Você está na página 1de 16

REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA SAÚDE
INSTITUTO NACIONAL DE LUTA CONTRA A SIDA
DEPARTAMENTO DE APOIO CLÍNICO E MEDICAMENTOSO

FORMAÇÃO SOBRE NOVAS NORMAS DE TARV


TRANSIÇÃO DE TLE PARA TLD
ESTRATÉGIA TESTAR & TRATAR

• Estratégia recomendada pela OMS, 2015 – orientação para tratar todas as


PVVIH independente do critério clínico ou imunológico;
• Significa não perder nenhuma oportunidade e oferecer diagnóstico de VIH de
forma objectiva (foco nas populações mais vulneráveis) e tratar a todos os
diagnosticados, sem estabelecer critérios de elegibilidade
• Benefício individual e coletivo
ANGOLA - LANÇAMENTO: DEZEMBRO DE 2017
- INÍCIO DE IMPLEMENTAÇÃO: FEVEREIRO DE 2018
ESTRATÉGIA TESTAR & TRATAR

• Evidência científica robusta demostra que iniciar TARV precocemente leva


dimuição de mobimortalidade por VIH do que começar mais tardiamente e com
contagens de CD4 mais baixas, assim como não está associado a um maior risco de
desenvolvimento de eventos de estágios 3 ou 4;
• A ampla disponibilização e cobertura de TARV é uma estratégia extremamente
eficaz na redução da transmissão de VIH;
• Estudos recentes demonstraram que o risco de transmissão sexual é extremamente
baixo ou mesmo nulo quando a PVVIH está em TARV.
ESTRATÉGIA TESTAR & TRATAR

• Olhar para a estratégia T&T como uma oportunidade única de alcançar o controle
da epidemia de VIH;
• Não podemos perder nenhum paciente diagnosticado como VIH positivo.
• O tratamento deve ser oferecido a todos os pacientes diagnosticados como VIH
positivos, sem estabelecer critérios de elegibilidade
• Estamos perante uma janela de oportunidade para acelerar a resposta ao VIH de
forma a atingir as metas intermediárias 90/90/90 até 2020 e a meta global de
acabar com a epidemia de SIDA como ameaça de saúde pública em 2030.
CASCATA PARA O CONTROLO DA EPIDEMIA DO VIH

Diagnóstico precoce de VIH+

ADESÃO
Início do TARV
• Melhora da qualidade de vida
✓ menos Infecções oportunistas
Acompanhamento das PVVIH ✓ restauração do sistema imunológico
• Redução da morbi-mortalidade
• Redução da transmissão do VIH
Retenção em cuidados e em TARV

Objetivo: Supressão viral (CV


≤1.000 cópias/ml
FLUXOGRAMA DO PACIENTE NA US E
QUANDO INICIAR República de Angola
Ministério da Saúde
Instituto Nacional de Luta Contra a SIDA

TESTAR E TRATAR

FLUXO DE PACIENTE NA UNIDADE SANITÁRIA

Caso novo VIH


positivo*
Ø Aconselhamento
pós-teste é realizado
Aconselhamento pós- no local de testagem
teste + abertura do pelo profissional que
processo clínico + realizou o teste.
agendamento de Ø A abertura do
Ø Aconselhamento consulta clínica processo clínico e
pré-TARV de agendamento de
focalizar consulta são
benefícios de realizados no dia do
TARV e Consulta clínica + diagnóstico.
identificação de
aconselhamento pré-
barreiras para a
TARV + rastreio de
adesão.
doença avançada +
Ø O inicio de TARV
laboratório
deverá ser entre o
dia do diagnóstico (Hb+BQ+CD4)
até no máximo 15
dias após
diagnóstico.
Paciente preparado
para iniciar TARV

Sim Nã o

Inicia TARV com esquema Consulta de aconselhamento para


de primeira linha¶ adesão em 7 dias para assegurar o inicio
de TARV 15 dias após o diagnóstico

Sem doença avançada: Doença avançada:


seguimento de acordo inicia o pacote de profilaxia e
com fluxo MDS 1.1 seguimento de acordo com fluxo
MDS 1.2

* De acordo com o Algoritmo de Testagem Nacional


¶ De acordo com as Normas Nacionais de TARV
FLUXOGRAMA DO PACIENTE NA US E
QUANDO INICIAR

O TARV deve, preferencialmente e se a avaliação concluir que o paciente


está preparado para tal, ser iniciado no mesmo dia do diagnóstico.

Se isso não for possível, o TARV deve ser iniciado preferencialmente


dentro de 15 dias (excepto se há início de tratamento de TB ou
Criptococose).
FERRAMENTA DE RASTREIO DE DOENÇA
AVANÇADA
PACOTE BÁSICO DE CUIDADOS E TRATAMENTO
PRIMEIRA CONSULTA

• Explicar pormenorizadamente ao paciente o que ele tem e o que isso agora


representa para a sua rotina de vida diária;
• Avaliação clínica (sinais e sintomas) e gestão dos problemas clínicos;
• Estadiamento OMS e explicar ao paciente o significado ;
• Aconselhamento pré-TARV. Explicar porquê o uso de TARV
• Avaliação nutricional e vacinação conforme calendário nacional;
• Avaliação do desenvolvimento psicomotor (crianças e adolescentes);
• Avaliação laboratorial: hemograma, bioquímica, serologias virais e avaliação inicial
do CD4. Explicar ao paciente a importância de exames;
• Promover o uso do preservativo em todas as relações sexuais.
PACOTE BÁSICO DE CUIDADOS E TRATAMENTO
PRIMEIRA CONSULTA

• Rastreio e gestão das Infecções Oportunistas (IO) - rastreio da tuberculose,


infecções de transmissão sexual (adolescentes e adultos) e criptococose
• Desparasitação em todos os pacientes com albendazol
• Prescrição de isoniazida de acordo com Nota Técnica Nº 3/2017. Explicar porquê
o uso dessa medicação
• Atenção às necessidades especiais das populações-chave e vulneráveis (ex:
negociação do uso do preservativo, redução de danos com relação ao uso de drogas
e álcool, apoio psicológico ou social especifico)
PACOTE BÁSICO DE CUIDADOS E TRATAMENTO
CONSULTA DE SEGUIMENTO
• Avaliação clínica (sinais/sintomas) e gestão dos problemas clínicos;
• Focar no aconselhamento para adesão, incluindo o rastreio de adesao e
identificação de barreias que influenciam a adesão ao TARV, com discussão e
identificação de estratégias com os pacientes para ultrapassá-las;
• Avaliação laboratorial caso aplicável: hemograma, bioquímica, avaliação do CD4 e
da CV de acordo com os seus fluxos de monitoria
• Rastreio e gestão das Infecções Oportunistas (IO) - rastreio da tuberculose,
infecções de transmissão sexual (adolescentes e adultos) e criptococose
• Continuacao das profilaxias para IOs e promoção do uso constante e correcto do
presevativo
• Explicar detalhadamente ao paciente sobre seu estado de saúde actual
DOENTES COM DOENÇA AVANÇADA

Para pacientes sem evidência de TB activa ou Criptococose, mas com CD4


inferior a 200 cels/mm3 , acrescentar:

• 12 semanas de Fluconazol 100 mg /dia


• 5 dias de Azitromicina 500 mg/dia

• Explicar ao paciente porquê o uso dessa medicação


República de Angola
Ministério da Saúde

FLUXO DE AVALIAÇÃO DO CD4


Instituto Nacional de Luta Contra a SIDA

TESTAR E TRATAR

FLUXOGRAMA DE GESTÃO DO CD4

Caso novo VIH+?


Solicitar CD4

CD4 ≥ 250 cels/mm³ CD4 < 250 cels/mm³

Solicitar CD4 6 meses


depois

CD4 ≥ 250 CD4 < 250


cels/mm³ cels/mm³

Solicitar novo CD4


Solicitar CD4
se necessário
6 meses depois
(confirmação ou
monitoria de IO)*

CD4 ≥ 250 CD4 < 250


cels/mm³ cels/mm³

Repetir CD4 de 6/6


meses até que duas
contagens estejam
acima de 250
cels/mm³
CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO DA CV
RECOMENDAÇÕES ESPECIAIS

• Gestantes, lactantes e crianças menores de 10 anos devem iniciar TARV no mesmo dia do
diagnóstico, sempre que possível;
• Pacientes com TB activa devem iniciar TARV duas semanas após início de anti-bacilares;
• Paicentes com criptococose só deverão iniciar TARV quando existir evidência de resposta
clínica ao tratamento antifúngico;
• Em PVVIH com doença avançada é particularmente importante:
• Que se inicie TARV no dia do diagnóstico, ou o mais rapidamente possivel, caso o
paciente tenha condições clínicas para tal ( TB e criptococos ) pois estes pacientes
apresentam elevado risco de morte precoce (dentro do primeiro mês, principalmente
dentro dos primeiros 15dias)
• Consequentemente, esses pacientes deverão ter seguimento mais frequente e mais
próximo.
OBRIGADA

Você também pode gostar