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Sx Respiratória - Normal: similar a tambor, mais claro em

plano anterior que no posterior, e com base


Generalidades
mais sonora que em vértice.
→ Sinais e sintomas:
- Patológico:
● Tosse
↪ Diminuído (hipofonese): mate, se produz
● Expectoração
em massas sólidas ou líquidas;
● Dispneia
↪ Aumentada (hiperfonese): há mais
● Tiragem
quantidade de ar, como enfisema e
● “Quejido” (gemido)
pneumotórax.
● Estridor
● Auscultação:
● Dor torácica
→ Semiologia do ap. resp.:
● Inspeção:
- Estática: pele, massas musc., forma das
mamas e esqueleto torácico.
- Dinâmica: movimentos resp. (amplitude,
simetria, tiragem ou retrações, ritmo): *Atenção na região da axila, pois é onde se
↪ Abdominal ou diafragmática: lactante; pode auscultar afecções que acometem o
↪ Tóraco-abdominal ou mista: infância; lób superior.
↪ Torácica: a partir da puberdade. - Normais: pela passagem do ar
- Frequência Respiratória: ↪ Som bronquial: tom alto em região
esternal e paraesternal;
↪ Murmúrio vesicular: suave e baixo em
bases e axila;
↪ Broncovesicular: se escuta abaixo das
escápulas e clavículas.
👉 Taquipneia ou polipneia: ↑ das 👉 Patológico ou agregado:
respirações (fisiológico ou patológico).
👉Apnéia: supressão total da respiração ● Estertores: som do ar ao passar por
obstáculos, secreções ou
durante + 10 seg.
👉Bradipnéia: ↓ do número de respirações. ●
irregularidades.
Sopros:
- Ritmo respiratório: a inspiração é + curta
↪ Sopro brônquico ou tubário:
que a expiração em uma proporção de 1 a 3.
- Agudo, intenso e rude;
● Palpação
- Inspiração e na expiração;
● Precursão:
- Ocorre quando há tecido pulmonar
consolidado com passagem de ar pelos
brônquios. (ex: pneumonia).
↪ Sopro pleural: - Musicais contínuos, predominam na
- Fraco e abafado; expiração;
- Na expiração; - São secos e finos (silbido);
- Ocorre devido a uma camada interposta - Estão associados à obstrução brônquica.
de líquido que comprime o tecido alveolar, São alterados com a tosse (ex. crise
mas permite a passagem do ar pelos asmática).
brônquios (ex: exsudatos alveolares). ● Descontínuos: são classificados em
↪ Sopro cavernoso: crepitantes e subcrepitantes, e indicam
- Muito baixo, grave, com sensação de acumulação de secreção.
profundidade; ↪ Crepitantes:
- Mais forte na inspiração do que na - Ocorrem ao nível dos alvéolos;
expiração; - Alto e de curta duração;
- É um ruído brônquico modificado pela - No final da inspiração;
ressonância de uma cavidade anormal (ex: - Resultado de uma alveolite e ocorrem
bronquiectasias, cavernas). porque o alvéolo umedecido e colapsado
↪ Sopro anfórico: pelo processo inflamatório decola
- Timbre metálico e ressonante; abruptamente no final da inspiração. Não
- Na inspiração e na expiração (mais se modificam com a tosse (ex.
intensa); pneumonia).
- Variante do cavernoso. (ex: cavernas de ↪ Subcrepitantes:
paredes lisas, pneumotórax). - São produzidos ao nível dos brônquios;
● Contínuos: são classificados em - Baixo e de longa duração;
roncos e sibilâncias e indicam - Ao final da expiração e ao início da
obstrução das vias aéreas. inspiração;
↪ Roncos: - A mucosa bronquial congestiva apresenta
- São auscultados na porção subglótica, secreções aderidas às suas paredes e ao
traqueia e grandes brônquios; passar o ar através delas produz este
- Graves e intensos com tom baixo; estertor. Se modificam com a tosse (ex.:
- Na inspiração e expiração, embora com bronquiolite).
predominância desta última; ● Roces pleurais:
- Ocorre pela vibração das paredes - São fricções superficiais;
brônquias quando há estreitamento nestes - Na inspiração e na expiração;
canais. São modificados com a tosse (ex. - Não se modificam com a tosse;
bronquite aguda). - Eles são produzidos pelo deslizamento
↪ Sibilâncias: das folhas pleurais inflamadas.
- São auscultadas em brônquios de
pequeno e médio calibre;
Dificuldade Respiratória - Se divide em:
● Insuf resp hipóxica pode ser devida a
- Em doenças com ↓ da curto circuito intrapulmonar, difusão
distensibilidade pulmonar, insuficiente de oxigênio dos alvéolos
como pneumonia e edema pulmonar, a para os capilares pulmonares.
respiração é caracteristicamente rápida e ● Insuf resp hipercápnica deve-se à
superficial (diminuição do volume corrente). diminuição da ventilação por minuto.
- Em doenças obstrutivas das vias
→ Manejo do pcte com insuf resp:
respiratórias, como asma e laringotraqueíte,
1. INTERNAÇÃO
a respiração é profunda, e menos rápida.
2. Hidratação parenteral
- QC:
3. Manter vias aéreas
● Retrações da parede torácica, supra
permeáveis (aspirar
esternais e subcostais,
secreções conforme a necessidade)
● Estridor inspiratório;
4. Monitoramento: manter saturação
● Sibilâncias expiratórias;
superior a 94%
● Gemido;
5. Oxigenação adequada:
● Obstrução das vias respiratórias
- Cânula nasal até 2 litros/min
distais.
- Máscara 5-10 litros/min
- As causas de dific respiratória podem ser
- Máscara com reservatório 10- 15 litros/min
pulmonares ou extrapulmonares
- Estudos complementares: (HMG, PCR,
👉 Uma criança que apresenta sinais de P. Renal, P. Hepático, glicemia, eletrólitos,
DIFICULDADE RESP deve ser internada enzimas cardíacas) com gasometria
e estudado. arterial de preferência
- Imagens: Rx de tórax e cervical, Eco
Insuficiência Respiratória
pleura (para avaliar derrames), TAC

Def: disfunção que causa uma pressão simples de acordo com a suspeita.

arterial parcial de oxigênio (Pa02) inferior a


60 mmHg respirando ar ambiente e uma
👉 Dificuldade respiratória x
Insuficiência respiratória:
PaCO2 superior a 50 mmHg que causa
→ Dificuldade respiratória é
acidose.
usado para indicar a presença de sinais
- Pode ser devido a uma anomalia:
1. no pulmão e nas vias respiratórias;
e sintomas de um padrão respiratório

2. na parede torácica e nos músculos da anormal É caracterizado por se


respiração; manifestar com aleteo nasal,
3. nos quimiorreceptores centrais e taquipnéia, retrações da parede
periféricos. torácica, estridor, gemido, dispneia e
sibilância. Em conjunto, a magnitude - QC:
desses achados é usada para julgar a
gravidade clínica.
→ Insuficiência respiratória é a
incapacidade dos pulmões de
fornecer oxigênio suficiente
(insuficiência respiratória hipóxica) ou
de eliminar o dióxido de carbono ● Sintomas inespecíficos comuns, como
(insuficiência ventilatória) para rinorreia e tosse, antes de serem
satisfazer as demandas metabólicas. chamativos.
● Conjuntivite;
Faringite aguda
● Coriza;
👉 Estudar tudo!!! ● Diarréia;
● Ronqueira;
- Refere-se à inflamação da faringe, pode
● Estomatite com úlceras bem definidas;
produzir eritema, edema, exsudatos ou um
● Exantema vírico.
enantema (úlceras, vesículas).
● Bacteriana:
- Pode ser relacionada à exposição a
- Frequente em crianças de 5-15 anos;
fatores ambientais (fumaça de tabaco,
- A doença ocorre durante todo o ano,
poluição ambiental e alérgenos); contato
porém é prevalente no inverno e
com substâncias cáusticas, alimentos,
primavera.
líquidos quentes, e microorganismos
- Assintomático ou uma infecção aguda.
infecciosos
- QC:
● Viral:
- Disseminadas por contato com as
secreções orais ou respiratórias e
ocorrem na maioria das vezes no outono e
no inverno, ou seja, na estação
respiratória.
👉 Agentes: virus influenza e
parainfluenza, adenovirus, coronavirus,
● Período de incubação: 2-5 dias
enterovirus, rinovirus, virus respiratorio
● Febre;
sincicial, citomegalovirus, virus de
● Cefaléia;
Epstein-barr (VEB), vírus do herpes simples
● Náusea, vômito e dor abdominal;
e metapneumovirus humanos.
● Infecção faringoamigdaliana;
- Na maioria dos casos é leve.
● Petéquias no paladar;
● Exsudatos faringo amigdalianos; ↪ Tetraciclinas, fluoroquinolonas e
● Adenite cervical anterior; sulfonamidas NÃO devem ser usadas para
● Exantema escarlatiniforme. tratar a faringite por EGA.
● Dor nos ouvidos, embora as
Síndrome da gripe - Resfriado
membranas timpânicas geralmente
comum
são normais.
- Infecção viral aguda do trato respiratório
↪ A faringite por EGA NÃO produz diarreia,
superior;
tosse, coriza, úlceras,
- Maior frequência do início do outono até
laringotraqueíte/laringite/ronqueira nem
o final da primavera;
conjuntivite, e sua presença aumenta a - Rinorreia e obstrução nasal como
probabilidade de uma causa viral. sintomas principais;

👉 Dx: - Não apresentam febre, mialgias ou


cefaléia, ou em caso de apresentar, são
● Clínico
● Hisopado faríngeo leves.

● Cultivo faríngeo - Agentes: os mais frequentes são os

👉 Tto: rinovírus, mais de 50% dos casos. Vírus


sincicial respiratório, parainfluenza,
● Hidratação oral
● Antipiréticos/Analgésicos (paracetamol metaneumonvírus, enterovírus, coronavírus,

ibuprofeno) adenovírus, etc.

● Aerossóis e comprimidos com - QC: Varia dependendo da idade e do vírus


anestésicos. causador.
● Os corticosteróides sistêmicos são ● Em lactantes predominam
ocasionalmente usados em obstrução febre e secreção nasal;
das vias respiratórias superiores pela ● Início 1-3 dias após a infecção viral;
mononucleose. ● Dor de garganta ou coceira (duração
● Em pacientes com faringite de 24 a 48 horas), seguida de coriza e
bacteriana é indicado tratamento obstrução nasal.
antibiótico para a prevenção da ● A tosse ocorre em 2/3 das pessoas
febre reumática aguda (FRA).
👉Tto ATBC:
afetadas e pode persistir por 1-2
semanas.
● Penicilina benzatínica; ● Mudança na cor ou na consistência da
● Amoxicilina; secreção nasal.
● Amoxicilina Sulbactam; ● Outros sintomas: dor de cabeça,
● Amoxicilina Clavulanato; rouquidão, irritabilidade, falta de
● Azitromicina. apetite e dificuldade para dormir.
Geralmente não apresentam vômitos - Prevenção:
ou diarreia. ● Aplicar vacina contra
● Pode haver tumefação e eritema dos a gripe para diminuir a
cornetos nasais, esse achado é gravidade dos sintomas.
inespecífico. ● A vitamina C não previne a infecção
● Pode haver linfadenopatia anterior e respiratória.
injeção conjuntival. ● Evitar o contacto com pessoas
doentes, realizar uma boa lavagem
- Dx: clínico
das mãos.
- Testes complementares: os agentes
causais podem ser detectados por PCR,
Obstrução de vias aéreas
culturas ou métodos sorológicos. Estes
superiores
estudos são indicados e suspeita de vírus
que requerem tratamento antiviral - Causas comuns de obstrução das vias
(influenza). aéreas:
● Infecciosa:
- DD:
● Rinite alérgica; ● Crupe.
● Rinite vasomotora; ● Traqueíte.
● Rinite medicamentosa;
● Papiloma laríngeo.
● Corpo estranho;
● Sinusite; ● Abscesso retrofaríngeo.
● Estreptococose; ● Epiglotites.
● Sífilis congênita.
● Aspiração de corpo estranho.
- Tto: é de suporte e preventivo. ● Edema angioneurótico:
● Hidratação oral; ● Imunológico.
● Limpeza nasal com solução salina; ● Laríngeo espasmo reflexo
● Antipiréticos; neurogênico.
● Desaconselha-se o uso de ● Trauma:
antitussivos, anti-histamínicos e ● Pós extubação.
descongestionantes em menores de 6 ● Trauma externo.
anos; ● Outras:
● Oseltamivir em casos de gripe. ● Injúria térmica ou química
● Tumores
- Complicações:
● Anormalidades congênitas:
● Otite média aguda;
● Laringotraqueomalácia.
● Sinusite;
● Anel vascular.
● Agudização da asma;
● Estenose subglótica congênita.
● Paralisia de cordas vocais.
● Hemangioma subglótico. presença de pessoal treinado em v. aérea.
→ IR Leve - Mod: adm O2 umidificado se o
- Manejo inicial:
tolera sempre em presença da família,
● Valoração;
continuando c/ provas dx precisas.
● Diagnóstico
● Terapêutica
↪ Deve ser feita de forma rápida e
👉- Achados radiológicos - infecção
resp:
adequada a fim de evitar parada
1. Croup: sobredistensão de hipofaringe c/
cardio-resp.
estreitamento da porção subglótica da
● Linhas de manejo:
traqueia (sinal do campanário);
1. Molestar o menos possível a criança em
ambiente tranquilo e evitando separá-lo da
família.
2. Administrar O2 umidificado (cânula,
máscara, máscara. c/ reservatório, etc);
3. O saturimetro é a melhor monitoração
não invasiva; de oxigenação; 2. Epiglotite: Engrossamento marcado da
4. O grau de obstrução respiratória pode epiglote c/ distensão da hipofaringe.
ser quantificada utilizando alguma escala Aparece também o sinal do polegar.
de valoração clínica (escala de Taussig);

- Explorações complementares:
● Rx tórax e pescoço;
● Endoscopia de vias aéreas;
● TAC - RM
↪ Provas de laboratório não são de
utilidade ao início da valoração.
● As decisões terapêuticas iniciais 3. Traqueíte: afinamento traqueal c/
dependem do grau de obstrução ou da esfacelação da superfície da mucosa
suspeita dx. traqueal.
→ IR Grave:
● O2 a alta concentração c/ bolsa e
masc.
● Intubação endotraqueal, se impossível
→ Cricotireoidostomia ou
traqueostomia
→ IR Mod-grave: se adm O2 e não se
efetuará nenhuma exploração sem a
👉 Escore de Taussig (gravidade):
- Todos pctes c/ sintomas de croup que
ingressam em emergência devem receber
○ Leve: < 6 pontos. corticoides.
○ Mod: 7-8 pontos. - A epinefrina deve ser considerada em
○ Grave: > 9 pontos. crianças c/ croup e insuf resp mod ou
severa.
→ Epiglotite:
Requer um protocolo sistematizado de ação
a cargo da equipe multidisciplinar.
1. Pcte instável (obnubilado, cianótico,
etc)
- Achados clínicos:
~ Ventilação c/ masc e bolsa c/ O2 100%;
0 → tosse crupal
~ Intubação de urgência;
1 → estridor leve, retração subcostal,
~ Caso não seja possível,
hipoventilação, intranquilidade.
cricotireoidostomia ou punção traqueal e
2 → estridor mod, retrações intercostais,
angio cateter que se conecta a bolsa.
hipoventilação (+), taquicardia, palidez,
2. Pcte estável:
ansiedade.
~ Exame físico breve, sentado e c/ os pais:
3 → estridor (+++) ou (-), musc acessórias,
sem exame faríngeo.
hipoventilação (+++), pulso filiforme,
~ Se adm 02 (1-2L/min);
cianose, sonolência.
~ Contatar pessoal treinado em v. aérea;
- Tto:
~ Ter bolsa, masc, laringoscópio e carro de
→ Croup:
parada;
1. Glicocorticoide
~ Não efetuar procedimentos como
~ Budesonida: sintético, diminui os efeitos
extração p/ gases, etc;
sistêmicos.;
~ Monitoramento de Sat, FR e ECG;
~ Dexametasona: potente, adm VO ou IM,
~ Rx de pescoço só se dx é incerto;
custo menor, fácil adm.
~ Considere utilização epinefrina se piora a
2. Epinefrina
~ Adrenalina: potente estimulante α e ꞵ obstrução;
adrenérgico, que no pcte c/ croup diminuiria ~ Se o pcte apresenta obst completa da
as secreções bronquiais, traqueais e edema v.aérea, antes que chegue o especialista,
de mucosa. começar o apoio c/ bolsa e masc;
~ Epinefrina racêmica : meros taquicardia, ~ Presente o especialista, colocar cateter
Lembrar que: endovenoso, lab, cultivo, iniciar ATBC.
OVAS - CE → Obst completa:
Def: Obstrução parcial ou total da v. 1 - Começar a man de desobstrução rápida
aérea, em crianças entre 6m a 5a. da v. aérea:
● 85% em < 3a; Menores de 1 ano:
● Os produtos aspirados incluem Manobra de aumento da pressão
principalmente alimentos intratorácica.
ou pequenos jogos. ~ Efetuar 5 golpes no dorso c/ pcte em
75% se localiza no arbol bronquial. posição prona;
~ Seguido de 5 compressões torácicas em
QC:
decúbito supino;
1. Brusca, c/ episódios de engasgo
~ Repetir estes presos até o objeto ser
caracterizado por tosse, náusea, dispnéia,
expulso e o bebê possa respirar, tossir ou
cianose
chorar;
2. "Larvada" ou intermitente, c/ episódios
repetidos de atelectasia, pneumonia
recorrente e tosse persistente.
3. Os sinais e sintomas variam de acordo c/
grau de obst:
→ Incompleta: aparece tosse e estridor ~ Se o bebê perde a consciência iniciar
inspiratório. PCR.
→ Completa: asfixia severa, não Maiores de 1 ano:
desobstruir, fazer PCR rapidamente. Man de Heimlich:
~ Colocação das mãos
- Dx:
sobre o epigástrio c/ 1 mão
● 40-80% é interrogatório!
fechada e a outra rodeando
● Confirmação por Rx e/ou endoscopia
o punho;
(só 6-17% dos CE são radiopacos).
~ Pressionará 5x sobre o
- Tto: epigástrio c/ movimentos rápidos dirigidos p/
→ Obst incompleta: trás e p/ acima.
1. Não realizar manobras pl desobstruir a ~Se a manobra falha: cricotomia ou punção
v. áerea; traqueal.
2. Colocar a criança na posição + cômoda
pl resp. (olfateo); Otite
3. Adm 02; Otite Externa
4. Efetuar Rx de pescoço e tórax (se
Def: inflamação e exsudação no conduto
factível);
auditivo externo, na ausência de outros
5. Avisar ao endoscopista.
transtornos, como otite média e mastoidite.
sobre o movimentos de tragar e da
- Conhecida como ouvido mandíbula.
de nadador. ● Prurido;
- A flora normal do conduto auditivo ext se ● Hipoacusia de condução;
compõe principalmente de bact aeróbias e ● Edema e eritema;
incluem Sthap coagulase gram (-), ● Gânglios linfáticos palpáveis e
Corynebacterium, Micrococcus, e dolorosos na região periauricular,
ocasionalmente S. aureus, Strep viridians, - DD: A otite ext difusa pode confundir-se c/
Psedomoras aerugiosa. a furunculose, otite média (OM) e c/ a
- Etiologia: as bact + frequentes são P. mastoidite.
aeruginosa, sobre todo nos casos 👉 Na otite média o tímpano pode estar
relacionados c/ natação, em segundo S. perfurado, intensamente retraído ou
aureus, também pode ser causado por volumoso e imovel, a audição
Enterobacter aerogenes, Proteus mirabilis, geralmente está afetada. Não dói a
K. pneumoniae, difteroides, entre outros. mobilização e palpação.
Com menos freq os fungos também podem
- Tto:
produzir, especialmente Candida e
● Preparados óticos tópicos que
aspergillus em pctes imunodeprimidos.
contêm de ATBC e corticoide (ex.
- Epidemiologia:
neomicina, polimixina ou uma
● Freq máx no verão → otite externa;
quinolona (ciprofloxacino), c/ ou s/
● Freq maior no inverno, em relação c/
hidrocortisona).
infec víricas do trato resp. sup. → otite
● Se a dor é muito intensa adm de
média;
analgésico VO (ex. ibuprofeno);
- QC:
● Casos graves associados a linfadenite
● Dor, hipersensibilidade e exsudado
e febre pode estar indicada a adm de
(sinais clínicos + característicos);
ATBC VO ou parenteral;
● A infecção micótica (otomicose) do
conduto auditivo ext se trata c/ a
limpeza e aplicação de soluções
antifúngicas, (ex. clotrimazol ou
nistatina).

Otite média
Def: presença de exsudado (seroso,
● O início é rápido (geralmente 48h);
mucoso, purulento ou misto) na cavidade
● A otalgia se acentua c/ a
média do ouvido.
manipulação da orelha ou a pressão
- Etiologia: ● Membrana engrossada e eritematosa,
Patógeno + freq de OMA: dor e febre
1- Strep Pneumoniae (30%); ● Hiperemia e sensibilidade em região
2- Haemophilus influenzae (20-25%); mastoidea (crianças pqn e lact).
3- Moraxella catarrhalis (10-15°%); 3. Estágio de supuração
~ Menos habituais: S pyogenes, S aureus,
e + excepcionalmente bacilos anaeróbios e
gram (-) como E coli e Pseudomona
aeruginosa. 4. Estágio de perfuração

- QC:
● Bebês e crianças pequenas
geralmente começam puxando ou
coçando a orelha, no tempo que
padecem problemas de audição, há
5. Estágio de resolução:
febre, exsudado do ouvido,
● Se elimina a infecção e a otorreia;
irritabilidade e vômitos;
● Diminui o engrossamento e o edema;
● Em crianças maiores e adultos:
● Fecha a perfuração;
- Dor de ouvido;
● Melhora da audição;
- Problemas de audição;
- Sensação de ouvido cheio ou pressão no
- Dx: CLÍNICO
ouvido;
- Complicações:
- Febre;
● Mastoidite ag;
- Drenagem do ouvido;
● Paralisia facial;
- Enjoo, náusea ou vômito;
● Labirintite;
- Perda de equilíbrio.
● Meningite;
- Estágios Clinicopatológicos:
● Abscesso cerebral
1. Estágio de hiperemia:
- Tto:
● Se inicia por trocas de pressão
● Sintomático: o tto de eleição em
no ouvido médio.
todos os casos é a analgesia (ex.
● Dura 1-2 d;
ibuprofeno ou paracetamol);
● Pcte apresenta sensação
● Apresenta cura espontânea entre
de plenitude e ligeira hipoacusia.
80-90%;
2. Estágio de exsudação:
● ATBC, se necessário.
● Há produção de soro, fibrina,
~ Amoxi+Clavulanato 40+10 mg/Kg/d,
eritrócitos e leucócitos que
3xd , 6-10d (de eleição);
escapam dos capilares.
Bronquiolite ● Na auscultação: sibilâncias difusas e

👉Def: 1º episódio agudo de estertores.

dificuldade respiratória com ● Em quadros graves: gemidos e

sibilâncias, precedido por um cianoses.

quadro catarral das vias altas - Dx: clínica + exame físico.


(rinite e tosse com ou sem febre) que
afeta crianças menores de 2 anos. - Métodos auxiliares:

● + comum em lactentes de até 1 ano, ● Avaliar a oxigenação pelo oxímetro;

sendo grave em menores de 6 meses. ● As provas de antígenos ou PCR das

● + frequente no outono e inverno; secreções servem para detectar o

● São benignas e autolimitadas. patógeno;

● A bronquiolite viral é extremamente ● Rx de tórax com aumento da

contagiosa. transparência pulmonar e

👉- Etiologia: diafragma plano ou deprimido. As

● Vírus sincicial respiratório - VSR áreas com densidade aumentada

(principal) podem corresponder a pneumonia

● Outros agentes: influenza, vírica ou atelectasia localizada.

parainfluenza, adenovírus e o - DD:

Mycoplasma pneumoniae. ● Em comparação com a asma, a


bronquiolite ocorre em menores de 2
- QC: anos, acompanha-se de febre, não
● A bronquiolite por VSR tem período de apresenta antecedentes de asma
incubação de 4 - 6 dias; pessoal e ou familiar.
● Na primeira fase se apresenta similar ● Outros DD são: corpo estranho, fibrose
ao resfriado com tosse e a rinorreia. cística, pneumonia, asma
● Progride por 3 - 7 dias até uma cardiogênica, refluxo gastroesofágico,
respiração áspera, ruidosa e com lesão obstrutiva congênita das vias
sibilâncias audíveis. aéreas.
● Pode acompanhar febre de baixo grau, - Fatores de risco:
irritabilidade e aumento da respiração. ● Menores de 3 meses.
● No exame físico: ↑ da fase ● Desnutrição grave.
expiratória, aleto nasal, retrações ● Cardiopatias congênitas.
intercostais e atrapamento aéreo ● Prematurez.
com hiperexpansão dos pulmões. ● Imunodeficiência.
● Durante a fase de sibilâncias, a ● Enfermidade pulmonar crônica.
percussão do tórax é timpânica; ● Alto risco social.
- Critérios de gravidade: ● Adrenalina: racêmica ou levógira
● Presença de fatores de risco. 0,05mg/kg a cada 4 horas diluída em
● Cianose. 3cc de soro fisiológico.
● Apneia. ↪ Anticolinérgicos, corticoides e antibióticos
● 9 ou + na escala de Tal. não são recomendados.
● Falta de resposta ao tratamento.
- Critérios de alta:
● Impossibilidade de alimentar-se.
● Normalidade da FR;
👉Pontuação de Tal (gravidade): ● Se alimenta normalmente;
● Não requer oxigênio;
● Cuidador treinado em aspirar com a
pera.
Asma
👉Def: doença inflamatória crônica das
vias respiratórias caracterizada por
obstrução brônquica reversível
(sibilâncias) e hiperresponsividade

● Leve: 5 ou -. brônquica à uma variedade de estímulos

● Moderado: de 6 a 8. com base na inflamação alérgica

● Grave: 9 ou +. mediada por IgE.

- Critérios de internação
● Pacientes com critérios de
gravidade.
● Ambiente familiar desfavorável.

- Tto:
1. Medidas gerais:
● Hidratação.
● Monitorização.
● Oxigenioterapia.
● Alimentação. - Componentes:

● Aspiração de secreções. ● Obstrução reversível das vias

● Posição. respiratórias (broncoespasmos).

2. Tratamento farmacológico: ● Inflamação das vias aéreas.

● Broncodilatadores: Salbutamol: 0,15 a ● Hipercrinia.

0,25mg/kg/dose (máximo de 15 gotas) ● Aumento da sensibilidade das vias

diluído em 3cc de soro fisiológico. aéreas aos estímulos.


- Fatores de risco: - Tto:
● Sexo masculino; ● Controladores:
● Genética; Corticóides inalados.
● Atopia; Antileucotrienos.
● Idade; Beta 2 de ação
● Fatores ambientais. prolongada.
- QC:
● Tosse seca e sibilância expiratória ● Aliviadores:
intermitente. - Beta 2 de ação curta.
● Falta de ar, congestão torácica e - Anticolinérgicos.
aperto no peito. - Corticóides sistêmicos.
● Sintomas respiratórios agravados - Corticóides inalados.
durante a noite. ● Corticoides:
● Cansaço geral. - Orais:
● Sintomas diurnos associados a Prednisona 1 a 2mg/kg por dia.
atividades físicas. Prednisolona 1 a 2mg/kg por dia.
● Desconforto respiratório com - Parenterais:
hiperventilação. Metilprednisolona 1 a 2mg/kg por
● Retrações supraesternais e dia.
intercostais. - Inalados:
● Aleteo nasal. Fluticasona 125 a 250mcg a cada
● Sibilância em ambos os tempos 12 horas.
respiratórios em casos graves. Budesonida 200 a 800mcg a cada
● Na última fase, o fluxo de ar pode ser 12 horas.
tão limitado que não se ouve sibilos.
Pneumonia
👉Def: enfermidade infecciosa
● Perguntar sobre a história anterior de
utilização de broncodilatadores, quer
tenha havido melhoria ou não. caracterizada por uma inflamação do
parênquima pulmonar com
- Dx: compromisso variável dos alvéolos, do
● História clínica. tecido intersticial ou de ambos.
● Exame físico. - Etiologia:
● Estudos laboratoriais.
● Estudos de função pulmonar
(acima dos 6 anos).
- QC: empiema) se produz matidez à
● Início com quadro catarral, percussão e uma ↓ dos ruídos
com febre, tosse e respiratórios.
compromisso geral - Exames complementares:
progressivo. ● Laboratório microbiológico.
● Sinais de dificuldade respiratória (aleto Nas pneumonias víricas os leucócitos
nasal, taquipnéia, retração de partes podem estar normais ou um pouco
moles e gemidos). elevados com predomínio de
● Em menores de 3 anos os achados linfócitos. Na pneumonia bacteriana, os
podem ser inespecíficos. leucócitos tendem a estar muito elevados
● As pneumonias víricas se associam com com predomínio de neutrófilos.
tosse, sibilâncias ou estridor, ● Os vírus podem ser identificados por PCR
apresentando uma febre menor quando ou por detecção rápido do antígeno, mas
comparada com a bacteriana. não descarta pneumonia bacteriana
● As pneumonias bacterianas se associam coexistente*.
com febre alta, calafrios, tosse, ● O dx de pneumonia por tuberculosis é
dispneia e sinais auscultatórios de feito pela prova cutânea da tuberculina.
consolidação pulmonar. ● Na presença de derrame ou empiema
pleural, uma toracocentese para obter o
líquido para estudos se faz necessário.
- Exame físico: ● O Rx é recomendado em pacientes
● Coriza e vermelhidão da faringe. hospitalizados ou que chegam em estado
● ↑ da FR, retração supraesternais e grave, porém não são necessárias para
subcostais. Nos menores há ↑ do confirmar o dx.
diâmetro anteroposterior.
● Auscultação: crepitantes,
subcrepitantes e sopro tubário.
↪ Após diagnosticada a pneumonia, se faz
essencial descartar a presença de
complicações.
● Primeira fase:
- Ruídos respiratórios ↓;
- Crepitantes disseminados e roncos - Critérios de hospitalização:
no campo afetado. ● < 3 meses;
● No momento em que se aparece a ● Comorbilidade;
consolidação ou as complicações da ● Aparência tóxica;
pneumonia (derrame pleural ou ● Pneumonia complicada;
● Distress respiratório; ● Taquipneia e diminuição da
● Falha no tto ambulatorial; mobilidade torácica.
● Intolerância a mx oral; ● ↓ do murmúrio vesicular e do
● Risco social; frênico vocal.


Pneumonia recorrente;
Saturação < 92%.
👉- Classificação:
→Transudado: Filtrado de plasma que é
- Tto: resultado do aumento da pressão
→ RN e < 3 meses hidrostática ou da alteração da
1ª opção: Ampicilina + aminoglicosídeos permeabilidade capilar.
(gentamicina ou amicacina). → Exsudato: Líquido rico em proteínas
→ Lactentes > 3 meses a 5 anos: resultante de uma inflamação local ou
1ª opção: Ampicilina por falha na eliminação de proteínas
→ > 5 anos pelos vasos linfáticos ou por ambos os
1ª opção: Ampicilina ou penicilina mecanismos.
cristalina.
- Considerações especiais:
● Em pneumonia necrosante ou
abscesso pulmonar → cefotaxima +
clindamicina IV.
● Em pacientes graves → cefotaxima +
clindamicina ou cefotaxima +
vancomicina.
● Para pneumonia atípica → azitromicina
ou claritromicina.
● Pacientes com derrame pleural → - Dx:
ampicilina + clindamicina ou → Rx
cefotaxima + clindamicina. ● Rx em AP do tórax detecta quantidades
entre 175 a 200ml de líquido.
Derrame pleural ● Obliteração do seno costefrênico e
Def: acúmulo anormal de líquido na costodiafragmático.
cavidade torácica devido a um desequilíbrio ● Se o espaço do líquido é < 1cm, não é
entre a formação do líquido pleural e sua significativo.
reabsorção.
- QC:
● Tosse e dispneia.
● Dor e matidez.
● Em derrames grandes há ampliação causar edema pulmonar ou hipotensão
dos espaços intercostais e severa.
deslocamento do mediastino. → Exsudado
→ Ecopleura ● Deve-se focar na etiologia.
● Detecta coleções de líquidos a partir de ● ATBC empírica até identificar o
10ml. microrganismo.
● Identificação de zona para a ↪ Tubo pleural: Indicado em todo derrame
toracocentese ou colocação de um complicado.
dreno.
● Identificações de tabicações no líquido Pneumotórax
pleural. Def: presença de ar entre a pleura visceral
● Diferenciação entre líquido pleural e e parietal.
engrossamento da pleura. - QC:
→ Toracocentese ● Dor pleurítica com taquipneia e
● Indicações: isolar o agente etiológico, dispneia.
distinguir o derrame pleural entre ● Na exploração encontramos expansão
transudato ou exsudato e para assimétrica do hemitórax,
identificar a conduta terapêutica. timpanismo e ↓ do murmúrio
● Contraindicações: coagulopatias, vesicular e das vibrações vocais.
infecção no sítio da punção e nos casos ● Os batimentos cardíacos se encontram
de ventilação mecânica com alta deslocado para o lado contralateral.
pressão. - Pneumotórax simples:
→ Toracoscopia e toracotomia Baixa passagem de ar até o espaço pleural,
● Quando não se chega ao dx de derrame às vezes, nem causa sintomas respiratórios
pleural. ou circulatórios, no máximo um tórax
● Permite a visualização direta da pleura e assimétrico.
a tomada dirigida de biópsias pleurais. - Pneumotórax de tensão:
● É uma urgência médica.
- Tto:
● Há um bamboleio mediastínico com
→ Transudado
deslocamento do mediastino para o
● Tratar a enfermidade causante.
hemitórax saudável durante a inspiração
● A toracocentese terapêutica deve ser
e para o hemitórax afetado durante a
realizada quando o derrame é
expiração.
responsável pelos sintomas.
● Presença de um mecanismo valvular
● Não se deve evacuar mais de 20
que permite a entrada de ar, mas não a
ml/kg por procedimento, pois pode
sua saída.
● Causa um colapso do hemitórax que permite a saída de ar, mas não a sua
leva a aparição de hipoventilação e entrada. Colocar um dreno no 5º
hipoxemia com compromisso circulatório espaço intercostal.
com diminuição do retorno venoso e do
gasto cardíaco. Abscesso pulmonar
- Pneumotórax aberto: Def: necrose do
● Urgência médica. parênquima pulmonar
● Quando o diâmetro da ferida supera em causado por uma infecção
1/3 o diâmetro da traquéia. microbiana.
● O aumento de ar na cavidade pleural ● Formação de uma ou várias lesões
produz um colapso pulmonar e um cavitárias intrapulmonares rodeada por
compromisso circulatório. uma parede grossa de tecido
- Dx: inflamatório, com ou sem comunicação
O exame de certeza é o Rx, onde com a via respiratória.
encontramos hiper claridade e aumento ● São secundários a pneumonias
do tamanho do hemitórax afetado, bacterianas.
colapso pulmonar, deslocamento do ● As localizações mais comuns são o
hemidiafragma e do mediastino até o lóbulo posterior superior direito e os
lado contralateral (lado saudável). segmentos apicais de ambos os
lóbulos inferiores.
- Causas:
● Abscessos únicos: aspiração de
corpos estranhos e materiais
contaminados, infecções de cavidade
cística congênitas ou por complicações
de pneumonia bacteriana.
● Abscessos múltiplos: podem ser
- Tto: causados por septicemia estafilocócica,
● No pneumotórax de tensão → fibrose cística, bronquiectasia ou
toracocentese no 2º espaço estados imunodeprimidos.
intercostal na linha hemiclavicular para ↪ Germes + comuns entre os aeróbios:
descomprimir, Colocar um dreno no S. aureus, S. pneumoniae, S. pyogenes e
5º espaço intercostal na linha médio K. pneumoniae. Em pctes
axilar. imunossuprimidos podem ocorrer
● No pneumotórax aberto fechamos a abscessos por fungos e parasitas.
ferida com uma folha de plástico que
- Dx: com o enchimento ventricular esquerdo.
● Baseado no Rx de tórax; ● Quarto tônus: ao final da diástole,
● Encontramos cavidade maior de 2cm coincidindo com a contração atrial, pode
de diâmetro e paredes grossas com não ser audível mesmo em condições
presença de níveis hidroaéreos. fisiológicas.
- Frequência Cardíaca:

● TAC e ecografia servem para identificar


as características da lesão.
- Sopros: Variam de acordo com o
- Tto: momento do ciclo cardíaco em que
● ATBC parenteral com cobertura para aparecem
anaeróbios e antiestafilocócicos.
● A duração do tratamento não deve ser
menos que 4 sem e no mínimo após 2
sem do pcte ter permanecido afebril e
assintomático.

Sistema Cardiovascular
→ Sopros sistólicos:
- Generalidades:
● Pansistólico/holossistólico: só
● Primeiro tônus: fechamento
aparecem na insuf das válvulas
das válvulas atrioventriculares e se ausculta
atrioventriculares e na maioria das
melhor na ponta da zona inferior da borda
comunicações interventriculares.
esquerda do esterno.
● Protossistólicos: característico da
● Segundo tônus: Fechamento das
comunicação interventricular muscular
válvulas sigmóides. Se ausculta na zona
pequena.
superior da borda esternal esquerda.
● Mesossistólicos/telessistólico:
● Terceiro tônus: se ausculta melhor na
associados com patologias leves da
ponta ou zona inferior da borda
válvula mitral.
esternal esquerda. É produzido
→ Sopros diastólicos:
no começo da diástole, coincidindo
● Protodiastólico: surgem na insuf das → Sopros funcionais:
válvulas sigmóides. ● Sopro sistólico de Still.
● Mesodiastólico: ocorre no aumento do ● Sopro de ejeção pulmonar.
fluxo através das válvulas atrioventriculares ● Sopro de ejeção aórtico.
ou na estenose destas. ● Sopro de estenose das ramas
● Telediastólico: característico da pulmonares do neonato.
estenose da válvula mitral ou tricúspide ● Zumbido venoso.
coincidindo com a contração do átrio
correspondente.
👉 Critérios de derivação ao
especialista:
→ Sopros contínuos:
↪ Não realizar radiografia ou ECG em pctes
● Se originam na sístole e sobressai o
assintomáticos na presença de sopro.
segundo ruído, acabando na diástole.
↪ A prova definitiva de cardiopatias
Ocorre quando há uma comunicação entre
congênitas é o ecocardiograma.
um vaso arterial e um venoso.
↪ Os sopros inocentes não devem ser
→ Sopros inocentes:
derivados.
● São sistólicos e não se acompanham de
● Observações para a derivação:
frênicos.
1. Os sopros inocentes são sistólicos
● ↑ a sua intensidade perante febre,
(derivar se são diastólicos);
anemia ou exercício físico.
👉Características dos sopros inocentes: 2. Os sopros inocentes são curtos (derivar
se são longos).
1. Escassa intensidade, grau I, II ou III;
3. Os sopros inocentes são de grau I, II ou
2. Curta duração, proto meso sistólico,
III (derivar caso tenha frênicos).
não irradiam;
4. Os sopros inocentes aparecem entre 1 e
3. Timbre musical;
6 anos (derivar todos os neonatos que
4. Sem frêmito (não se palpam);
apresentarem).
5. Localização topográfica difícil, mal
5. Os sopros inocentes são assintomáticos
definida;
(derivar caso apresente cianose,
6. Variáveis com a postura, exercício e
insuficiência cardíaca ou diminuição dos
momento da exploração;
pulsos femorais).
7. Os + freq em crianças;
6. Reavaliar os sopros presentes em
8. Associados a taquicardia e
situações hemodinamicamente
deformidades torácicas;
aumentadas (febre ou anemia). Caso
9. Tonos cardíacos normais;
persista devemos derivar.
10. Nunca diastólicos. O diatólico é sinal
7. Derivar caso suspeite de uma
certo de cardiopatia.
cromossomopatia ou achados
dismórficos.
8. Derivar em casos de sopros ruidosos ou 2. Pulsometria convencional: onde uma
com alterações no resto da auscultação hemoglobina dessaturada maior de 3-5g/dl
(presença de clic, “chasquido”, terceiro ou se correlaciona a uma saturação de O2
quarto tônus). menor a 85%. Não é útil no diagnóstico de
9. Derivar quando o próprio pediatra não se meta-hemoglobina.
encontra tranquilo com seu significado. 3. Rx: para descartar causas cardíacas ou
10. Derivar quando não se consegue respiratórias.
tranquilizar os pais. 4. ECG: em suspeita de causas cardíacas.
Na meta-hemoglobina grave pode surgir
- Cianose:
👉Def: coloração mucocutânea arritmias.
5. Ecocardiograma.
azulada visível nas mãos e pés (cianose
6. Saturação de oxigênio no braço direito
periférica) ou em zonas como a língua
pré ductal e pós ductal e no membro
ou região peribucal (cianose central).
inferior como comparação.
↪ Ocorre quando a hemoglobina reduzida
(não saturada) é > 5g/dl ou perante a uma
hemoglobina anormal como a
meta-hemoglobina.
👉 A cianose central indica a presença
de sangue dessaturado na corrente
sanguínea. É bilateral e mais visível nas
mucosas.
👉A cianose periférica surge mediante a
dificuldade do retorno venoso,
diminuição do fluxo arterial periférico ou
7. Análise sanguínea com hemograma
por um incremento de sangue venoso na
completo.
pele. São localizadas, assimétricas e
8. Exposição de uma gota de sangue a ar
unilaterais.
ambiente: para o dx de meta-hemoglobina

- Dx: (sangue com tom achocolatado).

● Anamnese;
- Tto:
● Exame físico;
● Estabilização do paciente ( valoração
● Provas complementares:
ABC).
1. Gasometria arterial: indicada em casos
● Adm de oxigênio a 100%.
de cianose central, onde a pressão de O2
● Tto da causa subjacente.
pode estar diminuída.
● Sempre buscar causas cardíacas.
- Síncope: ● Problemas de alimentação.
👉 Def: perda súbita e ● Dificuldade respiratória.
completa da consciência ● Intolerância aos esforços.
associada com perda do ● Fadiga progressiva.
tônus postural. ● Edema (aumento progressivo do
peso).
● É de curta duração e com recuperação ● Tosse persistente.
espontânea, rápida e completa. ● Taquicardia.
● Originada devido ao descenso abrupto ● Ritmo de galope.
do fluxo sanguíneo corporal. ● Pulsos filiformes.
● As síncopes de origem cardíaca se ● Sudoração durante a alimentação.
produzem por baixo gasto cardíaco, ● Anasarca.
alterações estruturais cardiovasculares ● Choque cardiogênico em casos
ou por arritmias. graves.
● As síncopes de origem neurológica ↪ No predomínio de insuf cardíaca
surgem em pacientes com epilepsia, esquerda podemos encontrar taquipneia,
migrâneas ou traumatismos ortopneia, sibilâncias e edema pulmonar
cranioencefálicos. (crepitantes basais).
● A síncope vasovagal ocorre por uma ↓ ↪ No predomínio de insuf cardíaca direita
repentina da FC e da identificamos hepatomegalia, edema e
PA levando a uma ↓ do ingurgitação jugular.
fluxo sanguíneo cerebral. ↪ Nos casos de dilatação grave do
Tendem a aparecer perante ventrículo esquerdo podemos observar
a um episódio de estresse. sopros holossistólicos de insuficiência mitral
ou tricúspide.
● QC: pele pálida, atordoamento, visão
túrgida, náuseas, sensação de calor, suor - Dx:
frio e úmido e bocejos. ● Rx de tórax:
● ECG:
Insuficiência cardíaca
● Ecocardiograma método de

👉Def: sx clínica causada por uma eleição.

disfunção ventricular ou por uma - Tto:


sobrecarga de volume, de pressão ou de ● Eliminar ou aliviar as causas sempre
ambos. que possível.

👉- QC:
● Retardo no crescimento.
● Quando a causa é uma cardiopatia → Betabloqueadores
congênita que precisa de cx, o tto é ● Tem o objetivo de antagonizar os
direcionado para preparar o pcte p/ a cx. efeitos nocivos da ativação simpática
● Se a lesão é irreversível, o tto se no miocárdio.
baseia em permitir que a criança volte ● Não é indicado como medicamento de
as atividades normais pelo maior tempo primeira linha em pacientes pediatras.
possível antes da necessidade de um ● O carvedilol é o medicamento mais
transplante. utilizado.
- Medidas gerais: → Digoxinas:
● Repouso. ● É um agente antiarrítmico que
● Posição semi sentada. aumenta a força de contração e diminui a
● O2 umedecido (nem sempre). frequência cardíaca.
● Restrição hídrica (em ausência de ● Indicado em pacientes com disfunção
desidratação). ventricular e com sintomas de insuficiência.
● Restrição de sódio. ● Não é recomendado em disfunção do
● Manutenção do meio interno ventrículo esquerdo assintomático.
(hematócrito, glicemia, Na, K, Ca e → Inotrópicos
pH). ● Aumenta a força de contração do
- Farmacológico: coração.
→ Diuréticos ● Milrinona e/ou dobutamina como
● Furosemida – Tiazídicos: Indicado medicamentos de primeira linha para
para todos os pacientes com ICC e resgate.
retenção de líquidos para obter um Choque
estado normovolêmico.
● Espironolactona: Melhora a 👉Def: estado fisiológico
sobrevida, mas não por atuar como caracterizado pela perfusão
diurético, mas sim, por bloquear a tissular inadequada para
aldosterona. Efeito aditivo junto com os satisfazer o requerimento metabólico e
IECA. a oxigenação.
→ IECA ↪ A definição de choque não necessita
● Tem o objetivo de interromper a da presença de hipotensão, ou seja,
ativação do eixo renina-angiotensina e pode aparecer independente da pressão.
diminuir o impulso adrenérgico 👉Causas:
cardíaco. ● Volume de sangue ou uma
● Nos casos de disfunção do ventrículo incapacidade de transportar oxigênio
esquerdo descompensado não se (choque hipovolêmico, ou seja,
recomenda como terapia inicial. hemorragia).
● Distribuição inadequada do volume - Tipos de choque:
e fluxo sanguíneo (choque → Choque hipovolêmico
distributivo). ● É o estado clínico do volume
● Má contratilidade cardíaca (choque intravascular diminuído.
cardiogênico). ● É o + comum entre todos os tipos de
● Fluxo sanguíneo obstrutivo choque.
(choque obstrutivo). ● Pode ser por causa extravascular
● As afecções como febre, infecções, (desidratação) ou intravascular
lesões, dificuldade respiratória e dor (hemorragias).
podem contribuir ao choque ● Causas:
aumentando a demanda tissular de ● Diarréia.
O2 e nutrientes. ● Vômitos.
● Hemorragia.
● Ingestão inadequada de líquidos.
● Diurese osmótica (cetoacidose
diabética).Queimaduras extensas.
● Perda de líquido para o terceiro
espaço, ou seja, tecidos.
→ Choque distributivo:

● É caracterizado por uma redução da


resistência vascular sistêmica que
provoca uma distribuição
inadequada do fluxo e volume
sanguíneo.
- Classificação segundo gravidade:
● Inclui:
● Compensado: apresenta sinais
● Choque séptico;
clínicos de perfusão tissular
● Choque anafilático;
inadequada, mas com pressão
● Choque neurogênico.
arterial normal.
● Causas:
↪ QC: taquicardia, preenchimento capilar
● Choque séptico: infecção
lento e diminuição da diurese.
generalizada.
● Descompensado é quando a
● Choque anafilático: resposta
pressão arterial sistólica está
alérgica muito grave e rápida por
diminuída, além de apresentar uma
algum estímulo.
perfusão tissular inadequada.
● Choque neurogênico: lesão
↪ QC: aspecto geral alterado, pulsos
medular.
filiformes, extremidades frias e cianose.
→ Choque cardiogênico: ● Reanimação com líquidos.
● Estado clínico onde se produz uma ● Diminuir agravantes do choque
redução do gasto cardíaco devido a (taquicardia, dor , ansiedade e
uma função cardíaca anormal ou febre).
falha no bombeamento.. ● Monitorização.
● Causa um aumento dos ventrículos ● Estudos complementares.
esquerdo e direito, levando a uma ● Correção das alterações
congestão venosa sistêmica e metabólicas.
pulmonar. ● Administração de medicamentos.
● Causas 2. Reanimação com líquidos:
● Cardiopatias congênitas. ● Adm bolus de 20ml/kg de solução
● Miocardites e miocardiopatias. cristalóide durante um período de
● Arritmias e sepses. 20 min em até 3 vezes.
● Intoxicação ou toxicidade de ● Se o pcte continuar em choque
fármacos. após isso, adm mx inotrópicos.
● Lesão miocárdica. ● Na suspeita de choque
→ Choque obstrutivo: cardiogênico adm de 5 a 10ml/kg e
● Transtorno que afeta fisicamente o buscar sinais de edema pulmonar
fluxo sanguíneo já que limita o retorno e ingurgitação jugular. Na
venoso ao coração ou limita o presença de qualquer um desses
bombeio de sangue do coração. sinais, a hidratação é
● Causas: contraindicada.
● Tamponamento cardíaco. 3. Monitorização:
● Pneumotórax de tensão. ● Saturação de O2.
● Defeitos cardíacos congênitos ● Frequência cardíaca.
(ductos dependentes). ● Pulsos periféricos.
● Embolia pulmonar mássica. ● Enchimento capilar.
● Tamponamento cardíaco. ● Cor e temperatura da pele.
● Pressão arterial.
- Tto:
● Nível de consciência* (é
● Tem o objetivo de melhorar a
importante porque é o que primeiro
perfusão sistêmica e a distribuição de
melhora em uma recuperação).
O2.
● Buscar as perdas que levaram ao
1. Manejo geral:
choque (hemorragias, vômitos,
● Posicionamento.
diarreia e etc).
● Oxigenação.
● Diurese (2-5ml/kg/hora
● Estabelecer acesso venoso.
estabilizado).
- Estudos complementares: - ↓ a resistência vascular sistêmica;.
● Laboratorial: Hemograma - Melhorar o fluxo sanguíneo da A.
(hematócrito); PCR; miocárdica coronária;
procalcitonina (sepse... - Melhorar a contratilidade.
● Rx: de pelve, tórax e cervical → Vasodilatadores:
(traumatismo ou afetação pulmonar e ● Ex: nitroglicerina e nitroprussiato;
ou cardíaco). ● Efeitos:
● TAC e RMN em suspeita de choque - ↓ a resistência vascular sistêmica e o
neurogênico. tônus venoso.
● Eco-fast abdominal em suspeita de → Vasopressores:
choque hemorrágico. ● Ex: adrenalina,dopamina, etc.
● Efeitos:
- Corrigir as alterações:
- ↑ a resistência vascular sistêmica;
● Hipoglicemia e hipocalcemia.
- ↑ a contratilidade (exceto vasopressina).
● Hiper ou hipopotassemia.
● Acidose metabólica.
Reanimação Cardiopulmonar
- Antibioticoterapia:
Def de parada cardíaca: é o cessar da
● Na suspeita de choque séptico circulação sanguínea, causada por
administramos ATBC de amplo atividade mecânica cardíaca ausente ou
espectro. insuficiente.
● Tto empírico inicial com uma ● A principal causa em pediatria:
cefalosporina de 3ª geração + asfixia/hipóxia.
aminoglicosídeos (cefotaxima 200 Def de RCP: é um procedimento que
ou clindamicina). permite salvar a vida de um pcte que
apresenta sinais de parada cardíaca.
– Vasoativos:
● Se compõe de compressões torácicas
→ Ionotrópicos:
e ventilações.
● Ex: dopamina e adrenalina;
● Se não se detecta pulso nem
● Efeitos:
respiração se inicia o RCP;
- ↑ da contratilidade cardíaca;
- Sinais de uma condição que ameaça a
- ↑ FC;
vida:
- Produzir efeitos variáveis na resistência
→ A (vias aéreas): obstrução total ou
vascular sistêmica.
parcialmente grave das vias aéreas.
→ Inibidores da enzima fosfodiesterase:
→ B (boa respiração): apneia, aumento do
● Ex: milrinona;
esforço respiratório ou bradipnéia.
● Efeitos:
→ C (Circulação) pulso fraco ou ausente, 7. Após 5 ciclos ou 2 minutos de RCP,
má perfusão, hipotensão ou bradicardia. verifique o seu pulso e respiração, até à
→ D (Déficit neurológico): falta de chegada do pessoal de apoio.
resposta, diminuição do nível de - Compressão torácicas:
consciência. ● Compressões de 100-120 por minuto
→ E (Exposição): hipotermia e hemorragia em lactentes, crianças e adolescentes.
grave, petéquias ou manchas roxas ● Comprimir com força suficiente para
indicativas de choque séptico ou afundar o tórax um terço da sua
coagulopatia. profundidade. Aproximadamente 4
- Como realizar um RCP de forma correta: cm em lactentes, 5cm em crianças e
1. Coloque o paciente sobre uma superfície 6cm em adolescentes com altura
plana e firme, posição. adulta.
2. Inicie compressões abaixo da linha do ● As compressões em lactentes são
mamilo, sobre a metade inferior do esterno. realizadas com 2 dedos e em crianças
3. Execute compressão de 100 a 120 por com 1 ou 2 mãos.
minuto.
4. Comprimir 1/3 do diâmetro
anteroposterior do doente.
5. No final de cada compressão permitir a
expansão completa do tórax. Minimize as
interrupções.
👉 6. Após cada 30 compressões ● Permitir a expansão do tórax após
cada compressão. Isto permite que o
realizar 2 ventilações de 1 segundo se
sangue chegue ao coração.
estiver sozinho ou 15 compressões e 2
- Ventilações:
ventilações se estiver acompanhado. O
● Uma máscara c/ bolsa adequada deve
peito deve ser levantado durante cada
ser usada, deve cobrir
ventilação.
completamente a boca e o nariz do
pcte sem cobrir os olhos ou sobrepor o
queixo.
● Realizar uma manobra de extensão da
cabeça e elevar a mandíbula para abrir
as v. aéreas.
● Conectar uma fonte de
oxigênio a bolsa de ventilação.
● Se for possível realizar uma intubação
orotraqueal.
- Indicações para intubação orotraqueal:
1. A criança é incapaz de manter a
permeabilidade das vias aéreas ou
proteger contra a aspiração (como ocorre
quando há comprometimento neurológico).
2. A criança não consegue manter uma
oxigenação adequada.
3. A criança é incapaz de controlar os
valores de dióxido de carbono no sangue
ou um equilíbrio ácido-base seguro.
4. Se necessário sedação, relaxamento
muscular ou ambos para um
determinado procedimento.
5. Quando o socorrista prevê
uma deterioração progressiva
que pode conduzir a qualquer
um dos quatro primeiros
pontos.

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