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Semiologia Respiratória
Tórax chato ou plano= Possui uma parede anterior em que perde sua convexidade normal,
havendo por isso redução do diâmetro anteroposterior. As costelas aumentam sua inclinação,
os espaços intercostais se reduzem e o ângulo de Louis torna-se mais nítido. As clavículas são
mais oblíquas e salientes, e as fossas supra- e infraclaviculares, mais profundas. No tórax chato
ou plano a musculatura é pouco desenvolvida devido as omoplatas estarem baixa, afastando-se
do tórax, caracterizando o Tórax alado.
Tórax em tonel ou globoso= Caracteriza-se pelo aumento exagerado do diâmetro
anteroposterior, maior horizontalização dos arcos costais e abaulamento da coluna dorsal, o que
torna o tórax mais curto. Esse típico de tórax ocorre na DPOC.
Tórax cônico ou em sino= É aquele que tem sua parte inferior exageradamente alargada,
lembrando um tronco de cone ou sino. É encontrado nas hepatomegalias e ascites volumosas.
Tórax cifótico= Tem como característica principal a curvatura da coluna dorsal, formando uma
gibosidade. Pode ser de origem congênita ou resultar de postura defeituosa. Também a
tuberculose óssea (mal de Pott), a osteomielite ou as neoplasias podem ser responsáveis por
essa deformidade.
Tórax cifoescoliótico= Apresenta, além da cifose, um desvio da coluna para o lado (escoliose).
As formas leves dessas duas últimas deformidades são comuns e desprovidas de significado
patológico.
Inspeção dinâmica: Observa-se os movimentos respiratórios, suas características e alterações.
Palpação: serve para complementar a inspeção e também para avaliar a mobilidade da caixa
torácica.
Percussão: Deve-se iniciar a percussão do tórax pela sua face posterior, de cima para baixo,
ficando o médico atrás e à esquerda do paciente. Percute-se separadamente cada hemitórax.
Em uma segunda etapa, percutir comparativa e simetricamente as várias regiões. A mão
esquerda, com os dedos ligeiramente separados, deve apoiar-se suavemente sobre a parede, e
o dedo médio, sobre o qual se percute, exerce apenas uma leve pressão sobre o tórax.
Tonalidades de som obtidas são: (1) som claro pulmonar ou sonoridade pulmonar nas áreas de
projeção dos pulmões; (2) som timpânico no espaço de Traube; (3) som submaciço na região
inferior do esterno; ( 4) som maciço na região inframamária direita (macicez hepática) e na
região precordial.
Murmúrio vesícular= Ausculta-se o murmúrio vesicular em quase todo o tórax, com exceção
apenas das regiões esternal superior, interescapulovertebral direita e no nível da 3 e 4 vértebras
dorsais. Nestas áreas, ouve-se o som broncovesicular. As principais modificações do murmúrio
vesicular são a diminuição ou o aumento de sua intensidade e o prolongamento do componente
expiratório. Murmúrio vesicular mais intenso ocorre quando o paciente respira amplamente e
com a boca aberta, após esforço, em crianças e em pessoas emagrecidas.
Ruídos adventícios descontínuos= São apenas os estertores, que são audíveis na inspiração ou
na expiração, podem ser estertores finos(Crepitações finas ou crepitantes) que são agudos, tem
duração curta e ocorrem no final da inspiração e estertores grossos(Bolhosos), a qual são
audíveis no início da inspiração e durante toda a expiração e são formados na abertura e
fechamento das vias respiratórias contendo secreção viscosa e espessa, bem como pelo
afrouxamento da estrutura de suporte das paredes brônquicas.
Ruídos adventícios contínuos= São Sopros, Roncos, Sibilos, Estridor e Atrito pleural.
Roncos são sons graves e é formado nas vibrações das paredes brônquicas e do conteúdo gasoso
quando há estreitamento dos ductos devido ao edema na parede ou secreção aderida na
parede, por exemplo, bronquite. Aparecem na inspiração como na expiração, mas predominam
na expiração. É fugaz, mutável, surgindo e desaparecendo em um curto período de tempo.
Sopros podem ser tubários, cavitários e anfóricos, na qual ocorrem quando o pulmão perde a
sua textura normal.
Atrito pleural é ruído irregular, descontínuo, mais intenso na inspiração, com frequência
comparado ao ranger de couro atritado, e representa um som de duração maior e com
frequência baixa, de tonalidade grave, o que torna fácil distingui-lo dos estertores. Para
reconhecê-lo, o examinador pode imitá-lo colocando uma das mãos de encontro ao próprio
ouvido e atritando-o com a outra mão, com forte pressão.
Pontos pulmonares
São os focos de ausculta, a qual deve ser feita primeiramente no dorso, na região interescapulo-
vertebral de forma simétrica, na região lateral que corresponde a região axilar e infra-axilar e
posteriormente na região anterior do tórax no ápice e base do pulmão.