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Emergência I

Intoxicações Exógenas
e Síndromes Tóxicas
Avaliação Inicial
• ABCDE
• MOV
• Se RNI  checar glicose  capilar. Se Hipoglicemira  corrigir com
Dextrose.
• SpO2 baixa: necessidade de suplementação de O2 ou IOT
Síndrome Colinérgica
• Periférico:
• Miótico
• Molhado/secretor – sialorreia, diaforese/sudorese, lacrimejamento, salivação, broncorreia, incontinente
• Peristáltico – diarreia, vomito, dor abdominal
• Sibilante - bronconstriação
• Fasciculação

• Dados Vitais
• Bradicardia

• Central: inespecífico

• Principais etiologias: organofosforados e carbamatos


Síndrome Anticolinérgica
• Periférico:
• Midriático
• Seco – mucosas e pele ressecadas, retenção urinária
• Constipado

• Dado vitais:
• Taquicardia

• Central: inespecifico

• Etiologias principais: tricíclicos, antiparkinsonianos, anti-histamínicos


Sindrome Simpaticomimética
• Periferia
• Midriático
• Sudoreico, extremidades frias

• Dado vitais
• Taquicardíaco
• Hipertensão
• Taquipneia

• Central:
• Agitação
• Alucinação

• Etiologias principais
Sindrome Serotoninérgica
• Periférico
• Midriático
• Sudoreico
• Peristaltismo: diarreia, náusea/vômito (sinais que lebram Sd Colinérgica)
• Hiper-reflexia, Trismo, Hipertonia
• Dados vitais:
• Taquicardia
• Central: inespecifico
• Etiologias principais: ISRS, tricíclicos, IMAO
Sindrome Sedativos/Hipinóticos
• Periferia:
• Miose

• Dados vitais
• Bradicardia
• Bradipneia
• Hipotensão
• Central
• RNC
• Redução do drive respiratório
• Principais etiologias
• Opioides: morfina, metadona, oxidona, fentanil
• Benzodiazepínicos: Diazepam
• Alcool
• Barbitúricos
• Zolpidem
Antídotos
Tóxico Antídoto

Anticolinesterásicos Atropina

OF Pralidoxima

Opioides Naloxona

CO Oxigênio

Benzodiazepinico Flumazenil

Cumarínicos (varfarina, p.exx) Vitamina K

Carbamatos Atropina
Intoxicações Exógenas

Sinais e Sintomas associados a


dose tóxica de alguma substância.
Síndrome Colinérgica
Ação Colinérgica
Choque
Insuficiência Respiratória Aguda
(IRpA)
• IRpA Hipoxêmica
• IRpA Hipercapnêmica
Dispositivos de Suplementação de O2
• São cateteres ou máscaras que oferecem um determinado fluxo de
O2, que correspondem a valores de FiO2.
• Podemos dividir em dispositivos que oferecem ou não FiO2 fixo

Oferta não fixa de FiO2 e fluxo Oferta fixa de FiO2 e fluxo

Cateter Nasal (24-44%) Máscara de Venturi (24 – 60%)


Máscara Simples (40-60%) CNAF (até 100%)
Máscara com Reservatório (60-90%) VNI (até 100%)
Fluxos: 1 – 5 – 6 – 8 – 15

FiO2: 24% - 40% - 44% - 60% - 90% - 100%


Tipo, Fluxo, FiO2 ofertada

 Fluxo: 1 – 6 L/min

 FiO2 variável: ↑ 4% FiO2 a cada ↑ 1/L


min
1 L/min → 24%
.
.
.
6 L/min → 44%

Cateter Nasal
Tipo, Fluxo, FiO2 ofertada

 Fluxo: 5 – 8 L/min

 FiO2 variável: ↑ 6% FiO2 a cada ↑ 1/L


min
5 L/min → 40%
.
.
.
8 L/min → 60%

Máscara com Reserva


Tipo, Fluxo, FiO2 ofertada

 Fluxo: 6 – 15 L/min

 FiO2 variável: ↑ 6% FiO2 a cada ↑ 1/L


min
6 L/min → 60%
.
.
.
11-15 L/min → 90%
Tipo, Fluxo, FiO2 ofertada

 Fluxo: 2 – 12 L/min

 FiO2 fixa:
2 L/min → 24%
.
.
.
12 L/min → 60%

Máscara de Venturi
Tipo, Fluxo, FiO2 ofertada

 Fluxo: 30 – 60 L/min

 FiO2 fixo: até 100%

 Vantagem: FiO2 fixa de até 100%, ar


aquecido e umidificado.

 Desvantagem: caro e descartável

Cateter Nasal de Alto Fluxo (CNAF)


VNI
- Funcionamento
- Modalidades
- Indicações
- Contraindicações
Utilidade
• Melhora as trocas gasosas
• Reduz o esforço respiratório
• Alternativa a VMI
Interfaces
• São máscaras, que podem ser dos tipos:
• Nasais
• Oronasais (facial)
• Faciais totois
• Ou Capacetes
Modalidade
BIPAP – BiLevel Positive Air Pressure
• Pressão inspiratória (IPAP ou PSV)
• Gera um volume corrente

• Pressão Expiratória Final (EPAP ou PEEP)


• Evita que os alvéolos colabem

 Logo, a BIPAP gera um Volume Corrente

CPAP – Continuos Positive Air Pressure


• Fornece apenas uma Pressão Expiratória Final (EPAP ou PEE)
Indicações bem estabelecidas

DPOC descompensada

• BiLevel

Edema Pulmonar Cardiogênico

• CEPAP
Indicações relativas

Asma descompensada

Pneumonia

SDRA
Contraindicações Absolutas
De modo geral: quadros que podem comprometer

- Respiração espontânea

- Inadaptação da interface no paciente

- Perviedade das vias aéreas


Contraindicações
Pacientes sem drive respiratório ou com esgotamento da musculatura respiratória
- parada respiratória, RNC

Instabilidade hemodinâmica
• Choque

Não colaborativo
• Agitação

Impossibilidade de colocar a interface


• Cirurgia, queimadura ou trauma facial

Obstrução de via aérea

Incapacidade de proteção das vias aéreas


• Reflexo da tosse ou Deglutição comprometidos

Vômito frequente ou excesso de secreções em vias aéreas


Absolutas X Relativas
Parâmetros Iniciais da VNI

IPAP (ou PSV)


• Delta para VC = 6 a 8 ml/Kg peso predito
• Não fazer IPAP > 20 cmH2O, pois é desconfortável (muito vento nas venta) e maior risco de vazamento

EPAP (ou PEEP)


• EPAP = 5 – 10 cmH2O

FR
• < 30 ipm

FiO2
• Valor que resulte em SpO2 > 90% ou 82-88% na DPOC
Monitorização
Indicações Grau A
Acidente com Animais
Peçonhentos
 Ofidismos (cobras)
o Botrópicos
o Crotálico
o Laquéticoss
o Elápídicos
 Aranha-Marrom
Cobras
• OMS  Doença Tropical Negligenciada.
• Geralmente os casos são leves
 Letalidade de 0,45% (1990-1993)
• O atraso no atendimento  maior mortalidade
Casos de picada conforme o gênero

HOMENS MULHERES
• Predominam os casos • Predominam os casos acidentais
provocados

• Local: extremidades MMII


• Local: extremidades MMSS
Venenoso ≠ Peçonhento

• Venenosos: não inoculam veneno

• Peçonhentos: inoculam veneno


Cobra Peçonhenta: como identificar?
• FOSSETA LOREAL = COBRA PEÇONHENTA
- A fosseta loreal é um órgão termos sensorial entre o olho e a narina da cobra.

• Exceção: gênero Micrurus (família das Elipideas), representado pelas cobras corais verdadeiras.
Fluxograma
Identifique: tipo de cauda, gênero, espécie,
presença de fosseta loreal

- Cauda lisa - Cauda guizo/chocalho - Cauda escamosa


- Botrópicos - Crotálicos - Laquéticos
- Jararaca - Cascavel - Surucucu pico-de-jaca

Todas têm fosseta loreal


Qual a familia?

Elapídicos
Principais efeitos do ofidismo
• Local: dor, eritema, edema, bolhas, necrose

• Discrasias: hemorragias, trombose

• Bloqueio neuromuscular: paralisia flácida descentes, IRpA


Botrópicos X Laquéticos
COMUM
• Sintomas fortes local: dor muito intensa no local, edema, eritema, etc

DIFERENÇA
Sintomas Vagais:
- Laquéticos: SIM
- Botrópicos: NÃO
Obs:
- O laquéticos também causam hemorragias
Crotálicos X Elapídicos
COMUM
• Bloqueio neuromuscular: paralisia flácida descendente, IRpA
• Dor local discreta ou ausente
DIFERENÇA
Miotoxicidade (mioglobina elevada, mialgia):
- Crotálicos: SIM
- Elapídicos: NÃO
Acidente Botrópico: Ação x Clinica e
Tratamento
• Pré-hospitalar
- Afastar e identificar cobra
Botrópica - Imobilizar e elevar membro afetado
- Antecipar edema

Ação Clínica - Não fazer: torniquete, sucção

• Hospitalar
Dor, Edema, bolhas, • Conduta:
Proteolítica necrose, Sd
- Monitorização
Compartimental
- Limpeza de ferida
- Sintomáticos (analgesia)
Hemorrágica Equimoses - Suporte
- Profilaxia tétano
- Soro (se disponível)
Trombose, isquemia, • Exames:
Coagulação - Hemograma
necrose
- Coagulograma
- Enzimas cardíacas
- Função renal
• Pré-hospitalar
Crotálica - Afastar e identificar cobra
- Imobilizar e elevar membro afetado
- Antecipar edema
Ação Clínica - Não fazer: torniquete, sucção

Paralisia flácida • Hospitalar


Neurotóxica*
descendente • Conduta:
- Monitorização
- Limpeza de ferida
Miotóxica Mialgia, - Sintomáticos (analgesia)
- Suporte: hidratação, antibióticos
- Profilaxia tétano
- Soro (se disponível)
Coagulante Equimose • Exames:
- Hemograma
- Coagulograma
- Enzimas cardíacas
- Função renal
Ação x Clinica
• Pré-hospitalar
- Afastar e identificar cobra
Laquética - Imobilizar e elevar membro afetado
- Antecipar edema
Ação Clínica - Não fazer: torniquete, sucção

Dor, edema, bolhas, • Hospitalar


Proteolítica
infecção • Conduta:
- Monitorização
Hemorrágica Equimoses, - Limpeza de ferida
- Sintomáticos (analgesia)
- Suporte: hidratação, antibioticos
Coagulante Isquemia, necrose - Profilaxia tétano
- Soro (se disponível)
• Exames:
Neurotóxica Estímulo vagal - Hemograma
- Coagulograma
- Enzimas cardíacas
- Função renal
• Pré-hospitalar
- Afastar e identificar cobra

Elapídica - Imobilizar e elevar membro afetado


- Antecipar edema
- Não fazer: torniquete, sucção

• Hospitalar

Ação Clínica •
-
-
Conduta:
Monitorização
Limpeza de ferida
- Sintomáticos (analgesia)
- Suporte: hidratação, antibióticos
Paralisia flácida - Profilaxia tétano
- Soro (se disponível)
NTX* descendente,
• Exames:
fáscie miastênica - Hemograma
- Coagulograma
- Enzimas cardíacas
- Função renal
Tratamento da IRpA

1. Atropina
2. Depois, neostigmina
Aranha marrom
Aranha
s
◾ aranha-marrom, aranha-armadeira, viúva-
negra...
Aranha-marrom
◾ Loxosc eles intermedia, L. laeta

◾ 1 cm de corpo, 3 cm de envergadura de
pernas
◾ hábitos noturnos

◾ loc ais quentes e secos

◾ pouc o agressiva
Aranha-marrom
◾ fisiopatologia
◾ reaç ão inflamatória loc al
◾ ativação e agregação de
plaquetas
◾ hemólise intravascular
Aranha-marrom
◾ formas
◾ cutânea (90% dos c a sos)
◾ reação local: edema, eritema  bolhas hemorrágicas  necrose, gravitacional
◾ efeitos sistêmicos: febre, mal-estar, vômitos, diarreia, mialgia, rash
◾ cutânea-visceral
◾ palidez, icterícia, petéquias, equimoses
◾ hemólise (anemia, hemoglobinúria...)
◾ LRA
Aranha-marrom
◾ diagnóstico
◾ lesão
◾ incaracterística: dor leve, eritema, prurido, vesícula/bolha
◾ sugestiva: dor em queimação, equimose, enduração, exantema
◾ característica: dor em queimação, palidez com áreas
equimóticas (“placa marmórea”), enduraç ão, nec rose
Aranha-marrom
◾ diagnóstico
◾ exames
◾ hemograma
◾ marcadores de
hemólise
◾ coagulograma
◾ funç ã o renal
Aranha-marrom
◾ classificação
◾ leve: lesão incaracterística ou ponto necrótico + identificação da
aranha
◾ moderado: lesão sugestiva ou c a racterística < 3 cm
◾ grave: lesão característica > 3 cm, hemólise
Aranha-marrom
◾ tratamento
◾ sintomáticos
◾ corticoide
(moderado/grave)
◾ SALox/SAAr
(moderado/grave)
◾ ac ompanhamento por 72h
Aranha-marrom
◾ prognóstico
◾ bom na maioria dos
c a sos
ATENÇÃO!
CIATox/PR
(“C
◾ IT”)
Centro de Informação e Assistência Toxicológica do
Paraná
◾ 08000 410 148
VNI
Ventilação Não Invasiva
Efeito Hemodinâmico da PEEP
VNI
Parâmetro
PCV VCV
PEEP 3- 5 cmH2O
FiO2 100 %
Volume Corrente 6 – 8 ml/Kg (peso
ideal)
FC
Tempo Inspiratório
Fluxo
Pressão inspiratória
(delta)
Modos Comando das
Comando dos
Ventilatóri Incursões Drive Respiratório Tipos
os Respiratórias Disparos

- VCV: ventilação controlada a


volume
Controlado Máquina Máquina Ausente/reduzido
- PCV: ventilação controlada a
pressão

- VCV: ventilação controlada a


Assistido Máquina Paciente Preservado volume
- PCV: ventilação controlada a
pressão

Espontâne Paciente Paciente Preservado - PSV: pressão de suporte


o ventilatória
VCV – Ventilação controlada a Volume
• Disparos: a volume, tempo ou fluxo
• Variável limite: volume corrente. Pré-determina-se o quanto de volume o VM irá insuflar as vias
aéreas. Logo:
• O fluxo será também pré-determinado e fixo.
• A ciclagem: será controlada a volume, pois quando o pico de volume é atingido (ao final da inspiração), a
válvula inspiratória é fechada e a expiratória é aberta, permitindo a exalação do volume ventilado.
• Pressão: a pressão pico acaba variando, conforme as características do paciente.

 Indicação: SARA (síndrome do desconforto respiratório agudo)

• Vantagens: controle direto do volume corrente.


• Desvantagens: a pressão pode aumentar demais, gerando maior risco de barotrauma
(pneumotórax, pneumo-mediastino, enfisema subcutâneo)
VCV
PCV – Ventilação controlada a Pressão
• Disparos: controlados a volume, pressão ou tempo.
• Variável limite: pressão inspirada (delta/pressão inspirada). A pressão de pico (ou melhor, o
delta*) é predeterminada. Logo:
• Os tempos inspiratórios e expiratórios: serão fixos. Afinal, os tempos de inspiração e expiração sempre
finalizam no momento em que as pressões das vias aéreas superiores e intra-alveolares se igualam.
• A ciclagem: será controlada a tempo, pois os tempos inspiratórios são fixos.
• Volume e fluxo: o volume e o fluxo de pico serão variáveis a cada ciclo ventilatório. Tal variação
depende das características do paciente e assemelha-se ao que ocorre na ventilação fisiológica.

 Indicação: Desmame

• Vantagens: é próxima a ventilação.


• Desvantagens: não controla vc.
PCV
PSV - Ventilação com Suporte de Pressão
• Disparos: a pressão ou fluxo. Não é a tempo, pois o paciente é quem
determinada as incursões respiratórias.
• Variável limite: pressão. O pico de pressão é oferecido pelo
ventilador. O resto é variável: volume corrente, fluxo, tempos de
inspiração e expiração. Logo:
• Ciclagem: é controlada a fluxo. Que ando a fluxo começa a desacelerar, isto
indica para a máquina que a fase inspiratória está terminando. Assim, o
ventilador abre a válvula da expiração.
• Fluxo, Volume Corrente, I/E: como dito, são variáveis.
PSV
Taquiarritmias Supraventriculares
Onda P sinusal Taquicardia Sinusal

TSVP (reentrada
Sem onda P
nodal)
Regular
Taquicardia

Taquicardia Atrial
Onda P não sinusal
Focal

QRS curto Onda F Flutter Atrial

Sem onda P ou Ondas


FA
f (padrão irregular)
Irregular
Taquicardia Atrial
Com onda P
Multifocal
Instabilidade Hemodinâmica – Sintomas
• Dor torácica anginosa
• RNC
• Sinais de Hipoperfusão/Choque
• Dispneia da ICC
Mecanismos arritimogênicos
• Reentradas

• Atividades deflagradas

• Automatismos – aumento do automatismo normal/sinusal


FA
- Frequencia atrial > 500-600 bpm
- QRS estreito
- Ausência de onda P
- RR irregular
Flutter
• FC atrial ~ 300 bpm
• QRS estreito
• Ausência de onda P
• Presença de onda F (serrilhado)
• A onda F nunca termina na linha de base.
• RR regular
• Macro-reentrada: em 1 minuto, o nó AV permite apenas a passagem
de uma onda de despolarização  FC 150. Porém, idade,
medicamentos e presença de BAV podem reduzir tal FC
Taquicardia Atrial
• QRS estreito
• RR regular
• Presença de onda P não sinusal
• Pode ser:
• Focal: automatismo elevado em um único
foco do átrio
• Multifocal: automatismos elevados em
diferentes focos alternantes. Resulta em
ondas P com morfologias diferentes
Taquicardia Supraventricular por Reentrada
Nodal
• QRS curto
• Porém, pode ser também QRS alargado quando BR prévio ou induzido pela
própria taquicardia (TSV aberrante).
• Se QRS alargado, além dos critérios ECG, geralmente a TSV RN está presente
em paciente sem alterações estruturais do coração
• É paroxística (eventual)
• Presença de onda P
• RR regular
• Eventualmente: infra ST difuso e supra em aVR
Taquicardias Ventriculares
• São mais graves
• Focos automatismos no ventrículo
• QRS alargado (exceto em casos de TSV aberrante)
• Podem ser:
• Com pulso x Sem pulso
• Sustentadas (> 30 s ou IH) x Não sustentadas (< 30 s)
• Monomórficas (regulares) x Polimórficas (irregulares)
TV sustentada
• Duração > 30 s

OU

• Presença de Instabilidade Hemodinâmica (dor anginosa, dispneia,


hipotensão grave, RNC, etc)
TV monomórfica

• QRS mesma
morfologia
• QRS alargado
• RR regular
TV Polimórfica
• QRS alargado
• QRS morfologia
diferente
• RR irregular
Taquiarritmias Ventriculares
TSV Aberrante
Taquicardia

Regular TV monomórfica

QRS longo TV antidrômica

Irregular TV Polimórfica
Como diferenciar TV de TSV aberrante (Pava
et al)
• O tempo entre: inicio do QRS e 1ª mudança de polaridade do QRS >=
50 ms na derivação DII.

TV TSV
Como diferenciar TV de TSV aberrante?

• A TSV aberrante é aquela em que o QRS é alargado devido algum


bloqueio de ramo prévio ou induzido pela própria taquicardia.
• Como diferenciar, então, a TSV aberrante da TV? Existem critérios que
fazem tal distinção. Porém, de modo geral, podemos procurar por três
achados:
1. aVR com R amplo e positivo  TV (pois vetor resultante aponta pra cima)
2. QRS totalmente positivo ou totalmente negativo em derivações precordiais
 TV
3. QRS totalmente positivo em D1 e/ou aVF TV
Com o QRS

Desfibrilação

TV monomórfica sem pulso


O paciente deve estar sedado para ser cardiovertido
Emergências Neurológicas
AVC isquêmico Agudo
AVC – qual a definição
• Deficit neurológico focal súbito e com duração maior que 24 h ou com
evidência radiológica de isquemia do SNC.
Principais Fatores de Risco
• HAS
• Hipercolesterolemia
• Aterosclerose carotídea
• FA
Tempo é cérebro
• Estima-se que a cada 1 minuto, perde-se quase 2 milhões de
neurônios sob lesão isquêmica.
Metas de Tempo desde a Admissão (ASA)
Território Arterial x Déficits Neurológicos
ACM Direita
Afasia (motora, semântica, mista)
Hemiparesia Esquerda (face até coxa)
Hipoestesia Esquerda (face até coxa)
Hiperreflexia Esquerda
Heminegligência Esquerda

ACM Esquerda
Hemiparesia Direita (face até coxa)
Hipoestesia Direita (face até coxa)
Heminegligência Direita
Hiperreflexia Direita
Território Arterial x Déficits Neurológicos
ACA
 Hemiparesia de MI contralateral (perna e pé)
 Incontinência Urinária
 RNI – principalmente se bilateral

ACP
 Hemianopsia homônima contralateral
 Hipostesia contralateral
Território Arterial x Déficits Neurológicos
Carótida Interna
 Déficits da ACM e ACA
 Amaurose ipsilateral

Artéria de Sistema Vertebrobasilar


 Alteração de par craniano – exceto N. Olfatório e N. Óptico
 Ataxia Cerebelar
 Vertigem
 Paralisia facial central contralateral
 Hemiparesia/Hipoestesia Contralateral
Principais DX Diferenciais
Se não há contraindicação à trombólise endovenosa, mas o DX
de AVCi é ainda incerto, o tratamento fibrinolítico não deve
ser feito

1. Falso

2. Verdadeiro

 O beneficio da trombólise se for AVCi supera os riscos se não for.


O que questionar na anamnse?
1. Perguntar o tempo desde o inicio dos sintomas. Se acordou com os
sintomas, perguntar o momento que foi visto acordado
assintomático
2. Uso de medicações
3. TCE recente
4. Episódio de convulsão
Qual teste padronizado que qualifica e
quantifica o AVCi>
• Escala de AVC do NIH
É possível diferenciar apenas clinicamente
um AVE i de um AVE h?
• Não;
• Apesar de que no AVEh alguns sintomas são mais pronunciados:
• Cefaleia muito intensa e súbita
• Vômitos
• Elevação maior da PA
• RNC
Como a TC de crânio detecta hemorragia
parenquimatosa intracerebral (AVEh)?
• Hiperdensidade branca focais dentro do parênquima cerebral.
• Se em núcleos da base e cerebelo  forte sugestão de AVE h por hipertensão
A TCC é sensível para detectar área com
isquemia cerebral?
• Não nas primeiras 24h após o ictus.
• Mas sinais precoces podem ocorrer: hipodensidade no território
arterial ocluído, perda da diferenciação cortiço-subcortical,
apagamento de sulcos e giros do córtex cerebral, hiper densidade da
ACM
Qual a meta glicêmica?
Qual a frequência das dosagem?
• Glicemia capilar 80 – 140 mg/dl
• Dosagem de 6/6 h
Porque, quando e como tratar a
hiperglicemia?
• A hiperglicemia no AVC está associada a maior mortalidade
• Tratar Glicemia > 180 mg/dl
• Fazer insulinoterapia
Quando tratar a hipoglicemia?
• Glicemia capilar < 60 mg/dl
Quais exames laboratoriais cujos resultados
devem ser obtidos antes da trombólise?
Quais exames requeridos antes da
trombólise?
Quais exames requeridos antes da
trombectomia mecânica?
Resumo
Fase pré-
hospitlar
Atendimento Inicial Emergência
• ABCDE
• MOV
• Monitorização cardiorrespiratória
• O2 se SatO2 < 90%
• Dois acessos venosos calibrosos
• Conduta para AVE
 Posicionar em decúbito 15 a 30º
Glicemia capilar
PA nos 4 membros: assimetria significativa entre MMSS e MMII sugere dissecação aórtica
 Temperatura
Analgesia (para não elevar PIC)
 Exames de sangue:
 Coagulograma completo
 glicemia
Outros: hemograma, troponina, Na, K, creatinina, ureia, TGO e TGP, ABO Rh)
 Aplicar escala de AVC do NIH
 Fazer TCC s/ contraste
Quando fazer tratamento anti-hipertensivo no
AVC? Quanto deve ser reduzido?
1. Apenas se PA > 220 x 120 mmHg

2. Síndrome Coronariana Aguda

3. Edema Agudo de Pulmão

4. Insuficiência Renal Aguda

5. Dissecação Aórtica

6. Eclâmpsia/Pré-Eclam´sai

 Redução 15% dos níveis pressóricos iniciais nas primeiras 24 h do ictus


Qual o nível de PA para paciente elegível a
trombólise?
• 185 x 110 antes da trombólise

• 180 x 105 durante as primeiras 24 h após a trombólise endovenosa


Qual o nível de PA para paciente elegível a
trombectomia mecânica?
• 185 x 110 antes da trombectomia mecânica

• 180 x 105 durante as primeiras 24 h após a trombectomia mecânica

• Mesmos níveis pressóricos para trombólise endovenosa


Metas PAS
• Se PS > 220 mmHg: meta entre 140 e 160 nas primeiras horas

• Se PS < 220 mmHg: meta de 140 nas primeiras horas


Quando fazer PIC?
• Colocação de cateter
Quais anti-hipertensivos usar?
• Primeira linha (são drogas intravenosas facilmente tituláveis e
reversíveis)
• Labetalol
• Nicardipina (pouco usado)
• Clevidipina

• Segunda linha
• Nitroprussiato + Esmolol (mais usado)
Quando a PA é baixa no AVC? Como
corrigir?
• Pressão Sistólica < 100 mmHg

• Correção: reposição volêmica com SF 0,9% EV


• Não pode ser Soro Glicosado 5% ou qualquer outra solução hipotônica
Quando tratar hipertermia
• Tax > 37
• Antipirético
Deve-se administrar antiepiléptico como
profilaxia no AVC?
• Não
Tempo até fazer TC s/ contraste
• Até 20 min
• Tempo porta-agulha (TEV): até 45 min (máx 60 min)
Tipos de Crise
1.Crise epiléptica provocada – ocorre quando a crise epiléptica é provocada por um
fator causal identificável, podendo ser condição clínica ou sistêmica. Exemplos:
alterações eletrolíticas, hipoglicemia, sepse, abuso de drogas ilícitas, uso de
medicações que podem reduzir limiar convulsivo. 
2.Crise sintomática aguda – ocorre quando a crise é causada por lesão neurológica
aguda, devendo ocorrer nos 7 primeiros dias da afecção. Ex: AVC, neuroinfecções.
3.Crise sintomática remota – ocorre quando a crise for gerada por uma lesão
cerebral antiga (após 7 dias da lesão). Existe alto risco de recorrência, por isso o
paciente se enquadra no diagnóstico de epilepsia.
4.Estado de mal epiléptico – ocorre quando as crises são anormalmente prolongadas
(20-30 min de crise convulsiva continua).
Papel da TC de Crânio s/ contraste no AVCi?
• Descartar outras causas:
• AVC hemorrágico (intraperenquimatoso), HSA, neoplasia, granuloma
infeccioso
Critérios de Inclusão pra Trombólise
Crise Epiléptica na
Emergência
Crise Epiléptica x Convulsão
- A convulsão nome genérico é um tipo de crise epilética marcada por
abalos motores (clonias, mioclonias, convulsão eplieptica, hipercinesia)
- A crise convulsiva, em decorrência a alta atividade elétrica síncronoa
dos neurônios corticais, pode ser caracterizada por manifestações não
só motoras, como também:
• Sensitivas
• Autonômicas Crise Epiléptica
• Cognitivas
• Psicológicas Convulsão
• Comportamentais
Estado de Mal Epiléptico: definição
• Crise única com duração > 5 a 10 min
• Ou
• Crises frequentes sem recuperação do nível de consciência basal
entre as crises epilépticas

“crise epiléptica ictual anormalmente prolongada ou reentrantes”


Fisiopatologia do EME
Tempos
• T1: quando sabe-se que a crise não cessara espontaneamente

• T2: o tempo de crise já eleva o risco de lesão

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