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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

FACULDADE DE FARMÁCIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DA
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

PATRÍCIA KAISER PEDROSO CAVA

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA INFORMAÇÃO SOBRE TRATAMENTO DA


LEUCEMIA EM SÍTIOS ELETRÔNICOS SUL-AMERICANOS

NITERÓI
2021
PATRÍCIA KAISER PEDROSO CAVA

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA INFORMAÇÃO SOBRE TRATAMENTO DA


LEUCEMIA EM SÍTIOS ELETRÔNICOS SUL-AMERICANOS

Dissertação apresentada ao programa


de Pós-Graduação em Gestão e
Administração da Assistência
Farmacêutica da Universidade Federal
Fluminense, como requisito para
obtenção do título de Mestre.
Área de Concentração: Assistência
Farmacêutica.

Orientadora: Profa. Dra. SABRINA CALIL ELIAS

NITERÓI
2021
PATRÍCIA KAISER PEDROSO CAVA

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA INFORMAÇÃO SOBRE TRATAMENTO DA


LEUCEMIA EM SÍTIOS ELETRÔNICOS SUL-AMERICANOS

Dissertação apresentada ao programa


de Pós-Graduação em Gestão e
Administração da Assistência
Farmacêutica da Universidade Federal
Fluminense, como requisito para
obtenção do título de Mestre.
Área de Concentração: Assistência
Farmacêutica.

Aprovado em ____/_____/ 2021

BANCA EXAMINADORA

Profa. Dra. Sabrina Calil Elias

Profa. Dra. Selma Rodrigues de Castilho

___________________________________________________________________
Profa. Dra. Danielle Maria de Souza Serio dos Santos

___________________________________________________________________
Profa. Dra. Thaísa Amorim Nogueira
DEDICATÓRIA

Aos meus pais Alda e Rogério, exemplos de vida e


minha fortaleza. Os dois maiores incentivadores das
realizações dos meus sonhos.

Ao meu filho Mateus. Meu maior presente na vida.

Ao meu esposo, Carlos Eduardo. Meu porto seguro


nos momentos mais difíceis dessa caminhada.
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar à Deus, por me conceder saúde e sabedoria para trilhar meu
caminho e por colocar pessoas especiais em minha vida.

À Universidade Federal Fluminense, por me proporcionar, desde à graduação,


conhecimento de excelência.

Ao meu Pai Rogério e minha Mãe Alda. Com tanto amor e dedicação me fizeram
chegar até aqui. Obrigada por estarem comigo em todos os momentos. Devo tudo que
sou hoje a vocês.

Ao meu amigo, marido e parceiro de vida, Cadu. Obrigada por estar ao meu lado nesta
e em todas as batalhas da vida, me incentivando e me apoiando nas horas mais
difíceis. Sem você, esta vitória não seria possível.

Ao meu maior tesouro na vida, meu filho Mateus. Obrigada por tanto aprendizado e
tanto amor. Você transforma minha vida a cada dia e me dá forças para seguir.

A minha família, pelo incentivo e por estarem sempre torcendo pela minha vitória.

À minha orientadora, Dra. Sabrina Calil Elias, que esteve ao meu lado em cada passo
dessa jornada. Obrigada pelo aprendizado, por acreditar em mim e me motivar nos
momentos mais difíceis.

À Thais Bravo pela disponibilidade e grande colaboração no desenvolvimento deste


estudo.

À Thaísa Amorim Nogueira, muito obrigada pela revisão deste trabalho.

Ao meu amigo Jonas Bastos. Parceiro de INCA, de UFF e de vida. Grande


incentivador do meu ingresso no mestrado. Obrigada por tudo!

À minha querida amiga Érika Magliano. Presente em todos os momentos. Nesta


caminhada não poderia ser diferente. Obrigada por me dar forças para seguir e por
me incentivar sempre!

Aos meus amigos queridos: Deise Saraiva e Fábio Barata, Daniela Cavendish,
Vanessa Pureza. Obrigada pela amizade e por compreenderem minha ausência
durante essa jornada.

Às amigas que o mestrado me deu. Às “divas”: Cristiane, Flávia, Heliane, Jackeline,


Mayara, Nadielle, Paolla, Sandra, Stephanie e Vanessa. Meninas, obrigada por não
soltarem as mãos. A vitória é nossa!

Aos profissionais e amigos da Farmácia Ambulatorial do INCA por me apoiarem nessa


caminhada.
À Chefe da Farmácia do INCA, Dulce Couto. Obrigada pelo apoio e incentivo ao longo
dessa jornada.

Aos professores do GAFAR pelos conhecimentos e experiências compartilhadas.


EPÍGRAFE

“Não se pode criar experiência. É


preciso passar por ela.”
(Albert Camus)
RESUMO

A internet é uma ferramenta que possibilita o compartilhamento de informações em


diversos temas, como, por exemplo, a saúde. Através da rede, informações sobre
doença, prevenção e tratamento são divulgadas e podem ser responsáveis por
influenciar decisões e atitudes dos pacientes. Apesar de trazer benefícios aos
usuários, o risco relacionado à qualidade da informação disponível na internet é um
ponto de preocupação. O presente estudo consistiu em avaliar a qualidade das
informações sobre tratamento da leucemia em sítios eletrônicos sul-americanos.
Trata-se de um estudo transversal realizado por meio da aplicação de uma ferramenta
adaptada, disponível na literatura, para avaliação das informações globais em saúde,
referentes às dimensões conteúdo e técnica; e uma ferramenta, desenvolvida para o
presente estudo, para avaliação das informações sobre tratamento da leucemia,
através da dimensão farmacológica. Foram avaliados 20 sítios eletrônicos de cada um
dos seis países sul-americanos selecionados: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia,
Paraguai e Uruguai. Os resultados das análises, considerando as três dimensões,
indicaram que a maioria das páginas é de qualidade moderada. Os dados
evidenciaram deficiências importantes, relacionadas aos critérios de abrangência,
acurácia, inteligibilidade, segurança e credibilidade das publicações, além de ausência
de informações relevantes relacionadas ao tratamento farmacológico da leucemia.
Conclui-se que os sítios eletrônicos sul-americanos não devem ser considerados fonte
de informação confiável acerca do tratamento da leucemia.

Palavras chaves: Internet. Uso de Medicamentos. Informação. Tratamento.


Leucemia.
ABSTRACT

The internet is a tool that makes it possible to share information on various topics, such
as, for example, health. Through the network, information about the disease,
prevention, and treatment is disseminated and can influence patients' decisions and
attitudes. Despite bringing benefits to users, the risk related to the quality of information
available on the internet is a point of concern. The present study consisted of assessing
the quality of information on leukemia treatment on South American websites. This is
a cross-sectional study carried out through the application of an adapted tool, available
in the literature, for the evaluation of global health information, referring to the content
and technical dimensions; and a tool, developed by the researchers in this study, to
evaluate information on leukemia treatment, through the pharmacological dimension.
Twenty websites from each of the six selected South American countries: Argentina,
Brazil, Chile, Colombia, Paraguay, and Uruguay were evaluated. The most sites were
classified as moderate quality. The data showed important deficiencies, related to the
standards of comprehensiveness, accuracy, intelligibility, safety, and credibility of the
publications and the absence of relevant information related to the pharmacological
treatment of leukemia. It is concluded that South American websites should not be
considered a reliable source of information about leukemia treatment.

Keywords: Internet. Drug Utilization. Information. Therapeutics. Leukemia.


LISTA DE SIGLAS

ABL Abelson murine leukemia viral oncogene homolog 1


alo-TCTH Transplante de células-tronco hematopoiéticas alogênico
ARPA Advanced Research Projects Agency
ARPANET Advanced Research Projects Agency Network
auto-TCTH Transplante de células-tronco hematopoiéticas autólogo
BCR Breakpoint cluster region protein
ENSP Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca
FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz
GLOBOCAN Global Cancer Statistics
HON Health on the Net Foundation
HONcode Health on the Net Foundation Code of Conduct
I.C. Intervalo de confiança
ITQ Inibidor de tirosina quinase
JAMA Journal of the American Medical Association
K Índice Kappa
LAISS Laboratório Internet, Saúde e Sociedade
LLA Leucemia Linfoide Aguda
LLC Leucemia Linfoide Crônica
LMA Leucemia Mieloide Aguda
LMC Leucemia Mieloide Crônica
MILNET Military Network
NA Não se aplica
NCCN National Comprehensive Cancer Network
Ph Philadelphia
Ph+ Philadelphia positivo
QIG Instrumento de avaliação da qualidade das informações globais de saúde
em sítios eletrônicos
QIL Instrumento de avaliação da qualidade da informação sobre tratamento da
leucemia em sítios eletrônicos
RT-PCR Reação da transcriptase reversa seguida pela reação em cadeia da
polimerase
SEO Search Engine Optinization
SNC Sistema Nervoso Central
TMO Transplante de Medula Óssea
URL Uniform Resource Locator
∑ Somatório
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1: Adaptação na dimensão conteúdo da ferramenta original para


elaboração do instrumento para avaliação da qualidade das
informações globais de saúde em sítios eletrônicos, Niterói, 2021, p.
37
Quadro 2: Adaptação na dimensão técnica da ferramenta original para
elaboração do instrumento para avaliação da qualidade das
informações globais de saúde em sítios eletrônicos, Niterói, 2021, p.
38
Tabela 1: Instrumento para avaliação da qualidade das informações globais em
sítios eletrônicos (QIG), Niterói 2021, p. 39
Tabela 2: Instrumento para avaliação da qualidade das informações sobre
tratamento da leucemia em sítios eletrônicos (QIL) com os
respectivos critérios de avaliação das respostas esperadas em cada
sentença, Niterói, 2021, p. 40
Figura 1: Fluxo de coleta e aplicação dos critérios de exclusão aos sítios
eletrônicos obtidos no buscador Google em 24 de outubro de 2020,
Niterói, 2021, p. 43
Tabela 3: Caracterização do perfil das Uniform Resource Locator (URL)
avaliadas quanto à qualidade das informações sobre tratamento da
leucemia, Niterói, 2021, p. 44
Tabela 4: Análise dos medicamentos mais citados pelos sítios eletrônicos
avaliados quanto à qualidade das informações sobre tratamento da
leucemia, Niterói, 2021, p. 45
Tabela 5: Descrição da pontuação média total das sentenças da dimensão
conteúdo na avaliação da qualidade das informações globais de
saúde dos sítios eletrônicos sul-americanos, Niterói, 2021, p. 46
Tabela 6: Resultado da análise dos sítios eletrônicos de acordo com critérios
da dimensão conteúdo do instrumento para avaliação da qualidade
das informações globais de saúde (QIG), Niterói, 2021, p. 46
Tabela 7: Descrição da pontuação média total das sentenças da dimensão
técnica na avaliação da qualidade das informações globais de saúde
dos sítios eletrônicos sul-americanos, Niterói, 2021, p. 48
Tabela 8: Resultado da análise dos sítios eletrônicos de acordo com critérios
da dimensão técnica do instrumento para avaliação da qualidade das
informações globais de saúde (QIG), Niterói, 2021, p. 49
Tabela 9: Descrição da pontuação média total das sentenças da dimensão
farmacológica na avaliação da qualidade das informações sobre
tratamento da leucemia dos sítios eletrônicos sul-americanos, Niterói,
2021, p. 51
Tabela 10 Quantificação dos sítios eletrônicos de acordo com a qualidade da
informação em cada dimensão, Niterói, 2021, p. 52
Tabela 11 Classificação por dimensão e classificação geral da qualidade dos
sítios eletrônicos avaliados, Niterói, 2021, p. 54
Tabela 12 Classificação por dimensão e classificação média da qualidade dos
sítios eletrônicos avaliados, Niterói, 2021, p. 55
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO, p. 14
2 REFERENCIAL TEÓRICO, p. 17
2.1 INTERNET: HISTÓRIA E EVOLUÇÃO, p. 17
2.2 INFORMAÇÕES SOBRE SAÚDE NA INTERNET, p. 17
2.2.1 Avaliação da qualidade das informações sobre saúde na internet, p.
19
2.2.2 Avaliação de informações na internet sobre tratamento da leucemia,
p. 21
2.3 LEUCEMIA, p. 22
2.3.1 Leucemia linfocítica aguda, p. 23
2.3.2 Leucemia linfocítica crônica, p. 25
2.3.3 Leucemia mieloide aguda, p. 26
2.3.4 Leucemia mieloide crônica, p. 27
3 OBJETIVOS, p. 29
3.1 OBJETIVO GERAL, p. 29
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS, p. 29
4 METODOLOGIA, p. 30
4.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO, p. 30
4.2 INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA INFORMAÇÃO
EM SÍTIOS ELETRÔNICOS, p. 30
4.2.1 Pesquisa de instrumentos para avaliação da qualidade da
informação em sítios eletrônicos, p. 30
4.2.2 Elaboração do instrumento para avaliação da qualidade da
informação global dos sítios eletrônicos em saúde (QIG), p. 30
4.2.3 Elaboração do instrumento para avaliação da qualidade da
informação sobre tratamento da leucemia em sítios eletrônicos (QIL), p. 31
4.3 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA INFORMAÇÃO NOS SÍTIOS
ELETRÔNICOS, p. 32
4.4 PESQUISA E SELEÇÃO DOS SÍTIOS ELETRÔNICOS PARA
AVALIAÇÃO, p. 33
4.5 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO, p. 34
4.6 CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DOS SÍTIOS ELETRÔNICOS E
QUANTIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS CITADOS, p. 35
4.7 TABULAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS, p. 35
4.8 ANÁLISE ESTATÍSTICA, p. 35
5 RESULTADOS, p. 37
5.1 DESENVOLVIMENTO DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA
QUALIDADE DAS INFORMAÇÕES GLOBAIS DE SAÚDE EM SÍTIOS
ELETRÔNICOS (QIG), p. 37
5.2 DESENVOLVIMENTO DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA
QUALIDADE DAS INFORMAÇÕES SOBRE TRATAMENTO DA LEUCEMIA
EM SÍTIOS ELETRÔNICOS (QIL), p. 40
5.3 RESULTADO DA BUSCA E SELEÇÃO DOS SÍTIOS ELETRÔNICOS, p.
42
5.4 CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DAS PÁGINAS AVALIADAS, p. 43
5.5 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS INFORMAÇÕES GLOBAIS EM
SAÚDE UTILIZANDO O INSTRUMENTO QIG, p. 45
5.5.1 Dimensão Conteúdo, p. 45
5.5.2 Dimensão Técnica, p. 48
5.6 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS INFORMAÇÕES SOBRE
TRATAMENTO DA LEUCEMIA UTILIZANDO O INSTRUMENTO QIL, p. 50
5.7 CLASSIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO FINAL DOS SÍTIOS
ELETRÔNICOS A PARTIR DOS CRITÉRIOS DE QUALIDADE NOS
INSTRUMENTOS QIG E QIL, p. 54
6 DISCUSSÃO, p. 57
7 CONCLUSÃO, p. 70
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, p. 71
9 ANEXOS, p. 87
9.1 ANEXO A: FERRAMENTA DESCRITA POR MENDONÇA E PEREIRA
NETO (2015), p. 87
10 APÊNDICE, p. 89
10.1 APÊNDICE A: INSTRUMENTO ADAPTADO DA METODOLOGIA DE
MENDONÇA E PEREIRA NETO PARA ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES
GLOBAIS DOS SÍTIOS ELETRÔNICOS SELECIONADOS (QIG), p. 89
14

1 INTRODUÇÃO

A evolução e expansão da internet possibilitou grande transformação nas


relações sociais, econômicas e culturais. Globalmente, o número de usuários da
Internet aumentou de 413 milhões no ano 2000 para mais de 3,4 bilhões em 2016
(ROSER, RITCHIE, et al., 2017). Entre uma das tecnologias mais transformadoras, a
internet permitiu maior disponibilidade de informação e interatividade entre os
indivíduos (MENDONÇA, PEREIRA NETO, 2015).
Na área da saúde, a internet representa fonte de crescente importância e
tornou-se eficiente ferramenta de difusão de informações (BUJNOWSKA-FEDAK,
WALIGÓRA, et al., 2019). A informação em saúde é um dos tópicos mais procurados
na rede (TW, WANG, et al., 2017), e abrange desde a prevenção até o tratamento das
doenças (PAULO, AZEVEDO MORETTI RUA PEDRO DE TOLEDO, et al., 2012). As
buscas relacionadas ao tema podem aumentar o conhecimento, a competência e o
envolvimento dos pacientes nas estratégias de tomada de decisão (TONSAKER,
BARTLETT, et al., 2014).
Contudo, apesar dos benefícios, as informações de saúde disponíveis na
internet apresentam algumas ressalvas. Obstáculos na regulação dos websites
permitem a disseminação de informações incorretas, prejudiciais ou até mesmo
desatualizadas (OLIVEIRA, GOLONI-BERTOLLO, et al., 2013, TONSAKER,
BARTLETT, et al., 2014). Baseados em informações sem os devidos critérios de
qualidade, usuários podem tomar decisões que não são relevantes para o contexto
de saúde (TONSAKER, BARTLETT, et al., 2014). Uma vez que a internet assumiu o
poder de influenciar a tomada de decisão do paciente e gerar grande impacto na
qualidade de vida da população, vale ressaltar a importância da qualidade da
informação disponível no campo da saúde (GONDIM, WEYNE, et al., 2012b).
O câncer representa grande problema de saúde pública, com crescentes
taxas referentes à incidência e mortalidade. A estimativa mundial mostra que, em
2020, ocorreram 19,2 milhões de novos casos e 9,9 milhões de mortes por câncer. O
câncer representa a segunda principal causa de morte no mundo (BRAY, FERLAY, et
al., 2018). Estima-se que 28,4 milhões de novos casos da doença ocorram em 2040,
um aumento de 47 % dos casos correspondentes em 2020 (SUNG, FERLAY, et al.,
2021).
15

Nas últimas décadas, foi observado aumento expressivo na incidência de


câncer nos países da América do Sul. Tal fato pode estar associado à significativas
mudanças sociais e econômicas (SIERRA, SOERJOMATARAM, et al., 2016). Dados
estimados mostram a ocorrência de aproximadamente 1,1 milhão de novos casos de
câncer e cerca de 521.000 mortes pela doença no ano de 2020 nos países sul-
americanos (BRAY, FERLAY, et al., 2018, ROSER, RITCHIE, et al., 2017).
As leucemias são um grupo de neoplasias que se apresentam com elevado
número de leucócitos no sangue e/ou na medula óssea (SIERRA,
SOERJOMATARAM, et al., 2016) . De acordo com a Global Cancer Statistics
(GLOBOCAN) a leucemia foi o 13º tumor mais incidente no mundo e na América do
Sul em 2020 (BRAY, FERLAY, et al., 2018). Para o mesmo ano, aproximadamente
25.700 novos casos e 18.684 mortes por esta doença foram estimados neste
continente (ROSER, RITCHIE, et al., 2017).
A terapia farmacológica desempenha papel fundamental no tratamento de
pacientes com câncer. Porém, a maioria destes medicamentos apresentam alta
toxicidade e baixos índices terapêuticos. Assim, o uso indevido destes agentes pode
estar associado ao alto risco de dano à saúde do paciente e representa uma fonte
significativa de morbidade e mortalidade (ELAINE K, CHRISTINA RAAE, et al., 2017,
VANTARD, RANCHON, et al., 2015). Além disso, diversos outros fatores podem
comprometer a segurança do tratamento oncológico, como a ocorrência de reações
adversas, interações medicamentosas e a exposição domiciliar relacionada ao
manuseio, administração e descarte (BASSAN, PETER, et al., 2014, BIRNER,
BEDELL, et al., 2006, GOODIN, GRIFFITH, et al., 2011, VANTARD, RANCHON, et
al., 2015).
Grande parte dos pacientes com câncer têm dúvidas sobre sua doença e
tratamento, e buscam informações em diferentes fontes. Estudos relatam que 39 % a
83 % dos pacientes com câncer afirmam usar a Internet para pesquisas de
informações sobre problemas médicos (CASTLETON, FONG, et al., 2011, DAVIES,
YEOH, 2012a, EBEL, STELLAMANNS, et al., 2017, LITTLECHILD, BARR, 2013,
SABEL, STRECHER, et al., 2005). Pacientes em uso de terapias antineoplásicas
orais, diante do desafio de autogerenciamento de seu tratamento (ROSS, GUNN, et
al., 2019), podem recorrer com maior avidez às informações disponíveis na internet.
Nesse contexto, considerando o papel da internet na busca e disseminação
de informação em saúde e o papel do câncer no cenário da saúde pública, o presente
16

trabalho pretende avaliar a qualidade das informações acerca do tratamento da


leucemia em sítios eletrônicos sul-americanos.
17

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 INTERNET: HISTÓRIA E EVOLUÇÃO

A internet teve seu início entre 1960 e 1970, durante a Guerra Fria, através
de pesquisas militares americanas da ARPA, Advanced Research Projects Agency
(Agência de Projetos de Avançados) e da criação de uma rede de troca e
compartilhamento de informações, que permitiu a descentralização, a ARPANET
(Advanced Research Projects Agency Network). Através desse sistema, era possível
a transmissão de dados em rede de computadores. Com o final da tensão entre União
Soviética e Estado Unidos, na década de 70, o governo americano permitiu o acesso
ao ARPANET aos pesquisadores acadêmicos que atuavam na área de defesa. Com
o elevado número de localidades acadêmicas contidas na rede e dificuldades de
administração, o sistema foi dividido em localidades militares, a MILNET (Military
Network), e não militares, a ARPANET (OLIVEIRA DE, GOLONI-BERTOLLO, et al.,
2013).
A expansão da rede para além das fronteiras americanas ocorreu a partir da
década de 1980, acompanhada das evoluções dos sistemas e dispositivos de
telecomunicações (LEINER, CERF, et al., 2009, LINS, 2013, OLIVEIRA, GOLONI-
BERTOLLO, et al., 2013). Em 1989, a criação, pelo cientista inglês Tim Berners-Lee,
do World Wide Web, um projeto global que permitia compartilhar informações por meio
de uma rede de computadores, revolucionou a história da comunicação (OLIVEIRA
DE, GOLONI-BERTOLLO, et al., 2013, ROSER, RITCHIE, et al., 2017).
Na América Latina, o uso da internet aumentou rapidamente desde sua
introdução na década de 1990, e está fortemente relacionado com o desenvolvimento
econômico (SALZMAN, ALBARRAN, 2011). Em 2019, a América Latina e o Caribe
representavam o quarto maior mercado online regional em termos de usuários, e a
América do Sul foi a sub-região com a maior taxa de penetração da Internet, com 72%
da população tendo acesso a esse serviço (CHEVALIER, 2020).

2.2 INFORMAÇÕES SOBRE SAÚDE NA INTERNET

A saúde está presente na internet como uma das áreas com cada vez mais
informações disponíveis em páginas de instituições públicas e privadas, e representa
18

um dos assuntos mais procurados pelos usuários da rede (MCMULLAN, 2006,


MENDONÇA, PEREIRA NETO, 2015, MORETTI, DE OLIVEIRA, et al., 2012).
Com a disponibilidade onipresente da rede aos usuários, a busca de
informações relevantes em saúde está cada dia mais fácil e tem sido acontecimento
global (BACH, WENZ, 2020). Entre as informações de saúde pesquisadas e
acessadas na internet, estão: diagnóstico, sintomas, prevenção e tratamento das
doenças, incluindo também compra/venda de medicamentos e orientações
terapêuticas (GARBIN, GUILAM, et al., 2012, GONDIM, WEYNE, et al., 2012b,
MORETTI, DE OLIVEIRA, et al., 2012, OLIVEIRA, GOLONI-BERTOLLO, et al., 2013).
Os motivos que levam os usuários a buscar estas informações na internet são
diversos, incluindo: desvendar condição de saúde pela busca de sintomas, formas de
tratar diagnósticos realizados e encontrar recursos para uma vida saudável (BACH,
WENZ, 2020).
A internet pode ser uma grande aliada na construção de projetos de promoção
da saúde (GARBIN, GUILAM, et al., 2012) devido à capacidade de fornecer
informações, recursos de apoio social e possibilidade de interação com profissionais
de saúde (JIANG, STREET, 2017, RICE, 2006). O conhecimento adquirido online é
capaz de proporcionar ao usuário maior capacidade de gerenciamento de sua própria
saúde (BROOM, 2005, KIVITS, 2004) à medida que pode influenciar nas decisões de
tratamento e incentivar mudanças comportamentais (FOX, RAINIE, 2002).
Apesar dos benefícios relacionados ao uso da internet para busca de
informações sobre saúde, algumas destas são capazes de influenciar negativamente
decisões relacionadas ao seguimento do tratamento e relações estabelecidas entre
pacientes e profissionais de saúde (GARBIN, GUILAM, et al., 2012, GONDIM,
WEYNE, et al., 2012a). Informações duvidosas e não confiáveis, quando
consideradas pelo paciente, podem gerar questionamentos na conduta médica e na
terapia farmacológica escolhida (ARBUCKLE, TOMASZEWSKI, et al., 2019,
COELHO, COELHO, et al., 2013).
Dados disponíveis na literatura mostram que mais de 70 % dos usuários
afirmam que as informações contidas na internet influenciam suas decisões sobre o
tratamento prescrito (SILVA, CASTRO, et al., 2010). Arbuckle e colaboradores
sugeriram que a adesão à terapia medicamentosa pode sofrer influências negativas
das informações obtidas na internet, principalmente entre a população mais jovem
(ARBUCKLE, TOMASZEWSKI, et al., 2019).
19

A ausência na regulamentação e padronização dos recursos disponíveis,


aliados aos escassos mecanismos de garantia da qualidade e exatidão das
informações veiculadas na internet, representam potencial significativo de causar
prejuízo ao usuário. (BEREDJIKLIAN, BOZENTKA, et al., 2000, BUTLER, FOSTER,
2003, GUPTA, NISSAN, et al., 2017, HUNGER SP, 2015, MENDONÇA, PEREIRA
NETO, 2015, SURMAN, BATH, 2013). A certificação de sites é uma estratégia que
deve ser considerada, com o objetivo de melhoria da qualidade das informações e
promoção da saúde pública (MORETTI, DE OLIVEIRA, et al., 2012).

2.2.1 Avaliação da qualidade das informações sobre saúde na


internet

A liberdade inerente à internet possibilita a disponibilização de conteúdo sem


qualquer avaliação prévia. Tal fato pode acarretar na disseminação de informações
incompletas, incorretas ou até mesmo incompreensíveis ao usuário (MENDONÇA,
PEREIRA NETO, 2015, PEREIRA NETO, DOS SANTOS, et al., 2013, PEREIRA
NETO, PAOLUCCI, 2014a).
Com a finalidade de garantir que informações confiáveis sejam dispensadas
aos indivíduos, alguns especialistas em informação e organizações internacionais têm
desenvolvido diferentes metodologias e ferramentas para avaliação da qualidade da
informação em saúde divulgada na internet (MENDONÇA, PEREIRA NETO, 2015).
As metodologias disponíveis para avaliação da qualidade de informação
podem ser divididas em três tipos: códigos de conduta, no qual são realizadas
orientações aos criadores dos sites quanto aos requisitos mínimos para ser
considerado um sítio de boa qualidade; certificação de qualidade da informação, serve
como um manual de certificação, em que a agência desenvolvedora da metodologia
analisa o sítio que deseja receber a certificação e emite o certificado de qualidade; e
guias de usuários, que através da aplicação da metodologia pelo próprio usuário
permite avaliar um sítio do seu interesse (MENDONÇA, PEREIRA NETO, 2015).
Atualmente, três metodologias são as mais utilizadas em estudos de avaliação
da qualidade da informação na internet: selo HONcode (Health on the Net Foundation
Code of Conduct); DISCERN e Journal of the American Medical Association (JAMA)
benchmarks (FAHY, HARDIKAR, et al., 2014, NGHIEM, MAHMOUD, et al., 2016).
Essas são diferentes entre si, mas baseiam-se numa estratégia semelhante, ou seja,
20

estabelecimento de critérios e indicadores de qualidade (FAHY, HARDIKAR, et al.,


2014, MENDONÇA, PEREIRA NETO, 2015).
Em 1995, na Suiça, a Health on the Net Foundation (HON) desenvolveu a
primeira metodologia desenvolvida de avaliação da qualidade de informação, o selo
HONcode. Essa compreende um código de conduta com oito critérios: autoridade,
complementaridade, confidencialidade, atribuições, justificativas, transparência na
propriedade, transparência do patrocínio, honestidade da publicidade e da política
editorial. Considerada “padrão ouro” em termos de certificação de informação, a
certificação HONcode está sujeita a um processo de revisão anual pela fundação HON
(BOYER, BAUJARD, et al., 2011, BOYER, FROSSARD, et al., 2017).
A metodologia DISCERN, criada em 1999 pela Universidade de Oxford e pela
Biblioteca Britânica, é um guia para usuários da internet. Composta por dezesseis
questões divididas em três partes: confiabilidade do sítio eletrônico, escolhas de
tratamento e avaliação da qualidade do sítio eletrônico de forma ampla (CHARNOCK,
SHEPPERD, et al., 1999).
Desenvolvida em 1997, a metodologia JAMA benchmarks é a mais
simplificada das ferramentas de avaliação de qualidade. Permite ao avaliador
desqualificar rapidamente páginas que não apresentem componentes básicos de
transparência e confiabilidade das informações (CASSIDY, BAKER, 2016). É
composta por quatro critérios para avaliação da informação em sítios eletrônicos:
autoria, atribuição, divulgação de propriedade e data de publicação. A autoria
identifica os autores, suas afiliações e credenciais relevantes; a atribuição identifica
as referências e fontes de dados para todo o conteúdo divulgado, bem como
informações sobre direitos autorais; a divulgação de propriedade, patrocínio, políticas
de publicidade e conflito de interesses; e a data de publicação e de atualização do
conteúdo. Na avaliação dos sítios eletrônicos, atribui-se um (1) ponto para a presença
de cada um dos critérios anteriores, podendo a pontuação final estar na faixa de zero
(0) a quatro (4) (ARIF, GHEZZI, 2018, FAHY, HARDIKAR, et al., 2014, MARCINKOW,
PARKHOMCHIK, et al., 2019).
O estudo de Eysenbach e colaboradores analisaram, por meio de revisão
sistemática, 79 artigos e 86 critérios diferentes para avaliar a qualidade das
informações (EYSENBACH, 2002). Os critérios avaliados foram agrupados em cinco
grupos: acurácia, legibilidade, abrangência, técnico e design. Tal estudo serviu como
base para Mendonça e Neto proporem a avaliação contendo oitenta critérios de
21

qualidade de sites de saúde, agrupados em três dimensões (MENDONÇA, PEREIRA


NETO, 2015):

1) Dimensão conteúdo: abrange acurácia e inteligibilidade, que determina a


abrangência de um site sobre determinado assunto;
2) Dimensão técnica: inclui os critérios credibilidade, segurança e privacidade;
3) Dimensão design: determinada pela facilidade de navegação do usuário no site.

Cada dimensão pode ser avaliada quanto ao seu nível de qualidade através
de perguntas pré-definidas sobre o referido estudo (MENDONÇA, PEREIRA NETO,
2015).
Recentemente, foi criado no Brasil em 2016, pelo Laboratório Internet, Saúde
e Sociedade (LAISS), vinculado ao Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria,
da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP), da Fundação Oswaldo
Cruz (FIOCRUZ), o “Selo Sergio Arouca de Qualidade da Informação em Saúde na
Internet”, com o objetivo de assegurar a consonância com critérios e indicadores de
qualidade para todos os sítios eletrônicos pertencentes às secretarias municipais e
estaduais de Saúde do território brasileiro (LEITE, [S.d.]). (LEITE, 2016).

2.2.2 Avaliação de informações na internet sobre tratamento da


leucemia

Quando o tema é câncer, a qualidade da informação na internet tem sido


motivo de preocupação entre alguns autores. Alguns estudos relacionados à avaliação
da qualidade das informações em oncologia estão disponíveis na literatura, como, por
exemplo: avaliação da qualidade das informações online sobre as opções de
tratamento do câncer de mama (ARIF, GHEZZI, 2018); avaliação da qualidade dos
sites acessados por pacientes com câncer de próstata (KOBES, HARRIS, et al.,
2018); avaliação da qualidade da informação em saúde na internet em oncologia
ginecológica (LAWRENTSCHUK, N., ABOUASSALY, et al., 2016); avaliação
multilíngue da qualidade da informação em saúde oncológica na internet
(LAWRENTSCHUK, Nathan, SASGES, et al., 2012a); avaliação de sites de
informação sobre o câncer na perspectiva de selos de qualidade locais (ALSAIARI,
22

JOURY, et al., 2017); avaliação das informações encontradas na internet sobre câncer
de pulmão (WESTIN, TIBES, et al., 2016); entre outros.
Contudo, até o momento, não foi identificado nenhum estudo que tenha
avaliado a qualidade das informações sobre tratamento da leucemia na internet, nem
tampouco a elaboração de uma ferramenta específica para tal.

2.3 LEUCEMIA

A leucemia é o nome comum para vários distúrbios malignos que tem início
no tecido formador de sangue, incluindo a medula óssea e o sistema linfático, e faz
com que grande quantidade de células sanguíneas anormais seja produzida e entre
na corrente sanguínea (JULIUSSON, HOUGH, 2016, NCI, 2020).
Dados acerca da carga global do câncer em 2020 mostraram a ocorrência de
474.519 novos casos de leucemia e 311.594 (WHO, 2020). Para a América do Sul, no
ano de 2020, as estimativas apontaram 25.700 novos casos e 18.684 mortes em
decorrência da doença (WHO, 2020).
Existem vários tipos de leucemia, caracterizados pelo tipo de célula que se
torna cancerígena e por sua velocidade de crescimento. São divididas em quatro
subtipos principais: agudas e crônicas que se subdividem em mieloide e linfoide
(HOFFBRAND, 2008, INCA, 2020).
As leucemias podem ocorrer em todas as idades, porém, com distribuições
etárias muito diferentes de acordo com o subtipo. A leucemia linfoide aguda (LLA) é
mais comum na primeira infância e rara em adultos, enquanto a leucemia mieloide
aguda (LMA) mais comum em idosos. Por sua vez, a leucemia mieloide crônica (LMC)
é rara em crianças e a leucemia linfoide crônica (LLC) é quase exclusiva para pessoas
com mais de 40 anos, com idade mediana no diagnóstico de mais de 70 anos
(JULIUSSON, HOUGH, 2016).
Quanto aos fatores predisponentes, como a exposição à radiação ambiental
e solventes, raramente podem estar relacionados à ocorrência de leucemia.
Complicações de malignidade hematológica ou utilização de terapia que danifica o
DNA, podem ocasionar o desenvolvimento da LMA (HULEGÅRDH, NILSSON, et al.,
2015). A ocorrência de LLA pode estar relacionada a fatores genéticos, como
síndrome de Down, mutações na linha germinativa nos genes PAX5 e ETV6, e
23

variantes polimórficas em genes específicos, incluindo ARID5B, CEBPE, GATA3 e


IKZF1 (HUNGER SP, 2015).
Os sintomas da leucemia variam de acordo com o subtipo. Howell e
colaboradores relataram menor porcentagem de pacientes com apresentações
sintomáticas na LLC (47 %), em comparação a LMC (71 %), a LMA (77 %) e a LLA
(78 %). Cansaço e dor são comuns a todas as leucemias, mas alguns sintomas são
mais específicos, como: dor no peito nas leucemias agudas (LLA e LMA); hematomas,
sangramento, falta de ar e tosse na LMA; massas na LLA e LLC e sudorese anormal
nas leucemias crônicas (LLC e LMC). Em um estudo com pacientes com LLC foi
relatado à ocorrência de infecção (32 %), fadiga (17 %) e linfadenopatia (7 %)
(FRIESE, EARLE, et al., 2011). Na LMC, os sintomas mais relatados são: fadiga (34
%), sangramento (21 %) e perda de peso (20 %) (SAVAGE, SZYDLO, et al., 1997).
Nas leucemias agudas, fadiga, hemorragia, febre e infecção são comuns na LMA,
enquanto fadiga, infecção, dor óssea, febre, hematomas / sangramento e petéquias
são relatadas na LLA (LOWENBERG, DOWNING, et al., 1999, UMMS, 2021).
O diagnóstico geralmente ocorre com apresentação sintomática a um
profissional de saúde, por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou
radiológicos, ou por meio de resultado incidental de exame de sangue quando a
leucemia não havia sido considerada (SHEPHARD, HAMILTON, et al., 2016).
Não há evidência científica de que o rastreamento das leucemias traga mais
benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado. O
diagnóstico precoce desse tipo de câncer possibilita melhores resultados em seu
tratamento e deve ser buscado com a investigação de sinais e sintomas (INCA, 2020).

2.3.1 Leucemia linfoide aguda

A LLA é uma transformação maligna que culmina com a proliferação de


células progenitoras linfoides na medula óssea, sangue e locais extramedulares
(PAUL, KANTARJIAN, et al., 2016). A idade média no diagnóstico para LLA é de 15
anos, com 55,4% dos pacientes diagnosticados com menos de 20 anos de idade. A
LLA representa 75 % a 80 % dos tipos de leucemia aguda; por outro lado, a LLA
representa aproximadamente 20 % de todas as leucemias entre adultos (BROWN,
SHAH, et al., 2020).
24

O diagnóstico da LLA é estabelecido pela presença de 20 % ou mais de


linfoblastos na medula óssea ou no sangue periférico (BROWN, SHAH, et al., 2020).
Avaliação morfológica, citometria de fluxo, imunofenotipagem e teste citogenético são
valiosos tanto para confirmar o diagnóstico quanto para a estratificação de risco. A
punção lombar com análise do liquor é padrão de atendimento no momento do
diagnóstico para avaliar o envolvimento do sistema nervoso central (SNC)
(TERWILLIGER, ABDUL-HAY, 2017).
O tratamento padrão da LLA consiste em quimioterapia de indução,
consolidação e manutenção de longo prazo, com profilaxia de malignidade para o
SNC administrada em intervalos ao longo da terapia (BROWN, SHAH, et al., 2020).

 Terapia de indução: o objetivo é alcançar remissão completa e restaurar a


hematopoiese normal. A terapia de indução inclui tipicamente vincristina,
corticosteróides e uma antraciclina (GOTTLIEB, WEINBERG, et al., 1984,
SCAVINO, GEORGE, et al., 1976). Alguns esquemas também podem incluir
ciclofosfamida, L-asparaginase e/ou altas doses de metotrexato ou citarabina.
Doses intratecais adicionais de metotrexato e radiação craniana podem ser
utilizadas se o SNC for positivo para células malignas (LARSON, DODGE,
1995, NAGURA, KIMURA, et al., 1994).

 Terapia de consolidação: geralmente utiliza agentes semelhantes à indução


e pode incluir quimioterapia intratecal e radiação craniana para profilaxia de
malignidade para o SNC (LARSON, DODGE, 1995, NAGURA, KIMURA, et al.,
1994).

 Terapia de manutenção: consiste no uso de mercaptopurina (6 MP),


metotrexato, vincristina e prednisona (NARAYANAN, SHAMI, 2012).

Para os pacientes com LLA Phipadelphia positivo (Ph+), a terapia alvo com
imatinibe ou dasatinibe é frequentemente incluída (JONES, THOMAS, et al., 2008,
PORKKA, KOSKENVESA, et al., 2008).
25

2.3.2 Leucemia linfoide crônica

A LLC é caracterizada pela proliferação e acúmulo clonal de células B


maduras e tipicamente CD5 positivas no sangue periférico, na medula óssea, nos
linfonodos e baço (ROZMAN, MONTSERRAT, 1995).
É a leucemia mais prevalente em adultos nos países ocidentais e tem uma
das predisposições hereditárias mais fortes de neoplasias hematológicas. Cerca de
10 % dos indivíduos que desenvolvem LLC têm histórico familiar da doença
(CERHAN, SLAGER, 2015, GARCÍA MARTÍN, PUERTA PUERTA, et al., 2017,
SUNDAR, COUTRE, et al., 2020).
O diagnóstico de LLC exige a presença de pelo menos 5 x 109 / L linfócitos B
monoclonais no sangue periférico e a clonalidade das células B deve ser confirmada
por citometria de fluxo (SUNDAR, COUTRE, et al., 2020).
As opções de tratamento podem variar em função da idade do paciente, do
grupo de risco da doença (baixo, médio e alto risco) e da razão para o tratamento,
como por exemplo, se existirem sintomas (ACS, 2020, SUNDAR, COUTRE, et al.,
2020). Muitos pacientes vivem longos períodos com LLC, que, geralmente, é de difícil
cura. Pelo fato do tratamento precoce não aumentar necessariamente a sobrevida e
poder provocar efeitos adversos severos, a orientação, na maioria dos casos, é
esperar até que a doença esteja em estágio mais avançado ou o paciente esteja com
sintomas, para poder iniciá-lo (ACS, 2020).
O tratamento da LLC pode envolver diferentes medicamentos e combinações.
As opções podem incluir anticorpos monoclonais, terapia alvo, quimioterapia e
diferentes combinações destes. Dentre as terapias mais utilizadas estão: ibrutinibe,
isolado ou com rituximabe, prednisona e rituximabe em altas doses; esquema FCR:
fludarabina, ciclofosfamida e rituximabe; esquema PCR: pentostatina, ciclofosfamida
e rituximabe; clorambucil e rituximabe (ou outro anticorpo monoclonal);
alemtuzumabe, isolado ou com rituximabe (ACS, 2020, SUNDAR, COUTRE, et al.,
2020). O transplante de medula óssea (TMO) pode ser realizado em pacientes com
doença de alto risco no início do tratamento. Muitos destes medicamentos e
combinações também podem ser opções como tratamentos de segunda linha (ACS,
2020).
26

2.3.3 Leucemia mieloide aguda

A LMA sofre, caracteristicamente, uma parada maturativa celular na fase de


blastos ou promielócitos, levando à redução dos elementos normais no sangue
periférico. As células apresentam marcadores mieloides específicos, incluindo
bastões de Auer (grânulos aberrantes), alteração citoquímica (negro de Sudan,
mieloperoxidase ou esterase não específica) e antígenos de superfície específicos. O
evento inicial que determina a proliferação neoplásica é desconhecido, mas é
resultante de mutação somática e ocorre na célula-tronco (stem cell) comprometendo
a maturação (ALTMAN, LURIE, et al., 2020).
É a forma mais comum de leucemia aguda entre adultos e a idade média no
diagnóstico é de 67 anos, com 54% dos pacientes diagnosticados aos 65 anos ou
mais (ALTMAN, LURIE, et al., 2020).
Os exames realizados para o diagnóstico clínico incluem: hemograma
completo com contagem diferencial; citorfologia, citoquímica e imunofenotipagem das
células blásticas; biópsia de medula óssea; avaliação citogenética convencional;
avaliação por biologia molecular preferencialmente da medula óssea (BRASIL, 2014,
DÖHNER, ESTEY, et al., 2010).
A porcentagem de blastos exigida para o diagnóstico de LMA é 20 % ou mais
de mieloblastos ou monoblastos / promonócitos ou megacarioblastos no sangue
periférico ou na medula óssea. Havendo menos do que 20 % de blastos no sangue
periférico ou na medula óssea, o diagnóstico de LMA também pode ser feito quando
há translocações ou inversões nos genes: t(8;21)(q22;q22), inv(16)(p13.1q22),
t(16;16)(p13.1;q22) ou t(15;17)(q22;q12) (DÖHNER, ESTEY, et al., 2010).
O tratamento da LMA exige quimioterapia inicial de indução de remissão, com
o objetivo de atingir remissão completa da doença e consequente restauração das
células sanguíneas normais. Esta fase é seguida por terapia de pós-remissão para
erradicar a doença residual mínima. Depois, dois a quatro cursos de consolidação
com ou sem tratamento prolongado de manutenção (ALTMAN, LURIE, et al., 2020,
BRASIL, 2014, DÖHNER, ESTEY, et al., 2010). As fases do tratamento são descritas
a seguir:

 Terapia de indução: realizado três dias de uma antraciclina (por exemplo,


daunorrubicina, idarrubicina ou mitoxantrona) e 7 dias de citarabina. Com este
27

protocolo, a remissão completa é alcançada em 60 % a 80 % dos adultos mais


jovens. Deve ser iniciada após a conclusão do diagnóstico, de preferência com
mínimo atraso (DÖHNER, ESTEY, et al., 2010).

 Terapia de consolidação: cerca de 30 % dos pacientes com LMA recidivam


nos primeiros seis meses e mais de 50 % no primeiro ano. Com o objetivo de
retardar ou prevenir a recidiva do paciente jovem, tem-se preconizado a terapia
pós-remissão, que consiste em ciclos repetitivos (pelo menos três ciclos) de
citarabina em altas doses (HiDAC) (MAYER, Robert J., DAVIS, et al., 1994).

 Terapia de manutenção: exceto nos casos de leucemia promielocítica aguda


(LPMA), o tratamento de manutenção não deve ser administrado
rotineiramente no adulto com LMA (DÖHNER, ESTEY, et al., 2010).

A cura da LMA ocorre ainda em uma minoria de pacientes adultos que se


submetem aos diversos protocolos de quimioterapia. Nos casos de prognóstico
intermediário ou desfavorável, apesar do elevado potencial de morbidade, os
resultados do transplante de células-tronco hematopoiéticas alogênico (alo-TCTH) ou
autólogo (auto-TCTH) são melhores do que os obtidos com a quimioterapia padrão
(ALTMAN, LURIE, et al., 2020, BRASIL, 2014, DÖHNER, ESTEY, et al., 2010).

2.3.4 Leucemia mieloide crônica

A LMC é uma doença mieloproliferativa, caracterizada pela presença do


cromossomo Philadelphia (Ph), produto de uma translocação recíproca entre os
cromossomos 9 e 22 [t (9;22) (q34; q11.2)]. O resultado é a fusão do gene BCR
(breakpoint cluster region protein) ao gene ABL1 (Abelson murine leukemia viral
oncogene homolog 1). Este gene de fusão, resulta na formação de uma proteína, que
é a tirosina quinase, e desempenha papel central na patogênese da LMC (KRISTINA
GREGORY, HEMA SUNDAR, et al., 2020, RUMPOLD, WEBERSINKE, 2010).
A doença ocorre em três diferentes fases (crônica, acelerada e fase blástica)
e é usualmente diagnosticada na fase crônica. A evolução natural da LMC é progredir
para a fase acelerada e explodir a crise blástica após uma fase crônica bastante
indolente, que pode durar em média de três a cinco anos (KRISTINA GREGORY,
28

HEMA SUNDAR, et al., 2020, RUMPOLD, WEBERSINKE, 2010). A definição de cada


fase é baseada em parâmetros hematológicos e clínicos (SWERDLOW SH, CAMPO
E, et al., 2008).
O diagnóstico da LMC, com início suspeito pela presença de alterações no
hemograma completo e esfregaço de sangue, é realizado pela demonstração da
presença do cromossomo Ph com translocação t (9;22) (q34; q11) e/ou rearranjo
BCR-ABL, identificado por citogenética, FISH ou método molecular (BRASIL., 2020,
THOMPSON, KANTARJIAN, et al., 2015). Os exames necessários ao diagnóstico
são: mielograma; cariótipo; e reação da transcriptase reversa seguida pela reação em
cadeia da polimerase (RT-PCR) (BRASIL., 2020).
Com exceção dos casos de LMC diagnosticados recentemente durante a
gravidez, o tratamento de primeira linha é um inibidor de tirosina quinase (ITQ). Pode
ser administrado um ciclo curto de hidroxiuréia em pacientes sintomáticos com
contagem alta de glóbulos brancos ou plaquetas, enquanto a confirmação molecular
e citogenética do diagnóstico de LMC estiver pendente. O tratamento de primeira linha
da LMC é feito com mesilato de imatinibe, um ITQ de primeira geração. No caso de
falha ao tratamento ou intolerância ao imatinibe, é necessário trocar o ITQ para
dasatinibe ou nilotinibe, que podem ser utilizados como segunda ou terceira linha de
tratamento. Para pacientes intolerantes a dois ou mais ITQ pode ser utilizado o ITQ
remanescente e pode ser considerado TMO alogênico (BRASIL, 2015, HOCHHAUS,
BACCARANI, et al., 2020).
Considerando a significância da leucemia nas estatísticas relacionadas ao
câncer e o papel da internet nas informações sobre saúde, o estudo objetiva avaliar a
qualidade das informações sobre tratamento da leucemia em sítios eletrônicos sul-
americanos.
29

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar a qualidade da informação veiculada em sítios eletrônicos sul-


americanos referentes ao tratamento da leucemia.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Desenvolver uma ferramenta para avaliar a qualidade da informação disponível em

sítios eletrônicos sul-americanos sobre tratamento da leucemia;

 Identificar sítios eletrônicos sul-americanos que veiculam informação referente ao

tratamento da leucemia;

 Avaliar a qualidade da informação referente ao tratamento da leucemia nos sítios

eletrônicos selecionados;

 Identificar os medicamentos citados nos sítios eletrônicos selecionados;

 Caracterizar o perfil dos sítios eletrônicos quanto à origem, elaborador, presença

de propagandas de medicamentos e links de redirecionamento externo.


30

4 MÉTODOS

4.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO

Trata-se de um estudo analítico transversal no qual será realizada avaliação


da qualidade da informação disponível sobre o tratamento da leucemia em sítios
eletrônicos sul-americanos.

4.2 INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA


INFORMAÇÃO EM SÍTIOS ELETRÔNICOS

4.2.1 Pesquisa de instrumentos para avaliação da qualidade da


informação em sítios eletrônicos

Foi realizado um levantamento bibliográfico na literatura nacional e


internacional em busca de instrumentos para avaliação da qualidade da informação
em sítios eletrônicos, tendo como foco o tratamento da leucemia. Não foram
localizadas ferramentas disponíveis que permitissem a avaliação pretendida no
estudo, apenas metodologias que orientam quanto à avaliação da qualidade das
informações sobre saúde no geral.
Dentre as metodologias encontradas na literatura, foram selecionadas as mais
apropriadas à aplicação nesse estudo, com realização das adaptações necessárias
às ferramentas validadas. Além disso, foi necessário desenvolver um instrumento
próprio para ser aplicado no processo de avaliação da qualidade das informações
relacionadas ao tratamento da leucemia em sítios sul-americanos.

4.2.2 Elaboração do instrumento para avaliação da qualidade da


informação global dos sítios em saúde (QIG)

O desenvolvimento e a construção do instrumento intitulado “Avaliação da


qualidade das informações globais de saúde em sítios eletrônicos (QIG)” (APÊNDICE
A) foi realizado a partir da adaptação da ferramenta descrita por Mendonça e Pereira
Neto em estudo publicado no ano de 2015 (ANEXO A). A ferramenta baseia-se na
utilização de três dimensões distintas - conteúdo, técnica e design, englobando
31

aspectos que orientam a avaliação dos sítios eletrônicos, totalizando 80 sentenças.


Estas estão distribuídas da seguinte forma: 18 na dimensão conteúdo, 40 na técnica
e 22 na design (MENDONÇA, PEREIRA NETO, 2015).
Na dimensão conteúdo a ferramenta integra os critérios abrangência, acurácia
e inteligibilidade das informações veiculadas. Na dimensão técnica são abordados a
garantia de credibilidade, segurança e privacidade das informações, além de aspectos
éticos relativos ao provedor de informação, ao suporte técnico e à interatividade ao
usuário. Na dimensão design os critérios avaliam a facilidade de uso, de navegação e
a acessibilidade (MENDONÇA; PEREIRA NETO, 2015).
O instrumento QIG (APÊNDICE A) foi adaptado em consenso entre os
pesquisadores deste estudo. Essa adaptação ocorreu mediante eliminação de
algumas sentenças das dimensões conteúdo e técnica, além da eliminação da
dimensão design da ferramenta original (ANEXO A), julgados não pertinentes aos
objetivos do estudo.

4.2.3 Elaboração do instrumento para avaliação da qualidade da


informação sobre tratamento da leucemia em sítios eletrônicos (QIL)

A ferramenta intitulada “Avaliação da qualidade da informação sobre tratamento


da leucemia em sítios eletrônicos” (QIL) (APÊNDICE B), caracterizada como
dimensão farmacológica, foi elaborada pelos pesquisadores deste estudo. O
instrumento, formado por sentenças com informações julgadas como importantes para
constarem no conteúdo dos sítios eletrônicos relacionadas ao tema foi redigido de
maneira sintética, em linguagem clara e objetiva. O conteúdo desta ferramenta foi
elaborado com base na literatura científica, em consonância com as informações
preconizadas nas diretrizes e protocolos clínicos de origem nacional e internacional
sobre tratamento da leucemia (ALTMAN, LURIE, et al., 2020, BRASIL, 2015, BROWN,
SHAH, et al., 2020, EICHHORST, ROBAK, et al., 2020, HEUSER, OFRAN, et al.,
2020, HOCHHAUS, SAUSSELE, et al., 2017, HOELZER, BASSAN, et al., 2016,
KRISTINA GREGORY, HEMA SUNDAR, et al., 2020, SUNDAR, COUTRE, et al.,
2020).
Uma vez elaborada a ferramenta QIL, foi necessário elencar quais critérios
deveriam ser verificados para cada sentença no ato da avaliação dos sítios
eletrônicos. Com base na mesma literatura consultada para elaboração das
32

sentenças, foi criado o “Critério das respostas esperadas em cada sentença na


avaliação da dimensão farmacológica dos sítios eletrônicos”, considerando as
características da leucemia e dos medicamentos empregados em seu tratamento.

4.3 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA INFORMAÇÃO NOS SÍTIOS


ELETRÔNICOS

Para a avaliação da qualidade da informação contida nos sítios eletrônicos,


foram empregados os instrumentos QIG e QIL, contendo 32 e 18 sentenças,
respectivamente. A avaliação de cada critério foi baseada na referência de pontuação
estabelecida no questionário DISCERN (CHARNOCK, SHEPPERD, et al., 1999),
empregada em escala descritiva de três pontos (GUPTA, NISSAN, et al., 2017). Dessa
forma, cada sentença poderia ter até três opções de respostas vinculadas a
determinada pontuação, sendo elas: um (1) - ausência de determinado critério no sítio
eletrônico; dois (2) - presença parcial de determinado critério no sítio eletrônico; três
(3) - presença total de determinado critério no sítio eletrônico. As sentenças 15 e 16
da ferramenta QIL possuem a opção não se aplica (NA), utilizada caso o sítio
eletrônico estivesse fora dos critérios de avaliação relacionados.
Para o instrumento QIG foram consideradas como possibilidades de resposta
somente as opções ausência (1) e presença total (3) dos critérios avaliados em cada
sentença, por não apresentarem a opção de parcialidade. A pontuação total possível
é de 96 pontos, sendo 30 deles na dimensão conteúdo e 66 na dimensão técnica.
No caso da ferramenta QIL, a maioria das sentenças também considerava
apenas as duas opções de resposta: ausência (1) e presença total (3). As exceções
foram as sentenças 3, 5, 6, 10 e 13 que permitiam as três possibilidades de resposta:
ausência (1), presença parcial (2) e presença total (3), e as sentenças 15 e 16 que
permitiam as opções ausência (1), presença total (3) e não se aplica (NA). Dessa
forma, a pontuação total permitida do instrumento QIL é de 54 pontos quando as
questões 15 e 16 possuírem aplicabilidade, e 48 pontos quando as respectivas
sentenças não forem aplicadas.
A pontuação final obtida pelo somatório (∑) dos pontos de cada questão dos
instrumentos QIG e QIL foi convertida em porcentagem, permitindo que as páginas
dos sítios eletrônicos avaliados fossem categorizadas em três níveis de qualidade a
saber (CERMINARA, SANTARONE, et al., 2014):
33

• qualidade alta (∑ ≥ 80 %) - nas dimensões avaliadas foi atingida


pontuação três (3) para a maior parte dos critérios, indicando que a publicação
apresenta boa qualidade, podendo ser considerada fonte útil e adequada de
informações sobre o tratamento;
• qualidade moderada (50% ≤ ∑ ≤ 79%) - nas dimensões avaliadas os
critérios oscilaram entre as pontuações um (1), dois (2) e três (3), indicando que a
publicação apresenta qualidade intermediária. Pode ser considerada fonte razoável
de informações sobre o tratamento, porém com algumas ressalvas e limitações
importantes, sendo necessárias informações adicionais para complemento;
• qualidade baixa (∑ < 50%) - nas dimensões avaliadas foi atingida
pontuação um (1) para a maior parte dos critérios, indicando que a publicação
apresenta qualidade ruim, com deficiências graves em seu conteúdo, não podendo
ser considerada fonte útil e adequada de informações sobre o tratamento.
Foi determinada a qualidade dos sítios eletrônicos em cada uma das
dimensões, bem como a qualidade total destes de acordo com o somatório global das
pontuações das ferramentas.

4.4 PESQUISA E SELEÇÃO DOS SÍTIOS ELETRÔNICOS PARA


AVALIAÇÃO

A pesquisa e seleção dos sítios eletrônicos foram realizadas entre os meses


de outubro e novembro de 2020. A seleção dos websites ocorreu nos seis países da
América do Sul com maior porcentagem da população com acesso à internet de
acordo com o Our World In Data (ROSER, RITCHIE, et al., 2017), a saber: Argentina,
Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai e Uruguai.
Para a pesquisa utilizou-se o navegador Google Chrome previamente
configurado para limpeza dos dados de navegação, a fim de minimizar possível
influência nos resultados por busca personalizada. A limpeza dos dados foi realizada
na configuração “Histórico”, posteriormente “Limpar dados de navegação”; “modo
avançado de limpeza” e por fim “limpar dados de navegação em todo o período”.
Os sítios eletrônicos para a análise foram selecionados utilizando a
ferramenta de busca Google (http://www.google.com.br). A escolha do buscador foi
feita por meio de seleção do motor de busca mais popular e comumente utilizado,
34

através do provedor gratuito Alexa (ALEXA, 2021), mesmo método descrito em outros
estudos de avaliação da qualidade da informação sobre saúde na internet (CAJITA,
RODNEY, et al., 2017, LAM, ROTER, et al., 2013, LEIRA-FEIJOO, LEDESMA-LUDI,
et al., 2015, NINAWEYMANN, HARTER, et al., 2015). Este provedor, que pertencente
a Amazon, fornece estimativas das métricas globais da rede, ou seja, dados referentes
ao tráfego na internet, baseando-se na média diária de acessos aos sítios eletrônicos
e no número de visualizações das páginas nos últimos três meses (ALEXA, 2021).
No Google foi utilizado o modo “Pesquisa avançada”, com aplicação dos filtros
idioma “português (Brasil)” e “espanhol (Latino-américa)” e região “Argentina”, “Brasil”,
“Chile”, “Colômbia”, “Paraguai” e “Uruguai”, referente ao idioma e à região de cada um
dos seis países selecionados.
Foram realizadas duas pesquisas no buscador com as seguintes
combinações de palavras e operadores booleanos: “leucemia” AND (medicamentos
OR remédios OR quimioterápicos) e “tratamento leucemia” para a busca na língua
portuguesa do Brasil, e “leucemia” AND (medicamentos OR quimioterapia) e
“tratamiento leucemia” para a busca na língua espanhola latino-americana.

4.5 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO

Foram incluídos no estudo links de sítios eletrônicos do Brasil, em língua


portuguesa do Brasil, e links de sítios eletrônicos da Argentina, Chile, Colômbia,
Paraguai e Uruguai, em língua espanhola latino-americana, com conteúdo relativo ao
tema tratamento da leucemia.
Foram excluídos do estudo os links de sítios eletrônicos que atendiam aos
seguintes critérios: redirecionamento para arquivos nos formatos “.pdf” (Adobe
Acrobat) e “.doc” ou “.docx” (Microsoft Word); links inacessíveis ou inoperantes;
páginas referentes à farmácia, drogaria, loja de dispositivos para saúde ou consulta
remédios; links de bulário; páginas no formato de blog; links correspondentes a artigos
e revistas científicas; matérias ou notícias de jornais ou revistas; vídeos; e páginas
com conteúdo não relacionado especificamente ao tratamento da leucemia. Em caso
de obtenção de links em duplicidade nas buscas foi considerado somente um deles.
35

4.6 CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DOS SÍTIOS ELETRÔNICOS E


QUANTIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS CITADOS

Através da coleta de dados disponíveis nos sítios eletrônicos realizou-se a


caracterização quanto à origem, elaborador, presença de propagandas de
medicamentos e links de redirecionamento externo, assim como a identificação e
quantificação dos medicamentos mencionados.

4.7 TABULAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

As 50 primeiras Uniform Resource Locator (URL) encontradas em cada uma


das duas buscas para cada país foram compiladas em planilha eletrônica do software
Microsoft Office Excel® e numeradas em ordem sequencial de 1 a 100. As URL foram
organizadas em ordem alfabética para auxiliar a exclusão de possíveis duplicidades e
posteriormente retornadas à ordenação numérica crescente para aplicação dos
demais critérios de exclusão. Foram selecionadas as 10 primeiras URL de cada
busca, totalizando 20 URL a serem avaliadas para cada país.
As URL foram categorizadas e contabilizadas de acordo a origem (pública ou
privada), elaboração (leigo ou profissional da área) e especificidade (doença,
tratamento ou doença e tratamento). Para cada URL selecionada foi verificada a
presença de propaganda e/ou de link com direcionamento externo a outros sítios
eletrônicos.
Os sítios eletrônicos selecionados foram avaliados em sua totalidade por dois
pesquisadores.

4.8 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Foi aplicada estatística descritiva simples com distribuição de frequências


(absoluta e relativa percentual), medidas de tendência central (média) e dispersão
(desvio padrão), com auxílio do software Microsoft Office Excel® versão 2020.
Para avaliar a confiabilidade entre resultados dos dois avaliadores que
realizaram as análises, foi feito o teste de concordância Kappa (K), sendo valores
maiores que 0,75 representam excelente concordância. Valores abaixo de 0,40
36

representam baixa concordância e valores situados entre 0,40 e 0,75 representam


concordância mediana aceitável.
A normalidade das amostras foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk. Para a
análise de variância para a comparação entre os grupos aplicou-se o teste ANOVA
one way (dimensão técnica, dimensão conteúdo e dimensão farmacológica) e teste
de Kruskal Wallis (resultado final da qualidade). Adotou-se o nível de p<0.05 para a
significância estatística.
37

5 RESULTADOS

5.1 DESENVOLVIMENTO DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA


QUALIDADE DAS INFORMAÇÕES GLOBAIS DE SAÚDE EM SÍTIOS
ELETRÔNICOS (QIG)

Na dimensão conteúdo foram eliminadas 8 sentenças da ferramenta de


Mendonça e Neto (MENDONÇA, PEREIRA NETO, 2015). Sete sentenças (sentenças
10, 12, 13, 15 a 18) foram retiradas sob justificativa de não se adequarem ao propósito
do estudo; e uma sentença (sentença 2) pelo fato de não existirem formas de
prevenção para leucemia (Quadro 1):

Quadro 1: Adaptação na dimensão conteúdo da ferramenta original para elaboração do instrumento para avaliação da qualidade
das informações globais de saúde em sítios eletrônicos. Niterói, 2021.
Sentenças – Dimensão Conteúdo Mantida ou retirada
1. O site apresenta informações de diagnóstico? Mantida
2. O site apresenta informações de prevenção? Retirada
3. O site apresenta informações sobre possibilidades de tratamento? Mantida
4. O site apresenta informações sobre possíveis complicações do tratamento? Mantida
5. O site apresenta os benefícios e o desempenho dos tratamentos e/ou dos produtos? Mantida
6. O site apresenta contato de local para obter maiores informações sobre diagnóstico, tratamento e
Mantida
prevenção?
7. O conteúdo está cientificamente fundamentado com base em estudos, pesquisas, protocolos,
Mantida
consensos ou prática clínica?
8. O site apresenta as fontes que suportam as informações disponíveis? Mantida
9. As fontes são de origem amplamente reconhecida e com boa reputação? Mantida
10. O site possui um comitê científico? Retirada
11. A linguagem é adequada para o público de destino? Mantida
12. As fontes do texto estão em tamanho adequado? Retirada
13. É possível entender o propósito do site? Retirada
14. O site não utiliza palavras técnicas ou jargão desconhecidos pelo público em geral? Mantida
15. A página inicial do site tem poucas informações? Retirada
16. Os textos são muito curtos e de rápida compreensão? Retirada
17. O site apresenta mensagens claras de alertas ou de erros? Retirada
18. As imagens na página ajudam a entender os textos? Retirada
Fonte: adaptado de Mendonça e Pereira Neto (2015).

A dimensão técnica sofreu eliminação de 18 sentenças, as quais englobavam


critérios e indicadores para avaliação das políticas de privacidade e segurança dos
sítios eletrônicos, bem como da interatividade com o usuário (Quadro 2).
38

Quadro 2: Adaptação na dimensão técnica da ferramenta original para elaboração do instrumento para avaliação da qualidade
das informações globais de saúde em sítios eletrônicos. Niterói, 2021.
Mantida ou
Sentenças – Dimensão Técnica
retirada
1. Consta o autor da informação? Mantida
2. As credenciais dos autores foram fornecidas? Mantida
3. O site fornece os endereços de contato do autor? Mantida
4. Consta o responsável do site? Mantida
5. As credenciais dos responsáveis foram fornecidas? Mantida
6. Consta a data de criação do site? Mantida
7. Consta a data de atualização do site? Mantida
8. Consta a data de criação do conteúdo? Mantida
9. Consta a data de atualização em todas as páginas/conteúdo do site? Mantida
10. O site conta com revisão editorial? Retirada
11. Consta no site a política editorial? Retirada
12. O propósito do site é apresentado? Mantida
13. O objetivo do site está claro? Mantida
14. O site menciona o público para o qual as informações se destinam? Mantida
15. O site foi certificado por alguma instituição credenciadora? Mantida
16. O apoio e parceria financeira é mencionado? Mantida
17. Os anúncios publicitários são claramente identificados? Mantida
18. Há distinção entre anúncios e o conteúdo? Mantida
19. O site possui política de publicidade? Retirada
20. Os profissionais de saúde estão cumprindo os preceitos éticos e legislativos da profissão? Retirada
21. Os aconselhamentos em saúde são prestados por profissionais qualificados? Mantida
22. O site notifica a necessidade de consulta médica? Mantida
23. Os parceiros estão de acordo com os princípios éticos adotados pelo site? Retirada
24. O site solicita autorização do usuário no momento da coleta de seus dados pessoais? Retirada
25. O site informa a finalidade da coleta desses dados? Retirada
26. O sigilo de dados pessoais dos usuários está assegurado através de uma política de
Retirada
segurança e privacidade?
27. O site informa o propósito da coleta das informações pessoais? Retirada
28. O site possui sistema de proteção e segurança como o de criptografia de dados? Retirada
29. O usuário tem a possibilidade de apagar seus dados registrados no site? Retirada
30. O site possui ferramentas interativas (fórum, blog, chat, redes sociais, comentários)? Mantida
31. Existem regras estabelecidas para a utilização dessas ferramentas? Retirada
32. Estas ferramentas possuem uma pessoa responsável (moderador)? Retirada
33. O site apresenta as credenciais/qualificações do moderador? Retirada
34. O moderador está apto a responder dúvidas e questionamentos sobre o assunto abordado? Retirada
35. O site fornece contatos do usuário com o webmaster? Retirada
36. O site oferece FAQ (Perguntas mais frequentes) para os usuários? Mantida
37. O site oferece tutoriais de ajuda para o usuário? Mantida
38. O site possui fale conosco? Mantida
39. As questões dos usuários são respondidas em tempo ágil? Retirada
40. O site avalia a satisfação do usuário quanto ao seu atendimento ou conteúdo? Retirada
Fonte: adaptado de Mendonça e Pereira Neto (2015).

A dimensão design foi excluída na elaboração do instrumento.


39

Após adaptação da ferramenta de Mendonça e Pereira Neto (MENDONÇA,


PEREIRA NETO, 2015), com eliminação de 48 critérios nas dimensões conteúdo,
técnica e design, não pertinentes ao objetivo do estudo, foi elaborado o instrumento
intitulado “Avaliação da qualidade das informações globais de saúde em sítios
eletrônicos” (QIG). Este é composto de 10 sentenças na dimensão conteúdo e 22 na
dimensão técnica (Tabela 1).

Tabela 1: Instrumento para avaliação da qualidade das informações globais em sítios eletrônicos (QIG). Niterói 2021.
Sentenças
Dimensão Conteúdo

1. O site apresenta informações de diagnóstico?

2. O site apresenta informações sobre possibilidades de tratamento?

3. O site apresenta informações sobre possíveis complicações do tratamento?

4. O site apresenta os benefícios e o desempenho dos tratamentos e/ou dos produtos?

5. O site apresenta contato de local para obter maiores informações sobre diagnóstico, tratamento e prevenção?

6. O conteúdo está cientificamente fundamentado com base em estudos, pesquisas, protocolos, consensos ou prática
clínica?

7. O site apresenta as fontes que suportam as informações disponíveis?

8. As fontes são de origem amplamente reconhecida e com boa reputação?

9. A linguagem é adequada para o público de destino?

10. O site não utiliza palavras técnicas ou jargão desconhecidos pelo público em geral?

Dimensão técnica

1. Consta o autor da informação?

2. As credenciais dos autores foram fornecidas?

3. O site fornece os endereços de contato do autor?

4. Consta o responsável do site?

5. As credenciais dos responsáveis foram fornecidas?

6. Consta a data de criação do site?

7. Consta a data de atualização do site?

8. Consta a data de criação do conteúdo?

9. Consta a data de atualização em todas as páginas/conteúdo do site?

10. O propósito do site é apresentado?

11. O objetivo do site está claro?

12. O site menciona o público para o qual as informações se destinam?

13. O site foi certificado por alguma instituição credenciadora?

14. O apoio e parceria financeira é mencionado?

15. Os anúncios publicitários são claramente identificados?

16. Há distinção entre anúncios e o conteúdo?

17. Os aconselhamentos em saúde são prestados por profissionais qualificados?


40

Tabela 1 (continuação)
Sentenças

Dimensão técnica

18. O site notifica a necessidade de consulta médica?

19. O site possui ferramentas interativas (fórum, blog, chat, mídias sociais, comentários)?

20. O site oferece FAQ (Perguntas mais frequentes) para os usuários?

21. O site oferece tutoriais de ajuda para o usuário?

22. O site possui fale conosco?

5.2 DESENVOLVIMENTO DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA


QUALIDADE DAS INFORMAÇÕES SOBRE TRATAMENTO DA LEUCEMIA
EM SÍTIOS ELETRÔNICOS (QIL)

O instrumento intitulado “Avaliação da qualidade da informação sobre


tratamento da leucemia em sítios eletrônicos” (QIL) foi elaborado, totalizando 18
sentenças referentes ao tema (Tabela 2). O “Critério de avaliação das respostas
esperadas em cada sentença na avaliação da dimensão farmacológica dos sítios
eletrônicos” foi desenvolvido para cada sentença do instrumento QIL (Tabela 2).

Tabela 2: Instrumento para avaliação da qualidade das informações sobre tratamento da leucemia em sítios eletrônicos (QIL)
com os respectivos critérios de avaliação das respostas esperadas em cada sentença. Niterói, 2021.

Sentença Critério de avaliação das respostas esperadas

Considerar como presença total (pontuação 3), ausência da informação


1. Menciona a fisiopatologia da leucemia?
(pontuação 1).

2. Descreve especificamente a origem da Considerar como presença total (pontuação 3), ausência da informação
leucemia? (pontuação 1).

3. Descreve fatores de risco para Para sítios eletrônicos específicos (apenas 1 subtipo de leucemia):
ocorrência da leucemia? Considerar como presença total mais de dois riscos (pontuação 3), presença
parcial dois ou um risco (pontuação 2) e ausência se nenhum risco (pontuação
1).

*LLA: idade avançada, exposição à quimioterapia ou radioterapia, distúrbios


genéticos (particularmente Síndrome de Down).
*LLC: idade avançada, exposição a certos produtos químicos, história
familiar, raça / etnia.
*LMA: idade avançada, exposição a certos produtos químicos, história
familiar, raça / etnia, gênero, tabagismo, exposição à radiação, certos
distúrbios do sangue, distúrbios genéticos.
*LMC: exposição à radiação, idade avançada, gênero.
Para sítios eletrônicos não específicos (mais de 1 subtipo de leucemia):
fazer média.

4. Descreve primeiros sinais e sintomas Considerar como presença total (pontuação 3) ou ausência da informação
específicos para ocorrência da leucemia? (pontuação 1).
41

Tabela 2 (continuação)

Sentença Critério de avaliação das respostas esperadas

5. Descreve os tipos de tratamento para Para sítios eletrônicos específicos (apenas 1 subtipo de leucemia):
leucemia?
*LLA, LLC, LMA: quimioterapia, radioterapia, transplante de células tronco
hematopoiéticas.
Considerar como presença total se três opções (pontuação 3), presença
parcial se uma ou duas opções (pontuação 2) e ausência se nenhuma opção
(pontuação 1).
*LMC: quimioterapia, transplante de células tronco hematopoiéticas.
Considerar como presença total se duas opções (pontuação 3), presença
parcial se uma opção (pontuação 2) e ausência se nenhuma opção
(pontuação 1).
Para sítios eletrônicos não específicos (mais de 1 subtipo de leucemia):
fazer média.

6. Cita as opções de tratamentos Para sítios eletrônicos específicos (apenas 1 subtipo de leucemia):
farmacológicos para leucemia? Considerar como presença total mais de três opções (pontuação 3), presença
parcial se uma ou duas opções (pontuação 2) e ausência se nenhuma opção
(pontuação 1).
Para sítios eletrônicos não específicos (mais de 1 subtipo de leucemia):
fazer média.

7. Menciona o tempo para se obter melhora Considerar como presença total (pontuação 3), ausência da informação
após início do tratamento farmacológico? (pontuação 1).

8. Descreve recomendações para a Considerar como presença total (pontuação 3), ausência da informação
redução dos riscos de interações (pontuação 1).
medicamentosas?
9. Descreve sobre tratamento Considerar como presença total (pontuação 3), ausência da informação
farmacológico em diferentes faixas etárias? (pontuação 1).

10. Descreve os possíveis efeitos adversos Para cada medicamento específico (fazer média) ou considerando
relacionados ao tratamento farmacológico quimioterapia em geral:
da leucemia? Considerar como presença total mais de quatro efeitos adversos (pontuação
3), presença parcial de um a três efeitos adversos (pontuação 2) e ausência
se nenhum efeito adverso (pontuação 1).
11. Descreve os riscos de descontinuação Considerar como presença total (pontuação 3) ou ausência da informação
abrupta dos medicamentos para tratamento (pontuação 1).
da leucemia?

12. Descreve as contraindicações para uso Considerar como presença total (pontuação 3) ou ausência da informação
dos medicamentos para tratamento da (pontuação 1).
leucemia?

13. Descreve quanto aos cuidados durante Para cada tratamento farmacológico específico (fazer média) ou
o tratamento farmacológico da leucemia? considerando o tratamento farmacológico em geral:

Considerar como presença total mais de três cuidados (pontuação 3),


presença parcial de um ou dois cuidados (pontuação 2) e ausência se nenhum
cuidado (pontuação 1).

14. Menciona sobre a utilização de Considerar como presença total (pontuação 3) ou ausência da informação
fitoterápicos concomitante ao tratamento? (pontuação 1).

15. Menciona sobre os cuidados no manejo Considerar como presença total (pontuação 3), ausência da informação
dos medicamentos para tratamento da (pontuação 1) ou não se aplica (NA).
leucemia se utilizados em domicílio?

16. Menciona sobre o descarte de Considerar como presença total (pontuação 3), ausência da informação
medicamentos para tratamento da (pontuação 1) ou não se aplica (NA).
leucemia se utilizados em domicílio?

17. Menciona sobre os cuidados com Considerar como presença total (pontuação 3), ausência da informação
excretas corpóreas dos pacientes durante o (pontuação 1).
tratamento?
42

Tabela 2 (continuação)

Sentença Critério de avaliação das respostas esperadas

18. Menciona solicitar orientação Considerar como presença total (pontuação 3) ou ausência da informação
profissional para o cumprimento do (pontuação 1).
tratamento ou modificação durante o
tratamento?
Legenda: LLA: leucemia linfoide aguda; LMA: leucemia mieloide aguda; LLC: leucemia linfoide crônica; LMC: leucemia mieloide crônica.

5.3 RESULTADO DA BUSCA E SELEÇÃO DOS SÍTIOS ELETRÔNICOS

Partindo das 100 primeiras URL selecionadas para cada país (50 URL de
cada busca), após aplicar todos os critérios de exclusão, foram selecionados 20 URL
para análise, das quais 10 de cada busca para cada país (Figura 1).
43

Figura 1: Fluxo de coleta e aplicação dos critérios de exclusão aos sítios eletrônicos obtidos no buscador Google em
24 de outubro de 2020. Legenda: URL = Uniform Resource Locator. Niterói, 2021.

5.4 CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DAS PÁGINAS AVALIADAS

A caracterização do perfil das páginas avaliadas, por país, está descrita na


Tabela 3. Das URL avaliadas, a maioria é de origem privada e sem especificidade
quando ao tipo de leucemia. Cerca de 70 % a 85 % dos sites são elaborados por
profissionais de saúde. Quanto às propagandas de medicamentos, estão presentes
na minoria dos sítios eletrônicos em todos os países analisados, enquanto os links de
44

redirecionamento externo são observados em 50% ou mais das páginas da Colômbia


e do Paraguai, apenas.

Tabela 3: Caracterização do perfil das Uniform Resource Locator (URL) avaliadas quanto à qualidade das
informações sobre tratamento da leucemia. Niterói, 2021.
País
Argentina Brasil Chile Colômbia Paraguai Uruguai
Variável
(n = 20) (n = 20) (n = 20) (n = 20) (n = 20) (n = 20)
n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) n (%)
Origem
Privada 17 (85) 19 (95) 16 (80) 17 (85) 16 (80) 16 (80)
Pública 3 (15) 1 (5) 4 (20) 3 (15) 4 (20) 4 (20)

Elaboração
Leigo 5 (25) 6 (30) 6 (30) 6 (30) 3 (15) 4 (20)
Profissional da saúde 15 (75) 14 (70) 14 (70) 14 (70) 17 (85) 16 (80)

Especificidade quanto ao subtipo de leucemia


Específico
LLA 0 (0) 0 (0) 1 (5) 0 (0) 1 (5) 0 (0)
LLC 1 (5) 1 (5) 0 (0) 0 (0) 0 (0) 1 (5)
LMA 0 (0) 0 (0) 1 (5) 0 (0) 1 (5) 0 (0)
LMC 0 (0) 0 (0) 0 (0) 0 (0) 1 (5) 0 (0)
2 subtipos 1 (5) 0 (0) 0 (0) 2 (10) 0 (0) 3 (15)
3 subtipos 0 (0) 0 (0) 0 (0) 1 (5) 3 (15) 0 (0)
Não específico 18 (90) 19 (95) 18 (90) 17 (85) 0 (0) 16 (80)

Propaganda de medicamentos
Não 17 (85) 16 (80) 16 (80) 16 (80) 15 (75) 16 (80)
Sim 3 (15) 4 (20) 4 (20) 4 (20) 5 (25) 4 (20)

Link de redirecionamento externo


Não 11 (55) 14 (70) 11 (55) 9 (45) 10 (50) 11 (55)
Sim 9 (45) 6 (30) 9 (45) 11 (55) 10 (50) 9 (45)
Legenda: LLA: leucemia linfoide aguda; LMA: leucemia mieloide aguda; LLC: leucemia linfoide crônica; LMC: leucemia mieloide
crônica.

Os medicamentos mais citados, analisados pelo somatório em cada site, foram:


imatinibe (52 %), rituximabe (41 %), dasatinibe (40 %) e nilotinibe (40 %) (Tabela 4).
45

Tabela 4: Análise dos medicamentos mais citados pelos sítios eletrônicos avaliados quanto à qualidade das informações sobre
tratamento da leucemia. Niterói, 2021.
Frequência relativa dos sítios eletrônicos que citaram o medicamento*
País
Total
Medicamento Argentina Brasil Chile Colômbia Paraguai Uruguai
(n = 20) (n = 20) (n = 20) (n = 20) (n = 20) (n = 20) (n = 120)
n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) n (%)
Imatinibe 11 (55) 8 (40) 11 (55) 12 (60) 9 (45) 11 (55) 62 (52)
Rituximabe 8 (40) 8 (40) 9 (45) 10 (50) 6 (30) 8 (40) 49 (41)
Dasatinibe 8 (40) 7 (35) 7 (35) 10 (50) 7 (35) 9 (45) 48 (40)
Nilotinibe 8 (40) 6 (30) 8 (40) 10 (50) 7 (35) 9 (45) 48 (40)
Ciclofosfamida 8 (40) 6 (30) 8 (40) 9 (45) 6 (30) 7 (35) 44 (37)
Fludarabina 8 (40) 6 (30) 8 (40) 9 (45) 6 (30) 7 (35) 44 (37)
Bendamustina 8 (40) 6 (30) 7 (35) 8 (40) 5 (25) 7 (35) 41 (34)
Metotrexato 6 (30) 7 (35) 8 (40) 8 (40) 6 (30) 5 (25) 40 (33)
Citarabina 6 (30) 8 (40) 7 (35) 6 (30) 6 (30) 5 (25) 38 (32)
Ibrutinibe 8 (40) 6 (30) 6 (30) 7 (35) 4 (20) 7 (35) 38 (32)
Vincristina 6 (30) 6 (30) 7 (35) 8 (40) 6 (30) 5 (25) 38 (32)
Daunorrubicina 6 (30) 8 (40) 7 (35) 7 (35) 5 (25) 4 (20) 37 (31)
Ofatumumabe 7 (35) 5 (25) 7 (35) 7 (35) 4 (20) 6 (30) 36 (30)
Doxorrubicina 6 (30) 4 (20) 7 (35) 7 (35) 6 (30) 5 (25) 35 (29)
Bosutinibe 6 (30) 6 (30) 5 (25) 7 (35) 4 (20) 6 (30) 34 (28)
Ponatinibe 6 (30) 6 (30) 5 (25) 7 (35) 4 (20) 6 (30) 34 (28)
Clorambucil 6 (30) 6 (30) 5 (25) 6 (30) 5 (25) 5 (25) 33 (28)
Idelalisibe 8 (40) 1 (5) 6 (30) 7 (35) 4 (20) 7 (35) 33 (28)
L-asparaginase 5 (25) 5 (25) 6 (30) 7 (35) 5 (25) 4 (20) 32 (27)
Obinutuzumabe 5 (25) 5 (25) 6 (30) 6 (30) 4 (20) 6 (30) 32 (27)
Venetoclax 6 (30) 4 (20) 7 (35) 6 (30) 4 (20) 5 (25) 32 (27)
Prednisona 5 (25) 4 (20) 6 (30) 7 (35) 5 (25) 4 (20) 31 (26)
6-mercaptopurina 5 (25) 5 (25) 6 (30) 6 (30) 4 (20) 3 (15) 29 (24)
Cladribina 5 (25) 6 (30) 5 (25) 5 (25) 4 (20) 4 (20) 29 (24)
Hidroxiuréia 5 (25) 4 (20) 6 (30) 5 (25) 5 (25) 4 (20) 29 (24)
Interferon 3 (15) 4 (20) 7 (35) 5 (25) 5 (25) 5 (25) 29 (24)
Alemtuzumabe 3 (15) 2 (10) 7 (35) 5 (25) 5 (25) 5 (25) 27 (23)
Dexametasona 4 (20) 4 (20) 4 (20) 6 (30) 4 (20) 4 (20) 26 (22)
Pentostatina 5 (25) 2 (10) 6 (30) 5 (25) 4 (20) 4 (20) 26 (22)
Blinatumomabe 4 (20) 4 (20) 5 (25) 4 (20) 4 (20) 4 (20) 25 (21)
* O mesmo sítio eletrônico pode citar mais de um medicamento.

5.5 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS INFORMAÇÕES GLOBAIS EM


SAÚDE UTILIZANDO O INSTRUMENTO QIG

5.5.1 Dimensão Conteúdo

A dimensão conteúdo da ferramenta QIG (APÊNDICE A) é composta por 10


sentenças e sua pontuação total máxima possível corresponde a 30 pontos,
equivalente a 100 % das respostas “Sim” (3 pontos), ou seja, presença total dos
critérios avaliados. Os sítios eletrônicos brasileiros obtiveram maior pontuação média
total das sentenças, enquanto os chilenos e os argentinos apresentaram menor
pontuação (tabela 5). Todos os grupos apresentaram distribuição normal das
46

amostras (p <0,05). A análise de variância mostrou que não há diferença estatística


entre os grupos (p=0,9446).

Tabela 5: Descrição da pontuação média total das sentenças da dimensão conteúdo na avaliação da qualidade das
informações globais de saúde dos sítios eletrônicos sul-americanos.

País Média + DP Mínimo Máximo IC 95%

Argentina 18,3 + 2,5 14,0 22,0 17,19 - 19,41

Brasil 20,1 + 3,1 16,0 26,0 18,72 - 21,48

Chile 18,3 + 2,7 12,0 22,0 17,12 - 19,48

Colômbia 18,8 + 2,1 16,0 22,0 17,88 - 19,72

Paraguai 18,6 + 2,2 14,0 22,0 17,61 - 19,59

Uruguai 18,9 + 2,0 14,0 22,0 18,02 - 19,77


Legenda: DP: desvio padrão; IC: intervalo de confiança.

Dentre as 120 páginas avaliadas, 94 % apresentavam informações sobre


possibilidades de tratamento, 87% continham os benefícios e o desempenho dos
tratamentos e/ou dos produtos, e todas as páginas foram consideradas
linguisticamente adequadas para o entendimento do público de destino. Quanto às
possíveis complicações do tratamento, 86 % dos sítios eletrônicos avaliados, não
apresentavam tais informações. Vale destacar também que 84 % dos websites não
continham contato de local para obter maiores informações sobre diagnóstico,
tratamento e prevenção, 98 % não possuíam conteúdo cientificamente fundamentado
e todas as páginas utilizavam palavras técnicas ou jargão desconhecidos pelo público
em geral. A Tabela 6 apresenta os resultados completos dessa análise. O índice
kappa foi de 0,832 considerado excelente concordância entre os avaliadores,
permitindo a aplicabilidade da dimensão.
47

Tabela 6: Resultado da análise dos sítios eletrônicos de acordo com critérios da dimensão conteúdo do instrumento para
avaliação da qualidade das informações globais de saúde (QIG). Niterói, 2021.
País
Total
Argentina Brasil Chile Colômbia Paraguai Uruguai
n=120
n=20 n=20 n=20 n=20 n=20 n=20
Sentenças
Respostas Respostas Respostas Respostas Respostas Respostas Respostas
Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
f (%) f (%) f (%) f (%) f (%) f (%) f (%)

Dimensão Conteúdo

1. O site apresenta
informações de diagnóstico? 45 80 55 55 50 55 57

2. O site apresenta
informações sobre
95 95 85 95 95 100 94
possibilidades de tratamento?

3. O site apresenta
informações sobre possíveis
15 20 15 10 15 10 14
complicações do tratamento?

4. O site apresenta os
benefícios e o desempenho
dos tratamentos e/ou dos 85 90 80 90 85 90 87
produtos?

5. O site apresenta contato


de local para obter maiores
informações sobre
diagnóstico, tratamento e 15 5 20 20 15 20 16
prevenção?

6. O conteúdo está
cientificamente
fundamentado com base em
estudos, pesquisas, 0 15 0 0 0 0 3
protocolos, consensos ou
prática clínica?

7. O site apresenta as fontes


que suportam as informações 30 50 30 35 35 35 36
disponíveis?

8. As fontes são de origem


amplamente reconhecida e 30 50 30 35 35 35 36
com boa reputação?

9. A linguagem é adequada
para o público de destino? 100 100 100 100 100 100 100

10. O site não utiliza palavras


técnicas ou jargão
desconhecidos pelo público 0 0 0 0 0 0 0
em geral?

Legenda: f (%) = frequência relativa percentual.


* Dimensão conteúdo com índice de concordância kappa = 0,832.

Os resultados da análise demonstram maior número de sítios eletrônicos do


Brasil com informações sobre diagnóstico da leucemia quando comparados aos
demais países, nos quais apenas os da Argentina apresentaram a informação em
menos de 50 % das páginas. Observação semelhante pode ser feita quanto a
presença de conteúdo cientificamente fundamentado e fontes de origem
48

reconhecidas, sentenças nas quais os sites do Brasil apresentaram superioridade nos


resultados.

5.5.2 Dimensão Técnica

A dimensão técnica da ferramenta QIG (APÊNDICE A) é composta por 22


sentenças contendo critérios cuja presença é importante em qualquer sítio eletrônico,
independente do tema abordado por ele. A obtenção de respostas “Sim” (3 pontos)
em todos os critérios avaliados confere à página a pontuação total máxima possível
para essa dimensão, isto é, 66 pontos. Sítios eletrônicos uruguaios obtiveram maior
pontuação média total das sentenças, enquanto os argentinos, menor pontuação
(tabela 7). Todos os grupos apresentaram distribuição normal das amostras (p <0,05).
A análise de variância mostrou que não há diferença estatística entre os grupos
(p=0,9936).

Tabela 7: Descrição da pontuação média total das sentenças da dimensão técnica na avaliação da qualidade das
informações globais de saúde dos sítios eletrônicos sul-americanos.

País Média + DP Mínimo Máximo IC 95%

Argentina 38,4 + 5,8 28,0 50,0 35,86 - 40,94

Brasil 38,7 + 5,2 32,0 56,0 36,40 - 40,10

Chile 38,5 + 6,9 28,0 50,0 35,49 - 41,51

Colômbia 39,7 + 5,9 32,0 50,0 37,12 - 42,28

Paraguai 39,6 + 5,6 32,0 50,0 37,13 - 42,07

Uruguai 40,5 + 5,1 32,0 50,0 38,28 - 42,72


Legenda: DP: desvio padrão; IC: intervalo de confiança.

A avaliação demonstrou que 78 % das 120 páginas informavam o responsável


pelo site e 72% a data de atualização deste. Quanto ao propósito e ao objetivo dos
sites, 95 % e 96 %, respectivamente, foram encontrados na análise. Ferramentas
interativas estavam presentes em 88 % dos sítios eletrônicos e fale conosco em 90
%. Por outro lado, 78 % dos sites não informavam o autor da informação e 82 % não
continham a data de atualização do conteúdo. Apenas 17 (14 %) dos 120 sítios
eletrônicos avaliados eram certificados por instituição credenciadora, todas pelo
HONcode. Além disso, 64 % dos websites não notificavam a importância da consulta
49

médica e nenhum oferecia tutorial de ajuda ao usuário. A Tabela 8 apresenta os


resultados completos da análise de acordo com os critérios da dimensão técnica. O
índice kappa foi de 0,756 considerado excelente concordância entre os avaliadores,
permitindo a aplicabilidade da dimensão.

Tabela 8: Resultado da análise dos sítios eletrônicos de acordo com critérios da dimensão técnica do instrumento para
avaliação da qualidade das informações globais de saúde (QIG). Niterói, 2021.
País
Total
Argentina Brasil Chile Colômbia Paraguai Uruguai
n=120
n=20 n=20 n=20 n=20 n=20 n=20
Sentenças
Respostas Respostas Respostas Respostas Respostas Respostas Respostas
Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
f (%) f (%) f (%) f (%) f (%) f (%) f (%)
Dimensão técnica
1. Consta o autor da
20 25 15 20 20 30 22
informação?
2. As credenciais dos
20 10 15 25 20 30 20
autores foram fornecidas?
3. O site fornece os
endereços de contato do 0 0 5 5 5 5 3
autor?
4. Consta o responsável do
85 65 65 85 80 90 78
site?
5. As credenciais dos
responsáveis foram 40 5 35 45 50 55 38
fornecidas?
6. Consta a data de criação
20 30 20 30 20 25 24
do site?
7. Consta a data de
75 55 65 80 75 85 72
atualização do site?
8. Consta a data de criação
15 20 15 20 15 20 18
do conteúdo?
9. Consta a data de
atualização em todas as 35 20 30 45 20 35 31
páginas/conteúdo do site?
10. O propósito do site é
95 90 100 90 100 95 95
apresentado?
11. O objetivo do site está
95 90 100 95 100 95 96
claro?
12. O site menciona o
público para o qual as 10 25 15 15 10 15 15
informações se destinam?
13. O site foi certificado por
alguma instituição 10 15 15 15 15 15 14
credenciadora?
14. O apoio e parceria
10 30 20 10 15 10 16
financeira é mencionado?

15. Os anúncios publicitários


são claramente 25 25 20 25 25 20 23
identificados?
16. Há distinção entre
25 25 20 25 25 20 23
anúncios e o conteúdo?
50

Tabela 8 (continuação)
País
Total
Argentina Brasil Chile Colômbia Paraguai Uruguai
n=120
n=20 n=20 n=20 n=20 n=20 n=20
Sentenças
Respostas Respostas Respostas Respostas Respostas Respostas Respostas
Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
f (%) f (%) f (%) f (%) f (%) f (%) f (%)
Dimensão técnica
17. Os aconselhamentos em
saúde são prestados por 55 55 55 45 60 60 55
profissionais qualificados?
18. O site notifica a
necessidade de consulta 25 50 30 35 35 40 36
médica?
19. O site possui
ferramentas interativas
75 90 90 85 95 90 88
(fórum, blog, chat, mídias
sociais, comentários)?
20. O site oferece FAQ
(Perguntas mais frequentes) 0 25 0 0 0 0 4
para os usuários?
21. O site oferece tutoriais
0 0 0 0 0 0 0
de ajuda para o usuário?
22. O site possui fale
85 85 95 90 95 90 90
conosco?
Legenda: f (%) = frequência relativa percentual.
* Dimensão técnica com índice de concordância kappa = 0,756.

Vale destacar que para os sítios eletrônicos brasileiros, informação sobre as


credenciais dos responsáveis estavam ausentes em 95 % das páginas avaliadas,
número inferior aos demais países (35 % a 55 %). Enquanto as orientações sobre
necessidade de consulta médica e perguntas mais frequentes ao usuário (FAQ)
estavam presentes em 50 % e 25 % das páginas do Brasil, respectivamente, nos
outros países estas informações apareciam em menor frequência ou eram ausentes.

5.6 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS INFORMAÇÕES SOBRE


TRATAMENTO DA LEUCEMIA UTILIZNADO O INSTRUMENTO QIL

A dimensão farmacológica da ferramenta QIL é composta por 18 sentenças.


A pontuação total máxima possível nesta dimensão caso todas as sentenças
avaliadas obtenham resposta “Sim” (3 pontos), corresponde a: 54 pontos em caso de
aplicabilidade das questões 15 e 16, e 48 pontos caso as respectivas sentenças não
sejam aplicadas. Sítios eletrônicos brasileiros obtiveram maior pontuação média total
das sentenças, enquanto os argentinos, menor pontuação (tabela 9). Todos os grupos
apresentaram distribuição normal das amostras (p <0,05). A análise de variância
mostrou que não há diferença estatística entre os grupos (p=0,9975).
51

Tabela 9: Descrição da pontuação média total das sentenças da dimensão farmacológica na avaliação da qualidade das
informações sobre tratamento da leucemia dos sítios eletrônicos sul-americanos.

País Média + DP Mínimo Máximo IC 95%

Argentina 26,3 + 6,1 17,0 37,6 23,62 - 28,93

Brasil 29,1 + 6,2 18,0 42,0 24,47 - 29,93

Chile 27,5 + 6,1 16,0 37,6 24,87 - 30,25

Colômbia 27,1 + 5,7 17,0 37,6 24,64 - 29,64

Paraguai 26,4 + 6,0 17,0 37,6 23,75 - 29,02

Uruguai 27,5 + 5,9 17,0 37,6 24,89 - 30,05


Legenda: DP: desvio padrão; IC: intervalo de confiança.

Após análise dos sítios eletrônicos de acordo com os critérios da dimensão,


vale destacar que, das sentenças relacionadas acerca do tratamento da leucemia
(questões de cinco a dezoito), apenas uma obteve predominância total da informação.
Todas as demais sentenças, relacionadas ao tratamento da leucemia, obtiveram
predominância de ausência de informação.
Ao observar as sentenças onze e doze, que abordam sobre os riscos de
descontinuação abrupta dos medicamentos para tratamento da leucemia e as
contraindicações dos mesmos, é possível visualizar que apenas 1 % dos sítios
avaliados continham tais informações. Quanto às sentenças quatorze, quinze,
dezesseis e dezessete, acerca da utilização de fitoterápicos concomitante ao
tratamento, cuidados no manejo e descarte dos medicamentos para tratamento da
leucemia se utilizados em domicílio e cuidados com excretas corpóreas dos pacientes
durante o tratamento, observa-se que nenhum sítio eletrônico abordou essas
informações.
A Tabela 10 apresenta os resultados completos dessa análise. O índice kappa
foi de 0,661 considerado dentro do nível aceitável de concordância entre os
avaliadores permitindo assim a aplicabilidade da dimensão.
52

Tabela 10: Resultado da análise dos sítios eletrônicos de acordo com critérios da dimensão farmacológica do instrumento para
avaliação da qualidade das informações sobre tratamento da leucemia (QIL). Niterói, 2021
País
Total
Argentina Brasil Chile Colômbia Paraguai Uruguai n = 120
n = 20 n = 20 n = 20 n = 20 n = 20 n = 20
Sentenças
Resposta Resposta Resposta Resposta Resposta Resposta Resposta
f (%) f (%) f (%) f (%) f (%) f (%) f (%)

S P S P S P S P S P S P S P

Dimensão farmacológica
1. Menciona a
fisiopatologia da 60 - 80 - 65 - 70 - 60 - 70 - 68 -
leucemia?
2. Descreve
especificamente a 40 - 65 - 45 - 45 - 40 - 55 - 48 -
origem da leucemia?
3. Descreve fatores de
risco para ocorrência da 55 10 55 0 55 20 55 20 45 20 45 20 52 15
leucemia?

4. Descreve primeiros
sinais e sintomas
específicos para 60 - 80 - 75 - 75 - 70 - 75 - 73 -
ocorrência da
leucemia?

5. Descreve os tipos de
tratamento para 55 40 60 35 75 15 60 5 70 25 65 35 64 26
leucemia?

6. Cita as opções de
tratamentos
45 10 45 15 55 10 55 5 45 10 50 10 49 10
farmacológicos para
leucemia?

7. Menciona o tempo
para se obter melhora
após início do 10 - 5 - 10 - 15 - 10 - 10 - 10 -
tratamento
farmacológico?

8. Descreve
recomendações para a
redução dos riscos de 5 - 10 - 0 - 0 - 0 - 5 - 3 -
interações
medicamentosas?

9. Descreve sobre
tratamento em
10 - 5 - 15 - 10 - 10 - 10 - 10 -
diferentes faixas
etárias?

10. Descreve os
possíveis efeitos
adversos relacionados
35 0 45 0 35 0 30 0 40 0 40 0 38 0
ao tratamento
farmacológico da
leucemia?

11. Descreve os riscos


de descontinuação
abrupta dos
0 - 5 - 0 - 0 - 0 - 0 - 1 -
medicamentos para
tratamento da
leucemia?
53

Tabela 10 (continuação)
País
Total
Argentina Brasil Chile Colômbia Paraguai Uruguai n = 120
n = 20 n = 20 n = 20 n = 20 n = 20 n = 20
Sentenças
Resposta Resposta Resposta Resposta Resposta Resposta Resposta
f (%) f (%) f (%) f (%) f (%) f (%) f (%)

S P S P S P S P S P S P S P

Dimensão farmacológica
12. Descreve as
contraindicações para
uso dos medicamentos 0 - 5 - 0 - 0 - 0 - 0 - 1 -
para tratamento da
leucemia?
13. Descreve quanto
aos cuidados durante o
tratamento 15 0 0 0 15 0 15 0 10 0 15 0 12 0
farmacológico da
leucemia?

14. Menciona sobre a


utilização de
fitoterápicos 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 -
concomitante ao
tratamento?

15. Menciona sobre os


cuidados no manejo
dos medicamentos para
0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 -
tratamento da leucemia
se utilizados em
domicílio?

16. Menciona sobre o


descarte de
medicamentos para
0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 -
tratamento da leucemia
se utilizados em
domicílio?

17. Menciona sobre os


cuidados com excretas
corpóreas dos 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 -
pacientes durante o
tratamento?

18. Menciona solicitar


orientação profissional
para o cumprimento do
20 - 20 - 30 - 25 - 20 - 25 - 23 -
tratamento ou
modificação durante o
tratamento?
Legenda: f (%) = frequência relativa percentual, S = Sim; P = Parcial.
* Dimensão farmacológica com índice de concordância kappa = 0,661.

Mais da metade dos sítios eletrônicos brasileiros e uruguaios apresentavam a


descrição específica da origem da leucemia, diferentemente dos outros países. Menos
de 50 % dos sites paraguaios e uruguaios descreviam fatores de risco para a
ocorrência da leucemia, o que não foi observado nos demais países. Os demais
54

resultados referentes a análise da dimensão farmacológica demonstram que as


informações disponíveis nos sítios eletrônicos não apresentam diferenças relevantes
entre os seis países avaliados.

5.7 CLASSIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO FINAL DOS SÍTIOS


ELETRÔNICOS A PARTIR DOS CRITÉRIOS DE QUALIDADE NOS
INSTRUMENTOS QIG E QIL

Após obtenção dos resultados das análises, os sítios eletrônicos foram


quantificados e classificados quanto aos critérios de qualidade. Para a dimensão
conteúdo verificou que 106 (88 %) sítios eletrônicos foram considerados de qualidade
moderada, 8 (7 %) qualidade baixa e 6 (5 %) qualidade alta. Apenas o Brasil
apresentou sites com qualidade alta para esta dimensão. Para a dimensão técnica
105 (87 %) das páginas avaliadas se enquadravam em qualidade moderada, 14 (12
%) em qualidade baixa e 1 (1 %) qualidade alta. Para a dimensão farmacológica, 78
(65 %) dos websites foram classificados com qualidade moderada e 42 (35 %)
qualidade baixa. A Tabela 11 mostra detalhadamente os dados obtidos.

Tabela 11: Quantificação dos sítios eletrônicos de acordo com a qualidade da informação em
cada dimensão. Niterói, 2021.
Número de sítios eletrônicos
Qualidade Qualidade Qualidade
Dimensão
alta moderada baixa
n (%) n (%) n (%)

Argentina (n = 20)
Dimensão Conteúdo 0 (0) 18 (90) 2 (10)

Dimensão Técnica 0 (0) 17 (85) 3 (15)

Dimensão Farmacológica 0 (0) 12 (60) 8 (40)

Brasil (n = 20)
Dimensão Conteúdo 6 (30) 14 (70) 0 (0)

Dimensão Técnica 1 (5) 18 (90) 1 (5)

Dimensão Farmacológica 0 (0) 14 (70) 6 (30)

Chile (n = 20)
Dimensão Conteúdo 0 (0) 17 (85) 3 (15)

Dimensão Técnica 0 (0) 15 (75) 5 (25)

Dimensão Farmacológica 0 (0) 13 (65) 7 (35)

Colômbia (n = 20)
Dimensão Conteúdo 0 (0) 20 (100) 0 (0)

Dimensão Técnica 0 (0) 18 (90) 2 (10)

Dimensão Farmacológica 0 (0) 13 (65) 7 (35)


55

Tabela 11 (continuação)
Número de sítios eletrônicos
Qualidade Qualidade Qualidade
Dimensão
alta moderada baixa
n (%) n (%) n (%)

Paraguai (n = 20)
Dimensão Conteúdo 0 (0) 18 (90) 2 (10)

Dimensão Técnica 0 (0) 18 (90) 2 (10)

Dimensão Farmacológica 0 (0) 12 (60) 8 (40)

Uruguai (n = 20)
Dimensão Conteúdo 0 (0) 19 (95) 1 (5)

Dimensão Técnica 0 (0) 19 (95) 1 (5)

Dimensão Farmacológica 0 (0) 14 (70) 6 (30)

Total (n = 120)
Dimensão Conteúdo 6 (5) 106 (88) 8 (7)

Dimensão Técnica 1 (1) 105 (87) 14 (12)

Dimensão Farmacológica 0 (0) 78 (65) 42 (35)

Legenda: f (%) = frequência relativa percentual.

Dos sítios eletrônicos avaliados, 104 (87 %) foram classificados com


qualidade global moderada e 16 (13 %) como baixa. A análise dos sites públicos
mostrou que 95 % foram classificados com qualidade moderada. Quanto à
classificação da qualidade por dimensão, cada um dos seis países apresentou nível
moderado em cada uma das três dimensões avaliadas. A análise mostrou o Brasil
com maior média da qualidade dos sítios eletrônicos avaliados. A classificação geral
da qualidade dos sites foi de 58 %, equivalente ao nível moderado. A descrição dos
resultados encontra-se na Tabela 12. O teste de Normalidade das amostras mostrou
uma distribuição não normal (p <0,05). A comparação entre os grupos mostrou que
não há diferença significativa entre eles (p=0,9446).
56

Tabela 12: Classificação por dimensão e classificação média da qualidade dos sítios eletrônicos avaliados.
Niterói, 2021.
Classificação de qualidade (%)
Classificação
País Dimensão Dimensão Dimensão Média da
Conteúdo Técnica Farmacológica Qualidade dos
Sítios Eletrônicos
Argentina 61 58 50 57
Brasil 67 56 53 59
Chile 61 58 53 57
Colômbia 63 60 52 58
Paraguai 62 60 51 58
Uruguai 63 61 52 59
Global 63 59 52 58

Os sítios eletrônicos certificados por instituição credenciadora (17) obtiveram


classificação de qualidade final moderada.
Dos 16 sítios eletrônicos classificados como de baixa qualidade final, 94 % (n
= 15) eram privados e 81 % (n = 13) elaborados por profissionais de saúde.
57

6 DISCUSSÃO

O presente estudo demonstra que as páginas da internet apresentam perfil


semelhante entre os seis países, e, em sua maioria, possuem qualidade moderada
quanto à informação sobre tratamento da leucemia. Nenhum dos sítios eletrônicos
apresentou nível alto de qualidade da informação, em nenhum dos países. O resultado
aponta deficiências e limitações acerca da qualidade das informações disponíveis ao
usuário. Estes achados vão ao encontro dos apresentados pelo estudo realizado por
Lawrentschuk e colaboradores, o qual concluiu que o número de sites que fornecem
informações de alta qualidade na Internet sobre câncer não é o ideal, e que a maioria
destes não são credenciados por instituição certificadora (LAWRENTSCHUK, Nathan,
SASGES, et al., 2012a). Dados demonstram que, independentemente do idioma ou
do tipo de câncer, a maioria dos sites não possui certificação (LAWRENTSCHUK,
Nathan, SASGES, et al., 2012b).Tal fato pode representar um problema para o
usuário, uma vez que estudos relatam que cerca de 39 % a 83 % dos pacientes com
câncer buscam informações na internet (DAVIES, YEOH, 2012b, MICHAELS, DEL
ROSSO, 2012, SABEL, STRECHER, et al., 2005).
Vale destacar que, independentemente do papel do médico como fonte mais
confiável de aconselhamento, o paciente com câncer toma decisões levando em
consideração informações disponíveis na internet, e a utilizam cada vez mais para
pesquisas sobre sua doença e tratamento (LANGE, PEIKERT, et al., 2019).
Informações insuficientes ou insatisfatórias podem trazer consequências graves que
podem influenciar na qualidade de vida dos indivíduos e até mesmo no risco de
mortalidade (PAOLUCCI, PEREIRA NETO, et al., 2017, SWIRE-THOMPSON,
LAZER, 2020). Dessa forma, ressalta-se a importância em avaliar a qualidade das
informações disponíveis na rede, como estratégia a ser considerada, na perspectiva
de garantir maior segurança aos usuários (MORETTI, DE OLIVEIRA, et al., 2012). Até
o presente momento, não foram identificados outros estudos na literatura nacional e
internacional que avaliassem a qualidade da informação sobre tratamento da
leucemia.
A seleção dos sítios eletrônicos para avaliação foi realizada no buscador
GOOGLE, por se tratar do motor de busca com a maior combinação de visitantes e
visualizações nos seis países sul-americanos considerados para este estudo (ALEXA,
2021). As palavras utilizadas na língua portuguesa do Brasil e espanhola latino-
58

americana (leucemia; medicamentos; quimioterapia; remédios;


tratamento/tratamiento) foram escolhidas pelos pesquisadores por se tratar de termos
gerais, simples e de uso corriqueiro pelo público leigo, possibilitando maior
abrangência da pesquisa.
O número de sítios eletrônicos selecionados para formar a amostra é bem
variado entre os estudos que avaliam a qualidade da informação em saúde. A escolha
por dez páginas de cada busca por país baseou-se em dados disponíveis na Moz,
uma plataforma que faz análises completas de SEO (Search Engine Optimization) de
páginas da web. Segundo o programa, a primeira página do Google captura 71 % dos
cliques do tráfego de pesquisa e foi relatada como tendo chegado a 92 % nos últimos
anos, enquanto que os resultados da segunda página chegam a menos de 6 % de
todos os cliques do site (MOZ, 2014).
A ferramenta desenvolvida por Mendonça e Pereira Neto (MENDONÇA,
PEREIRA NETO, 2015) foi escolhida como base para adaptação nesse trabalho por
fazer parte de um estudo mais recente. Além disso, inclui critérios e indicadores
abordados pelas metodologias mais utilizadas em avaliação da qualidade da
informação (DISCERN, JAMA benchmarks e HONcode), e por ser desenvolvida a
partir da avaliação de sítios eletrônicos do Brasil, um país sul-americano.
A inexistência de estudos na literatura que avaliem a qualidade das
informações disponíveis na internet sobre tratamento da leucemia justificou o
desenvolvimento de um instrumento próprio para esta análise. A elaboração da
ferramenta QIL baseada em diretrizes e protocolos clínicos e formada por informações
relevantes aos usuários sobre o tema, baseou-se no estudo de Silva e colaboradores
(SILVA, CASTRO, et al., 2010).
A análise dos sítios eletrônicos, realizada por dois avaliadores, demonstrou,
através do grau de concordância Kappa, aspectos de aplicabilidade e equivalência
das ferramentas utilizadas, aferindo confiabilidade em cada dimensão (SOUZA,
ALEXANDRE, et al., 2017).
Acredita-se que, baseado na tentativa de oferecer informação mais completa e
com maior credibilidade ao usuário, a maioria das páginas apresentavam alta
abrangência, e abordavam tanto sobre a leucemia quanto seu tratamento, além de a
maioria terem sido elaboradas por profissionais de saúde. Dessa forma, busca-se
sanar as dúvidas dos pacientes oncológicos, que, em sua maioria, procuram na
59

internet informações para melhorar a compreensão de seu diagnóstico, assim como


informações sobre tratamentos (ZIEBLAND, CHAPPLE, et al., 2004).
Diversos medicamentos para tratamento da leucemia são mencionados nas
páginas avaliadas, porém, vale destacar que entre os cinco medicamentos mais
citados, três são ITQ, de uso oral, utilizados no tratamento da LMC (imatinibe,
dasatinibe e nilotinibe). Isso pode ser explicado pelo fato de ser um tratamento
realizado em domicílio, por tempo indeterminado, com autogerenciamento do paciente
(BACCARANI, DEININGER, et al., 2013). O imatinibe, medicamento mais citado nas
páginas de todos os países, foi o primeiro ITQ no tratamento da doença, em 2003, e
demonstrou superioridade em comparação à terapia combinada com interferon alfa e
citarabina em baixa dose, em pacientes em fase crônica (O’BRIEN, GUILHOT, et al.,
2003).
Dentre as três dimensões avaliadas, a dimensão conteúdo apresentou maior
nível de qualidade das informações quando comparadas às dimensões técnica e
farmacológica, em todos os países. Vale destacar que a maioria das páginas
avaliadas apresentavam informações sobre possibilidades de tratamento para
leucemia, além de abordar sobre seus benefícios e desempenho. Esse resultado
difere do estudo de Cajita e colaboradores realizado nos Estados Unidos (EUA), que
analisou a qualidade da informação na internet sobre insuficiência cardíaca, onde a
maioria dos sítios analisados recebiam baixa pontuação no quesito sobre benefícios
do tratamento na qualidade de vida do paciente (CAJITA, RODNEY, et al., 2017).
Estudos sobre a utilização da internet entre pacientes oncológicos mostraram que as
informações sobre tratamento estão entre as mais procuradas pelos usuários e estas
podem impactar em suas decisões (CASTLETON, FONG, et al., 2011, COELHO,
COELHO, et al., 2013). O poder das informações da internet deve ser considerado,
uma vez que a falta delas pode impactar negativamente na escolha da terapia, na
escolha do tratamento e, consequentemente, na qualidade de vida do paciente
(LAWRENTSCHUK, Nathan, SASGES, et al., 2012b).
Por outro lado, quanto às possíveis complicações do tratamento, elevado
número de sítios eletrônicos, não apresentavam tais informações em todos os países
avaliados. As complicações do tratamento oncológico devem ser de conhecimento
dos pacientes para que possam buscar auxílio quando presentes, evitando
interrupções no tratamento e redução das chances de cura (ROTTINI, LIMA, et al.,
2019). A ausência desta informação nas páginas avaliadas pode ter como justificativa
60

a grande diversidade de terapias oncológicas disponíveis para o tratamento de cada


subtipo de leucemia, o que traz ao elaborador ter dificuldade de uma abordagem mais
específica, apesar da maioria se declarar profissional de saúde.
Acerca dos critérios de abrangência, a maior parte dos websites não continham
contato de local para obter maiores informações. Os resultados foram bastante
inferiores aos encontrados por Ramos e colaboradores, que avaliaram sítios
eletrônicos brasileiros com informações sobre medicamentos benzodiazepínicos e
observaram 45 % das páginas sem esta informação (RAMOS, BOKEHI, et al., 2020).
O acesso à informação é fator primordial para o paciente oncológico. De acordo com
Taddeo e colaboradores, o indivíduo com doença crônica, se sente mais seguro e
esperançoso quanto à evolução e prognóstico quando está esclarecido sobre sua
condição e envolvido no seu tratamento (TADDEO, GOMES, et al., 2012).
Foi observado que a maioria dos sítios eletrônicos não apresentava conteúdo
cientificamente fundamentado. Os dados coincidem com o estudo realizado por
Castillo-Ortiz e colaboradores, que avaliaram a qualidade da informação sobre artrite
reumatoide em sítios eletrônicos em espanhol, com cerca de apenas 22 % destes
fornecendo fontes com boa qualidade (CASTILLO-ORTIZ, VALDIVIA-NUNO, et al.,
2017). Dados do trabalho de Kobes e colaboradores, realizado no Canadá, também
se assemelham aos encontrados nesse estudo, onde apenas 32 % dos sítios com
informações sobre câncer de próstata forneciam fontes da informação confiáveis
(KOBES, HARRIS, et al., 2018).
Falhas nos indicadores dos critérios de acurácia compromete a confiabilidade
das informações (CAJITA, RODNEY, et al., 2017, MENDONÇA, PEREIRA NETO,
2015), além de impossibilitar que o usuário tenha acesso a material complementar,
caso necessite (GUPTA, NISSAN, et al., 2017). A confiança em informações
disponíveis na internet, nos sites e na própria internet é relatada pela metade dos
pacientes com câncer. (LANGE, PEIKERT, et al., 2019). Por outro lado, um estudo
exploratório revelou que pacientes com câncer do Reino Unido demonstraram utilizar
a internet com cautela e competência consideráveis. A fim de garantir que não fossem
enganados, os mesmos se utilizaram de técnicas, como a comparação de diferentes
fontes de informação (ZIEBLAND, CHAPPLE, et al., 2004). A avaliação individual dos
usuários acerca da confiabilidade das fontes para determinar a precisão dos sites
brasileiros também foi descrita por Moretti e colaboradores (MORETTI, DE OLIVEIRA,
et al., 2012).
61

Apesar de todas as páginas serem consideradas linguisticamente adequadas


para o entendimento do público de destino, o nível de inteligibilidade foi comprometido
pelo uso de palavras técnicas ou jargão desconhecidos em todas as plataformas
avaliadas. Tal fato ocorre provavelmente devido à natureza técnica do tema, porém
pode comprometer a compreensão pelo usuário para o qual a informação se destina.
O uso de linguagem clara e acessível, que facilite a compreensão da informação, deve
ser considerada pelo gestor na elaboração dos conteúdos que serão disponibilizados
na internet (MENDONÇA, PEREIRA NETO, 2015, PEREIRA NETO, PAOLUCCI,
2014b). Palavras que não são de uso habitual do cidadão comum ou, ainda, termos
técnicos em que não explicitem seu significado prático devem ser evitadas, pois
podem dificultar ou impedir o entendimento de determinada circunstância e interferir
na tomada de decisão diante de situação de risco (PEREIRA NETO, PAOLUCCI,
2014a). No estudo de Kobes e colaboradores apenas 7 % dos sítios com informações
sobre câncer de próstata estavam em nível adequado de compreensão para o público
de destino. No estudo de Gondim e colaboradores, que aborda a qualidade das
informações de saúde e medicamentos nos sítios brasileiros, a linguagem adequada
foi observada em aproximadamente 69 % dos sítios, dado inferior ao encontrado
nesse estudo (GONDIM, WEYNE, et al., 2012b).
A análise dos critérios da dimensão técnica evidenciou que na maioria dos
sítios eletrônicos constava seu responsável. Tal achado vai de encontro a alguns
estudos disponíveis na literatura, nos quais cerca de 60 % das páginas não continham
esta informação (GONDIM, WEYNE, et al., 2012b, RAMOS, BOKEHI, et al., 2020).
Por outro lado, o autor da informação disponível estava presente em menos de um
quarto das páginas. A presença do nome e demais dados referentes ao indivíduo ou
da instituição responsável, é um dos critérios de conferem credibilidade e segurança
às páginas, imprescindíveis para a confiabilidade das mesmas (MENDONÇA,
PEREIRA NETO, 2015).
Pouco mais de dois terços dos sítios eletrônicos avaliados apresentavam a data
de sua atualização, resultado semelhante ao encontrado no estudo sobre doenças
raras realizado por Pauer e colaboradores, onde em cerca de 67 % dos websites
alemães tal informação poderia ser encontrada (PAUER, LITZKENDORF, et al.,
2017). Kobe e colaboradores apresentaram dados inferiores, com cerca de 44 % das
páginas contendo data de atualização (KOBES, HARRIS, et al., 2018). Em
contrapartida, aproximadamente 1/3 dos sites apresentavam data de atualização de
62

todas as páginas de seu conteúdo. Estes indicadores são importantes para


dimensionar o espaço temporal em que as informações foram divulgadas e avaliar se
as informações são ultrapassadas frente a dados mais recentes (MENDONÇA,
PEREIRA NETO, 2015).
Elevado número de sítios eletrônicos avaliados apresentava claro seu propósito
e objetivo, o que demonstra transparência e permite ao leitor julgar a intenção e a
objetividade da informação seja qual for (BLACK, PENSON, 2006, MENDONÇA,
PEREIRA NETO, 2015). Este resultado segue tendência observada nos estudos de
Cajita e colaboradores (CAJITA, RODNEY, et al., 2017) e Black e Penson (BLACK,
PENSON, 2006), na avaliação de páginas relacionadas à insuficiência cardíaca, e
câncer de próstata, respectivamente.
A minoria das páginas possuía certificação por instituição credenciadora. Esse
dado está em concordância com o observado nos estudo de Grohol e colaboradores
que analisaram sítios eletrônicos com conteúdo sobre saúde mental e verificaram
presença do selo HONCode em apenas 28,6 % deles (GROHOL, SLIMOWICZ, et al.,
2014). O mesmo foi observado no estudo de Sohail e colaboradores, no qual o selo
de certificação esteve presente em apenas 18 % dos sítios eletrônicos com
informações sobre tumores neuroendócrinos (TNE) (SOHAIL, ZUK, et al., 2021).
Nenhuma página classificada como qualidade baixa possuía certificação. Este
resultado é semelhante ao de Varady e colaboradores que avaliou sítios eletrônicos
sobre osteoartrite e seu tratamento em dez países, incluindo o Brasil, que identificou
que os websites com selo HONcode apresentavam níveis de qualidade e
confiabilidade mais elevados em relação aos que não possuíam essa certificação
(VARADY, DEE, et al., 2018).
A presença de ferramentas interativas facilita a navegação do usuário, além de
possibilitar a comunicação deste com os gestores dos sites para o esclarecimento de
dúvidas (PAOLUCCI, PEREIRA NETO, et al., 2017), e deve ser incluída como
indicador de qualidade da dimensão técnica (MENDONÇA, PEREIRA NETO, 2015).
Ferramentas interativas e o canal fale conosco estavam presentes na maioria das
páginas avaliadas nesse trabalho. Estudos como o de Black e Person sobre câncer
de pulmão (BLACK, PENSON, 2006), e de Vasconcelos e colaboradores acerca de
síndrome de down (VASCONCELOS, MACHADO, et al., 2015), descrevem resultados
semelhantes quanto à presença destas ferramentas. Em compensação, nenhum dos
websites avaliados apresentaram tutorial de ajuda ao usuário.
63

Como dado alarmante, verificou-se que menos da metade das páginas


avaliadas notificaram a importância da consulta médica. Lima e colaboradores
realizaram um estudo sobre a qualidade das informações fornecidas pelos sites
brasileiros sobre câncer bucal, e os resultados foram semelhantes (LIMA, DA SILVA,
et al., 2016). Vale destacar a importância do aconselhamento aos usuários acerca da
complementariedade, isto é, esclarecer que as informações fornecidas na página são
complementares e que não devem substituir a consulta médica. A desinformação
relacionada à complementaridade pode contribuir para o agravamento da doença,
ocasionado pela autoavaliação e dispensa de acompanhamento especializado por
parte de pacientes e familiares (LIMA, DA SILVA, et al., 2016, PAULA BERNARDO,
OSWALDO CRUZ, et al., 2015).
A análise dos resultados encontrados acerca da qualidade da informação
global nos sítios eletrônicos aponta algumas deficiências expressivas de critérios e
indicadores de acurácia, abrangência, inteligibilidade, credibilidade, confiabilidade e
segurança das informações veiculadas, pertencentes às dimensões conteúdo e
técnica. Resultado semelhante foi encontrado no estudo acerca da qualidade da
informação sobre dengue. Onde os autores também apontam falhas quanto a análise
global dos sítios eletrônicos, os critérios analisados não alcançaram nem 70 % os
parâmetros de qualidade desejados (PAOLUCCI, PEREIRA NETO, et al., 2017).
A busca realizada na literatura científica nacional e internacional evidenciou
que os estudos disponíveis sobre metodologias e ferramentas sobre avaliação da
qualidade das informações na internet analisaram o conteúdo relacionado à saúde de
forma geral. Até o momento não existem instrumentos padronizados e validados sobre
avaliação da terapia farmacológica. Vale ressaltar a importância de informações com
qualidade acerca dos medicamentos e sua correta utilização, uma vez que o uso
inadequado, baseado em informações incompletas ou imprecisas, pode gerar
diversos danos aos indivíduos.
Os sítios eletrônicos, de maneira geral, mencionavam a fisiopatologia da
leucemia, assim como os fatores de risco e os primeiros sinais e sintomas específicos
para sua ocorrência. Estas informações também estavam presentes na maioria das
páginas avaliadas no estudo de Kobes e colaboradores sobre câncer de próstata
(KOBES, HARRIS, et al., 2018). Em contrapartida, quanto à descrição sobre a origem
da leucemia, os websites avaliados divergiram deste mesmo estudo (KOBES,
HARRIS, et al., 2018), e não abordavam, em sua maioria, a referida informação.
64

Contudo, uma análise individualizada por país, mostrou que mais da metade dos sites
brasileiros e paraguaios, veiculavam a origem da doença. No cenário atual, onde a
internet se tornou fonte cada vez mais procurada para a obtenção de informações de
saúde e que parte crescente de pacientes com câncer a acessa para aprender sobre
sua doença, aumenta a preocupação relacionada com a qualidade do conteúdo
veiculado (EBEL, STELLAMANNS, et al., 2017).
As opções de tratamento para leucemia podem variar de acordo com o subtipo
e fase da doença, idade do paciente, presença de alterações genéticas e/ou
comprometimento do SNC, e incluem, conforme citado anteriormente, radioterapia,
terapia farmacológica (quimioterapia, imunoterapia e terapia alvo) e/ou TCTH
(ALTMAN, LURIE, et al., 2020, BROWN, SHAH, et al., 2020, KRISTINA GREGORY,
HEMA SUNDAR, et al., 2020, SUNDAR, COUTRE, et al., 2020). Mais de 90 % dos
websites avaliados descreviam totalmente ou parcialmente os tipos de tratamento.
Este número foi bem próximo ao encontrado por Kobe e colaboradores, estudo no
qual 90 % dos sítios eletrônicos citavam os tipos de tratamento utilizados para câncer
de próstata. Os pacientes com câncer obtêm informações sobre seu tratamento
principalmente com os profissionais de saúde. Porém, por vezes, quando suas
preocupações não são atendidas por estes profissionais, não é incomum que os
mesmos busquem informações que irão melhorar a compreensão sobre seu
tratamento em outras fontes, incluindo a internet (DAVIES, YEOH, 2012b, JENKINS,
FALLOWFIELD, et al., 2001, MAYER, Deborah K., TERRIN, et al., 2007). Este
conhecimento, necessário ao paciente, pode facilitar o enfrentamento ao mediar à
incerteza e a ansiedade (MAYER, Deborah K., TERRIN, et al., 2007).
Mais da metade das páginas avaliadas continham, de forma total ou parcial,
as opções de terapia farmacológica para leucemia. Entretanto, apenas 10 %
informavam sobre o tratamento farmacológico em diferentes faixas etárias. Vale
ressaltar a importância de informações relacionadas à farmacoterapia em grupos mais
suscetíveis. Nos idosos, a suscetibilidade aos medicamentos está relacionada a
processos deficientes progressivos na reserva funcional de múltiplos sistemas e
órgãos, que ocorrem de acordo com o envelhecimento (KLOTZ, 2009). Por outro lado
na população pediátrica peculiaridades na absorção, distribuição, metabolização e
excreção dos fármacos podem causar impacto em seu uso (LU, ROSENBAUM, 2014).
Assim, regimes de dosagem relacionados à idade para essas populações devem ser
amplamente divulgados, uma vez que a leucemia pode acorrer em qualquer idade.
65

Das 120 páginas avaliadas, apenas uma citava as contraindicações para o


uso dos medicamentos utilizados no tratamento da leucemia. “Contraindicações são
condições pré-existentes no paciente que impedem o uso do medicamento,
(contraindicações absolutas) ou o tornam menos seguro (contraindicações relativas),
que podem ser marcadas como cuidados ou precauções no uso” (FERNER,
ARONSON, 2006). Tal informação, quando divulgada, pode evitar ou orientar o uso
de um medicamento em circunstâncias de risco particular.
Aproximadamente um terço dos sites abordavam sobre os cuidados
necessários durante o tratamento farmacológico da leucemia, como, por exemplo,
hidratação, proteção solar e orientação nutricional. O gerenciamento de cuidados com
a pele inclui a manutenção da integridade cutânea durante o tratamento com o uso de
hidratante e protetor solar que auxiliam, respectivamente, na atenuação da pele seca
e na prevenção e/ou manejo de toxicidade cutânea relacionada ao uso de
quimioterápicos agravados pela exposição solar (BENSADOUN, HUMBERT, et al.,
2013, HALEY, CALAHAN, et al., 2011). Uso de vestimentas e limitação no horário de
exposição solar, são cuidados que podem tornar o tempo do paciente ao ar livre mais
seguro (NCCN, 2020). Além disso, o estado nutricional do paciente pode influenciar o
curso da doença e afetar a progressão do câncer. Cuidados relacionados a boa
nutrição devem ser considerados na vigência do tratamento de câncer (BARRERA,
DEMARK-WAHNEFRIED, 2009). Frente aos resultados, é importante destacar que a
desinformação relativa a estes cuidados pode afetar a segurança e o sucesso do
tratamento farmacológico do câncer.
Com relação a possíveis efeitos adversos relacionados ao tratamento
farmacológico da leucemia, cerca de dois terços das páginas não abordavam esta
informação. Na prática, as informações sobre danos dos medicamentos raramente
estão disponíveis. Grande parte dos estudos disponíveis na literatura sobre fármacos
se concentram nos seus benefícios e geralmente pobres na detecção de danos
(FERNER, ARONSON, 2006). Efeitos adversos são comuns durante o tratamento
farmacológico do câncer, e podem conduzir o paciente ao sofrimento físico e/ou
psicológico, com piora da qualidade de vida (MORADIAN, VOELKER, et al., 2018).
Acredita-se que o conhecimento das principais reações adversas seja essencial para
permitir o gerenciamento eficaz destas, melhorar a qualidade de vida dos pacientes,
e influenciar, eventualmente, no cumprimento do tratamento (CHAN, ISMAIL, 2014,
FERNER, ARONSON, 2006).
66

Apenas quatro das 120 páginas avaliadas apresentaram as recomendações


para a redução dos riscos de interações medicamentosas. Além disso, nenhum
website abordava informações sobre a utilização de fitoterápicos concomitante ao
tratamento oncológico. As interações medicamentosas representam preocupação
constante em oncologia, devido ao índice terapêutico estreito e à toxicidade inerente
dos agentes utilizados para o tratamento do câncer (BEIJNEN, SCHELLENS, 2004,
SCRIPTURE, FIGG, 2006). Dados disponíveis na literatura mostram que estas
interações são responsáveis pela ocorrência de cerca de 20 % a 30 % de todas as
RAM (KUHLMANN, MÜCK, 2001). Além disso, estima-se que cerca de um terço dos
pacientes ambulatoriais com câncer apresentem risco de interações medicamentosas
(RIECHELMANN, DEL GIGLIO, 2009). Quanto à fitoterapia, o aumento no uso durante
a terapia oncológica observado nas últimas décadas, pode ser justificado pelo fato
das plantas serem consideradas como tendo virtudes anticancerígenas (CLAIRET,
BOITEUX-JURAIN, et al., 2019, GOEY, BEIJNEN, et al., 2014). A real possibilidade
de interação medicamento-erva pode levar a redução na eficácia ou aumento na
toxicidade do agente terapêutico para o câncer (CLAIRET, BOITEUX-JURAIN, et al.,
2019, DAVIS, OH, et al., 2012, MEIJERMAN, BEIJNEN, et al., 2006). A divulgação
destas informações nos sítios eletrônicos relacionados ao tratamento da leucemia
pode garantir maior racionalidade e segurança no uso da fitoterapia e outros
medicamentos concomitantemente à terapia oncológica.
A melhora após o início do tratamento farmacológico para leucemia não foi
citada na maioria dos sites. Este resultado vai ao encontro do estudo que avaliou a
qualidade das informações na internet sobre câncer anal, no qual 89 % dos sites não
apresentavam informações sobre benefícios e bem estar após início da terapia
(CHAROW, SNOW, et al., 2019). A desinformação, relacionada a este tema, pode
influenciar na adesão do paciente ao tratamento, o qual, muitas vezes, espera
respostas rápidas em seu quadro clínico. A disponibilidade de informações de saúde
online apresenta potencialidade para melhorar o bem-estar e o envolvimento do
paciente (WANG, ASHVETIYA, et al., 2018).
Na última década, o número de agentes antineoplásicos orais disponíveis para
o tratamento do câncer teve substancial aumento, especialmente com o
desenvolvimento de novas terapias hormonais e direcionadas. De acordo com o
National Comprehensive Cancer Network (NCCN), estima-se que mais de um quarto
dos agentes antineoplásicos em desenvolvimento sejam para uso oral (WEINGART,
67

BROWN, et al., 2008). A terapia oral oncológica, por ser realizada em domicílio, requer
cuidados tanto no seu manuseio quanto no descarte (HUFF, 2020). Devido às
características carcinogênicas, teratogênicas e mutagênicas, estes medicamentos
podem representar riscos significativos à saúde quando expostos àqueles indivíduos
que os manuseiam ou descartam de maneira inadequada (HUFF, 2020, NIOSH,
2017). Técnicas adequadas de autoadministração para pacientes, regra “sem toque”
e uso de luvas para cuidadores durante a preparação, administração, eliminação de
resíduos e limpeza, são alguns dos cuidados necessários e devem ser de
conhecimento amplo dos indivíduos (GOODIN, GRIFFITH, et al., 2011, NIOSH, 2017).
No presente estudo, nenhum dos sites avaliados mencionava sobre os cuidados no
manejo e no descarte dos medicamentos para tratamento da leucemia se utilizados
em domicílio.
Quantos aos cuidados com excretas corpóreas dos pacientes durante o
tratamento nenhuma página mencionava esta informação. Estudos mostram que
membros da família que manipulam fluidos corporais dos pacientes em tratamento
com agentes antineoplásicos requerem instruções específicas para manuseio seguro
a fim de eliminar ou controlar os riscos de exposição a agentes perigosos em domicílio
(HUFF, 2020, KOYAMA, KAGAWA, et al., 2016).
Quantos aos riscos de descontinuação abrupta dos medicamentos para
tratamento da leucemia, apenas 1 % dos sítios eletrônicos abordavam tal informação.
O abandono do tratamento, juntamente com a recusa, está entre as principais causas
da lacuna de sobrevivência entre os pacientes com câncer (ALAM, KUMAR, 2018).
Hazarica e colaboradores identificaram que cerca de 27,1 % dos pacientes pediátricos
abandonaram a terapia oncológica (HAZARIKA, MISHRA, et al., 2019). Resultado
semelhante foi descrito no estudo de Alam e colaboradores, no qual 29,2 % das
crianças abandonaram a terapia para LLA (ALAM, KUMAR, 2018). Enquanto que no
estudo de Moon e colaboradores com sobreviventes de câncer de mama que estavam
em seu primeiro ano em uso de tamoxifeno, as taxas relatadas de abandono ao
tratamento aumentaram com o tempo (MOON, MOSS-MORRIS, et al., 2017). O
mesmo foi observado em pacientes em uso de capecitabina. A principal justificativa
para descontinuidade da capecitabina foi a ocorrência de efeitos adversos, isto
aponta a importância do gerenciamento de eventos adversos no apoio à persistência
ao tratamento (TIMMERS, BOONS, et al., 2016). O manejo inadequado das barreiras
para a adesão ao tratamento pode resultar na redução da eficácia do medicamento,
68

na progressão da doença, na necessidade de prescrições adicionais, em mudanças


na dose e no regime de tratamento, em hospitalizações e testes diagnósticos
desnecessários, no aumento das consultas clínicas e hospitalizações para gerenciar
complicações e, consequentemente, maiores custos em saúde (CLIFFORD, COYNE,
2014, HACKSHAW, NAGAR, et al., 2014, OSTERBERG, BLASCHKE, 2005,
SEABURY, GUPTA, et al., 2014). O conhecimento do paciente sobre as possíveis
reações adversas relacionadas ao tratamento através de informações completas e de
qualidade nos sites pode reduzir o risco de descontinuação do tratamento caso elas
ocorram.
A maioria dos sites não mencionava sobre a solicitação de orientação
profissional para o cumprimento do tratamento ou modificação durante o tratamento.
A necessidade de informação mais frequente dos pacientes com câncer está
relacionada ao tratamento (RUTTEN, ARORA, et al., 2005), e a tomada de decisão é
ponto comum de falha de comunicação (THORNE, OLIFFE, et al., 2013). A
comunicação efetiva, por meio de trocas contínuas de informações, melhora os
resultados de saúde, além de ser essencial para o processo e o resultado do
tratamento oncológico (BAKKER, FITCH, et al., 2001).
Com os dados apresentados, pode-se evidenciar que a dimensão
farmacológica apresentou menor nível de qualidade quando comparada às dimensões
conteúdo e técnica. Tal fato pode ser explicado pela especificidade e diversidade do
tratamento farmacológico para cada subtipo de leucemia, dificultando uma abordagem
específica e profunda.
A análise geral dos dados, considerando as três dimensões de avaliação global
em saúde (conteúdo e técnica) e de tratamento da leucemia (farmacológica) indicou
que a maioria das páginas cumpria mais da metade dos critérios de qualidade
estabelecidos na metodologia, sendo classificadas com nível de qualidade moderada.
Apesar dos sítios eletrônicos serem, em sua maioria, elaborados por profissionais da
área, os dados apontaram algumas deficiências importantes.
Dentre as principais limitações está a constante mudança na internet, por ser
uma ferramenta dinâmica, e a limpeza de dados do buscador, que pode ocorrer de
forma não efetiva. Além disso, a localização geográfica pode alterar a lista de sítios
no buscador. Para minimizar estes problemas, as pesquisas foram realizadas no
mesmo computador, na mesma localização geográfica e no mesmo dia. Outra
limitação está relacionada com a subjetividade no julgamento das informações
69

disponíveis nos sítios por parte dos analistas, o que foi minimizado pela aplicação do
teste de concordância kappa.
70

7 CONCLUSÃO

Os resultados indicaram que os sítios eletrônicos sul-americanos não devem


ser considerados fontes de informação totalmente confiáveis acerca do tratamento
para leucemia, pois fornecem conteúdo razoável, com importantes ressalvas e
limitações, não atendendo aos padrões de qualidade que se esperaria de uma fonte
de informação em saúde. Isso reforça a necessidade de desenvolvimento de novos
instrumentos com deslocamento do foco da avaliação para os medicamentos e
orientações relacionadas à sua utilização, visando à segurança no tratamento e o uso
racional.
Neste contexto, se faz necessário uma análise dos conteúdos disponíveis na
internet e certificação da qualidade dos sítios eletrônicos sul-americanos acerca do
tratamento da leucemia. Por ser um estudo pioneiro, sugere-se que outros estudos
sobre essa temática sejam desenvolvidos, visando ampliar a discussão e chamar a
atenção de órgãos oficiais e reguladores em saúde. As ações, nesse sentido, devem
almejar o acesso dos usuários a informações completas e confiáveis, que englobem
assuntos pertinentes à doença e ao seu tratamento.
71

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Acesso em: 15 mar. 2021.
87

9 ANEXOS
9.1 ANEXO A: FERRAMENTA DESCRITA POR MENDONÇA E PEREIRA
NETO (2015)
Ferramenta para análise das informações globais dos sítios eletrônicos descrita por Mendonça e
Pereira Neto (2015)
1. O site apresenta informações de diagnóstico
2. O site apresenta informações de prevenção
3. O site apresenta informações sobre possibilidades de tratamento
4. O site apresenta informações sobre possíveis complicações do tratamento
5. O site apresenta os benefícios e o desempenho dos tratamentos e/ou dos produtos
6. O site apresenta contato de local para obter maiores informações sobre diagnóstico, tratamento e
prevenção
7. O conteúdo está cientificamente fundamentado com base em estudos, pesquisas, protocolos, consensos
Dimensão
ou prática clínica?
Conteúdo 8. O site apresenta as fontes que suportam as informações disponíveis?
9. As fontes são de origem amplamente reconhecida e com boa reputação?
10. O site possui um comitê científico?
11. A linguagem é adequada para o público de destino?
12. As fontes do texto estão em tamanho adequado?
13. É possível entender o propósito do site?
14. O site não utiliza palavras técnicas ou jargão desconhecidos pelo público em geral?
15. A página inicial do site tem poucas informações?
16. Os textos são muito curtos e de rápida compreensão?
17. O site apresenta mensagens claras de alertas ou de erros?
18. As imagens na página ajudam a entender os textos?

1. Consta o autor da informação?


2. As credenciais dos autores foram fornecidas?
3. O site fornece os endereços de contato do autor?
4. Consta o responsável do site?
5. As credenciais dos responsáveis foram fornecidas?
6. Consta a data de criação do site?
7. Consta a data de atualização do site?
8. Consta a data de criação do conteúdo?
9. Consta a data de atualização em todas as páginas/conteúdo do site?
10. O site conta com revisão editorial?
11. Consta no site a política editorial?
Dimensão
12. O propósito do site é apresentado?
Técnica 13. O objetivo do site está claro?
14. O site menciona o público para o qual as informações se destinam?
15. O site foi certificado por alguma instituição credenciadora?
16. O apoio e parceria financeira é mencionado?
17. Os anúncios publicitários são claramente identificados?
18. Há distinção entre anúncios e o conteúdo?
19. O site possui política de publicidade?
20. Os profissionais de saúde estão cumprindo os preceitos éticos e legislativos da profissão?
21. Os aconselhamentos em saúde são prestados por profissionais qualificados?
22. O site notifica a necessidade de consulta médica?
23. Os parceiros estão de acordo com os princípios éticos adotados pelo site?
24. O site solicita autorização do usuário no momento da coleta de seus dados pessoais?
25. O site informa a finalidade da coleta desses dados?
26. O sigilo de dados pessoais dos usuários está assegurado através de uma política de segurança e
privacidade?
27. O site informa o propósito da coleta das informações pessoais?
28. O site possui sistema de proteção e segurança como o de criptografia de dados?
29. O usuário tem a possibilidade de apagar seus dados registrados no site?
30. O site possui ferramentas interativas (fórum, blog, chat, redes sociais, comentários)?
31. Existem regras estabelecidas para a utilização dessas ferramentas?
32. Estas ferramentas possuem uma pessoa responsável (moderador)?
33. O site apresenta as credenciais/qualificações do moderador?
34. O moderador está apto a responder dúvidas e questionamentos sobre o assunto abordado?
35. O site fornece contatos do usuário com o webmaster?
36. O site oferece FAQ (Perguntas mais frequentes) para os usuários?
37. O site oferece tutoriais de ajuda para o usuário?
38. O site possui fale conosco?
39. As questões dos usuários são respondidas em tempo ágil?
40. O site avalia a satisfação do usuário quanto ao seu atendimento ou conteúdo?
88

1. Constam logotipos, atalhos e caixas de busca visíveis em todas as páginas e sempre no mesmo lugar?
2. É fácil de navegar no site?
3. O design do site é agradável e limpo?
4. O site possui links de retornos em todas as páginas?
5. Existe ferramenta de busca no site?
6. A ferramenta de busca está presente em todas as páginas?
7. O site apresenta a opção de busca avançada depois da busca simples?
8. Os resultados da busca são pertinentes?
9. Consta o mapa do site?
Dimensão 10. No caso de baixa de arquivos, os links estão acompanhados de descrições claras e precisas sobre o
seu conteúdo, tamanho e formato?
Design
11. O site possui uma seção de destaque para informações mais recentes?
12. Os links do site funcionam?
13. As categorias de links são claras e bem definidas?
14. O site disponibiliza atalhos de teclado?
15. O site possui conteúdo alternativo para imagens?
16. São fornecidas descrições para as imagens da página, utilizando-se o atributo alt?
17. As páginas são leves e carregam rapidamente? O site pode ser acessado em mais de um Browser
(navegador)?
18. O site pode ser acessado em mais de um dispositivo (celular, tablet)?
19. O site possui mecanismos para aumentar a fonte?
20. O site disponibiliza o recurso de barra de acessibilidade?
21. O site disponibiliza o mesmo conteúdo em vários formatos (texto, áudio e vídeo)?
22. Os documentos em pdf também são disponibilizados em HTML?
89

10 APÊNDICE

10.1 APÊNDICE A: INSTRUMENTO ADAPTADO DA METODOLOGIA DE


MENDONÇA E PEREIRA NETO PARA ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES
GLOBAIS DOS SÍTIOS ELETRÔNICOS SELECIONADOS (QIG)

Ferramenta para análise das informações globais dos sítios eletrônicos (QIQ), adaptada de Mendonça e Pereira
Neto (2015)

1. O site apresenta informações de diagnóstico?


2. O site apresenta informações sobre possibilidades de tratamento?
3. O site apresenta informações sobre possíveis complicações do tratamento?
4. O site apresenta os benefícios e o desempenho dos tratamentos e/ou dos produtos?
5. O site apresenta contato de local para obter maiores informações sobre diagnóstico, tratamento e
Dimensão prevenção?
6. O conteúdo está cientificamente fundamentado com base em estudos, pesquisas, protocolos,
Conteúdo consensos ou prática clínica?
7. O site apresenta as fontes que suportam as informações disponíveis?
8. As fontes são de origem amplamente reconhecida e com boa reputação?
9. A linguagem é adequada para o público de destino?
10. O site não utiliza palavras técnicas ou jargão desconhecidos pelo público em geral?

1. Consta o autor da informação?


2. As credenciais dos autores foram fornecidas?
3. O site fornece os endereços de contato do autor?
4. Consta o responsável do site?
5. As credenciais dos responsáveis foram fornecidas?
6. Consta a data de criação do site?
7. Consta a data de atualização do site?
8. Consta a data de criação do conteúdo?
Dimensão Técnica 9. Consta a data de atualização em todas as páginas/conteúdo do site?
10. O propósito do site é apresentado?
11. O objetivo do site está claro?
12. O site menciona o público para o qual as informações se destinam?
13. O site foi certificado por alguma instituição credenciadora?
14. O apoio e parceria financeira é mencionado?
15. Os anúncios publicitários são claramente identificados?
16. Há distinção entre anúncios e o conteúdo?
17. Os aconselhamentos em saúde são prestados por profissionais qualificados?
18. O site notifica a necessidade de consulta médica?
19. O site possui ferramentas interativas (fórum, blog, chat, redes sociais, comentários)?
abordado?
20. O site oferece FAQ (Perguntas mais frequentes) para os usuários?
21. O site oferece tutoriais de ajuda para o usuário?
22. O site possui fale conosco?

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