange o diabetes, obesidade, doenças cardíacas, câncer e outras doenças crônicas. A diabetes
melittus destaca-se dentre as doenças hipocinéticas que representa um problema de saúde pública
devido às suas complicações agudas e crônicas, sendo necessários estudos que visem caracterizar
essa população, a fim de subsidiar o planejamento de ações que possam melhorar sua qualidade de
vida das pessoas, retardando o aparecimento de complicações crônicas. Assim sendo, o presente
estudo teve como objetivo abordar a assistência de enfermagem no atendimento a pacientes com
doenças hipocinéticas, com destaque na diabetes mellitus Tipo 2. A metodologia empregada foi de
revisão bibliográfica através da busca, nos períodos de fevereiro de 2022 a maio de 2022. Em relação
as bases de dados foram selecionadas na Biblioteca Virtual em Saúde: SciELO, LILACS,
MEDLINE/Pubmed. Os resultados sugerem que o trabalho de enfermagem, proporciona meios para
desenvolver ações relacionadas ao tratamento. Logo, conclui-se que dentre as atividades prioritárias
do fluxo de trabalho de enfermagem está o cuidado de pacientes com doença hipocinéticas. Assim, o
cuidado de enfermagem prestado no o tratamento das doenças hipocinéticas, especialmente, diabetes
melittus, é se suma relevância a consulta do enfermeiro, através de ações focadas na orientação da
clínica acompanhando e m onitorando as atividades realizadas pelos pacientes e ainda esclarecendo
dúvidas, possibilitando uma melhora na qualidade de vida e aceitação e convivência do paciente com
o diabetes tipo 2.
Palavras-chave: Cuidados de Enfermagem. Diabetes mellitus Tipo 2. Doenças Hipocinéticas

ABSTRACT
Hypokinetic disease is one related to lack of physical activity or minimal exercise that encompasses
diabetes, obesity, heart disease, cancer and other chronic diseases. Diabetes mellitus stands out among
the hypokinetic diseases that represent a public health problem due to its acute and chronic
complications. people, delaying the onset of chronic complications. Therefore, the present study aimed
to approach nursing care in the care of patients with hypokinetic diseases, with emphasis on Type 2
diabetes mellitus. The methodology used was a literature review through the search, from February
2022 to May 2022. Regarding the databases, they were selected from the Virtual Health Library:
SciELO, LILACS, MEDLINE/Pubmed. The results suggest that nursing work provides the means to
develop treatment-related actions. Therefore, it is concluded that among the priority activities of the
nursing workflow is the care of patients with hypokinetic diseases. Thus, the nursing care provided in
the treatment of hypokinetic diseases, especially diabetes mellitus, is of paramount importance to the
nurse's consultation, through actions focused on the orientation of the clinic, following and monitoring
the activities carried out by patients and also clarifying doubts, enabling an improvement in the quality
of life and acceptance and coexistence of the patient with type 2 diabetes.
Keywords: Nursing Care. Type 2 diabetes mellitus. Hypokinetic Diseases
1
Graduando em Enfermagem pelas Faculdades Integradas Aparício Carvalho, FIMCA Vilhena.
2
Graduanda em Enfermagem pelas Faculdades Integradas Aparício Carvalho, FIMCA Vilhena.
3
Mestre em Imunologia e Parasitologia Básica e Aplicada. Docente do Núcleo de Saúde das
Faculdades Integradas Aparício Carvalho, FIMCA Vilhena.
6

1 INTRODUÇÃO

As doenças hipocinéticas, são as patologias associadas ao desuso e à


inatividade física (ou seja, hipo = menos, cinética = movimento). Esse grupo de
doenças compreende uma série de condições médicas que angustiam a população
mundial, dentre as quais destacam-se: doenças cardiovasculares, diabetes mellitus
(DM) tipo 2, hipertensão e obesidade. Em parte, essas condições médicas são
evitáveis ou amenizadas através da participação regular em atividades físicas.
Entretanto, poucos indivíduos praticam atividade física conforme o nível preconizado
pelos órgãos de saúde para evitar ou retardar o aparecimento de enfermidades
hipocinéticas e, consequentemente, acabam perdendo os muitos benefícios que um
estilo de vida saudável e as atividades físicas proporcionam (CARDINAL, 2016).
Sendo assim, é importante ressaltar os “[...] perigos das doenças hipocinéticas
e a importância do exercício para a prevenção, gestão e tratamento” (BOH;
KAGBARE, 2015, p. 378). Tendo em vista, que as doenças hipocinéticas abrangem
uma ampla gama de condições médicas que afetam a população mundial. Sabe-se
que pelo menos em parte, essas condições médicas podem ser prevenidas ou
reduzidas através da prática regular de atividade física (NACI; IOANNIDIS, 2015).
Em suma, estão conexas a diversas causas, são caracterizadas por início
gradual, de prognóstico comumente incerto, apresentando uma duração longa ou
indefinida. Exibem curso clínico instáveis, com momentos de agudização da doença.
Com isso, necessitando de intervenções com o emprego de tecnologias
acompanhadas de mudanças de estilo de vida, em um processo de cuidado
ininterrupto que nem sempre leva à cura (BRASIL, 2013).
Os efeitos da doença hipocinética são mortais, o que resulta em mortes
prematuras. Exemplos de doenças hipocinéticas incluem insuficiência cardíaca,
tontura, acidente vascular cerebral, desmaio, infecção renal e hepática; e
aterosclerose (BOH; KAGBARE, 2015).
Dentre as doenças hipocinéticas o diabetes, conforme salientado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), apresenta uma estimativa de 16 milhões de
brasileiros com essa patologia. No entanto, devido à falta de investimento na
prevenção de doenças, mais 7 milhões de pessoas permanecem sem diagnóstico.
7

(CRUZ, 2021). A prevalência da síndrome metabólica (SM) na população é se


aproxima dos 24%, subindo para mais de 80% em pacientes com diabetes mellitus,
principalmente tipo 2 (LUSTOSA, 2019).
Devido ao desenvolvimento dessas patologias, o cuidado de indivíduos com
doenças hipocinéticas deve se dar de maneira integral (MALTA; MERHY, 2010).
Segundo Becker et al. 2018), as práticas de cuidado dos enfermeiros a pessoas com
doença crônica se exibem pela visita domiciliar, atendimento individual e atendimento
coletivo. Esses atendimentos, prontamente, são expandidos, apoiando a promoção
da saúde, em outros momentos, revela mudanças de restrição, tradicional e biológica
Quanto aos cuidados de pacientes com diabetes mellitus tipo 2, o enfermeiro
deve ter uma visão integral da pessoa, abrangendo as repercussões da doença e da
terapêutica em sua vida. Logo, os efeitos das ações da prática diária dos profissionais
da enfermagem podem e necessitam comprovar o compromisso ético da profissão
com o cuidar do ser humano em sua dignidade (SILVA, 2013).
O profissional de enfermagem tem um papel diversificado no cuidado com os
pacientes portadores de diabetes melittus, assim sendo, todavia, é necessário
avançar, principalmente na busca de desenvolvimento contínuo e constante de
práticas extensas e confortáveis (BECKER et al. 2018).
Quando se fala das doenças hipocinéticas, especialmente de indivíduos
portadores de diabetes mellitus tipo 2, o enfermeiro atua no controle destas doenças
pela adesão dos pacientes na promoção e manutenção da saúde, nomeadamente
incentivando-os a adaptar comportamentos saudáveis, a modificar os seus estilos de
vida e a seguir um tratamento. É fundamental que o enfermeiro tenha conhecimento
perceptivo, principalmente para auxiliar, interpretar e elaborar planos de tratamento
(ARAÚJO et al., 2018).
Sendo assim, para a promoção da adesão, a terapêutica do diabetes melittus
é preciso que o enfermeiro considere todos os elementos intrincados no cotidiano do
paciente e que estejam interferindo em sua concordância a clínica da patologia.
Afirma-se que uma boa tática que estimule o paciente à adesão é envolve-lo
ativamente nas decisões sobre o processo de cuidar (SILVA, 2013).
Prontamente, cabe salientar que a atenção às doenças hipocinéticas, de modo
especial, ao diabetes melittus devem conter uma equipe multidisciplinar que opere
8

com atendimentos programados e monitorem as pessoas usuárias; esses


atendimentos programados necessitam ser embasados em diretrizes clínicas
estabelecidas por evidências, em informações clínicas condescendentes e em ações
organizadas para que as pessoas usuárias tenham a atenção apropriada; podem ser
individuais ou em grupos e abrangem atenção às agudizações das condições
crônicas, ações educacionais, ações preventivas e ações de autocuidado amparadas
a um sistema de monitoramento desses indivíduos, efetivado por membros das
equipes de saúde (MENDES, 2011).
Consequentemente, a realização deste estudo tem por finalidade a
necessidade de compreender como é a assistência de enfermagem nas doenças
hipocinéticas, já que esta é uma área ainda insuficiente de conhecimento científico.
Neste contexto, questiona-se, como deve ser a assistência de enfermagem no
atendimento a pacientes com doenças hipocinéticas, especialmente, em portadores
de diabetes mellitus tipo 2.
Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo compreender como deve
ser desenvolvida a assistência de enfermagem no atendimento a pacientes com
doenças hipocinéticas nos casos de diabetes mellitus tipo 2.

2 METODOLOGIA

O estudo foi desenvolvido a partir de revisão bibliográfica, que no conceito de


Prodanov e Freitas (2013), quando elaborada a partir de material já publicado,
composto principalmente de: revistas, livros, publicações em periódicos e artigos
científicos, boletins, jornais, monografias, teses, dissertações, material cartográfico,
internet, com a finalidade de colocar o pesquisador em contato direto com todo
material já escrito sobre o tema da pesquisa. Sobre aos dados coletados na internet,
carecemos de atentar à credibilidade e fidelidade das fontes consultadas
eletronicamente. Na pesquisa bibliográfica, é respeitável que o pesquisador verifique
a veracidade dos dados obtidos, advertindo as possíveis incoerências ou contradições
que as obras possam exibir.
Sendo assim, a revisão integrativa da literatura foi feita através da busca, nos
períodos de fevereiro de 2022 a maio de 2022, utilizando os descritores em ciências
9

da saúde (DECS): “cuidados de enfermagem”, “diabetes mellitus tipo 2” e “doenças


hipocinéticas”. Em relação a localização dos estudos está ocorreu através de acesso
a acervos disponíveis online, as bases de dados foram selecionadas na Biblioteca
Virtual em Saúde: SciELO, LILACS, MEDLINE/Pubmed.
Acerca dos critérios de inclusão empregou-se: artigos científicos,
disponibilizados na íntegra de forma gratuita, nos idiomas português e inglês,
publicados nos anos de 2009 a 2021, que abordem os cuidados/assistência de
enfermagem a indivíduos com doenças hipocinéticas, portadores de diabetes mellitus
2. Prontamente, os critérios de exclusão foram: trabalhos sem resumo, editoriais,
monografias, teses, dissertações, revisões de literatura, livros, capítulos, cartas e
artigos científicos que não contemplavam a língua portuguesa e inglesa, não estavam
no período determinado e que fugia do tema principal do estudo. Fez-se uma leitura
dos artigos, detalhando e delineando os capítulos a serem discutidos no presente
trabalho.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Doenças hipocinéticas

As variações sofridas pela população mundial no que diz respeito à nutrição, à


expectativa de vida e às causas de morte redefiniram o perfil de suscetibilidade às
doenças, isto é, as transformações socioeconômicas e culturais conjecturaram em
maus hábitos alimentares, sedentarismo e, por conseguinte, o sobrepeso. A
combinação desses fatores e o envelhecimento da população tem criado condições
favoráveis para o surgimento de doenças hipocinéticas (LIMA et al., 2011; GOMES,
2009).
A educação em saúde apoiada em orientações para mudanças no estilo de
vida, práticas em grupo com abordagens pouco participativas, incluindo
procedimentos técnicos, e uso de determinadas marcas no tratamento de pessoas
com doença crônica Doença Crônica Não Transmissível (DCNT), fazem inferências a
reflexão do processo sobre a transição e/ou a coexistência de dois paradigmas, o
biomédico/tradicional e o da promoção da saúde (BECKER et al., 2018).
10

Nos últimos anos, tem acrescido um aumento significativo das doenças


hipocinéticas entre os brasileiros, dentre as quais destacam-se a diabetes (14,20%),
hipertensão (46,90%) e obesidade (38,90%), conforme os dados disponibilizados no
Gráfico 1.
Gráfico 1 – Incidência de doenças hipocinéticas no Brasil

14,20%

38,90%
Diabetes
Hipertensão Arterial
Obesidade

46,90%

Fonte: Adaptação de Brasil (2020).

Os dados acima demonstram as três doenças hipocinéticas com maiores


incidências no Brasil. Evidenciando, que a hipertensão atinge uma média de 46,90%
da população brasileira; já 38,90% dos indivíduos tiveram o diagnóstico de obesidade,
e; em terceiro lugar se estabelece a diabetes com o índice de 14,20% dos casos.
Conforme o Ministério da Saúde, no período de 13 anos, a obesidade teve o maior
aumento em relação ao diabetes e a hipertensão, passando de 11,8% em 2006 para
20,3% em 2019, uma ampliação de 72%. Denota-se, que dois em cada 10 brasileiros
estão obesos. Ao considerar o excesso de peso, metade dos brasileiros está nesta
situação (55,4%) (BRASIL, 2020).
Através da análise objetiva dos fatores de risco da doenças hipocinéticas,
constata-se que para reduzi-los são necessários dois comportamentos básicos, a
saber: alimentação e atividade física, ou seja, com a aplicação de um regime de
alimentação balanceada e prática regular de atividade física, essas condutas
11

beneficiam o controle do peso, pressão arterial, glicemia, níveis de cortisol e


indiretamente, no caso das mulheres, controlando a síndrome dos ovários policísticos
(NASCIMENTO, 2009).
Assim sendo, destaca-se, que “Os fatores de risco mais presentes foram o
sobrepeso, o hábito de vida sedentário, a hereditariedade e como complicações
crônicas as cardiovasculares” (LIMA et al., 2011, p. 323, GOMES, 2009). Assim, o
exercício provou ser uma ferramenta importante para a prevenção, gestão e
tratamento de doenças hipocinéticas, e muito mais barato em custo do que a utilização
de medicamentos (BOH; KAGBARE, 2015).
Marcon et al. (2009), orientam em relação ao preparo, que as famílias e os
cuidadores necessitam de treinamento, ensino de técnicas e considerações para o
cuidado, para que favoreça a convivência e a manutenção saudável de vida do
portador de doenças hipocinéticas.
Indiscutivelmente, a atividade física é boa para a saúde. Além de ser bom para
o espírito humano. Consente que as pessoas participem da vida e degustem as
alegrias e a plenitude da vida. Infelizmente, e apesar dos esforços dos profissionais
de enfermagem para promover a atividade física para as massas, há uma grande
parcela da população que não sabe lidar com a aflição ocasionada pelas doenças
hipocinéticas (NACI; IOANNIDIS, 2015).
Além disso, o cuidado de usuários com doenças hipocinéticas deve se dar de
maneira integral. O modelo vigorante, que emprega pareceres de cuidado formatadas
a priori, não tem alcançado sucesso em seus procedimentos por não conseguir chegar
ao particular de cada indivíduo e por atribuir olhares e fazeres que não atendam a
realidade do usuário, que está carecendo de atenção e de cuidado. Portanto, essa
atenção integral só é plausível se o cuidado for constituído de uma equipe
multidisciplinar. Cada serviço deve ser atribuído como um componente essencial da
integralidade do cuidado, como uma estação na condição de cada indivíduo para obter
a integralidade de que necessita (MALTA; MERHY, 2010).
Embasado em resultados deste estudo ficou comprovada a importância do
estabelecimento de práticas educativas com a população estudada, com o desígnio
de estimular a realização de atividade física de forma regular e a consumo calórico
adequado (LIMA et al., 2011). Por fim, verbera a OMS, que a prática de atividade física
12

é uma ação preventiva para evitar o aparecimento de doenças hipocinéticas. Sendo a


mudança de hábitos uma maneira simples de produzir transformações significativas
na propensão a doenças crônicas degenerativas em um curto e admirável espaço de
tempo, juntamente com uma dieta alimentar saudável (FLORES, 2009).

3.2 Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2)

Dentre as patologias hipocinéticas destaca-se a diabetes mellitus, distúrbio


endócrino. Não sendo uma doença única, contudo é um grupo que acumula diversos
distúrbios metabólicos. Apresenta-se como uma síndrome multifatorial que tem o
mecanismo de elevar a glicose plasmática de forma crônica, do mesmo modo
chamado de hiperglicemia crônica (MARTINS, 2017).
Cabe salientar, que existem dois tipos principais de diabetes: tipo 1 e tipo 2. O
tipo 1 comumente ocorre na infância representado pela perda das células Beta
secretoras de insulina do pâncreas. À vista disso, o tipo 1 requer injeções regulares
de insulina adjunta a uma dieta controlada para regular a glicose no sangue. Já o tipo
2 é a forma mais comum, comprometendo 90% da população com diabetes. O tipo 2
ocorre hegemonicamente (75%) em adultos com demasia de gordura e envolve a
capacidade reduzida das células estimuladas pela insulina de absorver glicose do
sangue (BOH; KAGBARE, 2015).
Segundo a definição de Silva (2014, p. 16), esta patologia é considerada “[...]
um importante problema de saúde pública devido aos altos índices epidemiológicos,
ao impacto negativo à sociedade, causado pelas suas complicações que levam o
indivíduo à invalidez precoce e diminuem a qualidade de vida”. O aumento da
prevalência do diabetes está conexo a múltiplos fatores, como a rápida urbanização,
transição epidemiológica, mudança nutricional, maior presença de estilo de vida
sedentário, maior frequência de demasia do peso, crescimento e envelhecimento
populacional e, ainda, maiores taxas de sobrevida dos indivíduos com diabetes
(BRASIL, 2019).
Para o diabetes tipo 2, condição em que a maioria dos indivíduos apresenta
obesidade, hipertensão e dislipidemia, as intervenções devem incluir essas diversas
anormalidades metabólicas, além de prevenir o aparecimento de diabetes, também
13

prevenir doenças cardiovasculares e reduzir a mortalidade. A prevenção eficaz de


doenças significa cuidados de saúde eficazes. No caso do diabetes, trata-se de
prevenir seu aparecimento (prevenção primária), prevenir suas complicações agudas
e crônicas (prevenção secundária), ou recuperar e limitar os defeitos causados por
suas complicações (prevenção terceira) (SBD, 2019).
Segundo a International Diabetes Federation (IDF, 2019), o Diabetes mellitus é
considerado um problema crescente em todo o mundo, atingindo 463 milhões de
adultos (9,3%) entre 20 e 79 anos em 2019. A partir das estimações dos anos
antecedentes, fez-se a projeção que 578,4 milhões de adultos sejam portadores da
diabetes em 2030 e 700,2 milhões, em 2045. No ano de 2019, morreram
aproximadamente 4,2 milhões de adultos em consequência do diabetes e suas
complicações. Neste mesmo ano, o Brasil ficou em quinto lugar no ranking dos países
com o maior número de indivíduos com diabetes, comparecendo uma média de 15-
18,7 milhões de indivíduos diagnosticados (IDF, 2019).
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o diabetes está associado
a maiores taxas de hospitalizações, além de maior utilização dos serviços de saúde.
Nos próximos anos é previsto uma carga maior para os sistemas de saúde de todos
os países, independente do seu desenvolvimento econômico; a carga será maior,
entretanto, nos países em desenvolvimento, porque a maioria ainda está lutando para
controlar as doenças infecciosas (SBD, 2019). Assim sendo, o Gráfico 1, demostra a
porcentagem das principais complicações ocasionadas pelo Diabetes mellitus.
14

Gráfico 2 – Principais complicações ocasionadas pelo Diabetes mellitus


70

60
58,23%

50

40 Neuropatia
35,01%
Retinopatia
30
Cegueira
20 Pé diabético

10
Amputação
5,5%
0,45% 0,56% 0,25% Nefropatia
0

Fonte: Adaptação de Muzy et al. (2021).

Observa-se, no Gráfico 2, que dentre as seis complicações mais recorrentes


no diabetes mellitus a neuropatia se destaca com o maior indice, abrangendo 58,23%
de portadores de diabetes. Nota-se, que a retinopatia representa 35,01% dos
indivíduos, compreendendo assim a segunda maior complicação do diabetes, seguida
do pé diabético (5,5%), amputação (0,56%), cegueira (0,45%) e a nefropatia (0,25%).
Com diz respeito as patologias que o diabetes desencadeia pode-se afirmar
que, segundo: (SBD, 2009):
As complicações crônicas do diabetes podem ser classificadas em
microvasculares, macro vasculares e neuropáticas. A patogênese das
complicações do diabetes possivelmente envolve a interação entre fatores
genéticos e metabólicos.
Por sua vez o diabetes mellitus desencadeia varias patologias como:
neuropatia, retinopatia, cegueira, pé diabético, amputação e nefropatia entre outras,
que estão relacionadas a heritariedade e metabolismo alimentar.
Salienta-se, que a combinação dos três eixos etiológicos de fatores de riscos
são: genéticos, relacionados ao estilo de vida e o envelhecimento. Fica claro que a
adoção de um estilo de vida prejudicial é diretamente proporcional ao efeito no
desenvolvimento precoce do DM2 (NASCIMENTO, 2009).
15

Cruz (2021), afirma que o diabetes do tipo 2 inicia-se com a resistência à


insulina, o hormônio que auxilia o transporte da glicose para dentro das células. Para
contrabalançar a situação, o pâncreas apressa a produção de insulina. Porém, esse
mecanismo tem um preço: com o tempo, o órgão fica extenuado e as células começam
a falhar. A longo prazo, a glicemia alta pode ocasionar sérios danos ao organismo.
Entre as complicações, ressalta-se as lesões e placas nos vasos sanguíneos, que
afetam a oxigenação dos órgãos e catapultam o risco de infartos e AVCs.
É de suma relevância um diagnóstico precoce da diabetes melittus do tipo 2
para se evitar complicações. Consequentemente, um rastreamento conexo à
percepção profissional dos fatores de risco são processos de fácil implemento e baixo
custo, sendo passível de efetivação em quase todos os centros de saúde, colaborando
para o diagnóstico precoce e instituição de terapia correspondente. Além claro da
promoção da prática de atividades físicas para a diminuição nas taxas glicêmicas
(JACOB et al., 2014).
Para a monitorização da glicemia, necessita-se aferir a glicemia com auxilio de
um dispositivo chamado glicosímetro, realizando uma punção digital. Seu objetivo é
orientar a terapêutica para obter e manter a glicemia o mais próximo possível do
normal, em condições específicas ou na rotina diária, e a todo momento com
segurança. Usualmente, utiliza-se a punção digital, de preferência na lateral dos
dedos. A coleta de sangue em locais outros locais incluem: palma da mão, antebraço
e panturrilha e só poderão ser utilizados apenas em horários pré-prandiais, dentro de
uma estabilidade glicêmica e com lancetas especiais. É importante destacar que o
enfermeiro tem um papel fundamental na orientação e no registro. (PASCALI, 2009).
Enfim, verbera-se que a hiperglicemia plasmática compromete os vasos
sanguíneos e nervos periféricos, lesando a perfusão tecidual e ocasionando perda de
função sensorial, motora e autonômica, notadamente nos membros inferiores. Esse
déficit acresce o risco de úlceras nos pés, a qual pode evoluir para infecções duráveis,
amputações e óbito. O controle metabólico, a triagem e o manejo adequado dos
pacientes desempenham um papel fundamental na progressão e no sucesso de um
tratamento multimodal e orientado conforme as necessidades individualizadas de
cada paciente. É evidente o impacto funcional, social e econômico nos indivíduos e
16

nos serviços de saúde com as necessidades de cuidados prolongados (CALADO et


al., 2021).

3.3 A assistência de enfermagem no atendimento a pacientes com


doenças hipocinéticas nos casos de Diabetes Mellitus Tipo 2

A inatividade física é a quarta principal causa de morte no mundo.


Lamentavelmente, poucas pessoas praticam atividade física nos níveis preconizados
para prevenir ou retardar a manifestação de doenças hipocinéticas e, deste modo,
perdem muitos dos benefícios de um estilo de vida ativo (KOHL et al., 2012). Nesse
contexto, “A atividade física apresenta diversos efeitos benéficos ao organismo, a uma
melhor promoção saúde para a população. Desta forma, a participação em programas
de atividades físicas é uma maneira na redução e prevenção de inúmeras patologias”
(FLORES, 2009, p. 01).
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM, 2016),
preconiza que no atendimento ao paciente portador de diabetes melittus, é
imprescindível o acompanhamento de um médico e da equipe multidisciplinar, além
de ser de suma importância que os pacientes compareçam regularmente às consultas,
de acordo com as decisões médicas, onde serão tomadas as indicações para a
doença e seu tratamento.
Desta maneira, o enfermeiro deve identificar e mensurar como esses aspectos
afetam o comportamento da pessoa, e então utilizar instrumentos cognitivo-
comportamentais para minimizar esses efeitos, com a finalidade de regressar os
comportamentos prejudiciais, seja ele clínico ou laboratorial, em um comportamento
benéfico que também pode ser mensurado e empregado, neste caso, como
contribuição positiva ao comportamento. Assim sendo, nota-se que assistir o indivíduo
na prevenção dos fatores de risco para o desenvolvimento do DM2 é um desafio para
o enfermeiro, já que além do conhecimento da patologia propriamente dita, além de
sua etiologia, ele ainda terá que dominar outras disciplinas para ser eficaz na sua
intervenção (NASCIMENTO, 2009).
Indubitavelmente, na atualidade, o atendimento do paciente com diabetes
prestado por uma equipe multiprofissional tem como finalidade levá-lo a compreender
17

a importância da modificação do estilo de vida visando o bom controle metabólico”


(ARAÚJO et al., 2019, p. 1161). Dentre as estratégias identificadas nos estudos como
essenciais ao cuidado, destacam-se aquelas relacionadas a quatro áreas ou
aspectos: a área de atuação, na qual foram mencionadas outras formas de cuidado
humanizado entre si; promover o cuidado familiar; valorizar as práticas familiares; e a
necessidade de promover mudanças na formação profissional para preparar os
graduandos para atuar nesse contexto (MARCON et al., 2009).
No entendimento de Giordani, Bisogno e Silva (2012), há, ainda a dificuldade
que os enfermeiros enfrentam em apoiar o usuário de forma integral, o que leva a
repensar sobre a humanização, para que seja parte integrante de uma assistência
qualificada. Ressalta-se que a execução de procedimentos, medicamentos e materiais
são condições importantes para um bom atendimento, mas devem ser apresentados
de forma clara com cuidado, respeitando as características físicas e as emoções do
usuário, tornando o cuidado humano não apenas mecânico.
O profissional de enfermagem necessita estabelecer prioridades, monitorar a
adesão, motivar a participação e encorajar os esforços dos pacientes no
gerenciamento do seu tratamento. Ainda que ocorram essas mudanças, manter o
controle metabólico por longo prazo é complicado, pois depende de diversos
componentes intrincados no tratamento do diabetes (ARAÚJO et al., 2018).
Em relação ao atendimento ao paciente como DM2, o enfermeiro, em particular,
tem o desafio de prestar assistência aos indivíduos, família e comunidade, através do
cuidado direto ou indireto. Cabe a eles desenvolver o cuidado em interação com estes
pacientes, auxiliando-os no entendimento da necessidade de mudar seus hábitos e
estilo de vida. Dessa forma, podem cooperar para a adesão deles ao controle
glicêmico. No que lhe diz respeito, as Teorias de Enfermagem embasam o cuidado,
com ciências próprios, com a finalidade de melhorar a qualidade da assistência
prestada a pessoas em distintos campos de conhecimento (ARAÚJO et al., 2018).
Quanto a assistência realizada pelos enfermeiros aos pacientes portadores de
diabetes melittus, os cuidados não podem ser realizados isoladamente, mas devem
contar com o incentivo e apoio dos gestores dos serviços de saúde e outros
profissionais que atuam de forma interdisciplinar. Portanto, o enfermeiro deve estar
atento a esse processo de adaptação pelo qual passam todas as famílias que
18

convivem com DM2, a fim de incluí-lo em seus planos de cuidado. Acredita-se que o
cuidado integral e efetivo é mais fácil de ser alcançado se as famílias estiverem
envolvidas no planejamento e implementação dos cuidados de enfermagem
(MARCON, 2009).
A intervenção prestada pelos enfermeiro, refere-se: à educação em saúde e à
modificação de comportamentos que contribuam para a adoção de estilos de vida
mais saudáveis. A educação em saúde deve ser pautada a partir da busca
apresentada pela pessoa, desta maneira exigindo maior agilidade do enfermeiro, já
que o mesmo tem o papel detentor e transmissor do conhecimento tendo como fonte
um roteiro pré-estabelecido, para uma posição de agenciador do conhecimento a ser
compreendido pelos pacientes portadores do DM2. A transformação do
comportamento sofrerá influência de alguns aspectos, como: sistema de valores e
crenças, locus de controle a que a pessoa se refere, grau de internalização da auto
eficácia, rede de apoio social presente e grau de autonomia sobre o seu processo de
saúde-doença (NASCIMENTO, 2009).
Silva et al. (2016), assevera que o enfermeiro, para prestar a assistência de
enfermagem com qualidade e humanismo, carece inserir-se na realidade fidedigna de
forma conscienciosa, competente, técnica e cientifica. Em revisão bibliográfica em
estudos sobre os cuidados de enfermagem nos tratamentos de pacientes foram
identificados os diagnósticos e intervenções de enfermagem, práticas com tecnologia,
avaliação do cuidado do paciente com doenças crônicas, consultas de enfermagem,
qualidade da assistência, relação profissional e cliente, procedimentos técnicos e
relacionamento interpessoal (SILVA et al., 2017).
Nessa conjectura, o enfermeiro, precisa de conhecimentos teóricos e práticos
que possam embasar e capacitar o desenvolvimento das atividades de maior
complexidade, as quais abarcam a capacitação, revitalização, atualização ou a
importância das competências e do desenvolvimento de potenciais dos trabalhadores
de enfermagem como prática que emerge do trabalho para proporcionas melhores
ações de cuidado no contexto do DM2 (CHAVES; TANAKA, 2012).
Embora limitado em número, as evidências de ensaios randomizados
atualmente disponíveis de intervenções com exercícios no cuidado aos pacientes com
diabetes melittus, sugerem que exercícios e intervenções com múltiplas drogas
19

provavelmente serão semelhantes em benefício de mortalidade na prevenção


secundária, doença cardíaca coronária, reabilitação de acidente vascular cerebral,
tratamento e prevenção de insuficiência cardíaca e prevenção do diabetes (NACI;
IOANNIDIS, 2015).
Destaca-se que enfermeiro deve ser capaz de identificar potenciais fatores de
risco para o desenvolvimento do DM2, como também deve conseguir identificar os
aspectos relacionados à vulnerabilidade. Esse profissional, necessita estar sempre
atento para ao contexto em que a pessoa está inserida, dado que a vulnerabilidade
procede o risco, e ela determina os diversos riscos de se adoecer e morrer de cada
indivíduo. Logo, quando a equipe de enfermagem conseguem identificar os fatores de
risco para o desenvolvimento do DM2, etiologia e a relação destes fatores de risco,
assim como o contexto em que a pessoa está inserida, se torna possível intervir de
maneira sistematizada nos fatores de risco passíveis de mudança (NASCIMENTO,
2009).
A imagem do enfermeiro destaca-se não só como cuidadora, mas também
como líder de equipe. Além disso, é imprescindível que atenção domiciliar seja
pautada por uma equipe multidisciplinar e uma prática interdisciplinar que influencie
os diversos determinantes da intervenção no processo saúde-doença. Esse
pressuposto interdisciplinar revela a capacidade de funcionamento de um profissional
se reproduz de acordo com a técnica do outro, variando mesmo com a intervenção do
contexto em que se insere (OLIVEIRA et al., 2021).
Estudos realizados demonstraram que não houve diferença detectável
estatisticamente entre o exercício e as intervenções medicamentosas na prevenção
secundária de doença cardíaca coronária e pré-diabetes. Intervenções de atividade
física foram mais eficientes do que o tratamento medicamentoso entre pacientes com
acidente vascular cerebral (NACI; IOANNIDIS, 2015). Aspectos como esses
demonstram a importância da assistência de enfermagem no atendimento a pacientes
com doenças hipocinéticas nos casos de Diabetes Mellitus Tipo 2.
Entre as atividades prioritárias no processo de trabalho da enfermagem,
Giordani, Bisogno e Silva (2012), dizem ser as atividades assistenciais. Por quanto, a
assistência de enfermagem se faz pela visão íntegra do ser humano que depende do
20

cuidado, que, juntamente com outras ações, constitui ações sistematizadas para
facilitar o trabalho da enfermagem.
Portanto, o enfermeiro opera de modo diversificado neste campo, mostrando-
se fundamental na vida das pessoas com doenças hipocinéticas. Mesmo assim, deve-
se avançar, principalmente na busca pelo desenvolvimento constante e continuado de
uma modalidade de cuidado universal e acolhedora. Os enfermeiros praticam o
acompanhamento acolhedor e inclusivo que leva em conta os determinantes sociais
da saúde como: acesso aos serviços de saúde, educação em saúde, ampliação da
clínica e atuação interdisciplinar e multidisciplinar (BECKER et al., 2018).
A monitorização da glicemia capilar é uma ferramenta insdispensável tanto para
o paciente que quer conhece melhor o seu perfil quanto para os profissionais de saúde
que, ao interpretá-la, podem viabillizar mudanças no tratamento com maior. Os
valores glicêmicos aanotados em diário necessitam ser valorizados e incentivados não
utilizando-o para que sirvam de punições, negociações e intimidações. Com a técnica
corretamente compreendida e implementada, o paciente deverá começar a entender
esses valores e emprega-los no ajuste terapêutico para melhora do seu perfil
glicêmico. Motivar e incetivar esta prática precisa ser parte integrante do atendimento
de enfermagem, sendo a adesão ao monitoramento da glicemia diretamente
proporcional ao entendimento desses valores no ajuste do perfil glicemico (PASCALI,
2009).

5 CONCLUSÃO

As doenças crônicas compreendem o conjunto de condições crônicas, dentre


as quais destacam algumas patologias denominadas doenças hipocinéticas, como
exemplo, as doenças cardiovasculares, a diabetes mellitus, a hipertensão e a
obesidade. Dentre essas patologias, destacam-se as o diabetes mellitus do tipo 2.
A diabetes melittus faz parte do grupo das doenças hipocinéticas, a qual se tem
conhecimento de representa um grande problema de saúde pública devido suas
complicações agudas e crônicas, se fazendo necessário a realização de estudos que
busquem delinear esta população, com a finalidade de proporcionar subsídios para o
21

planejamento de ações que possam melhorar a qualidade de vida destes indivíduos,


retardando o surgimento de complicações crônicas.
Aspectos como esses corroboram a importância da assistência de enfermagem
no atendimento a pacientes com doenças hipocinéticas nos casos de Diabetes
Mellitus Tipo 2. Além disso, ficou evidente as diferenças detectáveis estatisticamente
entre o exercício e as intervenções medicamentosas na prevenção secundária de
doença cardíaca coronária e pré-diabetes. Sendo possível identificar que o
acompanhamento de enfermagem com a intervenção da prática de atividade física foi
mais eficaz do que o tratamento medicamentoso entre pacientes com acidente
vascular cerebral.
Assim sendo, os objetivos propostos no estudo foram atingidos com sucesso,
entretanto, o conhecimento não é estático, desse modo, é essencial futuras
pesquisas, sobretudo, devido a relevância do tema e a gravidade das doenças
hipocinéticas nos casos de Diabetes mellitus Tipo 2, assim, sugere-se que novas
pesquisam sejam realizados.
Por fim, esse estudo torna-se um incentivo para novas pesquisas sobre a
assistência de enfermagem no atendimento a pacientes com doenças hipocinéticas
como o Diabetes mellitus Tipo 2, de forma a investigar e aprofundar mais o tema,
favorecendo um ciclo de desenvolvimento de mais pesquisas a respeito e, por
conseguinte, a formulação de políticas de educação e saúde para evitar e reduzir a
morbimortalidade que as doenças hipocinéticas podem apresentar.

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