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Exame físico #4

Professora Raquel Emilia


INSPEÇÃO DO TORAX: ARRITMIAS
VENTILATÓRIAS
• Hipoventilação: redução do volume minuto (ar novo que entra): Existirá uma
bradipnéia e os movimentos poderão ser superficiais. Como consequência, a hipoxemia
e a cianose poderão estar presente.
• Pode ocorrer por um trauma, infecção ou intoxicação. Por outro lado, o defeito pode
não ser no comando central, mas periférico, relacionado a via nervosa ou a musculatura
da respiração.
• Hiperventilação: aumento do volume minuto.
• Hiperventilação neurogênica central: movimentos ventilatórios serão amplos,
profundos, regulares e de frequência aumentada.
• Hiperventilação compensatória: frequência pode ser inalterada ou até diminuída, pode
ocorrer períodos de apnéia inspiratória após cada movimento. Terá se emprego da
musculatura abdominal na expiração, próprio das doenças que causam aumento da
resistência das vias aéreas, como na crise de asma e DPOC
AUCULTA DO TÓRAX: AUSCULTA
PULMONAR
• A ausculta pulmonar é o método semiológico mais importante no EF
pulmonar, pois permite analisar o funcionamento pulmonar, devendo ser
realizado em ambiente silencioso e posição cômoda, quando possível.
• O paciente deve estar com tórax despido e respirar pausada e
profundamente, com a boca aberta, sem fazer ruído, idealmente. A ausculta
é realizada com diafragma do estetoscópio, de maneira simétrica nas faces
posterior, laterais e anterior do tórax.
AUCULTA DO TÓRAX: AUSCULTA
PULMONAR
• CLASSIFICAÇÃO DOS SONS PULMONARES:
• Sons normais
• Sons anormais
• Vocais
Os sons normais
• Som traqueal
• Som brônquico
• Murmúrio vesicular
• Som broncovesicular
AUCULTA DO TÓRAX: AUSCULTA
PULMONAR
CLASSIFICAÇÃO DOS SONS PULMONARES
Sons anormais
• Descontínuos: estertores finos e grossos
• Contínuos: roncos, sibilos e estridor
• Sopros
• Atrito pleural
AUCULTA DO TÓRAX: AUSCULTA
PULMONAR
• Sons respiratórios normais
• Os sons respiratórios normais são classificados da seguinte maneira:
• Som traqueal
• Brônquico
• Broncovesicular
• Murmúrio vesicular
• Som traqueal
• Audível na região de projeção da traqueia, no pescoço e região esternal. Origina-se da
passagem de ar da fenda glótica e na própria traqueia.
• Há componente inspiratório – composto por ruído soproso, um pouco rude – e expiratório
– ruído forte e prolongado que ocorre após curto intervalo silencioso.
AUCULTA DO TÓRAX: AUSCULTA
PULMONAR
• Som brônquico
• Som traqueal audível na zona de projeção dos brônquios de maior calibre,
na face anterior do tórax, nas proximidades do esterno.
• Assemelha-se ao som traqueal, diferenciando-se dele apenas por ter
componente expiratório menos intenso.
• Murmúrio vesicular
• Os ruídos respiratórios ouvidos na maior parte do tórax são causados pela
turbulência do ar circulante ao chocar-se contra as saliências das
bifurcações brônquicas, ao passar por cavidades de tamanhos diferentes,
tais como bronquíolos ou alvéolos, ou vice-versa.
AUCULTA DO TÓRAX: AUSCULTA
PULMONAR
• O componente inspiratório é mais intenso, mais duradouro e de tonalidade
mais alta em relação ao componente expiratório que, por sua vez, é mais
fraco, de duração mais curta e tonalidade mais baixa. Não há intervalo
silencioso entre inspiração e expiração, como no som traqueal.
• A diminuição do murmúrio vesicular pode resultar de presença de ar
(pneumotórax), líquido (derrame pleural) e tecido sólido na cavidade
pleural (espessamento pleural); enfisema pulmonar, dor torácica que
impeça ou diminua a movimentação torácica, obstrução das vias aéreas
superiores (espasmo ou edema de glote, obstrução da traqueia), oclusão
parcial ou total de brônquios ou bronquíolos.
AUCULTA DO TÓRAX: AUSCULTA
PULMONAR
Som broncovesicular
• Somam-se características do som brônquico com murmúrio vesicular.
Desse modo, intensidade e duração da inspiração e expiração são de igual
magnitude, ambas um pouco mais forte que murmúrio vesicular, mas sem
alcançar a intensidade do som brônquico.
AUCULTA DO TÓRAX: AUSCULTA
PULMONAR
Sons ou Ruídos Anormais: Ruídos Adventícios
• Descontínuos
• São representados pelos estertores, ruídos audíveis na inspiração ou
expiração, superpondo-se aos sons respiratórios normais. Podem ser
crepitantes (finos) ou subcrepitantes (grossos).
• Os estertores finos ou crepitantes ocorrem no final da inspiração e têm
frequência alta, isto é, são agudos. Curta duração. Não se modificam com a
tosse. Podem ser comparados ao ruído produzido pelo atrito dos fios de
cabelo.
AUCULTA DO TÓRAX: AUSCULTA
PULMONAR
Sons ou Ruídos Anormais
• Descontínuos
• Estertores finos são produzidos pela abertura sequencial das vias respiratórios
anteriormente fechadas, devido à pressão exercida pela presença de líquido ou
exsudato no parênquima pulmonar – isso explica a presença de estertores finos
na pneumonia– ou doenças intersticiais pulmonares.
• Os estertores grossos, bolhosos ou subcrepitantes têm frequência menor e maior
duração que os finos. Podem desaparecer com tosse e são audíveis em todo o
tórax. São audíveis no início da inspiração e durante toda a expiração. Surgem
por causa da abertura e fechamento de vias respiratórias contendo secreção
viscosa e espessa, bem como pelo afrouxamento da estrutura de suporte das
paredes brônquicas. Comuns na bronquite crônica e bronquiectasias.
AUCULTA DO TÓRAX: AUSCULTA
PULMONAR
• Sons ou Ruídos Anormais
• Contínuos: por obstrução de vias aéreas: espasmos, edema, corpo
estranho.
• Podem ser classificados em:
• Roncos
• Sibilos
• Estridor
AUCULTA DO TÓRAX: AUSCULTA
PULMONAR
• Sons ou Ruídos Anormais
• Roncos e sibilos: pontos obstrutivos
• Os roncos são constituídos por sons graves, portanto de baixa frequência e
os sibilos por sons agudos, portanto, alta frequência.
• Ambos originam-se nas vibrações das paredes brônquicas e do conteúdo
gasoso quando há estreitamento desses ductos, seja por espasmo, edema da
parede ou secreção aderida a ela, como ocorre na asma brônquica,
bronquites, bronquiectasias e obstruções localizadas.
• Embora apareçam na inspiração e expiração, predominam nessa. Surgem e
desaparecem em curto período.
AUCULTA DO TÓRAX: AUSCULTA
PULMONAR
• Sons ou Ruídos Anormais
• Roncos, estridor e sibilos
• Os sibilos também se originam de vibrações das paredes bronquiolares e
de seu conteúdo gasoso, aparecendo na inspiração e na expiração.
• Em geral, são múltiplos e disseminados por todo o tórax, quando
provocados por enfermidades que comprometem a árvore brônquica, como
acontece na asma e bronquite.
• Quando bem localizados, indicam semiobstrução por neoplasia 
AUCULTA DO TÓRAX: AUSCULTA
PULMONAR
Sons ou Ruídos Anormais
Roncos, estridor e sibilos
Estridor
• O estridor é um som produzido pela semiobstrução da laringe ou traqueia,
o que pode ser provocado por difteria, laringites agudas, CA de laringe e
estenose de traqueia, edema de glote.
• Quando a respiração é calma e pouco profunda, sua intensidade é pequena.
Entretanto, na hiperpneia, o aumento do fluxo de ar intensifica esse som.
AUSCULTA
PULMONAR
• Referências bibliográfica
• Porto & Porto, Semiologia Médica, 8 ed. 2019.
• Sanar, Semiologia por casos clínicos, 1 ed. 2020. 
AUSCULTA TORÁCICA: AUCULTA CARDÍACA
• O exame físico cardíaco em enfermagem é indicado para paciente com
histórico de doenças cardíacas, suspeita de alguma patologia no coração ou
o exame pode fazer parte de uma rotina de avaliação clínica completa.
• Os principais sinais vitais para uma avaliação cardíaca são a pressão
arterial, a frequência cardíaca e o nível de saturação de oxigênio. Se o
paciente tiver insuficiência cardíaca com congestão pulmonar, a frequência
respiratória também será levada em consideração.
Focos da ausculta cardíaca
Focos de auculta cardíaca
AUSCULTA TORÁCICA: AUCULTA CARDÍACA
• Sons cardíacos normais ( primeira e segunda bulha)
• B1: Ouvido no início da sístole, quando as válvulas mitrais e tricúspide se
fecham (muitas vezes referidas como válvulas atrioventriculares). Então,
B1=M1+T1
• B2: Ouvido no início da diástole, quando as válvulas aórtica e pulmonar se
fecham (muitas vezes referidas como válvulas semilunares). Então, B2=
A2+ P2
• Representados pela anomatopéia “TUM TA”
• B1= TUM
• B2= TA
AUSCULTA TORÁCICA: AUCULTA CARDÍACA
• Sons cardíacos anormais (terceira e quarta bulha)
• TERCEIRA BULHA: B3 -Este é um som cardíaco anormal também
conhecido como “galope”. Ocorre durante períodos de reenchimento
ventricular rápido e está associada à insuficiência cardíaca em adultos ou
idosos, como Insuficiência do ventrículo esquerdo e Insuficiência mitral.
Geralmente está associada à sobrecarga de volume, mas pode ser um som
normal em crianças e adultos jovens e saudáveis.
• Como esse som é grave de baixa frequência, os médicos cardiologistas
pode auscultar com estetoscópio com campânula, no foco mitral e em
decúbito lateral esquerdo
AUSCULTA TORÁCICA: AUCULTA CARDÍACA
• Sons cardíacos anormais (terceira e quarta bulha)
• QUARTA BULHA: B4 -Este é um som cardíaco anormal, às vezes
chamado de “galope atrial” que ocorre quando os átrios empurram o
sangue para um ventrículo hipertrófico ou rígido. Por isso está associa.do a
sobrecarga de pressão.
• Ocorre logo antes da sístole.
• Esta relacionada à coronariopatia, miocardiopatia, HAS e estenose aórtica
fixação
• Videos youtube
• SONS PULMONARES
• https://youtu.be/IEmtZkh9wjk
• SONS PULMONARES ANORMAIS – RUIDOS ADVENTÍCIOS
• https://youtu.be/A274qdnqSP0
• SONS CARDIACOS NORMAIS
• https://youtu.be/NFb3K3I5s7w
• AUSCULTA CARDÍACA – TERCEIRA E QUARTA BULHA
• https://youtu.be/d8jJerXTS38

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