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Definição
• A pneumonia adquirida na comunidade (PAC) é uma infecção dos alvéolos, das vias
respiratórias distais e do interstício pulmonar que ocorre fora do ambiente hospitalar.
oo Ver também Pneumonias hospitalares.
• Clinicamente caracterizada por:
oo Febre, calafrios, tosse, dor pleurítica, produção de escarro.
oo Pelo menos uma opacidade na radiografia de tórax.
• Manifesta-se em quatro padrões:
oo Pneumonia lobar: comprometendo todo um lobo pulmonar.
oo Broncopneumonia: consolidação difusa em um ou vários lobos, geralmente nas porções
inferiores ou posteriores submetidas à gravidade e centradas ao redor de brônquios ou
bronquíolos.
oo Pneumonia intersticial: inflamação do interstício, incluindo as paredes alveolares e
tecido conjuntivo ao redor da árvore bronquiovascular.
oo Pneumonia miliar: numerosas pequenas lesões causadas por disseminação hematogênica.
Epidemiologia
• Incidência: EUA
oo 800 a 1.500 casos para cada 100.000 habitantes anualmente.
oo Afeta 4 milhões de adultos por ano.
Cerca de 20% necessitam de hospitalização.
oo Custo anual: US$ 9,7 bilhões.
• Idade
oo Maiores incidências nas faixas etárias extremas.
• Sexo
oo Maiores índices em homens do que em mulheres.
• Raça
oo Mais comum entre afrodescendentes do que entre brancos.
• Sazonalidade
oo Mais comum nos meses de inverno.
Fatores de risco
oo Tabagismo.
oo Alcoolismo.
oo Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
oo Infecção pelo HIV.
Risco até 40 vezes maior comparando com pacientes da mesma faixa etária não-
infectados com HIV.
• Estão entre os fatores de risco para doença pneumocócica invasiva:
oo Sexo masculino.
oo Afrodescendentes.
oo Doença crônica.
oo Tabagismo ativo (fator preditivo mais forte entre adultos jovens imunocompetentes).
oo Fumantes passivos.
oo Distúrbios imunológicos.
Mieloma múltiplo.
Síndrome nefrótica com níveis baixos de imunoglobulinas.
Esplenectomia.
Infecção pelo HIV.
Outros.
• Fatores de risco para doença do legionário:
oo Sexo masculino.
oo Tabagismo ativo.
oo Diabetes melito.
oo Neoplasias hematológicas.
oo Câncer.
oo Doença renal em estágio final.
oo Infecção pelo HIV.
• Fatores de risco para pneumonia por bactérias Gram-negativas (incluindo Pseudomonas
aeruginosa).
oo Probabilidade de aspiração.
oo Internação hospitalar prévia.
oo Tratamento prévio com antibióticos.
oo Bronquiectasia.
oo Neutropenia.
• Alcoolismo
oo Alcoólicos graves (i. e., aqueles que consomem > 100 g de etanol por dia nos últimos 2 anos).
Incidência maior de pneumonia por bactérias Gram-negativas.
Quadro clínico mais grave.
Necessitam de seqüências mais longas de antibióticos intravenosos do que aqueles
que não consomem bebidas alcoólicas.
oo Febres mais persistentes, resolução mais lenta e maior incidência de empiema nas
pneumonias pneumocócicas dos pacientes com alcoolismo crônico em comparação com
seus semelhantes não-consumidores de bebidas alcoólicas.
oo A entidade clínica denominada ALPS — alcoolismo, leucopenia e sepse pneumocócica —
está associada à taxa de mortalidade de 80%.
oo O consumo excessivo de álcool é um fator de risco independente para o
desenvolvimento da síndrome de angústia respiratória aguda (SARA).
Etiologia
• A maioria dos casos de PAC é causada por alguns poucos patógenos respiratórios, incluindo:
oo Streptococcus pneumoniae.
Responsável por cerca de 50% de todos os casos de PAC que requerem internação
hospitalar.
oo Haemophilus influenzae.
oo Staphylococcus aureus.
oo Mycoplasma pneumoniae.
oo Chlamydia pneumoniae.
oo Moraxella catarrhalis.
oo Legionella spp.
oo Bactérias aeróbicas Gram-negativas.
oo Vírus influenza.
oo Adenovírus.
oo Vírus sincicial respiratório.
oo Outros microrganismos raros.
Virais: hantavírus, vírus Nipah, vírus Hendra, metapneumovírus, vírus da síndrome
respiratória aguda grave (SARS).
Não-virais: Pneumocystis, Mycobacterium tuberculosis, fungos, agentes usados
em bioterrorismo (p. ex., febre Q, tularemia, antraz, praga) etc.
• A freqüência relativa desses patógenos varia com a idade do paciente e com a gravidade da
pneumonia.
• Patogênese
oo A via mais comum é a microaspiração de secreções da orofaringe colonizadas pelos
microrganismos (p. ex., S. pneumoniae, H. influenzae).
oo Grande aspiração.
Distúrbios do sistema nervoso central afetando a deglutição (p. ex., AVE, crises
convulsivas).
Alteração no nível de consciência (p. ex., alcoolismo, uso de drogas IV).
Anestesia ou intubação.
Os patógenos são microrganismos anaeróbicos e bacilos Gram-negativos.
oo Aerossóis (p. ex., M. tuberculosis, Legionella spp., viroses).
oo Disseminação hematogênica (disseminação de S. aureus nos pulmões durante a
endocardite).
oo Disseminação por contigüidade a partir de outro local.
Doenças associadas
Sinais e sintomas
• História
oo Sinais e sintomas mais característicos.
Febre.
Tosse (não-produtiva ou produtiva com escarro purulento).
Dor pleurítica.
Calafrio e/ou tremores.
Dispnéia.
oo Sinais e sintomas freqüentes.
Cefaléia.
Náuseas.
Vômitos.
Diarréia.
Fadiga.
Artralgia/mialgia.
Quedas e confusão mental recente ou agravada (em idosos).
• Achados físicos
oo Febre.
oo Taquipnéia.
Em dois estudos, os pacientes com freqüência respiratória > 25/min apresentaram
razão de probabilidade para pneumonia de 1,5 a 3,4.
oo Taquicardia
Em um estudo, os pacientes com freqüência cardíaca ≥ 100 bpm, temperatura
≥ 37,8°C e freqüência respiratória ≥ 20/min demonstraram probabilidade 5 vezes
maior de pneumonia do que aqueles sem estes sinais.
oo Exame torácico.
Macicez à percussão.
Frêmito toracovocal aumentado.
Egofonia.
Pectorilóquia afônica.
Estertores.
Atrito pleural.
Diagnóstico diferencial
• Infecções
oo Abscesso pulmonar.
oo Bronquite.
• Doenças não-infecciosas
oo Embolia pulmonar.
oo Hemorragia pulmonar.
oo Edema pulmonar.
oo Fibrose/cicatrização pulmonar.
oo Distúrbios inflamatórios.
Sarcoidose.
Granulomatose de Wegener.
Outras doenças reumáticas/vasculites.
oo Câncer de pulmão.
oo Pneumonite por hipersensibilidade.
oo Bronquiolite obliterante com pneumonia organizada.
oo Outras.
Abordagem ao diagnóstico
Exames laboratoriais
Testes inespecíficos
Hemocultura
• Devem-se coletar amostras de sangue para cultura de pacientes a serem tratados em regime
ambulatorial se eles estiverem recebendo antibioticoterapia e tiverem se apresentado com
qualquer uma das seguintes situações:
oo Hipertermia (temperatura corporal > 38,5°C).
oo Hipotermia (temperatura corporal < 36°C).
oo Forem sem-teto.
oo Forem alcoólicos.
• Todos os pacientes admitidos no hospital para tratar PC devem ter duas amostras de sangue
coletadas para cultura antes de iniciar a antibioticoterapia (índice de positividade: 6 a 20%).
• Os microrganismos mais comumente isolados, em ordem decrescente, são S. pneumoniae
(cerca de 60%), S. aureus e Escherichia coli.
Sorologia
• A dificuldade para se confiar na sorologia é que uma resposta com anticorpos policlonais para
um agente pode resultar em aumento superior a 4 vezes nos títulos de anticorpos para outros.
oo Assim, os resultados podem ser inespecíficos.
• Os testes sorológicos não são recomendados para uso rotineiro.
oo Se houver suspeita de etiologia por agentes como C. burnetti, será necessário solicitar a
sorologia.
oo A sorologia é uma parte importante da rotina de investigação de surtos de pneumonia
associados a hemoculturas e culturas de escarro negativas.
Exames de imagem
• Radiografia de tórax
oo Exame diagnóstico ideal para pneumonia.
oo É possível identificar consolidação lobar, infiltrados intersticiais, cavitações, derrames
pleurais associados etc.
oo Ocasionalmente, o diagnóstico etiológico é sugerido pelos achados radiológicos.
A presença de cavidade no lobo superior aumenta a probabilidade de tuberculose.
Pneumatoceles sugerem pneumonia por S. aureus.
Níveis hidroaéreos sugerem abscesso pulmonar que, na maioria das vezes, é
polimicrobiano.
No hospedeiro imunocomprometido, um sinal em crescente (menisco) sugere
aspergilose.
oo Na maioria das vezes, não é possível fazer inferências etiológicas a partir da radiografia,
a despeito do ensinamento tradicional de que uma imagem lobar versus intersticial é
mais sugestiva de pneumonia causada por bactérias “típicas” versus etiologia “atípicas”
ou não-bacterianas.
oo Se houver uma forte suspeita clínica de pneumonia e for identificada opacidade na
radiografia inicial de tórax, deve-se repetir o exame após 24 a 48 h ou realizar uma TC.
A correção da desidratação pode levar ao desenvolvimento de infiltrados visíveis à
radiografia de tórax.
oo As opacidades identificadas na radiografia de tórax podem não ser causadas por
pneumonia; muitas outras doenças produzem opacidades (ver Diagnóstico diferencial).
• TC de alta resolução
oo Ocasionalmente, pode-se detectar opacidades pneumônicas em pacientes com sinais e
sintomas sugestivos de pneumonia e radiografia de tórax normal.
oo Tem maior chance de demonstrar envolvimento bilateral, derrame/empiema pleural,
adenopatia etc. do que a radiografia de tórax.
Procedimentos diagnósticos
• Toracocentese
oo Se for detectado um derrame com > 1 cm na radiografia de tórax em decúbito lateral,
deve ser retirada amostra do líquido para estudos, incluindo bacterioscopia corada pelo
Gram, cultura, contagem de células e dosagens das proteínas, desidrogenase láctica
(LDH), glicose e determinação do pH.
oo Ver Pleurite.
Abordagem ao tratamento
• Outras questões.
oo Avaliar o risco de haver aspiração.
oo Aconselhamento sobre cessação do hábito de fumar.
oo Avaliar a vacinação (influenza, pneumococos).
oo Considerar a questão da tomada de decisão sobre como o paciente deseja terminar sua vida.
oo Otimizar a função imune caso o paciente esteja imunossuprimido.
Tratamentos específicos
oo Dosagens.
Carbapeném: imipeném, 500 mg IV 6/6 h; ou meropeném, 1 g IV 8/8 h.
Cefalosporina antipseudomonal: cefepima, 2 g IV 8/8 h; ou ceftazidima, 2 g IV
8/8h.
Piperacilina/tazobactam: 4,5 g IV 6/6 h.
• Pacientes em estado grave.
oo Considerar a ampliação da cobertura para S. aureus resistente à meticilina (SARM)
(vancomicina, 1 g IV 12/12h) até que haja dados microbiológicos disponíveis.
• Não se recomenda monoterapia com uma quinolona para pacientes graves com PAC.
• Nota: o tratamento com quinolona não é recomendado para pacientes com meningite por
pneumococos.
Tratamento em casas de repouso (dosagens para adultos com função renal normal)
• Igual ao dos pacientes ambulatoriais que apresentam comorbidades ou fatores de risco para
SPRA (ver anteriormente).
• Pode-se usar ceftriaxona (500 a 1.000 mg/dia IM) ou cefotaxima (500 mg IM 12/12h) em
substituição ao betalactâmico VO.
• Os pacientes vindos de uma casa de repouso e internados em razão de uma pneumonia
devem receber o mesmo tratamento proposto para pacientes hospitalizados/em UTI.
Pneumonite por aspiração (dosagens para adultos com função renal normal)
• Pneumonite por aspiração (presumivelmente causada pelos efeitos dos ácidos gástricos ou de
outros irritantes).
oo Aguarde 24 h.
oo Se os sintomas persistirem, administre a antibioticoterapia definida adiante para
pneumonia por aspiração.
• Pneumonia por aspiração; higiene dental deficiente ou escarro pútrido, alcoolismo (suspeita
de infecção por anaeróbios).
oo Quinolona, ceftriaxona ou cefotaxima (dosagens mencionadas anteriormente) mais
cobertura para anaeróbios:
Clindamicina (450 mg VO 4 vezes/dia ou 300 a 900 mg IV a cada 6 a 12 h) ou
Metronidazol (500 mg VO 12/12 h ) ou
Betalactâmico (piperacilina/tazobactam, 4,5 g IV 6/6 h; ou ampicilina/sulbactam,
1,5 a 3 g IV 6/6 h) ou
Imipeném (500 mg IV 6/6 h).
• Pneumonia por aspiração, adquirida na comunidade.
oo Levofloxacino, moxifloxacino, gatifloxacino, ceftriaxona ou cefotaxima.
• Meningite concomitante (supostamente pneumocócica).
oo Vancomicina (1 g IV 12/12 h) mais
oo Ceftriaxona (2 g IV 12/12 h).
Monitoramento
• Pacientes ambulatoriais.
oo Acompanhamento por telefone nas primeiras 48 h.
A maioria dos pacientes está melhor ao final deste período.
Cerca de 10% não apresentam modificações.
Cerca de 5% sentem-se piores e devem ser reavaliados por um médico.
Os pacientes devem receber informações por escrito acerca dos sinais de alarme
para agravamento da pneumonia, incluindo:
Respiração ofegante enquanto caminha em espaço plano (supondo que não
haja doença pulmonar subjacente).
Temperatura > 38,5°C após 72 h de antibioticoterapia.
Início de quadro confusional ou de dor pleurítica.
Hemoptise.
• Pacientes internados.
oo Monitorar curva térmica e leucograma para avaliar a resolução.
Acompanhamento do resultado das culturas com ajuste terapêutico adequado.
Cuidado com superinfecção por S. aureus.
Monitore as comorbidades (p. ex., DPOC, doença renal).
• Acompanhamento para assegurar a resolução radiológica da pneumonia.
oo Todos os pacientes > 40 anos e todos os tabagistas devem ser submetidos a uma nova
radiografia de tórax para comprovar a resolução da pneumonia, o que pode ocorrer
várias semanas após a melhora clínica.
Não-fumantes < 50 anos sem doença pulmonar: 6 semanas.
Pacientes mais idosos com DPOC: 8 a 12 semanas.
oo Até 2% dos pacientes hospitalizados com PAC têm câncer de pulmão (com pneumonia
distal a um brônquio obstruído).
50% desses cânceres são evidentes no exame radiográfico inicial.
50% se manifestam por meio da impossibilidade de resolução da pneumonia e são
diagnosticados por meio da avaliação broncoscópica realizada nestes casos.
• Considerações a serem feitas quando a pneumonia não melhora com o tratamento.
oo Reconsidere o diagnóstico.
Será uma outra doença que se apresenta como pneumonia?
Por exemplo, as doenças vasculares do colágeno que envolvem o pulmão
com freqüência são inicialmente diagnosticadas como pneumonia.
Estamos tratando o patógeno errado?
Por exemplo, se você estiver tratando as causas bacterianas convencionais
de pneumonia, esse caso não estará sendo causado por M. tuberculosis ou
por Pneumocystis ou por algum outro fungo?
Não estaremos tratando o patógeno correto com o fármaco errado?
Por exemplo, se estiver usando nafcilina ou cloxacilina para tratar S. aureus
e seu paciente estiver infectado com SARM, os antibióticos corretos seriam
vancomicina ou linezolida.
oo Há alguma razão mecânica que explique a dificuldade de melhora (p. ex., um brônquio
obstruído por um carcinoma ou seqüestro de um segmento pulmonar)?
oo Terá passado despercebido algum foco piogênico não-drenado ou metastático (p. ex.,
empiema, abscesso cerebral, endocardite, abscesso esplênico, osteomielite)?
oo Estará o paciente apresentando um quadro febril associado aos fármacos?
• Conduta quando a pneumonia não melhora.
oo Exame físico cuidadoso.
oo Culturas de sangue, escarro e urina.
oo Repetir a radiografia de tórax.
oo TC tórax.
oo Lavado broncoalveolar para obter material para estudos microbiológicos e citológicos.
Complicações
Complicações gerais
• Considerando que a maioria dos pacientes hospitalizados com pneumonia são idosos
e apresentam múltiplas comorbidades, as complicações durante a internação não são
incomuns.
• As complicações mais comuns são:
oo Insuficiência respiratória.
oo Insuficiência cardíaca congestiva.
oo Choque.
oo Disritmias atriais.
oo Infarto do miocárdio.
oo Sangramento gastrintestinal.
oo Insuficiência renal.
• Apenas cerca de 30% dos pacientes hospitalizados para tratamento de pneumonia não
apresentam complicações.
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12 Pneumonias adquiridas na comunidade
Prevenção
• Deve-se checar o estado vacinal para influenza e pneumococos e oferecida a vacinação, caso
necessário.
• Todos os pacientes com pneumonia que sejam tabagistas devem ser estimulados a participar
de um programa para deixar o hábito.
• Quando um paciente tiver risco de aspiração, devem ser tomadas medidas preventivas,
incluindo atenção com a higiene bucal.
• Nas instituições para permanência prolongada deve ser usada apenas água esterilizada nos
umidificadores.
• A profilaxia com antibióticos somente deve ser administrada em situações especiais — por
exemplo:
oo Profilaxia de tuberculose latente (ver Tuberculose).
oo Profilaxia para Pneumocystis em pacientes imunocomprometidos selecionados (ver
Infecções por Pneumocystis).
CID-9-CM
Ver também
• Empiema.
• Infecções por Escherichia coli.
• Infecções por Haemophilus influenzae.
• Pneumonias hospitalares.
• Legionelose.
• Abscesso pulmonar.
• Infecções por Mycoplasma pneumoniae.
• Outras infecções por bactérias Gram-negativas.
• Infecções pneumocócicas.
Sites
• Para profissionais:
oo Informações sobre doenças infecciosas — pneumonias.
National Center for Infectious Diseases, CDC
• Para pacientes:
oo Pneumonia.
MedlinePlus.
oo Sumário dos fatos relativos à pneumonia.
American Lung Association.
Bibliografia
Dicas
• O achado de miringite bolhosa, que ocorre em 5% dos pacientes com infecção por M.
pneumoniae, é aproximadamente equivalente ao exame sorológico quanto à especificidade
para o diagnóstico dessa infecção.
• Os pacientes com episódios recorrentes de PAC devem ser investigados quanto à aspiração,
alterações anatômicas (como obstrução brônquica/câncer) e imunodeficiências (p. ex.,
imunodeficiência variável comum, infecção pelo HIV, síndrome nefrótica, mieloma múltiplo).
• A daptomicina não deve ser usada para tratar pneumonia; os ensaios demonstraram
resultados inferiores.
• A PAC causada por Legionella spp. ou por P. aeruginosa (ou outros bacilos aeróbicos Gram-
negativos) determinam um tratamento mais prolongado (cerca de 21 dias) do que as PAC
com outras etiologias.
• Devem se considerar C. immitis e H. capsulatum como causas possíveis de PAC nos pacientes
que tenham viajado para áreas endêmicas (sudoeste dos EUA e os vales do rios Ohio e St.
Lawrence, respectivamente).
• Deve-se pensar em melioidose, tuberculose e infecções virais (SARS, gripe aviária) se o
paciente tiver passado algum tempo no Sudeste Asiático.
• Faça revisão dos isolados microbiológicos prévios do paciente para estimar sua probabilidade
de desenvolver resistência aos antibióticos.