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Escola Técnica Advance - ETA

Célia Regina Garbin

Estágio Supervisionado

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR


Hospital Nereu Ramos, pavilhão Pneumologia e Infectologia, Thâmy Conova da Correggio,
Supervisora.
Pavilhão: EME - Clínica Médica, Cleonice Pereira Machado da Silva, Supervisora.

Florianópolis
2022
2

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, foi Ele que me deu energia e benefício para concluir o
estágio.
Agradeço o meu esposo Jafé, por incentivar, me dando força e confiança para seguir em
frente, sendo parceiro, paciente o tempo todo.
Agradeço à minha filha Camilly, por colaborar nas tarefas de casa, muitas vezes sendo
compreensiva na minha ausência. Também a minha querida mãe que sempre esteve
presente,se disponibilizando sempre que pode. A minha irmã Andressa, que mesmo de longe
me deu os melhores conselhos.
Agradeço aos professores pelos ensinamentos, dedicação e paciência.
Agradeço também aos colegas que em meio as dificuldades, me incentivaram, contribuindo
na minha formação.
Por fim, sou grata a todos que de alguma forma direta ou indiretamente fizeram parte desse
trabalho.
3

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ……………………………………………………………………4
2. APRESENTAÇÃO ………………………………………………………………...6
2.1. Hospital Nereu Ramos ……………………………………………………..6
2.2. Hospital Regional de São José Dr. Homero de Miranda Gomes …………..6
3. CARGA HORÁRIA ………………………………………………………………..9
4. RELATÓRIO ………………………………………………………………………10
4.1. Relatório Hospital Nereu Ramos……………………………………. …….10
4.2. Relatório Hospital Regional de São José Dr. Homero de Miranda Gomes. 16
4.3. Relatório Hospital Nereu Ramos…………………………………………...20
5. CONCLUSÃO …………………………………………………………………..…24
6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ………………………………………………..25
4

1. INTRODUÇÃO

O programa de estágio é conceituado sob o viés da qual o aluno constitui e gera-se,


onde o aprendiz se projeta para a evolução através da vivência reflexiva e crítica, tal aspecto
torna-se elementar para sua carreira profissional. Através do período de aprendizado prático é
permitido ao principiante uma visão de vivência crítica e prática profissional correlacionando
aspectos dinâmicos dos campos institucionais, uma vez que gera novos horizontes de
conhecimentos e acompanhados por apoio supervisional (BURIOLLA, 1995).
Segundo Bordenave & Pereira (2005) um bom meio para envolver o estudante em sua
própria aprendizagem, será transformar a tarefa que esta exige, em um problema a ser
atingido. Assim refletindo, pensamos que o uso do portfólio reflexivo pode ser um
instrumento, que conduza o estudante à descoberta de si próprio, perante diversas situações,
ao ser uma forte ferramenta para este, e ainda por proporcionar juntar ao conhecimento de
mundo que possui o suporte científico, mediado de interesse para a sua vida pessoal,
acadêmica e profissional. 1
De acordo com Resolução 371 (08.09.2010, Cofen) que trata sobre Supervisão de
Estágio, através do O Conselho Federal de Enfermagem, no uso das atribuições que lhe são
conferidas pela Lei nº 5.905, de 1973, e pelo Regimento da Autarquia, aprovado pela
Resolução Cofen-242, de 31 de agosto de 2000, orienta o seguinte:
Art. 1º O Enfermeiro indicado, na forma do Art. 9º, inciso III, da Lei nº
11.788/2008, para orientar e supervisionar estágio, obrigatório ou não obrigatório,
deve participar na formalização e planejamento do estágio de estudantes, nos
diferentes níveis da formação profissional de Enfermagem.

Em campo de envolvimento hospitalar, a prática, doravante exercida dentro do


ambiente de vivência torna-se elementar para os estudantes, uma vez que podem evoluir
através das práticas cotidianas, pois estão frente a realidade materializada (CORRÊA, 2006).
Wanda de Aguiar menciona que o profissional é um ser humano, com todas as suas
dimensões e suas potencialidades e restrições, alegrias e frustrações; é aberto para futuro,
para a vida e nela se engaja pelo compromisso assumido pela Enfermagem, pois este
compromisso leva-o o profissional a receber conhecimentos, habilidades e formação
adequada, pois outorga-lhe o direito de de cuidar de gente, de outros seres humanos. 2
Há de rememorar a grande conquista da área da saúde, a qual veio sendo travada ao
longo da história, após conquista histórica, houve a consagração do dispositivo que diz

1
https://rieoei.org/historico/deloslectores/2070Monteiro.pdf
2
Horta, Vanda de Aguiar. Processo de Enfermagem. São Paulo: EPUI 1979.
5

respeito a saúde como elementar a qual está insculpida na Constituição Federal de 1988 que
assim proclama:
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e
ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação.

Neste sentido, existem ainda as instruções das Diretrizes Nacionais de Saúde que diz
respeito aos cursos de graduação de enfermagem, são estas diretrizes que orientam-se através
dos objetivos da capacitação dos profissionais de saúde, considerando a autonomia e
discernimento para cumprir o processo sobre a atenção e humanização nos atendimentos,
conforme chancelado por meio da, a saber, LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990:
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de
políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros
agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e
igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.

Por fim, o estágio curricular no curso técnico em enfermagem é indispensável na


formação profissional, pois permite ao estudante o conhecimento da realidade no campo da
saúde (âmbito preventivo, curativo ou restaurador), o relacionamento multiprofissional, o
contato com o sistema organizacional e com a funcionalidade das instituições que prestam
assistência a saúde; é ainda no estágio que ocorre o desenvolvimento de técnicas específicas
da enfermagem.3

3
Os Desafios da Escola Pública Paranaense na Perspectiva dos professores: Portfólio como Prática de
Avaliação no Curso Técnico de Enfermagem. Vol 1, 2013.
6

APRESENTAÇÃO

2.1 Hospital Nereu Ramos

O histórico Hospital Nereu Ramos tem sua relevância pelo fato de que foi o segundo
hospital a ser construído em Florianópolis, data em 1943. Até então existia apenas o Hospital
de Caridade, criado em 1789, que atendia a pacientes que apresentavam doenças com
implicações clínicas ou cirúrgicas. Esse primeiro hospital possuía uma enfermaria destinada
especificamente para o tratamento de pacientes com tuberculose, mas não apresentava
condições de atender outras situações de doenças infecto-contagiosas da população
(BORENSTEIN).
A criação do Hospital Nereu Ramos veio ao encontro de uma necessidade específica
do Estado, tal iniciativa de criação do prédio derivou a partir das compreensões e razões sob a
perspectiva de ser referência, percebeu-se a necessidade da realização de uma investigação
que permitisse aprofundar análises sobre a formação de uma das primeiras equipes de
enfermagem criadas na capital, considerando que moderadamente deveriam ser os trabalhos
para os registros das informações referentes aos trabalhadores da Enfermagem naquele
determinado período.
Nesta seara, salienta-se que o Hospital Nereu Ramos foi criado na década de 40 do
século XX, em Florianópolis/Santa Catarina, este foi caracterizado como um dos principais
hospitais destinado às a trabalhar e se dedicar a doenças infecto-contagiosas. Sua projeção
arquitetônica da edificação foi delimitada em plano urbano, observando a facilidade de
acesso para as comunidades adjacentes, com as janelas direcionadas para a natureza de forma
a ventilar e circular o ar eficientemente.
Destaca-se ainda o fato da atuação do hospital ser referência na área de tratamento de
doenças infecto contagiosas, como tuberculose, HIV, pneumologia. A unidade hospitalar
conta com ambulatório de especialidade, centro cirúrgico, tisiologia, unidade de terapia
intensiva (UTI), suporte nutricional, estes serviços são vinculados à Secretaria Estadual de
Saúde.
7

Inaugurado no dia 06 de Janeiro de 1943, na capital do Estado, o Hospital Nereu Ramos conta com
mais de 400 funcionários e um corpo clínico com mais de 50 profissionais.4

2.2. Hospital Regional de São José Dr. Homero de Miranda Gomes

O Hospital Regional de São José Dr. Homero de Miranda Gomes (HRSJ HMG), foi
inaugurado no dia 25 de fevereiro de 1987, e ativado no dia 02 de março do ano recorrente.
Tal nome foi em homenagem ao Dr. Homero, profissional médico nascido na cidade de Ouro
Fino em Minas Gerais que, no início da década de 1940, foi convidado pelo então governador
de Santa Catarina, Dr. Nereu Ramos, a fazer parte do corpo clínico do Hospital Colônia Santa
Tereza.
Na época pertencia à Fundação Hospitalar de Santa Catarina, subordinada à Secretaria
do Estado da Saúde. Atualmente, com a extinção da Fundação Hospitalar de Santa Catarina, a
instituição está subordinada diretamente à Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catariana,
que responde pelos recursos materiais e humanos da instituição.
O HRSJ hoje é uma instituição de natureza pública estatal, instituída pela Lei 3.765 de
31/12/19705. Sendo assim, todos seus recursos, inclusive do Serviço Social, provêm da

4
https://www.saude.sc.gov.br/index.php/resultado-busca/geral/10336-hospital-nereu-ramos
5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l3765.htm
8

Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina. Há, no entanto, doações de cestas básicas,
remédios e roupas, que são entregues por voluntários à administração do Serviço Social.
Com relação à estrutura, o hospital conta com atendimento de emergência,
ambulatorial e internação. Por ser centro de referência nas áreas de ortopedia, cardiologia e
oftalmologia, o hospital é uma instituição bastante procurada. Atende não só a Grande
Florianópolis, mas também, usuários de municípios circunvizinhos e do interior do Estado, o
que muitas vezes provoca uma demanda de serviços maior que a capacidade de atendimento.

Inaugurado em 25 de Fevereiro de 1987, com mais de 27.000m² de área construída, o Hospital


Regional de São José, um dos maiores hospitais do Estado, conta com mais de 1.400 funcionários. Desse
total, 300 integram o corpo clínico.6

https://www.saude.sc.gov.br/index.php/resultado-busca/geral/10345-hospital-regional-homero-de-miranda-gome
s-4
9

2. CARGA HORÁRIA MENSAL

Local: Hospital Nereu Ramos


Pavilhão: Pneumologia e Infectologia
Total de dias: 16 dias, de 04/04/2022 à 29/04/2022, exceto os dias 14, 15, 21, 22.
Horas: 80h
Professor Supervisor: Thâmy Canova da Correggio

Local: Hospital Regional de São José Dr. Homero de Miranda Gomes


Pavilhão: EME - Clínica Médica
Total de dias: 8 dias, 07/05/22 à 29/05/22
Horas: 80h
Professor Supervisor: Cleonice Pereira Machado da Silva

Local: Hospital Nereu Ramos


Pavilhão: Pneumologia e Infectologia
Total de dias: 01/06/2022 à 29/06/2022
Horas: 80h
Professor Supervisor: Thâmy Canova da Correggio

Local: Hospital Nereu Ramos


Pavilhão: Pneumologia e Infectologia
Total de dias: 06/07/2022 à 29/07/2022
Horas: 80h
Professor Supervisor: Thâmy Canova da Correggio
10

3. RELATÓRIO

3.1. Relatório Hospital Nereu Ramos

Como futura profissional da enfermagem, acompanhei diariamente a prática cotidiana


do hospital Nereu Ramos. Ampliei meus conhecimentos de uma forma clara e concisa,
respeitando as normas internas do hospital, bem como a normatização dos conselhos de
classe da enfermagem. Tive o privilégio de vivenciar e exercer a função de estagiária
juntamente com minhas colegas, supervisionadas pela docente educadora Thâmy Conova da
Correggio, responsável durante todo o período do estágio no Pavilhão de Pneumologia e
Infectologia.
No primeiro momento tivemos contato com a organização do hospital, sistemas de
informação (prontuário, evoluções, sinais vitais) dentro do sistema operacional, estruturas
como ambulatórios, conhecemos cada unidade, como se divide, equipes de profissionais
multidisciplinares. A professora nos instruiu como fazer as anotações de enfermagem e nos
orientou sobre anamnese, medida na qual objetiva-se o diagnóstico e contribui para um
atendimento humanizado. Também fomos orientadas sobre o aprazamento das medicações no
prontuário do paciente. O aprazamento é utilizado para melhor racionalizar o nosso serviço, e
melhor atender o paciente, apesar de ser bem mais organizado.(PALMIERI, 2010).
A prática deu-se no início no dia 04 de abril de 2022 das 19h às 22h, de segunda a
sexta feira no pavilhão Pneumologia e Infectologia do hospital Nereu Ramos. Em seguida, foi
nos orientado a importância da assepsia das mãos e suas consequências, bem como o uso de
adornos, pulseiras, anéis e relógios. Participamos do protocolo institucional sobre a prática da
higiene e lavagens das mãos, também sobre os cinco momentos da higiene das mãos e a
técnica correta. Foi salientado que a higienização adequada ajuda a prevenir uma série de
doenças. De acordo com o ministério da saúde7, a taxa de infecção hospitalar atinge 14% das
internações. Também nos foi ressaltado que o uso de luvas e álcool 70% não exclui a assepsia
das mãos.
Ao chegar todas as noites no local, depois da passagem do plantão, antes de tudo,
realizamos a assepsia correta das mãos, anteriormente a cada procedimento realizado com o
paciente, a mesma rotina eram realizadas todas as noites. De acordo com os cinco momentos

7
https://www.riccel.com.br/blog/contaminacao-cruzada-veja-como-afastar-este-perigo-do-ambiente-hospitalar/
11

para a HM, as mãos devem ser higienizadas imediatamente após a retirada das luvas, pelo
profissional de saúde (BRASIL, 2009; OMS, 2009; OMS, 2014).8
De acordo com o Manual de Estágio de enfermagem de 2017:

Os cinco momentos para a Higienização das mãos são:

1- Antes do contato com paciente:


2- Antes de realização de procedimento asséptico;
3- Após risco de exposição a fluidos corporais;
4- Após o contato com paciente;
5- Após o contato com as áreas próximas ao paciente;

Passo a passo:

1- Abra a torneira e molhe as mãos evitando encostar na pia.


2- Aplique na palma das mãos quantidade suficiente de sabonete líquido.
3- Esfregue as palmas das mãos uma com a outra friccionando-as entre si.
4- Esfregue a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda e a palma da
mão esquerda contra o dorso da mão direita, entrelaçando os dedos.
5- Entrelace os dedos e esfregue os espaços interdigitais.
6- Esfregue os dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos
com movimento de vaivém, e vice-versa.
7- Esfregue o polegar direito com auxílio da palma da mão esquerda, utilizando
movimento circular e vice-versa.
8- Friccione as polpas digitais e unhas da mão direita , fechada em concha, fazendo
movimento circular, e vice-versa.
9- Esfregue os punho esquerdo, com auxílio da palma da mão direita, e vice-versa.
10- Enxague as mãos, retirando os resíduos de sabão. Preferencialmente a torneira
deve ter controle de abertura e fechamento pelos pés (Caso não haja, é
recomendável fechar a torneira com um papel toalha para não contaminar as mãos)
11- Seque as mãos com papel toalha descartável. Inicie pelas palmas das mãos,
seguindo para os punhos, e despreze o papel toalha na lixeira de resíduos comuns.
A utilização de toalhas de tecido não é indicada, pois ficam úmidas, favorecendo a
proliferação de bactérias. 9 (grifo nosso)

No posto da enfermagem, dentro do hospital, onde era passado os plantões, continha


um lavabo com água fria e quente, sabão e papel toalha, onde fazíamos a assepsia das mãos
todos os dias, seguindo o passo a passo conforme orientado durante o curso de técnico em
enfermagem.
No início do estágio no Hospital Nereu, nos primeiros dias ficávamos responsável
pelo SSVV, onde verificamos a temperatura, pressão arterial, saturação, frequência
respiratória e frequência cardíaca, geralmente verificamos os sinais vitais de toda ala no
pavilhão conforme orientação da professora, faziamos a higienização dos materiais com
álcool 70 %, conforme orientação da supervisora e protocolo do hospital, isso dava-se a cada
troca de paciente. Esse foi um dos momentos mais marcantes pra mim como profissional,

8
Nota Técnica Nº01/2018 Gvims/Ggtes/Anvisa: Orientações Gerais Para Higiene Das Mãos Em Serviços De
Saúde
9
Manual de Estágio de Enfermagem. 1º Ed. São Paulo. Eureka, 2017.
12

pois através da assistência tive contato com os assistidos e tive oportunidade de colocar em
prática o conhecimento teórico aprendido em sala de aula, além dos cuidados necessários
naquele momento de atuação.
Com respeito aos sinais vitais, historicamente a atenção especial aos sinais vitais foi
estabelecida, desde a antiguidade, por Hipócrates, como um dos mais importantes dados do
exame físico. Porém, nos dias atuais, são frequentemente tratados com negligência. Os sinais
vitais permitem diagnosticar doenças como hipertensão arterial, choque, entre outras, assim
como monitorizar diariamente a evolução das doenças (SOUZA e MOZACHI, 2005).
Observei durante a prática da aplicação dos procedimentos dos sinais vitais a
relevância frente a realidade e a necessidade de cada assistido, a qual vivenciei o contato e
simultaneamente através da lente profissional às demandas específicas do setor.
A Pressão Arterial, a Temperatura, a Respiração e o Pulso estão relacionados entre si
e indicam a presença de vida, por isto são designados por sinais vitais, alteram-se conforme
mudanças no organismo humano. São parâmetros indispensáveis na investigação diagnóstica
e fazem parte obrigatória do exame clínico. Devem ser verificados em todas as idades.
(CHAVES, 2010).
Segundo o artigo Cuidado humanizado de enfermagem: o agir com respeito em um
hospital universitário, demonstra que:

Humanizar os cuidados envolve respeitar a individualidade do Ser Humano e


construir "um espaço concreto nas instituições de saúde, que legitime o humano das
pessoas envolvidas". Assim, para cuidar de forma humanizada, o profissional da
saúde, principalmente o enfermeiro, que presta cuidados mais próximos ao paciente,
deve ser capaz de entender a si mesmo e ao outro, ampliando esse conhecimento na
forma de ação e tomando consciência dos valores e princípios que norteiam essa
ação. Neste contexto, respeitar o paciente é um componente primordial no tocante a
cuidados humanizados.10

No decorrer do estágio no mês de abril, conseguimos registrar as devidas anotações


de enfermagem no sistema informatizado e administrativo do hospital Nereu Ramos. Em
seguida colocamos em prática nosso aprendizado teórico descrevendo informações do estado
clínico dos pacientes dentro outros procedimentos. Percebemos a importância de discorrer
acerca do que foi realizado naquele determinado período que ficamos com os assistidos, bem
como observamos a relevância de relatar fatos fidedignos de tarefas executadas. De modo
que, a anotação de enfermagem é um relato da qualidade dos serviços prestados, dando a
continuidade para outros profissionais se embasar na evolução do paciente.

10
https://www.scielo.br/j/reben/a/zwq9mcbRqtP8xVNHxg3QtJF/?lang=pt
13

De acordo com Cofen:

A documentação do paciente (prontuário) e os demais documentos inerentes ao


processo de cuidados enfermagem (livros de ocorrência, relatórios, etc.) constituem
a finalização do processo de cuidar do paciente: trazem maior visibilidade a
profissão, permitem o planejamento da assistência, refletem a produtividade da
equipe, permitem que sejam feitas estatísticas de atendimento, servem de fonte de
consulta para inspeção da auditoria de enfermagem, são provas cabais da jornada de
trabalho, e ainda, poderão servir para a defesa ou incriminação de profissionais de
saúde.11

Posto de Enfermagem, Pavilhão infectologia

Ao longo do mês de abril, também tivemos prática em diluição de medicação por


sonda nasogástrica. Muitos pacientes que não tinham condições de se alimentar por via oral,
eram submetidos à passagem da sonda pela narina até o estômago, dando-lhes a condição de
receber alimentação, água e medicação através dessa via, geralmente as medicações se
apresentavam de forma sólida.
Após a assepsia das mãos, checava-se as medicações conforme prescrição médica, em
seguida os comprimidos eram macerados e diluídos em seringa de 20ml com água destilada.

11

http://www.cofen.gov.br/por-que-as-anotacoes-de-enfermagem-sao-importantes-o-uso-do-carimbo-e-obrigatorio
_15619.html
14

Depois de diluídos, juntamente com a professora, realizava-se os nove certos das


medicações, visando a segurança do paciente:

1. Paciente certo: Conferir nome completo antes de administrar o medicamento e


utilizar no mínimo dois identificadores para confirmar o paciente correto: nome
identificado na pulseira; nome identificado no leito e nome identificado no
prontuário. ü Evitar, dentro do possível, que dois pacientes com o mesmo nome
fiquem internados simultaneamente no mesmo quarto ou enfermaria.

2. Medicamento certo: Conferir se o nome do medicamento que tem em mãos é o


que está prescrito. ü Conferir se o paciente não é alérgico ao medicamento prescrito.
ü Identificar os pacientes alérgicos de forma diferenciada, com pulseira e aviso em
prontuário, alertando toda a equipe.

3. Via certa: Identificar a via de administração prescrita. ü Higienizar as mãos com


preparação alcoólica para as mãos ou sabonete líquido e água, antes do preparo e
administração do medicamento. ü Verificar se o diluente (tipo e volume) foi
prescrito e se a velocidade de infusão foi estabelecida, analisando sua
compatibilidade com a via de administração e com o medicamento em caso de
administração por via endovenosa. ü Avaliar a compatibilidade do medicamento
com os produtos para a saúde utilizados para sua administração (seringas, cateteres,
sondas, equipos e outros). ü Identificar no paciente qual a conexão correta para a via
de administração prescrita em caso de administração por sonda nasogástrica,
nasoentérica ou via parenteral. ü Realizar a antissepsia do local da aplicação para
administração de medicamentos por via parenteral. ü Esclarecer todas as dúvidas
com a supervisão de enfermagem, prescritor ou farmacêutico previamente à
administração do medicamento. ü Esclarecer as dúvidas de legibilidade da
prescrição diretamente com o prescritor.

4. Hora certa: Garantir que a administração do medicamento seja feita sempre no


horário correto para adequada resposta terapêutica. A antecipação ou o atraso da
administração em relação ao horário predefinido somente poderá ser feito com o
consentimento do enfermeiro e do prescritor.

5. Dose certa: Conferir atentamente a dose prescrita para o medicamento. Doses


escritas com “zero”, “vírgula” e “ponto” devem receber atenção redobrada. ü
Certificar-se de que a infusão programada é a prescrita para aquele paciente. ü
Verificar a unidade de medida utilizada na prescrição; em caso de dúvida, consultar
o prescritor. ü Conferir a velocidade de gotejamento, a programação e o
funcionamento das bombas de infusão contínua em caso de medicamentos de
infusão contínua. ü Realizar dupla checagem dos cálculos para o preparo e
programação de bomba para administração de medicamentos potencialmente
perigosos ou de alta vigilância (ex.: anticoagulantes, opiáceos, insulina e eletrólitos
concentrados, como cloreto de potássio injetável). ü Medicações de uso “se
necessário” deverão, quando prescritas, ser acompanhadas da dose, posologia e
condições de uso.

6. Documentação certa (Registro certo): Registrar na prescrição o horário da


administração do medicamento. ü Checar o horário da administração do
medicamento a cada dose. ü Registrar todas as ocorrências relacionadas aos
medicamentos, tais como adiamentos, cancelamentos, desabastecimento, recusa do
paciente e eventos adversos.

7. Razão/orientação correta: Esclarecer dúvidas sobre a razão da indicação do


medicamento, sua posologia ou outra informação antes de administrá-lo ao
paciente, junto ao prescritor. ü Orientar e instruir o paciente sobre qual o
medicamento está sendo administrado (nome), justificativa da indicação, efeitos
esperados e aqueles que necessitam de acompanhamento e monitorização. ü
15

Garantir ao paciente o direito de conhecer o aspecto (cor e formato) dos


medicamentos que está recebendo, a frequência com que será ministrado, bem como
sua indicação, sendo esse conhecimento útil na prevenção de erro de medicação.

8. Forma certa: Checar se o medicamento a ser administrado possui a forma


farmacêutica e a via de administração prescrita. ü Checar se a forma farmacêutica e
a via de administração prescritas estão apropriadas à condição clínica do paciente. ü
Sanar as dúvidas relativas à forma farmacêutica e a via de administração prescrita
junto ao enfermeiro, farmacêutico ou prescritor. ü A farmácia deve disponibilizar o
medicamento em dose unitária ou manual de diluição, preparo e administração de
medicamentos; caso seja necessário, realizar a trituração do medicamento para
administração por sonda nasogástrica ou nasoentérica.

9. Resposta certa: Observar cuidadosamente o paciente, para identificar, quando


possível, se o medicamento teve o efeito desejado. ü Registrar em prontuário e
informar ao prescritor, todos os efeitos diferentes (em intensidade e forma) do
esperado para o medicamento. ü Deve-se manter clara a comunicação com o
paciente e/ou cuidador. ü Considerar a observação e relato do paciente e/ou
cuidador sobre os efeitos dos medicamentos administrado, incluindo respostas
diferentes do padrão usual. ü Registrar todos os parâmetros de monitorização
adequados (sinais vitais, glicemia capilar).12

Em seguida era observado se o paciente estava em semi fowler, também era


verificado o nome, número do leito, em seguida, lavávamos a sonda com flush de 20 ml de
água destilada, a cada administração da medicação era lavado a sonda, conforme.13
Salienta-se que as Recomendações Gerais Para Prevenção De Erros Na Técnica De
Preparo E Administração De Medicamentos em Pacientes Com Nutrição Enteral declara que
“Antes de administrar o medicamento, interromper a dieta e lavar a sonda com 15 a 30mL de
água. Lavar a sonda novamente após a administração do medicamento, considerando o
balanço hídrico e a idade do paciente.” 14
Nos dias que se seguiram, atendemos os pacientes em suas necessidades, higiene e
conforto, higiene oral, troca de fralda, troca de roupa de cama, mudança de decúbito,
interagindo com eles, proporcionando uma ambiente harmônico.
Avaliamos a importância da mudança de decúbito, pois este evita lesão por pressão
em pacientes acamados de longa permanência, além de complicações pulmonares. Durante o
estágio de abril tive contato com uma paciente extremamente emagrecida devido a sua
doença de base e muito tempo acamada, pois necessitava de cuidados especiais, visto que não
conseguia verbalizar. Através da não comunicação verbal, expressões faciais do paciente,
12

https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/cartazes/cartaz_12-ggtes_web.
pdf
13
(Preparo E Administração De Medicamentos Via Sonda Enteral Ou Ostomias Issn: 2317-2312 | Volume 4 |
Número 4 | Dezembro de 2015).
14

http://biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2016/04/Preparo-e-administra%C3%A7%C3%A3o-de-medica
mentos-via-sonda-enteral-ou-ostomias.pdf
16

gestos, postura corporal e silêncio, indicava que esse paciente precisava de ajuda, desta forma
utilizou-se a interação, o carinho como forma de proporcionar conforto e segurança na
paciente. Durante a assistência podemos perceber a melhora dos sintomas de dor,
comunicação entre paciente e profissionais estagiárias, estabelecendo uma experiência
agradável e preservando a sua integridade.
De acordo com o Manual de Enfermagem. 1° Ed - São Paulo: Eureka, pág. 89, 2017,
demonstra que o processo de movimentar e mudar o decúbito do paciente com limitações
físicas, de um modo geral melhora a circulação e evita lesões por pressão, devido a
descompressão óssea e tecidual, prevenindo a hipóxia tissular.

3.2. Relatório Hospital Regional de São José Dr. Homero de Miranda Gomes

Estágio no Hospital Regional de São José Dr. Homero de Miranda Gomes, aconteceu
nos dias 07/05/2022 à 29/05/2022 de maio na unidade EME - Clínica Médica. Em seguida,
conhecemos e fomos apresentados à equipe multidisciplinar, a professora supervisora
Cleonice nos orientou como proceder para verificar os sinais vitais daquela unidade. Logo
depois, fomos divididas em dupla, cada dupla era responsável pelos SSVV e pelo banho leito,
a maioria dos pacientes dessa unidade eram acamados, não conseguiam fazer o autocuidado,
muitos eram pacientes acidentados, com traumatologia, aguardando por uma cirurgia, outras
com patologias consideradas urgentes.
Para isso, o banho no leito era dificultoso, pois muitas vezes os pacientes com traumas
tinham que ser movimentados em bloco, então era necessário quatro profissionais nesse tipo
de situação para realizar o procedimento, muitas vezes não tinha biombo suficiente, tínhamos
que aguardar desocupar, pois essa unidade continha 18 pacientes, um ao lado do outro.
Para tal procedimento é preciso que:
Remova as roupas de cama e do doente. Coloque um plástico coberto por uma toalha
seca por baixo do enfermo e da parte a ser lavada. Cubra o resto do corpo do paciente
com um cobertor. Ponha uma bacia de água morna junto à cama. Esfregue o corpo do
paciente com água morna e sabonete, usando para isso uma toalha ou uma esponja.
Remova todo o sabão, enxágue bem e cubra imediatamente. Troque a água da bacia
várias vezes e não deixe que fique fria. Lave a cabeça para os pés (os pés podem ser
colocados dentro da bacia) (POTTER, 1998).

Muitos curativos eram feitos naquela unidade, pude realizar um curativo de um


senhor de 72 anos que ao realizar o banho nele pude perceber que ele não conseguia fazer
movimentos com o MID, ao abrir as pernas, na região da articulação do joelho, o mesmo
relatava que sentia muita dor, e que tratava de uma ferida. Porém ao observarmos com
17

cuidado percebemos que além da ferida, o tendão posterior estava exposto, imediatamente
chamamos a professora orientadora, onde nos recomendou lavar com soro fisiológico, e
evitar mexer naquele local da lesão. Juntamente com a professora lavamos o local com soro
fisiológico, removemos toda secreção com cuidado com gaze estéril para não encostar no
tendão, em seguida aplicamos dersani em volta da lesão.
Neste diapasão, o Manual de Estágio de Enfermagem, 2017 orienta que as:

Medidas de Antissepsia.

- Realizar degermação das mãos antes de manipular o material


esterilizado.
- Diminuir o tempo de exposição da ferida ou dos materiais
esterilizados.
- Não falar ao manipular o material esterilizado ou fazer o
tratamento da ferida com infecções das vias aéreas (usar máscara
comum).
- Usar máscaras e eventuais em caso de exsudado abundante.
- Realizar o curativo sempre da região limpa para a contaminada.

O ligamento é um estabilizador passivo de uma articulação com principal função de


impedir um deslocamento anormal entre dois ossos. No joelho, existem quatro ligamentos: os
cruzados anterior (LCA) e posterior (LCP) e os colateral medial (LCM) e o lateral (L CL).
Quando existe a ruptura de um destes ligamentos, o joelho pode se tornar instável e gerar
episódios de falseio, dor e inchaço.15

15
FUKUDA, Thiago. Lesões Nos Ligamentos Do Joelho – Instituto Trata. Disponível em :
https://www.institutotrata.com.br/lesoes-nos-ligam entos-do-joelho/. Acesso em : 07/08/2022.
18

Fotos autorizadas pelo paciente

Em outro momento fomos orientadas sobre cálculo de medicação e gotejamento pela


professora supervisora, administração endovenosa e demais medicações prescritas pela
equipe médica. O cálculo de medicação é uma etapa importante, pois determina quantas gotas
por minuto terá do volume a ser administrado por via endovenosa prescritos pelo médico,
definindo assim a quantidade de gotas a serem infundidas no paciente. Também fomos
orientadas sobre manejo da bomba de infusão, que é relevante pois existem algumas
substâncias, alguns tipos de antibiótico e drogas vasoativas que necessitam ser administradas
por via endovenosa. Dentro desse contexto essas drogas precisam ter um controle exato e
minucioso. Logo, é necessário que o volume seja infundido de forma contínua, sem
interrupções.
Segundo o Manual de Administração e cálculo de Medicamentos, 1° Ed. 2017,
evidencia que:
19

Uma das atividades executadas frequentemente pelos profissionais de enfermagem é


a de administração de medicamentos . Para administrá-los corretamente, na dose
exata, muitas vezes, deve-se efetuar cálculos matemáticos, pois nem sempre a dose
prescrita corresponde ao que está contido no frasco. Os principais cálculos
aplicados na rotina da prática clínica são voltados à preparação da medicação a ser
administrada por meio da diluição, o que envolve o conhecimento prévio de noções
básicas de porcentagem, razão e solução padrão. Para tal, é importante analisar com
cuidado as unidades de medida para que estejam de acordo com a sua preparação.

Tive a oportunidade de fazer a reconstituição de algumas medicações orientadas pela


professora, a reconstituição tem o objetivo de transformar a concentração de uma medicação
em pó para a forma líquida. Uma delas foi a piperacilina sódica indicada para infecções do
sistema respiratório (pneumonia)​tratamento de infecções de pele e tecido subcutâneo, doença
inflamatória pélvica, trato respiratório inferior, trato urinário. Via de administração EV, diluir
50mL -150mL de SF, SG e RL.Reconstituição1: 2,25g: 10mL de AD ou SF; 4,5g: 20 mL de
AD ou SF. Administração ​30 minutos. Administração em 30 minutos ou 60 minutos. 16

Piperacilina sódica

16
https://guiafarmaceutico.hsl.org.br/piperacilina-a-tazobactam-b
20

Numa outra ocasião eu e minha colega de estágio fomos realizar banho no leito em
uma senhora, e tivemos contato com a patologia prolapso uterino, é quando o útero sai da sua
posição anatômica,e sai pelo canal genital, nesse caso, o útero estava totalmente fora do
canal vaginal. Frente a essa problemática, tivemos empatia de conversar com a assistida e
perguntar se haveria algum problema em tomar banho no leito, a mesma se colocou à
disposição verbalizou que não teria problema algum, e que estava acostumada com a
situação. Em seguida realizamos banho no leito com todos os cuidados necessários para que a
paciente não se sentisse constrangida e nem que causasse algum desconforto.

O prolapso genital é uma condição ginecológica que não ameaça a vida, mas é causa
importante de morbidade. É uma doença comum que pode afetar intensamente a qualidade de
vida das pacientes, causando impacto psicológico, social e financeiro. As informações
epidemiológicas desta doença são difíceis de serem obtidas, uma vez que muitas mulheres
escondem o problema ou o aceitam como consequência natural do envelhecimento ou dos
partos vaginais. A prevalência estimada é de 21,7% em mulheres de 18 a 83 anos, chegando a
30% nas pacientes entre 50 e 89 anos. Aos 80 anos, 11,1% das mulheres têm ou tiveram
indicação cirúrgica para a correção do prolapso genital ou de incontinência urinária. O
prolapso representa um problema socioeconômico importante. A cada ano cerca de 300 a 400
mil mulheres norte-americanas são submetidas a procedimentos cirúrgicos para correção de
prolapso pélvico e incontinência urinária, com custo anual de 1 bilhão de dólares.17

3.3. Relatório Hospital Nereu Ramos

Após o término do estágio que sucedeu-se no Hospital Regional de São José Dr.
Homero de Miranda Gomes, continuamos o estágio no Nereu Ramos. Este iniciou-se no
período do dia 01/06/2022 até o dia 29/06/2022, das 19h às 22h. Como de práxis,
inicialmente fomos apresentados à equipe de enfermagem, a professora orientadora nos
relatou como era a rotina do hospital.
Em seguida a professora nos orientou sobre o protocolo assistencial multiprofissional
de fibrose cística, doença na qual é genética que compromete o sistema respiratório, digestivo
e as glândulas sudoríparas. Nesse período tivemos contato com uma paciente adolescente que
tinha essa patologia. Portanto, há que se dizer que nesta ocasião vivenciada, que o pulmão é a
área mais afetada nesses casos, uma vez este órgão produz um muco espesso a qual

17
https://www.scielo.br/j/rbgo/a/gkC8rNV49ZycfPk95H3XTsw/?lang=pt
21

permanece retido nas vias aéreas do paciente. A terapia atual da fibrose cística inclui a
manutenção do estado nutricional, a remoção das secreções das vias aéreas com fisioterapia e
mucolíticos, o uso de antibióticos para prevenção e tratamento de infecções, a prescrição de
suplementos energéticos, dietas hiperlipídicas e hiperproteicas, bem como a suplementação
de minerais e vitaminas lipossolúveis.18
Além do diálogo com a paciente, tivemos acesso às medicações, que foram
administradas através da supervisão da professora conforme prescrição médica, as
medicações têm como finalidade diminuir a progressão da doença.
No início do mês de junho, pratiquei punção venosa periférica no MSD de um
paciente da unidade do pavilhão do hospital Nereu Ramos, no qual este procedimento é umas
das competências técnicas da enfermagem. Durante a realização desse
procedimento,verifiquei na prescrição médica, número do leito, solução a ser infundida,
volume , data e horário, em seguida preparei os materiais necessários para o procedimento
para aplicação da terapia medicamentosa por via endovenosa.
A punção venosa periférica é um procedimento que consiste no acesso à corrente
sanguínea por meio de dispositivos adequados, adjuntos de uma seleção criteriosa
do local da punção e de uma eficiente técnica de penetração da veia. O uso de
cateteres venosos representa um dos procedimentos mais utilizados na assistência
clínica moderna e são indispensáveis na administração de soluções intravenosas,
medicamentos, hemo transfusão e hemodiálise. 19

Além da punção venosa periférica, administramos a medicação via subcutânea nos


pacientes, na maioria das vezes a medicação era heparina, um anticoagulante que tem como
finalidade impedir a formação de trombos, e o hormônio insulina cuja principal função é de
controlar a glicose no sangue. Desse modo, seguimos a prescrição médica, com orientação da
professora supervisora, preparamos ainda a medicação e aguardávamos a
conferência,conforme protocolo estabelecido.
A administração de medicamentos via Subcutânea é administração de medicamentos
no tecido subcutâneo (hipoderme), ou seja, entre a pele e o músculo. (SANTOS, VIANA,
2012). De acordo com livro Procedimentos de enfermagem guia prático / Maria Isabel
Sampaio Carmagnani. 2. ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017, é preciso que:

Leia atentamente a prescrição médica e verifique os medicamentos que


devem ser;
administrados via SC

18
https://www.scielo.br/j/rn/a/RkmzgLD8ZdDpzTfXvts46Gr/?lang=pt
19
https://repositorio-racs.famerp.br/racs_ol/vol-21-1/ID-578-21(1)-(Jan-Mar-2014).pdf
22

Verifique se há informações sobre alergia do paciente aos medicamentos


prescritos (na
prescrição médica, na SAE e com o próprio paciente ou familiar)
Faça a etiqueta de identificação contendo as informações do medicamento
(nome, dosagem,
horário e via de administração – SC) e do paciente (nome completo e leito)
Faça a desinfecção da bandeja com álcool a 70%
Higienize as mãos (consulte a Higienização das mãos,)
Separe o medicamento e confira o nome, a apresentação, a dose necessária
(consta na prescrição médica) e o prazo de validade
Cole a etiqueta de identificação do medicamento correspondente
Faça um ponto com caneta ao lado do horário aprazado correspondente (na
prescrição
médica), para indicar a realização do preparo do medicamento
Reúna todo o material na bandeja
Faça a desinfecção do frasco/ampola com algodão embebido em álcool a
70%;
Conecte a agulha (13mm × 0,45 mm) na seringa de 1 mℓ
Aspire o volume correspondente à dose prescrita, sem deixar ar no interior

Em outro momento, tivemos contato com pacientes traqueostomizados, que


necessitavam de cuidados com aspiração das vias aéreas superiores e inferiores. A professora
supervisora nos orientou com respeito às aspirações nasofaríngeas e nasotraqueal. Através da
observação, consegui sintetizar meu aprendizado teórico através da análise e verificação. Na
maioria das vezes os pacientes estavam muito secretivos, desconfortáveis e ansiosos. Após a
aspiração, conferimos o alívio imediato dos sintomas e a elevação da saturação.
A aspiração orofaríngea apenas remove secreções da porção posterior da garganta. A
aspiração da via respiratória traqueal estende-se na via respiratória inferior para remover as
secreções respiratórias e mantém a ventilação e a oxigenação ideais nos pacientes que não
podem remover as secreções de maneira independente. Quando a medida da saturação do
oxigênio do paciente cai para menos de 90%, é um bom indicador da necessidade de
aspiração. Avalie os pacientes para determinar a frequência e a profundidade da aspiração.
Alguns pacientes precisam de aspiração a cada 1 ou 2 horas, ao passo que outros precisam
dessa apenas uma ou duas vezes por dia (AARC, 2004).20
A aspiração é a aplicação de sucção no trato respiratório do paciente para ajudá-lo a
remover secreções líquidas das vias aéreas superiores ou inferiores, quando o paciente não
tem condições de remover independentemente essas secreções (ATKINSON/MURRAY. Ed.
Guanabara, pág. 328, 19890.

No mês de julho,o estágio ocorreu dia 06/07/2022 à 29/07/2022, estava adaptada a


rotina do hospital, pois havia estagiado em outros meses no hospital Nereu Ramos, assim já

20
https://www.biosanas.com.br/uploads/outros/artigos_cientificos/161/ae6ebd1615fe1d07c0c4378ae466f5e7.pdf
23

tinha afinidade com a equipe de enfermagem.Colocamos em prática procedimentos que


realizados nos meses anteriores. Cada dia a professora selecionava os pacientes, e nos
designava para as funções do estágio de técnica em enfermagem. No final do estágio
desenvolvemos o trabalho individual e em equipe. Juntamente com a professora realizei
curativo pós-operatório de uma paciente conforme literatura.
No mesmo mês eu e minhas colegas realizamos higiene e conforto de um paciente
acamado com cuidados paliativos,ao fazer esse cuidado, também realizamos a troca do
curativo na região do glúteo do assistido, a ferida tinha tecido necrosado ainda, juntamente
com a enfermeira setor, fomos orientadas nesse procedimento, seguindo os protocolos do
hospital, ,assim registramos a aparência da ferida, presença e características de exsudato.
Neste sentido o procedimento do curativo, não permite a passagem de ar ou de
fluidos, sendo uma barreira contra bactérias. Ele veda a ferida, criando ambiente úmido
favorável, promove isolamento térmico e de terminações nervosas e impede a formação de
crostas.(FERNANDES, DAHER, 2006).
Ainda durante o mês de julho, juntamente com os SSVV, realizei a técnica de
automonitorização da glicose no sangue - HGT com a supervisão da professora. O teste de
glicemia possibilita conhecer os níveis de glicemia durante o dia, em momentos que
interessam para acompanhar e avaliar a eficiência do plano alimentar,da medicação oral e
principalmente da administração de insulina, assim como orientar as mudanças no
tratamento. (PALMIERI, 2010).
No final do estágio consegui acompanhar e fui orientada quanto aos cuidados de
enfermagem sobre dreno de tórax. A função do dreno tem como objetivo a retirada de
líquidos, secreção ou sólidos para restabelecer a pressão negativa da pleura nesse sentido
consegui aprender um pouco mais sobre o selo d água, sistema de sucção, manejo com o
frasco,flutuação do selo na câmara de água com as respirações.
Drenagem torácica é um procedimento de substituição do líquido drenado no frasco
do dreno de tórax por água destilada estéril (Manual da Enfermagem, 2017). Também é um
procedimento cirúrgico que consiste em introduzir um dreno, através da parede torácica, na
cavidade pleural, com o objetivo de esvaziamento do conteúdo líquido ou gasoso retido.
Pode ocorrer em situações patológicas, pneumotórax, hemotórax, empina e quilotórax ou
pós-procedimento que viole a cavidade.21

21
Vittalle – Revista de Ciências da Saúde v. 33, n. 1 (2021) 147-158
24

Ademais, trata-se de um dos procedimentos cirúrgicos mais executados na prática


clínica; é relativamente simples, todavia, quando negligenciado acarreta danos ao paciente
desproporcionais à simplicidade da técnica. A drenagem efetiva requer um dreno
adequadamente posicionado e um sistema de drenagem hermético e unidirecional para
manter a pressão intrapleural subatmosférica, o que permite drenagem do conteúdo pleural e
reexpansão do pulmão (Vittalle – Revista de Ciências da Saúde v. 33, n. 1 (2021) 147-158).

4. CONCLUSÃO

O aprendizado e por fim o aperfeiçoamento do exercício da enfermagem se dá através


da prática contínua, uma vez que o estágio e sua prática específica concretizam-se entre a
25

teoria estudada em sala de aula e prática cotidiana, desenvolvendo e evoluindo os estagiários


dentro de seus campos de atuação.
Portanto, mediante as horas teóricas e práticas supervisionadas como atendimentos,
observação, aprendizado, desempenhamos o valor da formação do curso técnico de
enfermagem, pois nos tornamos hábeis para o mercado de trabalho, para exercemos a
profissão com dedicação e excelência, considerando as diretrizes do curso de enfermagem.
O uso do portfólio como registro do estágio insere o estudante como ativo no processo
de construção de conhecimento, de forma personalizada e evolutiva. Este instrumento
permite uma relação entre estudante e professor/supervisor, o desenvolvimento de
competências importantes para o exercício profissional da Enfermagem, tomada de decisão,
autonomia, avaliação, reflexão crítica, articulação teórica, escrita de registros, criatividade e
inovação.
Afortunadamente, foi um privilégio mergulhar nos estudos e conhecimento adquiridos
neste curso de excepcional e tão relevante para a sociedade, considerando as oportunidades
que abraçamos, pois assim tem nos enriquecido grandemente.

5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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Pelotas (RS): ed da UFPel; 2000 (p. 62-64, 123).

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Alba Lucia Bottura Leite de Barros... [et al.]. – 11. ed. – Porto Alegre. 2018.

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