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INTRODUÇÃO

O presente trabalho na Disciplina de Microbiologia é sobre a tuberculose, mas concretamente


a tuberculose pulmonar, visto que a tuberculose pulmonar a transmissão ocorre pelas vias
aéreas, seja durante a fala, espirro ou tosse das pessoas com a tuberculose ativa, que acabam
lançando no ar partículas em forma de aerossóis que contêm os bacilos…Abordaremos os
conceitos, os principais tipos de tuberculose, a tuberculose pulmonar, as causa, sintomas,
tratamento, diagnostico e as medidas de transmissão.
São objctivos deste trabalho sabermos o que é tuberculose pulmonar? Quais são os sintomas
da tuberculose pulmonar? O que causa a tuberculose pulmonar? Como diagnosticar a
tuberculose pulmonar? Quais são as formas de tratamento da tuberculose pulmonar? E Como
prevenir da tuberculose pulmonar? e também para adquirir conhecimentos básicos dessa
doença para o nosso bem dia-a-dia da nossa carreira profissional.
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, enriquecida com o contributo de cada
membro do grupo.

TUBERCULOSE

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A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada por uma micobactéria que pode
atingir diferentes órgãos, como pulmão, pleura, ossos, sistema nervoso, linfonodos, intestinos
e o sistema genitourinário.

É uma doença contagiosa e a transmissão é direta, de pessoa a pessoa. Portanto, a


aglomeração de indivíduos é o principal fator de transmissão. A pessoa com tuberculose
expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso,
que é aspirado por outra pessoa.

Embora o único meio de transmissão da doença seja por vias aéreas, a bactéria pode entrar na
corrente sanguínea e infectar outros órgãos, mesmo sem se manifestar. Cada sistema
imunológico funciona de uma maneira diferente à contaminação.

TIPOS DE TUBERCULOSE

 Tuberculose Pulmonar
 Tuberculose Ganglionar
 Tuberculose Pleural

Tuberculose Pulmonar é uma doença grave provocada por uma bactéria (bacilo de Koch) e
que pode ser fatal. Para além do sistema respiratório, a tuberculose também pode afetar
outros órgãos.
tuberculose primária é a forma mais comum após a infeção pelo bacilo. Resulta numa
pequena área de pneumonite (ocupando geralmente o terço médio do pulmão) e por uma
adenomegalia hilar e/ou mediastínica homolateral - complexo primário. Após esta fase
inicial, o sistema imunológico ou imunitário (sistema de defesa do organismo), geralmente,
evita que a doença se propague, mas pode abrigar as micobactérias que causam tuberculose.
Por este motivo, faz-se uma distinção entre dois tipos de tuberculose:

 Tuberculose latente - situação em que existe uma infeção por tuberculose, mas as
bactérias permanecem no corpo num estado inativo e não causam sintomas. A
tuberculose latente não é contagiosa. A tuberculose latente, também é chamada de
tuberculose inativa ou tuberculose infeção. A tuberculose latente pode transformar-se

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em tuberculose ativa, daí que a instituição de tratamento adequado e atempado seja
muito importante, não só para debelar a tuberculose latente na pessoa afetada, mas
também para ajudar a controlar a propagação a outros indivíduos.

 Tuberculose ativa - nesta situação, a doença pode contagiar outros indivíduos. Esta
reativação ou tuberculose secundária pode ocorrer nas primeiras semanas após a
infeção ou pode ocorrer anos mais tarde. Não podemos falar em período de incubação
da tuberculose, mas o processo de transformação de tuberculose infeção em doença
pode demorar anos ou inclusive nunca ocorrer.

O risco de adquirir a tuberculose é maior em pessoas com idade muito jovem ou muito
avançada (idosos). Apesar do risco ser semelhante nos homens e nas mulheres, os homens
possuem uma maior incidência devido aos fatores de risco serem mais predominantes no sexo
masculino. Nomeadamente a infecção pelo HIV, alcoolismo, tabagismo, toxicodependência.

CAUSAS DA TUBERCULOSE PULMONAR


O agente etiológico (agente causador) da tuberculose é o bacilo de Koch (nome cientifico da
bactéria - mycobacterium tuberculosis) que se propaga de pessoa para pessoa através de
gotículas microscópicas liberadas para o ar. Essas gotículas microscópicas podem ser
libertadas para o ar quando alguém com a forma ativa de tuberculose não tratada, fala,
espirra, ri ou canta.

Embora a tuberculose seja contagiosa, a sua propagação (contágio de outras pessoas) não é
fácil de acontecer. A tuberculose é transmitida por pessoas com quem mantém contacto diário
(alguém com quem vive ou trabalha) mais facilmente. Menos provável é que a tuberculose
seja transmitida por uma pessoa estranha, com a qual mantenha contactos esporádicos.

A maioria das pessoas com tuberculose ativa que teve tratamento adequado com fármacos
durante pelo menos duas semanas já não é contagiosa.

As pessoas com um sistema imunológico (sistema de defesa do organismo) enfraquecido


são mais suscetíveis de serem infetadas. Um sistema imunológico saudável, muitas vezes,
consegue combater com sucesso as bactérias da tuberculose. Algumas doenças podem
enfraquecer o sistema imunológico. Por exemplo, o número de casos de tuberculose
aumentou dramaticamente devido à disseminação do HIV, o vírus que causa a SIDA. A

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infeção pelo HIV deprime o sistema imunológico (sistema de defesa do organismo), tornando
mais difícil o combate contra as bactérias. Como resultado, as pessoas com HIV são muitas
vezes mais propensas a contrair tuberculose e a evoluir de doença latente para ativa do que as
pessoas que não estão infetadas pelo HIV.

SINAIS E SINTOMAS DA TUBERCULOSE PULMONAR


Os sintomas são variáveis, dependendo da imunidade de cada pessoa. Alguns pacientes não
exibem nenhum indício da tuberculose, enquanto outros apresentam sintomas exuberantes.
Os sinais e sintomas mais frequentes são:
 Tosse por mais de duas semanas;
 Produção de catarro;
 Febre;
 Sudorese;
 Cansaço;
 Dor no peito;
 Falta de apetite;
 Emagrecimento;
 Escarro com sangue em casos mais graves.
No começo da doença, podemos identificar alguns sintomas iniciais: febre (temperatura
corporal elevada), perda de peso inexplicada, suores noturnos ou tosse persistente, que podem
variar de acordo com vários fatores. No entanto, estes sinais e sintomas podem resultar de
outras doenças pulmonares, ou que afetem até outros órgãos. Perante estes primeiros
sintomas deve procurar o seu médico pneumologista (especialista em pneumologia) com
urgência.

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DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE PULMONAR
Durante o exame físico, o seu médico pneumologista (especialista em pneumologia) irá
verificar se os nódulos linfáticos estão aumentados. O médico, através de um estetoscópio, irá
auscultar atentamente os sons que os pulmões emitem, enquanto o doente respira.

A ferramenta de diagnóstico mais frequentemente utilizada para a tuberculose é a prova de


Mantoux, embora os exames de sangue sejam comuns. Uma pequena quantidade de uma
substância chamada PPD tuberculina é injetada logo abaixo da pele do antebraço. Após 48 a
72 horas, uma enfermeira verificará o braço para avaliar a reação no local da injeção.
Enduração e elevação significam que provavelmente existirá uma infeção por tuberculose. O
tamanho da reação determina se os resultados do teste são significativos.

Se existir uma prova de Matoux positiva, o médico pode solicitar a realização de um Raio X
(RX) de tórax. Se o RX de tórax apresentar sinais de tuberculose pulmonar, deverão ser
colhidas amostras da expetoração (“escarro”) para pesquisa BAAR (bacilo álcool ácido
resistente). Veja imagens de um pulmão com tubérculos ao raio X (RX).

Além disso, estas amostras também podem ser usadas para testar os fármacos da tuberculose
e identificar as estirpes resistentes. Isto ajuda o médico a escolher os medicamentos que
apresentam maior probabilidade de tratar eficazmente a doença.

Os testes podem demorar entre quatro a oito semanas para serem concluídos. Estas
recomendações aplicam-se apenas a adultos, a tuberculose na criança ou no bebé (tuberculose
infantil) possui uma abordagem diferente.

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Para além das análises e exames atrás mencionados, o médico pode solicitar outros, como por
exemplo a broncoscopia flexível ou fibrobroncoscopia, a tomografia computorizada (TC ou
TAC), entre outros.

Radiografia de tórax
Em adultos, um infiltrado multinodular acima ou atrás da clavícula é mais característico de
TB ativa; ele sugere reativação da doença. Ele é mais bem visualizado na incidência
apicolordótica ou por TC do tórax.

Infiltrados nas áreas média e inferior do pulmão são inespecíficos, mas deve levantar a
suspeitar de tuberculose primária em pacientes (normalmente jovens) cujos sintomas ou
história de exposição sugiram infecção recente, em particular se houver derrame pleural.

Pode haver nódulos hilares calcificados; eles podem resultar de tuberculose primária, mas
também resultam de histoplasmose em regiões endêmicas.

EXAME, CULTURA E TESTE DE ESCARRO


Exame de escarro é a base do diagnóstico da tuberculose pulmonar. Há muito tempo
procura-se um teste diagnóstico não baseado no escarro porque este é frequentemente difícil
de coletar; existem testes respiratórios e urinários e os exames de urina provaram ser úteis no
diagnóstico da TB em pessoas com infecção pelo HIV.
Pacientes que não podem produzir escarro espontaneamente podem ter este processo
induzido por meio de aerossol salino hipertônico.
Caso contrário, lavagens brônquicas que são particularmente sensíveis podem ser obtidas por
meio de broncoscopia por fibra óptica. Como o escarro induzido e a broncoscopia implicam
em risco de infecção para a equipe médica, estes procedimentos devem ser feitos como um
último recurso em casos selecionados.

Em geral, o primeiro passo no exame de escarro é o exame microscópico para verificar a


existência de bacilos álcool-ácido-resistentes (BAAR). Bacilos da tuberculose são
nominalmente Gram-positivos, mas a coloração de Gram é inconsistente; amostras são mais

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bem preparadas com corantes de Ziehl-Neelsen ou Kinyoun para microscopia óptica
convencional ou coloração com fluorocromo para microscopia fluorescente mais sensível. A
baciloscopia pode detectar cerca de 10.000 bacilos/mL no escarro, tornando-a insensível
quando ha menor quantidade de bacilos, como ocorre na reativação precoce ou nos pacientes
com coinfecção pelo HIV.

Testes de sensibilidade

Os testes de sensibilidade aos fármacos (antibiogramas) devem ser feitos nas amostras
iniciais de todos os pacientes para identificar um esquema eficaz contra a tuberculose.
Esses testes devem ser repetidos casos os pacientes continuem a apresentar escarros com
cultura positiva após 3 meses de tratamento, ou se as culturas tornarem-se positivas após
um período de culturas negativas. A doença da tuberculose pode ser causada por mais de
uma cepa, cada uma com diferentes padrões de resistência a medicamentos, especialmente
em ambientes de alta transmissão.

Os resultados dos testes de sensibilidade podem levar até 8 semanas se forem utilizados
métodos bacteriológicos convencionais, mas, como observado acima, vários testes
moleculares de sensibilidade a fármacos podem detectar rapidamente (em questão de horas)
a resistência à rifampicina e a outros fármacos de primeira e segunda linha.

Exames de outras amostras


Biopsias transbrônquicas em lesões infiltrativas devem ser executadas e submetidas a
cultura, avaliação histológica e teste molecular.

Lavagens gástricas são frequentemente positivas, mas geralmente não são muito usadas,
exceto em crianças pequenas que normalmente não podem produzir uma boa amostra de
escarro. Entretanto, a indução de escarro é utilizada para as crianças pequenas que
conseguem cooperar.

Idealmente, amostras de biópsia de outros tecidos devem ser cultivadas frescas. A cultura
de espécimes frescos permanece o padrão-ouro para a detecção de M. tuberculosis no tecido
porque a fixação pode inibir o PCR, e o PCR não distingue organismos viáveis de
organismos mortos. No entanto, pode-se usar NAAT para tecidos fixos quando necessário
(p. ex., para biópsia de linfonodos se o exame histológico detectar inesperadamente
alterações granulomatosas). Esse uso do NAAT não foi aprovado, mas pode ser

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extremamente útil, embora valores indicadores positivos e negativos não tenham sido
estabelecidos.

PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA TUBERCOLOSE PULMONAR


A tuberculose pulmonar não tem cura, e o melhor prognóstico depende do diagnóstico
precoce e início rápido do tratamento. Entre as formas de tratamento da tuberculose
pulmonar, incluem-se: uso de antibióticos (geralmente de 6 a 9 meses);
O tratamento é um processo lento. Em média, a duração do tratamento é consideravelmente
superior quando comparada com outras infeções bacterianas ou infeções víricas (por vírus).
O tratamento antibiótico deve ser administrado pelo menos entre seis a nove meses. A
seleção dos fármacos a usar, o tempo de tratamento e eventuais procedimentos dependem da
idade, das comorbilidades, da possível resistência aos fármacos, da forma de tuberculose
(latente ou ativa) e da localização da infeção no organismo.

Se o diagnóstico for de tuberculose latente, talvez seja necessário tomar apenas um tipo de
medicamento contra a tuberculose. Na tuberculose ativa, particularmente se estivermos
perante uma estirpe resistente, o doente deverá fazer a toma de vários tipos de fármacos
(medicação) ao mesmo tempo. Os medicamentos (ou remédios) utilizados para tratar a
tuberculose com maior frequência são:

 Isoniazida;
 Rifampicina;
 Etambutol;
 Pirazinamida.

De forma a simplificar o tratamento existe o coxcip 4 , comprimido contendo dose fixa


combinada destes 4 fármacos. No entanto, este fármaco não está disponível em Portugal.

Existem casos em que a tuberculose é multirresistente aos “antibióticos habituais”. Nestes


casos, a tuberculose é uma doença grave, pois as bactérias desenvolveram resistência aos
“antibióticos habituais”, necessitando de uma combinação de antibióticos chamados
fluoroquinolonas e medicamentos injetáveis (injeção), como amicacina, kanamicina ou
capromicina. Geralmente, este tratamento medicamentoso é realizado durante 20 a 30 meses.

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Uma série de novos medicamentos estão a ser analisados no tratamento da tuberculose
humana: Bedaquiline, Linezolide.

Ficar em casa
Evitar visitantes (exceto para membros da família previamente expostos)
Cobrir a boca com lenço de papel ao tossir
Máscaras cirúrgicas para pacientes com TB são eficazes em limitar a transmissão, mas podem
ser estigmatizantes e normalmente não são recomendadas para pacientes cooperativos,
exceto, por exemplo, aqueles que precisam de pré-tratamento em um hospital ou clínica. O
conselho de especialistas experientes tem sido manter as precauções de controle da
transmissão por pelo menos 2 semanas após o início do tratamento ao qual o paciente está
respondendo (conforme observado pela diminuição da tosse, febre e fadiga

Hospitalização
As principais indicações para hospitalização por TB ativa são

 Doença concomitante grave;


 Necessidade de procedimentos diagnósticos;
 Problemas sociais (p. ex., sem-teto);
 Necessidade de isolamento respiratório, como pessoas que vivem dentro de
conglomerados onde com frequência há pessoas não expostas previamente
(essencialmente importante se o tratamento eficaz não pode ser assegurado.

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CONCLUSÃO

Neste trabalho abordamos o tema sobre a tuberculose pulmonar, causas, tratamento,


diagnostico e medidas de prevenção, e concluímos que a tuberculose pulmonar é infecciosa e
transmissível, que afeta o pulmão e pode ser fatal, ainda que possa acometer outros órgãos e
sistemas. Menos frequente, mas de relevância para a saúde pública.
E a tuberculose pulmonar é causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis),
bactéria que compromete o pulmão e outros órgãos. Porém, outras espécies de micobactérias
também podem causar a tuberculose, como a mycobacterium bovis, africanum e microti.
A transmissão ocorre pelas vias aéreas, seja durante a fala, espirro ou tosse das pessoas com a
tuberculose ativa, que acabam lançando no ar partículas em forma de aerossóis que contêm os
bacilos.
Por outra é importante dizer que bacilos que ficam em roupas, lençóis, copos e outros objetos,
não conseguem se dispersar, portanto, não têm papel ativo na transmissão da doença.
Do nosso ponto de vista cumprimos todos os objectivos que nos tínhamos proposto ou
previsto.

Este trabalho foi muito importante para o nosso conhecimento ou aprofundamento dos temas,
visto que permitiu-nos compreender melhor os temas em causa alem de aperfeiçoar
competências de investigação, selecção, organização e a comunicação da informação.

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REFÊRENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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