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CAMPUS LAGARTO
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
Lagarto
2022
REBECA BEZERRA GOMES
Lagarto
2022
REBECA BEZERRA GOMES
BANCA EXAMINADORA
Prof.
Faculdade AGES
Dedico este trabalho à minha família que é minha fonte de inspiração todos os dias,
meus amigos que estiveram comigo desde o início dessa longa escolha e trajetória, e
ao meu orientador professor Wellington Pereira Rodrigues por todo apoio para que
esse trabalho fosse produzido.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ser a minha base forte, meu sustento, nunca
ter me deixado desistir apesar de todas as dificuldades e ter me dado força e sabedoria
para encarar essa longa jornada.
A minha família que sempre esteve comigo me apoiando e me incentivando a
sempre dar o meu melhor e sempre crescer como pessoa e profissional, especialmente
minha mãe Maria Aparecida, meus irmãos Thiago Gomes, Gilliano Casusa e minha tia
Meire Jane, vocês são os meus maiores exemplos de superação, força, conquista e
sabedoria, muito obrigada por tudo, amo vocês demais.
Aos meus amigos da Bahia Jeniffer Queiroz, Karine Santos e Djalma Fernandes
por todo apoio durante todos esses anos de curso, e aos demais que também fizeram
parte dessa jornada de alguma forma.
A Faculdade AGES de Lagarto-SE, que abriu as portas para a realização desse
sonho, sempre apresentou o seu melhor enquanto instituição de ensino.
A todos os profissionais e professores que passaram por minha trajetória e sempre
tiveram muita paciência comigo, saibam que sou extremamente grata por todos vocês e
uma admiradora dos profissionais que vocês são. Em especial, quero deixar aqui o meu
agradecimento a todos os meus preceptores, que durante os estágios foi uma grande
força e amizade para que tudo desse certo: Cris, Leonardo, Elvis e Millena, vocês são
fonte de inspiração como profissionais e como pessoa, espero ter dado muito orgulho a
vocês assim como vocês me orgulham por terem passado por minha vida.
Um agradecimento muito especial as amizades que a faculdade me proporcionou
Ingrid Vieira, Victória Menezes, Maria Gabriela, Lais Inês, Nathali Moreira que nunca
desistiram de mim mesmo sendo uma pessoa difícil de lhe dar, agradeço por todo
companheirismo durante nossa jornada, por nunca largar a mão de ninguém e incentivar
sempre uma a outra a realizar suas conquistas, vocês são minhas enfermeiras favoritas
e pessoas favoritas também, o coração de vocês é gigante, e o mundo é pequeno para o
sucesso de vocês, eu as amo e tenho orgulho de fazer parte da vida de cada uma de
vocês. Obrigada por todas as nossas reuniões de negócios de todos os dias, elas foram
essenciais para todo o nosso crescimento durante a nossa longa jornada.
Agradeço ao meu orientador Prof. Wellington Pereira Rodrigues, por ter me
acolhido e dado todo suporte necessário para realização deste trabalho, sem ele nada
teria saído tão perfeito.
Ao meu esposo que apesar de termos nos conhecido na metade desse percurso,
nunca me deixou desistir dos meus desejos e sonhos, nunca soltou a minha mão, e
sempre me encorajou a batalhar por tudo o que eu sonhava e acreditava. Obrigada meu
amor, por ser essa fortaleza todos os dias, por me aguentar nos dias difíceis de cansaço,
por segurar a minha mão, por me empurrar sempre para o sucesso, sou eternamente
grata por tudo o que você fez e faz por mim e por nós, eu te amo.
No dia de hoje, é só gratidão, e aos que não foram citados, sintam-se abraçados
e agradecidos por terem feito parte desse ciclo que está chegando ao fim. Vocês são
extremamente importantes para mim. Grata a todos vocês, saibam que os amo demais.
RESUMO
O vírus da COVID-19 se trata de uma doença respiratória até então desconhecida, mas
com níveis altos de transmissibilidade e letalidade. Tudo passou a ser novo, como o
contato com as pessoas, execução das atividades básicas e trabalho. Os profissionais
da saúde, especialmente aqueles que fazem parte da equipe de Enfermagem, tiveram
que lidar com a pandemia com mais força e intensidade, pois são os responsáveis pelos
cuidados diários dos diagnosticados com o vírus da COVID-19. Os impactos na saúde
mental desses profissionais ficaram evidentes desde o início da pandemia, e vai continuar
por muitos anos, pois atuar todos os dias na linha de frente, convivendo com medo e
condições precárias de trabalho são situações de grande sofrimento mental e físico.
Portanto, dada a sua importância, a investigação sobre este tema é de grande valia. O
número de profissionais de Enfermagem no mundo e a importância de seu bem-estar
completo físico, mental e espiritual é o mesmo. O objetivo geral deste trabalho é de
identificar como o impacto da pandemia da COVID-19 afeta a saúde mental dos
profissionais de Enfermagem que trabalham na linha de frente no combate ao vírus. Entre
os objetivos específicos estão: identificar os riscos ocupacionais dentro do cenário de
pandemia e tratamento direto com pacientes contaminados, compreender os fatores que
mais estão presentes e levam ao adoecimento físico e mental e identificar e conhecer os
transtornos que mais acometem os profissionais da saúde. O método é uma revisão
abrangente da literatura usando métodos qualitativos de caráter descritivo. Para a
realização deste estudo foram utilizados artigos, livros e teses encontradas em
plataformas de dados como: SciELO, PubMed, BVS, google acadêmico, de línguas
portuguesas e estrangeiras, que trouxeram textos completos sobre os respectivos temas
e agregaram conhecimento ao trabalho. Conclusão: este estudo mostra que o impacto
negativo da pandemia na saúde mental dos profissionais de Enfermagem está
diretamente relacionado às condições precárias de trabalho, medo de contaminação viral,
escassez de materiais de proteção individual e suporte precário à equipe de
Enfermagem. Rotinas exaustivas, sobrecarga de trabalho e baixa remuneração também
pode ser mencionadas. Portanto, foi possível observar o surgimento de transtornos
mentais e de comportamento associados às condições já citadas, como ansiedade,
depressão, medo, insônia, síndrome de Burnout e estresse pós-traumático entre os
profissionais de Enfermagem que estão na linha de frente do combate à pandemia.
The COVID-19 virus is a hitherto unknown respiratory disease, but with high levels of
transmissibility and lethality. Everything became new, such as contacting people, carrying
out basic activities and work. Health professionals, especially those who are part of the
Nursing team, had to deal with the pandemic with more strength and intensity, as they are
responsible for the daily care of those diagnosed with the COVID-19 virus. The impacts
on the mental health of these professionals have been evident since the beginning of the
pandemic, and will continue for many years, as working on the front line every day, living
with fear and precarious working conditions are situations of great mental and physical
suffering. Therefore, given its importance, research on this topic is of great value. The
number of nursing professionals in the world and the importance of their complete
physical, mental and spiritual well-being is the same. The general objective of this work is
to identify how the impact of the COVID-19 pandemic affects the mental health of Nursing
professionals who work on the front line in the fight against the virus. Among the specific
objectives are: to identify the occupational risks within the pandemic scenario and direct
treatment with contaminated patients, to understand the factors that are most present and
lead to physical and mental illness and to identify and know the disorders that most affect
health professionals. The method is a comprehensive literature review using qualitative
descriptive methods. To carry out this study, articles, books and theses found on data
platforms such as: SciELO, PubMed, VHL, academic google, in Portuguese and foreign
languages were used, which brought complete texts on the respective topics and added
knowledge to the work. Conclusion: this study shows that the negative impact of the
pandemic on the mental health of Nursing professionals is directly related to precarious
working conditions, fear of viral contamination, shortage of personal protective materials
and poor support for the Nursing team. Exhaustive routines, work overload and low pay
can also be mentioned. Therefore, it was possible to observe the emergence of mental
and behavioral disorders associated with the aforementioned conditions, such as anxiety,
depression, fear, insomnia, Burnout syndrome and post-traumatic stress among Nursing
professionals who are on the front line of combating pandemic.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Artigos coletados de acordo com título e subtítulo, autores, ano de publicação,
tipo de estudo e objetivo. Lagarto (SE). Lagarto (SE), 2022.............................................48
Tabela 2: Artigos coletados de acordo com título, país de origem e metodologia. Lagarto
(SE). Lagarto (SE), 2022…………...................................................................................53
LISTA DE SIGLAS
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 14
2 DESENVOLVIMENTO ................................................................................................ 19
4 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 58
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 60
ANEXOS ........................................................................................................................ 65
14
1 INTRODUÇÃO
experiência nova onde todos ainda estão aprendendo a lidar com ela, principalmente
quando se trata de uma doença altamente contagiosa e que é facilmente transmitida de
pessoa para pessoa (AZEVEDO, 2021).
Assim, foi comum identificar sintomas de ansiedade e depressão entre os
profissionais de saúde. A ansiedade é caracterizada como um sentimento de medo,
apreensão, além de atingir componentes psicológicos, sociais e fisiológicos e se não
tratada rapidamente ou adequadamente poderá se tornar patológica, afetando inclusive
seu convívio familiar e social. A depressão é caracterizada como a alteração dos
processos psíquicos, de humor depressivo ou irritável, diminuição da energia diária,
alteração dos sentimentos de alegria ou prazer, desinteresse das atividades de rotina,
dificuldade de concentração, pensamentos negativos e perda da capacidade de
planejamento de vida (SOUZA et al., 2020).
Tendo em vista a situação dos profissionais, o COFEN (Conselho Federal de
Enfermagem) desde o início da pandemia disponibilizou um canal de atendimento que
funciona todos os dias para os profissionais de Enfermagem que estavam com
dificuldades e precisavam de algum auxílio emocional. Este foi um meio muito importante
para o apoio da Enfermagem, pois o número de profissionais que adquiriram problemas
emocionais cresceu bastante, principalmente por estarem lidando com tantos óbitos,
isolamento, falta de respiradores que foi um dos grandes problemas a serem enfrentados
no início da pandemia, e também enfrentar por uma doença que inicialmente não tinha
vacina (DE MENDONÇA et al., 2021).
Durante o período pandêmico, foi possível notar que a Enfermagem foi a classe
que mais sofreu com a soma de diversos fatores que influenciaram na exaustão,
contaminação e sobrecarga. Visto que a situação dos profissionais de enfermagem é de
total vulnerabilidade, qual a melhor maneira de tentar ajudá-los no enfrentamento da
pandemia no âmbito de trabalho, sem que afete sua saúde mental de modo que seja
adquirida uma doença psíquica?
Em análise de toda a situação desde o início da pandemia, e todos os
enfrentamentos que já foram passados, uma das melhores maneiras no combate e
tratamento da ansiedade e depressão é o apoio psicossocial, tanto com o apoio da
16
própria família, quanto a busca por profissionais capacitados para realizar atendimentos
de psicologia e psiquiatria.
A escolha desse tema justifica-se pela grande proporção que a pandemia tomou e
vem tomando desde o seu início, estando caracterizada principalmente pelas doenças
psíquicas que foram adquiridas por diversas pessoas no mundo, em principal os
profissionais de saúde, podendo ser analisada como funciona a saúde mental em meio a
tantas dificuldades, bem como foi escolhido pela grande afinidade pessoal para com este
tema. E enquanto profissional da Enfermagem, colaborar para o entendimento de todas
as variáveis que contribuíram para os níveis de adoecimento mental durante a pandemia.
Diante desse contexto, esse estudo tem como objetivo geral identificar como o
impacto da pandemia da COVID-19 afeta a saúde mental dos profissionais de
Enfermagem que trabalham na linha de frente no combate ao vírus; como objetivos
específicos busca-se identificar os riscos ocupacionais dentro do cenário de pandemia e
tratamento direto com pacientes contaminados, compreender os fatores que mais estão
presentes e levam ao adoecimento físico e mental e identificar e conhecer os transtornos
que mais acometem os profissionais da saúde.
1.2 Metodologia
Este estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, método esse que é
utilizado para identificar, sintetizar e realizar uma análise ampla dos dados apresentados,
a fim de possibilitar uma leitura mais compreensiva por se tratar de algo mais curto e
sucinto, trazendo assim maior conhecimento e aprendizado acerca do tema em questão,
além de construir debates para elaborações futuras (PEREIRA et al., 2020).
Além de apresentar resultados de estudos já feitos por outros autores para
comparar com os dados colhidos através deste trabalho, fazendo com que haja
17
1.2.2 Amostragem
Foram utilizados como critério de inclusão, artigos originais sendo eles nos idiomas
de português, inglês e espanhol, no período entre 2020 a 2022 tendo em vista que se
trata de um tema recente que teve como início no final de 2019, e que estejam disponíveis
nas plataformas digitais como o Google Acadêmico, PubMed, SciELO, BVS e que
pudessem responder a questão norteadora; foram excluídos artigos duplicados, relatos
de casos e artigos que antecederam o tempo estipulado para inclusão além de estarem
fora das plataformas científicas citadas.
A análise de dados deste trabalho teve como base o referencial teórico através da
revisão de literatura, que tem sido uma das mais utilizadas por ser um método que é
capaz de identificar, avaliar e sintetizar os estudos já realizados anteriormente por outros
autores, podendo assim fazer uma seleção criteriosa e fidedigna dos dados que serão
utilizados. Essa construção foi norteada pelas seguintes etapas: identificação do tema,
amostragem da literatura, categorização dos estudos, avaliação dos estudos
selecionados, interpretação dos resultados e apresentação da revisão integrativa.
19
2 DESENVOLVIMENTO
em humanos, quatro causam sintomas gripais leves e sem complicações, os outros três
causam infecções respiratórias graves (SOEIRO et al., 2020).
Segundo Maia e Dias (2020), o período de incubação dura em média até 14 dias,
tendo uma variação de 4 a 5 dias para o surgimento dos sintomas. Os sinais e sintomas
que mais são observados no geral incluem: febre, ageusia e anosmia, tosse seca,
astenia, mialgia e dispneia sendo este o sinal de alerta mais importante sendo verificado
através da oximetria digital. Além disso, também podem ser observados sintomas como
diarreia, náuseas, anorexia, fadiga, cefaleia e epigastralgia. A variação clínica ainda pode
acontecer entre leve, moderada e grave, além dos casos assintomáticos. E foi possível
observar que os pacientes em sua grande maioria apresentavam sintomas respiratórios
e que progrediram para casos mais graves com ampla facilidade e rapidez, demonstrando
então que o pulmão é o hospedeiro primário do vírus (HARRISON; LIN; WANG, 2020).
A transmissão do SARS-CoV-2 ocorre de forma horizontal sendo de pessoa para
pessoa através do contato direto ou indireto com secreções contaminadas, sendo através
de falas, tosses ou espirros. Os fatores de risco que são mais incidentes são: idade, sexo,
gestação, fatores hormonais, genéticos e nutricionais, bem como pessoas que possuem
25
Figura 3: Perfil imunológico de infecção pelo vírus SARS-Cov2 com variações dos níveis de carga viral, e
de anticorpos IgM e IgG nas diferentes fases da doença. Lagarto (SE), 2022.
Fonte: Google, 2022.
que desenvolva a doença, que são chamadas de geração 1 das vacinas. Porém,
pesquisas atuais já estão sendo direcionadas ao desenvolvimento de vacinas que
utilizam de outras tecnologias, que são chamadas de vacinas recombinantes e
conjugadas, sendo estas classificadas como a geração 2 (DO NASCIMENTO et al.,
2020).
O desenvolvimento de uma vacina, é um processo longo que pode levar até dez
anos, onde envolve várias fases sendo essas: fase exploratória e laboratorial, fase de
estudos pré-clínicos em animais, onde as fases de 1 a 3 de ensaios clínicos em humanos
e a fase 4 que se trata da aprovação da vacina. Na fase exploratória é realizada a
identificação e validação do antígeno vacinal e a realização de testes in vitro nos
laboratórios, na fase pré-clínica os testes em animais são realizados em três fases para
a avaliação da segurança e eficácia da vacina em humanos (DO NASCIMENTO et al.,
2020).
A fase 1 se dá através da avaliação da segurança e eficácia da vacina, para que
seja gerada a resposta imunológica, sendo testados em poucos voluntários sadios. Na
fase 2 é realizada uma análise mais detalhada da segurança e eficácia da vacina, além
de contar com estudos de dosagem em que pode ser testado em centenas de pessoas,
na fase 3, são realizados os testes finais com milhares de indivíduos em locais onde há
maior prevalência da doença que está sendo estudada, com o objetivo de avaliar mais
precisamente a segurança e eficácia da vacina, bem como os possíveis efeitos colaterais
que poderão vir a surgir, a última fase de número 4, a vacina é submetida a uma
aprovação e registro através das agências reguladoras para que seja disponibilizada para
a população (SILVA; ALMEIDA, 2021).
Com o grande avanço da pandemia e seus variados sintomas, iniciou uma corrida
para a criação de vacinas em um curto espaço de tempo no mundo todo, gerando assim
diversas repercussões geopolíticas e geoeconômicas de diversos grupos dos Estados
Nacionais, grupos empresariais, universidades e institutos de pesquisa, mantiveram um
posicionamento na criação de estratégias para a promoção de soluções, bem como a
maximização dos interesses pelo poder (SENHORAS, 2021).
28
Quando surgiram as vacinas, foi necessária uma priorização dos grupos que
seriam vacinados em cada etapa, iniciando com os grupos de maior risco como:
portadores de doenças crônicas, doenças cardiovasculares, doença renal, respiratória,
obesidade e pessoas acima de 60 anos. Além disso, os profissionais da saúde também
foram prioritários, por estarem trabalhando na linha de frente da pandemia. Assim, foi de
extrema importância a definição de estratégias dos profissionais das unidades de saúde
com a população, para que houvesse boa aceitação das vacinas, que se basearam em:
carros de som, visitas de porta em porta às famílias, cartilhas explicativas, entre outros,
com o intuito de diminuir a disseminação de inverdades relacionadas a vacinação
(DOMINGUES, 2021).
No Brasil, devido a emergência em saúde pública e necessidade de vacinas, a
Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) concedeu autorização temporária para
o uso de maneira emergencial de duas vacinas: a CoronaVac, inativada, do Instituto
Butantan com resultados superiores a 92% de eficácia a partir das 2 doses com intervalos
de 2 a 4 semanas, sua dose é de 0,5ml para cada dose via intramuscular. A Astrazeneca,
é recombinante, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) com resultados superiores a 98%
de eficácia após as duas doses com intervalos de 12 semanas, sua dose é de 0,5ml cada
por via intramuscular, e geralmente expressa efeitos colaterais como febre, calafrios e
cefaleia (BRASIL, 2020).
Além das vacinas já citadas, foram usadas no Brasil pelo Programa Nacional de
Imunização (PNI) as vacinas da Janssen e Pfizer seguindo cartilhas específicas de
administração. Assim como o Brasil, o mundo utilizou-se de maneira emergencial das
vacinas, seguindo protocolos específicos em cada país, com o objetivo de minimizar os
danos causados pela pandemia da covid-19 (SILVA; ALMEIDA, 2021).
Falando de terapias medicamentosas, até o presente momento não há evidências
científicas de um medicamento que seja eficaz para o tratamento da COVID-19, os que
vêm sendo utilizados, possuem outra indicação terapêutica ou ainda estão em fases de
testes, e por esta razão, possuem riscos de reações adversas ainda não conhecidas. Por
isto, a articulação dos conhecimentos acerca do novo vírus e sua patogenia bem como a
29
farmacologia dos novos e antigos fármacos são estudados novamente para garantir a
segurança e eficácia durante o tratamento (TRITANY; TRITANY, 2020).
irritados, angustiados, o que afetava diretamente a saúde mental. Outro ponto que muito
foi observado, foram os sentimentos de incapacidade dos profissionais ao prestar
cuidados que eram pouco conhecidos, à pacientes contaminados com a doença, fazendo
com que se tornasse um tratamento pouco integral, além da ausência das vacinas por
um determinado período pandêmico, o risco de morte que era constante e a falta de
colaboração da população com as medidas preventivas estabelecidas, causando
sobrecarga nas unidades e nas equipes (LEITE et al., 2021).
Além disso, foi muito observado que o uso constante dos EPI’s passava da
escassez ou o uso inadequado, alguns problemas começaram a surgir após o uso
constante como dermatites, alergias, suor excessivo, maceração de face e até o uso de
fraldas diante das necessidades fisiológicas com o intuito de reduzir a retirada dos
equipamentos de proteção (PORTUGAL et al., 2020).
Um dos fatores que estavam associados ao sofrimento psíquico sofrido pelos
profissionais da enfermagem, estava ligado a maneira como eram passados os
protocolos para o controle efetivo das infecções, além da ausência de capacitação
constante para lidar com as situações que apareciam, a ausência de protocolos para
manejo correto dos pacientes infectados e o uso dos novos EPI’s (SOUZA et al., 2021).
Além disso, estavam associados o medo diante de toda extensão da contaminação
e o sofrimento com a doença, bem como a preocupação com os seus familiares, o
desconhecimento referente a doença, o que estavam causando uma enorme recusa na
prestação de atendimento aos pacientes contaminados, o medo de esquecer as técnicas
de proteção pois era algo fora da rotina e os profissionais acabarem se contaminando
com o vírus e o medo de estarem trabalhando na linha de frente das unidades de
tratamento (BARBOSA et al., 2020).
Sentimentos de insatisfação também eram constantes diante da ausência de
acolhimento e apoio psicossocial e emocional por parte das instituições de saúde e níveis
governamentais no que diz respeito a irresponsabilidade e ingerência que colocavam em
jogo a segurança e a qualidade da assistência de enfermagem e dos enfermeiros
(QUEIROZ et al., 2021).
37
ou comissões envolvidas se caso for necessário (DIAS et al., 2020; NOGUEIRA et al.,
2021).
Após o término do trabalho e paramentação ficou instituído a higienização das
mãos seguido do banho dos profissionais. Além disso, o procedimento de
desparamentação era comumente acompanhado por um outro colega de trabalho, na
tentativa de evitar eventuais falhas no processo e comunicar a correção se assim fosse
necessário. A maioria das unidades acabaram criando ainda uma área para a
alimentação dos funcionários na tentativa de evitar que os mesmos transitassem pelo
refeitório coletivo e para que não abandonassem o seu expediente (BITENCOURT et al,
2020).
Todo esse processo repetitivo acaba demandando um esforço maior e um
desgaste emocional bastante significativo associado à falta de recursos básicos para a
própria proteção, sem contar com o risco iminente de contaminação e o grande medo de
morrer (MACHADO et al., 2020).
Partindo desse pressuposto, é possível destacar o protagonismo exercido pelos
profissionais de enfermagem não apenas no âmbito assistencial, mas em todas as
interfaces como sendo membro de comissões organizadoras, permeando pelo
planejamento e funcionamento da estrutura física, da gestão de recursos materiais e
pessoais e da construção dos protocolos como citados anteriormente, além da prestação
de atendimento à saúde propriamente dita (BITENCOURT et al., 2020).
40
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Gráfico 5: Distribuição da quantidade total de artigos em porcentagem de acordo com cada plataforma.
Lagarto (SE), 2022.
Fonte: Autoria própria, 2022.
Durante a busca dos artigos que foram encontrados e coletados nas bases de
dados já citadas anteriormente, apenas 10 destes foram selecionados devido aos critérios
que foram definidos durante a confecção desse estudo. O gráfico a seguir mostra com
mais clareza a quantidade de artigos encontrados e a quantidade que foi utilizada de
acordo com cada plataforma, respectivamente.
Gráfico 6: Distribuição da quantidade de artigos encontrados e artigos utilizados. Lagarto (SE), 2022.
Fonte: Autoria própria, 2022.
de Andrade; de saúde
Monique envolvidos
Azevedo diretamente no
Espiridião. enfrentamento
da pandemia
de Covid-19;
Apontar ações
e estratégias
para a proteção
e a assistência
à saúde desses
profissionais.
Intervenções Franscisco 2020 Estudo de Analisar a
para Cavalcante; revisão produção
promoção da Ingrid Oliveira; integrativa de científica sobre
saúde mental Mágila Costa; literatura. intervenções
durante a Vannessa para promoção
pandemia Silva; Joselany da saúde
Caetano; mental durante
Nelson Neto; a pandemia de
Lívia Barros. Covid-19.
Enfermagem e Maria de 2020 Estudo teórico Refletir sobre a
saúde mental: Lourdes reflexivo saúde mental
uma reflexão Custódio baseado na dos
em meio à Duarte; Daniela formulação profissionais de
pandemia de Giotti Silva; acerca da enfermagem
coronavírus. Mariana Correa temática no contexto da
Bagatini. sustentada pandemia de
pela literatura coronavírus.
científica
45
nacional e
internacional e
análise crítica
dos autores.
Trabalho de Norma Valéria 2021 Estudo teórico Refletir sobre o
enfermagem Dantas de reflexivo com contexto de
na pandemia Oliveira Souza; dois eixos trabalho dos
da covid-19 e Eloá Carneiro temáticos. profissionais de
repercussões Carvalho; enfermagem
para a saúde Samira Silva na pandemia
mental dos Santos Soares; da Covid-19 e
trabalhadores. Thereza as
Christina Mó Y repercussões
Mó Loureiro para saúde
Varella; Sandra mental desses
Regina profissionais.
Maciqueira
Pereira; Karla
Biancha Silva
de Andrade.
Percepção do Adriana 2021 Estudo Conhecer os
risco de Cristina de epidemiológico fatores que
contaminação Oliveira; do tipo survey. influenciam a
dos Thabata percepção do
profissionais Coaglio Lucas; risco dos
de saúde por Robert Aldo profissionais de
covid-19 no Iquiapaza. saúde para se
Brasil. contaminarem
com covid-19
no Brasil.
46
Medeiros; pandemia da
Isabelle Ribeiro Covid-19.
Barbosa
O papel da Rodolfo Souza 2021 Estudo de Apresentar
telessaúde na da Silva; Carlos prevalência. ações
pandemia André Aita realizadas por
covid-19: uma Schmtiz; Erno um serviço
experiência Harzheim; nacional de
brasileira. Cynthia Goulart telessaúde no
Molina-Bastos; Brasil, tanto no
Elise suporte aos
Bottesselle de profissionais de
Oliveira; Rudi saúde da
Roman; Atenção
Roberto Nunes Primária à
Umpierre; Saúde quanto a
Marcelo pacientes;
Rodrigues Discutir o
Gonçalves. potencial de
reorganizar um
sistema de
saúde.
Anxiety, Maxime 2021 Estudo de Estimar a
depression, Marvaldi; revisão prevalência de
traumarelated, Jasmina Mallet; sistemática e problemas de
and sleep Caroline meta-análise. saúde mental
disorders Dubertret; entre
among Maria profissionais de
healthcare RoseMoro; saúde durante
workers Séliam
48
envolvidos diretamente no
enfrentamento da
pandemia de covid-19.
Intervenções para Brasil Trata-se de revisão
promoção da saúde integrativa da literatura,
mental durante a construída a partir de cinco
pandemia. etapas: definição do
problema e da questão
norteadora; definição dos
critérios de inclusão e
exclusão de publicações;
busca de estudos
primários; avaliação dos
estudos encontrados;
síntese e apresentação da
revisão.
Enfermagem e saúde Brasil Estudo de cunho teórico
mental: uma reflexão em reflexivo, baseado na
meio à pandemia de formulação discursiva
coronavírus. acerca da temática e
sustentado pela literatura
científica nacional e
internacional e análise
crítica dos autores. A busca
foi realizada nas bases de
dados eletrônicas SciELO,
PubMed e LILACS, no
período de abril a junho de
2020.
50
proteção contra o vírus é o uso correto dos EPI’s além da desparamentação também da
forma correta, onde um dos principais meios de contaminação dos profissionais é no
momento da desparamentação, pois é feita de forma inadequada e sem seguir os
protocolos de proteção (OLIVEIRA; LUCAS; IQUIAPAZA, 2021).
Assim, para que todos esses riscos sejam evitados, faz-se necessário o
treinamento regular e monitorado dos profissionais da saúde sobre a paramentação e
desparamentação. Além disso, existe também a importância do gerenciamento dos EPI’s,
que durante a fase pandêmica aconteceram diversos períodos de escassez em diversas
unidades de atendimento. Sendo assim, de grande importância que seja disponibilizada
em todas as unidades informações impressas ou em forma de cartilhas com todos os
passos de cada processo, para que aumente ainda mais a proteção de cada profissional
(OLIVEIRA; LUCAS; IQUIAPAZA, 2021).
Outro ponto importante a ser descrito, é acerca da influência que a gestão traz
para suas equipes de enfermagem. A falta de autonomia, diálogo claro, e aberto, falta de
acesso aos seus gestores, falta de recursos em situações de demandas elevadas de
trabalho e psicológicas, contribuem para que os profissionais estejam mais expostos a
maior vulnerabilidade e ao adoecimento, além da insegurança que está diretamente
ligada a assistência que está sendo prestada (POUSA; LUCCA, 2021).
A violência contra o profissional de enfermagem é outro aspecto que apresenta
grande impacto negativo na saúde mental dos mesmos, pois lidar com situações
abusivas, de assédio sexual, violências e ameaças físicas e verbais contra suas
integridades físicas, são determinantes a todos os tipos de fadiga, estresse e
desestímulos que estejam ligados ao trabalho em diversos setores. Esses tipos de
violências são comumente realizados pelos pacientes aos quais os cuidados estão sendo
prestados, além dos seus familiares e infelizmente também por colegas de trabalho, como
os médicos (POUSA; LUCCA, 2021).
Desse modo, a prestação de assistência aos profissionais de Enfermagem em
todos os aspectos biopsicossociais é de suma importância, tendo em vista que minimizará
os danos à saúde desses profissionais, bem como a melhoria na qualidade do cuidado
promovido. Segundo os dados fornecidos pelos autores Teixeira et al. (2020), se faz
55
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
AFONSO, Pedro. The impact of the COVID-19 pandemic on mental health. Acta médica
portuguesa, v. 33, n. 5, p. 356-357, 2020.
Centro Universitário
Lagarto (SE)
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RESERVADO AO REVISOR DE LÍNGUA PORTUGUESA
Anexar documento comprobatório de habilidade com a língua, exceto quando revisado pelo
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