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U UNIVERSIDADE PARANAENSE

GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM

N BEATRIZ CRUZ COUTINHO

I ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
FRENTE À DOENÇA HIPERTENSIVA
ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO - DHEG

P
A
R GUAÍRA-PR, BRASIL

2019

0
BEATRIZ CRUZ COUTINHO

O PAPEL DO ENFERMEIRO FRENTE À DOENÇA


HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO - DHEG

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


como requisito para básico para obtenção de
aprovação no curso de Enfermagem da UNIPAR,
sob a orientação da Profª. Me. Danielle Garcia de
Almeida Silva.

GUAÍRA-PR
2019

II

1
DANIELE GARCIA DE ALMEIDA SILVA

O PAPEL DO ENFERMEIRO FRENTE À DOENÇA HIPERTENSIVA


ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO - DHEG

Trabalho de Conclusão de Curso, para a obtenção do título de Enfermeiro, apresentado em


0404/12/2019 pela banca examinadora constituída pelos professores e profissionais:

________________________________________
Prof./ Enfermeira Daniele Garcia de Almeida Silva
Universidade UNIPAR

________________________________________
Professora. Cristiane Claudia Meinerz
Universidade UNIOESTE

_________________________________________
Enfermeira Franciele Granzieira Giacomini

Universidade UEL

III

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao este trabalho ao meu esposo


Weslley Torres Vieira, grande colaborador e
incentivador. Luz da minha vida.

IV

3
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pelo dom da vida e por ter me


proporcionado chegar até aqui.

À minha família, por toda a dedicação e paciência, além da contribuição


direta para que eu pudesse ter um caminho mais fácil e prazeroso durante esses anos.

À minha orientadora, professora Me. Danielle Garcia de Almeida Silva, em


especial, por todo acompanhamento, correções e atenção, além do seu rigor ético e
compromisso, tão característicos de sua pessoa.

Aos professores do curso de Enfermagem, que sempre estiveram dispostos a


ajudar e contribuir para meu melhor aprendizado.

À minha instituição, por ter me dado à chance e todas as ferramentas que me


permitiram chegar hoje ao final desse ciclo de maneira satisfatória.

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APRESENTAÇÃO

Este Trabalho de Conclusão de Curso, esta sendo apresentado ao Colegiado do Curso de

Enfermagem do Campus de Guaíra da Universidade Paranaense – UNIPAR na forma de

Artigo Científico conforme regulamento específico. Este artigo está adequado as instruções

para autores da revista Arquivos de Ciências da Saúde da Unipar (ISSN– 1415–076X) e

baseado nas Normas ABNT–NBR-6023 as quais encontram-se anexo.

VI

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RESUMO

O PAPEL DO ENFERMEIRO FRENTE À DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA


GESTAÇÃO - DHEG

Beatriz Cruz Coutinho*


Daniele Garcia de Almeida Silva**

Esse estudo investigou o papel do profissional de enfermagem frente a assistência voltada


para as gestantes com Doença Hipertensiva Específica da Gestação, cujo diagnóstico é de
risco para mães e filhos. Também chamada de pré-eclâmpsia, é uma patologia muito comum
entre as gestantes, mas que pode trazer sérios danos à saúde se não for diagnosticada
precocemente para que sejam iniciados tratamento e acompanhamento adequados. Assim,
esse artigo teve o objetivo de destacar a contribuição do enfermeiro diante da doença
hipertensiva, enfatizando seu papel dentro da realidade de gestantes com esta patologia e seus
desdobramentos durante o pré-natal na atenção primária. Tratou-se de uma pesquisa
exploratória-descritiva, realizada mediante uma pesquisa bibliográfica a partir de fontes
científicas diversas, a qual veio embasar o estudo de caso realizado na Casa da Gestante de
Iguatemi-MS, que teve como amostra a enfermeira responsável pelo atendimento das
gestantes. Pelos resultados constatou-se que as gestantes do município recebem uma
assistência adequada, revelando o papel fundamental do enfermeiro no acompanhamento
obstétrico seguro e saudável de uma gestação de risco, como o da mulher que desenvolve pré-
eclâmpsia. Verificou-se que sua atuação perpassa as questões técnicas e científicas que os
leva a reconhecer o quadro clínico desta condição, avançando para o campo da orientação,
assim realizando ações que ajudam na prevenção de um mau prognóstico e contribuindo para
evitar mortalidade materna e perinatal.

PALAVRAS-CHAVE: Enfermeiro; Gestação; Pré-eclâmpsia.

*Acadêmica do Curso de Enfermagem da Unipar – Unidade de Guaíra.


**Docente do Curso de Enfermagem da Unipar – Unidade de Guaíra.

VII

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ABSTRACT

NURSING'S ROLE FOR SPECIFIC HYPERTENSION DISEASE IN PREGNANCY - SHD

Beatriz Cruz Coutinho*


Daniele Garcia de Almeida Silva**

This study investigated the role of the nursing professional regarding care for pregnant
women with specific pregnancy hypertension, whose diagnosis is at risk for mothers and
children. Also called preeclampsia, it is a very common condition among pregnant women,
but it can cause serious health damage if not diagnosed early so that appropriate treatment and
follow-up can be started. Thus, this article aimed to highlight the contribution of nursing
professionals to this problem, focusing on their role within the reality of pregnant women with
hypertensive disease and its consequences during prenatal care in primary care. materialized
in an exploratory-descriptive research, such as bibliographic research, carried out from
various scientific sources, which came to support the case study conducted at the House of the
Pregnant Woman of Iguatemi-MS, which had as sample the nurse responsible for care of
pregnant women. The results show that pregnant women in the municipality receive adequate
care, revealing the fundamental role of nurses in the safe and healthy obstetric follow-up of a
risky pregnancy, such as the woman who develops Specific Hypertensive Disease of
Pregnancy. It was found that their performance goes beyond the technical and scientific issues
that lead them to recognize the clinical picture of hypertensive pathology, advancing to the
field of orientation, thus performing actions that help prevent a poor prognosis and contribute
to prevent maternal and perinatal mortality.

Key-words: Nurse; Gestation; Preeclampsia.

*Acadêmica – Orientanda do Curso de Graduação em Enfermagem – Unipar


**Docente – Orientadora do Curso de Graduação em Enfermagem – Unipar

VIII

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 10

2 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................ 13

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 14

4 CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 20

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 21

APÊNDICE .............................................................................................................................. 24

ANEXO .................................................................................................................................... 26

IX

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1 INTRODUÇÃO

A gestação é um processo evidenciado por intensas mudanças fisiológicas,


psicológicas e motoras, que são necessárias para adaptação da nova condição, essas
modificações se apresentam desde a 1ª até a última semana da gravidez, quando ao fim do
parto, as condições pré-gravídicas retornam novamente. Essas transformações são comuns e
normalmente ocorrem sem nenhuma contraversão, sendo denominada como gravidez de baixo
risco ou risco habitual, todavia, quando há intercorrências e/ou complicações, o que antes era
habitual, neste momento torna-se gravidez de alto risco, exigindo maior atenção e assistência
contínua da equipe interprofissional (OLIVEIRA, et al., 2017).
Entre as adversidades recorrentes na gravidez, encontra-se a Doença Hipertensiva
Especifica da Gestação (DHEG), caracterizada como a maior causa de mortalidade materna
no país, com elevado índice de óbitos perinatais e aumento expressivo de neonatos com
sequelas (OLIVEIRA, et al., 2017).
Segundo Thuler et al., 2018, é determinada como uma doença multissistêmica, que
houver o diagnóstico de hipertensão arterial na gestação, os níveis pressóricos deverão ser
iguais ou superiores a 140/90mmHg, podendo ser: Pré eclampsia, quando estes níveis
aparecem após a 20ª semana, acompanhada de proteinúria (≥ 0,3g de proteína em urina de 24
horas ou ≥ 2 cruzes em amostra de urina). Sendo uma síndrome que não possui cura, com
exceção da interrupção da gravidez, tornando o caso mais grave quando evoluído a Síndrome
de HELLP. O edema que uma vez fez parte para a existência do tripé para indicação desta
patologia, hoje não é critério de definição e sim de risco para o avanço da doença.
(OLIVEIRA, et al., 2017).
Fundamentando-se nos sinais e sintomas, as variáveis de suas intensidades, determina-
se para melhor entendimento e tratamento, em pré-eclâmpsia leve e grave. Ambas após a 20ª
semana, conserva-se na pré-eclâmpsia leve a hipertensão, associada ou não a proteinúria e
edema, sendo a gestante acompanhada pelo programa de pré-natal, onde ela pode ficar
internada caso haja necessidade. Na pré-eclâmpsia grave os níveis pressóricos estão iguais ou
acima de 160/110 mmHg, apresentando anasarca, aumento inesperado de peso, proteinúria,
diminuição da diurese, agitação psicomotora, alterações visuais (visão dupla, turva, pontos
brilhantes), surgimento de enjoo, êmese, dor epigástrica, taquicardia, dispnéia, anúria e
cefaléia (CUNHA; OLIVEIRA; NERY, 2007).
Quando detectado isto, a paciente deve ter uma assistência adequada evitando a
presença de convulsões. Uma vez manifestada às crises convulsivas o quadro evolui para

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eclâmpsia, agravamento dos sinais e sintomas da pré-eclâmpsia, podendo evoluir para um
coma, para a prevenção deste agravamento, é necessário o rápido diagnóstico de DHEG e dos
sinais premonitórios da convulsão, quando presentes e se prescrito, utiliza-se medicação
anticonvulsivante, detectado a eminência da eclâmpsia, a conduta obstétrica indica a
interrupção da gestação (CUNHA; OLIVEIRA; NERY, 2007).
As complicações são inerentes tanto a mãe quanto ao bebê, sendo capaz de ser letal ou
deixar sequelas graves, para ambos, as mais frequentes são: descolamento da placenta,
prematuridade, retardo do crescimento intrauterino, morte materno fetal, oligúria, crise
hipertensiva, edema pulmonar, edema cerebral, trombocitopenia, hemorragia, acidente
vascular cerebral, cegueira, intolerância fetal ao trabalho de parto e a Síndrome de HELLP
(LIMA; PAIVA; AMORIM et al., 2010).
Conquanto, não se sabe se qualquer desvio relativo à normalidade neste caso, são por
causas genéticas, imunológicas ou ambientais, todavia são conhecidos como fatores
predisponentes os extremos da idade fértil (menor que 15 e maior que 35 anos), primíparas
(primeiro parto), multíparas (a partir de quatro partos), raça negra, hipertensão crônica, baixo
nível socioeconômico e familiares de primeiro grau com história de pré-eclâmpsia.
(OLIVEIRA, et al., 2017).
Diante dessa problemática, torna-se primordial uma assistência mais cautelosa as
primigestas desde o início da gestação, com o intuito de favorecer a redução dos riscos,
levando-se em conta que se houver um pré-natal de qualidade, menor serão as complicações
gestacionais (SPÍNDOLA; LIMA; CAVALCANTI, 2013).
Segundo Lima, Paiva e Amorim (2010), o pré-natal tem como objetivo amparar a
mulher desde o início do ciclo gravídico, com o intuito de que ao fim haja o nascimento de
uma criança sadia e bem-estar holístico da mãe e do filho, sendo um instrumento fundamental
na prevenção contra a DHEG, dado que fatores de risco como alimentação inadequada,
diabetes, hipertensão crônica, obesidade e sedentarismo são constatados ainda na pré
concepção. Para isso a Atenção Primária a Saúde é a porta que receberá esta gestante, é o
primeiro nível de atendimento, linha direta que vincula a saúde às famílias, com função não só
de promover saúde e prevenir doenças, mas a de intervir, proteger e recuperar também.
(THULER, et al., 2018).
As precauções assumidas durante o ciclo gravídico-puerperal são essenciais para obter
um prognóstico eficaz tanto materno quanto fetal, podem ser colocadas em prática durante a
realização do pré-natal ou no momento da hospitalização, sendo desenvolvida por uma equipe
multidisciplinar, que vise à manutenção ou o restabelecimento da saúde do indivíduo e do

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coletivo (CUNHA; DE OLIVEIRA; NERY, 2007).
Entre os profissionais que são capacitados, sobressai-se o (a) enfermeiro (a), uma
profissão comprometida com o bem-estar holístico do ser humano e da coletividade, os
cuidados deste profissional devem, de forma, aumentar a sobrevida e vitalidade do binômio
mãe-filho nesses casos (CUNHA; DE OLIVEIRA; NERY, 2007).
No pré-natal é possível realizar uma busca ativa de gestantes, cadastra-las, intercalar
as consultas de acompanhamento entre enfermeiros e médicos, com avaliação de risco de
todas elas, visitar em domicílio as que possuem alto risco, referenciá-las ao serviço de
assistência a alto risco, acompanhamento da mesma pela UBSF, sempre visando a paciente e
não a doença, coletando informação do aspecto emocional e socioeconômico que podem
trazer risco a gestação (VIEIRA, 2016).
São os profissionais enfermeiros os primeiros a atender essas mulheres grávidas,
portanto é necessário que a assistência de enfermagem esteja apta a reconhecer precocemente
os sinais de complicações da hipertensão gestacional com a padronização do atendimento
baseado em instrumento que nortearam as ações primordiais, com grande respeito a
singularidade de cada gestante (THULER, et al., 2018).
O presente estudo tem por objetivo apontar o papel do enfermeiro dentro da realidade
de mulheres gestantes com DHEG e seus desdobramentos durante o pré-natal na atenção
primária.
Foi elaborado através do desejo de fomentar ainda mais discussões sobre um tema tão
problematizado na atualidade, determinar qual o vínculo do profissional com as mulheres com
pré-eclâmpsia, se reconhecem o significado de deter esta patologia e as ações norteadoras
deste profissional para o reconhecimento destas mulheres com esta doença.
A finalidade desta pesquisa é apresentar o papel do enfermeiro dentro das realidades
resultantes do não conhecimento das mulheres gestantes portadoras de DHEG durante o pré-
natal e seus desdobramentos. O intuito é de estabelecer parâmetros em bases sólidas,
revisando dados passados e realizar a conexão com a presente realidade, com finalidade de
chegar a domínio público e instigar mudanças e novas estruturas para a prevenção da
hipertensão gestacional.

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2 MATERIAIS E MÉTODOS

Um momento importante em se tratando realizar uma desenvolver um estudo, é a


decisão relacionada adoção de um caminho metodológico que vá ao encontro das
necessidades da pesquisa. Isto porque, pesquisa é um “procedimento formal, com método de
pensamento reflexivo, que requer tratamento científico e se constitui no caminho para
conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais” (MARCONI; LAKATOS, 2019,
p.169). Desta forma, se alicerçando nos objetivos formulados, foi realizado um estudo do tipo
descritivo e de natureza, com vistas a estudar a respeito do papel do enfermeiro dentro da
realidade de mulheres gestantes com DHEG e seus desdobramentos durante o pré-natal na
atenção primária.
Com relação ao ambiente de estudo, a pesquisa foi realizada na Casa da Gestante
- município de Iguatemi-MS, sendo que a amostra é formada por uma participante, que é uma
enfermeria que atua na Casa da Gestante e que atua junto das portadoras de DHEG. Esta
amostra é suficiente, considerando que o objetivo é conhecer como se efetiva o trabalho dos
profissionais de enfermagem junto do grupo de gestantes com a doença em discussão.
Já como instrumento aplicado para a coleta de dados foi utilizado a entrevista, por ter
como premissa “a obtenção de informações do entrevistado, sobre determinado assunto ou
problema” (MARCONI; LAKATOS, 2019, p.169). Foi aplicada entrevista do tipo
estruturada, utilizando-se de um questionário com perguntas previamente determinadas acerca
do atendimento e acompanhamento que é realizado na Casa da Gestante pela enfermeira. As
questões que nortearam a entrevista, foram:
1. Quantas gestantes fazem atendimento?
2. Quantas são portadoras de doença hipertensiva específica da gestação?
3. Histórico de Gravidez anteriores. Quantos filhos? Qual forma de parto? Já teve
aborto?
4. São acompanhadas pelas gestantes após quantas semanas na casa da gestante?
5. Quais as medicações prescritas?

6. Quais os cuidados de enfermagem dirigidos a essas gestantes?


É importante destacar que os dados foram coletados após o estudo ter sido
aprovado pelo comitê de Ética da Universidade. A entrevista foi realizada individualmente, de
forma padronizada e transcritas literalmente conforme a fala da entrevista. Antes de iniciar
aentrevista, foram coletados alguns dados nos prontuários de caracterização dos participantes,
tais como: nome, data de nascimento, histórico de gestação anterior, medicações prescritas em

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uso. Por razões éticas, a participante do estudo não será identificada, sendo apenas chamada
de “entrevistada” e/ou “participante”.
Para a preservação dos aspectos éticos da pesquisa com seres humanos, foram
seguidas as disposições da Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS)/Ministério da
Saúde (MS) 466/2012 e o projeto de pesquisa foi submetido à análise pelo Comitê de Ética
em Pesquisa com Seres Humanos da instituição, antes do início da coleta de dados. Ainda
antes da coleta, a participante foi esclarecida quanto aos objetivos da pesquisa, aos métodos a
serem empregados e quanto ao tipo de assuntos que seriam abordados. Após o esclarecimento
e garantia de sigilo e anonimato, a participante tendo a liberdade, aceitou participar do estudo.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em busca de identificar com mais proximidade o papel do enfermeiro no cuidado e


atenção às mulheres gestantes com Doença Hipertensiva Específica na Gravidez, como
também conhecer os desdobramentos durante o pré-natal na atenção primária, foi realizada
uma pesquisa no mês de julho de 2019 junto a uma enfermeira que atua na Casa da Gestante,
no município de Iguatemi-MS. A profissional que participou respondendo ao questionário de
pesquisa foi uma enfermeira que atua na referida unidade de saúde há 3 (três) anos.
O questionário aplicado, além da parte destinada à identificação da participante,
quanto a sua função, é composto por mais três dimensões voltadas a questões relativas a
DHEG: gestantes, histórico da gravidez e diagnósticos de enfermagem. As perguntas foram
do tipo discursiva, de modo que para organizar os resultados as respostas foram transcritas em
forma de texto, o qual na sequência vai balizar uma análise à luz da literatura, ou seja, a partir
de pesquisas já realizadas neste âmbito da enfermagem e seu papel quando se trata da DHEG.
Na dimensão voltada para as gestantes, de acordo com as respostas dadas pela
enfermeira entrevistada, verificou-se que no momento tem 42 gestantes em atendimento,
sendo 29 gestações de risco e, destas, 13 mulheres apresentam quadro de DHEG, ou seja,
cerca de 31% das mulheres atendidas.
Quando questionada sobre o histórico de gravidez e sobre a média de idade das
gestantes que atende e acompanha, a participante da pesquisa respondeu que é 26 anos, pois
em geral se atendimento se estende a adolescentes de 16 anos a mulheres de 36. Com relação
à média de gestação anteriores destas pacientes, a entrevistada afirmou que é três, ou seja, em
média as gestantes já passaram por três gestações; e quanto aos filhos vivos, o número gira em

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torno de 2 (dois) a 3 (três). Em se tratando de abortos, o número é preocupante, vez que a
média chega a 5 (cinco) abortos.
A última dimensão, cujas perguntas gravitaram em torno dos diagnósticos de
enfermagem, constatou-se que as mulheres em risco já tiveram DHEG em gestações
anteriores; mas a enfermeira respondeu que a grande parte dessas gestantes não foram
identificados nenhum sintoma. Sobre o tratamento que as gestantes estão fazendo, foi
explicado que foi prescrito metildopa, devendo ser tomado a dosagem 250mg.
Sobre os cuidados, a profissional descreveu encaminhamento para a nutricionista e
para a equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) do município. Para encerrar a
pesquisa, foi perguntado se foi observada evolução da doença nas gestantes acompanhadas, ao
que a enfermeira responde que não, pois o acompanhamento destes casos é muito rigoroso,
sendo feito semanalmente, com a realização de exame e prescrição de medicamentos,
conforme observada a necessidade.
De posse desses resultados, passa-se a uma discussão embasada neles em
contraponto com a literatura científica que trata do tema em epígrafe, para verificar se a forma
como tem procedido o atendimento por parte da enfermeira às gestantes está de acordo com o
papel dos enfermeiros defendidos pela maioria dos especialistas no assunto.
Assim, inicia-se destacando que a pesquisa foi realizada em uma unidade que atende
as gestantes no município de Iguatemi denominada de Casa da Gestante. É muito importante
que este grupo tenha uma unidade de saúde que o atende de modo específico, pois como
declarado por Vieira et al. (2011), o período gestacional é um momento peculiar para as
mulheres, que vivencia uma experiência impar no nascimento de um filho, de forma que
devem e merecem receber um tratamento exclusivo e humanizado pelos profissionais de
saúde, aqui com foco na pessoa do enfermeiro que atua na maternidade e que faz o
acompanhamento de todo o processo, desde o pré-natal até o pós-natal.
Ferreira et al. (2016), realizou um estudo sobre esta questão, cujos resultados
mostraram que a expectativa quanto ao local onde são atendidas é muito alta, inclusive no que
se refere a humanização na assistência delas. Da mesma forma entendem Amorim et al.
(2017), também fundamentados em resultados de pesquisa que realizaram, ficando
demonstrado que os espaços de saúde voltados para as gestantes na Atenção Básica devem ser
de fácil acesso, com equipe de enfermagem qualificada e humanizada, que ofereça um
atendimento acolhedor e sem intervenções desnecessárias.
Compreende-se assim, que as gestantes devem ser atendidas em um espaço próprio,
sendo que o atendimento obstétrico e neonatal precisa ser essencialmente humanizado e de

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muita qualidade. É um dos papeis mais importantes dos enfermeiros realizar um acolhimento
digno das gestantes. É preciso que os serviços se centrem em cada uma delas, como sujeito
ativo, não como meras pacientes, haja vista que se encontram numa fase de vulnerabilidade e
de fragilidade maior, pois têm seus corpos alterados hormonal e bioquimicamente, o que leva
a mudanças psicossociais, que precisam ser observadas pelos profissionais.
Logo, o atendimento por parte da equipe de enfermagem, que é a que mantém um
contato mais próximo, deve ser de excelência. Sabe-se que a realidade brasileira está longe de
ser a ideal no que relacionado a isto, mas enfermeiros que vêm sendo formados nos últimos
anos, têm recebido capacitação nesse sentido, de modo que se espera haja melhora no
acompanhamento obstétrico.
Com relação ao número de gestantes atendidas na unidade pesquisada com quadro de
DHEG, ficou constatado na Casa da Gestante, dentre as 42 mulheres grávidas, 13 delas
demandam uma atenção e cuidados quanto a DHEG e se encontram na média de 26 anos de
idade, que envolve pacientes adolescentes de 16 anos a mulheres de 36. Este resultado mostra
dados que estão de acordo com diversas pesquisas, pelas quais é possível observar que em
geral, é alto o número total de gestantes que acompanhadas nas unidades de saúde, sendo
também realidade a presença de casos de mulheres com DHEG, sendo que Cunha, Oliveira e
Nery (2007), por exemplo, identificou 12 casos destes no trabalho que desenvolveram, com
prevalência de gestantes na faixa etária entre 18 e 26 anos.
Por sua vez, Nóbrega et al. (2016) realizou um estudo bastante amplo, envolvendo
468 mulheres que foram atendidas no período de início de 2008 a final de 2012, comprovando
que a maioria delas apresentaram problema de doença hipertensiva. Apesar destes estudiosos
não terem descritos o número exato de casos, eles especificaram que a maioria das mulheres
acometidas pela DHEG se enquadravam na faixa etária entre 19 a 25 anos e eram
primigrávidas.
Em outra pesquisa publicada mais recentemente por Amorim et al. (2017), de
28.399 gestantes atendidas em uma maternidade ao longo do período de um ano, foi
verificado que 1.394 casos de pré-eclâmpsia (9% do total) entre mulheres de 26 a 32 anos.
Mesmo tipo de análise realizaram Frias e Dias (2017), tendo 204 mulheres como amostra,
sendo que 11% delas apresentavam DHEG, cuja faixa etária está entre 25 a 34 anos. Nestas
duas últimas pesquisas o quesito idade destoou das anteriores, que identificaram uma faixa
etária de 26 a 32 anos com mulheres com o problema, mas ainda assim compreendeu a faixa
de idade das gestantes atendidas na Casa das Gestantes, visto que a enfermeira apontou idade
média de 26 anos.

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Thuler (2018) e Neme (2006) se preocupa em destacar que a idade materna é um dos
fatores de risco quando se trata de problema de hipertensão na gravidez, mas enfatiza que
existem divergências na literatura científica quanto ao fato da gestação em seus extremos
aumentar os riscos dos problemas relativos a DHEG. Mas, independentemente disto, o que se
nota é que sempre existem casos de mulheres gestantes que acabam tendo complicações em
suas gestações por conta da DEHG, o que requer dos enfermeiros uma atenção diferenciada,
pois é um problema que mais pode levar tanto a morbimortalidade materna como perinatal.
Assim, seja qual for a quantidade de mulheres com tal quadro clínico, os enfermeiros
que as atendem devem acompanhá-las ao longo do processo de gravidez e pós-parto visando
promover a saúde de mães e filhos, procurando realizar ações que venham lhes proporcionais
melhor qualidade de vida, o que deve ser feito por meio de uma aproximação direta,
contextualizada e participativa. É fundamental que haja um vínculo real entre o enfermeiro e
as gestantes.
Retomando os resultados relacionados a média de gravidez anterior das pacientes
atendidas pela enfermeira entrevistada, o registro foi de três gestações, com média de 2 a 3
filhos vivos, com a presença de uma média de 5 abortos. Acerca disto, Amorim et al. (2017,
p.1809) salienta que “há escassez de artigos que relatam ocorrência das DHEG em mulheres
multíparas, desta feita, fica uma lacuna na discussão a respeito desta temática, evidenciado
prevalência de mulheres com SHG mais em grávidas do primeiro filho”. Ferreira et al (2016)
no trabalho que desenvolveram também permitem concluir isto.
Fato que também é comprovado pela pesquisadora desse presente artigo, pois sua
procura por estudos que tratassem do problema em mulheres multíparas (secundigestas,
tercigestas, etc.) revelou que não há muitos esforços no sentido de estudá-las, diferentemente
do que ocorre com as primigestas. Das pesquisas encontradas, cita-se inicialmente duas: a
primeira investigou cerca de 86 gestantes, sendo 51,2% multíparas (NEME, 2006); e a outra
avaliou 22 mulheres comprovando a presença de aproximadamente 59% de multíparas
(GONÇALVES; FERNANDES; SOBRAL, 2005).
No entanto, apesar destes resultados, de modo geral é entre as primigestas que se
encontra a maior prevalência de DHEG. Frias e Dias (2017) comprovaram isto, quando da
amostra de 204 mulheres com a síndrome hipertensiva, 54,9% se encaixavam neste grupo.
Isto parece perfeitamente explicado pelo fato que quando se engravida pela primeira vez, o
organismo da mulher estabelece os primeiros contatos com os chamados antígenos fetais, o
que acaba elevando as reações imunológicas em decorrência de uma produção baixa de
anticorpos bloqueadores maternos.

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Já o aborto não é uma constatação unânime, pois no presente artigo a entrevistada
citou a ocorrência de 5, enquanto Amorim et al. (2017) são pesquisadores que não se
depararam com nenhum caso em decorrência da doença hipertensiva. Nos demais estudos não
foi feita referência a abortos por DHEG, mas sim, a morte materna e perinatal. Com relação a
estas mortes, há consenso entre a maioria dos autores, que mostram usam os dados para
fomentar que seja feito um acompanhamento mais incisivo junto das gestantes, sendo que
simples aferições da pressão arterial periodicamente podem evitar sérios problemas
(AMORIM et al., 2017; THULER, 2018; NÓBREGA et al., 2016; LIMA, PAIVA,
AMORIM, 2010; CUNHA; OLIVEIRA; NERY, 2007; NEME, 2006).
Realmente a morte materna decorrente de problemas de hipertensão apresentam altos
índices. Inclusive a pré-eclâmpsia é tida como a maior causa mortis de mulheres no Brasil.
Daí o enfermeiro atuar com competência para, além de identificar eventuais riscos neste
sentido, ainda ter condições de fazer todo o acompanhamento necessário, de forma a
minimizar ao máximo todo e qualquer risco de morte tanto para a mãe como para o bebê.
Em se tratando dos diagnósticos de enfermagem, a enfermeira entrevistada afirmou
que em se tratando das multigestas, as mulheres em risco já tiveram DHEG em gravidez
anterior, só que sem identificação de sintomas. Sobre isto, Spíndola, Lima e Cavalcanti (2013)
grifam que é fundamental que seja feita esta verificação, pois os dados obtidos quando se
analisa o histórico da gestante constituem um importante suporte na oferta de uma assistência
adequada a mulher em risco. Na mesma direção caminham Thuler et al (2018, p.1066): “[...]
insistir na identificação de fatores de risco que desencadeiam as DHEG e o autocuidado
dessas pacientes, bem como a investigação sobre a gestão farmacológica”.
Também entendem assim, Lima, Paiva e Amorim (2010), que procuram esclarecer e
destacar o papel dos profissionais de enfermagem quando afirmam que as implicações
geradas pela hipertensão gestacional podem ser evitadas, desde que às gestantes sejam
estendidas ações preventivas, que inclui a cobertura pré-natal, a atenção primária e, claro, a
realização de um diagnóstico precoce de mulheres grávidas de alto risco.
Os resultados dessa pesquisa e também as colocações dos autores tornam possível
compreender que um trabalho preventivo, mediante a realização de um acompanhamento
periódico ao longo do pré-natal. Uma assistência nesta etapa permite identificar as gestantes
de risco para de imediato iniciar o tratamento específico, com isto contribuiu-se com a
diminuição da mortalidade derivada da DEHG. É importante saber que como o diagnóstico de
pré́ -eclâmpsia envolve aferição da pressão arterial periódica, este procedimento deve ser

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realizado com precisão. A aferição da pressão arterial está sujeita ao equipamento, à técnica e
aos erros do profissional de saúde, daí realizá-la com muita atenção e cuidado.
Já no quesito tratamento, a enfermeira pesquisada disse usualmente é prescrito
metildopa 250 mg. Este é um dos medicamentos citados por especialistas como Nóbrega et al.
(2016) e Lima, Paiva e Amorim (2010), como um dos fármacos mais receitados anti-
hipertensivos durante o período gestacional, pois como o princípio interventivo é reduzir a
pressão sanguínea da grávida e aumentar o fluxo sanguíneo placentário, o Metildopa atende
bem este objetivo, pois promove o relaxamento do músculo liso das artérias periféricas e a
redução da resistência vascular.
Além deste medicamento, são citados outros, tais como a Hidralazina (medicação
intravenosa), Propranolol (betabloqueador), Nifedipina e Nicardipina, (bloqueadores dos
canais de cálcio), todos estes três por via oral (FERREIRA et al., 2016; NÓBREGA et al.,
2016). Há ainda recomendação de que sejam associadas Nifedipina ou Hidralazina a
Metildopa, caso perceba-se necessária para manter os níveis pressóricos para a manutenção
(NOVO; PATRÍCIO; VANIM, 2010).
Como se pode ver, apesar de ser um problema muito comum e perigoso, quando
diagnosticado o tratamento é relativamente simples, pois à gestante será prescrito um ou mais
fármacos, como os citados acima, muito provavelmente o Metildopa, cuja dosagem passará
por ajustamento conforme variar os níveis arteriais e também de acordo com a evolução geral
da paciente. Assim, algumas vezes será preciso aumentar a dose; em outras diminuir; ou
ainda, associar um medicamento a outro.
Quanto aos cuidados, pela presente pesquisa verificou-se que a enfermeira da Casa
da Gestante, além de acompanhar as pacientes, conforme a situação, as encaminha uma
nutricionista e para a equipe do NASF. Sobre a necessidade de uma equipe multidisciplinar
como a que atende no NASF, Oliveira et al. (2017) e Cunha, Oliveira e Nery (2007) explicam
que o trabalho não pode ficar apenas a cargo do enfermeiro, pois há muitos fatores envolvidos
que requerem a atuação de um trabalho integrado e com a participação de diversos
profissionais da área de saúde. Eles também mencionam a necessidade de uma nutricionista.
O encaminhamento para ajustar a questão alimentar é aconselhado também por
Amorim et al. (2017), que explica que em geral as gestantes apresentam condições
nutricionais não- adequadas. Isto também é defendido por outros pesquisadores que alertam
que “A orientação alimentar, considerada recomendação fundamental para complementar o
tratamento medicamentoso/suplementação, quase sempre é esquecida ou é realizada de forma
padronizada, com indicação de alimentação hipossódica” (THULER et al., 2018, p.1066).

19
Ainda em se tratando da alimentação, alguns autores destacam o papel fundamental
do enfermeiro neste processo, denominando-o de educador, haja vista que deve atuar também
como um orientador no sentido de fazer com que as gestantes compreendam a necessidade de
mudar de hábitos alimentares para que a pressão arterial fique controlada (LIMA; PAIVA;
AMORIM et al., 2010). Claramente, este mesmo papel de orientação se revela no que tange a
sua conscientização quanto a importância de também seguir à risca o tratamento
medicamentoso.
Encerrando, menciona-se sobre a evolução ou não das doenças nas gestantes que a
enfermeira entrevistada dá assistência. Em consonância com ela, a DHEG não evolui, ao
contrário, tem sido possível controlar o nível pressórico, porque é realizado um
acompanhamento rigoroso. Esta posição vem ao encontro dos achados na literatura científica,
que se mostra uníssona a respeito disto. Ferreira, Meireles e Reis (2018) e Nóbrega et al.
(2016) fazem parte dela e vêm salientar que a falta ou má assistência a gestante com doença
hipertensiva vai levar a uma evolução desfavorável, inclusive, podendo causar a morte dela.
Enquanto, quando o enfermeiro cumpre seu papel, contribui diretamente para o controle da
DHEG, o que é fundamental para que o período gestacional transcorra tranquilamente,
superando quaisquer complicações presentes ou potenciais

4 CONCLUSÃO

A Doença Hipertensiva Específica da Gestação é um dos problemas mais recorrentes


entre mulheres grávidas, sobretudo naquelas primigestas, sendo carregada de gravidade em
decorrência dos prejuízos rigorosos e implacáveis que pode causar tanto para os filhos como
para as mães. Inclusive, é considerada como a principal causa de morte materna e perinatal.
A pesquisa realizada em campo permitiu verificar que a Casa da Gestante de
Iguatemi-MS vem atendendo um grupo significativo de gestantes, dentre as quais estão
aquelas com quadro clínico de DHEG. Pelos resultados observou-se que a enfermeira
responsável presta uma assistência adequada, fazendo eventuais encaminhamentos para outros
profissionais e órgãos de saúde quando percebe que é necessário.
Comprovou-se que é feito um acompanhamento muito rigoroso, de modo que não há
registros de casos de evolução da doença, sendo que todas as gestantes com DEHG
apresentam uma melhora considerável. Isto se dá, muito provavelmente, pela forma que são
acolhidas, cuidadas e tratadas ao longo de todo o pré-natal. Assim, consegue-se garantir um
parto tranquilo para mães e filhos.

20
Afirma-se que o objetivo maior desse artigo foi satisfatoriamente atendido, pois com
a análise feita a luz da literatura dos resultados alcançados no estudo prático, ficou a certeza
de que o papel do enfermeiro dentro da realidade de mulheres gestantes com DHEG no
decorrer do pré-natal na atenção primária é muito importante, especialmente quando este
profissional atua além das questões técnicas e clínicas, mas estende seu trabalho para a área
da orientação, se revelando também, um educador. Assim tem ocorrido na Casa da Gestante,
unidade que foi objeto de estudo desse trabalho.
Em vias de conclusão, atém-se ao fato de que é essencial que toda a equipe de
enfermagem envolvida na assistência à saúde das gestantes na atenção primária deve ter como
uma das prioridades o acompanhamento daquelas que apresentam riscos maiores de
desenvolver a DEHG, sendo que para evitar complicações é preciso que o problema seja
identificado o mais cedo possível, para que elas recebam tratamento adequado.
Ao final, o desenvolvimento desse artigo veio estabelecer parâmetros de bases
sólidas, agregando conhecimento para os profissionais de Enfermagem sobre a prestação de
assistência a gestantes com DEHG. O esperado é que os resultados encontrados e discutidos
venham proporcionar um enriquecimento sobre o assunto em epígrafe a todos, contribuindo
para que percebam o quanto é importante o papel que desempenham e que, além disto, se
sintam instigados a fazer parte de possíveis mudanças no que tange a prevenção da
hipertensão gestacional.
Cumpre por fim avultar, que esse trabalho abre possibilidades para futuras pesquisas,
já que um problema tão preocupante, como é a DEGH, fomenta a realização de mais estudos
inéditos, que se concentrem em aprofundamentos envolvendo investigações dentro de um
tempo pré-estabelecido, cuja amostra seja formada por grupos de pacientes que apresentem
doença hipertensiva, para verificar como tem sido o acompanhamento também na visão deles.

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23
APÊNDICE

24
APÊNDICE A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

25
ANEXO

26
ANEXO A - REVISTA ARQUIVOS DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DA UNIPAR

Qualis: B3 em Educação Física; Enfermagem;


B4 em Ciências Ambientais; Interdisciplinar; Medicina Veterinária; Saúde Coletiva;
Zootecnia / Recursos Pesqueiros
B5 em Biotecnologia; Medicina II;
C em Biodiversidade; Ciências Biológicas II; Farmácia

27
ANEXO B - INSTRUÇÕES PARA AUTORES DA REVISTA ARQUIVOS DE CIÊNCIAS
DA SAÚDE DA UNIPAR

28
29
30
31
ANEXO C - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO – TCLE

32
33
ANEXO D – DECLARAÇÃO DE PERMISSÃO PARAA UTILIZAÇÃO DE DADOS

34
ANEXO E – CONSENTIMENTO PÓS-INFORMADO

35
ANEXO F - PARECER DE APROVAÇÃO DO COMITÊ

36
37
38
ANEXO G - DECLARAÇÃO DA CORREÇÃO PORTUGUÊS

39
40

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