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TOXICOCINÉTIXA X TOXICODINÂMICA Efeitos sistêmicos e hemorragias (petéquias):

gengivorragia, hematúria, melena, hematoquezia,


Ação tóxica -> toxicante -> organismo animal
sangramento em locais de punção, dispnéia (devido a
hemorragia diminuir a volemia e consequente diminuir
a PA), hemoptise (sangue pela boca), hematêmese
(vômito c sangue).

Exames: tempo de coagulação, dosagem de


fibrinogênio, contagem de plaquetas (nos conta pra
onde as plaquetas tão indo – quais órgãos),
determinação de ureia e creatinina, uss (ver calibre dos
vasos, se estão ingurgitados).

• O 1º atacado/picado sempre é o que pode ir a


óbito! Sempre!
• A idade da serpente: quanto + adulta + veneno
ela tem e + forte ele é!
• Absorção: via oral, pele, via respiratória Qual a causa das hemorragias sistêmicas que ocorrem
(alvéolos) em alguns pacientes vítimas do acidente botrópico?
• Distribuição: via sanguínea e linfática
Devido ao efeito ANTICOAGULANTE do veneno ou
• Biotransformação: hepática
devido ao efeito PRÓ-COAGULANTE do veneno.
• Eliminação: 1º renal, 2º fezes, 3º suor, 4º
vômito. Locais -> hemorragias
Moléculas lipossolúveis atravessam facilmente Sistêmico -> trombose vísceras -> CID (coagulação
membranas tecidos → fixam-se aos componentes intravascular disseminada). O veneno estimula que o
celulares (natureza química) → fígado produza os fatores de coagulação.
• CO - Hemoglobina Complicações:
• Paraquat - tecidos pulmonares
• Necrose local
• Fluor, Pb - ossos
• Inf. bac. Secundária: Escherichia coli
• Organoclorados - tecido adiposo.
• Torniquete: não se faz! Porque vai ser pior a
Depuração: capacidade do organismo de extrair lesão no local, então deixa circular pro
totalmente qualquer substância de um dado volume do organismo excretar.
plasma. Os principais órgãos envolvidos são: • Técnicas de sucção do veneno: não faz! Pode
necrosar a boca.
• Fígado -> metabólitos excretados via biliar ->
fezes. Ofidismo crotálico -> cascavél – RS. Aqui não tem
• Rins -> metabólitos excretados via urina. hemorragia!!!
Excreção pelos rins: Substâncias polares e
Efeitos locais: dor leve no local, edema subcutâneo
hidrossolúveis
leve.
• Excreção pelo trato digestivo: fezes, via biliar
• Excreção pelos pulmões: Secreções gasosas e Efeitos sistêmicos: vômito, cefaleia, sonolência,
voláteis Excreção por outras vias: suor, saliva, mialgia, urina marrom escura (mioglobinúria – fibra
lágrima e leite muscular morrendo e liberando mioglobina), sinais
neurológicos!!! Face miastênica (cara de bêbado).
Acidentes com serpentes – OFIDISMO
• Crotoxina -> miotóxica (músculos),
Ofidismo botrópico -> + comum no RS. Cobra cruzeira
neurológica, anti-coagulante.
ou urutu, coatiara, jararaca-do-campo, jararaca
• Crotamina -> miotóxica.
pintada, jaracuçu.
Exames: determinação de CK, AST e LDH, mioglobina
Efeitos locais: dor acentuada no local da picada,
circulante, ureia e creatinina, urinálise, mioglobina na
eritema cutâneo, hemorragia e edema hemorrágico
urina.
subcutâneo.
Ofidismo elapídico -> Coral verdadeira e coral Sinais sistêmicos: aparecem com a forma mais grave,
Uruguaiana. hemólise intravascular, insuficiência renal aguda ,
anemia, icterícia e hemoglobinúria.
Baixa agressividade, 50 a 60% dos acidentes não
inoculam veneno!

Ausência de reação local, marca dos orifícios. LATROCDETISMO: Latrodectus sp. Aranha preta com
vermelha. Viúva negra.
Sinais sistêmicos: sintomas neurológicos , ptose
(pálpebra caída), cara de bêbado, parestesia, Sinais clínicos: dor local intensa, edema e rubor,
obnubilação, anisocoria (pupila dilatada e outra tremores, fasciculação, mialgia generalizada, febre,
normal), fraqueza muscular, mialgia e fasciculação sudorese, sialorreia, vômito, excitação psicomotora.
muscular, dificuldade de deglutição, sialorreia,
Sinais sistêmicos: taquicardia, arritmia e choque.
dispnéia, paralisia bulbar, tetraparesia.
Oligúria, anúria, eritema e lesões em rins, fígado, baço,
linfonodos, timo e supra-renais.

Neurotoxinas: fazem inibição da acetilcolina e


competição com receptores colinérgicos.
FONEUTRISMO: armadeira. Marrom, se disfarça nas
lenhas, madeira. Ela é bastante reativa, ataca, pula até
40 cm de distância.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Essa não mata mas faz lesão grave. Acidente leve 95%
Abelhas
casos humanos.
Princípios ativos: melitina (hemolítica e cardiotóxica),
• Dor imediata e acentuada no local.
fosfolipase A2 (hemolítica), peptídeo degranulador de
• Edema e eritema cutâneo.
mastócitos, apamina (neurotoxicidade), hialuronidase
• Agitação
(aumento da permeabilidade vascular).
• Taquicardia devido a dor
Sinais clínicos: associados a síndrome do • Sudorese
envenenamento, choque anafilactóide, crise
hemolítica, insuficiência renal aguda, ataxia e paralisia SNC: paralisia espástica dos membros pélvicos, mt e mp
facial. priaprism e ejaculação, tremores, sinais de choque,
morte em alguns casos, hipotensão e hipertensão.
Agravo: estupor ou coma, síndrome respiratória,
diarreia, vômito com sangue, taquicardia, pulso Neurotoxinas: PHTX1 (paralisia espástica dos mp),
filiforme. PHTX2 (paralisia dos mp e ma e priaprismo), PHXT3
(paralisia flácida dos mp e ma).
Crise hemolítica: apatia e anorexia, icterícia,
esplenomegalia, urina vermelha, mialgia, vômito, Músculo liso: PNV1 contração do músculo de veias e
diarreia, dispnéia. artérias.

Insuficiência renal: apatia e anorexia, sinais de uremia, Sistêmico: PNV3 edema local e PNV4 priaprismo.
vômito, diarreia, halitose amoniacal, úlceras orais
(acontecem após dias ou semanas).
ACIDENTE COM LYCOSA

Lycosa sp: tarântula. Se camufla na sujeira, solitária,


ARANHAS não passeia, aranha-de-jardim e de grama, desenho na
LOXOSCELISMO: aranha marrom. cavidade celomática.

Sinais clínicos: dor local, eritema, toxina proteolítica


• Mordida: eritema, edema e após necrose.
não causa reações sistêmicas.
• Região da picada: dolorosa, lesão escura e
costuma aparecer horas depois no local
evoluindo para necrose local seca.
ACIDENTES COM SAPOS

Rhinella marina (bufo marinus)


Princípios ativos liberados na mordida (quando o • Cauda em posição de bandeira: rabo levantado
cachorro morde o sapo): cardiotóxicos. e contraído
• Animal pode ficar de barriga para baixo como
• Bufotoxina
se fosse estar deitado de bruços e com os
• Bufogenia
membros estirados.
• bufotenina
• Orelha bem levantada e de pé: igual tesoura de
sinais clínicos: sialorreia, vômito, hiperemia de mucosa tosquear ovelha.
oral e sinais neurológicos (raro) • Fotossensibilidade aumentada: deixar no
escuro e sem barulho.
Lesões: aumento de volume do pulmão com edema,
• Pupila dilatada e cães e cavalos fazem prolapso
congestão, hemorragia e edema pulmonar, congestão
de 3º pálpebra.
de rins, baço e linfonodos.

FUNGOS: MILHO
Botulismo
Fumonisinas: B1, B2 e B3. Fungo fusarium.
Clostridium botulinum -> toxina botulínica (fraqueza
muscular – paralisia flácida). Clima quente, abafado úmido e escuro: prolifera o
fungo.
Lesão: neurônio motor inferior com envolvimento do
SNA. LEUCOENCEFALOMALÁCIA (equinos)

Acidentes assim ocorrem geralmente quando morre Malácia= morte do neurônio.


por exemplo uma galinha, fica la apodrecendo e as
• lesão na substancia branca do encéfalo
bactérias fermentando inclusive o clostridium
• animal deprimido c a cabeça baixa
botulinum e o cachorro vai la e come a carniça
contaminada. • faz lesão na pele tbm
• perde o controle neuromotor: lábio caído e
Epidemiologia: esporos resistentes. Germinação e língua caída.
produção de toxina em anaerobiose (carne, peixe, • Ataxia, tremores e hiperexcitabilidade igual do
vegetais, carcaças e silagem). Quase sempre é fatal!!! tétano.
É importante estimular o animal a excretar. • Pressão da cabeça contra objetos.
• Eutanásia geralmente!!
Intoxicação: toxina pré-formada em alimentos -> • Tratamento: fluido, antifúngico, alimentação
crescimento no TGI e contaminação de feridas. somente após recuperação dos movimentos.
Fatal se não tratar precocemente!!

Tratamento: atb, fluido pra ajudar a excretar, não pode PLANTAS


dar comida pois pode fazer pneumonia aspirativa pq
ele ta com paralisia de toda musculatura inclusive Timbó: ateleia glazioviana.
língua e glote. Planta palatável p/ bovinos, ingerida em períodos de
escassez.

TÉTANO (paralisia rígida ou espástica) Forma aguda: insuficiência cardíaca com morte súbita
quando o animal ingere grande quantidade de uma só
Clostridium tetani -> lesão em nível de medula. vez. Cansaço, dispneia, tremor, decúbito e morte.
Patogenia: entrada de esporos em feridas, produção de Forma crônica: insuficiência cardíaca congestiva direira
toxinas: tetanolisina (diminui o oxigênio) e devido alterações do miocárdio, consumo fracionado
tetanoespasmina: via nervos periféricos e sangue. da planta, semanas ou meses. Quando apresenta
sintomas animal esta com o coração insuficiente
• Riso sardônico: cães fazem muito isso no
apresentando cansaço, lentidão e edema subcutâneo
tétano, parece que estão rindo.
de peito levando a morte em poucas semanas.
• Posição de epistótono: pescoço esticado para
trás.
Lesões: lesão no coração com áreas mais claras e firmes
perto da artéria coronária, fígado aumentado com
bordas escuras e estrias. Degeneração e fibrose do
miocárdio, necrose, congestão e fibrose no fígado.

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