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COMPLACÊNCIA PULMONAR

No ser humano adulto, a complacência total normal para ambos os pulmões


é de aproximadamente 200 ml/cm de água. Isto quer dizer que toda vez que a
pressão transpulmonar para cada unidade acrescida na pressão
transpulmonar, é chamado de complacência pulmonar.

As variações do volume pulmonar em relação às variações na pressão


transpulmonar são diferentes, uma abrangea relação da inspiração e outra da
expiração. As forças elásticas do tecido pulmonar são determinadas
principalmente pela elastína e fibras colágenas entremeadas no parênquima
pulmonar. No estado de deflação ocorrido nos pulmões essas fibras estão
elasticamente contraídas e onduladas, e quando os pulmões estão expandidos,
as fibras estão elasticamente contraídas e onduladas, e quando os pulmões
estão expandidos, as fibras tornam-se estiradas, sem ondulações e portanto
alongadas.

As forças elásticas provocadas pela tensão superficial são muito mais


complexas, todavia a tensão superficial e responsável por aproximadamente 2
terços do total das forças elásticas pulmonares varia acentuadamente quando
a substância surfactante não esta presente no liquido alveolar. Portanto
basicamente a complacência do pulmão é a relação entre volume e pressão
pulmonar, ou seja, na inspiração, o começo é com baixo volume pulmonar, em
que as moléculas de liquido estão mais próximas e as forças intermoleculares
são mais altas, para insuflar o pulmão, é preciso primeiro romper essas forças
intermoleculares. Na expiração o começo é com alto volume pulmonar, em que
as forças intermoleculares entre as moléculas de liquido são baixas, não é
preciso romper as forças intermoleculares para desinsuflar o pulmão.

SURFACTANTE E TENSÃO SUPERFICIAL

Acontece quando a água forma uma interface com o ar, as moléculas de


água nesta superfície têm uma força extra de atração continua. Devido a isso,
a superfície de água esta sempre tendendo a contrair-se. Nas superfícies
internas dos alvéolos, a água tende a expulsar o ar dos alvéolos através dos
brônquios e dessa maneira os alvéolos tendem ao colapso, quando isso ocorre
em todos os espaços aéreos pulmonares, provoca uma forma elástica contrátil
nos pulmões que se chama de força elástica de tensão superficial. Já o
surfactante é um agente tensoativo superficial que é secretado por células
epiteliais especializadas secretoras de surfactante. É uma mistura complexa
de vários fosfolipídios, proteínas e íons. O fosfolipideo mais importante e o
fosfolipideos DIPALMITOILFOSFATIDILCOLINA, que é responsável pela
redução da tensão superficial. Ele não se dissolve no liquido, espelha-se sobre
a sua superfície, pois uma porção de cada molécula fosfolipidica é hidrofílica
dissolvendo-se na superfície aquosa dos alvéolos, já a porção lipidica da
molécula é hidrofólica e está em direção do ar. A pressão de colapso alveolar
produzida pela tensão superficial é de 4 cm de pressão de água ou 3 mmhg e
são revestida de água. O surfactante é importante para reduzir a pressão
transpulmonar.

PRESSAO INTRAPLEURAL E PNEUMOTÓRAX

Para entender as conseqüências do pneumotórax é preciso primeiro


reconhecer que, normalmente, o espaço intrapleural tem pressão
negativa( menor do que a atmosférica). A pressão intrapleural negativa e criada
por duas forças elásticas que atuam nos espaços. Os pulmões tendem a
colapsar e a parede torácica tende a expandir quando as duas forças apertam
o espaço intrapelura forma a pressão negativa quando isso
naoaconteceospulmoes se retraem e a parede se distende (impede a retração
dos pulmões e a distensão da parede torácica). Existem duas conseqüências
importantes do pneumotórax: 1º - não existe mais pressão intrapleural negativa
para manter aberto os pulmões que se colapsaram, 2º - não existe mais
pressão intrapleural negativa para impedir a pressão da parede torácica, que
se expande.

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