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HOSPITALARES
• As infecções hospitalares ou nosocomiais
são atualmente denominadas infecções
relacionadas à assistência à saúde (IRAS)
CONCEITOS
• Infecção hospitalar • Na maior parte das vezes, não apresentam
➢ aquela adquirida após a admissão do maior virulência → letalidade relacionada
paciente e que se manifeste durante a com o estado clínico do paciente e
internação ou após a alta, devendo ser resistência aos antimicrobianos
relacionada com a internação ou
procedimentos hospitalares JANELA DE INFECÇÃO
➢ quando, na mesma internação, foi
• Período de 7 dias durante os quais são
diagnosticada infecção comunitária,
identificados todos os elementos necessários
for isolado um germe diferente
para atender ao critério diagnóstico
seguido do agravamento das
epidemiológico de uma IRAS específica
condições clínicas do paciente
➢ quando se desconhecer o período de • Para a identificação do período de janela da
incubação do microrganismo e não infecção deve-se considerar 3 (três) dias
houver evidência clínica e/ou dado antes e 3 (três) dias depois da:
laboratorial de infecção no momento da ➢ data da coleta do primeiro exame
internação, convenciona-se infecção laboratorial com resultado positivo
hospitalar toda manifestação clínica OU
de infecção que se apresentar a partir ➢ realização do primeiro exame de
de 48 horas após a admissão imagem com resultado
➢ são também convencionadas infecções positivo/alterado OU,
hospitalares aquelas manifestadas antes ➢ na ausência de exames, a data do
de 48 horas da internação, quando primeiro sinal OU
associadas a procedimentos ➢ sintoma específico presente no critério
diagnósticos e/ou terapêuticos, diagnóstico daquela IRAS.
realizados durante este período;
➢ as infecções no recém-nascido são
hospitalares, com exceção das
transmitidas de forma
transplacentária e aquelas associadas à
bolsa rota superior a 24 horas
AGENTES PREVALENTES
• Data da infecção → data em que ocorreu o
• Os microrganismos que causam infecções
primeiro elemento (sinal, sintoma ou
hospitalares são, na maioria das vezes,
realização de exames de imagens ou
diferentes daqueles que causam infecções
laboratoriais com resultado
adquiridas na comunidade
positivo/alterado) necessário para a
• Staphylococcus aureus, Pseudomonas definição da infecção, dentro do período
aeruginosa e outros bacilos gram-negativos de janela da infecção.
resistentes são os agentes mais preocupantes
• Infecção presente na admissão → data da
➢ Mas a microbiota infectante varia muito infecção ocorrer até o 2º dia de internação
entre as instituições
IRAS ASSOCIADA AO USO DE • No Brasil, ICS possui mortalidade de 40%
NOTIFICAÇÃO DE IPCS
• Critério 1
➢ Paciente acima de 28 dias de idade com
agente patogênico identificado em
uma ou mais hemoculturas E
• As IRAS associadas aos dispositivos
➢ O microrganismo identificado não
invasivos são de notificação obrigatória:
está relacionado a outro foco
➢ Infecção primária da corrente infeccioso
sanguínea associada ao cateter central
➢ Pneumonia associada a ventilação • Critério 2
mecânica (PAV) ➢ Paciente apresenta pelo menos um dos
➢ Infecção do trato urinário (UTI) seguintes sinais ou sintomas: febre
associada ao CVD (>38°C), calafrios, hipotensão (pressão
sistólica ≤ 90 mmHg)
INFECÇÃO PRIMÁRIA DE ➢ E
➢ O microrganismo identificado não está
CORRENTE SANGUÍNEA (IPCS)
relacionado a outro foco infeccioso
• Presença de um ou mais microrganismos na ➢ E
corrente sanguínea, cuja origem dos ➢ Duas ou mais hemoculturas, coletadas
mesmos não está relacionada a nenhum em momentos distintos no mesmo dia
outro foco de infecção (foco primário) ou no máximo no dia seguinte, positivas
para agentes contaminantes de pele:
• Infecção primária da corrente sanguínea Corynebacterium spp. (exclui C.
laboratorialmente confirmada associada a diphtheriae), Bacillus spp. (exclui B.
cateter central →pcte com CVC por > 2 dias anthracis), Propionibacterium spp.,
consecutivos (a partir de D3) Staphylococcus coagulase negativa,
➢ Na data da infecção o paciente estava Streptococcus do grupo viridans,
usando o cateter ou o tirou no dia Aerococcus spp. e Micrococcus spp
anterior
• Critério 3 INFECÇÃO X COLONIZAÇÃO
➢ Para crianças > 28 dias e < 1ano; pelo
menos um dos seguintes sinais ou • Colonização de cateter
sintomas: febre (>38°C), hipotermia ➢ Ponta de cateter com presença de >
(<36°C), apneia, bradicardia E 15 UFC por cultura semiquantitativa
➢ Duas ou mais hemoculturas, (técnica rolamento) ou > 100 UFC por
coletadas em momentos distintos no cultura quantitativa
mesmo dia ou no máximo no dia
seguinte, positivas para agentes • Infecção relacionada ao cateter
contaminantes de pele ➢ Infecção no sítio de saída: drenagem
purulenta do sítio de saída do cateter
INFECÇÃO DE CORRENTE ou eritema, edema até 2 cm do sítio de
SANGUÍNEA RELACIONADA AO saída do cateter
CATETER ➢ Infecção do reservatório (port-
pocket): eritema e necrose na pele
• Critério 1 acima do reservatório dos cateteres
totalmente implantáveis ou secreção
➢ Crescimento em ponta de cateter (em
purulenta subcutânea originária do
geral dos 5cm distais de um cateter
reservatório
removido de forma asséptica) acima
➢ Infecção do túnel: eritema, edema e
do ponto de corte para o método
induração no tecido que recobre o
empregado (>15 UFC/ placa para a
cateter, estendendo-se por mais de 2
técnica de rolagem ou “semi
cm do orifício de saída
quantitativa” e >100 UFC/ ml para as
técnicas “quantitativas”) E ETIOLOGIA E PATOGÊNESE
➢ Crescimento de patógeno verdadeiro
em 1 ou mais hemocultura coletada • A etiologia da infecção reflete a forma com
por venopunção periférica OU que o microrganismo atinge a corrente
crescimento de comensal de pele em sanguínea
2 ou mais hemoculturas coletadas por
venopunções periféricas distintas de • Migração de microrganismos da pele para
mesma espécie e perfil de o sítio de inserção e posterior colonização
antibiograma do isolado em ponta de do cateter é a forma mais comum de infecção
cateter
• A frequência dos microrganismos isolados
• Critério 2 tem mudado de acordo com os anos
➢ Crescimento de microrganismo em • Dentre as espécies microbianas mais
pelo menos 1 hemocultura coletada prevalentes temos:
por venopunção periférica E
➢ Staphylococcus coagulase negativo
➢ Crescimento do mesmo
(27%), S. aureus (16%), Enterococcus
microrganismo em sangue coletado
(8%), Gram-negativos (19%), E. coli
através de lúmen de AVC com
(6%), Enterobacter spp (5%), P.
crescimento ocorrendo no mínimo
aeruginosa (4%), K. pneumoniae (4%)
120 mais rápido na amostra central do
e Candida spp (8%).
que na periférica
• Os mecanismos de colonização do cateter
• Critério 3
podem ocorrer de duas formas:
➢ Crescimento em pelo menos 1
hemocultura de venopunção • 1 - colonizados através da microbiota
periférica E própria da pele, das mãos dos
➢ Crescimento do mesmo profissionais e dos anti-sépticos
microrganismo em sangue de lúmen contaminados
de AVC com crescimento no mínimo
• 2 - Superfície interna: a propagação de
3x maior na amostra central do que na
bactérias pela superfície interna do cateter
periférica
pode ocorrer por dois mecanismos
principais:
➢ Manipulação inadequada do canhão • Uso de avental: A utilização de aventais e
do cateter, também chamado de hub luvas é restrita ao quarto do paciente de
➢ Contaminação das soluções de forma que não haja circulação de
infusão por manipulação direta da profissionais paramentados nos corredores
substância administrada ou durante o
processo de fabricação industrial da • Quarto Privativo: O paciente
solução preferencialmente deve ser alocado em um
quarto privativo ou sistema de coorte, que
RESISTÊNCIA
• 1) Produção de betalactamase
carbapenem resistente.
• Os carbapenemicos tem um anel
betalactamico acoplado a uma estrutura • 2) Diminuição da permeabilidade devido à
anelar de 5 membros com cadeias laterais alteração da expressão de certas proteínas da
variaveis. membrana externa.