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Diagnóstico Bacteriológico inoculada/introduzida e levar a uma SEPSE (Trauma ou

de Infecções Sistêmicas - SEPSE foco primário).


• Vacinação;
• Infecções sistêmica é o mesmo que SEPSE ou • Água contaminada;
infecção de corrente sanguínea, ou infecção generalizada. • Higiene das mãos;
• Normalmente apresenta sintomas inespecíficos. • Estabelecimentos de saúde devem ser adequados
para atendimento;
• Disseminar informação.
S DESSATURAÇÃO
E TAQUIPNEIA ➢ Consequências da SEPSE:
P HIPOTENSÃO
S DIMINUIÇÃO DA DIURESE
• Psicológicas: falta de concentração, ansiedade,
E REBAIXAMENTO
• É a maior dificuldade para dormir, respirar, perda de força muscular,
causa de morte nas UTIs do Brasil. depressão, social, sensação de morte etc.

➢ O que pode levar a SEPSE? ➢ Conceitos adotados atualmente:

• Qualquer infecção pode fazer com que a bactéria • Choque séptico: o corpo entrou em colapso, a RI
saia do local onde se encontra e passe para corrente desregulada levou a uma coagulação intravascular
sanguínea, levando a uma infecção generalizada desregulada, sem irrigação aos órgãos, causando o
(SEPSE). choque (hipotensão, lactacedemia e vasopressores).
• As mais comuns são: as meningites, infecções • SEPSE: disfunção (RI causando danos/
de pele, por cateter, urinarias, pneumonias, cardíacas e exacerbada) orgânica potencialmente fatal causada por
abdominais (apendicite, gastrointestinais etc). uma resposta desregulada do hospedeiro a uma infecção.
Pacientes hospitalizados.
➢ O que indica SEPSE (sintomas)?
1) Hemocultura
• Confusão mental, calafrio, tremor;
• Mudanças de temperatura (altas ou baixas); ➢ O que é hemocultura?
• Não urina;
• Apatia/ descorada; • Cultura do sangue.
• Mal-estar geral;
• Sensação de morte. ➢ Objetivo:

➢ Grupos de risco: • Confirmar diagnostico;


• Esclarecer febre de origem desconhecida.
• Indivíduos que já tem uma infecção ou doença
crônica; ➢ Bacteremia ≠ SEPSE:
• Indivíduos com problemas hepáticos ou no baço;
• Imunodeprimidos (fisiológicos ou crônicos); • Nem toda bacteremia leva a SEPSE, mas toda
• Crianças e idosos (extremos de idade). SEPSE foi uma bacteremia.

➢ Como prevenir? BACTEREMIA


Presença da bactéria na corrente sanguínea
Transitória Ex: ao escovar o dente, causa uma
• Evitar acidentes com supérfluo cortante (agulhas
lesão na gengiva, a bactéria entra no
ou qualquer objeto que possa fazer com a bactéria seja sangue, os fagócitos a captura e gera
consequências.
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Intermitente Infecções corporais em que de tempos • Sempre que possível, colher o sangue antes da
em tempos a bactéria entrou no antibioticoterapia.
sangue, mas logo os fagócitos/ ➢ Amostras:
macrófagos combateram, gerando
febre intermitente (vai e volta). • Recomenda-se colher 2 a 3 amostras por episodio
Continua Qualquer momento em que se colhe o
de bacteremia ou SEPSE (permite o isolamento de agente
sangue do paciente, você encontra
bacteriano ou fúngico em 90% dos eventos);
bactéria pois, provavelmente a infecção
e intravascular. • As amostras são coletadas por punção venosa,
• Normalmente a intermitente e a continua levam a uma após a outra, em locais diferentes, de preferência,
SEPSE, já a transitória não. antes do pico febril e antes da administração da próxima
dose de antibacteriano.
SEPSE • Preferencialmente não colher de cateter, exceto
Presença da bactéria e respondendo a ela (RI) para diagnostico de infecção ou colonização do cateter,
Leva a danos Choque séptico que deve colher 1 a 2 amostra periféricas e 1 de cateter.
RI intensa • As bactérias são liberadas no sangue
aproximadamente 45 min antes do episódio febril (mais
sensível).
2) Infecções sistêmicas: • O número de amostra e o intervalo entre elas vai
variar de acordo com a situação clínica do paciente
➢ Mais comum: (sugestão).
• Infecções sistêmicas agudas: 2 amostras de
• Bactérias, fungos, vírus e parasitas; punções venosas diferentes, com intervalo de 5 minutos.
• As bacteremias na grande maioria das vezes • Febre de origem desconhecida: 2 amostras de
causadas por um único MO, porém em algumas situações punções venosas diferentes, com intervalo de 1 hora. Se
são etiologia polimicrobiana. negativa após 24 horas, coletar mais 2 amostras.
• Paciente neutropênico (baixa contagem de
➢ Bactérias (bacteremia): neutrófilos) com febre a esclarecer: coletar 2 amostras
periféricas de locais diferentes. Se estiver com qualquer
• CGP (mais comum): Estafilococcus coagulase tipo de cateter é aconselhado coletar uma 3ª amostra pelo
negativos (ECN), staphylococcus aureus, enterococcus cateter ou no mínimo 1 amostra periférica e outra de cada
spp. e outras do meio ambiente hospitalar, que colonizam via de cateter.
a pele, orofaringe, TGI dos pacientes. • Endocardite infecciosa: 2 a 3 amostras de
• BGN: Enterobactérias (Escherichia coli, Klebisiella punção venosa diferentes. Se negativa após 24-48 horas,
pneumoniae, enterobacter spp, etc), não fermentadores coletar mais 2 amostras.
(Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter spp., etc).
- todos esses parâmetros citados variam de acordo com o
➢ Fungos (fungemia): local de trabalho (coleta).

• Rara comparada a bacteremia; ➢ Quanto ao volume de sangue e transporte:


• Condições sérias que primariamente afeta
indivíduos imunocomprometidos com doenças graves e • Adulto (1 a 10 bactéria/mL): coletar 8 a 10 mL em
terminais; cada punção.
• Cândida spp (10-15% das infecções nosocomiais) • Crianças (100 a 1000 bactéria/mL): coletar 1 a 5
mL (possui mais bactéria/mL do que adulto), deve-se
3) Hemocultura – amostras: respeitar a proporção 1:5 até 1:10 de sangue em meio de
cultura ou orientação do fabricante.
• Pacientes com suspeita de IS e UTI; • Transporte: temperatura ambiente e levar ao
laboratório imediatamente, de preferencia em meio com
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anticoagulante e, em RN a coleta varia de acordo com o • Estabilizantes de osmolaridade;
peso do bebê. • Penicilinases;
• Resinas (substitui a penicilinases): adsorvem
➢ Meios de cultura: seletivamente os antimicrobianos, permitindo o
crescimento.
• Devem conter nutrientes para o crescimento
microbiano em um anticoagulante (manter a amostra
liquida);
❖ Meios de rotina:
➢ Técnicas de cultivo:
• TSB: soja hipernutriente;
• BHI broth: suplementado com peptona (infusão SISTEMA MANUAL
de cérebro e coração); • Incubação: 7 dias (para dar negativo ou
• Tioglicolato broth: positivo). Em alguns casos a incubação pode ser
prolongada por exemplo, se há suspeita de Brucelose
❖ Meios especiais: ou doenças por outro MO de crescimento lento.
• Temperatura: 35-37 ºC.
• Meio bifásico (castaneda); • Inspecionar: deve ser inspecionado 2 vezes
Brucella por dia (pelo menos nos 3 primeiros dias), para veridicar
• Brucela broth;
sinais de crescimento microbiano (turvou, fez bolha etc);
• Midlebrook 7H9, 7H10 e 7H11: micobacteria • O crescimento MOB é evidenciado por:
tuberculose.
1. Deposito de floculado na superfície da camada
➢ O que tem dentro das garrafinhas de meio de de sangue ou no fundo;
cultura? 2. Turbidez uniforme ou baixo da superfície:
alguns MO podem crescer sem produzir turbidez ou
❖ Anticoagulantes: alterações visíveis no meio de cultura em caldo.
3. Hemólise (Streptococcus, estafilococos, Listeria
• Se o sangue coagula, mantem as bactérias retidas spp, etc).
e não vai ser possível o crescimento no meio. 4. Coagulação do meio (estafilococos);
5. Película na superfície;
• Não devem causar danos as bactérias.
6. Produção de gás: cuidado ao semear, usar
• Devem prevenir a coagulação sanguínea. óculos de proteção.

NÃO USAR USAR • Examinar as garrafas diariamente: bactérias


Heparina SPS que estão em baixa concentração, devem ser
Citrato (polianetol sulfonado de sódio) monitorada durante vários dias, pois se aguardar os 7
EDTA [0,025 a 0,05%] dias pode não ser visualizadas corretamente.
- Inibem o • Gram (notificar o médico): resultados
- Autoclavável preliminares (muito importante).
crescimento de
- Pode adicionar gelatina (1,2%) para • Subcultivos cegos em ágar chocolate (AC):
muitos MO
manter menos líquido
- Atv anticomplementar, - O AC é bem nutritivo e não seletivo.
- Não são
antifagocitária e inibe um pouco a ✓ 24h (12-18h): tirar uma alíquota e ver no
autoclaváveis
ação de alguns agentes microscópio;
(heparina)
antimicrobianos (aminoglicosídeos e ✓ 72h: repetir novamente;
polimixinas) ✓ Qualquer sinal de alteração do meio;
✓ Após 7 dias de incubação: repetir de novo.

❖ Aditivos:

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SISTEMA AUTOMATIZADO ➢ Resumindo:
• Incubação: 5 dias (para dar negativo ou
positivo) e o equipamento acusa o crescimento
bacteriano quando houve.
• Sangue + meio de cultura: enriquecer o
crescimento;
• A máquina determina positividade: qualquer
sinal de crescimento, gás etc, ela notifica;
• Subcultivar os frascos POSITIVOS: o mais
rapidamente possível (ganhar tempo).
• Gram: notificar o médico.
• Subcultivo: quando tiver crescimento.
- AC em 5-10% de CO2, a 35ºC/ 48-72h).
❖ Metodologias automatizadas – como o AP ➢ Considerações:
sabe que ocorreu crescimento?
• Alguns MO em cerca de 90% dos casos sugerem
✓ Sistema bacT/Alert (bioMérieux) → HMM:
Utiliza um sensor colorimétrico e luz refletida para uma infecção verdadeira com Staphylococcus aureus,
monitorar a presença e produção de CO 2 pelos Escherichia coli e outras enterobactérias, Pseudomonas
microrganismos Na presença de CO 2 a cor o sensor aeruginosa, S. pneumoniae e Candida albicans;
muda de cor por técnica colorimétrica de azul • Outros agentes como Corynebacterium spp,
esverdeado para amarelo. Bacillus spp. e Propionibacterium acnes, raramente
✓ Sistema BACTEC (Becton Dickinson representam uma verdadeira bacteremia (menos de 5%
Microbiology Systems Spark, MD): está baseado na dos casos são verdadeiros)
detecção de CO 2 produzido pelos micro-organismos • Os S. viridans, Enterococos, e Staphylococcus
durante seu metabolismo no meio de cultura Os frascos coagulase negativa representam em média,
possuem um sensor na base, que em contato com o CO
respectivamente 38% 78% e 15% de bacteremias
2 produzido pelo micro-organismo, emite um sinal
verdadeiras;
fluorescente As amostras são monitorizadas
continuamente a cada 10 minutos, com agitação • Levar em consideração o número de vezes que o
constante. mesmo MO foi isolado numa serie de culturas de sangue.
Sinais e sintomas do paciente.
❖ Vantagens: • Considera-se aceitável um percentual entre 3-5%
de hemoculturas contaminadas.
• Maior rapidez para a positividade da amostra • A determinação do significado clínico de um
(agitação); isolamento é de responsabilidade do clínico.
• Monitoramento contínuo totalmente
automatizado; ➢ Limitações:
• Menor risco de contaminação laboratorial (só
faz repique das amostras positivas);
• Ainda não existe um padrão-ouro para o
• Não é necessário repicar amostra negativa;
diagnostico de ICS. Os métodos em uso requerem de hora
• Economia de tempo, material (seringa e agulha)
a dias de incubação para detectar o crescimento de MO.
e menor risco de manipulação – grande demanda
Não há um sistema comercial disponível ou meio de cultivo
(hospitais).
capaz de possibilitar a detecção de todos os potenciais
❖ Desvantagens: custo elevado devido aos patogênicos.
aparelhos automatizados. • Futuro: o cultivo será substituído ou
complementado por métodos moleculares ou de
espectrometria de massa, com a possibilidade de tornarem
mais sensíveis e rápidos.

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• PCR: alternativa boa para rapidez, porem para Contaminação do cateter:
bactérias é um pouco restrito dependendo do que se
pesquisa. • < 15 UFC/placa e ausência de sinais e sintomas
associados (NÃO IDENTIFICA).
4) Infecção relacionada a cateter vascular:
• A hemocultura é imprescindível para se diferenciar
• Cateteres intravenosos são importantes fontes de infecções relacionadas ao cateter das relacionadas a
bacteremia e fungemia, assim como complicações outros sítios corporais e/ou contaminação durante a coleta.
infecciosas no local da inserção;
• Quando existe suspeita de infecção relacionada ao ❖ Como reportar no laudo - geral:
cateter, as secreções do local de inserção e a ponta do
cateter podem ser cultivadas; • Exemplo 1 – caso positivo:
• Tipos: periférico (pode trocar a qualquer hora),
CP, CVC, semi-implantaveis, CVC não tunelavel, port a Exame: Cultura de ponta de cateter
cath (os demais precisam de critério para retirar). Método: técnica de maki
Cultura: Desenvolvimento superior a 15 UFC de
➢ Ponta de cateter – diagnóstico: CGP/BGN/CB com características bioquímicas de
NOME DA BACTERIA.
1. Técnica semiquantitativa – Maki:
• Exemplo 1 – caso negativo:
• Técnica de rolagem Exame: Cultura de ponta de cateter
em placa (rolamento); Método: técnica de maki
Cultura: Sem desenvolvimento de bactérias aeróbicas
❖ Coleta: patogênicas.

• Fazer anti-sepsia com • Exemplo 2 – exemplo geral se + ou -:


álcool 70% na pele ao redor do cateter.
• Cortar, com lâmina de bisturi ou tesoura estéril, Exame: Hemocultura
cerca de 5 cm da ponta distal do cateter Método: manual ou automático
Cultura:
• encaminhar ao laboratório em recipiente seco e
1ª amostra: Desenvolvimento de CGP/BGN/CB
estéril. com características bioquímicas de NOME DA
BACTERIA.
❖ Meio e Tipo de Semeadura: 2ª amostra: negativa após 5 dias (automático) ou 7
dias (manual) de incubação.
• Utiliza-se o ágar sangue para essa semeadura;
• Rolar a ponta de cateter, sobre o ágar com uma • Exemplo 3 – sangue periférico:
pinça estéril.
Exame: Hemocultura pareada – colocar o local onde foi
❖ Incubação: 37ºC/ 24 horas. coletada (ex: sangue periférico)
Método: automático
❖ Interpretação: Cultura: amostra com desenvolvimento de
CGP/BGN/CB com características bioquímicas de
NOME DA BACTERIA em X horas de incubação.
Colonização de cateter (biofilme):
• Exemplo 4 – caso colete duas amostras – se
• > 15 UFC/placa e ausência de sinais e sintomas + e -:
associados (IDENTIFICA).
Exame: Hemocultura pareada – colocar o local onde foi
coletada (ex: sangue periférico)
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Método: automático
Cultura:
1ª amostra: Desenvolvimento de CGP/BGN/CB
com características bioquímicas de NOME DA
BACTERIA.
2ª amostra: negativa após 5 dias (automático) de
incubação.

Se ambas as amostras derem negativo:

Cultura: negativa após 5 dias ou 7 dias de incubação


em ambas as amostras.

• Para culpar o cateter, a coleta deve ter uma


diferença de ≥ 2h entre as amostras pois, significa que a
amostra do cateter tem mais que o dobro do que a
periférica, caso ao contrário, significa que ocorreu algum
problema técnico.
• Normalmente não se reporta casos em que a
bactéria não condiz com o caso clínico do paciente, para
evitar que o medico trata algo sem a necessidade, por ex,
uma pessoa com pneumonia e no exame deu que a
bactéria tem características de bactérias intestinais como
a E. coli.

5) Casos clínicos

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Diagnóstico Bacteriológico
de Infecções Sistêmicas - LCR

• Líquor/LCR: Líquido cefalorraquidiano.

1) O que é meningite?

• Inflamação das meninges, membranas que


envolvem o cérebro e a medula espinhal;
• É uma infecção no sistema nervoso central;
• A meningite de origem infecciosa pode ser
causada por bactérias, vírus, fungos e parasitos;
• Curável, desde que iniciado o tratamento
precocemente (se não diagnosticado pode levar a morte
em até 24h);

2) Epidemiologia da meningite:

• Pode atingir qualquer idade, porém, deve-se tomar


cuidado com os extremos das idades como bebês e
idosos, pois o sistema imunológico ainda é imaturo ou
imunossuprimido por diversos outros fatores como
doenças crônicas (idosos);
• Normalmente atingem mais homens devido a
exposição a fatores de risco;
• Ocorrem picos de doença epidêmicas quando a
umidade é mais baixa;
• Uma possível explicação é que a baixa umidade e
os ventos secos danificam as barreiras mucosas,
facilitando a transmissão.
• A introdução de vacinas conjugadas mudou a
epidemiologia da meningite (vacina polissacarídea);

3) Como se transmite a meningite?

• Bactérias se propagam de uma pessoa para outra


por meio de vias respiratórias, por gotículas e secreções:
espirrar, trocar saliva, tossir, vertical, infecção previa,
ingestão de alimentos crus (listéria).
• Vírus: fecal-oral (enterovírus);
• Fungos: cryptococcus spp. (coco de pombo).

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4) Invasão do SNC: • Outros (não-infecciosas): medicamentos,
doenças inflamatórias e câncer.
• Os vasos sanguíneos e nervos que atravessam as • Bactérias causadoras de meningite:
paredes do crânio e a coluna vertebral são as principais Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis,
vias de invasão: Haemophilus influenzae e Mycobacterium tuberculosis.
• Outras bactérias: Streptococcus agalactiae,
✓ Mais comum: invasão hematogênica - Neisseria Escherichia coli (E. coli K1 – específica), Listerie
meningitidis e polivírus. monocytogeneses (alimentos, BGP) e staphylococcus
✓ Menos comum: via nervos periféricos – Virus da aureus.
herpes simples, varicela zoster, raiva e tétano.
8) Sobre os agentes:
5) Período de incubação:
Neisseria meningitidis
• 2 a 10 dias;
• Em média de 3 a 4 dias; • Meningite;
• Meningococcemia – sangue – leva a morte;
6) Sinais e sintomas da meningite: • Meningite + meningococcemia;
• Doença meningocócica;
• Febre; • Diplococo gram negativo;
• Rigidez na nuca; • Possui uma capsula polissararídica antigênica;
• Sonolência; • 13 grupos capsuladores:
• Vomito; A,B,C,D,H,I,K,L,W135,X,Y,Z e 29E (em vermelhos
possuem vacina e tratamento).
• Dores articulares;
• 20% da população é portadora de N.
• Petéquias; meningitidis;
• Dor de cabeça; • 60 a 80% causadas por epidemias;
• Convulsão; • Incubação: 1 a 3 dias – petéquias;
• Sensibilidade a luz; • 35% a sepse é fulminante, com: CID,
• Diarreia; endotoxemia, choque, insuficiência renal.
• Exantena; • Endotoxinas: atacam os vasos sanguíneos
• Neonatos: apatia, choro constante, irritabilidade, causando rompimentos/ lesões, como resultado, há um
abaulamento de fontanela, choro a mobilização da cabeça. volume menor de sangue sendo transportado pelo corpo
para os órgãos vitais, para que haja o suprimento
• Sinal de kerning: Quando o sinal é positivo, o
sanguíneo, diminuindo a concentração de oxigênio nas
paciente sente dor, resistência e incapacidade de estender extremidades (mãos e pés) que levam muitas as vezes
o joelho por completo. Outra definição dada ao sinal de amputação dos membros.
Kernig é a incapacidade do paciente em estender o joelho
além de 135° graus enquanto mantém o quadril flexionado. Streptococcus pneumoniae
• Sinal de brudzinski: sinal da nuca, utilizado para
detectar meningite, ocorre quando a tentativa de flexão • Pneumococo;
passiva da nuca determina flexão involuntária das pernas • Meningite;
e coxas. • Diplococos gram positivos encapsulados;
• Encontrados no orofaringe;
7) Agentes: • 92 tipos diferentes capsulas (proteção tipo-
específica);
• Agudos: bactérias, vírus (benigno) e protozoários; • Mais comum em: crianças < 2 anos, idosos,
• Crônicos: Mycobacterium tuberculosis, portadores de doença falciforme, debilitados,
cryptococcus spp. (fungos); esplenectomizados, após traumatismo craniano,
pneumonia ou sepse.

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Haemophilus influenzae Cryptococcus spp.

• BGN pleomórfico (várias formas) ou • Fungo encapsulado;


cocobacilos; • Tinta da china/ nanquim;
• Sorotipo b: é o mais isolado; • Gram: leveduras;
• Requer: fator X (hemina) e V (NAD ou NADP); • Causa meningite em imunocomprometidos.
• A seis tipos de H. influenzae
sorologicamente distinguíveis pela capsula: a, b,
c,d,e,f (b = tem vacina). 9) Tratamento:
• Há bactérias sem capsulas;
• Mais comum em crianças; • Depende do agente microbiano;
• Escolha: ceftriaxona, penicilina.
Streptococcus agalactiae

• EGB;
• Meningite;
• Coco gram positivo;
• Meningite neonatal: deglutição secreções
maternas, líquido amniótico infectado etc.

Listeria monocytogenes

• BGP;
• Meningite;
• Amplamente distribuídos na natureza;
• Infecções transmitidas por alimentos
contaminados (cresce a 4ºC);
• Causa meningite em imunocomprometidos,
recém-nascidos e idosos.

Elizabethkingia meningoseptica

• Meningite;
• BGN-NF da glicose;
• Hospitalar; • Vacina no brasil:
• Não cresce em McConkey;
• Multi-R; ✓ 1976: BCG;
✓ 1999: Penta;
MENINGITES CRÔNICAS ✓ 2010: Meningo C e Pneumo 10.
Complexo mycobacterium tuberculosis
e
• Quimioprofilaxia:
Cryptococcus spp.
Mycobacterium tuberculosis
✓ O objetivo da quimioprofilaxia é tratar o portador
• Meningite (tuberculose extrapulmonar) assintomático, para evitar a disseminação da bactéria para
• BAAR; outras pessoas;
• Coloração para visualização: Ziehl-Neelson; ✓ Rifampicina: para eliminar estado de portador;
• Meningite crônica. ✓ Penicilina: não elimina os meningococos e
• Vacina da BCG. hemofilos da nasofaringe;
✓ Exceto se tratou com ceftriaxona.

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• Isolamento – Neisseria meningitidis e • Para a cultura:
Haemophilus influenzae:
✓ Duração: 24h de isolamento após tratamento ✓ Nunca refrigerar;
adequado. ✓ Enviar imediatamente ao laboratório ou em até 3h,
✓ Não se isola paciente com meningite viral. mantendo o frasco em estufa nesse período
✓ Látex (sorologia): pode manter a 4ºC por até 72h.
10) Sequelas e prevenção:
• Pedido médico:
SEQUELAS PREVENÇÃO
• Perda de • Vacinação Rotina de líquor
memória, falta de • Detectar e tratar Exame quimiocitológico:
concentração, dificuldade os casos para evitar • Exame físico;
em reter informações; transmissão; • Bioquímico
• Problemas de falta • Quimioprofilaxia • Citológico
de coordenação; Neisseria e Haemophilus;
Microscopia:
• Dores de cabeça; • Lavar as mãos;
• Surdez/problemas • Gram;
• Não compartilhar
de alimentos ou utensílios; • Tinta Nanquim: diagnostico para cryptococcus,
audição/zumbido/tontura/p • Evitar dependendo do laboratório é usado para todos os exames
erda de equilíbrio; aglomerações; de líquor ou quando há suspeita de meningite;
• Epilepsia/convuls • Manter os • Ziehl Neelsen: BAAR, mycobacterium
ões; ambientes ventilados; tuberculosis.
• Fraqueza/paralisi • Manter a higiene Outros:
a/espasmos; ambiental e etiqueta • Cultura;
• Problemas de fala; respiratória; • Aglutinação em látex sorologia;
• Perda de • Manter se • Reação em cadeia da polimerase (PCR).
visão/problemas de visão; saudável;
• Amputações • Evitar alimentos 2) Processamento do líquor:
crus ou malcozidos
(gravidas).

Parte Prática - Diagnostico laboratorial:

1) Coleta de LCR:

• Deve ser realizada antes de iniciar o tratamento


antimicrobiano;
• Coletar de 3 a 6 mL de LCR (varia de adulto e
criança);
• Ideal 3 frascos para seguintes exames:

✓ bioquímica (tubo 1); • Citologia global – câmara de Neubauer:


✓ microbiologia (tubo 2);
✓ citologia (tubo 3); ✓ Contagem de todos os 16 quadrantes e dividir
✓ Realizar os exames rapidamente, transporte por 3: número de leucócitos e hemácias liberadas no
IMEDIATO; laudo/ mm3.
✓ Caso só venha um frasco o laboratório de
microbiologia deve ser o primeiro a manipulá-lo;

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• Bacterioscopia do LCR: 4) Exemplo de laudo - rotina de líquor:

✓ Bacterioscopia (GRAM): liberado no exame


rotina de líquor → feito a partir do sedimento do LCR
(precipitado da centrifugação, câmara de suta ou
citocentrífuga).
✓ Importantíssimo: direcionar tratamento;

• A cor após a centrifugação é importante quando


temos muita hemácia, como em casos de AVC
hemorrágico, processos inflamatórios intensos que ocorre
hemólise das hemácias etc.
• O ideal é coletar 2 a 3 frascos de volume de líquor.
• Hemácias acima de 10/mm3 deve-se fazer a
citologia diferencial;
• A contagem de polimorfonucleares é importante
para diferenciar meningite bacteriana e viral.
• Característica do exame:

Análise
Sobrenadante:
→ bioquímica
Coleta o Citologia
Líquor Centrifuga diferencial:
→ Precipitado: contar 100 cel.,
gnsa, se tiver + de
→ 10 leuc no global.
Gram
3) Exame sugestivo de meningite bacteriana:
• As hemácias podem passar pela técnica de Fuchs
• Contagem elevada de leucócitos com predomínio Rosental.
de neutrófilos; • Bacterioscopia – se o resultado da coloração
• Diminuição da razão glicose LCR/glicose sérica; de gram for liberado sozinho seguir este laudo:
• Aumento da concentração proteica no LCR; Material: líquor;
Método: coloração de gram;
• Lactato aumentado no LCR: Glicólise anaeróbica
Resultado: cocos gram positivos (+++).
do tecido cerebral devido à diminuição do fluxo sanguíneo
cerebral e à captação de oxigênio.
5) Semeadura do LCR:

• Qual meio de cultura deve ser


escolhido para semear LCR?
✓ Agar chocolate e Agar chocolate sangue (ACS).
✓ Semeadura direta no ac e acs (por esgotamento,
em 4 quadrantes).
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RESULTADO

Pesquisa de antígenos bacterianos


Material: Líquor
Método: Aglutinação em Látex (PastorexMeningitis-BioLab)
Resultado:
Neisseria meningitidis soro grupo A ------------------- Não reagente
Neisseria meningitidis soro grupo B ----------------------- Reagente
Neisseria meningitidis soro grupo C ------------------ Não reagente
Neisseria meningitidis soro grupo Y/W135 ---------- Não reagente
Escherichia coli K1 ---------------------------------------- Não reagente
Streptococcus pneumoniae ----------------------------- Não reagente
• Se em 72h não crescer: soltar NEGATIVO. Estreptococos do grupo B ------------------------------- Não reagente
• Exemplo de laudo:
7) Identificação das principais bactérias:
CULTURA
Material: líquor; Neisseria meningitidis Haemophilus influenzae
Método: semeadura em meios específicos. • Gram: BGN
Resultado: negativa após 72h de incubação. • Gram: DGN
• Oxidase
• Oxidase: +
• Satelitismo
6) Sorologia da meningite – aglutinação do • CTA
• Prova dos fatores
látex: • Látex
• Látex
Streptococcus pneumoniae
• Simples, rápido;
• Alto custo, sensibilidade variável; • Gram: CGP
• Utilizam-se partículas de látex recobertas por • Catalase
anticorpos para detectar antígenos polissacarídeos. • Optoquina
• Bile solubilidade
➢ Kits com anticorpos para: • Látex

• N. meningitidis A,B,C,Y/W135;
• E.coliK1
• H.influenzae soro tipo b
• S.pneumoniae
• S.agalactiae (Estreptococos do grupo B)

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8) Casos clínicos: 2. Caso 2:

1. Caso 1: • Paciente 60 anos, sexo masculino, pedreiro, vem


apresentando estado febril há uma semana, quadro de
• Sexo masculino, 8 meses, Com febre e tosse produtiva e alterações neurológicas focais, com
convulsões: déficit motor e sinais de irritação meníngea (rigidez de
nuca) há 24 horas;
• Conduta Foi realizado punção lombar e coleta de
líquor para análise;

• Resultado da cultura após 72h de incubação:

Cultura
Material: Líquor
Método: Semeadura em meios específicos
Resultado: Negativa.

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Pergunta-se:

• Após 24 h da realização da cultura, e


considerando o resultado do Gram inicial do LCR:

a) De que agente você suspeitaria?

• Streptococcus pneumoniae

b) Quais testes de identificação devem ser


realizados para confirmação da suspeita do micro-
organismo causador da meningite?
Pergunta-se:
• Gram
• Catalase (negativa)
• Após 24 h da realização da cultura, e
• Optoquina (sensível)
considerando o resultado do Gram inicial do LCR:
• Bile solubilidade (positiva)
• Látex a) De que agente você suspeitaria?

c) Reporte o resultado (de acordo com os exames • Neisseria meningitidis


realizados e a suspeita) do micro-organismo
identificado:
b) Quais testes de identificação devem ser
realizados para confirmação da suspeita do micro-
Cultura organismo causador da meningite?
Material: Líquor
Método: Semeadura em meios específicos
Resultado: Desenvolvimento de cocos Gram positivos • Gram: DGN;
com caracteres bioquímicos e sorológicos de • Oxidase: positiva
Streptococcus pneumoniae • CTA: glicose e maltose
• Látex
3. Caso 3:
c) Reporte o resultado (de acordo com os exames
• H R D 9 anos, natural da cidade do Rio de Janeiro realizados e a suspeita) do micro-organismo
Há 2 dias com febre 39 ºC e cefaléia pela manhã À tarde, identificado:
passou a apresentar vômitos tendo feito tratamento
sintomático com metoclopramida À noite, apresentou Cultura
lesões cutâneas petéquias que pioraram na manhã do dia Material: Líquor
seguinte, evoluindo também com sonolência, irritação Método: Semeadura em meios específicos
meníngea (com rigidez de nuca). Resultado: Desenvolvimento de diplococos Gram
• Conduta: Foi realizado punção lombar e coleta de negativos com caracteres bioquímicos e sorológicos de
líquor para análise. Neisseria meningitidis sorogrupo C.

14
4. Caso 4: Cultura
Material: Líquor
• Criança, dois meses, com febre, vômito, apatia, Método: Semeadura em meios específicos
irritabilidade, choro à mobilização da cabeça Resultado: Desenvolvimento de bacilos Gram
• Conduta: Foi realizado punção lombar e coleta de negativos com caracteres bioquímicos e sorológicos de
Haemophilus influenzae sorotipo b
líquor para análise;
5. Caso 5:

• Recém-nascido 2 dias de idade, com febre,


vômitos, sonolência, febre 38 ºC, apatia, irritabilidade,
choro à mobilização da cabeça Nasceu de parto normal;
• Conduta: Foi realizado punção lombar e coleta de
líquor para análise.

Pergunta-se

• Após 24 h da realização da cultura, e


considerando o resultado do Gram inicial do LCR:

a) De que agente você suspeitaria? Pergunta-se:

• Haemophilus influenzae • Após 24 h da realização da cultura, e


considerando o resultado do Gram inicial do LCR:
b) Quais testes de identificação devem ser
realizados para confirmação da suspeita do micro- a) De que agente você suspeitaria?
organismo causador da meningite?
• Streptococcus agalactiae.
• Gram : BGN
• Oxidase: positiva b) Quais testes de identificação devem ser
• Satelitismo: positivo realizados para confirmação da suspeita do micro-
• Prova dos fatores: X, V e XV organismo causador da meningite?
• Látex: ( Hib ou não b)
• Gram : CGP
c) Reporte o resultado (de acordo com os exames • Catalase : negativa.
realizados e a suspeita) do micro-organismo • Bacitracina, sulfazotrim , CAMP, hipurato
identificado. • Látex.
15
c) Reporte o resultado (de acordo com os exames Cultura
realizados e a suspeita) do micro-organismo Material: Líquor
identificado Método: Semeadura em meios específicos
Resultado: Negativa
Cultura
Material: Líquor 7. Caso 7:
Método: Semeadura em meios específicos
Resultado: Desenvolvimento de cocos Gram positivos • Mulher, 30 anos, HIV positiva, com febre, vômitos,
com caracteres bioquímicos e sorológicos de apatia, irritabilidade;
estreptococos beta hemolíticos do grupo B • Conduta: Foi realizado punção lombar e coleta de
Streptococcus agalactiae líquor para análise.

6. Caso 6:

• Criança, 5 anos, com febre, vômito, apatia,


irritabilidade, choro à mobilização da cabeça;
• Conduta: Foi realizado punção lombar e coleta de
líquor para análise.

Pergunta:

a) Após 24 h da realização da cultura e


bacterioscopia do LCR, como proceder para continuar
o exame?

• Se negativo, sempre reincubar Pergunta se:

b) De que agente você suspeitaria? a) Qual a suspeita do patógeno causador?

• Caso provável viral • Cryptococcus spp

c) Como você soltaria este laudo?(após 72 h de


incubação e considerando este resultado)
16
BACTERIANA
Características físicas VR
• Volume: 4 mL
• Aspecto: turvo Límpido
• Cor: levemente xantocrômica Incolor
• Cor após centrifugação:
Incolor
levemente xantocrômica
Citologia Global VR
• Leucócitos: 582/ mm3 0 a 20/mm3
• Hemácias: 123/mm3 0/mm3
Citologia diferencial VR
• Polimorfonuclear: 95% -
• Mononuclear: 5% -
9) Vídeo aula prof.ª. Regiane - Exemplos de • Eosinófilo: 0% -
laudo – geral, bacteriana e viral Análise bioquímica VR
40,0 a 70,0
GERAL • Glicose: 25 mg/dL
mg/dL
Características físicas VR 12,0 a 60,0
• Proteínas: 364 mg/dL
• Volume: 5 mL mg/dL
• Aspecto: turvo Límpido 5,0 a 19,8
• Lactato: 48 mg/dL
• Cor: xantocrômica Incolor mg/dL
• Cor após centrifugação: incolor Incolor Análise microbiológica VR
Aspecto também pode ser: levemente turvo e turvo • Bacterioscopia: diplococcus MO não
Cor também pode ser: Levemente xantocrômica gram negativo (++) visualizados
Xantocrômica hemorrágica
Citologia Global VR VIRAL
• Leucócitos: 48/ mm 3 0 a 20/mm3 Características físicas VR
• Hemácias: 450/mm3 0/mm3 • Volume: 5 mL
Hemácias: acima de 10/mm deve-se fazer citologia
3 • Aspecto: límpido Límpido
diferencial • Cor: incolor Incolor
Citologia diferencial VR • Incolor
Cor após centrifugação: incolor
• Polimorfonuclear: 98% - Citologia Global VR
• Mononuclear: 2% - • Leucócitos: 38/ mm3 0 a 20/mm3
• Eosinófilo: 0% - • Hemácias: 9/mm3 0/mm3
Polimorfonuclear: importante parâmetro para Citologia diferencial VR
diferenciar meningite viral da bacteriana. • Polimorfonuclear: 30% -
Análise bioquímica VR • Mononuclear: 70% -
40,0 a 70,0 • Eosinófilo: 0% -
• Glicose: < 20 mg/dL
mg/dL Análise bioquímica VR
12,0 a 60,0 40,0 a 70,0
• Proteínas: 119,0 mg/dL • Glicose: 45 mg/dL
mg/dL mg/dL
5,0 a 19,8 12,0 a 60,0
• Lactato: 104,0 mg/dL • Proteínas: 126 mg/dL
mg/dL mg/dL
Lactato: acima de 100 o prognostico é péssimo, 5,0 a 19,8
sugestivo de óbito (hipóxia) • Lactato: 5,8 mg/dL
mg/dL
Análise microbiológica VR Análise microbiológica VR
• Bacterioscopia: MO não MO não • Bacterioscopia: ausência ou MO não
visualizados visualizados não visualizados de MO visualizados

17
➢ Alguns conceitos: ➢ Inibidores da parede celular:

• Na MB (meningite bacteriana) além das bactérias BETA-LACTÂMICOS


consumirem a glicose, nos temos um aumento do consumo
de energia pelo SNC, isso também leva ao aumento do • Inibem as PLPs (proteínas ligadoras ou PBPS)
lactato, devido ao uso de energia anaeróbica. e enzimas (transpeptidase) essenciais para a síntese de
• 2/3 a 70% da glicose do sangue é correspondente peptideoglicanos (impede a síntese da PC);
a glicose do líquor (glicorraquia) → ex: 100 mg/dL da • Monobactamos;
glicemia, 60 a 70 mg/dL é do líquor. Se você tem 100 • Penicilinas;
mg/dL de glicemia e 20mg/dL no líquor, indica que • Cefalosporinas (1, 2, 3 e 4ª geração);
provavelmente está ocorrendo um processo inflamatório • Carbapenemicos (meropenem, faropenem e
bacteriano. sulopenem);
• Beta-lactamases: enzimas capazes de
• As proteínas também aumentam pelo fato do SI
produzir beta-lactâmicos (penicilinases, OXA, AmpC,
estar tentando combater a inflamação e, na MB é bem ESBL, NDM, KPC);
acentuada assim como o lactato. • Inibidores de beta-lactamases usados em
• Na MV (meningite viral) ocorre o aumento de associação com alguns beta-lactâmicos: ácido
mononucleares e alguns parâmetros se mantem normal. clavulânico, tazobactam, sulbactram, amoxicilina-
clavulanato, aztreonam-nacubactam (estafilos
Agentes Antibacterianos produtores de beta-lactamases), cefepime-nacubactam.

➢ Doenças infecciosas bacterianas: GLICOPEPTÍDEOS E LIPOGLICOPEPTÍDEOS

Teicoplamina
• Mesmo após diversas ações globais, com o
Dalbavancin
objetivo de diminuir o número de doenças infecciosas no Vancomicina
Telavancin
mundo, a incidência continua alta, principalmente nos
Oritavancin
países de baixa renda.

➢ Tratamento: • Inibem a síntese de parede celular, por inibirem


a síntese de peptideoglicano.
• Antimicrobianos • Ligam-se a porção D-alanil-D-alanina, precursor
do peptideoglicano IEspectro de ação - Bactérias Gram-
➢ Definições: positivas.
• Vancomicina e teicoplamina: inibem só
• Antimicrobianos: antibióticos, antivirais, bactérias gram positivas por não possuírem camada
externa de fosfolipídio.
antifúngicos e antiparasitários, que são medicamentos
usados para prevenir e tratar infecções em humanos,
LIPOPEPTÍDEOS
animais e plantas.
• Antibiótico: Substância química, de origem • Polimixina B e Polimixina E/ Colistina: são
natural (microrganismos) ou sintética, que tem a peptideos cationicos que interagem com o LPS da PC
capacidade de inibir o crescimento e até destruir bactérias das bacterias gram negativa, aumentando a
e outros microrganismos patogênicos. permeabilidade e alterando a pressão osmótica da PC.
• Daptomicina: atua na membrana celular
1) Agentes antibacterianos: bacteriana gram positiva, despolarizando-a, resultando
em perda do potencial de membrana bacteriana. Seu
1.1) Mecanismo de ação: espectro de ação é para bacterias gram positivas,
inclusive em MRSA, infecções de pele e partes moles,
bacteremia e endocardite. Inibida pelos surfactantes
pulmonares , não podendo ser usada em pneumonia.

18
• Fosfomicina: Inibe a primeira fase da síntese OXAZOLIDINONAS
do peptidoglicano da parede celular, envolvendo a
fosfoenolpiruvato sintetase. Seu espectro de ação atua • Bloqueiam a fase inicial da síntese proteica
em bactérias gram positivas e negativas, usada em bacteriana, impedindo a formação do complexo inicial
infecção urinária. Geralmente é associada com outros funcional (tRNA, mRNA, fatores de iniciação e o
para tratar infecções sistemicas. ribossomo).
• Espectro de ação: Gram-positivos
• Exemplos:
➢ Inibidores da síntese proteica: ✓ Linezolida: usada em MRSA e bactérias
resistentes a vancomicina.
AMINOGLICOSÍDEOS ✓ Tidezolida.

• Inibem a síntese proteica por se ligarem TETRACICLINAS E GLICILCICLINAS


irreversivelmente à subunidade 30S do ribossomo.
• Impede a tradução do RNA mensageiro durante Tetraciclina
a síntese proteica. Doxiciclina Tigeciclina
• Também causam alterações na leitura do Minociclina
código genético com resultante produção de proteínas
inativas. • Mecanismo de ação semelhante à tetraciclina.
• Espectro de ação: Gram-positivos e - Porém, a tigeciclina apresenta uma ligação ao
negativos. ribossomo bacteriano bem mais forte que tetraciclina ou
minociclina, sendo assim ativa contra bactérias
• Exemplos: resistentes a esses antimicrobianos.
• Espectro de ação: Gram-positivos e -negativos
✓ Gentamicina: Associados a (exceto P. aeruginosa e Proteus mirabilis).
✓ Amicacina: rifamicina inibidores de PC
✓ Tobramicina; LINCOSAMIDAS
✓ Kanamicina;
✓ Netilmicina; • Ligam-se a subunidade 50S ribossomal,
✓ Estreptomicina; impedindo o alongamento da cadeia peptídica.
✓ Plazomicina. • Espectro de ação: gram-positivos e anaeróbios
• Exemplos: lincomicina e clindamicina
MACROLÍDEOS (anaeróbios).

• Ligam-se a subunidade 50S do ribossomo, ESTREPTOGRAMINAS


bloqueando a reação de translocação da cadeia
polipeptídica. • Ligam-se a subunidade 50S ribossomal.
• Espectro de ação: Gram-positivos. • Espectro de ação: Gram-positivos (inclusive
MRSA e VRE)
• Exemplos:
CLORANFENICOL
✓ Eritromicina: não são bons para infecção
urinaria. • Ligam-se reversivelmente a subunidade 50S e
✓ Azitromicina: tem certa ação para gram previne a transpeptidação.
negativo. • Espectro de ação: gram-positivos e -negativos
✓ Claritromicina: estafilo e estrepto.
✓ Diritromicina: estafilo e estrepto.

19
➢ Inibidores de ácidos nucleicos: • A OMS declarou que a AMR é uma das 10
principais ameaças à saúde pública global que a
QUINOLONAS E FLUOROQUINOLONAS humanidade enfrenta.
• A resistência aos beta-lactâmicos começou a
• Inibem a enzima DNA-girase: Um tipo de preocupar a saúde pública mundial.
topoisomerase (topoisomerase II) essencial para a • Entre as bactérias mais notificadas em UTIs adulto
replicação, recombinação e reparo do DNA. no Brasil como agentes etiológicos de infecção de corrente
• Fluoroquinolonas também inibem a sanguínea associada a cateter venoso central:
topoisomerase IV.
• Bloqueiam a replicação cromossomal,
Gram positivos:
interferindo com a divisão celular e expressão gênica.
• Espectro de ação: gram-positivos e -negativos
• 74,9% dos estafilococos coagulase negativa são
• Exemplo: ciprofloxacino.
OUTROS resistentes a OXACILINA.
• 57,4% de S. aureus são resistente a OXACILINA
• Metronidazol: O grupo nitro de sua estrutura (MRSA) – urina/respiratório.
química, logo após a penetração na célula, é reduzido • 28,8% de Enterococcus spp. (hospitalar) são
pela enzima nitro-redutase, gerando compostos resistentes a VANCOMICINA.
intermediários altamente citotóxicos ou radicais livres
que danificam o DNA. Gram negativos:
• Nitrofurantoína: Parece inibir várias enzimas
bacterianas e causar danos ao DNA. • 77,4% dos Acinetobacter spp. são resistentes ais
• Rifampicina: interfere com a transcrição de CARBAPENEMICOS.
DNA (usado para tuberculose). • 39,1% das Pseudomonas aeruginosa são
resistentes aos CARBAPENEMICOS.
• Enterobacterales resistentes ao
➢ Inibidores do metabolismo:
CARBAPENEMICOS e as CEFALOSPORINAS de amplo
espectro (3ª e 4ª geração).
SULFONAMIDAS E TRIMETOPRIMA
• Associadas a infecções adquirida na
• Inibem a via de folatos; comunidade: Neisseria gonorrhoeae, Streptococcus
• Sulfametoxazol/trimetoprima: combinação pneumoniae, Haemophilus influenzae, Staphylococcus
com efeito sinérgico. Conhecido como sulfazotrim ou aureus, Salmonella; Escherichia coli, Klebsiella
Cotrimoxazol. pneumoniae, outras enterobactérias.
• Sulfonamidas: Tem similaridade química com • Associadas a infecção hospitalar: comum,
o PABA (ácido para-aminobenzóico) – fator essencial particularmente nas UTIs, Enterobactérias (K.
para a síntese do ácido fólico (precursor dos ácidos pneumoniae; E. coli; Enterobacter spp.; etc),
nucléicos). Pseudomonas spp., Acinetobacter spp., Outros BGN não
• Trimetoprima: Inibem a diidrofolato redutase, fermentadores de glicose, CGP (S. aureus; ECN,
enzima participante do metabolismo do ácido fólico Enterococcus spp. Streptococcus pneumoniae).
• Espectro de ação: gram-positivos e -negativos • 9,7% são Escherichia coli;
• 43,3% são Klebsiella pneumoniae;
Resistência Bacteriana • 21,6% são Enterobacter spp.

• Resistência antimicrobiana - AMR - ameaça a


prevenção efetiva e o tratamento de uma crescente
variedade de infecções causadas por bactérias, parasitas,
vírus e fungos.

20
➢ Objetivos estratégicos - One Health: • Enterococcus faecalis e E. faecium: produzem
PLP 5 com baixa afinidade para penicilinas, sendo
intrinsecamente resistentes a baixa concentração de
beta-lactâmicos.

2. Produção de enzimas beta-lactamases:

➢ Gram positivo:

• Beta-lactamases são secretadas para o meio de


crescimento.
• Staphylococus spp. produtor de beta-lactamase
(resistentes: penicilina, amoxicilina, ampicilina,
carbenicilina, ticarcilina, azlocilina, piperacilina/ sensível:
➢ Por que as bactérias ficam resistentes? cloxacilina dicloxacilina).
• Enterococcus spp.: resistência devido a
1. Principal - Plasticidade genética dos produção de b-lactamases é muito rara.
microrganismos. • Streptococcus pneumoniae: produção de b-
2. Uso abusivo de antibióticos (Medicina, lactamases não foi detectada.
Odontologia, Veterinária, Agropecuária).
3. Aumento do uso de dispositivos e procedimentos ➢ Gram negativo:
invasivos.
4. Aumento do número de hospedeiros suscetíveis. • Beta-lactamases são secretadas no espaço
5. Falha nas práticas de controle - aumento na periplásmico da parede celular e são o principal
transmissão de microrganismos resistentes. mecanismo de resistência aos beta-lactâmicos para as
gram negativas.
➢ Mecanismos de resistência:
Três tipos importantes:
• Tudo depende do sírio que ela atinge.
1) AmpC:
A. Beta-Lactâmicos (inibidores da PC):
• Podem ser produzidas por bactérias que possuem
1. Alteração de proteínas ligadoras de penicilinas naturalmente gene ampC cromossomal
(PLPs) ou Penicillin-binding proteins (PBPs):
• Conhecidas como Grupo CESP ou CESPPPM:
• Mecanismo mais importante para bactérias gram
positivas. ✓ Citrobacter spp.;
• S. aureus resistentes a meticilina ou oxacilina ✓ Enterobacter spp.;
(MRSA/ ORSA/ S. pneumoniae, enterococcus). ✓ Serratia spp.;
• Possuem PLP de baixa afinidade - (PLP 2a ou 2’), ✓ Providencia spp./Proteus spp. Morganella
que é codificada pelo gene mecA ou mecC – morgannii.
(cromossomal). ✓ Pseudomonas aeruginosa.
• MRSA: exibem resistência cruzada a todos os
beta-lactâmicos, com exceção da CEFTARDINA. • Existe a AmpC adquirida – AmpC plasmidial –
• Streptococcus pneumoniae: –S. pneumoniae produção constante da enzima
penicilina resistente (PRSP) – possuem gene mosaico que • Produção induzida pelo próprio uso de antibiótico.
codifica PLP 1a, 2x e 2b com baixa afinidade as penicilinas. • Degradam penicilinas e derivados (ampicilina,
amoxacilina...), cefalosporinas de 1ª, 2ª e 3ª geração. Não
21
degradam carbapenêmicos e cefalosporinas de 4a Serina-Beta-lactamases:
geração.
• Não são inibidas por inibidores de B-lactamases ✓ Classe A – representante mais importante é a KPC
(sulbactam, ácido clavulânico, tazobactam) – Klebsiella pneumoniae carbapenemase (Outras: SME,
• Exposição aos β-lactâmicos induz a produção de IMI, NMC, GES)
enzimas.
• Resistência as penicilinas (e derivados) e ✓ Classe D – OXA (Comum em Acinetobacter spp.)
cefalosporinas de 3a. Geração poderá se desenvolver – OXA 48 (Enterobacterales)
durante o tratamento.
Metalo- β-lactamases:
2) ESBL:
✓ Classe B - representante mais importante em
• ESBL: extended-spectrum β-lactamase → Beta- Enterobacterales é a Nova Delhi metalo -β-lactamases
lactamase de espectro ampliado (BLEA). (NDM).
✓ Em Pseudomonas aeruginosa - IMP, VIM, SPM,
• Comumente produzida por : GIM, e SIM.

✓ Klebsiella penumoniae 3. Diminuição da permeabilidade da membrana e


✓ Escherichia coli. ativação de mecanismo de efluxo:
✓ Mas pode ser produzida por K. oxytoca, Proteus
mirabilis e outras espécies de enterobactérias e em • Nos Gram negativos a parede celular externa
Pseudomonas spp.; funciona como uma barreira para a entrada do antibiótico
na célula, dificultando o acesso ao alvo na parede celular.
• Mediadas por genes plasmidiais (não induzíveis); • Porinas: Proteínas de membrana externa (OMP)
• Enzimas tipo TEM e SHV modificadas, entre que servem de canal de entrada para diversos compostos
outras (CTX-M, GES, PER, VEB, BES, IBI); inclusive para antimicrobianos.
• Degradam todos os β-lactâmicos (inclusive • Resistência da P. aeruginosa ao imipenem está
cefalosporinas de 3a. e 4ª Geração) exceto associado a perda do canal OprD.
carbapenemicos e algumas cefalosporinas de 2ª geração • Bombas de Efluxo: Capazes de transportar um
(cefoxitina); ou mais tipo de antimicrobiano para fora da célula
• São inibidas pelos inibidores de β-lactamases; bacteriana.
• Frequentemente associadas a genes de • É comum haver associação de mecanismos de
resistência para outros antimicrobianos (multirresistência), resistência – Principalmente em Bacilos Gram Negativos.
opções terapêuticas são limitadas; • Klebsiella spp. Enterobacter spp., E. coli – R a
• Carbapenêmicos são drogas de escolha. carbapenêmicos por: ESBL + AmpC + Perda de Porina (R
mais comum para Ertapenem).
3) Carbapenemases:

• Enzimas capazes de destruir os beta-lactâmicos


do tipo carbapenêmicos (Imipenem, meropenem e/ou
ertapenem...)
• Mais importantes:

✓ Atuam pelo sítio serina, são as serina β-


lactamases (Classe A e D de Ambler) ou pelo sítio com
zinco, conhecidas como metalo-β-lactamases (Classe B de
Ambler);

22
B. Glicopeptídeos: ➢ Produção de enzimas modificadoras e
modificação do alvo ribossomal:
Gram Negativos:
• Adquirida (plasmídio ou transposons)
• São intrinsicamente resistentes devido a • Conferem resistência a altos níveis (HLAR – High
impermeabilidade da membrana externa a estes level aminoglycosides resistance).
compostos (hidrofóbicos).
D. Macrolídeos, lincosaminas e estreptograminas
Gram positivos: beta:

• Atualmente restrita aos gêneros Enterococcus e • Resistência Intrínseca


Staphylococcus (exceto aos intrisicamente resistentes • Gram negativos – devido à baixa permeabilidade
como Lactobacillus spp, Leuconostoc spp, Pediococcus da membrana externa.
spp e Erysipelothrix rhusiopathiae).
Macrolídeo: Eritromicina e Azitromicina
• Staphylococcus aureus com sensibilidade
reduzida ou resistentes aos Glicopeptídeos (GISA ou ✓ Alteração do alvo ribossomal:
VISA e VRSA):
▪ Gene erm (erythromicin resistance methylase) –
✓ VISA: resistência intermediaria a vancomicina. codificam enzimas que dimetilam um específico resíduo
✓ VRSA: resistência total a vancomicina. adenina do rRNA (alteração ribossomal) → Resistência à
✓ Mecanismo de resistência não bem definido, Eritromicina indutora de R à Clindamicina – Fazer teste D.
acredita-se que seja acúmulo de mutações graduais dos Comum em Staphylococcus spp. e Streptococcus spp.
genes associados ao VISA. VISA geralmente exibem ▪ A resistência à Clindamicina pode não ser
fenótipos comuns, incluindo parede celular espessada, detectada no antibiograma.
atividade autolítica reduzida e virulência diminuída.
✓ Efluxo:
• Enterococcus spp.:
▪ Gene mefE e mefA (macrolide efflux) – codificam
✓ ERV ou VRE – Enterococcus spp. resistentes a bombas que medeiam o efluxo → Resistência à
vancomicina; eritromicina não indutora de R à clindamicina.
✓ Tem grupos terminais alterados nos precursores
de peptideoglicano D-ala-D-lactato (no lugar do D-ala-D- ✓ Inativação da droga:
alanina);
✓ Fenótipo VanA, VanB, VanC e VanD. ▪ Pela produção de enzimas esterases
✓ Outros gêneros de CGP de interesse médico →
Resistência a vancomicina ainda não foi detectada. Lincosaminas: Clindamicina
Estreptograminas: Quinupristin/dalfopristin
C. Aminoglicosídeos:

➢ Devido a captação diminuída do antibiótico:

• Intrínseca e adquirida
• Os aminoglicosídeos são carregados
positivamente
• Dificuldades para atravessar a mb externa (Gram
negativa) ou mb citoplasmática (Gram positiva).
• Conferem resistência a baixos níveis de antibiótico
23
E. Quinolonas e fluoroquinolonas plasmídios que codificam para uma DHPS resistente à
droga.
• Mutação cromossomal que altera a DNA-girase e
a Topoisomerase IV; I. Cloranfenicol:
• Mudanças nas proteínas porinas (OMPs) da
membrana externa (diminuição da permeabilidade à • Plasmídios codificadores de Cloranfenicol
droga); Aciltransferases (CAT) – que inativam enzimaticamente a
• Bombas de Efluxo. droga.
• Diminuição da permeabilidade da membrana
F. Oxazolidinonas externa - menos comum.

• Linezolida (Zyvox)
• Resistência tem aparecido por mutação no gene
codificador da porção 23S rRNA ou proteína ribossomal
L4.
• Linezolida é inativa contra Gram negativos devido
a presença de bomba de efluxo.

G. Tetraciclinas:

• Alteração na permeabilidade da membrana


externa – menos comum
• Bomba de Efluxo – aquisição de DNA exógeno
• Proteção do ribossomo – pela produção de uma
enzima que interage com o ribossomo

H. Sulfonamidas e Trimetoprima

➢ Resistência Intrínseca:

• P. aeruginosa tem membrana externa


impermeável aos 2 antibióticos.
• Neisseria spp; Clostridium spp; Brucella spp,
Bacteroides spp, M. catarrhalis e Nocardia spp têm
enzimas com baixa afinidade ao trimetoprim.
• Enterococcus spp e Lactobacillus spp têm
susceptibilidade diminuída por poder utilizar folatos
exógenos.

➢ Resistência Adquirida:

• Trimetoprima: Mutações cromossomais ou


mediada por plasmídios – produzem uma dihidrofolato
redutase alterada.
• Sulfonamidas: Mutações cromossomais:
responsáveis pela superprodução de PABA ou alterações
na enzima dihidropteroato sintase (DHPS) que passam a
ter baixa afinidade para as sulfonamidas. Plasmidial:
24

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