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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA


CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

SABRINA EDWIRGES GOMES GARZEDIM

BARREIRAS PARA A MANUTENÇÃO DO AME: PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS


DE SAÚDE

NITERÓI
2019
SABRINA EDWIRGES GOMES GARZEDIM

BARREIRAS PARA A MANUTENÇÃO DO AME: PERCEPÇÃO DOS


PROFISSIONAIS DE SAÚDE

Trabalho de conclusão de curso


apresentado ao curso de Licenciatura e
Bacharelado em Enfermagem da Escola
de Enfermagem Aurora de Afonso Costa,
como parte dos requisitos como requisito
parcial para conclusão do curso.

Orientadora:
Prof.a Dr.a Luciana Rodrigues da Silva

Niterói
2019
SABRINA EDWIRGES GOMES GARZEDIM

BARREIRAS PARA A MANUTENÇÃO DO AME: PERCEPÇÃO DOS


PROFISSIONAIS DE SAÚDE

Trabalho de conclusão de curso


apresentado ao curso de Licenciatura e
Bacharelado em Enfermagem da Escola
de Enfermagem Aurora de Afonso
Costa, como parte dos requisitos como
requisito parcial para conclusão do
curso.

Aprovada em 10 de Dezembro de 2019.

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________
Prof.a Dr.a Luciana Rodrigues da Silva (Orientadora) - UFF

_____________________________________________
Profª. Drª. Maria Estela Diniz Machado ( 1ª Examinadora) - UFF

_____________________________________________
Profª. Drª. Ana Luiza Dorneles da Silveira (2ª Examinadora) - UFF

Niterói
2019
Ao meu esposo, Luís Carlos Rocha dos Santos
Às minha filhas, Ana Luísa Garzedim dos Santos
e Samira Ágatha Garzedim dos Santos
AGRADECIMENTOS

À Deus por ter me dado vida, forças e condições de chegar até aqui.
Ao paciente desconhecido, que sem nome, origem e já sem vida, me emprestou seu corpo
para que ali, no laboratóro de anatomia, aprendesse a tocar, conhecer o corpo humano e
entender a efêmeridade e fragilidade da vida e assim ter respeito e não provocar dano aos
outros.
Aos pacientes que passaram por mim durante todo o curso, com quem tanto aprendi,
pratiquei, ouvi e fui ouvida. Minha gratidão eterna.
À minha família por ter me apoiado, entendido minhas ausências, me estimulado a continuar,
mesmo nos diversos momentos que pensei em desistir. Vocês são a minha força motriz, meu
norte, minha vida.
Aos amigos e colegas que fiz ao longo do curso. Quero levá-los para a vida. Márcia, nos
encontramos nos últimos períodos, mas você não tem noção de como me ajudou a chegar até
aqui.
À Universidade Federal Fluminense que passei a ter como lar desde o primeiro dia em que lá
estive.
Aos meus professores por todo o conhecimento compartilhado. Com vocês eu aprendi a
encarar e superar desafios, a não desistir, a olhar o outro como pessoa e entender que, apesar
de fisiologicamente semelhantes, somos tão diferentes, cada um tem sua particularidade que
deve ser observada e levada em consideração durante a assistência.
À Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa e aos seus profissionais. Meu carinho
especial ao Evandro e à coordenadora Cristina Escudeiro.
Ao Hospital Universitário Antônio Pedro e aos profissionais que ali trabalham, por partilhar
suas experiências e vivências.
À Florence Nightingale e Ana Nery, por seu pioneirismo e pela linda profissão que
desenvolveram.
À Aurora.
Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento.
Bíbilia Sagrada - Provérbios 3:13
RESUMO

Introdução: O leite materno contém, além de nutrientes necessários as demandas energéticas


e metabólicas da criança, substâncias bioativas que atuam proporcionando que seu
crescimento e desenvolvimento ocorram de forma saudável. O aleitamento materno exclusivo
é definido como a oferta de somente leite materno, como a oferta de somente leite
materno, sem necessidade de sucos, chás, água e outros alimentos até os 6 meses. Porém,
mesmo com todas as políticas de apoio ao AME, sua prevalência não atingiu as metas
determinadas pela OMS. Objetivo: Analisar a percepção dos profissionais de saúde as
dificuldades que as mães encontram em manter o aleitamento exclusivo. Metodologia:
Estudo descritivo com abordagem qualitativa, realizado em uma unidade pública de saúde do
município de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Participaram da pesquisa profissionais de
saúde, de nível técnico e superior, que atuam em setores voltados à atenção a saúde da mulher
e da criança. O trabalho se baseia em uma pesquisa multicêntrica intitulada “Aleitamento
materno exclusivo: determinantes socioculturais no Brasil”, coordenado pela EEAN/UFRJ. O
período de coleta de dados ocorreu de outubro 2018 a abril de 2019, utilizando técnicas de
entrevista semiestruturada com formulário específico. As entrevistas foram gravadas e
transcritas para análise posterior. As transcrições das entrevistas foram analisadas através do
software IRAMUTEQ, utilizando a nuvem de palavras, classificação hierárquica descendente
e análise de similitude, que organizam e agrupam as palavras de acordo com sua frequência
no corpus e segmentos de texto correspondente aos textos transcritos da entrevista.
Resultados: Na nuvem de palavras observo-se como palavras mais frequentes: não (47
vezes), criança (13 vezes), trabalho (12 vezes), ficar e dar (11 vezes), amamentar (9 vezes),
voltar a trabalhar (9 vezes) e peito (8 vezes) na transcrição das entrevistas para a elaboração
do corpus textual. A palavra “não” reflete o deficit de conhecimento sobre a realidade das
mulheres que frequentam a unidade de saúde. “Voltar a trabalhar e trabalho” se inserem no
contexto da mulher e o mercado de trabalho. O IRAMUTEQ determinou três classes de
palavras que caracterizam as dificuldades de manter o AME: causas de interrupção do AME
(27,3%), rede de apoio (31,8%), insegurança (40,9%). Conclusão: O puerpério é uma fase da
maternidade em que a mulher ainda está se adaptando à maternidade, mesmo sendo ela
multípara, pois traz modificações corporais e comportamentais, alterando sua rotina. Mulheres
envolvidas no processo de amamentação, estão sujeitas à diversos estressores que podem ter
impacto negativo na continuidade do AME. Como a volta ao trabalho após somente quatro
meses de licença maternidade, falhas na rede de apoio da mulher e a insegurança quanto a
qualidade do leite materno e a efetiva nutrição adequada da criança e o manejo da
amamentação. É necessário que o profissional de saúde envolvido na assistência da mulher,
observe as características e necessidades a que ela está sujeita, a fim de criar estratégia, que
englobem o pré-natal e puerpério, incluindo a família, formando uma rede de apoio que a
auxilie no cuidado com a criança, dando suporte para a continuidade ao AME.

Palavras-chave: Aleitamento Materno Exclusivo, Profissionais de Saúde, Desmame Precoce,


Lactente
ABSTRACT

Introduction: Breast milk contains, in addition to the necessary nutrients the energetic and
metabolic demands of the child, bioactive substances that act providing that their growth and
development occur in a healthy way. Exclusive breastfeeding is defined as offering only
breast milk, without the need for juices, teas, water and other foods up to 6 months. However,
even with all exclusive breastfeeding support policies, their prevalence did not meet the
targets set by WHO. Objective: To analyze the perception of health professionals about the
difficulties that mothers encounter in maintaining exclusive breastfeeding. Methodology:
Descriptive study with qualitative approach, conducted in a public health unit in the city of
Niterói, in the state of Rio de Janeiro. Health professionals from the technical and higher
levels who work in sectors focused on women's and children's health care participated in the
research. The work is based on a multicenter research entitled “Exclusive breastfeeding:
sociocultural determinants in Brazil”, coordinated by EEAN / UFRJ. The data collection
period occurred from October 2018 to April 2019, using semi-structured interview techniques
with specific form. The interviews were recorded and transcribed for further analysis. The
interview transcripts were analyzed using the IRAMUTEQ software, using the word cloud,
descending hierarchical classification and similarity analysis, which organize and group the
words according to their frequency in the corpus and text segments corresponding to the
transcribed texts of the interview. Results: In the word cloud, the most frequent words are: no
(47 times), child (13 times), work (12 times), stay and give (11 times), breastfeeding (9
times), return to work ( 9 times) and chest (8 times) in the transcription of the interviews for
the elaboration of the textual corpus. The word “no” reflects the lack of knowledge about the
reality of women attending the health unit. “Go back to work and work” fits into the context
of women and the job market. IRAMUTEQ determined three word classes that characterize
the difficulties of maintaining exclusive breastfeeding: causes of interruption of exclusive
breastfeeding (27.3%), support network (31.8%), insecurity (40.9%). Conclusion: The
puerperium is a phase of motherhood in which the woman is still adapting to motherhood,
even though she is multiparous, because it brings body and behavioral changes, changing her
routine. Women involved in the breastfeeding process are subject to various stressors that
may have a negative impact on exclusive breastfeeding continuity. Such as returning to work
after only four months of maternity leave, failures in the women's support network, and
insecurity about the quality of breast milk and the effective effective nutrition of the child and
the management of breastfeeding. It is necessary for the health professional involved in the
care of women to observe the characteristics and needs to which she is subject, in order to
create strategy that includes prenatal and postpartum care, including the family, forming a
support network that enables assist in caring for the child by supporting the continuity of
exclusive breastfeeding.

Keywords: Exclusive Breastfeeding, Healthcare Professionals, Early Weaning, Infant.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Histórico das ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno no


Brasil, p. 11
Figura 2 – Nuvem de palavras “Visão dos profissionais de saúde sobre as dificuldades de
manter o aleitamento” Niterói/RJ, 2019, p. 49
Figura 3 – Dendograma da Classificação Hierárquica Descendente do conteúdo corpus da
pesquisa, p. 51
Figura 4 – Análise de Similitude entre as palavras “Visão dos profissionais de saúde sobre as
dificuldades de manter o aleitamento” Niterói/RJ, 2019, p. 54
LISTA DE QUADROS

QUADRO 1: Artigos selecionados, que contemplavam o tema deste trabalho e atendiam aos
critérios de inclusão, localizados em ambiente da BVS no período de 2015 a 2019, p. 18
QUADRO 2: Síntese dos artigos selecionados quanto a autoria, ano de publicação, método e
resultados, p. 19
QUADRO 3: Relação de profissionais entrevistados na unidade municipal de saúde
Policlínica Regional Dr. Sérgio Arouca, p. 48
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AM Aleitamento Materno
AME Aleitamento Materno Exclusivo
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária
ATSCAM Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno
BDENF Banco de Dados em Enfermagem
BVS Biblioteca Virtual em Saúde
CAAE Certificado de Apresentação para Apreciação Ética
CNS Conselho Nacional de Saúde
CNAM Comitê Nacional de Aleitamento Materno
CORSAMI Coordenação de Saúde Materno-Infantil
CPMI Coordenação de Proteção Materno-Infantil
DesCS Descritores de Ciências da Saúde
DINSAMI Divisão Nacional de Saúde Materno-Infantil
DNRC Departamento Nacional da Criança
EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
EEAN Escola de Enfermagem Ana Nery
IHAC Iniciativa Hospital Amigo da Criança
INAN Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição
LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
MES Ministério da Educação e Saúde
NCAL Normas para Comercialização de Alimentos para Lactentes
NUPESICA Núcleo de pesquisa e Estudos em Saúde Integral da Criança e do
Adolescente
OPAS Organização Pan-Americana da Saúde
OMS Organização Mundial da Saúde
PAISC Programa de Atenção Integral a Saúde da Criança
PAISMC Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher e da Criança
PAISM Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher
PNAISC Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança
PNS Programa de Nutrição em Saúde do
PRMI Projeto de Redução da Mortalidade Infantil
RBLH-BR Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano
RBS Rede Básica de Saúde
SCIELO Scientific Electronic Library Online
SUS Sistema Único de Saúde
UFF Universidade Federal Fluminense
UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro
UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância
WHO World Health Organization
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO, p. 3
1.1 OBJETO, p. 4
1.2 QUESTÃO NORTEADORA, p. 4
1.3 OBJETIVO p. 4
1.4 JUSTIFICATIVA, p. 4
1.5 RELEVÂNCIA, p. 5
1.6 CONTRIBUIÇÃO DO ESTUDO, p. 6
2 BASES CONCEITUAIS, p. 7
2.1 HISTÓRICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS DE INCENTIVO AO
ALEITAMENTO MATERNO, p. 7
2.2 ALEITAMENTO MATERNO, p.12
2.3 BARREIRAS QUE INVIABILIZAM A MANUTENÇÃO DO AME, p.13
2.4 O PAPEL DO PROFISSIONAL DE SAÚDE PARA A MANUTENÇÃO DO AME, p.14
3 METODOLOGIA, p. 16
3.1 TIPO DE ESTUDO, p.16
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA, p.16
3.3 COLETA DE DADOS, p.16
3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS, p.17
3.5 ASPECTOS ÉTICOS, p.17
3.6 LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO, p.17
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES, p. 48
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA, p.48
4.2 NUVEM DE PALAVRAS, p.48
4.3 DENDOGRAMA, p.50
4.3.1Causas de Interrupção do AME, p.50
4.3.2 Rede de Apoio, p.52
4.3.3 Insegurança, p. 53
4.4 ANÁLISE DE SIMILITUDE, p.54
5 CONCLUSÃO, p. 56
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, p. 57
7 ANEXO, p. 61
7.1 PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP, p. 61
7.2 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO, p. 67
7.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS, p. 69
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1 INTRODUÇÃO
Sabe-se que o leite materno é um alimento completo e capaz de nutrir uma criança de
0 a 6 meses, mas a falta de informação e as crendices populares interferem na adesão ao
aleitamento. É comum ouvir relatos de mães que afirmam que seu leite é fraco, que não
produzem leite suficiente, ou que a criança sente muita fome, e que seu leite não é capaz de
nutrir a criança.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) afirma que “uma boa
nutrição é a base da sobrevivência, saúde e desenvolvimento infantil”. O resultado de uma
boa nutrição na vida de uma criança a torna mais capaz de contribuir com sua comunidade e
de superar e resistir a doenças e desastres.
O aleitamento materno exclusivo (AME), definido como a prática de alimentar a
criança unicamente com leite materno durante os primeiros 6 meses de vida (sem introduzir
nenhum outro alimento), é de suma importância para o desenvolvimento do lactente, porém
desenvolvê-lo e mantê-lo esbarra em barreiras que, muitas vezes, fogem ao controle das
mães.
A OMS define o leite materno como o alimento mais completo para a criança até os
6 meses de idade, pois além de ser completo do ponto de vista nutricional, está relacionado
com a prevenção de doenças crônicas, alérgicas, autoimunes e infecções e com a redução nas
taxas de mortalidade infantil. Já para a mulher, está relacionado diminuição do risco de alguns
cânceres com a involução uterina, a diminuição dos sangramentos no pós-parto e possibilita a
criação e fortalecimento do vínculo entre mãe e filho.
Apesar de muitas mães serem orientadas sobre os benefícios do AME, tanto para a
criança quanto para ela, muitas introduzem fórmulas, chás, sucos e outros tipos de
complementos, o que pode estimular o desmame precoce.
É papel do profissional de efermagem promover o aleitamento materno desde o pré-
natal e durante o puerpério, elaborar e implementar estratégias que envolvam a gestante, a
puérpera e seus familiares, criando uma rede de apoio que contemple as particularidades de
cada grupo e assim dê o suporte que esta mulher necessita para desenvolver o AME. É
importante, ainda, que esse profissional realizae o manejo adequado da amamentação,
orientando, estimulando e dirimindo a dúvidas que possm surgir.
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1.1 OBJETO
A percepção dos profissionais de saúde sobre as barreiras enfrentadas pelas mães
para manter o aleitamento materno exclusivo.

1.2 QUESTÃO NORTEADORA


Qual a percepção dos profissionaisde saúde sobre as dificuldades maternas para a
manutenção do aleitamento materno exclusivo?

1. 3 OBJETIVO
Analisar a percepção dos profissionais de saúde sobre as dificuldades que as mães
encontram em manter o aleitamento exclusivo.

1.4 JUSTIFICATIVA
O aleitamento materno traz benefícios tanto para a mãe quanto para a criança. Ao
amamentar, a mãe estabelece vínculos com a criança, tem redução do estresse, pela separação
abrupta do parto, além da contração uterina promovida pela liberação da ocitocina. Já para a
criança, o aleitamento materno contribui para sua nutrição, estimula o desenvolvimento da
musculatura e ossatura bucal, da respiração correta, além do estabelecimento da microbiota
digestiva da flora do bebê (BRASIL, 2017, p.13)
Apesar das campanhas de promoção à amamentação, apoiadas em pesquisas e
evidências científicas sobre os benefícios do aleitamento materno, a prevalência, no Brasil,
não alcançou as metas recomendadas, principalmente no que diz respeito ao AME. A atuação
de um profissional de saúde capacitado, preparado e com um olhar atento e diferenciado, para
a mulher, seus aspectos emocionais, sua rede social e de apoio, traz um impacto positivo
sobre a prevalência do aleitamento materno, pois ao identificar e compreender o aleitamento
materno no contexto sociocultural e familiar, passa a escutar, valoriza e empoderar essa
mulher e a buscar estratégias de informar à população sobre os benefícios da pratica do AME
(BRASIL, 2015, p 11).
No mundo, há diversas iniciativas voltadas para a redução da mortalidade infantil,
como os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), fomentado pela Organização das
Nações Unidas (ONU). Estas iniciativas, contribuiram para redução da mortalidade infantil
nas últimas décadas. Entre 1990 e 2013, a taxa global de mortalidade infantil reduziu de
5

63/1.000 Nascidos Vivos (NV) para 34/1000 NV. Já no Brasil a redução foi de 51/1.000 NV
para 12/1.000NV. Ainda assim, a mortalidade infantil por causas evitáveis ainda é
preocupante. As principais causas de morte evitáveis, em crianças de 0 a 5 anos, são doenças
como pneumonia, diarreia e malária (TAVARES, et al. 2016, p.3).
A diarreia aguda é uma das principais causas de morbimortalidade infantil e sua
incidência, assim como a de outras doenças infecciosas, está associada ao desmame precoce
entre crianças menores de seis meses. O AME é uma intervenção extremamente importante
para a sobrevivência infantil, devido à proteção que fornece à criança pela transferência de
imunidade e por seu teor nutricional. A promoção do AM/AME contribui para a diminuição
da morbidade por doenças infecciosas (SANTOS, 2016, p.2).
Sendo assim, este trabalho justifica-se, devido a importância de se manter o
aleitamento materno exclusivo em de 0 a 6 meses e as dificuldades que as mães enfrentam
para desenvolvê-lo, como o retorno precoce ao mercado de trabalho, as crenças e práticas
culturais em que essa mulher está inserida.

1.5 RELEVÂNCIA
Ao realizar buscas no Descritores de Ciências da Saúde (DesCS-BVS) foram
encontrados 1967 para o descritor Aleitamento Materno, 7399 para Lactente, 13344 para
Fatores Socioeconômicos, 15288 para Desmame Precoce e 3034 Profissionais da Saúde.
Apesar do número de descritores abordando o tema, observa-se que o aleitamento
materno exclusivo ainda encontra muitas barreiras em relação a orientação realizada pelos
profissionais de saúde de forma correta e eficaz e também na implementação pelas mães
lactantes.
A relevância deste trabalho, consiste na necessidade de identificar as barreiras
enfrentadas pelas mães em manter o aleitamento materno exclusivo através do relato e
observação dos profissionais de saúde, possibilitando um fortalecimento da rede de apoio à
mãe e a criança e o planejamento de estratégias de promoção ao aleitamento materno,
atendendo, assim, à Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) de
2018, que traz o aleitamento como um eixo estratégico.
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1.6 CONTRIBUIÇÃO DO ESTUDO


Sabendo dos benefícios do aleitamento materno e dos índices propostos pela OMS,
há a necessidade de se identificar as barreiras que inviabilizam o aleitamento materno
exclusivo. E, a partir dessa identificação, criar estratégias para, através de uma rede de apoio,
estimular cada vez mais o aleitamento materno exclusivo até os seis meses.
O presente estudo poderá contribuir para melhorar a atuação dos profissionais de
saúde, envolvidos no cuidado das gestantes, puérperas e crianças, na abordagem da mãe,
orientando em condutas que favoreçam tanto a sua situação de saúde da mãe quanto a da
criança. O enfermeiro como educador e multiplicador de informações referentes ao
aleitamento materno pode influenciar diretamente na conduta das mães com seus bebês,
tentando amenizar as possíveis barreiras.
No ensino, o estudo poderá propiciar contribuições fornecendo subsídios sobre o
aleitamento materno no contexto da prática.
Este estudo está incluído no Projeto Multicêntrico de Pesquisa intitulado: Aleitamento
materno exclusivo: Determinantes socioculturais no Brasil, também desenvolvido por
pesquisadoras do Núcleo de pesquisa e Estudos em Saúde Integral da Criança e do
Adolescente (NUPESICA) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) da
Universidade Federal Fluminense (UFF).
Assim, o referido estudo poderá contribuir na pesquisa em enfermagem,
consubstanciando argumentos necessários ao enriquecimento do referencial bibliográfico da
categoria, trazendo dados para que se torne necessário mais estudos sobre a temática afim.
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2 BASES CONCEITUAIS
2.1 HISTÓRICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS DE INCENTIVO AO
ALEITAMENTO MATERNO
O desenvolvimento da sociedade e a inserção da mulher no mercado de trabalho, no
fim do século XIX, provocou um aumento na demanda do uso de fórmulas e leites artificiais
e, consequentemente, um declínio na prática do AM, o que contribuiu com um aumento da
mortalidade infantil. Ao longo dos anos foram desenvolvidas e implementadas políticas
públicas cujos objetivos incluíam a promoção, a proteção, o apoio ao aleitamento materno e a
diminuição da mortalidade infantil (BRASIL, 2017, p. 14).
Durante o Estado Novo (1937/1945), foi instituído o primeiro programa voltado à
proteção à maternidade, à infância e à adolescência. O Departamento Nacional de Saúde do
Ministério da Educação e Saúde (MES), através da Divisão de Amparo à Maternidade e à
Infância, era o responsável pelo desenvolvimento das atividades do programa. Em 1940, o
Departamento Nacional da Criança (DNCr) passou a ser responsável pelas atividades desse
programa. O DNCr foi responsável pela coordenação da assistência materno-infantil, no
Brasil, até 1969. Entre os objetivos do DNCr estavam a normatização do atendimento
materno-infantil e o combate a mortalidade infantil. Após o desmembramento do Ministério
da Educação e Saúde (MES), foi criado, em 1953, o Ministério da Saúde, que passou a ser
responsável pelas ações atribuídas ao DNCr (BRASIL, 2011, p. 09 -12).
Em 1969, o DNCr foi extinto e, em 1970, foi criada a Coordenação de Proteção
Materno-Infantil (CPMI) cujas atribuições eram o planejamento, a orientação, a coordenação
e a fiscalização das atividades de proteção à maternidade, à infância e à adolescência de
acordo com o Decreto nº 66.623, de 22 de maio de 1970. Em 1974, foi criado o Programa
Nacional de Saúde Materno-Infantil que compreendia os subprogramas: Assistência Materna;
Assistência à Criança e ao Adolescente; Expansão da Assistência Materno-Infantil;
Suplementação Alimentar por meio do Programa de Nutrição em Saúde do Instituto Nacional
de Alimentação e Nutrição (PNS/INAN); Educação para a Saúde; e Capacitação de Recursos
Humanos. Os objetivos do Programa Nacional de Saúde Materno-Infantil era a redução da
morbidade e da mortalidade da mulher e da criança, através de estratégias que incluíam
concentrar recursos financeiros, melhorar a infraestrutura de saúde e a qualidade da
informação, estimular o aleitamento materno, garantindo suplementação alimentar para a
prevenção da desnutrição materna e infantil, ampliando e melhorando a qualidade das ações
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dirigidas à mulher durante a gestação, o parto e o puerpério, e à criança menor de 5 anos. No


ano de 1975, foi criado o Programa de Saúde Materno-Infantil (PSMI), pela Divisão de Saúde
Materno-Infantil (Dinsami), da Secretaria Nacional de Programas Especiais de Saúde
(SNPES), voltado para a atenção de grupos vulneráveis, porém sem se articular com
estratégias de outros. Em 1976, a CPMI é anexada a DINSAMI, passando a centralizar a
assistência à mulher, à criança e ao adolescente (Brasil, 2011, p. 12).
O Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno (PNIAM), de 1981, foi
criado com o objetivo de promover o aleitamento materno e visto como uma importante
iniciativa para a redução da mortalidade infantil e na infância (BRASIL, 2015 p. 13).
O Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher e da Criança (PAISMC),
criado em 1983, trazia como objetivos a melhoria da saúde da mulher e da criança
aumentando a cobertura dos serviços da rede publica de saúde. Em 1984, como o
desmembramento do PAISMC, foram criados o Programa de Assistência Integral à Saúde da
Mulher (PAISM) e Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança (PAISC) que
funcionavam de forma integrada (BRASIL, 2011, p. 13). O PAISC, tinha como prioridade
crianças de grupos de risco, sendo de grande importância para o desenvolvimento da saúde da
criança ao buscar qualificar a assistência e incentivar ações de saúde de forma integral
(Brasil, 2015, p. 14).
Segundo Brasil (2011, p. 13-14), o PAISM e o PAISC tinham como principais
ações:

PAISM: Assistência pré-natal; prevenção da mortalidade materna; doenças


sexualmente transmissíveis; assistência ao parto e puerpério; planejamento familiar;
controle do câncer ginecológico e mamário; promoção ao parto normal, assistência
pré-natal; prevenção da mortalidade materna; doenças sexualmente transmissíveis;
assistência ao parto e puerpério; planejamento familiar; controle do câncer
ginecológico e mamário; promoção ao parto normal.
PAISC: crescimento e desenvolvimento; controle das diarreias e desidratação;
controle das infecções respiratórias agudas (IRA); prevenção e manejo do recém-
nascido de baixo peso; prevenção de acidentes e intoxicações; assistência ao recém-
nascido.

Em 1982, tornou-se obrigatória a permanência do bebê com mãe no pós-parto, o


chamado alojamento conjunto. Já em 1985, a instalação e o funcionamento
Comercialização de Substitutos do Leite Materno foi regulamentada e as Normas para
Comercialização de Alimentos para Lactentes (Ncal) instituída pelo Conselho Nacional de
Saúde (CNS). A promulgação da Constituição Brasileira, em 1988, garantiu o direito às
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licenças maternidade e paternidade e assegurou que, durante o período de amamentação, os


bebês, de mulheres privadas de liberdade, permaneçam com suas mães (BRASIL, 2017, p. 14
-15).
Em 1990, a DINSAMI passa a ser Coordenação de Saúde Materno-Infantil
(CORSAMI), subordinada ao Departamento de Assistência e Promoção à Saúde (DAPS) da
Secretaria de Assistência à Saúde do Ministério, voltada para a normatização da assistência à
saúde da mulher e da criança, desenvolvida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com ações de
promoção, prevenção, recuperação e reabilitação, garantindo as condições favoráveis à
reprodução, crescimento e desenvolvimento do ser humano (BRASIL, 2011, p. 14).
O Projeto de Redução da Mortalidade Infantil (PRMI), criado em 1990, trazia como
objetivos a redução da mortalidade infantil através de ações de promoção, proteção e apoio ao
AM de programas já existentes e da criação da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano
(RBLH-BR). A Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), lançada em 1991, buscava
cumprir os Dez Passos para o Sucesso da Amamentação , definidos pela OMS e Unicef em
1989, resgatando o direito da mulher amamentar e a não utilização de substitutos do leite
materno. No mesmo ano foi lançada a Semana Mundial de Amamentação. Em 1992, após a
primeira revisão, a Ncal passa a se chamar Norma Brasileira para Comercialização de
Alimentos para Lactentes (NBCAL), que regula a comercialização e uso de substitutos ou
complementos para o leite materno, bicos, chupetas e mamadeiras (BRASIL, 2017, p. 14 -15).
Em 1996, a CORSAMI deu lugar à Coordenação de Saúde da Mulher e à
Coordenação de Saúde da Criança e do Adolescente. Em 1998, as Áreas Técnicas de Saúde da
Mulher, Saúde da Criança e Saúde do Adolescente e do Jovem, substituíram as coordenações.
Com a extinção do Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno (INAM), neste
ano, suas ações incorporadas pela Área Técnica de Saúde da Criança, que passou a se chamar
Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno (ATSCAM) (BRASIL, 2011, p.
14).
No ano de 1999, foi aprovada a Política Nacional de Alimentação e Nutrição
(PNAN), sendo atualizada pela Portaria Nº 2.715, de 17 de novembro de 2011, trazendo um
conjunto de medidas com as propostas de respeitar, proteger, promover e prover os direitos
humanos à saúde e à alimentação (BRASIL, 2013, p. 6).
Em 2000, a Portaria Nº 693 do MS, estabelece as Normas de Orientação para a
Implantação do Método Canguru. Em 2001, surgem novos critérios para a NBCAL. Em 2006,
10

o Comitê Nacional de Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, é instituído com os


objetivos de assessorar e apoiar a implementação das ações de promoção, proteção e apoio ao
AM. Ainda neste período, o Brasil contou com a implementação de ações de apoio à
amamentação desenvolvidas por grupos não governamentais, tais com a Pastoral da Criança e
as Amigas do Peito. Em 2008, ocorre a criação da Rede Amamenta Brasil, com sua política
voltada para as unidades básicas de saúde. Já em 2010, é lançada a Nota Técnica Conjunta nº
01/2010 da ANVISA e Ministério da Saúde, que traz como objetivo orientar a instalação de
salas de apoio à amamentação para a mulher em empresas públicas ou privadas. O ano de
2012 traz a redefinição da composição do Comitê Nacional de Aleitamento Materno (Cnam),
que passa a ter representação de grupo de mães, sociedade civil, Opas, Unicef, SBP, CRN,
Abenfo, Febrasgo, Departamento de Atenção básica e representantes de instituições de
ensino. Em 2013, a instituição da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB), promoveu
a integração das ações da Rede Amamenta Brasil e da Estratégia Nacional de Promoção da
Alimentação Complementar Saudável (Enpacs). Os processos de habilitação dos hospitais na
IHAC passaram por revisão em 2014, incluindo a proposta da OMS/Unicef sobre os critérios
referentes às boas práticas de parto e nascimento, o “Cuidado Amigo da Mãe” e o “Cuidado
Amigo da Mulher”, e a permanência dos pais, junto ao recém-nascido de risco, 24 horas por
dia e também o livre acesso deles ao longo do dia e noite.
Em 2015, ocorreu a publicação da Portaria nº 1.130, de 5 de agosto, instituindo a
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (Pnaisc). Dos sete eixos de atuação
da PNAISC, um deles é relacionado com promoção do aleitamento materno e da alimentação
complementar saudável. 2016, traz a instituição do Marco Legal da Primeira Infância, que
subsidia políticas e programas focados no desenvolvimento das crianças desde o nascimento
até os 6 anos de idade. Em 2017, é instituído o Agosto Dourado, o Mês do Aleitamento
Materno (BRASIL, 2017, p. 16 -18).
Em 2019, foi lançado pelo Ministério da saúde, o Guia Alimentar para Crianças
Brasileiras Menores de 2 Anos, que traz recomendações e informações, cujos objetivos são
promover a saúde eu desenvolvimento das crianças. Sua primeira publicação ocorreu em
2002, sendo revisado em 2010 (BRASIL, 2019, p. 7 - 9).
11

Figura 1 – Histórico das ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno no Brasil

Fonte: Ministério da Saúde.


12

2.2 ALEITAMENTO MATERNO


Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da
Saúde (OPAS/OMS), “o leite materno é o melhor alimento para os recém-nascidos e crianças
até os dois anos”. E recomenda que a amamentação seja iniciada nos primeiros 60 minutos de
vida, o aleitamento materno exclusivo até seis meses de idade e como complemento até os
dois anos. Apesar desta recomendação, cerca de 52% dos bebês na América Latina e no
Caribe não são amamentados em sua primeira hora de vida.
De acordo com o Guia Alimentar para crianças brasileiras menores de dois anos, tem
como recomendação atual que a criança seja amamentada já na primeira hora de vida e por
dois anos ou mais. Nos primeiros seis meses, a recomendação é que ela receba somente leite
materno, sendo assim a criança está em amamentação exclusiva. Nenhum outro tipo de
alimento necessita ser dado ao bebê: nem líquidos, como água, sucos, agua de coco, chá ou
outros leites; nem como qualquer outro alimento (BRASIL, 2019).
A oferta de outros alimentos antes dos 6 meses, além de desnecessária, pode ser
prejudicial, pois aumenta o risco de a criança ficar doente e pode prejudicar a absorção de
nutrientes importantes existentes no leite materno, como ferro e zinco. E em geral, a criança
só esta madura para receber outros alimentos em torno dos 6 meses (BRASIL, 2019).
O leite materno contém, além de nutrientes necessários as demandas energéticas e
metabólicas da criança, substâncias bioativas que atuam proporcionando que seu crescimento
e desenvolvimento ocorram de forma saudável (VITOLO, 2008 apud SOARES, 2016)1.
O Ministério da Saúde define o aleitamento materno exclusivo como a oferta de
somente leite materno, sem necessidade de sucos, chás, água e outros alimentos até os 6
meses. Após esse período, a amamentação deve ser complementada com outros alimentos
saudáveis e de hábitos da família. A OMS afirma que, durante o aleitamento materno
exclusivo, a criança pode receber gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação
oral, suplementos minerais ou medicamentos.
Ao ser oferecido de forma exclusiva, o leite materno proporciona condições ideais
de saúde que repercutirão de forma positiva por toda a vida da criança (CIAMPO et al., 2008
apud SOARES & MACHADO, 2015)2.

1
VITOLO, M. R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2008.
2
CIAMPO, L. A. D.; et al. Aleitamento materno e tabus alimentares. Rev. paul.pediatr. v.26, n.4, p.345-349,
2008.
13

O Ministério da Saúde ( 2015, p 13) traz as seguintes definições da OMS sobre os


diferentes tipos de aleitamento materno:

Aleitamento materno exclusivo – quando a criança recebe somente leite materno,


direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos
ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação
oral, suplementos minerais ou medicamentos.
Aleitamento materno predominante – quando a criança recebe, além do leite
materno, água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, infusões), sucos de
frutas e fluidos rituais.
Aleitamento materno – quando a criança recebe leite materno (direto da mama ou
ordenhado), independentemente de receber ou não outros alimentos.
Aleitamento materno complementado – quando a criança recebe, além do leite
materno, qualquer alimento sólido ou semissólido com a finalidade de
complementá-lo, e não de substituí-lo.
Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança recebe leite materno e
outros tipos de leite.

SOARES (2016) afirma que o “aleitamento materno é fundamental à saúde da


criança por ser comprovadamente uma forma de transferência de imunidade”.
Entre os fatores considerados facilitadores do AME estão a estratégia de se colocar o
bebê para mamar na primeira hora de vida, o alojamento conjunto, o apoio de amigos,
familiares ou profissionais de saúde no momento de amamentar (MELO, et al, 2017).

2.3 BARREIRAS QUE INVIABILIZAM A MANUTENÇÃO DO AME


Os fatores que influenciam a duração da amamentação vão desde a falta de
conhecimento, informações distorcidas até as crenças a respeito do aleitamento materno.
Além desses fatores, o desmame precoce está relacionado com o despreparo dos profissionais
de saúde em orientar as mães, a falta de suporte diante das complicações, a inserção no
mercado de trabalho e políticas públicas frágeis que promovam o aleitamento materno
(SILVA et al, 2014).
Segundo Rocha & Costa (2015)

Em algumas situações, a amamentação é interrompida, mesmo a mãe manifestando


desejo de mantê-la. Dentre as razões mais frequentes para interrupção precoce,
estão: leite insuficiente, rejeição do seio pela criança, trabalho da mãe fora do lar,
hospitalização da criança e problemas nas mamas.
14

O mesmo autor relata que é curto o período de aleitamento exclusivo e que há a


introdução de fórmulas artificiais já nos primeiros dias de vida.
Segundo Vasquez, Dumith e Susin (2015, p 182), apesar das informações sobre os
benefícios do aleitamento materno serem divulgadas de forma abrangente, existem fatores
que podem influenciar na não adesão do aleitamento materno exclusivo como o uso de
chupeta, fissura mamilar, trabalho, entre outros.
Em casos de bebês prematuros, as mães estão sujeitas ao estresse devido às
particularidades da prematuridade, como a imaturidade fisiológica, a falta de coordenação na
sucção-deglutição-respiração. Soma-se a isto, a distância da uti neonatal, separação do bebê,
sentimento de incapacidade, entre outros, que resulta em baixa adesão à amamentação
(CIACIARE et al, 2015).
Entre aos fatores de risco para a não adesão ao AME relacionados a mãe, segundo
Melo (2017), destacam-se as fissuras de mamilo, dor ao amamentar, pouco leite, mastite,
mamilos planos ou invertidos e ingurgitamento mamário. Já em relação ao bebê, estão
presentes o refluxo, uso de chupeta e de bicos artificiais em mamadeira ou chuquinha.

2.4 O PAPEL DO PROFISSIONAL DE SAÚDE PARA A MANUTENÇÃO DO AME


Os profissionais de saúde são fundamentais para o sucesso do aleitamento materno
exclusivo, pois ao promover ações educativas desde o pré-natal, parto e consultas puerperais
reforçam sua importância e estimulam sua prática. É importante que os profissionais de saúde
tenham conhecimentos e habilidades sobre o aleitamento materno, mas também, devem se
comunicar de forma clara e eficiente para aconselhar a mulher, de forma que ela se sinta
acolhida, apoiada e confiante no profissional. O apoio dos serviços de saúde deve, ainda,
contemplar a família, afim de estimular sua participação no processo (BRASIL, 2009).
A influência exercida pelos profissionais de saúde é positiva, pois em sua prática de
assistência, os mesmos, estabelecem vínculos, orientam, repassam conhecimentos, esclarecem
dúvidas e fortalece a confiança das mães sobre a prática do aleitamento. Além disso, ao
identificar casos de risco de desmame precoce, buscam estratégias e ferramentas que
propiciam a autoeficácia do aleitamento materno ( GUIMARÃES et al, 2018).
A interferência do profissional de saúde através de aconselhamentos, escuta ativa,
conhecimentos e habilidades, antes e durante o puerpério contribui para o aumento da
prevalência do AME. A promoção e apoio ao AME deve ocorrer durante o pré-natal e no
15

pós-parto, com informações e educação para o aleitamento. É importante que se estabeleça


um vínculo entre a mãe e o profissional de saúde inserido em seu cuidado. A ausência deste
vínculo implica na promoção do desmame precoce, pois ao dar apoio, orientação sobre a pega
adequada, esclarecer dúvidas sobre mitos e tabus esse profissional contribui com a
manutenção do aleitamento (OLIVEIRA et al, 2016).
16

3 METODOLOGIA
3.1 TIPO DE ESTUDO
Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa. O estudo descritivo
traz como objetivos descrever, classificar e interpretar fatos ou fenômenos de determinada
população e as relações entre as variáveis. Parte dos princípios de observar e explorar as
características de um grupo ou população (DYNIEWICZ, 2009, p. 91).
A abordagem qualitativa permite compreender melhor os processos sociais de grupos
distintos no contexto e que ocorrem. Segundo Minayo (2008, p. 57):

O método qualitativo é o que se aplica ao estudo da história, das relações, das


representações, das crenças, das percepções e das opiniões, produto das
interpretações que os humanos fazem a respeito de como vivem, constroem seus
artefatos e a si mesmos, sentem e pensam.

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA


A pesquisa foi realizada na unidade pública de saúde do município de Niterói, no
estado do Rio de Janeiro, região sudeste do Brasil.
Para a seleção dos sujeitos da pesquisa foram utilizados como critérios de inclusão:
profissionais de saúde, de nível técnico e superior, que atuam em setores voltados à atenção a
saúde da mulher e da criança e como critérios de exclusão: profissionais e funcionários da
unidade de saúde que não atuem em setores voltados à atenção a saúde da mulher e da criança
e que não possuam formação, técnica ou superior, na área de saúde.

3.3 COLETA DE DADOS


O período de coleta de dados ocorreu de outubro 2018 a abril de 2019, utilizando
técnicas de entrevista semiestruturada com formulário específico. Para melhor
aproveitamento, as informações foram gravadas e transcritas para análise posterior.
Durante a abordagem, o profissional era convidado a participar da pesquisa, após a
explicação sobre o assunto que a pesquisa tratava, do direito ao anonimato, à conficialidade
e de retirar-se da pesquisa quando desejasse, era oferecido o termo de livre consentimento
esclarecido, para que fosse lido e, havendo concordância, assinado.
Após a assinatura do termo de livre consentimento esclarecido, foi aplicado o
Instrumento no 1, de entrevista aos profissionais de saúde, da etapa qualitativa da pesquisa
17

“Aleitamento materno exclusivo: determinantes socioculturais no Brasil”. O instrumento é


formado por cinco tópicos. O primeiro trata da caracterização dos profissionais; o segundo
trata da atuação dos profissionais em aleitamento materno; o terceiro trata da alimentação
infantil; o quarto trata do AME e o quinto trata do apoio ao aleitamento materno.

3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS


As transcrições das entrevistas foram analisadas através do software IRAMUTEQ
(Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires). Os
tipos de analises realizadas pelo IRAMUTEQ são a de especificidades de grupos,
classificação hierárquica descendente, nuvem de palavras e de similitude. Para este trabalho
foram utilizadas a nuvem de palavras, classificação hierárquica descendente e análise de
similitude, que organizam e agrupam as palavras de acordo com sua frequência no corpus e
segmentos de texto correspondente aos textos transcritos da entrevista (MOIMAZ, et al,
2016).

3.5 ASPECTOS ÉTICOS


Este trabalho se baseia em uma pesquisa multicêntrica intitulada “Aleitamento
materno exclusivo: determinantes socioculturais no Brasil”, coordenado pela EEAN/UFRJ,
tendo a Dra Marialda Moreira Christoffel como pesquisadora principal e responsável pela
pesquisa a nível nacional. A pesquisa é realizada em Niterói sob coordenação da Dra Maria
Estela Diniz Machado, EEAAC/UFF, sendo a Policlínica em questão uma das quatro
unidades de saúde selecionadas para o estudo, e a orientadora deste estudo é uma
colaboradora da pesquisa.
A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética Pesquisa (CEP) com número do
parecer 2.507.525 e Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE)
80711517.8.1001.5238.

3.6 LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO


Para dar embasamento teórico à este trabalho, foi realizado um levantamento de
artigos e periódicos na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando as bases Scientific
Electronic Library Online (Scielo), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da
Saúde (Lilacs) e Base de dados de enfermagem (BDENF), com a finalidade de responder à
18

questão “Quais as barreiras maternas para manutenção do AME apontadas pela literatura
científica? ”.
Os critérios de inclusão utilizados, levaram em conta artigos e periódicos com os
descritores “Aleitamento Materno”, “Lactente”, “Fatores Socioeconômicos”, “Desmame
Precoce” e “Pessoal de Saúde”. Os textos selecionados apresentaram os descritores em
conjunto, em sua totalidade ou parcialmente e relacionados entre si. Foram selecionados
somente textos publicados no Brasil, em língua portuguesa, da área de saúde voltados para o
tema e no período compreendido entre 2015 e 2019. Foram localizados 93 artigos, cujo
conteúdo atendia aos critérios de busca, tendo como tema os assuntos dos descritores.
Após a análise dos artigos localizados, foram excluídos um total de 21 textos que não
atendiam aos critérios de inclusão. Dos artigos excluídos foram: 8 duplicatas, 1 tese de
mestrado e 12 cujo assunto estava fora do contexto deste trabalho. Foram selecionados 72
artigos.

QUADRO 1: Artigos selecionados, que contemplavam o tema deste trabalho e atendiam aos critérios de
inclusão, localizados em ambiente da BVS no período de 2015 a 2019.
Periódicos 2015 2016 2017 2018 2019 TOTAL
Acta Paul. Enferm 1 1 2
ACM Arq. Catarin. Med 1 1
Aquichan 1 1
Arq. Ciências Saúde UNIPAR 1 1
Av. Enferm 1 1
Ciênc. Cuid. Saúde 1 1
Cienc. Enferm 1 1
Ciênc. & Saúde Colet. 1 2 1 4
Cogitare Enferm 1 1
Distúrb. Comun 1 1
Esc. Anna Nery Rev. Enferm 1 1
Espaç. Saúde (Online) 1 1
J. Health Biol. Sci. 1 1
J. Nurs. Health 1 1
Jornal de Pediatria 1 1
Mundo Saúde (Impr.) 1 1
Nursing (Säo Paulo) 1 1
Nutrire Rev. Soc. Bras. Alim. Nutr 1 1
REME Rev. Min. Enferm 2 2
Rev. APS 1 1 2
Rev. Baiana de Enf 3 3
Rev. Bra. de Med. de Fam. e Comunidade 1 1
Revista Bra.de Saúde Mat. Infantil 1 1
Rev. Bras. Enferm 1 1 2
Continua
19

Revista Brasileira de Epidemiologia 1 1


Rev. Bras. Promoç. Saúde 1 1
Revista de Pesquisa: Cuidado e Fundamental 1 1 2
Rev. Eletrônica Enferm 1 1 2
Rev. Enferm. Atenção Saúde 1 1
Rev. Enferm. Cent.-Oeste Min 1 1 2
Rev. Enferm. UERJ 1 1
Rev. Enferm. UFPE 3 5 1 9
Rev. Enferm. UFSM 1 1
Rev. Gaucha Enferm 2 1 1 4
Revista Latino-Americana de Enfermagem 1 1
Rev. Méd. Minas Gerais 1 1 2
Rev. Nutr 1 1
Rev. Paul. Pediatr 1 1 2
Saude e Pesqui. 1 1 2
Semina Cienc. Biol. Saude 1 1
Tempus 1 1
Texto Contexto Enferm 3 1 4
TOTAL 13 19 21 18 1 72
Fonte: Elaborado pela autora, 2019

QUADRO 2: Síntese dos artigos selecionados quanto a autoria, ano de publicação, método e resultados.

Título Autor Ano Base Obetivos Metodologia Resultados


1. A GUIMA 2018 BDEN Refletir sobre a teoria Estudo qualitativo, A autoeficácia na
autoeficácia RÃES, F da autoeficácia na descritivo, a coleta amamentação com-
na C. M. S.; amamenta-ção e sua dos dados ocorreu a preende a confiança
amamentação et al. apropriação na prática partir de uma re- materna na habilida-
e a prática do enfermeiro. visão de literatura. de para realizar essa
profis-sional Após a leitura am- prática com sucesso.
do enfer- pliada e aprofunda- Estudos demonstram
meiro da sobre a temáti-ca, a influência da auto-
originaram-se duas eficácia na decisão,
categorias de início e manuten-
reflexão. ção da amamentação.
No entanto, esse
conhecimento ainda é
pouco acessível aos
profissionais da saú-
de que não utilizam
essa variável em suas
ações junto às mulhe-
res e seus filhos na
promoção da ama-
mentação.
2. A decisão CREMO 2016 BDEN Conhecer co- mo foi Estudo de campo, A decisão de ama-
de amamentar NESE, F cultural-mente cons- descritivo, qualita- mentar associou-se à
du-rante a L.; et al truída a deci-são de ama- tivo, desenvolvido herança cultural,
adoles-cência: mentar, duran-te a com oito mulheres. transmitida entre as
um estudo na adoles-cência. Os dados foram gerações e caracteri-
perspectiva coletados por meio zada pelas influências
cultural de entrevista semi- familiares, as experi-
estruturada, e utili- ências prévias de ou-
Continua
20

zou-se a análise de tras mulheres e o co-


conteúdo temática nhecimento sobre os
da proposta ope- benefícios da amamen
rativa. tação para a criança.
3. A influên- LIMA, 2016 LILACS Verificar as diferenças Estudo transversal 86,5% afirmaram a-
cia de crenças M. M. nas práticas constituído por creditar que algum
e tabus alime- L.; et al alimentares de um mães de crianças alimento pudesse pre-
ntares na deter-minado gru-po menores de dois judicar na amamen-
amamentação de mães em relação ao anos de idade tação. Os principais
aleitamento. inscri-tas no evitados foram: ali-
Programa de mentos ácidos, be-
Puericultura de bidas alcoólicas, cho-
duas UBS do colate e refrigerantes.
município de As mães das duas uni-
Guarapuava-PR. dades mencionam ter
Sendo uma feito consumo de ali-
localiza-da na mentos derivados do
região perifé-rica e milho, e apenas na
a outra na área área central foi men-
central. Parti- cionado o consumo de
ciparam do estudo cerveja preta como
96 mães com média alimento
de idade 25,11 lactogênicoalimentos a
anos. serem
4. SANTO 2016 SCIELO Identificar a Estudo descritivo, A prevalência do alei-
Aleitamento S, F. S.; prevalência do transversal, realiza- tamento materno ex-
materno e et al aleitamento materno do nos domicílios clusivo entre menores
diar-reia em crianças menores com 854 crianças, de seis meses foi de
aguda entre de 12 meses em município do 32%. Crianças meno-
crianças cadastradas na ESF e Nordeste brasileiro, res de seis meses ama-
cadas-tradas identificar os casos de com análise estatís- mentadas exclusiva-
na estraté-gia diarreia aguda tica dos dados. mente tiveram menos
saúde da notificados associando chance de apresentar
família aos tipos de diarreia do que as em
aleitamento materno e aleitamento misto. As
aos fatores que que usaram chupeta,
interferem nessa mamadeira e água ti-
prática. veram menos chance
de serem amamenta-
das.
5. MACIE 2016 LILACS Analisar o aleitamento Estudo transversal Estavam em aleita-
Aleitamento L, V. B. BDENF materno de crianças realizado com 94 mento materno 60,6%
materno em S.; et al indí-genas de zero a crianças e 91 mu- das crianças. Em me-
crianças dois anos e os fatores lheres indígenas. Os nores de seis meses o
indíge-nas de as-sociados ao dados foram cole- AME esteve presente
dois muni- desmame. tados nos domicí- em 35% das crianças.
cípios da lios, com aplicação A única associação do
Amazô-nia de um instrumento desmame precoce com
Ocidental construído especifi- as variáveis foi a etni-
Bra-sileira camente para o es- a, em que a chance de
tudo. Para a análise desmame precoce en-
foi utilizada a re- tre as etnias Poyana-
gresão logística. wa, Nawa e Nukini,
foi 3,7 vezes maior em
relação a etnia
Katukina.
Continua
21

6. VASQUE 2015 SCIELO Avaliar e comparar o Foi aplicado aosSomente 22 e 50


Aleitament Z, J; conhecimento e a 269 profissionais
dos profissionais
o materno: DUMI- qualidade do manejo do um questionário pa-
apresen-taram
estudo TH, S. C; aleitamento materno en- ra avaliar o conhe-
desempenho
comparati SUSIN, L. tre profissionais atuan- cimento e o manejo
satisfatório nos
vo sobre o R. O. tes na ESF e nas unida- do AM por meio de
esco-res de
conheci- des básicas de saúde escores classifica-
conhecimento e
mento e o com modelo tradicional, dos como satisfató-
manejo, respectiva-
manejo em Rio Grande/RS, em rio, regular e insa-
mente, tendo os
dos 2012. tisfatório. A compa-
traba-lhadores da
profissiona ração através doESF me-lhores
is da Teste Exato de desempenhos,
Estratégia Fisher e o Teste t de
quando
Saúde da Student foi utiliza-
comparados aos
Família e do visando à com-
profissionais do
do Modelo paração das médias.
modelo tradicional,
Tradiciona Desenvolveu-se sendo essa
l também análise de
diferença
mediação contro-significativa,
lando o efeito do
exceto para os
modelo de atenção
auxiliares e
para algumas vari-
técnicos de
áveis. enferma-gem no
escore de manejo.
7. OLIVEIR 2016 BDENF Conhecer a Estudo descritivo, Choro persistente
Aleitament A, A. C.; percepção dasmães adole com abordagem da criança, ideia de
o materno et al scen-tes quanto às qualitativa, realiza- leite insuficiente ou
exclusi-vo: causas que influenciam do em 2014,com fraco, influência
causas da na interrupção do 14 mães adoles- dos familiares,
in- aleitamento materno ex- centes cadastradas influências de
terrupção clusivo. em três UBS da crenças e/ ou
na per- Família do Crato- tradição,
cepção de CE. Os dados fo- dificuldade na
mães ram produzidos a pega, interferências
adolescent partir de entrevistas da mama,
es semiestruturadas. necessida-de de
As informações trabalhar e falta de
foram analisadas suporte
pela Técnica de profissional.
Análise de conte-
údo.
8. MARIAN 2016 SCIELO Analisar a prática da Trata-se de um es- A média em dias de
Aleitament O, L. M. amamentação entre tudo transversal. aleitamento
o materno B.; et al mulheres em si-tuação Participaram 63 materno exclusivo
exclusivo de violência por par- mulheres em situa- foi de 19,08. Não
e ceiro íntimo durante a ção de violência houve associação
autoeficáci gestação atual quanto à por parceiro íntimo estatisticamente
a materna duração do aleitamento na gestação atual, signi-ficativa entre
entre materno exclusivo, o identificadas por a dura-ção do
mulheres nível de autoeficácia inquérito em servi- aleitamento
em si- para amamentar e fa- ço pré-natal. A co- materno exclusivo
tuação de tores relacionados ao leta de dados foi com 30 e 70 dias
violên-cia início, estabelecimento realizada no pré- pós-parto e tipos de
por da amamentação e natal e pós-parto. violên-cia por
parceiro desmame precoce. Utilizou-se questio- parceiro ínti-mo,
íntimo nário de identifica- bem como práti-cas
Continua
22

ção da violência assistenciais com nível


por parceiro íntimo, de autoeficácia para
a Breastfeeding amamentar.
Self-Efficacy Sca-
le e informações
dos prontuários.
9. BARBIE 2015 LILACS Analisar as orientações Estudo quantita- Participaram da pes-
Aleitamento RI, M. sobre ama-mentação da- tivo, descritivo, de- quisa 36 mãe, a mai-
materno: C.; et al das pelos pro-fissionais senvolvido na Re- oria recebeu orienta-
orienta-ções de saúde para as gional Pinheiros, ções sobre amamen-
recebidas no mulheres no pré-natal, Maringá-PR, a tação no pré-natal
pré-natal, par-to e puerpério. partir do cadastro (58,3% ), na materni-
par-to e no SisPreNatal, no dade (87,6%) e nas
puerpério período de maio a consultas de enferma-
agosto de 2009. As gem ao recém –nas-
informações foram cido (84,6% ). A pre-
coletadas por meio valência de amamen-
de entrevistas em tação exclu-siva foi de
domicílio, utilizan- 37,5%, mesmo com o
do um instrumento término da licença
estruturado. maternidade.
10. TESTO 2018 BDENF Compreender de que Pesquisa descritiva Surgiram duas catego-
Aleitamento N, E. F.; modo o pai percebe de natureza quali- rias: percepçãodo pai
materno: et al seu papel em relação ao tativa, realizada em sobre aleitamento ma-
percep-ção aleitamento materno. uma maternidade terno; e o apoio pater-
do pai sobre da região noroeste no como facilitador
seu papel do Paraná. Os da- disso. Os 14 pais re-
dos foram coleta- conhecem a impor-
dos por meio de tância do aleitamento
entrevista, no mês materno para a saúde
de julho de 2017. da criança, para pre-
Os depoimentos venção de doenças, e a
foram submetidos à existência de dificul-
análise de conteú- dades nesse processo.
do, modalidade Observou-se que os
temática. pais percebem seu pa-
pel de apoio e incen-
tivo durante a realiza-
ção de tarefas que fa-
cilitam o processo de
aleitamento materno.
11. SOUZA, S. 2016 BDENF Identificar os fatores Estudo explorató- Evidenciou-se como
Aleitamento A.; et al que influenciam o rio-descritivo, de a- fatores preditivos: in-
materno: desmame precoce bordagem qualita- fluência de outras pes-
fatores que em mães adolescentes. tiva, realizado em soas, introdução de
influenciam Unidade de Saúde outros alimentos, cren-
o desmame da Família de um ça no mito do leite
pre-coce município da Ba- fraco/insuficiente, fato
entre mães hia. Participaram da mãe ser estudan te,
adolescentes 12 mães adolescent rejeição do bebê ao
es que vivenciaram peito da mãe e proble-
o desmame preco- mas mamários. Consi-
ce. Realizaram-se deramos que esses fa-
entrevistas indivi- tores referidos como
duais, utilizando-se impeditivos da ama-
um roteiro semies-
Continua
23

truturado; para mentação poderiam ser


analisá-las, utili- evitados por meio de
zou-se a Técnica medidas de educa-
de Análise de Con ção em saúde.
teúdo Temático.
12. Ama- OLIVEIRA, 2015 LILACS Conhecer a Pesquisa do tipo Os dados apontaram
mentação e C. S.; et al vivência de descritiva-explo- que ao término dos 6
as intercor- mães em relação à ratória, com abor- meses das crianças,
rências que amamentação e as dagem qualitativa somente 19,1%, conti-
contribuem intercorrências que realizado em uma nuavam em AME e as
para o des- contribuem para o unidade de ESF, principais alegações
mame pre- desmame precoce. no município de para sua ocorrência fo-
coce Cáceres/MT, por ram: Déficit de conhe-
meio de entrevis- cimentos inexperiên-
ta semiestruturada cia/insegurança; Ba-
com 21 mulheres nalização das angús-
que tiveram filhos tias maternas; Inter-
de janeiro/2012 a corrências da mama
janeiro/2014. puerperal; Interferên-
cias familiares; Leite
fraco; trabalho mater-
no.
3. Ama- TETER, M. 2015 LILACS Identificar os fatores Estudo descritivo Sobre os motivos que
mentação e S.; OSELA que levam ao desma- exploratório com levaram ao desma-
desmame ME, G. B.; me precoce em uma análise quantitati- me precoce mais de
precoce em NEVES, E. unidade de saúde va das variáveis. A um motivo foi assina-
lactantes de B. loca-lizada no coleta de dados o- lado. Entre eles 18,33
Curitiba município de correu em uma UB % se devem ao pou-
Curitiba. S na cidade de Cu- co leite,18,33% retor-
ritiba/ PR. Foram no ao trabalho respec-
abordadas por con- tivamente, 10% referiu
veniência mães que que o leite secou e
foram convidadas a 6,67 % devido ao
responder um ques- cansaço. Observou-se
tionário estruturado que a maioria das mã-
constituído por 15 es realizou o desma-
perguntas. Foram me precoce motivadas
considerados crité- pelo retorno ao traba-
rios de inclusão: ter lho (18,33%) e por
tido bebê nos últi- considerar quetinham
mos doze meses e pouco leite (18,33%).
ser vinculada à A análise de associa-
UBS selecionada. ção entre as variáveis
estudadas e o tempo
de amamentação prati-
cado pelas mães indi-
cou que mães com en-
sino médio incompleto
tem 2, 4588 vezes mais
chances de parar de
amamentar antes dos
seis meses do que as
mães com ensino
médiocompleto
Continua
24

14. Ama- NETTO, 2016 LILACS Identificar a preva- Pesquisa descritiva Observaram-se 88
mentação na A.; et al lência da desenvolvida em binômios, dos quais
primeira ho- amamentação na uma instituição hos 79,5 % ma-maram na
ra de vida primeira hora de pitalar com Iniciati- pri-meira hora de vida.
em uma ins- vida e seus va Hospital Amigo O parto normal foi um
tituição com resultados para a da Criança da Trí- fator protetor para a
iniciativa manutenção plice Fronteira, re- amamentação na pri-
hospital a- do aleitamento alizada no segundo meira hora e boa suc-
migo da materno. e terceiro trimestres ção. No alojamento
criança. de 2015. A coleta conjunto, os binômios
dos dados envolveu que ini-ciaram a ma-
observação da pri- mada na primeira hora
meira mamada e demonstraram melhor
após 18 horas de adaptação da sucção,
nascimento; e con- porém não melhor res-
tato telefônico após posta do recém –nas-
90 dias. Os dados cido. Após 90 dias do
foram analisados nas-cimento, a maioria
pela estatística sim- das crianças estava
ples. sendo amamentada,
mas também recebiam
leite artificial.

15. Ama- ADAMY, E. 2017 BDENF Relatar a experiência Estudo descritivo, Entre os diag-nósticos
mentação no K.; et al da implementação do tipo relato de de enfermagem, iden-
puerpé-rio do processo de enfer- experiência reali- tificou-se disposição
imedia-to: magem a mulheres zado por meio de para amamentação me-
relato de que se encontram no visitas domiciliares lhorada, ansiedade, dor
experiência puerpério imediato, a cinco mulheres. aguda, integridade da
da imple- no período de A coletade dados pele prejudicada, pa-
mentação do amamenta-ção, no deu-se por entrevis- drão do sono prejudi-
processo de contexto da visita ta, observação par- cado, conforto prejudi-
enfer- domiciliar. ticipante e registro cado, disposição para o
magem em diário de cam- conhecimento aumen-
po. Implementou- tado e risco de infec-
se o processo de ção. Para cada diag-
enfermagem com nóstico de enferma-
base nas taxono- gem, foram elencados
mias NANDA-I, resultados esperados e
NOC e NIC. identificadas as inter-
venções necessárias.
16. A ma- CIACIARE, 2017 LILACS Compreender o Estudo descritivo, Emergiram quatro ca-
nutenção B. C.; et al BDENF proces-so de de abordagem tegorias: a experiência
do amamentação a partir qualitativa à luz do prévia em aleitamento
aleitament do relato das mães de cuidado centrado materno no processo
o materno prematuros e na família. Foram de amamentar um pre-
de identificar fatores realizadas 12 en- maturo; contexto emo-
prematuros que facilitaram ou trevistas com mães cional versus processo
de muito dificu-ltaram esse de prematuros com de amamentação; o do-
baixo peso: processo. seis meses de ida- mínio do manejo da
experiênci de cronológica e os amamentação do pre-
a das mães. dados foram sub- maturo, sucessos e fra-
metidos à€ análise cassos. O apoio fami-
de conteúdo. liar e profissional, o
manejo adequado e o
Continua
25

acolhimento do serviço
de forma individualiza-
da foram reconhecidos
como responsáveis pe-
lo sucesso da amamen-
tação, podendo até
mesmo sobrepor o de-
sejo materno prévio.
17. Apoio TAMARA, L. 2017 BDENF Identificar o apoio Estudo descritivo, O conhecimento sobre
recebido B.; et al re-cebido com abordagem o aleitamento mater-
por mães por mães ado- qualiativa. Partici- no advém da observa-
ado lescentes para o param nove mães ção de mulheres com
lescentes proce-sso de adolescentes, na quem as adolescentes
no aleitamento materno. faixa etária entre os conviviam e de experi-
processo dez e 19 anos, ama- ências anteriores. Al-
de aleita- mentando ou não, gumas referiram se-us
mento cadastradas em benefícios, embora de
materno . uma estratégia saú- forma sucinta e reme-
de da família.Os tidos apenas à saúde
dados foram cole- da criança.Evidenciou-
tados por meio de se uma lacuna em rela-
entrevista semies- ção às orientações dos
truturada e subme- profissionais da saú-
tidos à análise te- de no pré-natal e puer-
mática. pério.
18. A pre- SANTOS, J. 2017 LILACS Estimar a prevalência Pesquisa quantita- Na avaliação das mães
valência T.; MAKUCH do aleitamento tiva, exploratória, de 50 crianças que es-
do , D. M. V. mater-no exclusivo descritiva; as parti- tavam internadas,
aleitament em crian-ças cipantes da pesqui- constatou-se a preva-
o materno menores de seis sa foram mães, de lência de amamenta-
exclsivo meses, internadas em filhos de 0-6 me- ção exclusiva antes do
em um hospital ses, que estavam internamento de 32
crianças de pediátrico de internados em qua- crianças; durante o
0a6 Curitiba, determinar tro Unidades de in- internamento, 16 crian-
meses os fatores que ternação em um ças permaneciam em
internadas influen-ciam e Hospital Pediátrico AME. As crianças que
em um dificultam a prática da cidade de Curiti- passaram a utilizar for-
hos-pital do aleitamento ba, que estavam a- mula, comparadas às
pediá-trico materno durante o in- mamentando antes crianças que eram a-
de ternamento hospitalar do internamento e mamentadas exclusiva-
Curitiba de crianças menores que aceitaram par- mente foram de 28%,
de seis meses no ticipar da pesquisa. demonstrando um indi-
local de estudo. ce elvado de desma-
me durante o interna-
mento.
19. As GARCIA, E. 2018 LILACS Verificar as ações de- Estudo descritivo e Dentre as ações reali-
ações de S. G. F.; et al , senvolvidas transversal realiza- zadas na pré-consulta a
enfermage BDENF pelos pro-fissionais do em um municí- aferição da pressão
m no de enferma- pio do Sul de Mi- arterial foi de 97,7%.
cuidado à gem na assistência às nas Gerais, que Quanto às orientações
ges-tante: gestantes em acompanhou 134 realizadas profissionais
um desafio unidades de atenção gestantes. O levan- sobre o aleitamento
à atenção primária à saúde. tamento das ações materno e teste do pe-
primá-ria desempenhadas pe- zinho constatou-se
de saúde los nove profissio- uma percentagem de
nais ocorreu por 30,59 % e 74,35%.
meio da observa-
Continua
26

ção e instrumento
que abordava as
melhores evidên-
cias científicas da
prática obstétrica.
20. BREIGEIRO 2015 LILACS Verificar a associa- Estudo transversal, As crianças foram cla-
Associ- N, M. K.; et ção entre estado amostra por conve- ssificadas em: eutrófi-
ação entre al nutri- niência, com 146 cas (71,9%), risco pa-
estado nu- cional, aleitamento crianças de 1-48 ra sobrepeso (13,0%);o
tricional, materno exclusivo meses e seus res- besidade(6,2%); magre
aleitament e tempo de interna- ponsáveis. Dados za(4, 1%); sobrepeso
o materno ção hospitalar de coletados em uni- (2,7%) e magreza a-
exclusivo crian-ças. dades pediátricas centuada(2,1%).O
e tempo de de um hospital do AME demonstrou ser
internação sul do Brasil, entre um fator de proteção
hospitalar janeiro e agosto de contra a magreza acen
de crianças 2012. Para análise, tuada; é fator de pro-
utilizaram-se os co- teção contra sobrepe-
eficientes de corre- so, risco para sobrepe-
lação de Pearson e so e obesidade.O tem-
de Spearman. po de internação hos-
pitalar foi maior para
sobrepeso/obesidade e
me nor para magreza
acentuada/ magreza.
21. SILVA, C. 2017 SCIELO Verificar a Estudo de corte A amamentação exclu-
Associ- S.; et al associação entre a transversal feito siva foi observada em
ação entre depressão pós-parto e nos estados da Re- 50, 8% das crianças e
depressão a ocorrência do gião Nordeste, du- 11, 8% das mulheres
pós-parto e aleitamento materno rante a campanha apresentaram sintoma-
prática de exclusivo. de vacinação de tologia indicativa de
aleitament 2010. A amostra depressão pós-parto.
o materno consistiu de 2.583 Na análise de regres-
ex-clusivo binômios mães- são logís tica multiva-
nos crianças entre15 di- riada foi verificada
primeiros as e 3 meses. Usou- uma maior chance de
três meses se a Escala de De- ausência do AME en-
de vida pressão Pós-Parto tre as mães com sinto-
de Edimburgo para mas de depressão pós-
rastrear a depressão parto
pós-parto. A depre-
ssão pós-parto foi
variável explana-
tória de interesse e
as covariáveis fo-
ram: condições so-
cioeconômicas e
demográficas,assist
ência pré- natal, ao
parto e pós-natal e
fatores da criança.
Fez-se análise de
regre-ssão logística
mul tivariada com
o objetivo de con-
trolar possíveis fa-
tores de confusão.
Continua
27

22. Atua VARGAS, G. 2016 LILACS Analisar a atuação Estudo qualitativo, Identificou-se que as
ção dos S.; et al dos profissionais de realizado em 3 uni nutrizes são desprovi-
profissio- saúde da ESF frente dades da ESF em das de informações a
nais de saú ao alei-tamento Silva Jardim/RJ, cerca do aleitamento
de da estra materno no puer- em 2014. Foram en materno, evidenciando
tégia saú pério. trevistadas 21 nutri lacunas na promoção e
de da famí zes por entrevista no apoio da amamenta
lia: promo se miestruturada, ção como introdução
ção da prá sendo as falas precoce de alimentos e
tica do alei submetidas à ausência de outras prá
tamento análise temática. ticas de educação em
materno saúde.
23. JESUS,P.C.;O 2017 LILACS Verificar a associa-
Estudo transversal Dos profissionais,
Capaci- LIVEIRA, M. ção entre capacita-nos 15 hospitais 48,1% tinham conhe-
tação de I. C.; ção em aleitamento com mais de 1000 cimentos; 58,9% habi-
profissiona MORAES, J. materno e conheci- partos/ano do muni lidades e 74,9 % práti-
is de saúde R. mentos, habilidades e
cípio do Rio de Ja- cas adequadas. A capa-
em aleita- práticas profissionais
neiro. Foram entre- citação teórico-prática
mento ma- vistados 215 profis- ≥ 18 horas, considera-
terno e sua sionais, sendo 48,4 da adequada, presente
associação % em Hospitais A em 65,6% dos profissi-
com migos da Criança, onais, mostrou associ-
conhe- por adaptação de ação significativa com
cimentos, questionário de conhecimentos habili-
habilidade reavaliação desta dades e práticas. Pro-
s e práticas iniciativa. Os três fissionais com menor
desfechos, dicoto- tempo de trabalho
apresentaram menos
mizados, foram uti-
conhecimentos e rela-
lizados em análises taram melhores práti-
bivariadas e multi- cas.A enfermagem re-
variadas, sendo ob latou melhores práticas
tidas razões de pre em relação aos médi-
valência ajustadas cos e a outras catego-
por modelo de re rias.
gressão de Poisson.
24. DIAS, R. B.; 2016 LILACS Analisar o conheci- Estudo qualitativo, Verificou-se que o co-
Conhe- BOERY, R. mento de enfermeiras exploratório, des- nhecimento das enfer-
cimento N. S. sobre as vantagens critivo, desenvol- meiras sobre as vanta-
de O.; VILELA, da amamentação para vido com oito en- gens da amamentação
enfermeira A. B. A. a família e descrever fermeiras do muni- para a família corres-
se a forma de inserção cípio de Itapetinga- ponde aos divulgados
estratégias des-ta nas ações Bahia, no primeiro pelo Ministério da Saú
de de saúde semestre de 2014. de e encontrados na li-
incentivo relacionadas à ama- Utilizou-se como teratura, como preven
da partici- mentação. técnica a entrevista ção e promoção da saú
pação semiestruturada e, de materno-infantil, au
fami-liar para tratamento dos mento dos laços afeti
na ama- dados, a técnica da vos, economia e pratici
mentação análise de conteú- dade. Sobre a fa milia,
do temática. as ações de edu cação
em saúde e a vi sita
puerperal e domiciliar,
são usadas como
estratégia.
Continua
28

25. MARTINS, D. 2018 BDENF Descrever o conheci- Estudo qualitativo, As nutrizes reconhe-
Conhe- P.; et al mento e as dúvidas do tipo descritivo, cem que o aleitamento
cimen-to de nutrizes sobre o desenvolvido com materno é benéfico
de aleita-mento 20 nutrizes do alo- para imunidade /pre-
nutrizes materno. jamento conjunto venção de doenças,
so-bre de um hospital mu- nutrição, crescimento e
aleita- nicipal localizado desenvolvimento da
mento ma- em Rio das Ostras/ criança. Observa-se um
terno: rj, Brasil, a partir misto de saberes e
con- de um roteiro de dúvidas sobre à dura-
tribuições entrevista semies- ção, exclusividade e
da truturado cujos da- manejo prático da
enferma- dos foram subme- amamentação, envol-
gem tidos à análise te- vendo tempo en tre
mática. mamadas, pe ga, posi-
ção e cuidados das
mamas.
26. SILVEIRA, F. 2018 LILACS Analisar os graus de Estudo do tipo ob 92,02% dos pa-
Conhe- J. F.; co-nhecimento e de servacional e trans is relatou não ter
cimento BARBOSA, J. participação dos pais versal realizado recebido dos
dos pais C.; VIEIRA, acerca do processo com 351 casais en profissionais de
sobre o V. A. M. de aleitamento trevistados na Ma saúde qualquer
processo materno. ternidade Odete Va informação so-bre a
de ladares, com base amamen-tação. Apenas
aleitament em questionários se 4,27% dos pais
o materno mi-estruturados. A souberam infor-mar o
em mães coleta de dados foi período de aleitamento
de uma feita com as entre- materno reco-mendado
maternida vistas divididas em pela OMS e MS.
de pública duas partes, primei Quando questi-onados
em Belo ro respondida pela se con-versaram com a
Hori- mãe e em seguida mãe sobre ali-
zonte, MG pelo pai. A análise mentação infan-til,
dos dados foi feita 56,98% res-ponderam
por meio do softwa que "não".
re Epi-Info.
27. RAMOS, A. 2018 LILACS Analisar Estudo trans-versal, 39,29% dos profissio
Conhe- E.; et al o conhecimento com 168 profissio- nais demonstraram
cimento sobre AM e nais, realizado en bom conhecimento so
sobre alimentação comple- tre junho e setem bre AM e 2,38%, sobre
aleitament mentar (AC) de bro de 2016. Utili AC;74,4 % dos entre
o materno profissionais da zou-se o teste de vistados revelaram que
e atenção primária. KruskalWallis para não conheci am o pro
alimentaçã comparação entre grama Estratégia Ama
o as médias do per menta e Alimenta. Hou
compleme centual do conheci ve associação positiva
ntar dos mento sobre AM e entre nível de conheci
profissio- AC, por categoria mento dos profissiona
nais de profissional, e o tes is em AM e escolari
saúde. te de contin gência, dade, profissão e assis
para associação en tência em AM. Quanto
tre as variáveis. ao nível de conheci
mento em AC, houve
associação com esco
laridade e assistência
em AC.
Continua
29

28. Cuidado TROJAHN, 2018 LILACS, Compreender o significado do Estudo fenome- As profissionais
de enferma- T. C.; et al BDENF cuidado de enfermagem nológico, fun- anunciaram a re
gem às mães prestado às mães de recém- damentada no ferência tempo-
de recém- nascido pré-termo para referencial de ral no cuidado,
nascidos pré- manutenção da lactação na Martin Heideg quando indicam
termo para perspectiva dos profissionais ger. Realizada que a visão da
manutenção de enfermagem que atu-am entrevista com importância do
da lactação: em UTI Neo. 10 profissionais aleitamento ma-
estudo feno- de enfermagem terno provém
menológico entre abril e de sua
agosto de 2013, experiência
em Hospital como mãe e co-
Universitário do mo profissional,
interior do Rio aprendendo
Grande do Sul. com colegas,
mães e conheci
mento científi-
co, modificando
sua visão da a-
mamentação
do RN de risco.
29. Cuidar em TEIXEIRA, 2017 BDENF Propor um modelo de cuidado Estudo qualita- Os significados
enfermagem M. A.; et al às famílias que vivenciam o a-tivo, intervencio da amamenta-
às famílias leitamento materno; identifi- nista, utilizou ção para as
que vi- car o significado do aleitamencomo técnica de mães-nutrizes
venciam a to materno para as famílias coleta de dados se encontram
ama- que o vivenciam; averiguar as a entrevista guia centrados nos
mentação necessidades de cuidados e da pelos instru benefícios do
implementar o cui-ado. mentos: roteiro leite materno
semiestruturado para a saúde da
genograma, eco criança, nas
mapa e círculo dificuldades pa-
de Thower. Os ra aleitar, resol-
dados foram a vidas por elas e
nalisados pela seus familiares.
técnica de aná-
lise de conteúdo
30. Desmame SANTOS, 2018 LILACS Avaliar a prevalência de Pesquisa quan- A prevalência
precoce em P. V.; et al desmame precoce e fatores titativa, descri- de desmame pre
crianças associados em crianças tiva e explora- coce foi de 58,5
atendidas na atendidas na ESF. tória realizada 1%. Maiores
ESF. com 241 crian- proporções o-
ças. Para co-leta correram em
dos dados fo- crianças com i
ram usados for- dade entre 1 e 3
mulário e ques meses . Perten-
tionário. Para as cer a classe eco-
variaveis encon- nômica B/C e
tradas associa- ter recebido ori-
ções estatistica- entação sobre
mente significa- amamentação
tivas foi reali- no pré-natal a-
zado teste de presentaram-se
regressão logís- associados com
tica binária. o desmame.
Continua
30

31.Desmame PRADO, C. 2016 SCIELO Objetivo de identificar as- Foi realizado no Os resultados
precoce na V. C.; pectos transformadores e in-terior de são mostram mães
perspectiva de FABBRO, obstáculos para o desma-me paulo, no perí- jovens, primí-
puérperas: M. R. C.; precoce com 12 mães que odo de 2010 e paras, casadas,
uma aborda- FERREIRA desma-maram preco-cemente. 2011, utilizando ensino médio/
gem dialógica. , G. I. o relato comu- técnico comple-
nicativo, grupo to e não traba-
de discussão lhavam fora de
comunicativo e casa.
questionário
32. Desvelan- LIMA, S. 2018 LILACS Compreender o significa-do Estudo qualita- Da análise das
do o significa- P.; et al da experiência vivida para o tivo, sustentado descrições emer
do da experi- ser-mulher na ama-mentação na fenomenolo- giu como signi-
ência vivida com complica-ções puerpe gia da percep- ficado central:
para o ser- rais. ção e na herme amamentar é
mulher na nêutica. A cole- mais importan-
amamentação ta de dados oco- te do que a situ-
com compli- rreu em 2 ma- ação vivenciada
cações puer- ternidades do na complicação
perais Nordeste do puerperal, e co-
Brasil, por en- mo temas essen
trevistas com 28 ciais: perceben-
puérperas, de do o apoio da
fevereiro a ou- famí lia e senti-
tubro de 2014. mentos percebi
A análise dos dos ao
dados compre- vivenciar a
endeu: leitura amamentação
das descrições, com complica-
identificação ção.
das unidades
temáti cas e te-
mas essenciais.
33. Dificulda- DOMINGU 2017 LILACS Conhecer, sob a ótica das en- Estudo quali- Na análise, 4
des no estabe- EZ, C. C.; fermeiras da Rede Básica de tativo, realizado ideias centrais
leci-mento da et al Atenção à Saúde, as difi- com 47 enfer- foram identifi-
amamentação: culdades para o estabeleci- meiras, em cadas: as enfer-
visão das en- mento do Alei-tamento Ma- 2012, por meio meiras despre-
fermeiras atu terno. de entrevistas. paradas para ori
antes nas uni Os dados foram entar as mães
da des básicas analisados a para o AM;
de saúde partir do crenças e a rede
Discurso do social da mu
Sujeito lher podem cola
Coletivo. borar para o des
mame precoce;
o uso de mama
deira e chupeta
e técnica inade
qua interfere no
AM.
Continua
31

34. CARREIRO, 2018 LILACS Analisar a as-sociação entre o Estudo transverO AME foi pra
Dificuldades J. A.; et al tipo de alei-tamento e as difi sal retrospectivo
ticado por 72,6
relacionadas culdades relacionadas a essa realizado por % das mulhe
ao pratica entre mulheres e meio da analiseres, nos primei
aleitamento crianças assistidas em de prontuarios ros 30 dias apos
ma-terno: um ambulato-rio especiali- de crianças e o parto. Houve
análise de um zado em ama-mentaçao. mulheres atendiassociaçao signi
serviço espe- das entre 2004 e
ficativa com as
cializado em 2016 em ambu dificuldades:
amamentação latorio especiapercepçao ma
lizado em AM. terna quanto a
Foram exclui quantidade de
dos os registros
leite produzida,
referentes as de mamas chei
multíparas e a as antes das ma
queles não rea madas, de vaza
lizados em for men to de leite
mulario padrão,e extraçao manu
totalizando 160al do leite com
8 prontuarios. facilidade; posi
Utilizaram os cionamento ma
testes Qui-Qua terno e da crian
drado e Kruskalça, preensao,
Wallis para comsucçao, degluti
parar o tipo deçao adequados;
A M com varia e as variaveis:
veis e com os maior escolari
dias de vida e dade, situaçao
idade materna. conjugal; expe
O teste Mann- riencia previa
Whitney utili com AM, mami
zou-se para comlos protrusos,
parar a frequencontato pre coce
cia do AME. pele a pele, e
que faziam uso
de chupeta.
35. FRANCO, 2015 LILACS Averiguar o percentual de Estudo observa Das 211 gestan
Escolaridade S. C.; et al gestantes que conhecem a du cional transver tes entrevista
e ração recomen-dada para o sal do tipo das, 71,56 %
conhecimento AME nas uni-dades de Saúde inquérito reali- responderam
sobre duração da Família e i dentificar fato zado em onze corretamente à
re-comendada res associados ao conhecimen unida-des de questão, sendo
para o to, buscando su bsídios para Saúde da Fa- o maior índice
aleitamen-to as intervenções voltadas para mília de um de acerto entre
materno aprimorar esta prática de saú municí-pio no as de maior es
exclu-sivo de sul do país, colaridade. Não
entre ges- entre maio e se identificou as
tantes na outubro de sociação entre o
Estra-tégia de 2013. Aplicou- conhecimento
Saúde da se questionário correto e as ca
Família. estru-turado e racterísticas só
aferiu-se o cio-demográfi-
conhecimento cas ou as relati
por meio de vas à saúde re
questão direta. produtiva e
assistência à
saúde.
Continua
32

36. VARGAS, P. 2016 LILACS Conhecer ex- Estudo descritivo, As entrevistadas re


Experiências de B.; et al. periências de exploratório, quali- velaram conheci
puérperas na puérperas em tativo, realizado na mentos em relação
identificação de relação à maternidade do HU ao reconhecimento
sinais de fome identificação de AP. Os dados, co- de sinais de fome de
do recém- sinais de fome letados em entre- seus bebês, como o
nascido do recém- vistas semiestrutu- choro, abrir a boca,
nascido. radas, foram sub- buscar o seio, agita
metidos à análise ção, irritação, dentre
de conteúdo na outros, além de assi
modalidade temá- nalarem a escassez
tica. de orientações sobre
tal assunto pelos pro
fissionais de saúde.
37. Fatores MORAES, B. 2017 SCIELO Identificar fa- Estudo transversal Prevalência de 79,5
associados à A.; et al tores associa- realizado em hospi- % de AME. Lacten-
interrupção do dos à interrup- tal universitário do tes ≥ 21 dias, que
aleitamento ção do aleita- Sul do país, de de- receberam comple-
materno mento mater-no zembro de 2014 a mento lácteo no
exclusivo em exclusivo em setembro de 2015, hospital, mães com
lactentes com lactentes com com 341 lactentes dificuldade de ama-
até 30 dias até 30 dias de com até 30 dias de mentação pós-alta
vida. vida e suas mães. hospitalar e não-
Aplicou-se questio- brancas apresen-
nário estruturado taram associação à
Procedeu-se análise interrupção do
multivariada, como AME.
cálculo de Razão de
Prevalências.
38. Fatores de MARGOTTI, 2018 BDENF Apresentar os Estudo transversal O aleitamento
risco para o E.; índices de com amostra com- materno misto aos
des-mame aos MARGOTTI, aleitamento posta por adoles- quatro me-ses foi de
quatro meses W. materno ex- centes de 13 à 18 22,82 %, desmame
em bebês de clusivo e veri- anos; os nascimen- de 17,40% e
mães ficar os fatores tos foram em hospi- 59,78% foi de
adolescentes associados ao tais amigo da crian- aleitamento materno
desmame aos ça, em Belém -PA. exclu-sivo. Os
quatro meses, Foi realizado com fatores escolaridade,
em mães ado- uma amostra de 92 estado civil, tra-
lescentes. adolescentes. A se balha fora,
gunda etapa foi no companheiro não
quarto mês pós-par incentiva o
to, mantendo-se aleitamento es-tão
contato com as ado- significati-vamente
lescentes, por telefo relaci-onados
ne e verificado o ti- negati-vamente ao
po de alimentação aleitamento materno
que se encontrava o exclu-sivo.
bebê. A análise des
critiva por frequên-
cia simples, percen-
tual e razão de chan
ce.
Continua
33

39. Fatores BANDEIRA DE 2016 SCIELO Identificar os Estudo transversal, Foi encontrada
ligados aos SÁ, N. N.; et al fatores associ- realizado junto às prevalência de
serviços de ados ao aleita- mã es e crianças 77,3% de aleitamen-
saúde deter- mento materno menores de 1 ano, to materno na pri-
minam o aleita- na primeira que compareceram meira hora de vida.
mento materno hora de vida. à segunda etapa da Não ter realizado
na primeira campanha de polio- pré-natal de forma
hora de vida no mielite no Distrito adequa-da (RP =
Distrito Federal, em 2011. 0,72), ter feito parto
Federal, 2011 A amostra estudada cesáreo (RP = 0,88)
foi de 1.027 pares e mãe e filho não
(mães e filhos). permanecerem em
Considerou-se alojamento conjunto
como variável de- após o parto(RP=
pendente o aleita- 0,28) foram fatores
mento materno na que interferiram
primeira hora de negativamente no
vida e, como variá- aleitamento materno
veis independentes, na primeira hora.
as características Nenhuma caracte-
sociodemográficas rística materna e da
da mãe, assistência criança esteve
ao pré-natal, parto e associada ao
puerpério, referên- aleitamento ma
cia à violência físi- terno na prime-ira
ca, verbal e negli- hora.
gência no momento
do parto e saúde da
criança. As razões
de prevalência, bru
tas e ajustadas, fo-
ram utilizadas co-
mo medida de asso-
ciação, calculadas
por regressão de
Poisson.
40. Fatores que ALVARENGA, 2017 LILACS Identificar na Revisão sistemá- Identificaram-se
influenciam o S. C.; et al literatura cien- tica realizada nas 1.481 artigos e 39 a-
desmame tífica os princi- bases lilacs e med- tenderam aos critéri
precoce pais fatores line com artigos os de inclusão. En
associados ao completos do perí- tre os principais fa-
desmame odo de 2004 a tores que influenci-
precoce. 2013, nos idiomas am o desmame pre-
inglês, espanhol e coce, verificou-se
português, a partir trabalho materno
da pergunta norte- (33,3 %); uso de
adora: “quais são os chupeta (30,8 %);
fatores que in- leite fraco (17,9 %);
fluenciam no des- trauma e dor mami-
mame precoce?”. lar (17,9 %); introdu
ção de outros tipos
de leites (15,4 %) e
escolaridade da
mãe/ pai (15,4 %).
Continua
34

41. Fatores ANDRADE, H. 2018 SCIELO Investigar os Pesquisa explorató- Apontaram mães
relacionados ao S.; PESSOA, R. fatores relacio- ria, descritiva de a- jovens, casadas,
desmame pre- A.; DONIZETE, nados ao desma bordagem quantita- primíparas, insegu-
coce do aleita- L.C. V. me precoce tiva, basead em ras, com gravidez
mento materno. antes dos seis questionário semi- não planejada, reali-
meses de vida. estruturado, com a- zação das consultas
mostra de 52 mulhe de pré-natal periodi-
res com filhos de 0 camente, desmame
a 6 meses de vida do AME entre o
que não estavam quarto e quinto mês
mais em AME per- de vida da criança.
tencentes às ESF ur
banas do município
de Santo Antônio
do Monte, Centro-
Oeste de Minas
Gerais.
42. Hábitos e MORAIS, M. 2017 LILACS Analisar a rela- Estudo retrospecti- O leite materno era
atitudes de mã B.; et al ção entre hábi- vo incluindo 773 en oferecido para 81,7
es de lactentes tos e atitudes de trevistas de mães de % dos lactentes no
em relação ao mães com os 11 cidades brasilei- primeiro semestre
aleitamento na- tipos de leite ras com filhos com de vida, 52,2% no
tural e artificial oferecidos para até 2 anos de idade. segundo semestre e
em 11 cidades seus filhos nos Foram analisadas as 32,9% no segundo
brasileiras dois primeiros informações: tipo ano de vida. Por sua
anos de vida. de aleitamento que vez, o consumo de
planejava enquanto leite de vaca inte-
estava na gestação gral aumentou
e o efetivamente de31,1 para 83,8% e
realizado após o 98,7%, nestas 3 fai
nasci-mento; tipo(s) xas etárias. Fórmula
de leite(s) utiliza- de partida (15,0 %)
do(s) no dia da en- e de seguimento (2,
trevista e anterior- 3%) eram utilizadas
mente; idade de por um número de
introdução do leite lactentes muito me-
de vaca integral; e nor em relação aos
origem das reco- que re-ebiam leite
mendações para de vaca integral. A
usar determinado maioria das mães
tipo de leite não recebeu prescri-
ção de leite de vaca
integral. Os pedia-
tras foram os profis-
sionais da área da
saúde que mais fre-
quentemente reco-
mendaram fórmula
infantil
Continua
35

43. Impacto de AMARAL, D. 2015 LILACS Analisar a Os dados foram Os resultados mos-
uma interven- A.; GREGÓRI efetividade de coletados de pron- traram que a preva-
ção pró-aleita- O, E. um programa tuários de acompa- lência AME em
mento nas ta- L.; MATOS, D. de incentivo nhamento mensal, prematuros que não
xas de ama- A. A. ao aleitamento após a alta hospi- receberam as inter-
mentação de materno em talar antes e após a venções da equipe
prematuros recém-nasci- intervenção de uma foi de 30,80%, en-
inseridos no dos pré-termo, equipe multi- quanto a do grupo
método mãe em uma ma- disciplinar. acompanhado pela
canguru. ternidade pú- equipe foi de 66,60
blica do muni- %. A idade gesta-
cípio de Con- cional do nascimen
tagem/MG to não mos trou as-
sociação com a in-
cidência do aleita-
mento materno pós
alta. O tempo de
internação na UTI
Neo também não
foi associado com
o AME
44. Implanta- FERNANDES, 2016 LILACS Conhecer a vi- Pesquisa qualitativa, Emergiram duas ca
ção de salas de V. M. B.; et al. são de gesto- exploratória descri- tegorias dificulda-
apoio à ama- res de empre- tiva, realizada em des e facilidades na
mentação em sas públicas e 2015, da qual parti- implantação de sala
empresas pú- privadas acer- ciparam 20 gestores de apoio à amamen
blicas e priva- ca das salas de da Grande Florianó- tação, com predo-
das: potenciali- apoio à ama- polis. Para a coleta mínio de aspectos
dades e dificul- mentação com de dados, foram uti- dificultadores, fi-
dades vistas à sua lizadas entrevistas nanceiros, envolvi-
implantação. semiestruturadas/pro- dos na disponibili-
jetivas e análise de zação de espaço
conteúdo, associada físico. Houve reco-
aos recursos do soft- nhecimento do bai-
ware Atlas.ti. xo custo envolvido,
o que facilitaria sua
implantação.
45. Influência ROCHA, I. S.; 2018 LILACS Buscar evidên Revisão sistemáti- Os estudos analisa-
da autocon- et al cias científi- ca com busca em 5 dos mostraram que
fiança materna cas sobre a bancos de dados, re- há associação esta-
sobre o aleita- questão: "Mãe sultou na inclusão de tística significan te
mento materno com mais con- 4 estudos de coorte entre aleitamento
exclusivo aos fiança conse- para avaliação. Rea- materno exclusivo
seis meses de gue amamen- lizou-se análise qua- e autoconfiança em
idade: uma re- tar exclusiva- litativa dos resulta- amamentar.
visão sistemá- mente por 6 dos, porém não foi
tica . meses?". possível fazer a me
ta-aná lise. Autocon-
fiança em amamentar
foi avaliada pela es-
cala "Breastfeeding
Self-Effic acy Scale".
Continua
36

46.Influência SOUZA, M. H. 2016 LILACS Compreender Pesquisa qualitati- Na análise foram


da rede social N.; NESPOLI, a influência da va embasada no re- desveladas três cate
no processo de A.; rede social de ferencial da fenome- gorias: apoio fami-
amamentação: ZEITOUNE, R. mulheres du- nologia sociológica liar cotidiano, con-
um estudo C. G. rante o proce- de Alfred Schutz e na selho de profissio-
fenomenoló- sso de ama- abordagem de rede nais para vencer
gico mentação. social de Sanicola, dificuldades e pers-
realizada em uma pectiva de compre-
unidade de atenção ensão e apoio. Os
primária à saúde de individuos que
Monza-Itália. Foram mais influenciaram
entrevistadas 11 mu- na decisão e conti-
lheres por meio de nuidade da ama-
entrevista semiestru- mentação foram:
turada. marido, mãe, ami-
gas e enfermeira.
Isto significou auxi
lio, orientação, com
preensão e apoio.
47. Influência VIEIRA, F. S. 2019 SCIELO Analisar a in- Estudo observacio- A maioria das pu-
do parto sobre et al. fluência do nal, descritivo, trans- érperas eram multí-
o desmame no parto sobre o versal, de caráter paras, que atingi-
puerpério. desmame no quantitativo. A reali- ram o número de
puerpério. zação do estudo ocor consultas recomen
reu em uma mater- dadas pelo Minis-
nidade do município tério da Saúde du-
de Caxias-MA. rante pré-natal, pou
co mais da metade
(55,9%) tiveram
parto vaginal e a
maioria (71%) rea-
lizaram a amamen-
tação na pri meira
hora pós-parto, o
que tem favorecido
a adesão ao AME.
48. Influencia BATISTA, C. 2017 LILACS Verificar, na Foi realizada uma re- Foram incluídos 25
do uso de chu- L. C.; mais recente visão da literatura na artigos. Estudos a-
petas e mama- RIBEIRO,V.S.; literatura, o bases de dados LI- pontaram relação
deiras na prá- NASCIMENTO efeito dos bi- LACS, SciELO e Pu- entre o desmame e
tica do aleita- , M. D. S. B. cos artificiais, bMed, considerando o uso de chupetas,
mento materno como mama- estudos originais pu- e o desmame e uso
deiras e chupe blicados entre 20 10 de chupetas e bi-
tas, sobre a e 2015, em português cos artificiais, evi-
prática do e inglês, utilizando denciaram que a re
aleitamento os descritores "chu- dução no uso de
materno. petas", "amamenta- chupeta gera
ção", "mamadeiras", aumento na du-
"desmame" e "alimen ração do aleitamen-
tação artificial", com to, ausência mater-
binados ou isolados. na, trabalhar fora
ou falta de prote-
ção legal, baixa es-
colaridade, idade
materna e proble-
mas relacionados
às mamas.
Continua
37

49. Interrupção ROCHA, M. 2015 LILACS Identificar os Estudo qualitativo re- As entrevistadas
precoce do alei- G.; COSTA, E. fatores que le- alizado com 12 mães reconhecem a im-
tamento mater S. vam as mães que participavam de portância do aleita-
no exclusivo: a interromper rodas de conversas mento materno, no
experiência o aleitamento como estratégia de entanto, são influen-
com mães de materno ex- educação em saúde ciadas por familiares
crianças em clusivo antes para proporcionar e por questões cultu-
consultas de do sexto mês. uma troca de experi- rais, que somadas à
puericultura . ências sobre o a im- falta de orientação,
portância do AME. fazem-nas achar que
Realizado em uma o seu "leite é fraco",
UBS de Tauá/ CE, levando ao desma-
durante o mês de me precoce.
março 2015. Os da-
dos foram coletados
por meio de entrevis-
ta semiestruturada,
analisados de forma
temática, emergiram
duas categorias: "Des
mame precoce por
que o leite é fraco" e
"Desmame precoce
por interferência fa-
miliar e questões
culturais".
50. Livre de- SIQUEIRA, F. 2017 LILACS Compreender Estudo qualitativo Evidenciou-se que as
manda e sinais P. o conceito de com 21 nutrizes e 20 nutrizes e alguns
de fome do C.; SANTOS, livre demanda profissionais da saú- profissionais desco-
neonato: per- B. A. e sinais de fo de que atuam em hos nhecem o real signi-
cepção de nu- me do neona- pital Amigo da Crian- ficado de livre de-
trizes e profis- to sob a ótica ça. Os dados foram manda e apontam o
sionais da saú- de nutrizes e coletados por entre- choro como o prin-
de profissionais vistas gravadas , utili cipal sinal de fome
da saúde. zou-se da análise de da criança.
conteúdo temática.
Foram abordados 2
temas: em busca do
significado de livre
demanda e reconhe-
cimento dos sinais
de fome do neonato.
51. O aleita- WALTY, C. M. 2017 BDENF Analisar as- Pesquisa com abor- Evidenciou-se que
mento materno R. F.; pectos da vi- dagem qualitativa, o aleitamento mater-
de recém-nasci DUARTE, E. da cotidiana cujo cenário foram 14 no de recém-nasci
dos prematuros D. relacionados domicílios de recém- dos pre-maturos é vi-
após a alta ao AME de nascidos prematuros venciado de forma
hospitalar recém-nasci que receberam alta da singular por cada mu
dos pre-matu UTINeo do Hospital lher em seu cotidia-
ros após alta Sofia Feldman em no. Verificou-se que
hospitalar. Belo Horizonte. Fo- a rede social funcio-
ram realizadas entre- nou como mediadora
vistas semiestrutura- da amamentação
das com as mães dos tanto incentivan do
recém-nascidos e ob- como desen corajan-
servações dos partici- do sua continuidade
pantes. Os dados fo- e que a experiên-
Continua
38

ram analisados utili- cia da amamen-


zando-se a técnica de tação, vivencia-
análise de conteúdo e da pelas mulhe-
a de construção de res, durante a in-
narrativas. ternação de seus
filhos, foi iden-
tificada como
uma possibilida-
de de aprendiza-
do com a equipe
de saúde.
52. O aprendiza-do MARTINS, 2017 LILACS Compreender o Pesquisa qualitativa Os processos
entre mulhe-res da R. M. C.; BDENF que mulheres de da qual participaram educativos pre-
família so-bre MONTRONE diferentes gera- 8 mulheres de um sentes no diálo-
amamenta-ção e os , A. V. G. ções aprendem bairro de classe eco- go entre as mu-
cuida-dos com o e ensinam sobre nômica baixa. Para a lheres mostram
bebê: contribuições a prática de coleta de dados, utili- que as avós são
pa-ra atuação de amamentar e os zou-se a entrevista pessoas de refe-
profissionais de cuidados com o semiestruturada. A rência na famí-
saúde bebê. análise dos dados ba- lia, possuem di-
seou-se nos pressu- ver-sos saberes
postos da análise her- sobre a prática
menêutica-dialética. da amamenta-
ção e os cuida-
dos com o bebê,
transmitindo-os
para suas filhas
e noras.
53. O enfermeiro MONTESCH 2015 LILACS Analisar a atu- Estudo descritivo de Os enfermeirosu
frente ao desma- IO, C. A. C.; ação do enfer- abordagem qualita- tilizaram estra-
me precoce na GAÍVA, M. meiro frente tiva. Participaram do tégias apropria-
consulta de en- A. M.; ao desmame estudo enfermeiros das para o ma-
fermagem à MOREIRA, precoce em cri- que realizavam con- nejo dos proble-
criança M. D. S. anças menores sulta de enfermagem mas mais co-
de 6 meses de à criança de maneira muns na ama-
idade. programática em uni- mentação, ape-
dades de saúde da sar de algumas
família em Cuiabá- condutas não
MT. Os dados foram terem evidência
coletados nos meses científica com-
de janeiro e fevereiro provada, quanto
de 2012, por meio aos benefícios
da observação parti- e/ou prejuízos à
cipante da consulta sua prática.
de enfermagem. Foi
utilizada a análise de
conteúdo.
54. Orientações de BATISTA, 2017 BDENF Conhecer as Estudo qualitativo As orientações
profissionais da M. R.; et al percepções das descritivo, desenvol- sobre aleitamen
saúde sobre puérperas em vido de junho a agos- to são percebi-
aleitamento relação às to de 2014 em Porto das como mo-
materno: o olhar orientações de Alegre, RS. Partici- men tos de ensi-
das puérperas profissionais da param puérperas que no entre profis-
saúde sobre haviam realizado a sional e mulher,
aleitamento primeira consulta de remetendo a um
materno. puericultura. modelo de
A coleta
Continua
39

de dados ocorreu atra- transmissão de


vés de entrevistas se- informação,com
miestruturadas e aná- enfoque tecni-
lisedos dados ocorreu cistas e descon-
através da Análise de siderando as
Minayo.. necessidades
individuais.
55. Percepção da FASSARELL 2018 LILACS Compreender Estudo qualitativo Os entrevista-
equipe de en- A, B. P. A.; BDENF a percepção da descritivo. Realiza-do dos listaram co-
fermagem frente et al equipe de enfer- no Maternidade mo as principais
ao aleitamento magem sobre a Mariana Bulhões, dificuldades a
materno: do co- amamentação Nova Iguaçu. Os pega incorreta,
nhecimento à im- na primeira ho- sujeitos da pesqui- mastite, ingurgi-
plementação ra após o nasci- sa foram enfermei- tamento, resis-
mento do bebê, ros e técnicos de tência ao ato de
avaliar o enten- enfermagem, que amamentar, au-
dimento da e- atuam diretamente no sência de orien-
quipe de enfer- pós-parto. A coleta tação e baixa
magem acerca dos dados ocorreu no produção de
da importância mês de outubro 2018. leite.
de proporcionar Os dados foram anali-
a amamentação sados através de
na primeira ho- análise de conteúdo.
ra do pós-parto
e identificar as
ações da equi-
pe de enferma-
gem para garan-
tir a amamenta-
ção precoce do
concepto.
56. Percepção de MOURA, L.; 2017 BDENF Analisar a per- Estudo descritivo-ex Da análise sur-
mães cadas-tradas et al cepção sobre a- ploratório, de abor- giram quatro ca
em uma Estratégia leitamento ma- dagem qualitativa. tegorias:conhe-
Saúde da Família terno exclusivo Os participantes fo- cimento das
sobre aleitamento das mães cadas- ram 10 mães com fi- mães sobre o
ma-terno exclusivo tradas em uma lhos em idade supe- AME; vanta-
ESF. rior a 6 meses. A co- gens do AME
leta de dados foi rea- para a mãe e o
lizada por entre vista filho; introdu-
semiestruturada e a ção precoce de
técnica de análise de alimentos;orien-
conteúdo temática foi tação sobre o
utilizada. AME.
57. Perfil das nu- ARRUDA, G. 2018 LILACS Analisar o per- Pesquisa quantitativa A maioria das
trizes adolescen-tes T.; et al fil de nutrizes transversal, com abor mulheres possu-
e característi-cas adolescentes e dagem exploratória e ía baixo nível
relacionadas ao as caracte- descritiva, realizada de escolaridade
aleitamento rísticas relaci- com 108 adolescen- (66,67%) e ní-
materno em uma onadas ao tes nutrizes de uma vel socioeconô-
cidade do sul do aleitamento cidade do sul do Bra- mico (64, 81%),
Brasil materno destap sil. As adolescentes ocupava-se do
opulação em foram entrevistas por lar (54, 63%),
uma cidade do meio de um questio- solteira ou vivia
sul do Brasil. nário padronizado e com o compa-
validado que conti- nheiro (38,89%)
nha questões sobre e, apesar de ter
Continua
40

aspectos socioeconô- recebido orien-


micos e de amamen- tações sobre o
tação. A análise dos aleitamento ma
dados envolveu pro- terno (86,11%),
cedimentos de esta- o tempo de AM
tística descritiva. E (44,44%) foi
aquém do pre-
conizado. Fis-
sura/dor mami-
lar (21,47%) e
pouco leite (95
%) foram os fa-
tores mais cita-
dos que dificul-
taram ou impe-
diram o aleita-
mento materno
58. Práticas de MELO, R. 2017 LILACS Identificar a Estudo transversal Praticaram AM
aleitamento ma- S.; et al prevalência de realizado entre jane- E até o sexto
terno exclusivo aleitamento ma- iro e junho de 2014, mês 28,3% dos
entre profissio-nais terno exclusivo com 53 profissionais profissionais.
de saúde de um entre profissi- da saúde que tive- Facilitou o alei-
hospital ami-go da onais de saúde ram filhos enquanto tamento, o alo-
criança em hospital cre- trabalhavam em hos- jamento con-
denciado como pital no interior do junto (84,9%),
Amigo da Cri- Maranhão. Dados apoio para
ança e as vari- coletados de instru- amamentar por
áveis de risco mento estruturado. profissionais de
para a não ade- saúde, amigos
são ao aleita- ou familiares (8
mento mater- 1,1%). Dificul-
no exclusivo. taram o aleita-
mento mater-
no: fissuras de
mamilo(41,5%),
dor (37,7%),
mastite(20,7%),
ingestão de lei-
tes industriali-
zados (17%),
água(11,3%) e
chás (7,5%).
59. Práticas de SANTOS, T. 2018 LILACS Descrever e a- O estudo foi realiza- Participaram da
amamentação entre R.; nalisar as prá- do em um Centro de pesquisa 46
mulheres trabalha- SEBASTIÃO, ticas de aleita- Convivência Infantil, mães de crian-
doras com creche L. T.; mento mater- vinculado a uma Ins- ças com idade
no local de trabaho BUCCINI, G. no exclusivo tituição de Ensino média de 2,6
S. entre mulhe-res Superior. Para coleta anos. Metade
trabalha-doras de dados utilizou-se das mães ti-
com cre che no um questionário es- nham 35 anos
local de truturado. Realizou- ou mais, 73,9%
trabalho. se análise múltipla de eram profissio-
Cox para determina- nais de saúde.
çãodos fatores asso- A prevalência
ciados à duração do AME até os 6
AME. meses foi 15,2
%. Todas as
Continua
41

mães tiveram
120 dias de
licença mater-
nidade e ape-
nas 10,8% usu
fruíram o direi
to. Baixo peso
ao nascer, tipo
de serviço de
saúde em que
a criança rea-
lizava acom-
panhamento,
idade da mãe
e a idade de
introdução da
mamadeira fo-
ram fatores
associados à
duração do
AME.
60. Prática de CAMPOS, A. 2015 Scielo Avaliar o con- Estudo descritivo Aproximada-
aleitamento ma- M. S.; et al ceito de aleita- transversal, com 309 mente 30%
terno exclusivo mento mater-no mulheres que tiveram das mulheres
informado pela exclusivo para filhos em um hospital informa-ram
mãe e oferta de nutrizes, com- universitário do introdução de
líquidos aos seus parando o pe- interior de São Paulo. outros líqui-
filhos. ríodo em que Foi realizada análise dos antes dos
consideraram descritiva dos dados, 6meses de vi-
realizá-lo e a com cruzamento das da, enquanto
idade de intro- variáveis de interesse afirmavam es
dução de outros por meio de teste não tar em AME.
líquidos. paramétrico de Verificou-se
Kruskal-Wallis, teste associação das
quiquadrado e teste seguintes vari-
exato de Fisher. áveis com a in
trodução pre-
coce de líqui-
dos: mulheres
sem vínculo
empregatício,
mais jovens e
primíparas.
61. Práticas e PEREIRA DE 2017 LILACS Compreender a Estudo descritivo, de As mulheres
crenças popula-res OLIVEIRA, interferência abordagem qualitati- compreendem
associadas ao A. K.; et al das práticas e va, realizado de abril a importância
desmame precoce crenças popu- a maio de 201 6, com doAME, po-
lares no desma- 12 puérperas cadas- rém o retorno
me precoce em tradas na unidade de ao trabalho e
puérperas assis- Atendimento Multi- estudo e cren-
tidas na ESF. profissional Especia- ças e tabus co-
lizado Saúde da Famí- mo, leite é
lia, através de entre- fraco, dificul -
vista semiestruturada. dade de pega
Os dados foram anali- e alterações
sados por análise de estéticas das
conteúdo temática. mamas, levam
Continua
42

ao desmame
ou a inclusão
de outros ali-
mentos antes
dos 6 meses.
A maioria não
recebeu orien-
tação profis-
sional no pré-
natal sobre a-
mamentação e,
as que recebe-
ram, reporta-
ram a figura
do enfermeiro
como agente
facilitador.
62. Práticas edu- SILVA, 2017 LILACS Avaliar práticas Estudo retrospectivo As orientações
cativas segundo os C.M.; et al educativas se- com informações recebidas so-
"Dez passos para o gundo os “Dez sociodemográficas e bre amamen-
sucesso do Passos para o gestacionais mater- tação no pré-
aleitamento Sucesso do Ale- nas e referentes ao natal preva-
materno" em um itamento Mater- bebê, obtidas de pro- leceram entre
Banco de Leite no” em Banco tocolo de atendimen- mães de 30-39
Humano de Leite Huma- to de nutrizes (2009- anos e o conta-
no. 2012). Tais dados to pele/ pele
foram associados aos entre as orien-
passos relacionados a tadas. O trei-
práticas educativas namento predo
dentre os “Dez Pas- minou entre as
sos”. Realizou-se que amamen-
análise descritiva, taram exclusi-
teste quiquadrado e vamente. No-
regressão de Poisson. tou-se maior
Foram avaliadas prevalência de
12.283 mães, com amamentação
mediana de 29 (12- exclusiva e sob
54) anos de idade. livre demanda
e uso de bicos
artificiais entre
os lactentes de
mães orienta-
das.
63. Prematuros e SILVA, W. 2015 LILACS Verificar se há Pesquisa de caráter Houve signifi-
prematuros tar- F.; GUEDES, diferenças en- exploratório e longi- cância entre
dios: suas dife- Z. C. F. tre recém nas- tudinal. Participaram recém- nasci
renças e o aleita- cidos prematu- 82 mães de prema- dos prematu
mento materno ros e prematu- turos. Os dados cate- ros e recém-
ros tardios no góricos foram resu- nascidos pre
que se refere ao midos através de fre- maturos tar-
tempo de aleita- quência absoluta e re dios para as
mento materno lativa ao total de paci variáveis Ap
e AME causas e entes em cada gru- gar, tempo de
consequências po estudado. Dados internação,
do desmame numéricos foram re- tempo de uso
precoce. Foi sumidos em média, da sonda, nú-
observado o uso mediana, desvio pa- mero de ses-
Continua
43

de oxigenotera- drão, valor mínimo e sões de fono-


pia e sonda paramáximo. Os dados terapia, tempo
alimentação, quantitativos foram de oxigenotera
número de ses- comparados com o pia e tipo de
sões de fonote- teste não paramétrico ventilação me-
rapia e o tempo de Mann-Whitney e cânica.
de internação. as qualitativas foram
comparadas com o
teste de igualdade de
duas proporções.
64. Prevalência do SILVA, L. L. 2018 LILACS Investigar a População compos- Das pesquisa-
aleitamento A.; et al prevalência doa ta por crianças nasci das, 97,6%
materno exclusivo leitamento ma- das vivas e suas res- realizaram pré
e fatores de risco terno exclusivo pectivas mães no pe- natal ,67 % re-
ao nascer e ríodo de janeiro a de- ceberam orien-
seus fatores de zembro de 2015, no tações sobre
risco. alojamento conjunto aleitamen to
de um hospital públi- materno.A pre
co do Piauí, totali- valência de A
zando 546 nascidos ME e AM foi
vivos. de 92,7 e 2,9
%, 20,7 % fa-
ziam uso de
chupeta e 4,4
% de mamadei
ra.
65. Prevalência e SOUZA, M. 2015 LILACS Avaliar a pre- A abordagem meto- Os resultados
fatores associados H. N.; valência do a- dológica foi quantita- mos traram
à prática da SODRÉ, V. leitamento ma- tiva, sendo o estudo que a preva-
amamentação de R. D.; terno e analisar do tipo seccional rea- lência do AME
crianças que fre- SILVA, F. N. os fatores as- lizado com 46 mães foi de 34,8% e
quentam uma F. sociados à prá- de crianças menores de aleitamento
creche comunitá- tica da amamen de 2 anos. Os dados materno foi de
ria tação em uma foram coletados no 57,1%. Os prin
Creche Comu- período de junho a cipais motivos
nitária. julho de 2013 e ana- referidos pelas
lisados com o auxílio mães para o
do programa Statisti - desmame pre-
cal Package for the coce foram:
Social Sciences necessidade de
versão 19. A associa- trabalhar (26,
ção entre as variáveis 1%), orienta-
foi investigada com ções de fami-
os testes: quiquadra- liares ou pro-
do, exato de Fischer, fissionais de
razão de prevalên- saúde (19,6%),
cia e considerou-se o problemas de
intervalo de confian- saúde materna
ça de 95%. (19,6%) e recu
sa da criança
(19,6%).
Continua
44

66. Prevalência e PINHEIRO, J. 2016 LILACS Identificar a Estudo transversal, A prevalência


fatores associa-dos M. F.; et al prevalência da realizado com 113 de indicação
à prescrição/ utilização de su- díades mãe e filho de de suplemento
solicitação de plemento ali- um hospital univer- alimentar foi
suplementação mentar em sitário "Amigo da de 16,0%, com
alimentar em recém-nascidos Criança", no período menor aderên-
recém-nascidos e avaliar as ca- de agosto de 20 12 a cia para os nas
racterísticas, os fevereiro de 2013. A cidos nas pri-
solicitantes e os partir de um questio- meiras horas
motivos justifi- nário estruturado, fo- do dia. O pro-
cados para sua ram coletadas infor- fissional de en
utilização em mações sociodemo- fermagem foi
um "Hospital gráficas, anteceden- o que mais so-
Amigo da tes obstétricos, condi licitou o suple-
Criança". ções de nascimento mento (54 %),
da criança, caracte- e no menor
rísticas do suplemen- tempo (1 a 6 h)
to e prescritores. Foi após o nasci-
realizada análise des- mento da crian
critiva e inferencial ça . Quanto às
(teste Qui-quadrado indicações, ape
de Pearson). nas 6,2% aten
deram às reco-
mendações da
Ini ciativa Hos
pital Amigo da
Criança, a hipo
galactia foi o
principal mo-
tivo (71,7%),
com maior
probabilidade
de indica ção
para os RN de
parto cesáreo.
67. Primeira visi-ta CARVALHO, 2018 LILACS Averiguar a in- No estudo transver- A prevalência
domiciliar puer M. J. L. N.; et fluência da pri- sal, coletaram-se da do AME foi
peral: uma estra- al meira visita dos por inquérito que de 41,7 %. A
tégia protetora do puerperal, da abrangiam caracte- renda familiar,
aleitamento renda familiar, rísticas sociais e de- o hábito de
materno exclusi-vo do hábito de mográficas das famí- chupeta, núme
chupeta, do lias e prática de ama- ro de irmãos e
número de ir- mentação em crian- o peso ao nas-
mãos e do pe- ças com uma semana cer não tive
so ao nascer até seis meses de vi- ram significân-
na manuten- da, que comparece- cia estatística s
ção do AME ram às unidades de obre a manu-
em lactentes saúde da família de tenção do AM
com uma se- Vitória de Santo An- E. A ausência
mana de vida tão nos dias de pue- da visita puer-
até seis meses ricultura, entre de- peral influen-
de idade no zembro de 2014 e fe- ciou negativa-
município vereiro de 2015. A mente a sua
de Vitória de prevalência do desfe permanência.
Santo Antão, cho foi aumentada As crianças
Pernambuco. por influência dos fa- que receberam
tores analisados, uti- visita mostra-
Continua
45

lizou-se a Razão de ram maior pos


Prevalência, bem sibilidade de
como um modelo de estarem em
regressão logística AME. Na re-
binária para análise e gressão logísti-
confiabilidade dos ca apenas a
resultados. visita apontou
significância
para estimar
a probabilida-
de de ocorrer
AME.
68. Relato de ex- AIRES, R. M. 2017 BDENF Apresentar a Estudo descritivo, A equipe de-
periência de um B.; qualificação do tipo relato de expe- mons trou inte
grupo de resi- GUIMARÃE processo de tra- riência. resse em forta-
dentes em enfer- S, L. B. E. balho dos pro- lecer as ações
magem obstétri-ca fissionais de em relação ao
sobre práticas de uma unidade apoio e incen-
organização do de saúde na tivo ao aleita-
processo de promoção, pro- mento mater-
trabalho teção e apoio no. Foi elabo-
ao aleitamento rado um proje-
materno pelas to em que se
residentes de deu a criação
enfermagem da sala de apoi
obstétrica. o à mulher tra-
balhadora que
amamen ta e
posto de cole-
ta de leite hu-
mano. Foram
ofertadas ofi-
cinas de apoio
e incentivo ao
aleitamento
materno com
os seguintes
temas: impor-
tância do alei-
tamento mater
no, dificulda-
des, mitos, or-
denha e arma-
zenamento do
leite humano.
70. Ser mãe na ORSO, L. F.; 2016 BDENF Compreender Estudo de abordagem Emergiram
adolescência: si- et al a percepção qualitativa, com base seis categorias
gnificado dessa das adolescen- na análise de conte- temáticas: Per-
vivência na ges- tes ao engravi- údo, na modalidade cebendo a gra-
tação e parto En- dar e os senti- temática, proposta videz na ado-
fermagem mentos no tra- por Bardin. Optou-se lescência; Per-
balho de par- pela entrevista semi- cebendo o aten
to eparto. estruturada, utilizan- dimento duran
do gravador de voz, te o pré-natal e
na cidade de Marília, o acolhimen-
SP. Foram entrevis- to da equipe de
tadas 15 puérperas saúde; Relem-
Continua
46

adolescentes. brando o pro-


cesso de inter-
nação na mater
nidade; traba
lho de parto e
parto; Viven-
ciando o pro-
cesso de ama-
mentação; Ob-
servando poten
cialidades e fra
gilidades em re
lação ao aten-
dimento pres-
tado pela equi-
pe de saúde e
Percebendo o
acolhimento
familiar no
puerpério.
70. Percepção de AMANDO, 2016 BDENF Analisar a per- Estudo descritivo As mães reco-
mães sobre o A. R.; et al cepção das qualitativo, realizado nheceram a im
processo de ama- mães quanto ao com 17 mães de portância da
mentação de processo de a- recém-nascidos pré- prática da ama
recém-nascidos mamentação de termo internados nas mentação para
prematuros na recém-nascidos Unidades Neo-natais os filhos, po-
unidade neonatal pré-termo inter- de um hospital pú- rém encontra-
nados em Uni- blico materno infantil ram dificulda-
dade Neonatal de Petrolina (PE), en- des de ama-
de Cuidados tre janeiro e fevere- mentar os pre-
Intermediários e iro de 2016. Os da- maturos sob
Intensivos. dos coletados medi- hospitalização,
ante entrevista estru- devido ao es-
turada foram analisa- tado crítico e
dos pelo método de às rotinas dos
análise de conteúdo setores de in-
temática. ternamento.
71. Promoção do SILVA, D. 2018 LILACS Analisar o dis- Pesquisa qualitativa, A análise dos
aleitamento ma- D.; et al BDENF curso de gestan- exploratório,descriti- dados deu ori-
terno no pré-natal: tes e profissio- va. A coleta de dados gem a 3 discur
discurso das nais de saúde foi realizada de mar- sos coletivos:
gestantes e dos sobre as orien- ço a julho de 2015, promoção do
profissionais de tações acerca por meio de entrevis- aleitamento
saúde do aleitamento tas semiestruturada materno no
materno forneci com 11 gestantes e 8 pré-natal, orien
das durante o profissionais de saú- tações sobre a-
pré-natal na de do município de leitamento ma-
rede básica de Florianópolis Santa terno no puer
saúde. Catarina. Os dados pério e outras
foram analisados a fontes de infor
partir do discurso do mação sobre a-
sujeito coletivo. leitamento ma-
terno. Entre as
orientações
fornecidas
Continua
47

durante o pré-
natal desta-
cam-se aquelas
relativas ao
preparo das
mamas, van-
tagens da ama-
mentação e im
portância do
AME até o
sexto mês de
vida
72. Tempo de BASTIAN, D. 2015 LILACS Verificar o tem- Estudo transversal A prevalência
aleitamento ma- P.; po de aleita- com 55 crianças de 0 de AME no
terno e os fatores TERRAZZA mento mater- a 18 meses matri- sexto mês de
de risco para o N, A. C. no e os fatores culadas em 4 escolas vida foi de
desmame preco-ce de risco para o de Porto Alegre, RS. 1,8%. A media
desmame pre- Aplicados questioná- na de aleita-
coce em crian- rios para coleta de men to mater-
ças frequenta- dados sobre a gesta- no foi 180 dias
doras de esco- ção, nascimento, ale- e a mediana de
las particulares itamento materno e AME foi 90
de educação características socio- dias. Houve
infantil. demográficas da associação po-
mãe. Estudo aprova- sitiva entre des
do pelo comitê de éti mame e intro-
ca do Hospital Moi- dução da chu-
nhos de Vento, Porto peta nos pri-
Alegre. Aplicados meiros dias.
testes Student, Qui Receber orien
Quadrado Kaplan- tação sobre
Meier e Regressão de aleitamento
Poisson. durante a ges-
tação foi fator
importante
para preve nir
o desmame
precoce.
Fonte: Elaborada pela autora, 2019
48

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA


A unidade de saúde conta com um quadro de profissionais composto por
enfermeiros, médicos ginecologistas e obstetras, médicos pediatras e puericultura, dentistas,
fonaudiólogo, nutricionista e técnicos de enfermagem. Destes, 27 atuam diretamente na
assistência à mulher e à criança.
Durante a captação dos dados, foram entrevistados 22 profissionas de saúde que
atuam na Unidade de Saúde selecionada.

Quadro 3: Relação de profissionais entrevistados na unidade municipal de saúde Policlínica Regional Dr. Sérgio
Arouca
Número de profissionais da Número de profissionais
Profissionais
Unidade entrevistados
Enfermeiro 5 5
Médico ginecologista e
obstetra 3 2
Médico Pediatra e
Puericultura 3 2
Dentista 4 3
Fonaudiólogo 1 1
Nutricionista 1 1
Técnico de Enfermagem 10 8
Total 27 22
Fonte: Elaborada pela autora, 2019

4.2 NUVEM DE PALAVRAS


O método nuvem de palavras, promove o agrupamento e organização das palavras de
acordo com sua frequência, destacando as mais frequentes, o que possibilita sua identificação
de forma rápida (MOURA et al., 2014). Após submeter os segmentos de texto ao
IRAMUTEQ, o software agrupou as palavras mais frequentes no corpus analisado e
organizou de froma visual na nuvem de paavras.
49

Figura 2. Nuvem de palavras “Visão dos profissionais de saúde sobre as dificuldades de manter o aleitamento”
Niterói/RJ, 2019

Fonte: Software IRAMUTEQ, dados da pesquisa

Por este método, foi possível observar que as palavras mais frequentes foram: não
(47 vezes), criança (13 vezes), trabalho (12 vezes), ficar e dar (11 vezes), amamentar (9
vezes), voltar a trabalhar (9 vezes) e peito (8 vezes) na transcrição das entrevistas para a
elaboração do corpus textual.
A palavra“ não” reflete o déficit de conhecimento dos profissionais sobre a realidade
das mulheres que frequentam a Unidade de Saúde (Policlínica) evidenciado por “Não sei
informar porque eu não tenho essa abordagem direta com os pacientes” (Dentista 2), “Não,
assim, talvez o próprio ambiente familiar, mas não vejo” (Médico 3).
É importante que os profissionais de saúde conheçam a realidade da comunidade a
qual prestam assistência para que tracem metas e elaborem estratégias que atendam as
demandas da comunidade em que estão inseridos. Em relação ao AME, Guimarães (2018)
destaca que

Ressaltam-se a importância da persuasão, o conhecimento e o vínculo que o


profissional enfermeiro deve possuir no momento da orientação/apoio sobre a
amamentação, visto que o mesmo assiste o binômio mãe-filho durante todo o ciclo
gravídico-puerperal. Tais habilidades são fundamentais para favorecer a confiança
50

da mulher na prática do aleitamento materno. Para os profissionais da saúde, em


especial o enfermeiro, a identificação de mães que apresentam risco para o desmame
precoce baseada em variáveis modificáveis, como a confiança materna, pode
facilitar o desenvolvimento de ações em prol da amamentação. Assim, várias
ferramentas têm sido desenvolvidas para auxiliar os profissionais da saúde a
determinar os comportamentos que estão relacionados às variáveis modificáveis,
como é o caso da autoeficácia na amamentação.

Voltar a trabalhar e trabalho se inserem no contexto de “Ah, eu só dei mamar, o peito


até três meses de idade ou até quatro meses, porque eu tive que voltar a trabalhar” (Técnico de
enfermagem 4) e “elas não conseguem fazer o aleitamento materno exclusivo até os seis
meses porque elas tem que voltar antes ao trabalho” (Técnico de enfermagem 7).
O retorno ao trabalho é um dos fatores relacionados ao desmame precoce e à
introdução precoce de outros alimentos. Mulheres que exercem atividades laborais fazem
parte do grupo de risco para a interrupção do AME. Faz-se necessário que sejam planejdas
estratégias que contemplem informações quanto a ordenha e armazenamento adequado do
leite materno a fim de se promover, proteger e manter a continuidade do AME (OLIVEIRA,
2015).
As palavras “ficar, dar e peito” estão inseridas no contexto e a mulher sentir se presa
à criança devido à demanda por leite materno, evidenciado pela fala “ Fica preso, não, o dia
inteiro no meu peito” (Fonoaudióloga).

4.3 DENDOGRAMA

O dendrograma apresenta os grupos formados por agrupamento de palavras em cada


classe e em seus níveis de similaridade. A porcentagem (%), representa a % de segmentos de
texto que contém a palavra que aparecem nessa classe. O qui-quadrado (χ2) expressa a força
de ligação entre a palavra e a classe (SALVIATI, 2017).
51

Figura 3. Dendograma da Classificação Hierárquica Descendente do conteúdo corpus da pesquisa

Fonte: Software IRAMUTEQ, dados da pesquisa


O IRAMUTEQ determinou três classes de palavras que caracterizam as categorias de
dificuldades de manter o AME. A classe 1 apresenta as principais causas de interrupção do
AME (27,3%), a classe 2 traz a questão da rede de apoio (31,8%), e classe 3 apresenta a
questão da insegurança (40,9%), em relação ao AME, na percepção dos profissionais de
saúde.

4.3.1 Causas de interrupção do AME


Entre as causas de interrupção do AME, o trabalho materno é um dos elementos que
dificultam ou impedem a continuidade do AME, Sendo uma das causas do desmame ou a
introdução de outros alimento precoce (BASTIAN & TERRAZZAN, 2015). Ele aparece em
50 % dos segmentos de texto analisados, associado ao tempo de licença maternidade (75%),
mês de duração da licença maternidade (71,4%), voltar a trabalhar (71,4%), idade da criança
e materna (66,6%).
52

“É impede, o trabalho. A parada aos quatro meses para voltar ao trabalho, acho
que é o maior empecilho.” (Médico 5)
“[...] pacientes muito jovens, que não querem ficar amamentando, é pacientes, às
vezes de maior idade, que tem 5 a 6 filhos, que não tem mais paciência de
amamentar” . (Médico 6)
“Porque elas não conseguem fazer o aleitamento materno exclusivo até os seis
meses porque elas tem que voltar antes ao trabalho. Essa lei poderia ser mudada
né? Já que o aleitamento materno exclusivo é até seis meses, então elas teriam que
ficar de licença até seis meses, né?” (Técnico de enfermagem 6)

O trabalho é um fator e risco para o desmame precoce. A ausência materna está


relacioonada com a introdução de alimentação complementar antes dos seis meses, o que
contribui com o desmame precoce. A licença maternidade contribui para a continuidade do
AME “visto que, durante esse período, a mulher pode proporcionar atenção e leite materno
sobre livre demanda em tempo integral ao recém-nascido” (FERREIRA; D'ARTIBALE &
BERCINI, 2013)
Oliveira (2015) afirma que

O afastamento do binômio mãe-filho devido o retorno da mulher ao trabalho é fator


de risco para a ocorrência do desmame precoce, sendo a insuficiência de
informações quanto a ordenha e armazenamento adequado do leite materno, tema
que geralmente não faz parte do senso comum e pouco falado no período pré-natal,
como um desses fatores agravantes.

4.3.2 Rede de apoio


Apesar da ideia comum de que amamentar é instintivo, na realidade o ato deve ser
aprendido, para que seja feito da forma correta, observando as particularidades e necessidades
de cada mulher tendo como referencial a família, as amizades e a comunidade em que está
inserida (ALVES E SILVA, 2018).
Segundo Teixeira ( 2017)

...para que ocorra uma amamentação bem sucedida, a mãe necessita de constante
incentivo e suporte durante o ato de amamentar, que pode ser oferecido pela família,
comunidade e profissionais de saúde, haja vista não basta apenas que a mãe opte
pelo ato de amamentar seu filho, mas que esteja inserida em um meio que apoie a
sua decisão.

As palavras questão (100%), mulher (83,3%), gente (100%), influenciar (100%),


trabalhar (57,1%) e mãe (60%), aparecem nessa categoria e são expressos no contexto de:
53

“[...] o que acho de crença, que vem da mãe, vem da vó “dá leite, bota isso,
amamenta essa criança, pode dar uma fórmula, não faz mal, você precisa
descansar” [simboliza fala de terceiros] (Técnico de enfermagem 2)
“[...] eu acho que a questão da família, dessas mulheres mais velhas e do pediatra
influencia muito. ” ( Enfermeira 2)
“[...] chega uma vizinha e “Ah, vai começando a dar papinha, vai começando a dar
isso, porque você vai voltar a trabalhar” [simboliza fala de terceiros](Técnico de
enfermagem 8).

Guimarães ( 2018) ressalta a importância da rede de apoio formada por familiares e


rede social para a implantação e contiuidade do AME ao afirmar que “O apoio pode deixar a
mulher mais confiante e segura, aumentando a autoeficácia para amamentar.”
O mesmo autor afirma que

A persuasão verbal está relacionada com o reforço positivo promovido por


profissionais da saúde que estão assistindo as lactantes, assim como de seus
familiares e outras pessoas que fazem parte de sua rede social. Quanto maior a
credibilidade promovida pela persuasão verbal, maior será a capacidade da mulher
para atingir a percepção de autoeficácia.

4.3.3 Insegurança
A insegurança quanto à incapacidade de alimentar e cuidar do bebê, acompanha a
maternidade, principalmente em primíparas. Os mitos de leite fraco e insuficiente, o leite não
sacia o bebê ou que a mama irá cair, estão relacionados com o desmame precoce e a
introdução de outros alimentos (MARQUES, COTTA & PRIORE, 2011). Além disso, o
conhecimento das gestantes quanto à importância do AME é insuficiente, devido à escassez
de orientações durante o pré-natal (OLIVEIRA, 2017).
Os termos amamentar (100%), leite fraco (100%), criança (75%), dar (66,6%) e ser
(63,6%), surgem nessa classe, pois estão relacionadas à insegurança das nutrizes com o
processo da amamentação, sendo evidenciados por frases como:

“[...] preocupação do bebê tá chorando um pouco mais, e isso significar pra essas
pessoas que ele tá com fome[simboliza fala da mãe]” (Médico 3)
“Fica preso, não, o dia inteiro, não, não dá, meu leite não sacia, meu leite não
sacia o bebe, eu tenho que dar uma mamadeira [simboliza fala da mãe]”
(Fonoaudióloga 1)
É, na minha opinião é o pior, dessa ideia de: ‘Ah! Não, o leite é fraco, a formula é
mais forte, a criança fica mais bem alimentada, dorme melhor’ [simboliza fala das
mães], até isso elas veem, porque aí não tem o trabalho de dar mamar e acaba que
a criança dorme mais.(Enfermeira 2)
“A partir do momento que a criança não faz a pega direito, machuca a mãe há esse
tipo de reação, inconscientemente há uma rejeição da mãe “ a criança tá me
54

machucando, eu não sei amamentar, eu acho que ela quer outra coisa”[simboliza
fala da mãe] (Técnico de enfermagem 8).

A autoeficácia/confiança da mulher sobre a amamentação é um dos fatores


determinantes para a continuidade do AME. A insegurança materna está associada à sua
percepção sobre a qualidade da composição do leite, da quantidade produzida, sobre a
saciedade do bebê após a mamada, contribuem com o desmame preoce (Guimarães, 2018).

4.4 ANALISE DE SIMILITUDE


A árvore de similitudes traz a conexão entre os termos expressados durante a
pesquisa. E se baseia na teoria dos grafos, associação entre as palavras evocadas e suas
relações com variáveis descritivas, o que permite identificar as ocorrências e a conexidade
entre as palavras, auxiliando na identificação da estrutura da representação (MARCHAND;
RATINAUD, 2012).

Figura 4. Análise de Similitude entre as palavras “Visão dos profissionais de saúde sobre as dificuldades de
manter o aleitamento” Niterói/RJ, 2019

Fonte: Software IRAMUTEQ, dados da pesquisa


55

No centro da árvore está o verbete “Não”, que retrata a não observação de barreiras
por uma parte dos profissionais ouvidos, pois relatos como “Não, não acredito não, pelo
menos elas não passam isso pra gente” (Enfermeira 4) foram comuns à todas as profissões
entrevistadas.
Também é possível observar que o fator “Trabalho”, tem uma grande influência na
interrupção do AME.
Outra expressão que observada, de forma menos frequente, mas nem por isso menos
importante, foi o Constrangimento, “grande constrangimento, por exemplo, em amamentar
em público, eu ainda vejo isso, existe um constrangimento, da nossa sociedade, que é
machista“ (Médica 2). Mesmo com as campanhas em prol do aleitamento materno nas
diferente mídias e redes sociais e leis que asseguram essa prática, muitas mulheres se sentem
constrangidas em amamentar em público.
56

5 CONCLUSÃO
O puerpério é uma fase da maternidade em que a mulher ainda está se adaptando à
maternidade, mesmo sendo ela multípara, já que traz modificações corporais e
comportamentais, alterando sua rotina. Nota-se que as mulheres envolvidas no processo de
amamentação, estão sujeitas à diversos estressores que podem ter impacto negativo na
continuidade do AME. Como por exemplo, a volta ao trabalho após somente quatro meses de
licença maternidade, falhas na rede de apoio da mulher e a insegurança quanto a qualidade do
leite materno e a efetiva nutrição adequada da criança e o manejo da amamentação,
pricipalmente a exclusiva.
Sendo assim, faz-se necessário que o profissional de saúde envolvido na assistência
dessa mulher, observe as características e as necessidades a que esta mulher está sujeita, a fim
de criar estratégia, que englobem o pré-natal e puerpério, incluindo a família, formando uma
rede de apoio que auxilie essa mulher no cuidado com a criança, dando suporte para que a
mesma dê continuidade ao AME.
57

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES E SILVA, Leylla Lays, et al. Prevalência do Aleitamento Materno Exclusivo e
Fatores de Risco. Saúde e Pesquisa, 2018, 11.3.

BARBIERI, M. C. et al. Aleitamento materno: orientações recebidas no pré-natal, parto e


puerpério. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, v. 36, n. 1Supl, p. 17-24, 2015.

BASTIAN, D. P.; TERRAZZAN, A. C. Tempo de aleitamento materno e os fatores de risco


para o desmame precoce. Nutrire Revista Sociedade Brasileira de Alimentação e
Nutrição, v. 40, n. 3, p. 278-286, dez. 2015.

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___________________________. Bases para a discussão da Política Nacional de promoção,


proteção e apoio ao aleitamento materno. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em:
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___________________________. Guia alimentar para crianças menores de 2 anos. Brasília:


Ministério da Saúde, 2009.

___________________________. OMS e Unicef definem orientações para promover


aleitamento materno em unidades de saúde. Disponivel em:
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___________________________. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção


Básica. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar.
2a. ed. Brasília, DF: Editora do Ministério da Saúde; 2015. (Cadernos de Atenção Básica, n.
23)

___________________________. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança :


orientações para implementação / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2018.
http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/Politica_Nacional_de_Atencao_Integral_a_Saude_d
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61

7 ANEXO

7.1 PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP


62
63
64
65
66

~
67

7.2 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO


68
69

7.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

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