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FACULDADE DE MEDICINA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS APLICADAS À SAÚDE DO
ADULTO
Belo Horizonte
2019
Jéssica Diniz Rodrigues Ferreira
Versão final
Belo Horizonte
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Magnífica Reitora
Sandra Regina Goulart Almeida
Pró-Reitor de Pós-Graduação
Prof. Fábio Alves da Silva Júnior
Pró-Reitor de Pesquisa
Prof. Mario Fernando Montenegro Campos
Agradeço aos meus pais, Jussara e Luiz, por me ensinarem a valorizar o aprendizado
e a ser grata pelos desafios que a vida nos traz. Obrigada por serem exatamente como são:
exemplos de amor, carinho, perseverança e, sobretudo, resiliência. Às minhas irmãs, Bruna,
Geórgia, Luciana e Adriana, e ao meu irmão, Alessandro, por serem os melhores irmãos que
uma irmã caçula pode ter.
Ao meu amor, Daniel Augusto, por compor a trilha sonora da nossa história,
diariamente. Por ser meu companheiro, acordar ao meu lado todos os dias e sempre me
incentivar a ser uma pessoa melhor. À Nilce Maria, Douglas, Douglas Júnior, Aline, Vó Nilce
e Vô Guido, por serem, hoje, também minha família.
À Lora, por ser a minha melhor amiga-irmã, em qualquer lugar e tempo da nossa vida.
Ao professor e coorientador Bernardo Viana, por ser, além de mentor, um grande
amigo. Agradeço por fazer parte do PROEPSI, pela oportunidade de defender a flexibilidade
emocional em todas as nossas discussões e também por me proporcionar conviver com a sua
esposa, Juliana Tito.
À professora e orientadora Cidinha, pela sempre atenciosa orientação. É uma grande
honra ser sua orientanda e ter a oportunidade de aprender com sua vasta experiência e
excelência no trabalho com idosos.
Ao professor Breno Satler, pela amizade, por ser um mentor até hoje, e por ter sido o
primeiro a me incentivar a estudar resiliência em idosos.
Ao professor Maicon Albuquerque, pela atenção e ajuda ao longo do mestrado.
Aos professores Jonas Jardim de Paula, Cristina Costa Duarte Lanna e Maicon
Albuquerque, por terem aceitado participar da banca de defesa deste trabalho.
A todos os professores e professoras com os quais tive e tenho o privilégio de aprender
e que muito admiro.
Agradeço aos meus alunos de iniciação científica Lucas Marzano, João Pedro
Thimotheo, Eduardo Oliveira; e também às profissionais Ana Patrícia e Juliana - pela enorme
ajuda, dedicação e comprometimento a este trabalho
À Mariana Nicolau, minha parceira de vida, de aventuras profissionais, de risadas e
de cafezinhos acolhedores. Obrigada pelo seu apoio sempre.
À Júlia Dias, por ter me acolhido como sua “01” e ser, hoje, um exemplo de
profissional.
Ao Leandro Boson, pela confiança em meu trabalho, por ajudarmos tantos pacientes
juntos e, principalmente, pela amizade.
À Giovana Mol, pela oportunidade de fazer parte do Núcleo Allerevita, pela confiança
em meu trabalho e, principalmente, pela grande amizade e carinho sempre.
A todos os colegas e amigos do PROEPSI-UFMG, por proporcionarem um
atendimento multidisciplinar de tanta qualidade aos nossos pacientes. Agradeço,
especialmente, à Maissa Diniz, Natália Dias e Laísa Ennes, pela amizade e parceria.
Aos meus pacientes, pelas experiências e aprendizados compartilhados, pela
confiança e pela oportunidade de ajudá-los a se tornarem pessoas cada vez mais resilientes.
RESUMO
1 INTRODUÇÃO 16
2 REVISÃO DE LITERATURA 17
2.1 CONCEITO DE RESILIÊNCIA 18
2.2 CORRELATOS DE RESILIÊNCIA 19
2.3 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DE RESILIÊNCIA 22
2.3.1 The Multidimensional Individual and Interpersonal Resilience Measure
(MIIRM) 24
3 JUSTIFICATIVA 26
4 OBJETIVOS 28
4.1 OBJETIVO GERAL 28
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 28
5 MATERIAIS E MÉTODOS 29
5.1 TRADUÇÃO, ADAPTAÇÃO CULTURAL E VALIDAÇÃO DA ESCALA THE
MULTIDIMENSIONAL AND INTERPERSONAL RESILIENCE MEASURE 29
5.1.1 Tradução inicial da escala 30
5.1.2 Síntese das versões T1 e T2 30
5.1.3 Retrotradução da versão T1.2 para a língua inglesa 31
5.1.4 Comitê de especialistas 32
5.1.5 Estudo-piloto 33
5.1.6 Estudo de validação 33
5.2 AMOSTRA 34
5.3 ANÁLISES ESTATÍSTICAS 35
5.3.1 Análise fatorial 35
5.3.2 Confiabilidade Inter avaliador e teste-reteste 36
5.3.3 Correlações 37
6 RESULTADOS 38
6.1 ADAPTAÇÃO CULTURAL DA ESCALA 38
6.1.1 Reunião dos especialistas 38
6.1.2 Estudo-piloto 48
6.2 ESTUDO DE VALIDAÇÃO 48
6.2.1 Análises descritivas 48
6.2.2 Estrutura fatorial da EMRII-BR 49
6.2.4 Confiabilidade interavalidor 55
6.2.5 Confiabilidade teste-reteste 55
6.2.6 Correlações 55
7 DISCUSSÃO 57
7.1 PROCESSO DE TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO CULTURAL 57
7.2 ESTUDO DE VALIDAÇÃO 59
7.3 ANÁLISES DE CORRELAÇÃO 63
8 LIMITAÇÕES 65
9 CONCLUSÃO 66
10 REFERÊNCIAS 67
ANEXO 1 – Versão original da MIIRM 73
ANEXO 2 – Versão final da EMRII-BR 75
ANEXO 3 - Protocolo de avaliação do estudo de validação 78
ANEXO 4 – Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa 83
ANEXO 5 – Aprovação do Departamento de Saúde Mental 84
16
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
Apesar das contribuições positivas desses modelos, é difícil avaliar até que ponto
essas representações acerca do envelhecimento bem-sucedido vão ao encontro das visões
subjetivas dos próprios indivíduos idosos. A despeito de variáveis de risco, a presença de
doenças e de fatores estressores ao longo da vida, alguns idosos consideram estar
envelhecendo bem. (STRAWBRIDGE et al., 2002) Breheny & Griffiths (2017) analisaram
o relato de 11 idosos, entre 79 e 92 anos, sobre aspectos que consideram importantes e
necessários para envelhecer bem. Através do método de Análise Fenomenológica
21
3 JUSTIFICATIVA
4 OBJETIVOS
5 MATERIAIS E MÉTODOS
FASE 1:
Definições
conceituais
FASE 2:
Tradução
FASE 3:
Retrotradução
FASE 4:
Revisão por
especialistas
FASE 5:
Estudo-piloto
FASE 6:
Estudo de
validação
Nessa etapa, a versão T1.2 em português brasileiro foi traduzida para o inglês por
dois outros tradutores independentes, diferentes dos tradutores iniciais, e “cegos” para a
versão original, isto é, não tiveram contato com o instrumento original em inglês.
Participaram dessa primeira retrotradução dois tradutores bilíngues, falantes nativos
da língua inglesa, que viveram nos EUA por mais de 20 anos, vivem no Brasil há mais de 5
anos e, desde então, têm experiência como professores de inglês, sendo que um deles também
faz mestrado em Linguística Aplicada. Ambos não possuíam conhecimento do constructo
investigado e tinham formação em áreas distintas da área do constructo, conforme sugerido
por Beaton e colaboradores (2000). Esta etapa é uma das formas de verificação da validade
da versão síntese das traduções iniciais e visa garantir que a versão T1.2 manteve o mesmo
conteúdo dos itens da versão original. (BEATON et al., 2000)
No relatório escrito, o retrotradutor 1 relatou dúvidas na tradução de alguns termos,
como “pontuação reversa” e “acordo relacional” e, em alguns momentos, achou alguns itens
“estranhos” por conterem uma palavra ou uma estruturação diferente das perguntas anteriores
– de acordo com a descrição do colaborador: Por exemplo, o item 7 usa o passado quando
todos os outros itens estão no presente. Além disso, no item 20, depois de usar a palavra
cônjuge 5 vezes, usa minha esposa (meu marido). Não sei se isso foi algo proposital, mas foi
algo que observei. Além disso, na percepção do retrotradutor 1, o questionário apresenta uma
linguagem mais formal em alguns momentos e mais informal em outros. Logo, relatou ficar
em dúvida sobre qual estilo priorizar, optando por utilizar a linguagem mais coloquial.
Finalmente, este colaborador fez uma colocação a respeito dos termos de gênero presentes
no instrumento:
mais naturalmente possível”, como no seguinte exemplo: "Eu sou capaz de adaptar" para "I
am capable of adapting" ou "I am able to deal with". Com exceção dessas dúvidas pontuais,
em sua opinião a versão retrotraduzida oferece fácil compreensão e tradução.
Os resultados dessa etapa foram a produção de duas versões retrotraduzidas – R1 e
R2.
5.1.4 Comitê de especialistas
Neste estudo foram realizadas duas reuniões de consenso: a primeira foi realizada
antes do início do estudo-piloto e a segunda, no meio do estudo-piloto.
5.1.5 Estudo-piloto
1
Versões original e final da escala em anexo.
34
5.2 AMOSTRA
A seleção da amostra foi realizada por conveniência, constituída por idosos abordados
no momento de espera pela sua consulta, no complexo do Hospital das Clínicas da
Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG), em praças e igrejas. Foram incluídos
indivíduos dos sexos masculino e feminino, falantes do português brasileiro, com diferentes
níveis de escolaridade, residentes na cidade de Belo Horizonte e região metropolitana, acima
de 60 anos, com capacidade física e mental para informar seu consentimento, bem como de
responder ao questionário proposto. Os critérios de exclusão compreenderam: presença de
diagnóstico de síndrome demencial ou doença terminal; residentes de Instituições de Longa
Permanência (ILPI’s); e necessidade de internação hospitalar frequente. Os critérios de
inclusão e exclusão mencionados têm como referência central o estudo original do
35
5.3.3 Correlações
Por fim, para investigar a relação entre o escore total da EMRII-BR e as variáveis
demográficas e epidemiológicas como escolaridade, número total de doenças relatadas e
escore total do Mini-Exame do Estado Mental, foi selecionada as correlações de Pearson e
Spearman de acordo com a distribuição da variável.
Para as análises estatísticas descritivas e de confiabilidade utilizamos o pacote
estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). E para a Análise Fatorial
Exploratória, incluindo a descrição gráfica do número de fatores realizamos a análise por
meio do software JASP.
38
6 RESULTADOS
6.1 ADAPTAÇÃO CULTURAL DA ESCALA
Tabela 2: Descrição das modificações e questionamentos levantados na reunião dos especialistas conforme critérios de equivalência
CRITÉRIOS DE EQUIVALÊNCIA
Versão T1.2 Semântica Idiomática Experencial Conceitual Versão de Consenso
(as palavras (expressões coloquiais (às vezes, itens (muitas vezes, palavras ou
significam a mesma ou idiomáticas são descrevem seu significado conceitual
coisa? Existem difíceis de traduzir; o experiências da vida variam entre culturas; pode
múltiplos significados comitê de especialistas diária, muitas vezes, ser necessário modificar os
para um determinado deve formular uma particulares para itens, excluir alguns e incluir
item? Existem expressão aproximada determinado país ou outros em seu lugar)
inconsistências para a versão traduzida cultura da escala
gramaticais na do instrumento) original; nesses casos,
tradução?) o item deve ser
substituído por uma
experiência
semelhante e
conhecida na cultura-
alvo)
Título: A Escala Retirar o artigo "A". Inclusão, no início do título Versão Brasileira da Escala
Multidimensional de de "Versão Brasileira da" e, Multidimensional de
Resiliência Individual e na sigla, inclusão de "BR" no Resiliência Individual e
Interpessoal (EMRII) final, após traço. Interpessoal (EMRII-BR)
Opções de resposta (para Alteração dos termos Pontuação da tradutora: A escala permite dizer que a Opções de resposta (para
os itens 1 a 8) - Nem um de gradação para "sometimes", afirmação nunca é os itens 1 a 8) - Nunca
pouco verdadeiro, melhor definição dos inicialmente traduzido verdadeira, ou seja, admite o verdadeiro, Raramente
Raramente verdadeiro, Às extremos. como "às vezes" não extremo negativo, mas não o verdadeiro, Às vezes
vezes verdadeiro, corresponde à extremo positivo. É desejável verdadeiro,
Frequentemente neutralidade, mas sim a que os extremos estejam Frequentemente
verdadeiro, Quase sempre uma porcentagem bem definidos para conferir verdadeiro, Muito
verdadeiro. próxima a 30% no inglês, variabilidade aos dados frequentemente
apesar de, no português coletados. Potencial desafio verdadeiro.
brasileiro, o termo "às psicométrico: diferentes
vezes" ser extensões das opções de
correspondente à resposta (1-5/1-10/1-4).
neutralidade.
Itens 1 a 8 Itens 1 a 8
1. Eu consigo lidar com Fonética do verbo Considerada uma 1. Eu consigo lidar com
qualquer coisa que vier. "vier" foi questão relevante qualquer coisa que
questionada; para avaliar resiliência acontecer.
sugerida mudança em idosos.
para "acontecer".
2. Eu sou capaz de me Sem alterações. 2. Eu sou capaz de me
adaptar a mudanças. adaptar a mudanças.
5. Antes de criticar uma Troca de ordem "eu Considerada uma 5. Antes de criticar uma
pessoa, eu tento imaginar tento me colocar no questão de difícil pessoa, eu tento me
como ela se sentiria se eu lugar dela e imaginar compreensão. colocar no lugar dela e
estivesse no lugar dela . como ela se sentiria". imaginar como ela se
sentiria.
Itens 9 a 11 Itens 9 a 11
12. Onde você acredita que Questionamento em relação 12. Onde você acredita
você se posiciona nesse a essa questão: no Brasil, as que você se posiciona
momento da sua vida em pessoas que pontuam 10, de nesse momento da sua
relação às outras pessoas fato, apresentam mais vida em relação às outras
no Brasil? (As pessoas que recursos? A pergunta remete pessoas? (As pessoas que
marcaram 10 têm mais a como a pessoa se sente em marcaram 10 têm mais
dinheiro, maior relação a isso dinheiro, maior
escolaridade e os (posicionamento financeiro). escolaridade e os
empregos mais Esse é um valor social? empregos mais
respeitados. Quanto mais Pontuação de 1 a 10, respeitados. Quanto mais
alto na escala, mais perto enquanto os demais itens alto na escala, mais perto
você está do topo). variam de 1 a 5 sugere que você está do topo).
este item é um dos que mais
influenciam o nível de
resiliência avaliado, hipótese
esta que foi fortemente
questionada por todos os
especialistas. Pela
experiência dos especialistas,
muito provavelmente essa
especificação não é
pertinente à população
brasileira.
44
15. Com que frequência Substituição dos 15. Com que frequência
seu cônjuge, filhos, amigos termos "cônjuge" por seu parceiro, filhos,
próximos e/ou parentes te "parceiro", "finanças" amigos próximos e/ou
dão conselhos ou por "financeiros" e parentes te dão conselhos
informações sobre "família" por ou informações sobre
problemas de saúde, "familiar". problemas de saúde,
finanças ou família? financeiro ou familiar?
45
16. Com que frequência Substituição dos 16. Com que frequência
seu parceiro, filhos, amigos termos "cônjuge" por seu parceiro, filhos,
próximos e/ou parentes te "parceiro", "caronas" amigos próximos e/ou
ajudam com tarefas diárias por "transportes", e parentes te ajudam com
tais como compras, retirada da descrição tarefas diárias tais como
caronas, ou te ajudando "te ajudando com". compras, transportes, ou
com tarefas de casa? tarefas de casa?
17. Com que frequência Substituição dos 17. Com que frequência
seu parceiro, filhos, amigos termos "cônjuge" por seu parceiro, filhos,
próximos e/ou parentes "parceiro". amigos próximos e/ou
estão dispostos a te parentes estão dispostos
escutar quando necessita a te escutar quando você
falar sobre suas necessita falar sobre suas
preocupações ou preocupações ou
problemas? problemas?
18. Com que frequência Sem alterações. 18. Com que frequência
seu parceiro, filhos, amigos seu parceiro, filhos,
próximos e/ou parentes te amigos próximos e/ou
fazem sentir amado(a) e parentes te fazem sentir
cuidado(a)? amado(a) e cuidado(a)?
Itens 21 a 22 Itens 21 a 22
21. O quanto você se Sugestão: "O quanto Espiritualidade e 21. O quanto você se
considera uma pessoa você acredita que é religiosidade são conceitos considera uma pessoa
religiosa? uma pessoa que diferentes, o que praticante da sua religião?
pratica sua religião?" provavelmente demandaria
uma explicação para o
entrevistado.
6.1.2 Estudo-piloto
SEXO:
MASCULINO 17 (65,4%)
FEMININO 9 (34,6%)
IDADE 73,35 (1,374) Mín.-Máx. 62-88
A amostra foi considerada adequada para a análise fatorial, de acordo com os testes
Kaiser-Meyer-Olkin (KMO), cujo resultado maior que 0,5 e o teste de esfericidade de
50
Bartlett, com valor de significância menor que 0,05. (HAIR et al., 2006) Os resultados são
apresentados na tabela 6.
Gráfico 1: Scree Plot para descrição gráfica do número de fatores. Análise realizada no software JASP.
Para alcance de uma estrutura mais simples, conforme resultados da análise paralela,
foram retirados os itens 3 (“Eu costumo me recuperar rapidamente após doenças ou outras
dificuldades da vida”), 5 (“Antes de criticar uma pessoa, eu tento me colocar no lugar dela
e imaginar como ela se sentiria”), 7 (“Eu deixo de consolar as pessoas quando elas
precisam”), 8 (“Quando as pessoas estão falando comigo, eu me pego desejando que elas
fossem embora”) e 14 (“Com que frequência você se sente solitário?), que na tabela de pesos
dos componentes não apresentaram pesos superiores a 0,3 (r=0.3 corresponde a um tamanho
de efeito médio; aproximadamente 10% da variância do item é explicada pelo fator
correspondente). É esperado que cada item apresente um peso para um único fator. Casos em
que um mesmo item apresenta pesos para mais de um fator, ou para nenhum fator, sugere-se
remover o item da análise. No caso, os itens retirados (descritos acima) apresentaram pesos
para nenhum dos fatores.
os valores de α para cada um dos fatores e seus respectivos itens, média, desvio padrão e
pesos correspondentes.
6.2.6 Correlações
Conforme a análise de correlação de Pearson, a única relação estatisticamente
significativa apontada foi entre o escore total da EMRII-BR e o número de doenças relatadas
(p<0,05; r= -0,179). Essas duas variáveis apresentaram uma relação negativa, porém fraca.
Embora a correlação de Spearman seja o teste mais apropriado para os presentes dados,
devido à natureza não normal destes, não houve qualquer evidência estatística de relação
significativa entre as variáveis mencionadas.
56
TABELA 13: Teste qui-quadrado de Pearson (X2) para análise da relação entre as variáveis
categóricas
EMRII-BR x Valor df p
Sexo 2,177 2 0,337
Estado civil 9,648 6 0,140
Aposentado(a) 2,019 2 0,364
Trabalho atual 4,329 2 0,115
Religião 3,551 2 0,169
Hipertensão 0,331 2 0,847
Diabetes mellitus 0,386 2 0,824
Hipercolesterolemia 5,218 2 0,074
Dor articular 1,550 2 0,461
AVC 3,551 2 0,169
IAM 3,710 2 0,156
Transtornos de humor 3,005 2 0,223
*Análises realizadas no Statistical Package for the Social
Sciences (SPSS)
7 DISCUSSÃO
altas, sugerindo um viés desse tipo de questão. (YORKE, 2009; ROZIN et al., 2010;
HARTLEY, 2013; HARTLEY e BETTS, 2013)
No estudo que validou a escala original, a coleta de dados foi realizada através de
correio, enquanto no presente trabalho, a coleta foi por meio de entrevista presencial.
Optamos por esta metodologia, visando incluir indivíduos analfabetos e de baixa
escolaridade.
Até o momento das análises realizadas para o presente trabalho, foi possível alcançar
um total de 195 entrevistas, sendo que 8 foram excluídas das análises, por não preencherem
todos os critérios de inclusão. Uma das recomendações mais recentes para o tamanho da
amostra em estudos de validação é de 10 vezes o número de itens da escala. (HAIR et al.,
2009) A EMRII-BR, durante o estudo de validação, apresentava 22 itens, logo, pretendia-se
alcançar uma amostra de 220 entrevistados. Embora a meta inicial não tenha sido alcançada,
consideramos suficientes para a análise dos dados, por ser superior a recomendações
anteriores de Hair e colaboradores (HAIR et al., 2006) – 5 vezes o número de itens da escala.
A média de idade dos idosos incluídos no presente estudo foi de 69,23 anos
(DP=6,912), considerada relativamente baixa. No estudo original, a média de idade dos
participantes foi de 77,35 anos (DP = 12,2 anos), sendo 48,6% da amostra do sexo feminino,
e a maioria de alta escolaridade (50,3% dos entrevistados com títulos de pós-graduação).
(MARTIN et al., 2015) A predominância de “idosos jovens” na amostra pode influenciar
níveis mais altos de resiliência, moderados por uma funcionalidade mais preservada, quando
comparados a “idosos muito idosos”. Seria interessante que estudos posteriores comparassem
os níveis de resiliência em idosos, divididos por idade em grupos de “idosos-jovens”,
“idosos-idosos”, e “idosos muito idosos”.
Realizamos a análise fatorial exploratória para avaliação psicométrica da versão
brasileira da escala. Os índices de adequação da amostra do presente estudo foram adequados.
O valor do teste Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) foi de 0,661. O estudo original encontrou 0,68,
sendo que resultados maiores que 0,5 são adequados. (HAIR et al., 2006) O teste de
esfericidade de Bartlett apresentou significância estatística < 0,001, bem como o do estudo
original (p < 0,01). (MARTIN et al., 2015)
No que diz respeito à verificação de adequação do modelo, existem diversos índices
de adequação disponíveis atualmente na literatura, o que, segundo alguns autores, contribui
60
para dúvidas sobre quais índices devem ser reportados e, ainda, quais pontos de referências
devem ser considerados. (HOOPER et al., 2018) Para avaliar a qualidade do modelo
apresentado neste estudo foi utilizado o Tucker-Lewis Index (TLI) maior que 0,95; o Root
Mean Square Error (RMSEA) menor que 0,06; e o teste qui-quadrado, com valor
estatisticamente não significativo (p > 0,05).
Neste trabalho o tipo de rotação utilizada foi a oblíqua, do subtipo promax. O objetivo
da rotação é simplificar e clarificar a estrutura dos dados. Há diversos tipos de métodos de
rotação, organizados em duas grandes classificações: rotação oblíqua e rotação ortogonal. Os
métodos de rotação oblíqua permitem que os fatores se correlacionem; enquanto os métodos
de rotação ortogonal pressupõem que não há relação entre os fatores. Nas Ciências Sociais,
geralmente, espera-se que haja uma correlação entre os fatores; logo, o tipo de rotação mais
utilizada em estudos dessa área tende a ser a oblíqua, por oferecer um uma solução mais
acurada. Além disso, se, de fato, não houver relação entre os fatores, a rotação oblíqua
oferecerá resultados muito semelhantes àqueles obtidos por meio da rotação ortogonal.
(COSTELLO e OSBORNE, 2005)
No estudo original da escala, foi utilizada a rotação ortogonal, do tipo Varimax, uma
vez que as intercorrelações entre os oito fatores, por meio da rotação oblíqua, foram baixas.
(MARTIN et al., 2015) No presente estudo, entretanto, optou-se pela rotação oblíqua, pois
acredita-se que, uma vez agrupados em uma mesma escala, pode-se pressupor que os
constructos latentes apresentam uma correlação.
A estrutura fatorial encontrada neste trabalho foi composta por um total de cinco
fatores: (1) acesso à rede de suporte; (2) relacionamento interpessoal; (3) autoeficácia; (4)
otimismo; (5) recursos sociais e econômicos percebidos. Essa estrutura apresentada é mais
simples, em comparação ao estudo original da escala, em que foram encontrados oito fatores.
No entanto, os fatores 2 e 5 agrupam apenas dois itens cada, o que torna estes fatores fracos
ou instáveis, segundo alguns autores. (COSTELLO e OSBORNE, 2005) Apesar disso, a
decisão de manter a estrutura dessa forma teve como intuito preservar a coerência teórica
entre os itens e os respectivos fatores.
No que diz respeito à consistência interna da escala, o modelo de cinco fatores
proposto apresentou um alfa de Cronbach aceitável (α = 0,705), semelhante ao valor
encontrado no estudo da versão original da escala (α = 0,720). (MARTIN et al., 2015)
Embora o valor de α obtido neste trabalho tenha sido, relativamente, um pouco inferior, a
estrutura fatorial apresentada se mostra mais simples e mais adequada. Para alcance da
referida estrutura, foram retirados cinco itens, totalizando 17 itens, agrupados em cinco
61
fatores. Apesar disso, essas mudanças não pareceram afetar drasticamente os constructos
latentes incialmente propostos.
Por exemplo, no momento de nomeação dos cinco fatores encontrados, decidiu-se
manter os nomes dos fatores sugeridos no estudo original da escala, devido à semelhança
identificada no agrupamento dos itens e evidências na literatura de que os respectivos
constructos latentes estão correlacionados com resiliência.
As confiabilidades inter avaliador e teste-reteste foram calculadas através do
coeficiente de correlação intraclasse. Foram comparados os escores totais da EMRII-BR
obtidos para cada avaliador (equivalência entre os avaliadores) e em diferentes momentos
(teste-reteste).
A confiabilidade inter avaliador teve como objetivo verificar a equivalência na
pontuação da escala, por diferentes observadores; ou seja, mostrar que uma vez aplicada por
diferentes avaliadores, as pontuações obtidas concordam significativamente. As estimativas
do coeficiente de correlação intraclasse (CCI) e os intervalos de confiança de 95% foram
calculados por meio do pacote estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS),
baseado no modelo misto de dois fatores e concordância absoluta. Os valores encontrados
para cada uma das três duplas de avaliadores indicaram uma confiabilidade praticamente
absoluta ou muito próxima de 1.
O método utilizado neste estudo para mensurar a concordância inter avaliadores
permitiu apenas verificar a equivalência de pontuação. Não foram avaliados os vieses de
aplicação. No entanto, esses vieses tendem a ser minimizados pelo treinamento e pelo fato
da aplicação se basear na leitura das perguntas, e não na interpretação do aplicador.
Já a confiabilidade teste-reteste teve como objetivo verificar a estabilidade temporal
ds dados, isto é, o quanto os resultados se mantêm consistentes após um determinado espaço
de tempo. Os escores totais da EMRII-BR, tanto no teste quanto no reteste, seguiram uma
distribuição normal, conforme o teste de Shapiro-Wilk (p > 0,05). Logo, preencheram os
critérios para o cálculo do coeficiente de correlação intraclasse. Os resultados do coeficiente
de correlação intraclasse (CCI) mostraram uma boa confiabilidade (CCI > 0,75 e < 0,90).
No presente trabalho, optou-se por verificar a confiabilidade inter avaliador e teste-
reteste através do Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI). Alguns dos indicadores
utilizados para verificar o grau de concordância incluem o Kappa de Cohen, o Kappa de
Fleiss e O Coeficiente de Correlação Intraclasse (Intra-class correlation coeficiente – ICC).
O Kappa de Cohen e o Kappa de Fleiss são indicados para casos em que há apenas dois
avaliadores ou apenas um avaliador, respectivamente. Para ambos, as variáveis analisadas
62
devem ser categóricas. Já o CCI é indicado para contextos em que há mais de dois avaliadores
e as variáveis analisadas são contínuas. Portanto, este indicador se mostrou mais adequado
para este trabalho.
Embora alguns autores optem por verificar a concordância através de métodos de
correlação, apenas a análise de confiabilidade leva em conta o grau de concordância que
poderia ocorrer devido à chance. (PORTNEY e WATKINS, 2000) Koo e Li (2016) afirmam
que, tradicionalmente, o teste t pareado, e o Bland-Altman plot costumam ser utilizados para
avaliação da confiabilidade. Entretanto, nenhum deles constitui uma medida de análise de
concordância, sendo o coeficiente de Pearson apenas uma medida de correlação, não ideal
para medidas de confiabilidade. É desejável que uma medida de confiabilidade inclua tanto
a medida de correlação quanto a concordância entre as medidas, o que é alcançado através
do coeficiente de correlação intraclasse. Atualmente, esta medida vem sendo amplamente
utilizada para calcular as confiabilidades inter avaliador, intra avaliador e teste-reteste. Tais
avaliações são consideradas fundamentais para avaliar o quanto as medidas oferecidas por
um dado instrumento de avaliação são replicáveis e, portanto, confiáveis.
O coeficiente de correlação intraclasse (CCI) é uma medida descritiva utilizada
quando as variáveis são contínuas e organizadas em grupos – exemplo: teste e reteste;
avaliador 1 e avaliador 2. O objetivo dessa medida é avaliar a consistência, ou conformidade,
das medidas realizadas por múltiplos observadores ou pelo mesmo observador em diferentes
momentos. Os valores do CCI variam de 0 a 1, sendo os valores mais próximos de 1
representativos de uma confiabilidade mais forte. Sugere-se que valores de CCI menores que
0,5 indicam uma confiabilidade baixa; valores entre 0,5 e 0,75 indicam uma confiabilidade
moderada; valores entre 0,75 e 0,90 indicam uma boa confiabilidade; e valores acima de 0,90
indicam uma excelente confiabilidade.
Há diversas formas de calcular o CCI, envolvendo diferentes tipos de pressupostos, o
que aponta para a importância de reportar a sua forma para cada contexto de análise. No
presente trabalho, o cálculo da confiabilidade teste-reteste utilizou o modelo misto de dois
fatores (Two-Way Mixed-Effects Model), com a definição de concordância absoluta.
A seleção da forma do CCI para cada estudo deve partir das seguintes perguntas: (1)
o grupo de avaliadores é o mesmo para todos os participantes entrevistados?; (2) trata-se de
uma amostra de avaliadores selecionados de forma randomizada ou uma amostra específica
de avaliadores?; (3) o interesse principal consiste em verificar a confiabilidade de um único
avaliador ou a média de múltiplos avaliadores?; e (4) o objetivo principal é verificar a
consistência ou a concordância? As três primeiras perguntas servem como guias para definir
63
o “tipo” de CCI, enquanto a última pergunta sugere a “definição”. Os modelos de CCI podem
ser “aleatório de uma via” (one-way random-effects model), “aleatório de dois fatores” (two-
way random-effects model) e “misto de dois fatores” (two-way mixed-effects model). (KOO
e LI, 2016)
8 LIMITAÇÕES
9 CONCLUSÃO
10 REFERÊNCIAS
ADLER, N. E. et al. Relationship of subjective and objective social status with psychological
and physiological functioning: Preliminary data in healthy, White women. Health
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2929-0.
70
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O'HARA, R. et al. 5-HTTLPR Short Allele, Resilience, and Successful Aging in Older
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WHO, W. H. O. Global Health and Aging. National Institute of Health. Bethesda. 2011
True
Not True Rarely Sometimes
Often True Nearly All
At All True True
The Time
Strongly Strongly
Disagree Neutral Agree
Disagree Agree
12. Where do you think you stand at this time in your life, relative to other people in the United States? (People who score 10 have the
most money, the most education and the most respected jobs. The higher you are, the closer you are to the people at the top).
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Lowest Highest
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
16. How often do your spouse, children, close friends and/or relatives help
with daily tasks like shopping giving you a ride, or helping you with
household tasks?
17. How often are your spouse, children, close friends and/or relatives
willing to listen when you need to talk about your worries or
problems?
18. How often do your spouse, children, close friends and/or relatives
make you feel loved and cared for?
A Little
Never Sometimes Frequently
of the Time
19. How often do your spouse, children, close friends make too many
demands on you?
20. How often are your spouse, children, close friends and/or relatives
critical of what you do?
Not at
Slightly Moderately Very
All
21. To what extent do you consider yourself a religious person?
22. To what extent do you consider yourself a spiritual person?
MIIRM Scoring Instructions - A total score can be calculated by adding up all of the items. Higher scores indicate higher levels of resilience
and lower scores indicate lower levels of resilience (Items 6, 7, 8, 14, 19, and 20 are reversed scored). Self-Efficacy (Items 1, 2, and 3),
Emotional Regulation (Items 4 and 5), Optimism (Items 9, 10, 11) Emotional expression and communication (Items 6, 7, and 8 – all
reversed scored), Perceived economic and social resources, (Items 12, 13, and 14 (reversed scored)), Access to support network (Items 15,
16, 17, 18), Relational Accord (Items 19 and 20 – both reversed scored), and Spirituality and Religiosity (Items 21 and 22); higher scores
indicate higher levels of resilience and lower scores indicate lower levels of resilience.
Reference:
Martin, A.S., Distelberg, B., Palmer, B. W., & Jeste, D. V. (2015). Development of a new multidimensional
individual and interpersonal resilience measure for older adults. Aging & Mental Health, 19, 32-45.
75
Para cada uma das perguntas abaixo, por favor, marque uma das opções. "Cada item é como uma afirmativa sobre
o(a) senhor(a). Quando eu apresentar as opções de resposta o(a) senhor(a) escolherá uma delas."
3. Eu costumo me
recuperar rapidamente após
doenças ou outras dificuldades
da vida.
4. Quando um
problema me perturba, primeiro
eu analiso a situação e levo em
conta todos os detalhes
importantes.
5. Antes de criticar
uma pessoa, eu tento me colocar
no lugar dela e imaginar como
ela se sentiria.
6. Eu tenho
dificuldade para enxergar as
coisas do ponto de vista de outra
pessoa.
7. Eu deixo de
consolar as pessoas quando elas
precisam.
8. Quando as pessoas
estão falando comigo, eu me
"pego" desejando que elas
fossem embora.
9. Em geral, eu tenho
expectativas de que mais coisas
boas aconteçam comigo do que
coisas ruins.
10. Eu estou sempre
esperançoso(a) em relação ao
meu futuro.
76
11. Em momentos de
incerteza, eu espero o melhor.
PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO
PROJETO
“RESILIÊNCIA NA POPULAÇÃO IDOSA BRASILEIRA:
Uma perspectiva multidimensional”
Nome:
ID (PROJETO):
Gênero: (0) Homem (1) Mulher
Data de nascimento: / /
Idade:
Escolaridade (anos):
Acompanhante:
Avaliador:
Data da avaliação: / /
Telefones:
Religião:
Renda mensal domiciliar – Qual o valor aproximado da renda mensal em sua casa,
considerando todos os residentes? (Referência: IBGE)
( ) Menos de um salário mínimo (>R$954,00 em 2018)
( ) Entre um e dois salários mínimos ( ≥ R$954,00 < R$1908,00)
( ) Entre dois e três salários mínimos ( ≥ R$1908 < R$2862,00)
( ) Entre três e cinco salários mínimos ( ≥ R$2862,00 < R$4770,00)
( ) Mais de cinco salários mínimos ( ≥ R$4770,00)
Checklist: Protocolo de avaliação
Avaliação clínica: ( ) sim ( ) não - Data: / /
Assinatura do TCLE: ( ) sim ( ) não
Dados inseridos no banco de dados: () sim ( ) não - Data: / /
MINI EXAME DO ESTADO MENTAL (Brucki, 2003)
Escolaridade:
Escrever uma frase completa “Escreva alguma frase que tenha começo,
(1 ponto ) meio e fim”
Ler e executar FECHE SEUS OLHOS
(1 ponto )
Em caso de analfabetos, ler a frase.
Pontos de corte:
Analfabeto: 13
Até 8 anos: 18
Alta escolaridade (acima de 8 anos): 26
81
Para cada uma das perguntas abaixo, por favor, marque uma das opções. "Cada item é como uma afirmativa sobre o(a) senhor(a). Quando
eu apresentar as opções de resposta o(a) senhor(a) escolherá uma delas."
TOTAL