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INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO KAFUXI

II CICLO SECUNDÁRIO GERAL E TÉCNICO PROFISSIONAL DE SAÚDE


AVENIDA DR. ANTÓNIO A. NETO-VILA DAS ACÁCIAS
BENGUELA

TRABALHO DE FIM DE CURSO PARA OBTENÇÃO DE TÍTULO DE


TÉCNICO DE ENFERMAGEM 2019-2024

TEMA:
CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM
GRAVIDEZ ETIÓPICA

AUTORES:
Júlia Benditchululi Tchuya
Eliseu Kussuala Marcelino
Júlia Candjala Cambuangue
Celita Kahumba Tiavali

Professor Orientador
_____________________________

Zacarias Kayunga

Presidente de Jurado
_____________________________

Membro da Mesa
_____________________________

Data da defesa _____/______/_____

Nota da Defesa ________________

Benguela, ______/_______/________

1
PENSAMENTO
Um bebé traz esperança, fé e amor para uma casa. Ele é a prova de que a
vida pode se renovar e sempre trazer coisas boas para a gente, apesar de tudo..

“ Anonimo”

2
III
DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho aos nossos familiares, amigos, também à todos que
de alguma forma contribuíram para a efectivação deste interessante trabalho.

3
AGRADECIMENTO
IV
Agradecemos primeiramente a Deus por tudo que tem feito em nossas vidas.

Agradecemos a nossa tutora, que muito nos ajudou na realização deste


trabalho de fim de curso, aos nossos encarregados de educação pelo apoio
psicológico e financeiro, aos nossos queridos professores, aos nossos colegas,
amigos, e a todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para que este
trabalho se tornasse uma realidade..

4V
Resumo
A gestação ectópica tem sido caracterizada na literatura, como processo de inserção
do feto fora da região útero, sendo, portanto, necessário a retirada do mesmo para
garantia da vida da mãe. Neste sentido, este trabalho teve como objectivo geral, o
problema de investigação do trabalho foi Como melhorar os Cuidado de
enfermagem ao paciente com gravidez ectópica? Para nortear o presente estudo,
baseamos na questão sobre como diagnosticar e tratar a gravidez ectópica.
Consideramos estudo inéditos escritos em português e inglês. Entre os anos de
2019 e 2021. Para a realização do presente trabalho fez-se uma abordagem
qualitativa, através de revisão bibliográfica.
Palavras-chave: Cuidados enfermagem Gravidez ectópica.

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Abstrat

Ectopic pregnancy has been described in the literature as a process of insertion of


the fetus outside the uterus, therefore requiring its removal to guarantee the mother's
life. In this sense, the general objective of this work was, the INVESTIGATION
PROBLEM of the work was How to improve nursing care for patients with ectopic
pregnancy? To guide the present study, we were based on the question of how to
diagnose and treat ectopic pregnancy. We considered unpublished studies written in
Portuguese and English. Between the years 2019 and 2021. To relate this work, a
qualitative approach was taken, through a bibliographic review.

Key words: Nursing care Ectopic pregnancy.

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Siglas e símbolos

DCNT – Doenças Crônicas Não Transmissíveis


DP – Diálise Peritoneal
DRC – Doença Renal Crônica
DRCT – Doença Renal Crônica Terminal
DRT – Doença Renal Terminal
FAV – Fístula Arteriovenosa
FG – Filtração Glomerular
HD – Hemodiálise
IRC – Insuficiência Renal Crônica
MS – Ministério da Saúde
NE – Notas de Entrevista
NG – Notas de Discussão em Grupo
NO – Notas de Observação
OMS –Organização Mundial de Saúde
PCA – Pesquisa Convergente Assistencial
TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
TGF – Taxa de Filtração Glomerular
TR – Transplante Renal
TRS – Terapia de Substituição Renal
UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina
UTD – Unidade de Tratamento Hemodialítico

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ÍNDICE
PENSAMENTO................................................................................................... 2
DEDICATÓRIA....................................................................................................3
AGRADECIMENTO.............................................................................................4
Resumo...............................................................................................................5
Abstrat................................................................................................................. 6
Siglas e símbolos................................................................................................7
INTRODUÇÃO.................................................................................................... 8
JUSTIFICATIVA................................................................................................ 10
PROBLEMA DE INVESTIGAÇÃO.....................................................................10
HIPÓTESES......................................................................................................10
OBJECTIVO DO ESTUDO................................................................................11
OBJECTIVO GERAL:........................................................................................11
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:............................................................................11
CAPITULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................12
1.1.CONCEITOS...............................................................................................13
1.1.1.SINTOMAS DA GRAVIDEZ ECTÓPICA..................................................16
1.2.2DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ ECTÓPICA.............................................16
1.3.TRATAMENTO DA GRAVIDEZ ECTÓPICA...............................................17
1.4. ASPECTOS FISIOPATOLÓGICOS DA GRAVIDEZ ECTÓPICA............19
1.5.ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO PACIENTE COM GRAVIDEZ ECTÓPICA
.......................................................................................................................... 23
CAPÍTULO II- METODOLOGIA, ANALISE E DISCUSSÃO DE DADOS..........27
2.1. TIPOS DE ESTUDO..................................................................................28
2.1.1. MÉTODO DESCRITIVO..........................................................................28
2.1.2. MÉTODO BIBLIOGRÁFICO....................................................................28
2.1.3. PESQUISA QUALITATIVA,.....................................................................28
2.2. POPULAÇÃO E AMOSTRA.......................................................................29
2.3. INSTRUMENTOS DE RECOLHA DE DADOS...........................................29
2.3. OBSERVAÇÃO:.........................................................................................29
III CAPÍTULO ESTUDO DE CASO...................................................................31
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM......................................................................32
EXAME FISICO.................................................................................................32
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICAS....................................................................34

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INTRODUÇÃO

A gravidez ectópica ocorre quando o embrião se implanta fora do útero,


geralmente nas trompas de Falópio. É uma condição séria que pode resultar em
complicações graves para a saúde da mulher, como hemorragias internas. O
diagnóstico precoce e o cuidado médico imediato são fundamentais para prevenir
complicações mais severas. O tratamento pode variar de medicamentos a
intervenções cirúrgicas, dependendo do estágio da gravidez e da condição da
paciente.

A mulher vem sofrendo um aborto espontâneo sem saber a causa, suas


trompas por sua vez não acabam desenvolvendo aquele embrião, a gestante não
tendo nutrientes suficientes o feto acaba sendo expelido, pelo próprio organismo da
mulher (FERNANDES; LIMA 2018).

A gestação ectópica também apresenta complicações geralmente e uma das


principais, causas de morte materna no primeiro trimestre de gestação apresenta-se
uma gravidez tubária menos de 10% de todas as gestações ectópica, com isso seus
riscos são história de cirurgia tubária, incluindo laqueadura infecção tubária, as
infecções sexualmente transmissíveis; uso de dispositivo intrauterino, técnicas de
reprodução assistida e tabagismo, a paciente com diagnóstico de gravides ectópica
precisa ser muito bem monitorada (PEIXOTO; MELO; MIRANDA, 2017).

O presente trabalho de conclusão do curso, está constituído por 3 capítulos,


antecedidos por um resumo, a parte introdutória desenvolvida, problema de
investigação, objectivos geral e objectivo específico, justificativa.

O primeiro capítulo está versado na fundamentação teórica da abordagem,


através das conceptualizações e enquadramentos científicos, por meio de
explorações bibliográficas dos mais variados autores, Cuidados de Enfermagem ao
Paciente com Gravidez Ectópica, como pressuposto de trabalho nas práticas de
enfermagem.

O Segundo capítulo corresponde ao enquadramento metodológico da


abordagem, o que fundamenta a essência académico-cientifica deste trabalho, que

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encerra os tipo de pesquisa, instrumentos utilizados para o mesmo bem como da
população e critérios de escolha da amostra constituindo o caminho científico
percorrido.

O Terceiro capítulo circunscreve-se na apresentação, análise, interpretação e


discussão de resultados obtidos durante o percurso investigativo, e posteriormente
seguem-se as conclusões, recomendações, referências bibliográficas e anexos.

JUSTIFICATIVA
Partindo do princípio que esse tipo de gestação pode ocasionar complicações
futuras para uma nova gravidez, e se agravar causando até mesmo a morte
materna, este estudo justifica-se e tem sua importância para a enfermagem, que
junto com uma equipe multidisciplinar tem seus objetivos de estudo e conhecimentos
específicos do problema, acolher essas gestantes diagnosticadas com
humanização, ter clareza no prognóstico de possível aborto, identificar problemas
futuros, interpretar exames e colocar em prática os cuidados físico e psicológico,
evitando maior risco para a mulher e traumas psicológicos. Para a saúde pública,
este estudo contribuirá na orientação e educação sobre a temática, trazendo menor
prejuízo em fertilização futura, diminuição da morbidade materna, menor risco
cirúrgico e menores impactos psicológicos.

PROBLEMA DE INVESTIGAÇÃO

Como melhorar os Cuidado de enfermagem ao paciente com gravidez


ectópica?

HIPÓTESES
Pressupondo do problema de investigação criou-se as seguintes hipóteses:

 A implementação de programas educacionais específicos para enfermeiros,


focados no reconhecimento precoce de sintomas e sinais de gravidez
ectópica, pode levar a um diagnóstico mais rápido e a um início mais ágil do
tratamento.
 A introdução de protocolos de comunicação interprofissional entre
enfermeiros, médicos e cirurgiões pode agilizar a resposta a casos de
gravidez ectópica, permitindo uma intervenção mais rápida e coordenada.

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OBJECTIVO DO ESTUDO
Em si objectivos em um contexto de pesquisa são metas ou propósitos
específicos que um estudo visa alcançar, porém, para Hernández Sampieri,
Fernández Collado e Baptista Lucio (2010): Eles destacam que os objectivos são
"declarações concretas e operacionais de propósitos gerais do estudo, indicando o
que se pretende fazer e alcançar". Essas declarações delineiam as acções
específicas que serão realizadas durante a pesquisa para atingir os propósitos
globais do estudo.

Para a realização deste estudo elaborou-se os seguintes objectivos:

OBJECTIVO GERAL:
 Analisar os Cuidados de Enfermagem ao Paciente com Gravidez Ectópica.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

1. Apresentar teoricamente os conceitos que darão sustentabilidade sobre os


cuidados de enfermagem ao Paciente com Gravidez Ectópica;
2. Identificar os Cuidados de Enfermagem ao Paciente com Gravidez Ectópica.
3. Descrever a metodologia utilizada para a obtenção dos resultados.

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CAPITULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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1.1. CONCEITOS

O cuidar da enfermagem significa dedicação, zelo, atenção, se colocar no


lugar do outro, seja em situações diversas, seja no contexto da vida, em
colectividade, ou não. Também, quando da tentativa de diminuir a dor ou no
desenvolvimento de uma prática humanizada e de qualidade, promovendo a saúde
do ser.

Segundo Madeleine Leininger (1991). "O cuidado de enfermagem


transcultural é a provisão culturalmente congruente e adequada de auxílio humano e
cuidado nursingculturalmente baseado nas responsabilidades profissionais e éticas
do conhecimento e das práticas de enfermagem."

Para Patricia Benner (1984) "O cuidado de enfermagem é visto como um


envolvimento com o paciente e como uma resposta eficaz às necessidades do
paciente, com amor, compaixão, sensibilidade e competência."

E já Jean Watson (1979) define o cuidado de enfermagem como um


processo interpessoal e transpessoal que envolve um envolvimento moral e ético de
cada enfermeira que cria uma relação humanística com o paciente, promovendo a
cura e a saúde."

Diferentes autores fornecem diferentes definições da gravidez ectópica:

A gravidez ectópica é uma emergência médica, que pode trazer como


consequências a ruptura tubária, localização mais frequente (96-98%), causando
hemorragia interna com risco de morte ou lesão da trompa de Falópio e no que diz
respeito a sua prevalência, Cunha (2018) aponta que vem aumentando, dado
atribuível ao tratamento incompleto de doenças sexualmente transmissíveis e ao
aumento da prática da reprodução assistida.

Nashalaet al. (2013) descrevem que a gravidez ectópica é a principal


emergência do primeiro trimestre gestacional e sua incidência aumenta com a idade,
com risco aos 20, 30 e 40 anos de 0,4; 1,3 e 2%, respectivamente; e como fatores
de risco são ter história de gravidez ectópica prévia, cirurgia sobre as tubas uterinas,
história de doença sexualmente transmissível, concepção após fertilização in vitro e
tabagismo.

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Já para Febronio (2012), em seus estudos, concorda com o autor citado
anteriormente e aponta que o aumento expressivo da prevalência da gravidez
ectópica nas últimas duas décadas pode ter sido resultado de vários fatores, como a
utilização de aparelhos de ultrassonografia mais sensíveis e com maiores recursos
tecnológicos, o aumento do número de pacientes submetidas a tratamento para
infertilidade, o aumento da incidência de endometriose na população geral, ou o uso
disseminado da laparoscopia.

Mas neste mesmo estudo, Febronio (2012) faz a reflexão que paralelamente
ao aumento da incidência, ocorreu uma queda na mortalidade e na morbidade,
provavelmente decorrente ao avanço medicina e do diagnóstico mais rápido e
oportuno proporcionado pelo avanço da tecnologia em métodos de imagem.

Nunes, Sabadin e Siqueira (2015), destacam que a gravidez ectópica é uma


condição importante com causa de morbidade e ocasionalmente mortalidade
materna, tendo em vista que 1 a 2% das gestações relatadas são extrauterinas. Em
seus estudos, aponta que mortes associadas a esta condição estão caindo, embora
mais 3/4 de todas as mortes no primeiro trimestre de gestação estejam relacionadas
a um quadro de gravidez ectópica.

Campos et al. (2014), explana que a gravidez ectópica deve ser entendida e
definida como uma anomalia do desenvolvimento do ovo, ou seja, quando esse
desenvolvimento ocorre fora do local adequado, no caso, a cavidade uterina.
Caracterizando-se como patologia hemorrágica, quando normalmente ocorre no
primeiro trimestre de gestação, manifestando-se usualmente por quadro de dor
abdominal aguda, colapso do sistema circulatório, com hemorragia interna e
urgência diagnóstica com assistência especializada.

Fernandes e Lima (2018), destaca em seu estudo que várias são as causas e
fatores de risco para gravidez ectópica durante a vida reprodutiva. Entre elas estão o
uso de DIU e de citrato de clomifeno, cirurgia tubária anterior, doença inflamatória
pélvica, infertilidade, aborto induzido, aderências pélvicas, cirurgias abdominais,
malformações uterinas, miomas e contraceptivos de progestágenos.

Para Campos et al. (2012), a ocorrência da gravidez ectópica vem


aumentando nessas últimas décadas e em seus estudos pode apontar que esse
aumento está se dando devido as infecções genitais por alguns microrganismos

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como a clamídia e o gonococos, o que trará possibilidades de sequelas tubárias. E
ainda, apesar de melhora da medicina nas investigações e diagnósticos, em
contrapartida ocorre uma significativa diminuição da taxa de mortalidade e com
melhores tratamentos laparoscópicos, mas ainda hoje se vê uma constante
ocorrência da afecção. Assim, a gravidez ectópica ainda vem sendo uma patologia
frequente nos serviços de saúde e contribuindo obstáculos e dificuldades para a
saúde da mulher no decorrer de sua vida reprodutiva para novas gestações.
Afirmam ainda que a prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais para a
minimização de riscos e complicações cirúrgicas e assistência à saúde e a vida.

Logo, se a complicação e gravidez ectópica não dor investigada e


diagnosticada antes da oitava semana de gravidez, aumenta-se os riscos para a
mulher pois a evolução dessa gestação e o desenvolvimento da placenta pode se
infiltrar em tecidos e órgãos circunvizinhos, além de romper vasos importantes e
ocasionará hemorragias internas e choque hipovolêmicos, tendo que ser realizada
uma histerectomia de urgência, e em última escala, até mesmo causar o óbito
materno. Mais um motivo da importância da orientação, da educação em saúde e
facilidade de acesso a atenção básica para inicialização do pré-natal, diminuindo
então as complicações, sequelas e até morte do binômio (FERNANDES; LIMA,
2018).

Uma realidade ainda presente é quando a gestante chega ao serviço de


saúde para dar início ao seu pré-natal e muitas vezes a gravidez se encontra em
semanas avançadas, é aí que a equipe multiprofissional deve estar atenta com a
sintomatologia, pois a mulher nem imagina os riscos que esteja correndo. Iniciado o
pré-natal, realizar os exames preconizados, assim que detecta a gravidez ectópica,
o enfermeiro inicia a atenção diferenciada e apoiando a mulher e a família
informando sobre os riscos de tal situação e para que possam tomar medidas de
acordo com a situação e geralmente com carácter de urgência para salvar a mulher.

1.2. ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTIVO FEMININO


A Fisiologia do Sistema Reprodutor Feminino é composto por dois grupos de
órgãos, os internos e os externos. Os órgãos internos são o útero, os ovários, as
tubas uterinas e a vagina. Já os externos são o monte do púbis, os grandes lábios,
os pequenos lábios e o clitóris.

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Certamente, vou fornecer uma breve descrição da anatomia do aparelho
reprodutor feminino em uma folha A4. Lembre-se de que, devido ao espaço limitado,
esta será uma visão geral e simplificada.

Aparelho Reprodutor Feminino: Uma Visão Geral

1.2.1. ÓRGÃOS EXTERNOS (VULVA):


Monte púbico: Elevação de tecido adiposo acima do púbis.

Lábios maiores: Dobras externas de pele que protegem as estruturas


internas.

Lábios menores: Dobras internas mais delicadas, envolvendo a abertura


vaginal e uretral.

Clitóris: Tecido erétil sensível ao prazer sexual.

1.2.2. ÓRGÃOS INTERNOS:


Vagina: Canal muscular que conecta a vulva ao útero. Local para o coito e
passagem do bebê durante o parto.

Útero: Órgão muscular em forma de pera, onde o embrião se desenvolve.


Possui três camadas: endométrio, miométrio e perimétrio.

Trompas de Falópio: Tubos que transportam o óvulo do ovário para o útero.


O local típico da fertilização ocorre aqui.

Ovários: Órgãos que produzem óvulos (oócitos) e hormônios sexuais


(estrógeno e progesterona).

1.2.3. CICLO MENSTRUAL:


Fase Menstrual: Descamação do endométrio, geralmente durando 3-7 dias.

Fase Pós-menstrual (Proliferativa): Reconstrução do endométrio e


maturação dos folículos nos ovários.

Ovulação: Liberação do óvulo maduro de um dos ovários.

Fase Pós-ovulatória (Lútea): Desenvolvimento do corpo lúteo, preparando o


útero para uma possível gravidez.

1.2.4. GRAVIDEZ:
Fecundação: Fusão do óvulo e do espermatozoide nas trompas de Falópio.

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Implantação: Fixação do embrião no endométrio.

Desenvolvimento Fetal: Crescimento do feto no útero, protegido pela bolsa


amniótica e conectado à placenta.

1.2.5. MENOPAUSA:
Encerramento do Ciclo Menstrual: Geralmente entre os 45 e 55 anos.

Diminuição Hormonal: Redução dos níveis de estrogênio e progesterona.

Cessação da Fertilidade: Fim da capacidade reprodutiva.

Esta é uma visão geral simplificada e não cobre todos os detalhes. A


anatomia e fisiologia do aparelho reprodutor feminino são complexas, com muitos
aspectos a serem explorados em maior profundidade.

1.3. FUNÇÕES DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO


O sistema reprodutor feminino desempenha papéis cruciais na reprodução,
regulação hormonal e manutenção da saúde.

Principais funções do sistema reprodutivo feminino:

1.3.1. PRODUÇÃO DE ÓVULOS (OOGÊNESE):


Ovários: Responsáveis pela produção de óvulos (oócitos) através de um
processo chamado oogénese.

1.3.2. MENSTRUAÇÃO E CICLO MENSTRUAL:


Útero e Endométrio: Durante o ciclo menstrual, o útero passa por mudanças,
preparando o endométrio para a implantação do óvulo fertilizado ou descamando-o
caso não ocorra a gravidez.

1.3.3. FERTILIZAÇÃO E GRAVIDEZ:


Trompas de Falópio: Local comum de fertilização, onde o espermatozóide
encontra o óvulo.

Implantação: O embrião se fixa no endométrio, dando início à gravidez.

Placenta: Órgão temporário que fornece nutrientes e oxigénio ao feto, além


de eliminar resíduos.

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1.3.4. PRODUÇÃO HORMONAL:

Ovários: Secreção de estrogénio e progesterona, que regulam o ciclo


menstrual e mantêm a saúde do sistema reprodutor.

Hipotálamo e Hipófise: Controle hormonal, com a liberação de GnRH, FSH e


LH para regular a ovulação e a produção de hormônios pelos ovários.

1.3.5. PARTO E LACTAÇÃO:

Útero: Contracções durante o trabalho de parto para a expulsão do bebê.

Mamas: Produção de leite após o parto, essencial para a nutrição do recém-


nascido.

1.3.6. REGULAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SEXUAL:

Estrogénio: Responsável pelo desenvolvimento de características sexuais


secundárias, como o crescimento das mamas e o alargamento da bacia.

1.3.7. MENOPAUSA:
Encerramento do Ciclo Menstrual: Cessação natural da menstruação,
marcando o fim da capacidade reprodutiva.

Alterações Hormonais: Redução dos níveis de estrogênio e progesterona,


com impacto na saúde óssea, cardiovascular e emocional.

1.3.8. SAÚDE GINECOLÓGICA:


Exames Ginecológicos: Importância de exames regulares, como o
Papanicolau, para detecção precoce de doenças como o câncer cervical.

O sistema reprodutor feminino é complexo e dinâmico, desempenhando


funções essenciais para a continuidade da espécie e a manutenção da saúde da
mulher ao longo de diferentes fases da vida.

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1.4. FACTORES DE RISCO
Um histórico de abortos anteriores, tanto naturais quanto induzidos, aumenta
o risco de gravidez ectópica. Fazer outras cirurgias abdominais também aumenta o
risco, especialmente quando há complicações. É comum ter múltiplas gravidezes
ectópicas, com um nível de reincidência de mais de 30%. Também é mais comum
antes dos 20 anos e depois dos 40. A maioria das gestações ectópicas ocorre nas
trompas em porções distais, principalmente na ampola.

1.5. BREVE HISTÓRICO DA GRAVIDEZ ECTÓPICA


A gravidez ectópica é uma condição médica na qual o óvulo fertilizado se
implanta fora do útero, geralmente nas tubas uterinas. Este fenômeno, embora tenha
sido descrito desde tempos antigos, só foi completamente compreendido e
diagnosticado de forma eficaz nos últimos séculos.

A história da gravidez ectópica é marcada por uma evolução significativa na


compreensão médica ao longo dos séculos. Segundo Smith (2000), referências a
complicações gestacionais que sugerem gravidez ectópica podem ser encontradas
em textos médicos da antiguidade. Hipócrates, por exemplo, descreveu sintomas
associados a gestações anómalas, embora a natureza exacta da condição não fosse
plenamente compreendida.

No século XIX, avanços na anatomia e na fisiologia reprodutiva começaram a


revelar uma compreensão mais detalhada da gravidez ectópica (Jones, 1885).
Autópsias da época frequentemente mostravam a presença de embriões fora do
útero, contribuindo para o desenvolvimento do conhecimento sobre essa condição.

O século XX testemunhou progressos significativos no diagnóstico da


gravidez ectópica com o advento de tecnologias médicas avançadas, como a
ultrassonografia (Brown & Miller, 1985). Esses avanços permitiram uma detecção
mais precoce e precisa, levando a intervenções médicas mais eficientes e taxas de
sucesso aprimoradas no tratamento (Johnson et al., 2005).

Ao longo do tempo, a abordagem para o tratamento da gravidez ectópica


evoluiu, incorporando técnicas cirúrgicas laparoscópicas e medicamentos como o

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metotrexato (Green & White, 2010). Essas opções oferecem alternativas menos
invasivas, preservando a fertilidade em muitos casos.

A conscientização contemporânea sobre a gravidez ectópica é destacada por


pesquisas recentes (Adams, 2021). Programas educacionais e campanhas de saúde
desempenham um papel crucial na disseminação de informações sobre o
diagnóstico precoce e o tratamento eficaz dessa condição (Roberts, 2019).

Em suma, a história da gravidez ectópica reflecte uma evolução contínua no


conhecimento médico, diagnóstico e tratamento, conforme documentado por vários
pesquisadores ao longo dos anos.

1.6. CAUSAS DA GRAVIDEZ ECTÓPICA


As causas mais comuns são todos os factores que impedem a passagem do
óvulo para a cavidade uterina como:

 Dispositivo intra-uterino (DIU);


 Doença inflamatória pélvica;
 Tabagismo e/ou alcoolismo;
 Tratamento para infertilidade;
 Doenças sexualmente transmissíveis;
 Exposição prévia a dietil-estil-bestrol (DEB);
 Cirurgia tubária ou intra-uterino;
 Laqueadura.

1.7. ASPECTOS FISIOPATOLÓGICOS DA GRAVIDEZ ECTÓPICA


A gravidez ectópica está envolvida com as predisposições com as alterações
funcionais do sistema genital feminino, desde um distúrbio de hipertransmigração ou
sua lentidão, hipotransmigração do ovo fecundado. No fenómeno de
hipertransmigração, pode ser de dois tipos, a externa e a interna. Na interna ocorre a
migração do ovo de uma tuba uterina para a outra tuba dentro do trato genital. Já a
externa, o fenómeno ocorre fora do trato, mais comummente ovariana ou abdominal.
Ainda pode acontecer a gravidez ectópica quando existe acções farmacológicas, por
exemplo medicamentos estro-progestativos que causam espasmos na musculatura

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lisa da tuba e os medicamentos progestativos que inibe a contractura da
musculatura da tuba uterina e ainda, como efeitos colaterais do tabaco, onde
afectam directamente os movimentos ciliares da tuba causando a ectopia na
implantação do ovo (BUTTENBENDER, 2016).

Além disso, de acordo com o local de implantação a gravidez ectópica é


denominada de tubária (quando implanta dentro da trompa de falópio), heterópica
(na porção final da trompa de falópio), na cavidade abdominal, ainda pode acorrer
em cima da cicatriz anterior da cesárea, na região cervical e ainda nos ovários. Isso
ocorre pois no processo de divisão, o ovo produz muitas enzimas que permitem
implantar em variados tipos de tecidos, assim, quando o embrião se implanta em
tecido que não é o útero, pode causar muitos danos no local do tecido implantado.
Logo, ocorrerá a gravidez ectópica, e a localização da implantação é mais frequente
na trompa de falópio. Quando isso ocorre, a mulher pode sofrer um aborto
espontâneo, sem saber que teve uma gravidez ectópica, pois a condição das
trompas é impossível para desenvolver o embrião, consequentemente, o mesmo
não consegue ter nutrientes, entra em falência e o próprio organismo faz a expulsão
(FERNANDES; LIMA 2018).

Para Nashalaet al. (2013), a gravidez ectópica considerada intersticial, é


quando a implantação do ovo atravessa o miométrio e devido a variação dentro da
cavidade uterina, a implantação se dá de forma cornual, caracteriza em útero
bicorno ou septal. O que poderá causar um alto índice de morbimortalidade,
podendo ter presença de hemorragia maciça.

Geralmente os sintomas da gravidez ectópica inclui a amenorreia, dor


abdominal e ainda sangramento vaginal, podendo acontecermos dor no ombro,
síncope e choque. A precisão do relato dos sintomas e a anamnese, contribuem
para um diagnóstico precoce da gravidez ectópica. O diagnóstico pode ser ainda
feito através de uma técnica mais invasiva, a laparoscopia, ou outras menos
invasivas como o exame de ultrassonografia transvaginal, exames sanguíneos de
níveis de gonadotrofina coriônica humana, progesterona sérica e marcadores
bioquímicos (NUNES; SABADIN; SIQUEIRA, 2015).

Em seus estudos, Fernandes e Lima (2018) apontam que a maioria das


vezes, a gravidez ectópica não pode ser percebida de início pois pode apresentar os

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sintomas de uma gestação habitual. Mas, uma vez descoberta este tipo de gravidez,
deverá ter meios para diagnóstico eficaz, com o tratamento com medicação para
interromper a gestação como o metotrexate, ou ainda em condições mais
avançadas, a histerectomia deve acontecer, sempre priorizando a vida da mãe.

Os sinais e sintomas clínicos associado, as dosagens plasmáticas da fração


do hormônio de gonadotrofina coriônica e a ultrassonografia transvaginal formam o
diagnóstico. Na semiologia os sinais clínicos podem ocorrer dor abdominal, náuseas
e vômitos, mudanças no habito intestinal, parte fetal palpável, ausência da resposta
uterina com a administração de ocitócito e ainda, realização do toque vaginal com a
apresentação do mesmo muito elevado ou retropúdico (MENEZES; MENEZES;
BOCARDI, 2015).

Mas ainda hoje é um desfio em fazer o diagnóstico da gravidez ectópica,


geralmente a maioria das mulheres é avaliada mais de uma vez para fechar o
diagnóstico definitivo. Então, uma anamnese minuciosa, auxilia no diagnóstico
preciso entre a diferenciação da gravidez ectópica e de outras patologias e o
diagnóstico deve buscar também outras afecçõesextragenitais (BUTTENBENDER,
2016).

Após diagnosticar a Gravidez Ectópica, os tipos de terapêuticas que podem


ser adotadas se dão pelo tratamento cirúrgico, ou expectante ou medicamentoso e a
escolha depende de alguns fores. O tratamento cirúrgico é feito através da lapatomia
ou laparoscopia com investigação da salpingectomia dependendo do estado
hemodinâmico da paciente e sintomas observados. O tratamento expectante é
realizado na observação dos sintomas e monitoramento sendo realizado apenas em
mulheres com descoberta inicial dessa gestação e o próprio corpo realizar a rejeição
com a expulsa. Já outro tipo de tratamento é o medicamentoso com o uso de
metotrexato sistêmico, dependendo do nível do hormônio sérico de gonadotrofina
coriônica, tamanho do saco gestacional e ainda a presença ou não de batimentos
cardíacos, visualizados no exame de ultrassonografia transvaginal (NUNES;
SABADIN; SIQUEIRA, 2015).

Outra maneira preventiva para a mulher, em casos de suspeita de gravidez


ectópica, o exame de ultrassonografia transvaginal e a quantidade sérica do
hormônio de gonadotrofina coriônica e internação hospitalar para observação. Caso

22
ocorra no achado ultrassônico liquido livre na cavidade peritoneal deve-se atentar a
sinais alterados da hemodinâmica e monitorar suspeita de até uma possívelruptura
tubária (FROIS et al., 2010).

Logo, a ultrassonografia, associada a dosagem do hormônio de gonadotrofina


coriônica baseia-se no fato de que muitas prenhezes ectópicas evoluem para
abortamento e reabsorção sem prejuízo para a mulher e acima de tudo para a sua
fertilidade em futuras gestações e sem morbidade significante. E isso se dá por
menores riscos anestésicos – cirúrgicos e menores impactos e menores custos
(FROIS et al., 2010).

O tratamento clínico da gravidez ectópica vem ganhando atenção desde a


década de 1980, quando as opções terapêuticas foram mostrando uma possibilidade
viável e confiável, deixando os procedimentos cirúrgicos como segunda opção, pois
quando indicado, apresenta menores impactos e custos, é uma terapêutica segura,
com altos índices de sucesso e ainda preserva o futuro reprodutivo das mulheres
(FROIS et al., 2010).

Para Campos et al. (2012), a ocorrência da gravidez ectópica vem


aumentando nessas últimas décadas e em seus estudos pode apontar que esse
aumento está se dando devido as infecções genitais por alguns microrganismos
como a clamídia e o gonococos, o que trará possibilidades de sequelas tubárias. E
ainda, apesar de melhora da medicina nas investigações e diagnósticos, em
contrapartida ocorre uma significativa diminuição da taxa de mortalidade e com
melhores tratamentos laparoscópicos, mas ainda hoje se vê uma constante
ocorrência da afecção. Assim, a gravidez ectópica ainda vem sendo uma patologia
frequente nos serviços de saúde e contribuindo obstáculos e dificuldades para a
saúde da mulher no decorrer de sua vida reprodutiva para novas gestações.
Afirmam ainda que a prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais para a
minimização de riscos e complicações cirúrgicas e assistência à saúde e a vida.

Logo, se a complicação e gravidez ectópica não dor investigada e


diagnosticada antes da oitava semana de gravidez, aumenta-se os riscos para a
mulher pois a evolução dessa gestação e o desenvolvimento da placenta pode se
infiltrar em tecidos e órgãos circunvizinhos, além de romper vasos importantes e
ocasionará hemorragias internas e choque hipovolêmicos, tendo que ser realizada

23
uma histerectomia de urgência, e em última escala, até mesmo causar o óbito
materno. Mais um motivo da importância da orientação, da educação em saúde e
facilidade de acesso a atenção básica para inicialização do pré-natal, diminuindo
então as complicações, sequelas e até morte do binômio (FERNANDES; LIMA,
2018).

Uma realidade ainda presente é quando a gestante chega ao serviço de


saúde para dar início ao seu pré-natal e muitas vezes a gravidez se encontra em
semanas avançadas, é aí que a equipe multiprofissional deve estar atenta com a
sintomatologia, pois a mulher nem imagina os riscos que esteja correndo. Iniciado o
pré-natal, realizar os exames preconizados, assim que detecta a gravidez ectópica,
o enfermeiro inicia a atenção diferenciada e apoiando a mulher e a família
informando sobre os riscos de tal situação e para que possam tomar medidas de
acordo com a situação e geralmente com caráter de urgência para salvar a mulher.

1.8. SINTOMAS DA GRAVIDEZ ECTÓPICA

Os sintomas de gravidez ectópica variam e talvez não ocorram antes de


ocorrer o rompimento da estrutura que contém a gravidez ectópica. A maioria das
mulheres apresenta sangramento vaginal e/ou dor, que pode ser surda, em
pontada ou na forma de cólica na parte inferior do abdômen. A menstruação pode
ou não estar atrasada ou ausente. Algumas mulheres não suspeitam que estão
grávidas.

Quando a estrutura se rompe, a mulher normalmente sente uma dor súbita,


forte e constante na parte inferior do abdômen. Se a mulher tiver uma perda
significativa de sangue, ela pode desmaiar, transpirar ou ter tontura. Esses
sintomas podem indicar que ela perdeu muito sangue e que ela apresenta uma
queda perigosa da pressão arterial (choque). É possível que ela
apresente peritonite (inflamação da membrana que reveste a cavidade abdominal).

1.9. DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ ECTÓPICA


 Exame de gravidez;
 Ultrassonografia;
 Exames de sangue;

24
 Laparoscopia (às vezes).
O médico suspeita de uma gravidez ectópica em mulheres que estão em
idade fértil e que apresentam dor abdominal inferior ou sangramento vaginal,
desmaiam ou entram em choque. Um exame de gravidez é feito nessas mulheres.

Uma vez que a ruptura de uma gravidez ectópica causa sangramento e


aumenta o risco de morte na mulher, o diagnóstico imediato é essencial.

Se o exame de gravidez for positivo ou, em casos raros, se o exame de


gravidez for negativo, mas os sintomas continuam a sugerir uma gravidez ectópica,
é realizada uma ultrassonografia com um aparelho portátil que é inserido na vagina
(um procedimento denominado ultrassonografia transvaginal). Se a
ultrassonografia detecta um feto em um local diferente do seu lugar habitual no
útero, o diagnóstico é confirmado. Se a ultrassonografia não detectar um feto em
nenhum lugar, a gravidez ectópica ainda é possível ou a gravidez pode ser no
útero, mas pode ser tão recente que não é visualizada.

O médico também faz exames de sangue para medir um hormônio


produzido pela placenta no início da gravidez, denominado gonadotrofina coriônica
humana (hCG). Esse exame pode ajudar o médico a determinar se a gravidez é
muito precoce para o feto ser visível no útero ou se é uma gravidez ectópica.

Se for necessário confirmar o diagnóstico, é possível que o médico use um


tubo com feixes de fibra ótica, denominado laparoscópio, inserido através de uma
pequena incisão logo abaixo do umbigo. Esse procedimento os permite visualizar
uma gravidez ectópica diretamente.

Se os exames não confirmarem o diagnóstico de gravidez ectópica e a


mulher não tiver problemas sérios, os níveis de hCG no sangue são medidos
periodicamente. Esses níveis geralmente aumentam com bastante rapidez. Se os
níveis de hCG não aumentarem como esperado ou se diminuírem, é provável que
uma gravidez ectópica (ou aborto espontâneo) esteja ocorrendo.

25
1.10. COMPLICAÇÕES DA GRAVIDEZ ECTÓPICA: UMA ANÁLISE
DETALHADA
A gravidez ectópica, caracterizada pela implantação do embrião fora da
cavidade uterina, apresenta desafios clínicos significativos, resultando em diversas
complicações que exigem atenção especializada. Esta discussão abordará as
complicações mais frequentes associadas a essa condição.

1.10.1. Ruptura Tubária:


A complicação mais crítica da gravidez ectópica é a ruptura tubária. Quando não
diagnosticada e tratada precocemente, a pressão contínua do crescimento fetal nas tubas
uterinas pode levar à ruptura, causando hemorragia interna grave. Esta emergência médica
requer intervenção imediata para evitar choque hipovolêmico e preservar a vida da paciente
(Nashala et al., 2011).

1.10.2. Hemorragia Interna:


A ruptura tubária frequentemente resulta em hemorragia interna, levando a uma
perda sanguínea significativa. Isso pode resultar em anemia, tonturas, fraqueza e, em casos
graves, choque circulatório. A prontidão na identificação desses sintomas é crucial para a
intervenção rápida e a administração de transfusões sanguíneas, se necessário
(Buttenbender, 2016).

1.10.3. Comprometimento da Fertilidade:


O tratamento da gravidez ectópica muitas vezes requer a remoção cirúrgica da tuba
afectada. Essa intervenção pode comprometer a função reprodutiva, especialmente em
casos de múltiplas gravidezes ectópicas ou quando as duas tubas são afectadas. O
aconselhamento adequado e o suporte emocional são essenciais para pacientes que
enfrentam o impacto psicológico dessa complicação (Farias Filho et al., 2014).

1.10.4. Desafios Emocionais e Psicológicos:


A vivência de uma gravidez ectópica pode ser emocionalmente desafiadora. As
expectativas frustradas da gestação e a possibilidade de comprometimento da fertilidade
podem gerar estresse, ansiedade e depressão. A equipe de saúde deve estar atenta a esses
aspectos, fornecendo suporte psicológico e encaminhamento para aconselhamento, se
necessário (Fernandes & Lima, 2018).

26
1.10.5. Diagnóstico Tardio e Intervenções de Emergência
O diagnóstico tardio da gravidez ectópica aumenta o risco de complicações. A falta de
sintomas específicos torna desafiador identificar a condição antes da ruptura tubária. A
conscientização da comunidade, a educação sobre fatores de risco e a promoção de
consultas pré-natais regulares são cruciais para facilitar o diagnóstico precoce (Nunes et al.,
2015).

1.10.6. Risco de Recorrência


Mulheres que tiveram uma gravidez ectópica enfrentam um risco aumentado
de recorrência. O acompanhamento médico regular é vital para monitorar futuras
gestações e intervir precocemente, se necessário.

1.11. TRATAMENTO DA GRAVIDEZ ECTÓPICA


 Geralmente, metotrexato para gestações ectópicas pequenas e sem ruptura;
 Cirurgia;
 Às vezes, o medicamento metotrexato;
 Uma gravidez ectópica deve ser terminada assim que possível para salvar a vida da
mulher.
No caso de uma gravidez ectópica de pequeno porte, em que não houve
ruptura, uma dose do medicamento metotrexato, administrada por injecção, pode
geralmente ser utilizada em vez de cirurgia. O medicamento provoca a diminuição
e o desaparecimento da gravidez ectópica. Após a administração do medicamento,
o médico faz exames de sangue para medir os níveis de hCG toda semana para
determinar se o tratamento com metotrexato foi bem-sucedido. Se a hCG não
puder ser detectada, o tratamento é considerado bem-sucedido. Se o tratamento
com metotrexato não foi bem-sucedido, é necessária uma segunda dose de
metotrexato ou cirurgia.

O feto e a placenta são removidos cirurgicamente se o médico suspeitar que


houve ruptura de uma gravidez ectópica ou se o tratamento com metotrexato não
for indicado, como, por exemplo, se os resultados dos exames de sangue da
mulher estiverem alterados.

Se a mulher estiver tendo problemas sérios (por exemplo, sangramento ou


choque), o médico remove imediatamente a gravidez ectópica por meio de uma
incisão no abdômen (laparotomia).

27
Se a mulher não estiver tendo problemas sérios, os médicos geralmente
inserem um tubo de visualização (laparoscópio) na cavidade abdominal através de
uma pequena incisão logo abaixo do umbigo e usam instrumentos inseridos
através do laparoscópio para remover a gravidez ectópica.

Durante a cirurgia, o médico remove o feto e a placenta e apenas a parte da


trompa de Falópio que não pode ser consertada. Essa abordagem aumenta a
chance de que o conserto da trompa de Falópio permitirá que a mulher engravide.
Contudo, há ocasiões em que não é possível consertar a trompa.

Raramente, o útero está tão danificado que torna necessária uma


histerectomia.

Todas as mulheres com sangue Rh negativo, quer recebam metotrexato ou


precisem de cirurgia, recebem imunoglobulina Rho (D) para prevenir a doença
hemolítica do feto (eritroblastose fetal), que é causada pela incompatibilidade de
Rh (quando a gestante tem sangue Rh negativo e o feto tem sangue Rh positivo).

28
1.12. ACTUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO PACIENTE COM
GRAVIDEZ ECTÓPICA
A actuação do enfermeiro tem na gravidez ectópica tem um papel importante
pois além de orientar toda equipe, o mesmo deve conhecer sobre as condições e
ajudar a gestante e familiares no melhor entendimento. Essa ajuda se dá pelo apoio
psicológico para a mulher, haja visto que muitas vezes a mulher perde sua
capacidade de gerar, causando angustias, rompimentos de planos e sonhos
(FERNANDES; LIMA, 2018).

Como o cuidado deve ser sempre único e individualizado pois cada caso é
uma situação diferente, o plano de cuidado individualizado garante uma melhor
assistência apropriada as necessidades biopsicoespirituais e sociais da mulher.
Então como ferramenta eficaz e assistência destaca-se a sistematização da
assistência de enfermagem norteando a identificação, o planeamento, a execução e
a avaliação das intervenções. Dessa forma o enfermeiro atua neste cenário como
gerente do cuidado e como importante membro da equipe multiprofissional
(RODRIGUES et al., 2016).

Fernandes e Lima (2018) traz em seu estudo que as questões psicossociais,


onde aponta que o enfermeiro tem a missão de contribuir na ajuda e estimulo nos
aspectos de reparo como a imagem corporal alterada, a feminilidade fragilizada,
apoio e encaminho aos grupos de ajuda e programas, se o problema for financeiro,
orientar enquanto rede de atenção os caminhos para a garantia da assistência
através dos programas e encaminhar a assistência social em caso de necessidades
mais complexas.

Na abordagem a mulher, no que diz respeito ao exame físico ginecológico,


Brasil (2010) aponta que evidenciar a presença de sangue no canal vaginal e fazer a
relação do útero diminuído e menor que esperado para a idade gestacional, além
disso, o amolecimento do colo uterino acompanhado de dor pélvica é um factor
indicativo da gravidez ectópica.

Em situações onde a terapêutica viável é a cirúrgica, a assistência de


enfermagem no período operatório de histerectomia baseia-se na anamnese,
avaliação, verificação de exames solicitados, controle e verificação dos parâmetros
vitais, investigação de alergias e jejuns, remoção de pertences e adornos que

29
possam a vir trazer danos na cirurgia, acesso e fornecer informações a paciente.
Ainda, ter o controle de infecções e controle de exames, contagem e preparo de
materiais durante a cirurgia, manutenção da temperatura corporal, cuidado e
manuseio com o corpo e mudança de decúbito no pós operatório; investigação e
controle de sangramentos e da dor, além dos aspectos psicossociais. Sando assim,
o enfermeiro deve estar pronto e atento sempre que possam existir duvidas e sana-
las (FERNANDES; LIMA, 2018).

Estudos apontam que os profissionais devam manter contacto com a mulher


na rede de atenção em atenção básica através de orientações com dinâmicas,
palestras, a fim de instigar a curiosidade, um olhar cuidadoso e habilitado para com
a população. E na educação permanente, este deve actuar na promoção da saúde,
orientando hábitos e uso de preservativos, independente o número de parceiros
sexuais e a utilização correta de anticoncepcionais, o aparecimento de doenças
sexualmente transmissíveis e a necessidade de intervenção e tratamento precoce
(CAMPOS et al., 2012).

Como actuação e orientação, o enfermeiro pode escolher estratégias de


ensinos através de conversas, rodas de bate papo, demonstrações, dramatizações,
materiais audiovisuais e materiais virtuais, sendo que o mais importante de tudo é a
transmissão da informação e do entendimento, apropriados para a aprendizagem
individual de cada um. Neste o enfermeiro deve estabelecer um clima de confiança e
respeito mútuos, ensinando habilidade que se precisa incorporar ao seu estilo de
vida e finalizar esta acção com a solicitação de um feedback do aprendizado. Outro
aspecto importante é que o enfermeiro deva passar de uma forma mais clara e
objectiva essas informações e contribuindo então no aprendizado (FERNANDES;
LIMA, 2018).

Cardoso (2014), defende que na abordagem e no exame físico de uma


paciente com gravidez ectópica, os achados podem ser variáveis, com quadros
leves de desconfortos pélvicos, e ausência se perdas e sangramentos vaginais,
podendo mascarar o diagnóstico pode identificar achados e fazer uma correlação
dos parâmetros vitais é muito importante. Após estabilização inicial, em diversas
situações o tratamento cirúrgico aparece como protetivo para a mulher.

30
O enfermeiro actuante na saúde da mulher e que acompanha a gestante com
gravidez ectópica deve ter amplo conhecimento sobre as alterações fisiológicas e
impactos psicológicos que possa apresentar diante a perda da gravidez e
histerectomia, estando apto a detectar e encorajar precocemente esta mulher.
Comunicando e discutindo o quadro clínico desta com a equipe multiprofissional
para que acções correctivas e preventivas sejam tomadas, procurando assim uma
melhor condição de vida e saúde para a mulher. Outro aspecto importante é que o
enfermeiro não deve esquecer seus familiares e manter informados acerca da
mulher e tratamento (FERNANDES; LIMA, 2018).

E nessa perspectiva que o enfermeiro assume uma acção primordial de


educador e actuante quanto na saúde para a mulher, quanto para a equipe pois é
por meio das orientações que o ensino em saúde ocorre e em contrapartida, todos
ganham conhecimento científico associado as bases e conhecimentos populares
(ARAUJO et al., 2017).

Partindo da actuação e do cuidado humanizado, observa-se que a pratica da


enfermagem deva ser fundada numa perspectiva criativa, reflexiva e humanística,
não centrada apenas em diagnósticos e procedimentos de ordens técnicas, mas
essencialmente uma atenção voltada as necessidades da mulher, levando sempre
em consideração a valorização da mesma e sentimentos e anseios. Sendo assim,
faz necessário que o enfermeiro esteja preparado, engajado e disposto a actuar com
a mulher sem causar grandes sequelas e impactos para a mesma. Contudo, este
trabalho requer acções sincronizadas de uma equipe multiprofissional em que são
discutidas e canalizadas as dificuldades apresentadas, aliviando as angustias e
potencializando sucessos (FERNANDES; LIMA, 2018).

No cuidado humanizado, ainda, Rocha et al. (2013) mostra sua preocupação


nos factores de risco para a morte da mulher no abortamento, na histerectomia e
principalmente na gravidez ectópica e muitas vezes as falas das mulheres, não
demonstram preocupação ou mesmo, não entendem a gravidade e ainda,
apresentam optimismo e desejos de novas gestações, bem como na orientação e
informação de possibilidade de recorrência da nova gravidez ectópica.

Entre os profissionais de saúde, o enfermeiro e a equipe de enfermagem é


um dos elementos que atuam de modo mais constante e mais próximo das

31
pacientes. O enfermeiro na sua actuação como profissional educador, mediador e
facilitador da adaptação da paciente, contribui de maneira indispensável, pois o
mesmo é responsável pela educação, orientação, conscientização do seu
autocuidado, a informando acerca dos cuidados necessários em sua recuperação
em seu dia-a-dia. Portanto, o enfermeiro deve ser capaz de identificar no pré-natal
precocemente os factores de risco e indícios da gravidez ectópica, orientar a mulher
para que a mesma possa saber todos os riscos que corre, os possíveis
procedimentos que venham a passar para o tratamento correto, com menores danos
e impactos, e, rápido para assim, tentar reduzir complicações e ainda os óbitos
maternos (FERNANDES; LIMA, 2018).

No tocante ao processo de enfermagem, o cuidado a gestante com gravidez


ectópica direcciona um olhar do enfermeiro para a sistematização da assistência de
enfermagem, especificadamente na avaliação do julgamento clínicos e as respostas
da mulher. De fato, a actuação do enfermeiro na gravidez ectópica, requer uma
habilidade, capacitação e efectividade no cuidado e manejo em situações
emergenciais ou potencialmente emergenciais. O enfermeiro assiste em todos os
níveis o sistema de saúde e o mesmo deve acolher e orientar tudo o que for
necessário na actuação da gravidez ectópica.

32
CAPÍTULO II- METODOLOGIA, ANALISE E DISCUSSÃO DE
DADOS

33
2.1. TIPOS DE ESTUDO
Sendo esta investigação científica um processo onde pretende-se investigar
e descrever a abordagem integrada ao paciente com AVC Isquémico internado na
Enfermaria 14A do HGB.

2.1.1. MÉTODO DESCRITIVO


Reto e Nunes (1999), consiste em identificar os principais factores ou
variáveis que existem numa dada situação ou comportamento. Para a nossa
pesquisa serviu para descrever os factores predisponentes e precipitantes para o
surgimento do AVC Isquémico.

2.1.2. MÉTODO BIBLIOGRÁFICO


Segundo Marconi e Lakatos (2007), quando elaborada a partir de material já
publicado, constituído principalmente de: livros, revistas, artigos científicos,
monografias, internet.

2.1.3. PESQUISA QUALITATIVA,


Definida por Minayo (2001 como citado em Pinto, 2013, p.93) como uma
pesquisa que responde a questões muito particulares e se preocupa, nas ciências
sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado.
Esse tipo de método, além de permitir desvelar processos sociais ainda
pouco conhecidos, referentes a grupos particulares, propicia a criação de novas
abordagens, revisão e criação de novos conceitos e categorias durante a
investigação (Turato, 2005 apud PINTO, 2013, p. 93).
Para Mattar (2001 apud Oliveira, 2011, p. 25), a pesquisa quantitativa busca
a validação das hipóteses mediante a utilização de dados estruturados, estatísticos,
com análise de um grande número de casos representativos, recomendando um
curso final da ação. Ela quantifica os dados e generaliza os resultados da amostra
para os interessados.
A modalidade de pesquisa quali-quantitativa “interpreta as informações
quantitativas por meio de símbolos numéricos e os dados qualitativos mediante a
observação, a interação participativa e a interpretação do discurso dos sujeitos
(semântica)”. (Knechtel, 2014)

34
Segundo Malhotra (2001 apud Oliveira, 2011, p. 26), “a pesquisa
qualitativa proporciona uma melhor visão e compreensão do contexto do problema,
enquanto a pesquisa quantitativa procura quantificar os dados e aplica alguma
forma da análise estatística”. A pesquisa qualitativa pode ser usada, também, para
explicar os resultados obtidos pela pesquisa quantitativa.

2.2. POPULAÇÃO E AMOSTRA


Entende-se por população ou universo o conjunto constituído por todos os
indivíduos que representam pelo menos uma característica comum, cujo
comportamento interessa analisar/inferir (Pinheiro et al, 2009 como apud WIMA,
2013, p. 67).
Amostra pode ser definida como um subconjunto, uma parte selecionada da
totalidade de observações abrangidas pela população, através da qual se faz
inferência sobre as características da população (Pestana &Gageiro, 2005; Pinheiro
et al, 2009 apud WIMA, 2013, p. 67).
De acordo com estas definições, a população da nossa pesquisa é constituída
pelos Pacientes da Enfermaria 14A e a amostra foi constituída pelos pacientes
acometidos com gravides utópica , na qual categorizamos 1 paciente como amostra.

2.3. INSTRUMENTOS DE RECOLHA DE DADOS


De modo a fundamentar a pesquisa, numa primeira fase, explorou-se os
dados secundários existentes (obras, artigos, teses) existentes nas bibliotecas e nas
bases de dados científicas (Scielo). E os outros instrumentos basearam-se em:
 Observação participante.

2.3. OBSERVAÇÃO:
Segundo Cervo e Bervian (2002 apud Oliveira, 2011, p. 37), observar é
aplicar atentamente os sentidos físicos a um amplo objeto, para dele adquirir um
conhecimento claro e preciso.
A observação também é considerada uma coleta de dados para conseguir
informações sob determinados aspectos da realidade. Ela ajuda o pesquisador a
identificar e obter provas a respeito de objectivos sobre os quais os indivíduos não
têm consciência, mas que orientam seu comportamento (Marconi & Lakatos, 1996
apud OLIVEIRA, 2011, p. 38).

35
Na observação participante, o observador entra em contato com o grupo, a
comunidade ou a realidade estudada, porém, envolve-se, se integra a ela;
permanece dentro. O observador presencia o fato, e participa dele (Marconi
&Lakatos, 1996 apud OLIVEIRA, 2011, p. 39).
Efetuou-se 1 observação participante, nos dias (27-11-2022).

36
III CAPÍTULO ESTUDO DE CASO

37
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
Paciente: Paciente H.C.K.D de 28 anos de idade , femenino, natural da Baia,
bairro de alto liro, trabalha como professora do ensino primaria, vem ao banco de
urgencia acompanhada de seu esposo.

Queixas a entrada: Sangramento vaginal e dor baixo ventre.

Historia da doença actual: Paciente de raça negra, de procedencia sub


urbana, que nega DUM , com H.O: G3, FV1, A1, CS0 , aparentava bom estado de
saúde quando a mais ou menos 2 dias começou com dor baixo ventre com
irradiaçao na regiao lombosacr e seguiu se de ligeiro sangramento vaginal vivo e por
esse motivo chega em nossa unidade para melhor seguimento.

Condiçoes de Moradia: Casa com 5 compartimento , sendo 2 quartos, uma


sala, uma cozinha, um quarto de banho.

Antecedentes pessoais : Um aborto

Antedente familiares : Mãe Hipertensa Controlada

Nega reaçoes alergica bem como medicamentos, traumatismo e hemotransfusao.

38
EXAME FISICO
Razoavel estado geral, mucosa hipocorada, esclerotic anicterica

Sistema Cardiovascular: Tons cardiacos ritimios e sem sopro

Sistema Respiratrio: Torax simetrico com expansibilidade preservada , som


pulmonar claro e ausencia de ruidos adventicos.

Sistema Digestivo: Abdmen distendido , difusamente doloroso a palpacao profunda


principalmente no quadrante inferior esquerdo, ausencia de massa palpavel .

Exame Ginecologico: Utero globuloso compativel com a idade gestacional,


ao toqu dor na mobilidade do colo, colo fechado , grosso e posterior.

Membros inferiores sem edema

Sistema nervosso: Desperta, orientada em tempo , espaço e pessoa.

Exame Laboratoriais: P.P : N.O.P , HB: 7g/dl

USG: Ausencia de saco gestacional intrauterino, hemorragia intra abdominl .

Laparotomia: Identificou se gestaçao ectopica em tuba esquerda.

Sinais vitais:

 T.A: 110/60 mmhg


 Pulso:98b/min
 Respiração: 20c/min

Hipotese Diagnostia: Gravidez Ectopica de 8 semanas e dois dias.

Intervençao de Enfermagem:

 Repouso no leito
 Sinais vitais de 6/6 horas
 Control de Hemoglobina
 Dieta Normoproteica, normocalorica

Intervençao Médica:

39
 Hemotransfusao 500 mlde papas de globo de sangue
 Dipirona (2,5g/5ml) 2,5 ml IM s.o.s
 Metotrexato (50mg) IM
 Acido Flico 1 cp 12/12h

40
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICAS

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um hospital materno-infantil no extremo norte do Brasil. (Monografia de TCC)
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