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NITERÓI
2019
SABRINA EDWIRGES GOMES GARZEDIM
Orientadora:
Prof.a Dr.a Luciana Rodrigues da Silva
Niterói
2019
SABRINA EDWIRGES GOMES GARZEDIM
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________
Prof.a Dr.a Luciana Rodrigues da Silva (Orientadora) - UFF
_____________________________________________
Profª. Drª. Maria Estela Diniz Machado ( 1ª Examinadora) - UFF
_____________________________________________
Profª. Drª. Ana Luiza Dorneles da Silveira (2ª Examinadora) - UFF
Niterói
2019
Ao meu esposo, Luís Carlos Rocha dos Santos
Às minha filhas, Ana Luísa Garzedim dos Santos
e Samira Ágatha Garzedim dos Santos
AGRADECIMENTOS
À Deus por ter me dado vida, forças e condições de chegar até aqui.
Ao paciente desconhecido, que sem nome, origem e já sem vida, me emprestou seu corpo
para que ali, no laboratóro de anatomia, aprendesse a tocar, conhecer o corpo humano e
entender a efêmeridade e fragilidade da vida e assim ter respeito e não provocar dano aos
outros.
Aos pacientes que passaram por mim durante todo o curso, com quem tanto aprendi,
pratiquei, ouvi e fui ouvida. Minha gratidão eterna.
À minha família por ter me apoiado, entendido minhas ausências, me estimulado a continuar,
mesmo nos diversos momentos que pensei em desistir. Vocês são a minha força motriz, meu
norte, minha vida.
Aos amigos e colegas que fiz ao longo do curso. Quero levá-los para a vida. Márcia, nos
encontramos nos últimos períodos, mas você não tem noção de como me ajudou a chegar até
aqui.
À Universidade Federal Fluminense que passei a ter como lar desde o primeiro dia em que lá
estive.
Aos meus professores por todo o conhecimento compartilhado. Com vocês eu aprendi a
encarar e superar desafios, a não desistir, a olhar o outro como pessoa e entender que, apesar
de fisiologicamente semelhantes, somos tão diferentes, cada um tem sua particularidade que
deve ser observada e levada em consideração durante a assistência.
À Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa e aos seus profissionais. Meu carinho
especial ao Evandro e à coordenadora Cristina Escudeiro.
Ao Hospital Universitário Antônio Pedro e aos profissionais que ali trabalham, por partilhar
suas experiências e vivências.
À Florence Nightingale e Ana Nery, por seu pioneirismo e pela linda profissão que
desenvolveram.
À Aurora.
Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento.
Bíbilia Sagrada - Provérbios 3:13
RESUMO
Introduction: Breast milk contains, in addition to the necessary nutrients the energetic and
metabolic demands of the child, bioactive substances that act providing that their growth and
development occur in a healthy way. Exclusive breastfeeding is defined as offering only
breast milk, without the need for juices, teas, water and other foods up to 6 months. However,
even with all exclusive breastfeeding support policies, their prevalence did not meet the
targets set by WHO. Objective: To analyze the perception of health professionals about the
difficulties that mothers encounter in maintaining exclusive breastfeeding. Methodology:
Descriptive study with qualitative approach, conducted in a public health unit in the city of
Niterói, in the state of Rio de Janeiro. Health professionals from the technical and higher
levels who work in sectors focused on women's and children's health care participated in the
research. The work is based on a multicenter research entitled “Exclusive breastfeeding:
sociocultural determinants in Brazil”, coordinated by EEAN / UFRJ. The data collection
period occurred from October 2018 to April 2019, using semi-structured interview techniques
with specific form. The interviews were recorded and transcribed for further analysis. The
interview transcripts were analyzed using the IRAMUTEQ software, using the word cloud,
descending hierarchical classification and similarity analysis, which organize and group the
words according to their frequency in the corpus and text segments corresponding to the
transcribed texts of the interview. Results: In the word cloud, the most frequent words are: no
(47 times), child (13 times), work (12 times), stay and give (11 times), breastfeeding (9
times), return to work ( 9 times) and chest (8 times) in the transcription of the interviews for
the elaboration of the textual corpus. The word “no” reflects the lack of knowledge about the
reality of women attending the health unit. “Go back to work and work” fits into the context
of women and the job market. IRAMUTEQ determined three word classes that characterize
the difficulties of maintaining exclusive breastfeeding: causes of interruption of exclusive
breastfeeding (27.3%), support network (31.8%), insecurity (40.9%). Conclusion: The
puerperium is a phase of motherhood in which the woman is still adapting to motherhood,
even though she is multiparous, because it brings body and behavioral changes, changing her
routine. Women involved in the breastfeeding process are subject to various stressors that
may have a negative impact on exclusive breastfeeding continuity. Such as returning to work
after only four months of maternity leave, failures in the women's support network, and
insecurity about the quality of breast milk and the effective effective nutrition of the child and
the management of breastfeeding. It is necessary for the health professional involved in the
care of women to observe the characteristics and needs to which she is subject, in order to
create strategy that includes prenatal and postpartum care, including the family, forming a
support network that enables assist in caring for the child by supporting the continuity of
exclusive breastfeeding.
QUADRO 1: Artigos selecionados, que contemplavam o tema deste trabalho e atendiam aos
critérios de inclusão, localizados em ambiente da BVS no período de 2015 a 2019, p. 18
QUADRO 2: Síntese dos artigos selecionados quanto a autoria, ano de publicação, método e
resultados, p. 19
QUADRO 3: Relação de profissionais entrevistados na unidade municipal de saúde
Policlínica Regional Dr. Sérgio Arouca, p. 48
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AM Aleitamento Materno
AME Aleitamento Materno Exclusivo
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária
ATSCAM Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno
BDENF Banco de Dados em Enfermagem
BVS Biblioteca Virtual em Saúde
CAAE Certificado de Apresentação para Apreciação Ética
CNS Conselho Nacional de Saúde
CNAM Comitê Nacional de Aleitamento Materno
CORSAMI Coordenação de Saúde Materno-Infantil
CPMI Coordenação de Proteção Materno-Infantil
DesCS Descritores de Ciências da Saúde
DINSAMI Divisão Nacional de Saúde Materno-Infantil
DNRC Departamento Nacional da Criança
EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
EEAN Escola de Enfermagem Ana Nery
IHAC Iniciativa Hospital Amigo da Criança
INAN Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição
LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
MES Ministério da Educação e Saúde
NCAL Normas para Comercialização de Alimentos para Lactentes
NUPESICA Núcleo de pesquisa e Estudos em Saúde Integral da Criança e do
Adolescente
OPAS Organização Pan-Americana da Saúde
OMS Organização Mundial da Saúde
PAISC Programa de Atenção Integral a Saúde da Criança
PAISMC Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher e da Criança
PAISM Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher
PNAISC Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança
PNS Programa de Nutrição em Saúde do
PRMI Projeto de Redução da Mortalidade Infantil
RBLH-BR Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano
RBS Rede Básica de Saúde
SCIELO Scientific Electronic Library Online
SUS Sistema Único de Saúde
UFF Universidade Federal Fluminense
UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro
UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância
WHO World Health Organization
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO, p. 3
1.1 OBJETO, p. 4
1.2 QUESTÃO NORTEADORA, p. 4
1.3 OBJETIVO p. 4
1.4 JUSTIFICATIVA, p. 4
1.5 RELEVÂNCIA, p. 5
1.6 CONTRIBUIÇÃO DO ESTUDO, p. 6
2 BASES CONCEITUAIS, p. 7
2.1 HISTÓRICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS DE INCENTIVO AO
ALEITAMENTO MATERNO, p. 7
2.2 ALEITAMENTO MATERNO, p.12
2.3 BARREIRAS QUE INVIABILIZAM A MANUTENÇÃO DO AME, p.13
2.4 O PAPEL DO PROFISSIONAL DE SAÚDE PARA A MANUTENÇÃO DO AME, p.14
3 METODOLOGIA, p. 16
3.1 TIPO DE ESTUDO, p.16
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA, p.16
3.3 COLETA DE DADOS, p.16
3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS, p.17
3.5 ASPECTOS ÉTICOS, p.17
3.6 LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO, p.17
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES, p. 48
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA, p.48
4.2 NUVEM DE PALAVRAS, p.48
4.3 DENDOGRAMA, p.50
4.3.1Causas de Interrupção do AME, p.50
4.3.2 Rede de Apoio, p.52
4.3.3 Insegurança, p. 53
4.4 ANÁLISE DE SIMILITUDE, p.54
5 CONCLUSÃO, p. 56
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, p. 57
7 ANEXO, p. 61
7.1 PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP, p. 61
7.2 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO, p. 67
7.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS, p. 69
3
1 INTRODUÇÃO
Sabe-se que o leite materno é um alimento completo e capaz de nutrir uma criança de
0 a 6 meses, mas a falta de informação e as crendices populares interferem na adesão ao
aleitamento. É comum ouvir relatos de mães que afirmam que seu leite é fraco, que não
produzem leite suficiente, ou que a criança sente muita fome, e que seu leite não é capaz de
nutrir a criança.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) afirma que “uma boa
nutrição é a base da sobrevivência, saúde e desenvolvimento infantil”. O resultado de uma
boa nutrição na vida de uma criança a torna mais capaz de contribuir com sua comunidade e
de superar e resistir a doenças e desastres.
O aleitamento materno exclusivo (AME), definido como a prática de alimentar a
criança unicamente com leite materno durante os primeiros 6 meses de vida (sem introduzir
nenhum outro alimento), é de suma importância para o desenvolvimento do lactente, porém
desenvolvê-lo e mantê-lo esbarra em barreiras que, muitas vezes, fogem ao controle das
mães.
A OMS define o leite materno como o alimento mais completo para a criança até os
6 meses de idade, pois além de ser completo do ponto de vista nutricional, está relacionado
com a prevenção de doenças crônicas, alérgicas, autoimunes e infecções e com a redução nas
taxas de mortalidade infantil. Já para a mulher, está relacionado diminuição do risco de alguns
cânceres com a involução uterina, a diminuição dos sangramentos no pós-parto e possibilita a
criação e fortalecimento do vínculo entre mãe e filho.
Apesar de muitas mães serem orientadas sobre os benefícios do AME, tanto para a
criança quanto para ela, muitas introduzem fórmulas, chás, sucos e outros tipos de
complementos, o que pode estimular o desmame precoce.
É papel do profissional de efermagem promover o aleitamento materno desde o pré-
natal e durante o puerpério, elaborar e implementar estratégias que envolvam a gestante, a
puérpera e seus familiares, criando uma rede de apoio que contemple as particularidades de
cada grupo e assim dê o suporte que esta mulher necessita para desenvolver o AME. É
importante, ainda, que esse profissional realizae o manejo adequado da amamentação,
orientando, estimulando e dirimindo a dúvidas que possm surgir.
4
1.1 OBJETO
A percepção dos profissionais de saúde sobre as barreiras enfrentadas pelas mães
para manter o aleitamento materno exclusivo.
1. 3 OBJETIVO
Analisar a percepção dos profissionais de saúde sobre as dificuldades que as mães
encontram em manter o aleitamento exclusivo.
1.4 JUSTIFICATIVA
O aleitamento materno traz benefícios tanto para a mãe quanto para a criança. Ao
amamentar, a mãe estabelece vínculos com a criança, tem redução do estresse, pela separação
abrupta do parto, além da contração uterina promovida pela liberação da ocitocina. Já para a
criança, o aleitamento materno contribui para sua nutrição, estimula o desenvolvimento da
musculatura e ossatura bucal, da respiração correta, além do estabelecimento da microbiota
digestiva da flora do bebê (BRASIL, 2017, p.13)
Apesar das campanhas de promoção à amamentação, apoiadas em pesquisas e
evidências científicas sobre os benefícios do aleitamento materno, a prevalência, no Brasil,
não alcançou as metas recomendadas, principalmente no que diz respeito ao AME. A atuação
de um profissional de saúde capacitado, preparado e com um olhar atento e diferenciado, para
a mulher, seus aspectos emocionais, sua rede social e de apoio, traz um impacto positivo
sobre a prevalência do aleitamento materno, pois ao identificar e compreender o aleitamento
materno no contexto sociocultural e familiar, passa a escutar, valoriza e empoderar essa
mulher e a buscar estratégias de informar à população sobre os benefícios da pratica do AME
(BRASIL, 2015, p 11).
No mundo, há diversas iniciativas voltadas para a redução da mortalidade infantil,
como os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), fomentado pela Organização das
Nações Unidas (ONU). Estas iniciativas, contribuiram para redução da mortalidade infantil
nas últimas décadas. Entre 1990 e 2013, a taxa global de mortalidade infantil reduziu de
5
63/1.000 Nascidos Vivos (NV) para 34/1000 NV. Já no Brasil a redução foi de 51/1.000 NV
para 12/1.000NV. Ainda assim, a mortalidade infantil por causas evitáveis ainda é
preocupante. As principais causas de morte evitáveis, em crianças de 0 a 5 anos, são doenças
como pneumonia, diarreia e malária (TAVARES, et al. 2016, p.3).
A diarreia aguda é uma das principais causas de morbimortalidade infantil e sua
incidência, assim como a de outras doenças infecciosas, está associada ao desmame precoce
entre crianças menores de seis meses. O AME é uma intervenção extremamente importante
para a sobrevivência infantil, devido à proteção que fornece à criança pela transferência de
imunidade e por seu teor nutricional. A promoção do AM/AME contribui para a diminuição
da morbidade por doenças infecciosas (SANTOS, 2016, p.2).
Sendo assim, este trabalho justifica-se, devido a importância de se manter o
aleitamento materno exclusivo em de 0 a 6 meses e as dificuldades que as mães enfrentam
para desenvolvê-lo, como o retorno precoce ao mercado de trabalho, as crenças e práticas
culturais em que essa mulher está inserida.
1.5 RELEVÂNCIA
Ao realizar buscas no Descritores de Ciências da Saúde (DesCS-BVS) foram
encontrados 1967 para o descritor Aleitamento Materno, 7399 para Lactente, 13344 para
Fatores Socioeconômicos, 15288 para Desmame Precoce e 3034 Profissionais da Saúde.
Apesar do número de descritores abordando o tema, observa-se que o aleitamento
materno exclusivo ainda encontra muitas barreiras em relação a orientação realizada pelos
profissionais de saúde de forma correta e eficaz e também na implementação pelas mães
lactantes.
A relevância deste trabalho, consiste na necessidade de identificar as barreiras
enfrentadas pelas mães em manter o aleitamento materno exclusivo através do relato e
observação dos profissionais de saúde, possibilitando um fortalecimento da rede de apoio à
mãe e a criança e o planejamento de estratégias de promoção ao aleitamento materno,
atendendo, assim, à Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) de
2018, que traz o aleitamento como um eixo estratégico.
6
2 BASES CONCEITUAIS
2.1 HISTÓRICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS DE INCENTIVO AO
ALEITAMENTO MATERNO
O desenvolvimento da sociedade e a inserção da mulher no mercado de trabalho, no
fim do século XIX, provocou um aumento na demanda do uso de fórmulas e leites artificiais
e, consequentemente, um declínio na prática do AM, o que contribuiu com um aumento da
mortalidade infantil. Ao longo dos anos foram desenvolvidas e implementadas políticas
públicas cujos objetivos incluíam a promoção, a proteção, o apoio ao aleitamento materno e a
diminuição da mortalidade infantil (BRASIL, 2017, p. 14).
Durante o Estado Novo (1937/1945), foi instituído o primeiro programa voltado à
proteção à maternidade, à infância e à adolescência. O Departamento Nacional de Saúde do
Ministério da Educação e Saúde (MES), através da Divisão de Amparo à Maternidade e à
Infância, era o responsável pelo desenvolvimento das atividades do programa. Em 1940, o
Departamento Nacional da Criança (DNCr) passou a ser responsável pelas atividades desse
programa. O DNCr foi responsável pela coordenação da assistência materno-infantil, no
Brasil, até 1969. Entre os objetivos do DNCr estavam a normatização do atendimento
materno-infantil e o combate a mortalidade infantil. Após o desmembramento do Ministério
da Educação e Saúde (MES), foi criado, em 1953, o Ministério da Saúde, que passou a ser
responsável pelas ações atribuídas ao DNCr (BRASIL, 2011, p. 09 -12).
Em 1969, o DNCr foi extinto e, em 1970, foi criada a Coordenação de Proteção
Materno-Infantil (CPMI) cujas atribuições eram o planejamento, a orientação, a coordenação
e a fiscalização das atividades de proteção à maternidade, à infância e à adolescência de
acordo com o Decreto nº 66.623, de 22 de maio de 1970. Em 1974, foi criado o Programa
Nacional de Saúde Materno-Infantil que compreendia os subprogramas: Assistência Materna;
Assistência à Criança e ao Adolescente; Expansão da Assistência Materno-Infantil;
Suplementação Alimentar por meio do Programa de Nutrição em Saúde do Instituto Nacional
de Alimentação e Nutrição (PNS/INAN); Educação para a Saúde; e Capacitação de Recursos
Humanos. Os objetivos do Programa Nacional de Saúde Materno-Infantil era a redução da
morbidade e da mortalidade da mulher e da criança, através de estratégias que incluíam
concentrar recursos financeiros, melhorar a infraestrutura de saúde e a qualidade da
informação, estimular o aleitamento materno, garantindo suplementação alimentar para a
prevenção da desnutrição materna e infantil, ampliando e melhorando a qualidade das ações
8
Figura 1 – Histórico das ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno no Brasil
1
VITOLO, M. R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2008.
2
CIAMPO, L. A. D.; et al. Aleitamento materno e tabus alimentares. Rev. paul.pediatr. v.26, n.4, p.345-349,
2008.
13
3 METODOLOGIA
3.1 TIPO DE ESTUDO
Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa. O estudo descritivo
traz como objetivos descrever, classificar e interpretar fatos ou fenômenos de determinada
população e as relações entre as variáveis. Parte dos princípios de observar e explorar as
características de um grupo ou população (DYNIEWICZ, 2009, p. 91).
A abordagem qualitativa permite compreender melhor os processos sociais de grupos
distintos no contexto e que ocorrem. Segundo Minayo (2008, p. 57):
questão “Quais as barreiras maternas para manutenção do AME apontadas pela literatura
científica? ”.
Os critérios de inclusão utilizados, levaram em conta artigos e periódicos com os
descritores “Aleitamento Materno”, “Lactente”, “Fatores Socioeconômicos”, “Desmame
Precoce” e “Pessoal de Saúde”. Os textos selecionados apresentaram os descritores em
conjunto, em sua totalidade ou parcialmente e relacionados entre si. Foram selecionados
somente textos publicados no Brasil, em língua portuguesa, da área de saúde voltados para o
tema e no período compreendido entre 2015 e 2019. Foram localizados 93 artigos, cujo
conteúdo atendia aos critérios de busca, tendo como tema os assuntos dos descritores.
Após a análise dos artigos localizados, foram excluídos um total de 21 textos que não
atendiam aos critérios de inclusão. Dos artigos excluídos foram: 8 duplicatas, 1 tese de
mestrado e 12 cujo assunto estava fora do contexto deste trabalho. Foram selecionados 72
artigos.
QUADRO 1: Artigos selecionados, que contemplavam o tema deste trabalho e atendiam aos critérios de
inclusão, localizados em ambiente da BVS no período de 2015 a 2019.
Periódicos 2015 2016 2017 2018 2019 TOTAL
Acta Paul. Enferm 1 1 2
ACM Arq. Catarin. Med 1 1
Aquichan 1 1
Arq. Ciências Saúde UNIPAR 1 1
Av. Enferm 1 1
Ciênc. Cuid. Saúde 1 1
Cienc. Enferm 1 1
Ciênc. & Saúde Colet. 1 2 1 4
Cogitare Enferm 1 1
Distúrb. Comun 1 1
Esc. Anna Nery Rev. Enferm 1 1
Espaç. Saúde (Online) 1 1
J. Health Biol. Sci. 1 1
J. Nurs. Health 1 1
Jornal de Pediatria 1 1
Mundo Saúde (Impr.) 1 1
Nursing (Säo Paulo) 1 1
Nutrire Rev. Soc. Bras. Alim. Nutr 1 1
REME Rev. Min. Enferm 2 2
Rev. APS 1 1 2
Rev. Baiana de Enf 3 3
Rev. Bra. de Med. de Fam. e Comunidade 1 1
Revista Bra.de Saúde Mat. Infantil 1 1
Rev. Bras. Enferm 1 1 2
Continua
19
QUADRO 2: Síntese dos artigos selecionados quanto a autoria, ano de publicação, método e resultados.
14. Ama- NETTO, 2016 LILACS Identificar a preva- Pesquisa descritiva Observaram-se 88
mentação na A.; et al lência da desenvolvida em binômios, dos quais
primeira ho- amamentação na uma instituição hos 79,5 % ma-maram na
ra de vida primeira hora de pitalar com Iniciati- pri-meira hora de vida.
em uma ins- vida e seus va Hospital Amigo O parto normal foi um
tituição com resultados para a da Criança da Trí- fator protetor para a
iniciativa manutenção plice Fronteira, re- amamentação na pri-
hospital a- do aleitamento alizada no segundo meira hora e boa suc-
migo da materno. e terceiro trimestres ção. No alojamento
criança. de 2015. A coleta conjunto, os binômios
dos dados envolveu que ini-ciaram a ma-
observação da pri- mada na primeira hora
meira mamada e demonstraram melhor
após 18 horas de adaptação da sucção,
nascimento; e con- porém não melhor res-
tato telefônico após posta do recém –nas-
90 dias. Os dados cido. Após 90 dias do
foram analisados nas-cimento, a maioria
pela estatística sim- das crianças estava
ples. sendo amamentada,
mas também recebiam
leite artificial.
15. Ama- ADAMY, E. 2017 BDENF Relatar a experiência Estudo descritivo, Entre os diag-nósticos
mentação no K.; et al da implementação do tipo relato de de enfermagem, iden-
puerpé-rio do processo de enfer- experiência reali- tificou-se disposição
imedia-to: magem a mulheres zado por meio de para amamentação me-
relato de que se encontram no visitas domiciliares lhorada, ansiedade, dor
experiência puerpério imediato, a cinco mulheres. aguda, integridade da
da imple- no período de A coletade dados pele prejudicada, pa-
mentação do amamenta-ção, no deu-se por entrevis- drão do sono prejudi-
processo de contexto da visita ta, observação par- cado, conforto prejudi-
enfer- domiciliar. ticipante e registro cado, disposição para o
magem em diário de cam- conhecimento aumen-
po. Implementou- tado e risco de infec-
se o processo de ção. Para cada diag-
enfermagem com nóstico de enferma-
base nas taxono- gem, foram elencados
mias NANDA-I, resultados esperados e
NOC e NIC. identificadas as inter-
venções necessárias.
16. A ma- CIACIARE, 2017 LILACS Compreender o Estudo descritivo, Emergiram quatro ca-
nutenção B. C.; et al BDENF proces-so de de abordagem tegorias: a experiência
do amamentação a partir qualitativa à luz do prévia em aleitamento
aleitament do relato das mães de cuidado centrado materno no processo
o materno prematuros e na família. Foram de amamentar um pre-
de identificar fatores realizadas 12 en- maturo; contexto emo-
prematuros que facilitaram ou trevistas com mães cional versus processo
de muito dificu-ltaram esse de prematuros com de amamentação; o do-
baixo peso: processo. seis meses de ida- mínio do manejo da
experiênci de cronológica e os amamentação do pre-
a das mães. dados foram sub- maturo, sucessos e fra-
metidos à€ análise cassos. O apoio fami-
de conteúdo. liar e profissional, o
manejo adequado e o
Continua
25
acolhimento do serviço
de forma individualiza-
da foram reconhecidos
como responsáveis pe-
lo sucesso da amamen-
tação, podendo até
mesmo sobrepor o de-
sejo materno prévio.
17. Apoio TAMARA, L. 2017 BDENF Identificar o apoio Estudo descritivo, O conhecimento sobre
recebido B.; et al re-cebido com abordagem o aleitamento mater-
por mães por mães ado- qualiativa. Partici- no advém da observa-
ado lescentes para o param nove mães ção de mulheres com
lescentes proce-sso de adolescentes, na quem as adolescentes
no aleitamento materno. faixa etária entre os conviviam e de experi-
processo dez e 19 anos, ama- ências anteriores. Al-
de aleita- mentando ou não, gumas referiram se-us
mento cadastradas em benefícios, embora de
materno . uma estratégia saú- forma sucinta e reme-
de da família.Os tidos apenas à saúde
dados foram cole- da criança.Evidenciou-
tados por meio de se uma lacuna em rela-
entrevista semies- ção às orientações dos
truturada e subme- profissionais da saú-
tidos à análise te- de no pré-natal e puer-
mática. pério.
18. A pre- SANTOS, J. 2017 LILACS Estimar a prevalência Pesquisa quantita- Na avaliação das mães
valência T.; MAKUCH do aleitamento tiva, exploratória, de 50 crianças que es-
do , D. M. V. mater-no exclusivo descritiva; as parti- tavam internadas,
aleitament em crian-ças cipantes da pesqui- constatou-se a preva-
o materno menores de seis sa foram mães, de lência de amamenta-
exclsivo meses, internadas em filhos de 0-6 me- ção exclusiva antes do
em um hospital ses, que estavam internamento de 32
crianças de pediátrico de internados em qua- crianças; durante o
0a6 Curitiba, determinar tro Unidades de in- internamento, 16 crian-
meses os fatores que ternação em um ças permaneciam em
internadas influen-ciam e Hospital Pediátrico AME. As crianças que
em um dificultam a prática da cidade de Curiti- passaram a utilizar for-
hos-pital do aleitamento ba, que estavam a- mula, comparadas às
pediá-trico materno durante o in- mamentando antes crianças que eram a-
de ternamento hospitalar do internamento e mamentadas exclusiva-
Curitiba de crianças menores que aceitaram par- mente foram de 28%,
de seis meses no ticipar da pesquisa. demonstrando um indi-
local de estudo. ce elvado de desma-
me durante o interna-
mento.
19. As GARCIA, E. 2018 LILACS Verificar as ações de- Estudo descritivo e Dentre as ações reali-
ações de S. G. F.; et al , senvolvidas transversal realiza- zadas na pré-consulta a
enfermage BDENF pelos pro-fissionais do em um municí- aferição da pressão
m no de enferma- pio do Sul de Mi- arterial foi de 97,7%.
cuidado à gem na assistência às nas Gerais, que Quanto às orientações
ges-tante: gestantes em acompanhou 134 realizadas profissionais
um desafio unidades de atenção gestantes. O levan- sobre o aleitamento
à atenção primária à saúde. tamento das ações materno e teste do pe-
primá-ria desempenhadas pe- zinho constatou-se
de saúde los nove profissio- uma percentagem de
nais ocorreu por 30,59 % e 74,35%.
meio da observa-
Continua
26
ção e instrumento
que abordava as
melhores evidên-
cias científicas da
prática obstétrica.
20. BREIGEIRO 2015 LILACS Verificar a associa- Estudo transversal, As crianças foram cla-
Associ- N, M. K.; et ção entre estado amostra por conve- ssificadas em: eutrófi-
ação entre al nutri- niência, com 146 cas (71,9%), risco pa-
estado nu- cional, aleitamento crianças de 1-48 ra sobrepeso (13,0%);o
tricional, materno exclusivo meses e seus res- besidade(6,2%); magre
aleitament e tempo de interna- ponsáveis. Dados za(4, 1%); sobrepeso
o materno ção hospitalar de coletados em uni- (2,7%) e magreza a-
exclusivo crian-ças. dades pediátricas centuada(2,1%).O
e tempo de de um hospital do AME demonstrou ser
internação sul do Brasil, entre um fator de proteção
hospitalar janeiro e agosto de contra a magreza acen
de crianças 2012. Para análise, tuada; é fator de pro-
utilizaram-se os co- teção contra sobrepe-
eficientes de corre- so, risco para sobrepe-
lação de Pearson e so e obesidade.O tem-
de Spearman. po de internação hos-
pitalar foi maior para
sobrepeso/obesidade e
me nor para magreza
acentuada/ magreza.
21. SILVA, C. 2017 SCIELO Verificar a Estudo de corte A amamentação exclu-
Associ- S.; et al associação entre a transversal feito siva foi observada em
ação entre depressão pós-parto e nos estados da Re- 50, 8% das crianças e
depressão a ocorrência do gião Nordeste, du- 11, 8% das mulheres
pós-parto e aleitamento materno rante a campanha apresentaram sintoma-
prática de exclusivo. de vacinação de tologia indicativa de
aleitament 2010. A amostra depressão pós-parto.
o materno consistiu de 2.583 Na análise de regres-
ex-clusivo binômios mães- são logís tica multiva-
nos crianças entre15 di- riada foi verificada
primeiros as e 3 meses. Usou- uma maior chance de
três meses se a Escala de De- ausência do AME en-
de vida pressão Pós-Parto tre as mães com sinto-
de Edimburgo para mas de depressão pós-
rastrear a depressão parto
pós-parto. A depre-
ssão pós-parto foi
variável explana-
tória de interesse e
as covariáveis fo-
ram: condições so-
cioeconômicas e
demográficas,assist
ência pré- natal, ao
parto e pós-natal e
fatores da criança.
Fez-se análise de
regre-ssão logística
mul tivariada com
o objetivo de con-
trolar possíveis fa-
tores de confusão.
Continua
27
22. Atua VARGAS, G. 2016 LILACS Analisar a atuação Estudo qualitativo, Identificou-se que as
ção dos S.; et al dos profissionais de realizado em 3 uni nutrizes são desprovi-
profissio- saúde da ESF frente dades da ESF em das de informações a
nais de saú ao alei-tamento Silva Jardim/RJ, cerca do aleitamento
de da estra materno no puer- em 2014. Foram en materno, evidenciando
tégia saú pério. trevistadas 21 nutri lacunas na promoção e
de da famí zes por entrevista no apoio da amamenta
lia: promo se miestruturada, ção como introdução
ção da prá sendo as falas precoce de alimentos e
tica do alei submetidas à ausência de outras prá
tamento análise temática. ticas de educação em
materno saúde.
23. JESUS,P.C.;O 2017 LILACS Verificar a associa-
Estudo transversal Dos profissionais,
Capaci- LIVEIRA, M. ção entre capacita-nos 15 hospitais 48,1% tinham conhe-
tação de I. C.; ção em aleitamento com mais de 1000 cimentos; 58,9% habi-
profissiona MORAES, J. materno e conheci- partos/ano do muni lidades e 74,9 % práti-
is de saúde R. mentos, habilidades e
cípio do Rio de Ja- cas adequadas. A capa-
em aleita- práticas profissionais
neiro. Foram entre- citação teórico-prática
mento ma- vistados 215 profis- ≥ 18 horas, considera-
terno e sua sionais, sendo 48,4 da adequada, presente
associação % em Hospitais A em 65,6% dos profissi-
com migos da Criança, onais, mostrou associ-
conhe- por adaptação de ação significativa com
cimentos, questionário de conhecimentos habili-
habilidade reavaliação desta dades e práticas. Pro-
s e práticas iniciativa. Os três fissionais com menor
desfechos, dicoto- tempo de trabalho
apresentaram menos
mizados, foram uti-
conhecimentos e rela-
lizados em análises taram melhores práti-
bivariadas e multi- cas.A enfermagem re-
variadas, sendo ob latou melhores práticas
tidas razões de pre em relação aos médi-
valência ajustadas cos e a outras catego-
por modelo de re rias.
gressão de Poisson.
24. DIAS, R. B.; 2016 LILACS Analisar o conheci- Estudo qualitativo, Verificou-se que o co-
Conhe- BOERY, R. mento de enfermeiras exploratório, des- nhecimento das enfer-
cimento N. S. sobre as vantagens critivo, desenvol- meiras sobre as vanta-
de O.; VILELA, da amamentação para vido com oito en- gens da amamentação
enfermeira A. B. A. a família e descrever fermeiras do muni- para a família corres-
se a forma de inserção cípio de Itapetinga- ponde aos divulgados
estratégias des-ta nas ações Bahia, no primeiro pelo Ministério da Saú
de de saúde semestre de 2014. de e encontrados na li-
incentivo relacionadas à ama- Utilizou-se como teratura, como preven
da partici- mentação. técnica a entrevista ção e promoção da saú
pação semiestruturada e, de materno-infantil, au
fami-liar para tratamento dos mento dos laços afeti
na ama- dados, a técnica da vos, economia e pratici
mentação análise de conteú- dade. Sobre a fa milia,
do temática. as ações de edu cação
em saúde e a vi sita
puerperal e domiciliar,
são usadas como
estratégia.
Continua
28
25. MARTINS, D. 2018 BDENF Descrever o conheci- Estudo qualitativo, As nutrizes reconhe-
Conhe- P.; et al mento e as dúvidas do tipo descritivo, cem que o aleitamento
cimen-to de nutrizes sobre o desenvolvido com materno é benéfico
de aleita-mento 20 nutrizes do alo- para imunidade /pre-
nutrizes materno. jamento conjunto venção de doenças,
so-bre de um hospital mu- nutrição, crescimento e
aleita- nicipal localizado desenvolvimento da
mento ma- em Rio das Ostras/ criança. Observa-se um
terno: rj, Brasil, a partir misto de saberes e
con- de um roteiro de dúvidas sobre à dura-
tribuições entrevista semies- ção, exclusividade e
da truturado cujos da- manejo prático da
enferma- dos foram subme- amamentação, envol-
gem tidos à análise te- vendo tempo en tre
mática. mamadas, pe ga, posi-
ção e cuidados das
mamas.
26. SILVEIRA, F. 2018 LILACS Analisar os graus de Estudo do tipo ob 92,02% dos pa-
Conhe- J. F.; co-nhecimento e de servacional e trans is relatou não ter
cimento BARBOSA, J. participação dos pais versal realizado recebido dos
dos pais C.; VIEIRA, acerca do processo com 351 casais en profissionais de
sobre o V. A. M. de aleitamento trevistados na Ma saúde qualquer
processo materno. ternidade Odete Va informação so-bre a
de ladares, com base amamen-tação. Apenas
aleitament em questionários se 4,27% dos pais
o materno mi-estruturados. A souberam infor-mar o
em mães coleta de dados foi período de aleitamento
de uma feita com as entre- materno reco-mendado
maternida vistas divididas em pela OMS e MS.
de pública duas partes, primei Quando questi-onados
em Belo ro respondida pela se con-versaram com a
Hori- mãe e em seguida mãe sobre ali-
zonte, MG pelo pai. A análise mentação infan-til,
dos dados foi feita 56,98% res-ponderam
por meio do softwa que "não".
re Epi-Info.
27. RAMOS, A. 2018 LILACS Analisar Estudo trans-versal, 39,29% dos profissio
Conhe- E.; et al o conhecimento com 168 profissio- nais demonstraram
cimento sobre AM e nais, realizado en bom conhecimento so
sobre alimentação comple- tre junho e setem bre AM e 2,38%, sobre
aleitament mentar (AC) de bro de 2016. Utili AC;74,4 % dos entre
o materno profissionais da zou-se o teste de vistados revelaram que
e atenção primária. KruskalWallis para não conheci am o pro
alimentaçã comparação entre grama Estratégia Ama
o as médias do per menta e Alimenta. Hou
compleme centual do conheci ve associação positiva
ntar dos mento sobre AM e entre nível de conheci
profissio- AC, por categoria mento dos profissiona
nais de profissional, e o tes is em AM e escolari
saúde. te de contin gência, dade, profissão e assis
para associação en tência em AM. Quanto
tre as variáveis. ao nível de conheci
mento em AC, houve
associação com esco
laridade e assistência
em AC.
Continua
29
28. Cuidado TROJAHN, 2018 LILACS, Compreender o significado do Estudo fenome- As profissionais
de enferma- T. C.; et al BDENF cuidado de enfermagem nológico, fun- anunciaram a re
gem às mães prestado às mães de recém- damentada no ferência tempo-
de recém- nascido pré-termo para referencial de ral no cuidado,
nascidos pré- manutenção da lactação na Martin Heideg quando indicam
termo para perspectiva dos profissionais ger. Realizada que a visão da
manutenção de enfermagem que atu-am entrevista com importância do
da lactação: em UTI Neo. 10 profissionais aleitamento ma-
estudo feno- de enfermagem terno provém
menológico entre abril e de sua
agosto de 2013, experiência
em Hospital como mãe e co-
Universitário do mo profissional,
interior do Rio aprendendo
Grande do Sul. com colegas,
mães e conheci
mento científi-
co, modificando
sua visão da a-
mamentação
do RN de risco.
29. Cuidar em TEIXEIRA, 2017 BDENF Propor um modelo de cuidado Estudo qualita- Os significados
enfermagem M. A.; et al às famílias que vivenciam o a-tivo, intervencio da amamenta-
às famílias leitamento materno; identifi- nista, utilizou ção para as
que vi- car o significado do aleitamencomo técnica de mães-nutrizes
venciam a to materno para as famílias coleta de dados se encontram
ama- que o vivenciam; averiguar as a entrevista guia centrados nos
mentação necessidades de cuidados e da pelos instru benefícios do
implementar o cui-ado. mentos: roteiro leite materno
semiestruturado para a saúde da
genograma, eco criança, nas
mapa e círculo dificuldades pa-
de Thower. Os ra aleitar, resol-
dados foram a vidas por elas e
nalisados pela seus familiares.
técnica de aná-
lise de conteúdo
30. Desmame SANTOS, 2018 LILACS Avaliar a prevalência de Pesquisa quan- A prevalência
precoce em P. V.; et al desmame precoce e fatores titativa, descri- de desmame pre
crianças associados em crianças tiva e explora- coce foi de 58,5
atendidas na atendidas na ESF. tória realizada 1%. Maiores
ESF. com 241 crian- proporções o-
ças. Para co-leta correram em
dos dados fo- crianças com i
ram usados for- dade entre 1 e 3
mulário e ques meses . Perten-
tionário. Para as cer a classe eco-
variaveis encon- nômica B/C e
tradas associa- ter recebido ori-
ções estatistica- entação sobre
mente significa- amamentação
tivas foi reali- no pré-natal a-
zado teste de presentaram-se
regressão logís- associados com
tica binária. o desmame.
Continua
30
31.Desmame PRADO, C. 2016 SCIELO Objetivo de identificar as- Foi realizado no Os resultados
precoce na V. C.; pectos transformadores e in-terior de são mostram mães
perspectiva de FABBRO, obstáculos para o desma-me paulo, no perí- jovens, primí-
puérperas: M. R. C.; precoce com 12 mães que odo de 2010 e paras, casadas,
uma aborda- FERREIRA desma-maram preco-cemente. 2011, utilizando ensino médio/
gem dialógica. , G. I. o relato comu- técnico comple-
nicativo, grupo to e não traba-
de discussão lhavam fora de
comunicativo e casa.
questionário
32. Desvelan- LIMA, S. 2018 LILACS Compreender o significa-do Estudo qualita- Da análise das
do o significa- P.; et al da experiência vivida para o tivo, sustentado descrições emer
do da experi- ser-mulher na ama-mentação na fenomenolo- giu como signi-
ência vivida com complica-ções puerpe gia da percep- ficado central:
para o ser- rais. ção e na herme amamentar é
mulher na nêutica. A cole- mais importan-
amamentação ta de dados oco- te do que a situ-
com compli- rreu em 2 ma- ação vivenciada
cações puer- ternidades do na complicação
perais Nordeste do puerperal, e co-
Brasil, por en- mo temas essen
trevistas com 28 ciais: perceben-
puérperas, de do o apoio da
fevereiro a ou- famí lia e senti-
tubro de 2014. mentos percebi
A análise dos dos ao
dados compre- vivenciar a
endeu: leitura amamentação
das descrições, com complica-
identificação ção.
das unidades
temáti cas e te-
mas essenciais.
33. Dificulda- DOMINGU 2017 LILACS Conhecer, sob a ótica das en- Estudo quali- Na análise, 4
des no estabe- EZ, C. C.; fermeiras da Rede Básica de tativo, realizado ideias centrais
leci-mento da et al Atenção à Saúde, as difi- com 47 enfer- foram identifi-
amamentação: culdades para o estabeleci- meiras, em cadas: as enfer-
visão das en- mento do Alei-tamento Ma- 2012, por meio meiras despre-
fermeiras atu terno. de entrevistas. paradas para ori
antes nas uni Os dados foram entar as mães
da des básicas analisados a para o AM;
de saúde partir do crenças e a rede
Discurso do social da mu
Sujeito lher podem cola
Coletivo. borar para o des
mame precoce;
o uso de mama
deira e chupeta
e técnica inade
qua interfere no
AM.
Continua
31
34. CARREIRO, 2018 LILACS Analisar a as-sociação entre o Estudo transverO AME foi pra
Dificuldades J. A.; et al tipo de alei-tamento e as difi sal retrospectivo
ticado por 72,6
relacionadas culdades relacionadas a essa realizado por % das mulhe
ao pratica entre mulheres e meio da analiseres, nos primei
aleitamento crianças assistidas em de prontuarios ros 30 dias apos
ma-terno: um ambulato-rio especiali- de crianças e o parto. Houve
análise de um zado em ama-mentaçao. mulheres atendiassociaçao signi
serviço espe- das entre 2004 e
ficativa com as
cializado em 2016 em ambu dificuldades:
amamentação latorio especiapercepçao ma
lizado em AM. terna quanto a
Foram exclui quantidade de
dos os registros
leite produzida,
referentes as de mamas chei
multíparas e a as antes das ma
queles não rea madas, de vaza
lizados em for men to de leite
mulario padrão,e extraçao manu
totalizando 160al do leite com
8 prontuarios. facilidade; posi
Utilizaram os cionamento ma
testes Qui-Qua terno e da crian
drado e Kruskalça, preensao,
Wallis para comsucçao, degluti
parar o tipo deçao adequados;
A M com varia e as variaveis:
veis e com os maior escolari
dias de vida e dade, situaçao
idade materna. conjugal; expe
O teste Mann- riencia previa
Whitney utili com AM, mami
zou-se para comlos protrusos,
parar a frequencontato pre coce
cia do AME. pele a pele, e
que faziam uso
de chupeta.
35. FRANCO, 2015 LILACS Averiguar o percentual de Estudo observa Das 211 gestan
Escolaridade S. C.; et al gestantes que conhecem a du cional transver tes entrevista
e ração recomen-dada para o sal do tipo das, 71,56 %
conhecimento AME nas uni-dades de Saúde inquérito reali- responderam
sobre duração da Família e i dentificar fato zado em onze corretamente à
re-comendada res associados ao conhecimen unida-des de questão, sendo
para o to, buscando su bsídios para Saúde da Fa- o maior índice
aleitamen-to as intervenções voltadas para mília de um de acerto entre
materno aprimorar esta prática de saú municí-pio no as de maior es
exclu-sivo de sul do país, colaridade. Não
entre ges- entre maio e se identificou as
tantes na outubro de sociação entre o
Estra-tégia de 2013. Aplicou- conhecimento
Saúde da se questionário correto e as ca
Família. estru-turado e racterísticas só
aferiu-se o cio-demográfi-
conhecimento cas ou as relati
por meio de vas à saúde re
questão direta. produtiva e
assistência à
saúde.
Continua
32
39. Fatores BANDEIRA DE 2016 SCIELO Identificar os Estudo transversal, Foi encontrada
ligados aos SÁ, N. N.; et al fatores associ- realizado junto às prevalência de
serviços de ados ao aleita- mã es e crianças 77,3% de aleitamen-
saúde deter- mento materno menores de 1 ano, to materno na pri-
minam o aleita- na primeira que compareceram meira hora de vida.
mento materno hora de vida. à segunda etapa da Não ter realizado
na primeira campanha de polio- pré-natal de forma
hora de vida no mielite no Distrito adequa-da (RP =
Distrito Federal, em 2011. 0,72), ter feito parto
Federal, 2011 A amostra estudada cesáreo (RP = 0,88)
foi de 1.027 pares e mãe e filho não
(mães e filhos). permanecerem em
Considerou-se alojamento conjunto
como variável de- após o parto(RP=
pendente o aleita- 0,28) foram fatores
mento materno na que interferiram
primeira hora de negativamente no
vida e, como variá- aleitamento materno
veis independentes, na primeira hora.
as características Nenhuma caracte-
sociodemográficas rística materna e da
da mãe, assistência criança esteve
ao pré-natal, parto e associada ao
puerpério, referên- aleitamento ma
cia à violência físi- terno na prime-ira
ca, verbal e negli- hora.
gência no momento
do parto e saúde da
criança. As razões
de prevalência, bru
tas e ajustadas, fo-
ram utilizadas co-
mo medida de asso-
ciação, calculadas
por regressão de
Poisson.
40. Fatores que ALVARENGA, 2017 LILACS Identificar na Revisão sistemá- Identificaram-se
influenciam o S. C.; et al literatura cien- tica realizada nas 1.481 artigos e 39 a-
desmame tífica os princi- bases lilacs e med- tenderam aos critéri
precoce pais fatores line com artigos os de inclusão. En
associados ao completos do perí- tre os principais fa-
desmame odo de 2004 a tores que influenci-
precoce. 2013, nos idiomas am o desmame pre-
inglês, espanhol e coce, verificou-se
português, a partir trabalho materno
da pergunta norte- (33,3 %); uso de
adora: “quais são os chupeta (30,8 %);
fatores que in- leite fraco (17,9 %);
fluenciam no des- trauma e dor mami-
mame precoce?”. lar (17,9 %); introdu
ção de outros tipos
de leites (15,4 %) e
escolaridade da
mãe/ pai (15,4 %).
Continua
34
41. Fatores ANDRADE, H. 2018 SCIELO Investigar os Pesquisa explorató- Apontaram mães
relacionados ao S.; PESSOA, R. fatores relacio- ria, descritiva de a- jovens, casadas,
desmame pre- A.; DONIZETE, nados ao desma bordagem quantita- primíparas, insegu-
coce do aleita- L.C. V. me precoce tiva, basead em ras, com gravidez
mento materno. antes dos seis questionário semi- não planejada, reali-
meses de vida. estruturado, com a- zação das consultas
mostra de 52 mulhe de pré-natal periodi-
res com filhos de 0 camente, desmame
a 6 meses de vida do AME entre o
que não estavam quarto e quinto mês
mais em AME per- de vida da criança.
tencentes às ESF ur
banas do município
de Santo Antônio
do Monte, Centro-
Oeste de Minas
Gerais.
42. Hábitos e MORAIS, M. 2017 LILACS Analisar a rela- Estudo retrospecti- O leite materno era
atitudes de mã B.; et al ção entre hábi- vo incluindo 773 en oferecido para 81,7
es de lactentes tos e atitudes de trevistas de mães de % dos lactentes no
em relação ao mães com os 11 cidades brasilei- primeiro semestre
aleitamento na- tipos de leite ras com filhos com de vida, 52,2% no
tural e artificial oferecidos para até 2 anos de idade. segundo semestre e
em 11 cidades seus filhos nos Foram analisadas as 32,9% no segundo
brasileiras dois primeiros informações: tipo ano de vida. Por sua
anos de vida. de aleitamento que vez, o consumo de
planejava enquanto leite de vaca inte-
estava na gestação gral aumentou
e o efetivamente de31,1 para 83,8% e
realizado após o 98,7%, nestas 3 fai
nasci-mento; tipo(s) xas etárias. Fórmula
de leite(s) utiliza- de partida (15,0 %)
do(s) no dia da en- e de seguimento (2,
trevista e anterior- 3%) eram utilizadas
mente; idade de por um número de
introdução do leite lactentes muito me-
de vaca integral; e nor em relação aos
origem das reco- que re-ebiam leite
mendações para de vaca integral. A
usar determinado maioria das mães
tipo de leite não recebeu prescri-
ção de leite de vaca
integral. Os pedia-
tras foram os profis-
sionais da área da
saúde que mais fre-
quentemente reco-
mendaram fórmula
infantil
Continua
35
43. Impacto de AMARAL, D. 2015 LILACS Analisar a Os dados foram Os resultados mos-
uma interven- A.; GREGÓRI efetividade de coletados de pron- traram que a preva-
ção pró-aleita- O, E. um programa tuários de acompa- lência AME em
mento nas ta- L.; MATOS, D. de incentivo nhamento mensal, prematuros que não
xas de ama- A. A. ao aleitamento após a alta hospi- receberam as inter-
mentação de materno em talar antes e após a venções da equipe
prematuros recém-nasci- intervenção de uma foi de 30,80%, en-
inseridos no dos pré-termo, equipe multi- quanto a do grupo
método mãe em uma ma- disciplinar. acompanhado pela
canguru. ternidade pú- equipe foi de 66,60
blica do muni- %. A idade gesta-
cípio de Con- cional do nascimen
tagem/MG to não mos trou as-
sociação com a in-
cidência do aleita-
mento materno pós
alta. O tempo de
internação na UTI
Neo também não
foi associado com
o AME
44. Implanta- FERNANDES, 2016 LILACS Conhecer a vi- Pesquisa qualitativa, Emergiram duas ca
ção de salas de V. M. B.; et al. são de gesto- exploratória descri- tegorias dificulda-
apoio à ama- res de empre- tiva, realizada em des e facilidades na
mentação em sas públicas e 2015, da qual parti- implantação de sala
empresas pú- privadas acer- ciparam 20 gestores de apoio à amamen
blicas e priva- ca das salas de da Grande Florianó- tação, com predo-
das: potenciali- apoio à ama- polis. Para a coleta mínio de aspectos
dades e dificul- mentação com de dados, foram uti- dificultadores, fi-
dades vistas à sua lizadas entrevistas nanceiros, envolvi-
implantação. semiestruturadas/pro- dos na disponibili-
jetivas e análise de zação de espaço
conteúdo, associada físico. Houve reco-
aos recursos do soft- nhecimento do bai-
ware Atlas.ti. xo custo envolvido,
o que facilitaria sua
implantação.
45. Influência ROCHA, I. S.; 2018 LILACS Buscar evidên Revisão sistemáti- Os estudos analisa-
da autocon- et al cias científi- ca com busca em 5 dos mostraram que
fiança materna cas sobre a bancos de dados, re- há associação esta-
sobre o aleita- questão: "Mãe sultou na inclusão de tística significan te
mento materno com mais con- 4 estudos de coorte entre aleitamento
exclusivo aos fiança conse- para avaliação. Rea- materno exclusivo
seis meses de gue amamen- lizou-se análise qua- e autoconfiança em
idade: uma re- tar exclusiva- litativa dos resulta- amamentar.
visão sistemá- mente por 6 dos, porém não foi
tica . meses?". possível fazer a me
ta-aná lise. Autocon-
fiança em amamentar
foi avaliada pela es-
cala "Breastfeeding
Self-Effic acy Scale".
Continua
36
49. Interrupção ROCHA, M. 2015 LILACS Identificar os Estudo qualitativo re- As entrevistadas
precoce do alei- G.; COSTA, E. fatores que le- alizado com 12 mães reconhecem a im-
tamento mater S. vam as mães que participavam de portância do aleita-
no exclusivo: a interromper rodas de conversas mento materno, no
experiência o aleitamento como estratégia de entanto, são influen-
com mães de materno ex- educação em saúde ciadas por familiares
crianças em clusivo antes para proporcionar e por questões cultu-
consultas de do sexto mês. uma troca de experi- rais, que somadas à
puericultura . ências sobre o a im- falta de orientação,
portância do AME. fazem-nas achar que
Realizado em uma o seu "leite é fraco",
UBS de Tauá/ CE, levando ao desma-
durante o mês de me precoce.
março 2015. Os da-
dos foram coletados
por meio de entrevis-
ta semiestruturada,
analisados de forma
temática, emergiram
duas categorias: "Des
mame precoce por
que o leite é fraco" e
"Desmame precoce
por interferência fa-
miliar e questões
culturais".
50. Livre de- SIQUEIRA, F. 2017 LILACS Compreender Estudo qualitativo Evidenciou-se que as
manda e sinais P. o conceito de com 21 nutrizes e 20 nutrizes e alguns
de fome do C.; SANTOS, livre demanda profissionais da saú- profissionais desco-
neonato: per- B. A. e sinais de fo de que atuam em hos nhecem o real signi-
cepção de nu- me do neona- pital Amigo da Crian- ficado de livre de-
trizes e profis- to sob a ótica ça. Os dados foram manda e apontam o
sionais da saú- de nutrizes e coletados por entre- choro como o prin-
de profissionais vistas gravadas , utili cipal sinal de fome
da saúde. zou-se da análise de da criança.
conteúdo temática.
Foram abordados 2
temas: em busca do
significado de livre
demanda e reconhe-
cimento dos sinais
de fome do neonato.
51. O aleita- WALTY, C. M. 2017 BDENF Analisar as- Pesquisa com abor- Evidenciou-se que
mento materno R. F.; pectos da vi- dagem qualitativa, o aleitamento mater-
de recém-nasci DUARTE, E. da cotidiana cujo cenário foram 14 no de recém-nasci
dos prematuros D. relacionados domicílios de recém- dos pre-maturos é vi-
após a alta ao AME de nascidos prematuros venciado de forma
hospitalar recém-nasci que receberam alta da singular por cada mu
dos pre-matu UTINeo do Hospital lher em seu cotidia-
ros após alta Sofia Feldman em no. Verificou-se que
hospitalar. Belo Horizonte. Fo- a rede social funcio-
ram realizadas entre- nou como mediadora
vistas semiestrutura- da amamentação
das com as mães dos tanto incentivan do
recém-nascidos e ob- como desen corajan-
servações dos partici- do sua continuidade
pantes. Os dados fo- e que a experiên-
Continua
38
mães tiveram
120 dias de
licença mater-
nidade e ape-
nas 10,8% usu
fruíram o direi
to. Baixo peso
ao nascer, tipo
de serviço de
saúde em que
a criança rea-
lizava acom-
panhamento,
idade da mãe
e a idade de
introdução da
mamadeira fo-
ram fatores
associados à
duração do
AME.
60. Prática de CAMPOS, A. 2015 Scielo Avaliar o con- Estudo descritivo Aproximada-
aleitamento ma- M. S.; et al ceito de aleita- transversal, com 309 mente 30%
terno exclusivo mento mater-no mulheres que tiveram das mulheres
informado pela exclusivo para filhos em um hospital informa-ram
mãe e oferta de nutrizes, com- universitário do introdução de
líquidos aos seus parando o pe- interior de São Paulo. outros líqui-
filhos. ríodo em que Foi realizada análise dos antes dos
consideraram descritiva dos dados, 6meses de vi-
realizá-lo e a com cruzamento das da, enquanto
idade de intro- variáveis de interesse afirmavam es
dução de outros por meio de teste não tar em AME.
líquidos. paramétrico de Verificou-se
Kruskal-Wallis, teste associação das
quiquadrado e teste seguintes vari-
exato de Fisher. áveis com a in
trodução pre-
coce de líqui-
dos: mulheres
sem vínculo
empregatício,
mais jovens e
primíparas.
61. Práticas e PEREIRA DE 2017 LILACS Compreender a Estudo descritivo, de As mulheres
crenças popula-res OLIVEIRA, interferência abordagem qualitati- compreendem
associadas ao A. K.; et al das práticas e va, realizado de abril a importância
desmame precoce crenças popu- a maio de 201 6, com doAME, po-
lares no desma- 12 puérperas cadas- rém o retorno
me precoce em tradas na unidade de ao trabalho e
puérperas assis- Atendimento Multi- estudo e cren-
tidas na ESF. profissional Especia- ças e tabus co-
lizado Saúde da Famí- mo, leite é
lia, através de entre- fraco, dificul -
vista semiestruturada. dade de pega
Os dados foram anali- e alterações
sados por análise de estéticas das
conteúdo temática. mamas, levam
Continua
42
ao desmame
ou a inclusão
de outros ali-
mentos antes
dos 6 meses.
A maioria não
recebeu orien-
tação profis-
sional no pré-
natal sobre a-
mamentação e,
as que recebe-
ram, reporta-
ram a figura
do enfermeiro
como agente
facilitador.
62. Práticas edu- SILVA, 2017 LILACS Avaliar práticas Estudo retrospectivo As orientações
cativas segundo os C.M.; et al educativas se- com informações recebidas so-
"Dez passos para o gundo os “Dez sociodemográficas e bre amamen-
sucesso do Passos para o gestacionais mater- tação no pré-
aleitamento Sucesso do Ale- nas e referentes ao natal preva-
materno" em um itamento Mater- bebê, obtidas de pro- leceram entre
Banco de Leite no” em Banco tocolo de atendimen- mães de 30-39
Humano de Leite Huma- to de nutrizes (2009- anos e o conta-
no. 2012). Tais dados to pele/ pele
foram associados aos entre as orien-
passos relacionados a tadas. O trei-
práticas educativas namento predo
dentre os “Dez Pas- minou entre as
sos”. Realizou-se que amamen-
análise descritiva, taram exclusi-
teste quiquadrado e vamente. No-
regressão de Poisson. tou-se maior
Foram avaliadas prevalência de
12.283 mães, com amamentação
mediana de 29 (12- exclusiva e sob
54) anos de idade. livre demanda
e uso de bicos
artificiais entre
os lactentes de
mães orienta-
das.
63. Prematuros e SILVA, W. 2015 LILACS Verificar se há Pesquisa de caráter Houve signifi-
prematuros tar- F.; GUEDES, diferenças en- exploratório e longi- cância entre
dios: suas dife- Z. C. F. tre recém nas- tudinal. Participaram recém- nasci
renças e o aleita- cidos prematu- 82 mães de prema- dos prematu
mento materno ros e prematu- turos. Os dados cate- ros e recém-
ros tardios no góricos foram resu- nascidos pre
que se refere ao midos através de fre- maturos tar-
tempo de aleita- quência absoluta e re dios para as
mento materno lativa ao total de paci variáveis Ap
e AME causas e entes em cada gru- gar, tempo de
consequências po estudado. Dados internação,
do desmame numéricos foram re- tempo de uso
precoce. Foi sumidos em média, da sonda, nú-
observado o uso mediana, desvio pa- mero de ses-
Continua
43
durante o pré-
natal desta-
cam-se aquelas
relativas ao
preparo das
mamas, van-
tagens da ama-
mentação e im
portância do
AME até o
sexto mês de
vida
72. Tempo de BASTIAN, D. 2015 LILACS Verificar o tem- Estudo transversal A prevalência
aleitamento ma- P.; po de aleita- com 55 crianças de 0 de AME no
terno e os fatores TERRAZZA mento mater- a 18 meses matri- sexto mês de
de risco para o N, A. C. no e os fatores culadas em 4 escolas vida foi de
desmame preco-ce de risco para o de Porto Alegre, RS. 1,8%. A media
desmame pre- Aplicados questioná- na de aleita-
coce em crian- rios para coleta de men to mater-
ças frequenta- dados sobre a gesta- no foi 180 dias
doras de esco- ção, nascimento, ale- e a mediana de
las particulares itamento materno e AME foi 90
de educação características socio- dias. Houve
infantil. demográficas da associação po-
mãe. Estudo aprova- sitiva entre des
do pelo comitê de éti mame e intro-
ca do Hospital Moi- dução da chu-
nhos de Vento, Porto peta nos pri-
Alegre. Aplicados meiros dias.
testes Student, Qui Receber orien
Quadrado Kaplan- tação sobre
Meier e Regressão de aleitamento
Poisson. durante a ges-
tação foi fator
importante
para preve nir
o desmame
precoce.
Fonte: Elaborada pela autora, 2019
48
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Quadro 3: Relação de profissionais entrevistados na unidade municipal de saúde Policlínica Regional Dr. Sérgio
Arouca
Número de profissionais da Número de profissionais
Profissionais
Unidade entrevistados
Enfermeiro 5 5
Médico ginecologista e
obstetra 3 2
Médico Pediatra e
Puericultura 3 2
Dentista 4 3
Fonaudiólogo 1 1
Nutricionista 1 1
Técnico de Enfermagem 10 8
Total 27 22
Fonte: Elaborada pela autora, 2019
Figura 2. Nuvem de palavras “Visão dos profissionais de saúde sobre as dificuldades de manter o aleitamento”
Niterói/RJ, 2019
Por este método, foi possível observar que as palavras mais frequentes foram: não
(47 vezes), criança (13 vezes), trabalho (12 vezes), ficar e dar (11 vezes), amamentar (9
vezes), voltar a trabalhar (9 vezes) e peito (8 vezes) na transcrição das entrevistas para a
elaboração do corpus textual.
A palavra“ não” reflete o déficit de conhecimento dos profissionais sobre a realidade
das mulheres que frequentam a Unidade de Saúde (Policlínica) evidenciado por “Não sei
informar porque eu não tenho essa abordagem direta com os pacientes” (Dentista 2), “Não,
assim, talvez o próprio ambiente familiar, mas não vejo” (Médico 3).
É importante que os profissionais de saúde conheçam a realidade da comunidade a
qual prestam assistência para que tracem metas e elaborem estratégias que atendam as
demandas da comunidade em que estão inseridos. Em relação ao AME, Guimarães (2018)
destaca que
4.3 DENDOGRAMA
“É impede, o trabalho. A parada aos quatro meses para voltar ao trabalho, acho
que é o maior empecilho.” (Médico 5)
“[...] pacientes muito jovens, que não querem ficar amamentando, é pacientes, às
vezes de maior idade, que tem 5 a 6 filhos, que não tem mais paciência de
amamentar” . (Médico 6)
“Porque elas não conseguem fazer o aleitamento materno exclusivo até os seis
meses porque elas tem que voltar antes ao trabalho. Essa lei poderia ser mudada
né? Já que o aleitamento materno exclusivo é até seis meses, então elas teriam que
ficar de licença até seis meses, né?” (Técnico de enfermagem 6)
...para que ocorra uma amamentação bem sucedida, a mãe necessita de constante
incentivo e suporte durante o ato de amamentar, que pode ser oferecido pela família,
comunidade e profissionais de saúde, haja vista não basta apenas que a mãe opte
pelo ato de amamentar seu filho, mas que esteja inserida em um meio que apoie a
sua decisão.
“[...] o que acho de crença, que vem da mãe, vem da vó “dá leite, bota isso,
amamenta essa criança, pode dar uma fórmula, não faz mal, você precisa
descansar” [simboliza fala de terceiros] (Técnico de enfermagem 2)
“[...] eu acho que a questão da família, dessas mulheres mais velhas e do pediatra
influencia muito. ” ( Enfermeira 2)
“[...] chega uma vizinha e “Ah, vai começando a dar papinha, vai começando a dar
isso, porque você vai voltar a trabalhar” [simboliza fala de terceiros](Técnico de
enfermagem 8).
4.3.3 Insegurança
A insegurança quanto à incapacidade de alimentar e cuidar do bebê, acompanha a
maternidade, principalmente em primíparas. Os mitos de leite fraco e insuficiente, o leite não
sacia o bebê ou que a mama irá cair, estão relacionados com o desmame precoce e a
introdução de outros alimentos (MARQUES, COTTA & PRIORE, 2011). Além disso, o
conhecimento das gestantes quanto à importância do AME é insuficiente, devido à escassez
de orientações durante o pré-natal (OLIVEIRA, 2017).
Os termos amamentar (100%), leite fraco (100%), criança (75%), dar (66,6%) e ser
(63,6%), surgem nessa classe, pois estão relacionadas à insegurança das nutrizes com o
processo da amamentação, sendo evidenciados por frases como:
“[...] preocupação do bebê tá chorando um pouco mais, e isso significar pra essas
pessoas que ele tá com fome[simboliza fala da mãe]” (Médico 3)
“Fica preso, não, o dia inteiro, não, não dá, meu leite não sacia, meu leite não
sacia o bebe, eu tenho que dar uma mamadeira [simboliza fala da mãe]”
(Fonoaudióloga 1)
É, na minha opinião é o pior, dessa ideia de: ‘Ah! Não, o leite é fraco, a formula é
mais forte, a criança fica mais bem alimentada, dorme melhor’ [simboliza fala das
mães], até isso elas veem, porque aí não tem o trabalho de dar mamar e acaba que
a criança dorme mais.(Enfermeira 2)
“A partir do momento que a criança não faz a pega direito, machuca a mãe há esse
tipo de reação, inconscientemente há uma rejeição da mãe “ a criança tá me
54
machucando, eu não sei amamentar, eu acho que ela quer outra coisa”[simboliza
fala da mãe] (Técnico de enfermagem 8).
Figura 4. Análise de Similitude entre as palavras “Visão dos profissionais de saúde sobre as dificuldades de
manter o aleitamento” Niterói/RJ, 2019
No centro da árvore está o verbete “Não”, que retrata a não observação de barreiras
por uma parte dos profissionais ouvidos, pois relatos como “Não, não acredito não, pelo
menos elas não passam isso pra gente” (Enfermeira 4) foram comuns à todas as profissões
entrevistadas.
Também é possível observar que o fator “Trabalho”, tem uma grande influência na
interrupção do AME.
Outra expressão que observada, de forma menos frequente, mas nem por isso menos
importante, foi o Constrangimento, “grande constrangimento, por exemplo, em amamentar
em público, eu ainda vejo isso, existe um constrangimento, da nossa sociedade, que é
machista“ (Médica 2). Mesmo com as campanhas em prol do aleitamento materno nas
diferente mídias e redes sociais e leis que asseguram essa prática, muitas mulheres se sentem
constrangidas em amamentar em público.
56
5 CONCLUSÃO
O puerpério é uma fase da maternidade em que a mulher ainda está se adaptando à
maternidade, mesmo sendo ela multípara, já que traz modificações corporais e
comportamentais, alterando sua rotina. Nota-se que as mulheres envolvidas no processo de
amamentação, estão sujeitas à diversos estressores que podem ter impacto negativo na
continuidade do AME. Como por exemplo, a volta ao trabalho após somente quatro meses de
licença maternidade, falhas na rede de apoio da mulher e a insegurança quanto a qualidade do
leite materno e a efetiva nutrição adequada da criança e o manejo da amamentação,
pricipalmente a exclusiva.
Sendo assim, faz-se necessário que o profissional de saúde envolvido na assistência
dessa mulher, observe as características e as necessidades a que esta mulher está sujeita, a fim
de criar estratégia, que englobem o pré-natal e puerpério, incluindo a família, formando uma
rede de apoio que auxilie essa mulher no cuidado com a criança, dando suporte para que a
mesma dê continuidade ao AME.
57
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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anos-em-todo-o-mundo&Itemid=820. Publicado em: 1 de agosto de 2018. Acesso em: 14 de
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61
7 ANEXO
~
67