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ÉRICA LUANA – MED XI – UNIRV – 4ºP

Os analgésicos são agentes que aliviam a dor sem causar inconsciência

• AÇÃO CENTRAL H Analgésicos opioides


• AÇÃO CENTRAL E PERIFÉRICA H Anti-inflamatório não-esteroidais
• AÇÃO LOCAL H Anestésicos locais
• Outros não-opioides de ação central H antidepressivos, sedativos, hipnóticos, anticonvulsivantes, fármacos
utilizados no tratamento da enxaqueca, etc.

• É a percepção do estímulo nocivo, não levando em conta o componente emocional


• A nocicepção é somente o circuito, onde teve a lesão até o córtex somatossensorial H forma como o impulso
elétrico chega na via da dor
• Nociceptores: terminações nervosas livres
(receptores) que detectam os estímulos
lesivos/doloroso
• Outras terminológicas:
→ Hiperalgesia: induz o estimulo nocivo, mas relata
a dor de uma forma mais intensa do que ela
deveria ser
→ Alodinia: quando promove o estimulo não Analgesia
nocivo, mas o paciente sente a dor (não deveria Antinocicepção
sentir a dor)
→ Hipoalgesia: induz o estimulo nocivo, mas relata
nível de dor menor do que deveria sentir
→ Antinocicepção
→ Analgesia: qualquer nível de redução da Hipoalgesia
intensidade dolorosa

Os analgésicos opioides não tem eficácia em dores neuropáticas e psicogênicas, são mais efetivos onde tem lesão
tecidual

NOCICEPTIVA/INFLAMATÓRIA:
• Presença de um estímulo doloroso em nociceptores
• Desempenha função biológica importante (alerta o corpo para um perigo iminente e o informa da ocorrência e o
informa da ocorrência da lesão/dano tecidual)
• Dor somática ou dor visceral

NEUROPÁTICA:
• Desencadeada por lesão primária (nociceptores) ou disfunção neural
• Não parece desempenhar qualquer função útil, consequentemente difícil de diagnosticar e tratar
• Dor de membro fantasma, neuropatia diabética

PSICOGÊNICA/DISFUNDIONAL:
• Causada por processos mentais de quem a refere
• Rara; muitas vezes sobrestimada
• Dor psicossomática, fibromialgia
DOR RÁPIDA/AGUDA/SOMÁTICA

• Fibras do tipo A
• Dor pontual, em agulhada, aguda elétrica H agulha introduzida na pele, pele cortada por faca, pele queimada,
choque elétrico
• Sentida dentro de 0,1 seg após aplicação do estímulo doloroso
• Não sentida nos tecidos profundos do corpo
• Trato neoespinotalâmico

DOR LENTA/ CRÔNICA/ VISCERAL

• Fibras do tipo C
• Dor em queimação, persistente, pulsátil, nauseante, crônica H associada à destruição tecidual
• Sentida após 1 seg ou mais, aumentando lentamente durante vários seg ou min
• Pode ocorrer na pele e tecidos profundos
• Trato paleoespinotalâmico

• Para sentir dor, ativa o nociceptor periférico que manda impulso elétrico para o SNC na região do córtex
somatossensorial, onde vai interpretar o estimulo elétrico como dor
• Nociceptores: neurônios sensoriais primários, aferentes, de “alto limiar” que necessitam de um forte estímulo capaz
de lesar potencialmente o tecido para a despolarização de suas terminações nervosas

Ativa o nociceptor H tem a lesão H ocorre o estimulo mecânico, térmico ou


químico H libera bradicinina, PGs, 5-HT, histamina, ATP ou ácido lático H o
nociceptor atravessa o corno dorsal da medula onde faz uma sinapse H ativa
neurônio de 2ª ordem libera algum neurotransmissor excitatório (substância P,
neurocinina, glutamato ou CGRP) H 2ª neurônio faz a via ântero-lateral H sobe
lateralmente H faz sinapse com neurônio de 3ª ordem no tálamo H esse
manda informação para a região somatossensorial H impulso elétrico
reconhecido como dor

Hipotalamo H resposta autonômica H sudorese, taquicardia

Sistema límbico H como interpreta a dor


• Um potencial de ação que se inicia da periferia ativa os canais de
cálcio pré-sinápticos sensíveis à voltagem, resultando em influxo
de cálcio e liberação subseqüente das vesículas sinápticas.
• A seguir, os neurotransmissores liberados (isto é, glutamato e
neuropeptídios, como o peptídio relacionado com o gene da
calcitonina [CGRP] e a substância P) atuam sobre receptores
póssinápticos.
• A estimulação dos receptores de glutamato ionotrópicos leva a
uma despolarização pós-sináptica rápida, enquanto a ativação de
outros receptores moduladores medeia uma despolarização mais
lenta.
• A despolarização póssináptica, quando suficiente, leva à produção
de potencial de ação (geração de sinal) no neurônio transmissor
secundário.

Quando a informação de dor chega ao córtex, tem o mecanismo


protetor H volta na via inibitória descendente H reduz a
informação de dor H os mediadores saem do córtex H passa pelo
tronco encefálico H chega no corno dorsal da medula H bloqueia
a informação

Informações corticais e hipotalâmicas enviam projeções à PAG


(rica em encefalinas H analgesia intensa)

PAG H bulbo (NRM) H liberação de 5-HT e encefalinas H SG


(corno dorsal da medula)

Retroalimentação do sistema inibitório descendente: NRPG


(neurônios espinotalâmicos) H NRM

LC H corno dorsal da medula (efeito inibitório)

• Principais compostos
envolvidos: norepinefrina
e serotonina; opioides
(endorfinas, encefalinas e
dinorfinas); GABA e
glicina
• A norepinefrina, o GABA e os opióides liberados por neurônios inibitórios descendentes e/ou de circuito local atuam
em nível tanto pré-sináptico quanto pós-sináptico, inibindo a neurotransmissão., e diminuindo a sensação de dor
• A inibição pré-sináptica é mediada através da atividade reduzida dos canais de cálcio sensíveis à voltagem, enquanto
a inibição pós-sináptica é mediada primariamente pelo aumento do influxo de cloreto e efluxo de potássio.

Ocorre a lesão tecidual (ex.: chutar o sofá) H ativa a fibra C


(primária) H ativa o neurônio secundário H manda informação
para cima

Quando faz “massagem” no local que machucou H ativa o


mecano ou termorreceptor H essa informação cruza o mesmo
lugar do estimulo da dor H o mecanorreceptor ativa o
interneurônio gabaérgico H inibe o neurônio de 2ª ordem

Substâncias que mimetizam os efeitos das endorfinas endógenas sobre o SNC e SNP, empregados tipicamente no
tratamento da dor aguda, de moderada a grave, e dor crônica, resultante de câncer e outras doenças.

PRINCIPAIS REPRESENTANTES

Sempre começar com agente menos


potente e depois ir passando para o mais potente

Vão atuar nos receptores opioides


 
• Distribuido por todo sistema SNC e SNP H córtex, amigdala, tálamo, hipotálamo, tronco encefálico e medula
•  H está tanto na periferia como no sistema nervoso central; é importante para nível terapeutico e diversos;
responsável pela maioria dos efeitos analgésicos dos opioides e alguns efeitos idnesejáveis (depressão respiratória,
constipação, euforia, sedação e dependência)
•  H mais importantes nas vias periféricas, mas que também contribuem para a analgesia
• K H contribuem para a analgesia a nível medula e podem induzir sedação e disforia, porem produzem poucos efeitos
indesejáveis e não contribuem para a dependência

Mecanismo de ação
Objetivo: não deixar a via nocicptiva acontecer!!!!

• Os analgésicos são agonitas dos receptores opoidoies, esses são aclopados a proteína G inibitória → quanto
ativada, inibe o neuronio
• Receptor Gi → inibe adenilato ciclase → reduz cAMP → reduz proteina quinase → não ocorre fosforilação dos
canais → não acontece neurotransmissão
• Receptor Gi → não ativa proteína quinase → não abre canal de Ca+ → não ocorre neurotransmissão
• Receptor Gi → abre canal de K+ → K+ sai da célula → hiperpolariza neurônio → reduz excitabilidade neuronal →
não ocorre neutransmissão

• O uso de analgésicos opioides, tem o objetivo de fazer


com que a informação pare de subir para o cerebro.
Com o uso do agonista opioide no neuronio pré, inibe
o neuronio e bloqueia o canal de Ca+ não deixando
acontecer neurotransmissão para o neuronio de 2ª
ordem

Bloqueiam a passagem da
sensação dolorosa dos
aferentes no corno dorsal da
medula
Fonte: sanarlfix

• Analgesia
• Anestesia (efeito sedativo, ansiolótico e analgésico)
• Tosse
• Diarreia
A escolha e via de adm dependem da natureza e duração da
dor !!!

ABORDAGEM PROGRESSIVA:

1. Agentes antiinflamatórios não-esteroidais


2. Analgésicos opioides menos potentes + adjuvantes
3. Analgésicos opioides mais potentes + adjuvantes
• Dor aguda intensa (traumatismos, queimaduras, dor
pós-operatória) → analgésicos potentes
• Morfina, fentanil → via parenteral
• Dor inflamatória (artrites)
• AINES suplementados por agentes opioides
menos potentes (coideina, pentazocina → via oral)
• Dor intensa (câncer, artrite grave ou lombalgia) →
opioides potentes v.o., i.t., s.c.
• Comum o uso de sistemas de infusão
controlados pelo paciente
• Dor neuropática → não responde aos opioides
• Agentes antidepressivos ou outras especificas

• Opioides fracos:
codeína e tramadol.

• Opioides fortes:
morfina, oxicodona,
metadona, fentanila,
hidromorfona

• Náusea; vômito; constipação


• Depressão respiratória!!!
• Comprometimento cognitivo; sedação; vertigem; tontura
• Hipotensão ortostática; desmaio
• Coceira; miose!!; sudorese; retenção urinária
• Tratamento com naloxona intravenosa: risco de abstinência severa
Quando fazer:
• A intensidade da dor é maior ou igual a 4 (escalada 0 a 10), a despeito do aumento da dose de morfina
• O paciente apresenta mioclonia, alucinação ou delírio
• Ocorrem náuseas e vômitos
• Há sedação excessiva
• Ocorre toxicidade local
• Há necessidade de vias alternativas
• O custo é alto
• Falta aceitação pelo paciente

É causada por: • Rápida e bem definida (12 – 24 h da adm da


• Aumento da degradação metabólica morfina)
• Afinidade reduzida dos opioides pelos seus receptores • Se estende tanto para o efeito analgésico,
• Regulação decrescente dos receptores opioides como para os efeitos adversos
• Inibição da liberação de opioides endógenos • Ocorre tolerância cruzada entre fármacos que
atuam no mesmo receptor, mas não entre
opioides que agem em receptores diferentes

• Aparece quando faz interrupção abrupta ou uso de antagonistas Quando acontece:

→ Uso de forma compulsiva para solução de


conflitos e não para alivio de dor
→ Aumenta a dose por conta própria
→ Não aceita a prescrição, pede mais
medicação, solicita receita de vários
médicos
→ Não aceita mudança no tratamento
→ Apresenta alteração de comportamento
→ Usa o opioide apesar dos efeitos colaterais
provocados pela dose excessiva
Naloxona e Naltrexona
Bloqueiam os receptores ,  e K

• Indicado para reversão da depressão respiratória, sedação e hipotensão causada por opioide
• + outras medidas de ressuscitação: ventilação artificial, vias aéreas livres, massagens cardíacas e agentes
vasopressores
• Síndrome de abstinência: dores no corpo, diarreia, taquicardia, febre, rinite, espirro, arrepio, sudorese, bocejo,
náusea ou vômito, nervosismo, agitação ou irritabilidade, calafrios ou tremores, cólicas abdominais, fraqueza e
hipertensão

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