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INTRODUÇÃO
TUBERCULOSE
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A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada por uma micobactéria que pode
atingir diferentes órgãos, como pulmão, pleura, ossos, sistema nervoso, linfonodos, intestinos
e o sistema genitourinário.
Embora o único meio de transmissão da doença seja por vias aéreas, a bactéria pode entrar na
corrente sanguínea e infectar outros órgãos, mesmo sem se manifestar. Cada sistema
imunológico funciona de uma maneira diferente à contaminação.
TIPOS DE TUBERCULOSE
Tuberculose Pulmonar
Tuberculose Ganglionar
Tuberculose Pleural
Tuberculose Pulmonar é uma doença grave provocada por uma bactéria (bacilo de Koch) e
que pode ser fatal. Para além do sistema respiratório, a tuberculose também pode afetar
outros órgãos.
tuberculose primária é a forma mais comum após a infeção pelo bacilo. Resulta numa
pequena área de pneumonite (ocupando geralmente o terço médio do pulmão) e por uma
adenomegalia hilar e/ou mediastínica homolateral - complexo primário. Após esta fase
inicial, o sistema imunológico ou imunitário (sistema de defesa do organismo), geralmente,
evita que a doença se propague, mas pode abrigar as micobactérias que causam tuberculose.
Por este motivo, faz-se uma distinção entre dois tipos de tuberculose:
Tuberculose latente - situação em que existe uma infeção por tuberculose, mas as
bactérias permanecem no corpo num estado inativo e não causam sintomas. A
tuberculose latente não é contagiosa. A tuberculose latente, também é chamada de
tuberculose inativa ou tuberculose infeção. A tuberculose latente pode transformar-se
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em tuberculose ativa, daí que a instituição de tratamento adequado e atempado seja
muito importante, não só para debelar a tuberculose latente na pessoa afetada, mas
também para ajudar a controlar a propagação a outros indivíduos.
Tuberculose ativa - nesta situação, a doença pode contagiar outros indivíduos. Esta
reativação ou tuberculose secundária pode ocorrer nas primeiras semanas após a
infeção ou pode ocorrer anos mais tarde. Não podemos falar em período de incubação
da tuberculose, mas o processo de transformação de tuberculose infeção em doença
pode demorar anos ou inclusive nunca ocorrer.
O risco de adquirir a tuberculose é maior em pessoas com idade muito jovem ou muito
avançada (idosos). Apesar do risco ser semelhante nos homens e nas mulheres, os homens
possuem uma maior incidência devido aos fatores de risco serem mais predominantes no sexo
masculino. Nomeadamente a infecção pelo HIV, alcoolismo, tabagismo, toxicodependência.
Embora a tuberculose seja contagiosa, a sua propagação (contágio de outras pessoas) não é
fácil de acontecer. A tuberculose é transmitida por pessoas com quem mantém contacto diário
(alguém com quem vive ou trabalha) mais facilmente. Menos provável é que a tuberculose
seja transmitida por uma pessoa estranha, com a qual mantenha contactos esporádicos.
A maioria das pessoas com tuberculose ativa que teve tratamento adequado com fármacos
durante pelo menos duas semanas já não é contagiosa.
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infeção pelo HIV deprime o sistema imunológico (sistema de defesa do organismo), tornando
mais difícil o combate contra as bactérias. Como resultado, as pessoas com HIV são muitas
vezes mais propensas a contrair tuberculose e a evoluir de doença latente para ativa do que as
pessoas que não estão infetadas pelo HIV.
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DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE PULMONAR
Durante o exame físico, o seu médico pneumologista (especialista em pneumologia) irá
verificar se os nódulos linfáticos estão aumentados. O médico, através de um estetoscópio, irá
auscultar atentamente os sons que os pulmões emitem, enquanto o doente respira.
Se existir uma prova de Matoux positiva, o médico pode solicitar a realização de um Raio X
(RX) de tórax. Se o RX de tórax apresentar sinais de tuberculose pulmonar, deverão ser
colhidas amostras da expetoração (“escarro”) para pesquisa BAAR (bacilo álcool ácido
resistente). Veja imagens de um pulmão com tubérculos ao raio X (RX).
Além disso, estas amostras também podem ser usadas para testar os fármacos da tuberculose
e identificar as estirpes resistentes. Isto ajuda o médico a escolher os medicamentos que
apresentam maior probabilidade de tratar eficazmente a doença.
Os testes podem demorar entre quatro a oito semanas para serem concluídos. Estas
recomendações aplicam-se apenas a adultos, a tuberculose na criança ou no bebé (tuberculose
infantil) possui uma abordagem diferente.
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Para além das análises e exames atrás mencionados, o médico pode solicitar outros, como por
exemplo a broncoscopia flexível ou fibrobroncoscopia, a tomografia computorizada (TC ou
TAC), entre outros.
Radiografia de tórax
Em adultos, um infiltrado multinodular acima ou atrás da clavícula é mais característico de
TB ativa; ele sugere reativação da doença. Ele é mais bem visualizado na incidência
apicolordótica ou por TC do tórax.
Infiltrados nas áreas média e inferior do pulmão são inespecíficos, mas deve levantar a
suspeitar de tuberculose primária em pacientes (normalmente jovens) cujos sintomas ou
história de exposição sugiram infecção recente, em particular se houver derrame pleural.
Pode haver nódulos hilares calcificados; eles podem resultar de tuberculose primária, mas
também resultam de histoplasmose em regiões endêmicas.
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bem preparadas com corantes de Ziehl-Neelsen ou Kinyoun para microscopia óptica
convencional ou coloração com fluorocromo para microscopia fluorescente mais sensível. A
baciloscopia pode detectar cerca de 10.000 bacilos/mL no escarro, tornando-a insensível
quando ha menor quantidade de bacilos, como ocorre na reativação precoce ou nos pacientes
com coinfecção pelo HIV.
Testes de sensibilidade
Os testes de sensibilidade aos fármacos (antibiogramas) devem ser feitos nas amostras
iniciais de todos os pacientes para identificar um esquema eficaz contra a tuberculose.
Esses testes devem ser repetidos casos os pacientes continuem a apresentar escarros com
cultura positiva após 3 meses de tratamento, ou se as culturas tornarem-se positivas após
um período de culturas negativas. A doença da tuberculose pode ser causada por mais de
uma cepa, cada uma com diferentes padrões de resistência a medicamentos, especialmente
em ambientes de alta transmissão.
Os resultados dos testes de sensibilidade podem levar até 8 semanas se forem utilizados
métodos bacteriológicos convencionais, mas, como observado acima, vários testes
moleculares de sensibilidade a fármacos podem detectar rapidamente (em questão de horas)
a resistência à rifampicina e a outros fármacos de primeira e segunda linha.
Lavagens gástricas são frequentemente positivas, mas geralmente não são muito usadas,
exceto em crianças pequenas que normalmente não podem produzir uma boa amostra de
escarro. Entretanto, a indução de escarro é utilizada para as crianças pequenas que
conseguem cooperar.
Idealmente, amostras de biópsia de outros tecidos devem ser cultivadas frescas. A cultura
de espécimes frescos permanece o padrão-ouro para a detecção de M. tuberculosis no tecido
porque a fixação pode inibir o PCR, e o PCR não distingue organismos viáveis de
organismos mortos. No entanto, pode-se usar NAAT para tecidos fixos quando necessário
(p. ex., para biópsia de linfonodos se o exame histológico detectar inesperadamente
alterações granulomatosas). Esse uso do NAAT não foi aprovado, mas pode ser
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extremamente útil, embora valores indicadores positivos e negativos não tenham sido
estabelecidos.
Se o diagnóstico for de tuberculose latente, talvez seja necessário tomar apenas um tipo de
medicamento contra a tuberculose. Na tuberculose ativa, particularmente se estivermos
perante uma estirpe resistente, o doente deverá fazer a toma de vários tipos de fármacos
(medicação) ao mesmo tempo. Os medicamentos (ou remédios) utilizados para tratar a
tuberculose com maior frequência são:
Isoniazida;
Rifampicina;
Etambutol;
Pirazinamida.
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Uma série de novos medicamentos estão a ser analisados no tratamento da tuberculose
humana: Bedaquiline, Linezolide.
Ficar em casa
Evitar visitantes (exceto para membros da família previamente expostos)
Cobrir a boca com lenço de papel ao tossir
Máscaras cirúrgicas para pacientes com TB são eficazes em limitar a transmissão, mas podem
ser estigmatizantes e normalmente não são recomendadas para pacientes cooperativos,
exceto, por exemplo, aqueles que precisam de pré-tratamento em um hospital ou clínica. O
conselho de especialistas experientes tem sido manter as precauções de controle da
transmissão por pelo menos 2 semanas após o início do tratamento ao qual o paciente está
respondendo (conforme observado pela diminuição da tosse, febre e fadiga
Hospitalização
As principais indicações para hospitalização por TB ativa são
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CONCLUSÃO
Este trabalho foi muito importante para o nosso conhecimento ou aprofundamento dos temas,
visto que permitiu-nos compreender melhor os temas em causa alem de aperfeiçoar
competências de investigação, selecção, organização e a comunicação da informação.
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