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CENTRO UNIVERSITARIO GAMA E SOUZA

CURSO DE ENFERMAGEM

LUCIANA MONTEIRO BURGUINHÃO

MARIA NOEMIA DE OLIVEIRA BENTO

ESGOTAMENTO OCUPACIONAL DOS PROFISSIONAIS DE


ENFERMAGEM.

RIO DE JANEIRO
2021
LUCIANA MONTEIRO BURGUINHÃO

MARIA NOEMIA DE OLIVEIRA BENTO

ESGOTAMENTO OCUPACIONAL DOS PROFISSIONAIS DE


ENFERMAGEM.

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Enfermagem do
Centro Universitário Gama e Souza, como
requisito parcial à obtenção do grau de
Bacharel em Enfermagem.

Orientador(a): Prof. Dr. Glaudston Silva de Paula

RIO DE JANEIRO
2021
LUCIANA MONTEIRO BURGUINHÃO

MARIA NOEMIA DE OLIVEIRA BENTO

ESGOTAMENTO OCUPACIONAL DOS PROFISSIONAIS DE


ENFERMAGEM.

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Enfermagem do
Centro Universitário Gama e Souza, como
requisito parcial à obtenção do grau de
Bacharel em Enfermagem.

Aprovado em: _____de________de 2021.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Glaudston Silva de Paula - Orientador


Centro Universitário Gama e Souza - UNIGAMA

Prof., Msc. Virginia Xavier Pereira da Silva – Examinadora


Centro Universitário Gama e Souza - UNIGAMA

Prof. Dr. Diogo Jacintho Barbosa – Examinador


Centro Universitário Gama e Souza – UNIGAMA
Dedicamos esse trabalho a Deus, que
foi um verdadeiro guia nessa jornada.
Dedicamos esse trabalho aos nossos
familiares, a todos professores, aos nossos
colegas de curso, que assim como nós
encerram esta etapa da vida acadêmica.
Somos gratos de coração a cada um
que contribuiu para a realização deste
trabalho. Dedicamos a participação de
todos vocês.
AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus, sem Ele nada seriamos. Em todos os


momentos dessa árdua jornada, oramos pedindo discernimento, força e garra para
seguir a diante, pois o caminho foi longo, porém gratificante. Cada etapa que
passamos foi um aprendizado não só acadêmico, mas pessoal para cada uma de nós.
Houver momentos que choramos e nos perguntamos onde isso iria dar e se daríamos
conta de chegar até o final e cá estamos, finalizando com louvor um sonho de muitos,
o sonho de nossos pais e familiares que não tiveram a mesma oportunidade.
Agradecemos imensamente o amor incondicional dos nossos pais, que por muitas
vezes oraram e incentivaram em todos os momentos, que nos deram palavras de
consolo quando fomos mal em algum momentos e vibraram conosco quando
obtivemos êxito em outros. Ao nosso orientador que fez um brilhante papel de nos
direcionar em momentos que nossas mentes não achavam a solução para algum
problema. Agradecemos também aos nossos amigos, que tiveram paciência de nos
ouvir falar tantas vezes sobre casos e histórias da faculdade e souberam ter carinho
quando em algum momento tivemos que abdicar de suas presenças.
.
“Que os vossos esforços desafiem as
impossibilidades, lembrai-vos de que as
grandes coisas do homem foram
conquistadas do que parecia impossível.”

(Charles Chaplin)
RESUMO

Este estudo tem por objeto o esgotamento ocupacional dos profissionais de


enfermagem, o objetivo geral: identificar e descrever os fatores de esgotamento
ocupacional contidos na literatura nacional nos últimos anos; e como objetivos
específicos: compreender estressores da equipe de enfermagem. Proporcionar
informações importantes para a formação do profissional, enfatizar sobre a
importância dos cuidados com a saúde mental conforme na literatura atual. Este
estudo justifica-se, pela complexidade da temática, e conhecer as percepções, dos
saberes onde o estresse também pode ser associado a outros agravos. Contribuir
para ampliar as discussões da temática de saúde mental dos profissionais de
enfermagem. Este estudo teve como metodologia de pesquisa a revisão integrativa
de literatura, de natureza descritiva e qualitativa. Realizou-se uma pesquisa na base
de dados na base de dados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), a Literatura
Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE) e Literatura Latino - Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO);
pesquisou-se ainda no Google acadêmico. Como descritores, foram utilizadas as
palavras-chave: Enfermagem; Saúde Ocupacional; Burnout.. A busca com as
palavras-chaves selecionadas resultou em um total de 124,725 publicações e após o
uso dos filtros: idioma: português, textos disponíveis e completos, Ano de publicação
(2015 a 2020). A aplicação dos filtros resultou em 361 estudos e, após a leitura dos
títulos e resumos para identificação dos estudos com afinidade com o tema, refinou-
se em 17 estudos como amostra final desta pesquisa. Como resultados, identificou-
se as categorias: Estresse ocupacional e qualidade de Vida; Reconhecimento
profissional da equipe; Intervenção e prevenção da SEP na enfermagem. Conclusão:
Conclui-se que os resultados desta pesquisa colaboram para avanços do
conhecimento científico nas áreas de Saúde do Trabalhador e Enfermagem, visto que
possibilita sua utilização prática nos programas de prevenção do adoecimento no
trabalho em instituições hospitalares e subsidia a elaboração de futuras pesquisas.

Palavras-chave: Enfermagem; Saúde Ocupacional; Burnout.


ABSTRACT

This study aims at the occupational exhaustion of nursing professionals, the


general objective: to identify and define the factors of occupational exhaustion
contained in the national literature in recent years; and as specific objectives: to
understand stressors of the nursing team. Provide important information for
professional training, emphasize on the importance of mental health care as in the
current literature. This study is justified, due to the complexity of the theme, and to
know the perceptions, of the knowledge where stress can also be associated with other
diseases. Contribute to expand the possibilities of the mental health theme of nursing
professionals. This study had as research methodology the integrative literature
review, of a descriptive and qualitative nature. A search was carried out in the database
in the database in the Virtual Health Library (VHL), the International Literature in Health
Sciences (MEDLINE) and Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences
(LILACS), Scientific Eletronic Online Library (SciELO); research was also carried out
on academic Google. As descriptors, the following keywords were used: Nursing;
Occupational Health; Burnout .. The search with the selected keywords resulted in a
total of 124,725 publications and after using the filters: language: Portuguese, available
and complete texts, Year of publication (2015 to 2020). The application of the filters
resulted in 361 studies and, after reading the titles and abstracts to identify the studies
with affinity with the theme, it was refined in 17 studies as the final sample of this
research. As results, the following categories were identified: Occupational stress and
quality of life; Professional recognition of the team; Intervention and prevention of SEP
in nursing. Conclusion: It is concluded that the results of this research collaborate for
advances in scientific knowledge in the areas of Occupational Health and Nursing,
since it enables its practical use in programs for preventing illness at work in hospital
institutions and supports the preparation of future research.

Keywords: Nursing; Occupational Health; Exhaustion.


LISTA DE QUADRO

Quadro 1- Organização do material selecionado, Rio de Janeiro – 2021. ............... 22


LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Quantidade de títulos por ano, Rio de Janeiro – 2021. ............................. 27


Tabela 2- Periódicos dos títulos selecionados, Rio de Janeiro – 2021. .................... 27
Tabela 3 - Tipo de metodologia, Rio de Janeiro - 2021. ........................................... 28
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ART Agravos relacionados ao trabalho


AVC Acidente Vascular Cerebral
BVS Biblioteca Virtual de Saúde
LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
MEDLINE Literatura Internacional em Ciências da Saúde
MPS Ministério da Previdência Social
MS Ministerio da Saúde
OMS Organização Mundial da Saúde
RENAST Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador
SciELO Scientific Eletronic Library Online
SINAN Sistema Nacional de Agravo e Notificações
SAG Síndrome Geral de Adaptações (SAG),
SEP Síndrome do Esgotamento Profissional
SB Síndrome de Burnout
SUS Sistema Único de Saúde
VISAT Vigilância em Saúde do Trabalhador
TMRT Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO _________________________________________________ 13
2. REFERENCIAL TEÓRICO__________________________________________ 16
2.1 Saúde Mental do trabalhador _____________________________________ 16
2.2 Síndrome do esgotamento profissional – SEP ou Síndrome de burnout __ 17
2.3 Estressores da Equipe de Enfermagem _____________________________ 19
3. METODOLOGIA _________________________________________________ 21
4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS _______________________________ 27
5. DISCUSSÃO ____________________________________________________ 30
5.1 Estresse ocupacional e qualidade de Vida __________________________ 30
5.2 Reconhecimento profissional da equipe ____________________________ 31
5.3 Intervenção e prevenção da SEP na enfermagem _____________________ 32
6. CONCLUSÃO ___________________________________________________ 34
REFERENCIAS ____________________________________________________ 35
1. INTRODUÇÃO

O trabalho é uma das fontes de satisfação de diversas necessidades humanas,


como autorrealização, manutenção de relações interpessoais e sobrevivência.
Concomitantemente, também pode constituir uma ameaça quando impõe fatores de
risco à saúde e o trabalhador não dispõe de recursos suficientes para se proteger
desses riscos. (NOBRE, et al, 2019)

“O processo de trabalho é constituído por condições geradoras de cargas de


trabalho que atuam direta ou indiretamente na saúde dos trabalhadores. Na
Enfermagem, as cargas de trabalho estão relacionadas ao excesso de
trabalho, estruturas físicas inadequadas, jornadas de trabalho excessivas e
escassez no quantitativo de trabalhadores. Estas condições provocam
desgastes à saúde dos trabalhadores, os quais podem apresentar dificuldade
no desenvolvimento da assistência ao paciente.” (CARVALHO, et al, 2019)

Não existe um conceito único para a síndrome de Burnout, no entanto a


definição mais aceita considera-o como um estado de exaustão física, emocional e
mental, causado pelo envolvimento duradouro em situações de elevada exigência
emocional no local de trabalho. Enquanto o stress, outro conceito relacionado, é um
fenómeno de adaptação temporária em resposta a um estímulo externo ou interno do
indivíduo. (NOBRE, et al, 2019)
O Burnout representa um processo de quebra de adaptação resultante da
exposição prolongada e recorrente a stress profissional, significando uma disfunção
crónica, afetando geralmente os profissionais que trabalham em contato direto com
pessoas, sendo predominante nos profissionais de saúde. (NOBRE, et al, 2019)
A mudança nas condições de trabalho em decorrência da globalização impacta
a vida do trabalhador. Percebe-se um aumento de doenças crônicas e outras
consequências para a saúde relacionada ao trabalho e sabe-se que quanto mais baixa
a condição socioeconômica do trabalhador, maior é o risco de morbidade e
comprometimento de saúde, entretanto, a causalidade no binômio emprego-
adoecimento ainda carece de explicação mais ampla. (FERNANDES, et. al, 2018)
O trabalhador, ao exercer seu ofício em ambientes urbanos, depara-se com a
falta de tempo como um empecilho para realizar atividades não laborais.
(FERNANDES, et. al, 2018)

13
O tempo consumido no deslocamento ao/do trabalho aliado à concepção da
sociedade moderna do trabalho como atividade central ao ser humano facilitam o
desenvolvimento de transtornos mentais e comportamentais em trabalhadores.
(FERNANDES, et. al, 2018)
Tal adoecimento ocorre devido à ausência de atividades de lazer, cuidados com
a saúde, a casa, os filhos e familiares, além da falta de tempo para estudos e
qualificação (FERNANDES, et. al, 2018)
Em virtude dos inúmeros desgastes à saúde do trabalhador de enfermagem,
ocasionados pela exposição às cargas de trabalho, torna-se indispensável à
identificação das cargas que os trabalhadores estão expostos, buscando prevenir e
traçar estratégias que visem um trabalho saudável. (CARVALHO, et al, 2019)
Mesmo que a exposição dos trabalhadores de enfermagem às cargas de
trabalho pareça clara, as mudanças nos processos de trabalho e melhorias das
condições de trabalho são realidades difíceis de serem atingidas, o que sugere o
monitoramento da saúde desses trabalhadores, com a finalidade de visualizar a
realidade por eles vivenciada, permitindo a identificação das cargas de trabalho
envolvidas no processo de adoecimento do trabalhador. (CARVALHO, et al, 2019)
A motivação do estudo, se dar pelo interesse em entender e descrever quais
os cuidados com a saúde mental e o esgotamento do profissional de enfermagem,
visto que os profissionais de enfermagem enfrentam diferentes problemas no
ambiente de trabalho: o estresse, o sofrimento e a morte de pacientes, partindo do
princípio acima queremos, ampliar nosso conhecimento e responder a uma lacuna do
conhecimento sobre essa temática e, sobretudo, contribuir para qualificar e capacitar
os profissionais de saúde.
Desta forma, este estudo tem por objeto de pesquisa o esgotamento
ocupacional dos profissionais de enfermagem. e como questão norteadora: quais os
fatores têm predisposto os profissionais de enfermagem a condição de esgotamento?
Quais os aspectos que estão sendo pontuados, conforme a produção científica atual?
A fim de responder esta questão, foi estabelecido como objetivo geral:
identificar e descrever os fatores de esgotamento ocupacional contidos na literatura
nacional nos últimos anos; e como objetivos específicos: compreender estressores
da equipe de enfermagem. Proporcionar informações importantes para a formação do

14
profissional, enfatizar sobre a importância dos cuidados com a saúde mental conforme
na literatura atual.
Este estudo justifica-se, pela complexidade da temática, e conhecer as
percepções, dos saberes onde o estresse também pode ser associado a outros
agravos. Contribuir para ampliar as discussões da temática de saúde mental dos
profissionais de enfermagem.
A relevância do estudo pela temática em “esgotamento ocupacional” se dar
pela proximidade das autoras em compreender melhor a temática, abordar uma
problemática de saúde contemporânea associada às práticas dos profissionais em
saúde, o esgotamento ocupacional é um problema de saúde pública no âmbito da
saúde do trabalhador; sendo assim, medidas de promoção e prevenção devem ser
adotadas nos ambientes laborais, além da implementação de um programa de saúde
ocupacional. Desta forma, cabe ao meio acadêmico, quanto espaço propulsor de
conhecimento, colocar seus discentes em contato com os meios de pesquisas
científicas, para futuros estudos contribuir com o aperfeiçoamento de novos aspectos
relacionados ao campo da saúde do trabalhador.

15
2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Saúde Mental do trabalhador

O crescimento do desgaste mental dos trabalhadores pode ser verificado nas


estatísticas oficiais, como as da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério
da Previdência Social (MPS). A OMS mostra que os transtornos mentais podem atingir
até 40% dos trabalhadores, sendo que 30% são considerados transtornos “menores”,
e entre 5 e 10% são de nível grave. (DA SILVA, BERNARDO, 2016)
Dados do MPS mostram que os afastamentos por problemas de saúde mental
cresceram muito nos últimos anos e que já são a terceira maior causa de afastamento
do trabalho no país. (DA SILVA, BERNARDO, 2016)
De acordo com a Organização Mundial de Saúde – OMS (1946), “A saúde é
um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na
ausência de doença ou de enfermidade”.
Devemos ressaltar que o nexo causal entre desgaste mental e trabalho ainda
é um grande desafio, é raro que sejam considerados os elementos sociais presentes
no processo de saúde/doença psíquica. Assim, as razões do adoecimento são, muitas
vezes, atribuídas ao indivíduo, culpabilizando-o e individualizando um problema que
é, essencialmente, social. (DA SILVA, BERNARDO, 2016)
O trabalhador é tratado, nesse sentido, como descuidado e irresponsável frente
a acidentes e ao adoecimento, desconsiderando-se pressões, exigências, prazos e
outras formalidades que caracterizam o trabalho contemporâneo, especialmente em
países de economia dependente como o Brasil e outros da América Latina. Além
disso, é comum que se entenda o trabalho como algo naturalmente penoso, como se
não fosse possível modificar os aspectos que geram adoecimento ao trabalhador. (DA
SILVA, BERNARDO, 2016)
A Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) é um dos componentes do
Sistema Nacional de Vigilância em Saúde, responsável por um conjunto articulado de
ações de promoção da saúde e de redução da morbimortalidade da população
trabalhadora. (ARAÚJO, PALMA, ARAÚJO, 2017)
Em 2002, como principal estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS) para
garantir a integralidade da promoção e atenção à saúde do trabalhador, foi criada a

16
Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador – RENAST. A RENAST
integra a rede de serviços do SUS por meio de Centros de Referência em Saúde do
Trabalhador (CEREST). (ARAÚJO, PALMA, ARAÚJO, 2017)
Em 2004, os Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho (TMRT), em
conjunto com mais dez agravos relacionados ao trabalho (ART), foram definidos como
agravo de notificação compulsória, passando a ser registrado no Sistema Nacional de
Agravo e Notificações (SINAN). Este fato constitui importante marco regulatório nas
políticas de Vigilância à Saúde do Trabalhador, ainda que limitado apenas às unidades
de saúde de uma Rede Sentinela. A portaria, no entanto, foi implementada somente
em 2006, com as primeiras notificações de ART em âmbito nacional. (ARAÚJO,
PALMA, ARAÚJO, 2017)
Os dados sobre TMRT, ainda que não permitam obter um quadro mais
fidedigno de sua magnitude, evidenciam sua relevância na questão de adoecimento
entre os trabalhadores. Segundo a OMS, uma em cada quatro pessoas que visitam
um serviço de saúde tem pelo menos um tipo de transtorno mental, mas a maioria não
é diagnosticada e nem tratada (ARAÚJO, PALMA, ARAÚJO, 2017)
A literatura aponta que a sobrecarga e insatisfação podem afetar a saúde geral
do trabalhador, incluindo sua saúde mental que acarreta danos em vários aspectos
da vida do trabalhador envolvendo a profissional, social e comportamental. Tais
profissionais lidam no cotidiano com o sofrimento psíquico, deixando o ambiente
permeado por intensa produção subjetiva e intersubjetiva. (BUESSO, BARBOSA,
2019)

2.2 Síndrome do esgotamento profissional – SEP ou Síndrome de burnout

Há cerca de quatro décadas, a Síndrome do Esgotamento Profissional (SEP),


ou, como é mais conhecida, a Síndrome de Burnout (SB), vem sendo investigada no
cenário acadêmico. (MEDEIROS-COSTA, et al, 2017)
A síndrome surge da cronificação do estresse decorrente do trabalho. Muito
embora seja reconhecida como uma psicopatologia de cunho ocupacional (Grupo V
da CID-10), sendo inclusa no Anexo II do artigo 2º do Decreto 6.957/1999, regido pela
Previdência Social, seu diagnóstico é pouco utilizado. (MEDEIROS-COSTA, et al,
2017)

17
Segundo o Ministério da Saúde (MS) a SB faz parte da lei de nº 8213/91 que a
enquadra como uma doença de transtornos mentais e do comportamento associado
ao trabalho. Com elevado índice de absenteísmo e licenças, além de provocar
complicações no desenvolvimento das tarefas no ambiente hospitalar e causar
prejuízos à saúde do trabalhador no ambiente hospitalar (FARIAS et al., 2017).

A SEP é, na maior parte das vezes, entendida como um modelo teórico


tridimensional, alicerçado na perspectiva psicossocial. De acordo com esse
modelo, a SEP envolve três dimensões: a exaustão emocional (EE), a
despersonalização (DS) e a falta de realização profissional (RP). A EE se
apresenta como uma manifestação direta do estresse individual, sendo
exteriorizadas sensações de estar além dos limites, com deterioração dos
recursos físicos do indivíduo. Já a DS está ligada à conjuntura interpessoal
da síndrome, em que atitudes negativas e de cinismo são direcionadas às
pessoas destinatárias do trabalho. A despersonalização se caracteriza como
uma perda de compaixão para com os outros. Por fim, a RP se relaciona a
avaliações negativas do indivíduo quanto ao seu desempenho no trabalho e
seu futuro naquela profissão. (MEDEIROS-COSTA,et al, 2017)

Considera-se estresse um termo comumente ouvido dentro do ambiente de


trabalho que descreve uma variedade de experiências perturbadoras e sintomáticas.
Há uma série de referenciais teóricos que ajuda a descrever o processo. (OLIVEIRA,
et Al, 2018.)
Explica-se que o Burnout, também designado como Síndrome do Esgotamento
Profissional ou Síndrome de Burnout, é um processo no qual os aspectos do contexto
laboral e interpessoal colaboram para o seu desenvolvimento levando a um
sentimento de fracasso e exaustão causado por um excessivo desgaste de energia,
força e recursos. (OLIVEIRA, et Al, 2018.)
Nos estudos empíricos sobre a SEP, os profissionais da área da saúde
parecem constituir uma das categorias profissionais mais suscetíveis à síndrome. Por
outro lado, entre os profissionais da saúde, os enfermeiros são os que mais
experimentam o estresse e a SEP. (MEDEIROS-COSTA, et al, 2017)
Esses trabalhadores têm como ofício o cuidado constante com pacientes e,
nesse contexto, presenciam frequentemente casos de morte e luto, sendo expostos
às tensões emocionais de tais eventos, o que pode levar ao aparecimento da SEP.
(MEDEIROS-COSTA, et al, 2017)

18
2.3 Estressores da Equipe de Enfermagem

Na prática diária, o estresse pode se manifestar por comportamentos


observáveis. Os estressores podem surgir em vários momentos, a partir de pressões
relacionadas à vida pessoal, social, profissional e, também, na vida acadêmica. Nesta
última, a vivência de mudanças, desenvolvimento, temores e angústia, entre outras,
podem funcionar como desencadeadores de estresse e de agravos na saúde.
(URBANETTO, Et al; 2019)
Estudos têm demonstrado que os trabalhadores de enfermagem enfrentam
mais sofrimento psicológico do que a população em geral, estando expostos a uma
variedade de elementos geradores de desgaste. (AZEVEDO, NERY, CARDOSO,
2017)
Um considerável contingente de trabalhadores de enfermagem está inserido
em hospitais, os quais geralmente se mostram como instituições onde a gerência de
enfermagem não é empoderada, não participando, assim, das tomadas de decisão
que impactam a organização. (AZEVEDO, NERY, CARDOSO, 2017)
Além disso, a própria sobrecarga laboral dos trabalhadores da categoria
representa uma barreira à efetivação desse empoderamento, já que, pela falta de
tempo na prática diária do pessoal de enfermagem, a assistência direta ao paciente
acaba tendo prioridade sobre as iniciativas e projetos de mudança organizacional.
(AZEVEDO, NERY, CARDOSO, 2017)
Isso, inevitavelmente, repercute de forma negativa na condição do trabalhador,
favorecendo ainda mais o aumento das demandas e sobrecarga laboral e, por
conseguinte, afetando a qualidade de vida relacionada ao trabalho. (AZEVEDO,
NERY, CARDOSO, 2017)
De acordo com Preto, Et al. (2018) na Síndrome Geral de Adaptações (SAG),
e o local onde ocorre a dilatação do córtex da suprarrenal, a atrofia dos órgãos
linfáticos, úlceras gastrointestinais, perda de peso e outras alterações, que são
reações que o organismo sofre quando exposto a estressores. A síndrome é dividida
em três fases seguidas uma da outra.
Fase de alarme: o organismo apresenta uma reação de agressão ou fuga frente
ao agressor, sendo um comportamento de adaptação. Ambas as reações são

19
entendidas como saudáveis, pois é possível o retorno à situação de equilíbrio.
(PRETO, et al; 2018)
Fase de resistência: após a fase de alarme, se ainda houver resistência, o
organismo se altera e concentra a reação interna em um único órgão, o que
desencadeia a Síndrome de Adaptação Local (SAL). (PRETO, et al; 2018)
Fase de exaustão: o organismo fica exaurido, devido ao excesso de atividades,
ocorrendo, então, a falência do órgão que foi mobilizado na síndrome de adaptação
local surgindo doenças orgânicas. Estudos posteriores encontram outra fase
identificada como quase exaustão, ficando entre as fases de resistência e a exaustão,
gerando uma sensação de esgotamento que aumenta a chance de descontrole
emocional nos indivíduos. (PRETO, et al; 2018)
Os profissionais de enfermagem e medicina, sobretudo aqueles que
desenvolvem suas atividades em instituições hospitalares, vivenciam situações que
levam ao estresse, pois convivem rotineiramente com a dor, sofrimento e morte, e são
submetidos a ritmos intensos de trabalho, jornadas prolongadas, trabalho em turnos,
baixos salários, relações humanas complexas, falta de materiais e de recursos
humanos, dentre outros fatores que podem desencadear e/ou potencializar o estresse
no trabalho.(RIBEIRO, et al; 2018)

Quando o indivíduo se expõe a uma situação de estresse permanente, ou por


tempo prolongado, ela pode acarretar inúmeras consequências físicas e
psicológicas tais como: o aumento da pressão arterial e maior suscetibilidade
ao Acidente Vascular Cerebral (AVC); quadros de infecção devido à
diminuição da resposta imunológica; distúrbios gastrointestinais como a
diarreia e a constipação; desordens alimentares; ganho ou perda excessiva
de peso; resistência à insulina associada ao diabetes tipo 2 e à exacerbação
do diabetes podendo ocorrer, também, cefaleia do tipo tensional; insônia;
desejo sexual diminuído e impotência temporária nos homens; exacerbação
da tensão pré-menstrual nas mulheres, além da diminuição da concentração;
inibição do aprendizado; redução da memória, bem como a exacerbação de
lesões de pele e depressão (PRETO, et al; 2018)

À frente desses malefícios, estudos apontam uma preocupação com o estresse


e, cada vez mais, pesquisas são realizadas. (PRETO, et al; 2018)
Os profissionais da área da saúde e os gestores devem reconhecer a
importância do apoio social em seu processo laboral, estimulando a formação dessa
rede de apoio não limitada à equipe de trabalho, mas que envolva familiares e amigos,
a fim de diminuir a vulnerabilidade destes indivíduos frente ao estresse laboral.
(RIBEIRO, et al; 2018)
20
3. METODOLOGIA

Este estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura com base em


artigos científicos nacionais que fundamentaram a avaliação e a síntese das
evidências. Por meio da leitura das publicações selecionadas, foi possível extrair
informações que permitiram o desenvolvimento deste estudo.
A revisão integrativa da literatura consiste na construção de uma análise ampla
da literatura, contribuindo para discussões sobre métodos e resultados de pesquisas,
assim como reflexões sobre a realização de futuros estudos. O propósito inicial deste
método de pesquisa é obter um profundo entendimento de um determinado fenômeno
baseando-se em estudos anteriores. (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008)
Para que esse estudo fosse elaborado e de forma a construir as análises da
pesquisa que contribuíram ampliar os olhares, percorreu-se as seis etapas distintas,
similares e decorridas das pesquisas. Com a síntese dos resultados foi possível
realizar a incorporação do conhecimento. Dessa forma, optou-se pela revisão
integrativa da literatura para delineamento de uma metodologia descritiva e de
natureza qualitativa (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008).
Desta forma, a construção das etapas possibilitou melhor compreensão sobre
os resultados obtidos. Na primeira etapa foi estabelecida a questão norteadora: como
está sendo abordado o Esgotamento Ocupacional dos Profissionais de Enfermagem?
Quais os aspectos que estão sendo pontuados, conforme a produção científica atual?
Definiu-se ainda as palavras-chave de pesquisa: Enfermagem; Saúde Ocupacional;
Burnout.
Para a segunda etapa, evidenciou-se os critérios de inclusão e exclusão, além
da definição das bases de dados utilizadas para a pesquisa. Realizou-se a busca nas
bases de dados indexadas na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), a Literatura
Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE) e Literatura Latino - Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO);
pesquisou-se ainda no Google acadêmico. A busca com as palavras-chaves
selecionadas resultou em um total de 124.725 publicações. Sendo assim, procedeu-
se com o uso dos filtros: idioma: português. textos disponíveis e completos, Ano de
publicação compreendido entre 2015 e 2020. Assunto principal: Saúde do
Trabalhador, Esgotamento Profissional, Doenças Profissionais. País/Região como

21
assunto: Brasil. A aplicação dos filtros resultou em 361 estudos e, após a leitura dos
títulos e resumos para identificação dos estudos com afinidade com o tema, refinou-
se 17 estudos, amostra final desta pesquisa.
Na terceira etapa, realizou-se a construção do quadro 1, através da seleção
das seguintes variáveis: título, autores, periódico de publicação, ano de publicação,
objetivo do estudo e metodologia.

Quadro 1- Organização do material selecionado, Rio de Janeiro – 2021.


Título Autor(es) Periódicos Ano Objetivo do Metodologia
estudo
O TRABALHO DUARTE, Trab. educ. 2015 analisar a Estudo
EM EQUIPE Maria de saúde. percepção da Qualitativa
NA Lourdes equipe de
Custódio; enfermagem
ENFERMAGE
BOECK, sobre o trabalho
M E OS Jocemara em equipe em
LIMITES E Neves. uma unidade da
POSSIBILIDAD ESF.
ES DA
ESTRATÉGIA
SAÚDE DA
FAMÍLIA.

Estresse SOUSA, Psicol. 2015 descrever, Estudo


Ocupacional e Viviane cienc. prof. analisar e Descritivo
Resiliência Ferro da compreender
Silva; suas percepções
Entre
ARAUJO, e experiências
Profissionais de Tereza de estresse e
Saúde. Cristina resiliência,
Cavalcanti identificando-se
Ferreira de fatores de risco e
proteção.
Relação entre DA SILVA, Revista 2016 apresentar as Estudo
saúde mental e Mariana Brasileira de concepções de qualitativo
trabalho: a Pereira; Saúde sindicalistas a
concepção de BERNARD Ocupacional respeito da
sindicalistas e O, Marcia relação entre
possíveis Hespanhol; trabalho e
formas de SOUZA, adoecimento
enfrentamento. Heloísa mental, bem
Aparecida. como algumas
de suas ações,
que possam
indicar rumos
22
para abordagens
do movimento
sindical que
favoreçam o
enfrentamento
do adoecimento
mental
relacionado ao
trabalho.
As FARIAS, Caderno de 2016 Caracterizar e Revisão
consequências Myla Karina Graduação - sintetizar as integrativa
da Síndrome de et al. Ciências evidências
Burnout em Biológicas e científicas sobre
profissionais de da Saúde a síndrome de
enfermagem: burnout entre
Revisão profissionais de
Integrativa. enfermagem

Síndrome de SOUSA, Pesquisa 2016 Caracterizar e revisão


burnout entre Kayo em sintetizar as integrativa
profissionais de Henrique enfermagem evidências
Jardel : imagem e científicas sobre
enfermagem:
Feitosa et al desenvolvi a síndrome de
revisão mento burnout entre
integrativa profissionais de
enfermagem
provenientes da
produção
científica
nacional e
internacional
publicada entre
2010 e 2014
Vigilância em ARAÚJO, Ciência & 2017 objetivo de revisão de
Saúde Mental e Tania Maria Saúde verificar as literatura
Trabalho no de; PALMA, Coletiva produções
Brasil: Tarciso de brasileiras e
características, Figueiredo fomentar
dificuldades e e ARAÚJO, reflexões sobre
desafios. Natália do a temática de
Carmo Visat em Saúde
Mental

23
Estresse AZEVEDO, Texto 2017 analisar a estudo
Ocupacional e Bruno Del contexto – associação entre transversal
Insatisfação Sarto; enfermagem estresse
com a NERY, ocupacional,
Qualidade de Adriana qualidade de
Vida no Alves; vida no trabalho
Trabalho da CARDOSO, e fatores
Enfermagem Jefferson associados a
Paixão esta.
A síndrome do MEDEIROS Rev. esc. 2017 Caracterizar a Revisão
esgotamento -COSTA, enferm. produção integrativa
profissional no Mateus USP científica sobre a
contexto da Estevam et Síndrome do
enfermagem: al Esgotamento
uma revisão Profissionalno
integrativa da contexto da
literatura. enfermagem,
sistematizando
os locais onde
as pesquisas
foram
realizadas, os
construtos
relacionados, os
métodos
empregados e
seus principais
resultados.
Esgotamento OLIVEIRA, Rev. enferm. 2018 investigar a estudo
profissional e Patrícia UFPE on existência quantitativo
transtornos Peres de et line de Síndrome do
mentais al. Esgotamento Pr
comuns em ofissional
enfermeiros e Transtornos
oncológicos Mentais Comun
s
em enfermeiros
oncologistas.
Percepção de PRETO, Rev. enferm. 2018 avaliar estudo
estresse nos Vivian Aline UFPE on a percepção de quantitativo
acadêmicos de et al line, estresse em
enfermagem. baixa, média e
alta e a relação
entre
a percepção do
estresse e
características
sociodemográfic
as em

24
acadêmicos
de Enfermagem.
Estresse RIBEIRO, Rev. Gaúcha 2018 Avaliar o Estudo
ocupacional Renata Enferm estresse transversal
entre Perfeito et ocupacional
trabalhadores al . entre
de saúde de um trabalhadores de
hospital saúde de um
universitário. hospital
universitário.
Transtornos FERNAND Rev. esc. 2018 levantar e revisão
mentais e ES, Márcia enferm. USP caracterizar a integrativa
comportamenta Astrês et al produção
is em científica acerca
trabalhadores: da Síndrome de
estudo sobre os Burnout na
afastamentos enfermagem.
laborais.
Estresse LLAPA- Revista
2018 Analisar os Estudo
ocupacional em RODRIGU Enfermage fatores que qualitativo
profissionais de EZ, Eliana m UERJ influenciam na
Ofélia et al. identificação de
enfermagem
estresse em
profissionais
enfermeiros de
um hospital
universitário
O impacto da BUESSO, Revista 2019 descrever o Estudo
sobrecarga de Thayná Saúde impacto da descritivo,
trabalho e a Santos; (Santa sobrecarga de exploratório,
satisfação do BARBOSA, Maria) trabalho sobre a transversa
trabalhador em Guilherme satisfação
saúde mental. Correa. profissional
em
trabalhadores do
Centro de
Atenção
Psicossocial
(CAPS).
Cargas de CARVALH Rev. Bras. 2019 identificar as estudo
trabalho e os O, Deciane Enferm. cargas de transversal
desgastes à Pintanela trabalho
saúde dos de et al. presentes no
trabalhadores trabalho da
da enfermagem Enfermagem e a
sua associação
com os
desgastes à

25
saúde dos
trabalhadores
Estresse e URBANET Rev. Latino- 2019 analisar a estudo
sobrepeso/obe TO, Janete Am. associação entre transversal
sidade em de Souza et Enfermage características
estudantes de al m. demográficas,
enfermagem. acadêmicas, de
saúde, estresse,
sobrepeso e
obesidade em
estudantes de
enfermagem.
Avaliação do NOBRE, Rev. Bras. 2019 Avaliar o nível Estudo
burnout em Daniela Enferm de Burnout dos quantitativo
enfermeiros de Filipa enfermeiros de
um serviço de Rocha et al um serviço de
urgência geral. urgência geral.

Fonte: elaborado pelas autoras, 2021.

Na 4ª etapa, realizou-se a análise crítica dos estudos selecionados, através da


análise de conteúdo temática, proposta por Bardin (2011, p. 48), definido como:

Um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter,


por procedimentos, sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo as
mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de
conhecimentos relativos às condições de produção/recepção [...] destas
mensagens. (BARDIN, 2011, p. 48)

Para a 5ª etapa, realizou-se a interpretação dos achados e discussão dos


resultados, além da identificação de propostas e sugestões para pesquisas futuras,
disponíveis nos próximos capítulos. A 6ª etapa constituiu-se da apresentação da
revisão, através da elaboração deste documento de pesquisa.

26
4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Na tabela 1, observa-se a quantidade de artigos por ano, compreendido entre


os anos de 2015 a 2020. A análise identificou que o ano de 2018 obteve o maior
número de publicações representando 5 (29,4%), o ano de 2019 ficou representado
com 4 (23,5%) publicações, o ano de 2016 e 2017 ficou representado com 3 (17,6 %)
publicações, o ano de 2015 obtive o menor número de publicações representado em
2 (11,7%).

Tabela 1- Quantidade de títulos por ano, Rio de Janeiro – 2021.


Ano de publicação Quantidade %
2015 2 11,7 %
2016 3 17,6 %
2017 3 17,6 %
2018 5 29,4 %
2019 4 23,5 %
Total 17 100%
Fonte: elaborado pelas autoras, 2021.

Na tabela 2 a análise identificou os periódicos de publicação dos artigos


utilizados. Os periódicos, Trab. educ. saúde; Psicol. cienc. Prof; Revista Brasileira de
Saúde Ocupacional; Caderno de Graduação - Ciências Biológicas e da Saúde;
Pesquisa em enfermagem: imagem e desenvolvimento; Ciência & Saúde Coletiva;
Texto contexto – enfermagem; Revista Enfermagem UERJ; Rev. Gaúcha Enferm;
Revista Saúde (Santa Maria); Rev. Latino-Am. Enfermagem, cada periódico
apresentou 1 (5,8 %) artigo cada, e a maior porcentagem ficou representada pelas,
Rev. esc. enferm. USP; Rev. enferm. UFPE on line; Rev. Bras. Enferm, com 2 (11,7
%) artigos.

Tabela 2- Periódicos dos títulos selecionados, Rio de Janeiro – 2021.


Periódico de publicação Quantidade %
Trab. educ. saúde 1 5,8 %
Psicol. cienc. prof. 1 5,8 %

27
Revista Brasileira de Saúde Ocupacional 1 5,8 %
Caderno de Graduação - Ciências 1 5,8 %
Biológicas e da Saúde
Pesquisa em enfermagem: imagem e 1 5,8 %
desenvolvimento
Ciência & Saúde Coletiva 1 5,8 %
Texto contexto – enfermagem 1 5,8 %
Rev. esc. enferm. USP. 2 11,7 %
Revista Enfermagem UERJ 1 5,8 %
Rev. enferm. UFPE on line. 2 11,7 %
Rev. Gaúcha Enferm 1 5,8 %
Revista Saúde (Santa Maria) 1 5,8 %
Rev. Bras. Enferm. 2 11,7 %
Rev. Latino-Am. Enfermagem 1 5,8 %
TOTAL 17 100%

Fonte: elaborado pelas autoras, 2021.

Já na tabela 3, foram identificados os tipos de metodologia encontrados nas


publicações.
Para a análise do quadro metodológico, ficou evidenciado que os tipos de
metodologia identificados foram: Estudo qualitativo com 6 (35,2 %) artigos; Estudo
transversal e Revisão integrativa com 4 (23,5 %) artigos; Estudo descritivo, Revisão
da literatura e Estudo descritivo, exploratório, transversal representado com 1 (5,8 %)
artigos. Totalizando 17 (100%)

Tabela 3 - Tipo de metodologia, Rio de Janeiro - 2021.


Tipo de metodologia Quantidade %
Estudo qualitativo 6 35, 2 %
Estudo transversal 4 23, 5 %
Estudo descritivo 1 5, 8 %
Revisão Integrativa 4 23, 5%
Revisão de literatura 1 5, 8 %

28
Estudo descritivo, exploratório, 1 5, 8 %
transversa
TOTAL 17 100%
Fonte: elaborado pelas autoras, 2021.

29
5. DISCUSSÃO

Após leitura dos artigos selecionados e levantados por meio de pesquisa nas
bases de dados, procedeu-se com a síntese dos conhecimentos encontrados nos
conteúdos pesquisados e a análise dos artigos através das categorias de análise,
citadas abaixo.

5.1 Estresse ocupacional e qualidade de Vida

Pesquisadores explicam que indivíduos ao assumirem muitos papéis na vida


usualmente enfrentam grande peso, tanto na vida familiar como no trabalho, gerando
conflitos em relação ao seu ambiente laboral. (LLAPA-RODRIGUEZ, Et al, 2018)
Condições, principalmente, em decorrência, do exercício laboral com longas
jornadas de trabalho e prestação de cuidados a pessoas em situação de
vulnerabilidade (biológica e psicológica, com sofrimentos psíquicos e estados
terminais). (LLAPA-RODRIGUEZ, Et al, 2018)
O estresse contínuo no trabalho pode trazer consequências prejudiciais à
saúde mental e física do trabalhador, tais como: o desenvolvimento da síndrome
metabólica, distúrbios do sono, diabetes, hipertensão, enfermidades psicossomáticas,
síndrome de Burnout, depressão, uso de substâncias psicoativas, além de queda na
produtividade, absenteísmo, insatisfação laboral e baixa qualidade de vida no
trabalho. (RIBEIRO, Et al; 2018)
De fato, a sobrecarga de trabalho é apontada na literatura como uma das
principais fontes de estresse. A dupla jornada aumenta a carga psíquica e pode
contribuir para a ocorrência de acidentes de trabalho e problemas na vida familiar.
(SOUSA, ARAUJO; 2015)
O trabalho também interfere na convivência familiar. Ao tentar conciliar várias
jornadas de trabalho, essas profissionais abdicam de atividades essenciais que
asseguram seu bem-estar emocional e qualidade de vida. Vários autores reforçam os
prejuízos psicológicos que as jornadas de plantão e o excesso de longas horas podem
trazer para os profissionais de saúde. (SOUSA, ARAUJO; 2015)
A qualidade de vida relaciona-se a satisfação e motivação pessoal e
profissional, bem-estar físico, mental, social e emocional. A qualidade de vida no
30
trabalho foi relacionada negativamente com a exaustão emocional, portanto, pode-se
concluir que o ambiente, conteúdo e processos de trabalho ocasionam insatisfação,
perda dos direitos de cidadania, como ergonomia, segurança e higiene, decorrentes
do desequilíbrio trabalho-saúde. (SOUSA, Et al; 2016)

5.2 Reconhecimento profissional da equipe

A literatura tem apontado que o apoio da chefia parece ser mais importante
para os trabalhadores de enfermagem do que o apoio dos colegas, apesar deste
também estar associado à satisfação no trabalho. (AZEVEDO, NERY, CARDOSO;
2017)
A enfermagem exige trabalho em equipe para proporcionar um cuidado de
qualidade, e, uma vez que o apoio social é uma estratégia de enfrentamento usada
frequentemente por esses trabalhadores, relações de trabalho saudáveis são
importantes. (AZEVEDO, NERY, CARDOSO; 2017)
Além do apoio de colegas e chefia, também se faz importante o reconhecimento
do trabalho pela organização. A percepção de que a organização apoia e valoriza a
profissão contribui para uma satisfação profissional reforçada. (AZEVEDO, NERY,
CARDOSO; 2017)
O reconhecimento é também apontado como nuclear em processos de
construção identitária de saúde e prazer no trabalho. Assim, o reconhecimento pode
ser entendido como um processo de retribuição simbólica assentado em julgamentos
sobre o fazer das pessoas. (DUARTE, BOECK; 2015)
A psicodinâmica tem chamado a atenção para o nexo entre falta de
reconhecimento e processos de sofrimento e adoecimento. Inversamente, tem
mostrado a importância do reconhecimento nos processos de construção de
significados, mediando a relação do sujeito com o outro no contexto de trabalho,
inscrevendo-o numa história coletiva e em circuitos de utilidade (valor) e beleza
(qualidade). (DUARTE, BOECK; 2015)
Logo, a não valorização da equipe de enfermagem e o não reconhecimento
desse trabalho promovem uma desintegração da equipe como um todo, desfazendo
o fazer coletivo. Dessa forma, recomenda-se que os gestores criem estratégias e
rotinas para reconhecer os profissionais, motivando-os para o trabalho em equipe.

31
Consultar os profissionais antes de tomar decisão e buscar compreender as
necessidades de cada trabalhador são atitudes que podem influenciar na atuação de
cada trabalhador e, consequentemente, no trabalho em equipe. (DUARTE, BOECK;
2015)
Diante de situações que produzem sofrimento no mundo do trabalho, emergem
as estratégias de defesa coletiva. O trabalhador constrói e desconstrói o sentido de
seu trabalho, tornando possível o seu desenvolvimento em condições adversas.
(ARAÚJO, PALMA, ARAÚJO; 2017)
Estas estratégias minimizam o sofrimento, mas não representam a restauração
da saúde do trabalhador e nem possibilitam a supressão dos determinantes para o
adoecimento. Direcionar o foco da vigilância das ações de registros e notificações das
doenças para ações que contemplem as fontes geradoras do adoecimento na
organização do trabalho, é fundamental. (ARAÚJO, PALMA, ARAÚJO; 2017)

5.3 Intervenção e prevenção da SEP na enfermagem

Estudos propõem que as estratégias que contribuem para um ambiente de


trabalho positivo e que minimizem o sentimento de exaustão emocional têm
importância global. (SOUSA, Et al; 2016)
Assim, propõem pensar em intervenções que foquem o processo de trabalho,
como, reavaliação do dimensionamento de recursos humanos, disponibilização de
recursos materiais adequados, redução da permanência do profissional no setor e
melhoria nos aspectos ergonômicos. (SOUSA, Et al; 2016)
O monitoramento das características do trabalho é fundamental para a
estruturação de condições capazes de fortalecer o polo do trabalho como via de
construção identitária e prazerosa. (ARAÚJO, PALMA, ARAÚJO; 2017)
Ações de Vigilância em Saúde, mais especificamente neste caso de Vigilância
em Saúde do Trabalhador, constituem o pilar sobre o qual se pode edificar essa
possibilidade. (ARAÚJO, PALMA, ARAÚJO; 2017)
O gerenciamento de carga de trabalho é apontado, também, como
estratégia relevante para a prevenção de SB e promoção da saúde do trabalhador de
enfermagem. Estudo propõe que as intervenções devem focar as condições

32
ambientais e as relações interpessoais, além de um sistema justo e significativo de
reconhecimento. (SOUSA, Et al; 2016)
Por fim, recomenda-se aos gestores desenvolverem habilidades de dar e
receber feedback periodicamente ao trabalhador, proporcionando um espaço de fala
e escuta. (DUARTE, BOECK; 2015)

33
6. CONCLUSÃO

A relação entre trabalho e saúde vem sendo estudada por diversos


pesquisadores, buscando-se compreender a interferência que o trabalho exerce na
vida dos trabalhadores, especialmente quanto ao surgimento de doenças
ocupacionais. Entre as populações de trabalhadores estudadas, os profissionais de
saúde têm sido frequentemente apontados como um grupo de risco ao adoecimento
físico e mental. (SOUSA, ARAUJO; 2015)
Esta pesquisa permitiu identificar fatores de proteção e de risco presentes na
atuação em saúde, que possibilitam refletir sobre o processo de saúde-doença dessa
população específica, além de apontar aspectos que devem ser fortalecidos por meio
de ações que visam o bem-estar desses trabalhadores. (SOUSA, ARAUJO; 2015)
Os estudos inferem que as estratégias de enfrentamento devem ser focadas
no processo comunicativo, no desenvolvimento de formas de trabalho harmônicas,
com maior controle e autonomia profissional, redução da jornada de trabalho,
incentivos salariais e reconhecimento profissional, atividades de lazer e físicas, ou
seja, mecanismos que tornam o trabalho menos desgastante e mais produtivo.
(SOUSA, et a; 2016)
Conclui-se que os resultados desta pesquisa colaboram para avanços do
conhecimento científico nas áreas de Saúde do Trabalhador e Enfermagem, visto que
possibilita sua utilização prática nos programas de prevenção do adoecimento no
trabalho em instituições hospitalares e subsidia a elaboração de futuras pesquisas.
Fica a cargo de cada universidade incentivar seus futuros enfermeiros para
adentra com novas pesquisas sobre a temática, lidando frente com doenças psíquicas
e entre outros estressores. Dentre tantos, espera-se que este estudo sirva de
referência e incentivo para que os profissionais de saúde, sigam contribuindo para o
desenvolvimento de novos estudos.
.

34
REFERENCIAS

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