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UniAGES

Centro Universitário
Bacharelado em Enfermagem

MAXLANE ANDRADE SANTOS

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO, FRENTE A ASSISTÊNCIA


PRESTADA A SAÚDE FEMININA CARCERÁRIA

Paripiranga
2022
MAXLANE ANDRADE SANTOS

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO, FRENTE A ASSISTÊNCIA


PRESTADA A SAÚDE FEMININA CARCERÁRIA

Monografia apresentada no curso de graduação do


Centro Universitário AGES como um dos pré-
requisitos para obtenção do título de bacharel em
Enfermagem.

Orientador: Prof. Me. Fábio Luiz Oliveira de Carvalho.

Paripiranga
2022
MAXLANE ANDRADE SANTOS

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO, FRENTE A ASSISTÊNCIA PRESTADA


A SAÚDE FEMININA CARCERÁRIA

Monografia apresentada como exigência parcial


para obtenção do título de bacharel em
Enfermagem, à Comissão Julgadora designada
pelo colegiado do curso de graduação do Centro
Universitário AGES.

Paripiranga, _______de _________ de _______

BANCA EXAMINADORA

Prof. Fábio Luiz Oliveira de Carvalho


UniAGES

Prof. Dalmo de Moura Costa


UniAGES

Prof. Allan Andrade Rezende


UniAGES

Prof. Fernando José Santana Carregosa


UniAGES
À deus por nunca ter me abandonado, e ter me abençoado com a finalização desse
projeto.
À minha mãe pela dedicação, pelo amor, e por toda ajuda para a realização desse
sonho.
AGRADECIMENTOS

À Deus, que é autor da minha fé, por ter me guiado durante toda minha jornada
acadêmica e ter-me dados sabedoria e discernimento nos momentos mais difíceis,
pois esteve comigo, me dando animo a cada dia, e a certeza, em meu coração que
esse sonho se concretizaria.
À minha mãe Cilene, peça chave e eterna companheira, que não mede
esforços para me fazer feliz, que sempre me apoiou nas minhas decisões e me
incentivava a prosseguir em meio as dificuldades. Obrigada por insistir e nos mostrar
todos os dias a importância dos estudos, grata pelo seu amor incondicional e por ser
a melhor do mundo. Te amo!
Aos meus irmãos Wltembergue e Manoel Wagner, que por muitas vezes sentiu
minha ausência em alguns momentos para que esse sonho se concretizasse,
obrigada por acreditarem em mim, vocês são muito especiais.
À minha cunhada Ana Claudia, uma amiga que Deus me deu, gratidão pelo
apoio que recebo tanto na vida pessoal quanto profissional, eis uma mulher incrível.
Às minhas sobrinhas, Maria Clara e Andreza, de onde vem meus abraços mais longos
e apertados.
Ao meu namorado, companheiro e amigo, Pedro Henrique, por todo carinho e
compreensão na fase mais difícil que já passei, sou extremamente grata pelas
palavras de força e incentivo.
Em especial a minha amiga Veronica, anjo de luz, companheira e amiga de
profissão, que me impulsionou a prosseguir, que me ajudou e motivou a investir em
meu sonho. Aos seus pais, que sempre estiveram ali para me estender a mão,
Obrigada Jane Ceile e Adelmo por inúmeras vezes facilitar minha chegar até aqui, por
me encorajar diante dos obstáculos que a vida ofereceu ao decorrer da minha
trajetória acadêmica.
A todos os meus familiares que fizeram parte direta ou indireta, meus sinceros
agradecimentos.
Aos meus amigos que vibraram e torceram por mim Ana Dilza, Claudyana, Ana
Paula, Valda, Ednalva sou eternamente grata por todos os momentos de animo,
durante minha caminhada. A todos os meus amigos do curso de graduação que
compartilharam dos inúmeros desafios que enfrentamos, sempre com o espírito
colaborativo, Mariany, João Vitor, Joelio, Cleidson Jr., Larissa, Mayara, Marcela,
Carla, Paola. Aos meus colegas de curso Josenilda, Samire, Sthefani, Eli Caroline
pelas trocas de ideias e ajuda mútua. Juntos conseguimos avançar e ultrapassar todos
os obstáculos.
Aos meus preceptores de estágio Daiana Natacha, Valéria, Aline, Bruna,
Emmely Leite e Jessica. Obrigado pelos ensinamentos e valiosa contribuição.
Aos meus professores Evandro Henrique, Francielly Fraga e Humberto Faria
que sempre transmitiram seu saber com muita dedicação e profissionalismo.
Ao meu professor orientador Fabio Luiz Oliveira de Carvalho. Obrigada por me
manter motivada durante todo o processo de pesquisa.
Por último, quero agradecer também ao Centro Universitário AGES e todo seu
corpo docente.
Meu muito obrigada a todos!
A parte mais bela e importante de toda a
história é a revelação de que todos os seres
humanos, apesar das inúmeras diferenças
biológicas e culturais que os distinguem entre
si, merecem igual respeito, como único entre
no mundo capazes de amar, descobrir a
verdade e criar a beleza. É o reconhecimento
universal de que, em razão dessa radical
igualdade, ninguém- nenhum indivíduo,
gênero, etnia, classe social, grupo religioso
ou nação pode afirmar-se superior aos
demais.

Fábio Konder Comparato


RESUMO

O presente trabalho propositou a análise de produções cientificas, de 2012 a 2022,


acerca das dificuldades ao acesso à saúde experenciadas por mulheres interna do
sistema prisional, bem como a atuação do profissional de enfermagem frente as
adversidades para a aplicação correta das políticas de saúde dentro do recinto
carcerário. O estudo está diretamente relacionado com as relações entre condições
de vida de mulheres aprisionadas, doenças infecto transmissíveis partícula do sexo
feminino e direitos humanos. A deficiência ao acesso aos serviços básicos e
assistência de saúde leva a chamada sobrepenalização das internas, quais são
expostas á condições de vulnerabilidade e riscos à saúde, além da pena já posta a ao
seu ser, devido ao acometimento de delitos e infrações reprováveis pela sociedade.
A infraestrutura inadequada, falta de suprimentos básicos, superlotação, e demora de
tratamentos e prevenção de patologias, acarreta graves problemas nas condições de
vida e saúde das apreendida, doenças de caráter físico e psicológicos, são
desimanadas nesse ambiente. Situações que denunciam a precariedade dentro do
sistema carcerário, que torna o interno vulnerável a vitimação das faltas de recursos
dignos para a subsistência humana. Questões estas que na maioria das vezes não
são postuladas nem questionadas, devido a insciência dos seus direitos e deveres
quanto encarceradas. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura e análise
bibliográfica de natureza qualitativa e exploratória. O presente estudo tem como
indagação principal: Como a atuação do profissional de enfermagem, pode contribuir
para a prestação de assistência qualificada e restauração da saúde feminina
carceraria? Posto isso, para a edificação do respectivo trabalho, foram utilizados como
ferramentas: monografias, artigos científicos, google acadêmico e teses de
doutorados, como fonte de pesquisa, assim como para a produção monográfica as
seguintes bases de dados: biblioteca virtual de saúde (BVS), Departamento
Penitenciário Nacional (DEPEN), Literatura Latino-americana (LILACS), Scientific
Eletronic Library (SCIELO) e leis. Artigos científicos de língua portuguesa e inglesa,
com textos completos relacionados com a temática abordada e com publicação de
dez anos. A as palavras chaves usadas para busca de materiais bibliográficos foram
conseguidos através dos descritores da plataforma descritores em ciência da saúde
(DECS): cuidados de enfermagem, saúde da mulher, pessoas privadas de liberdade,
pesquisadas no período do mês de fevereiro a junho de 2022. No entanto é importante
salientar a verificação da empregabilidade correta dos serviços básicos de saúde
dentro dos sistemas carcerário, em especial as penitenciárias femininas, bem como a
criação de leis mais brandas quanto ao respeito aos direitos humanos e efetivação do
profissional de enfermagem, dentro do sistema prisional para que assim possa
promover e executar os princípios doutrinários do SUS.

PALAVRAS-CHAVE: Cuidados de Enfermagem. Saúde da Mulher. Pessoas Privadas


de Liberdade.
ABSTRACT

The present work proposed the analysis of scientific productions, from 2012 to 2022,
about the difficulties of access to health experienced by women in the prison system,
as well as the performance of the nursing professional facing the adversities for the
correct application of health policies within the prison. The study is directly related to
the relations between the living conditions of imprisoned women, female infectious and
communicable diseases and human rights. The deficiency of access to basic services
and health care leads to the so-called overpenalization of inmates, who are exposed
to conditions of vulnerability and health risks, in addition to the penalty already imposed
on their being, due to the commission of crimes and infractions reprehensible by
society. The inadequate infrastructure, lack of basic supplies, overcrowding, and delay
in treatment and prevention of pathologies, lead to serious problems in the living and
health conditions of the apprehended, and physical and psychological diseases are
unmasked in this environment. Situations that denounce the precariousness within the
prison system, which makes the inmate vulnerable to the victimization of the lack of
dignified resources for human subsistence. These are issues that most of the time are
not postulated or questioned, due to the unawareness of their rights and duties as
incarcerated. This is an integrative literature review and bibliographic analysis of a
qualitative and exploratory nature. The present study has as main question: How the
performance of the nursing professional, can contribute to the provision of qualified
assistance to the health of female prisoners? Having said that, for the edification of the
respective work, the following databases were used as a research source:
monographs, scientific articles, Google academic and doctorate theses, as well as for
monographic production: virtual health library (BVS), National Penitentiary Department
(DEPEN), Latin American Literature (LILACS), Scientific Electronic Library (SCIELO)
and laws. Scientific articles in Portuguese and English language, with full texts related
to the theme addressed and with a ten-year publication period. The keywords used to
search for bibliographic material were obtained through the descriptors of the platform
descriptors in health science (Decs): nursing care, women's health, people deprived of
freedom, researched in the period from February to June 2022. However, it is important
to emphasize the verification of the correct employability of basic health services within
the prison systems, especially the female penitentiaries, as well as the creation of more
lenient laws regarding respect for human rights and effectiveness of the nursing
professional, within the prison systems so that it can promote the doctrinal principles
of the SUS.

KEYWORDS: Nursing Care, Women's Health, People Deprived of Liberty.


LISTAS

LISTA DE FIGURAS

1: Mulheres que vivem atras das grades no Brasil......................................................16


2: Incidências de mulheres por tipo penal em (2019) ..................................................16
3: Desigualdade de gênero no mercado de trabalho, 2018.........................................17
4: Falta de Acompanhamento de saúde às mulheres no cárcere brasileiro.................20
5: Condições precárias no sistema prisional...............................................................21
6: Prevalência Regional de HIV, Hepatite C, HBsAg e Tuberculose ativa em presídios,
em artigos públicos entre 2005 e 2015........................................................................24
7: Sinais da Sífilis em seus estágios Primaria, Secundaria e Terciaria........................28
8: Sinais típicos da hepatite aguada...........................................................................29
9: Políticas de atenção a mulheres privadas de liberdade...........................................32
10: Ações de enfermagem em relação á Sífilis............................................................35

LISTA DE TABELAS

1: Seleção de artigos utilizados nos resultados e discursão........................................41


2: Analítica para amostragem de 12 estudos escolhidos para os resultados e
discursões.............................................................................................................42-47
LISTA DE SIGLAS

BVS Biblioteca Virtual em Saúde


DEPEN Departamento Penitenciário Nacional
DST Doenças Sexualmente Transmissíveis
HBV Hepatite Viral B
HIV Vírus da Imunodeficiência Humana
INFOPEN Sistema de Informações Estatístico do Sistema Penitenciário Brasileiro
IST Infecções Sexualmente Transmissível
LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
MEDLINE Medical Literature Analysis and Retrieval System Online
PNSSP Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário
PPL Pessoa Privada de Liberdade
RN Recém-Nascido
SciELO Scientific Electronic Library Online
SUS Sistema Único de Saúde
TB Tuberculose
UBS Unidade Básica de Saúde
VHC Vírus da Hepatite C
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................12

2 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................15
2.1 Referencial Teorico...........................................................................................15
2.1.1 Perfil da mulher Privada de Liberdade.......................................................15
2.1.2 Precariedade nas condições de vida e assistência à saúde das mulheres
enclausuradas....................................................................................................18
2.1.3 Doenças e Agravos mais recorrentes, que afeta a saúde e sexualidade da
população feminina carcerária...........................................................................23
2.1.3.1 Tuberculose.......................................................................................25
2.1.3.2 Sífilis..................................................................................................26
2.1.3.3 Hepatites Virais B e C.........................................................................28
2.1.3.4 Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) / Aids.................................30
2.1.4 Assistência de Enfermagem a mulheres encarceradas.............................31
2.1.5 Direito a assistência à saúde a mulheres privadas de liberdade................37

3 METODOLOGIA......................................................................................................40

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES............................................................................42

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................52

REFERÊNCIAS..........................................................................................................55
12

1 INTRODUÇÃO

A criminalidade também é uma forma de avaliar o tipo de sociedade, que nós


temos, e em virtude da catalogação de dados levantados, mais recente realizado no
período de 19 de julho a dezembro de 2019, disponibilizado pelo ministério da justiça
Brasileira de Informações Penitenciária-INFOPEN. A qual refere o número atualizado
de aprisionamento feminino, este que vem aumentando no país. E são sobretudo,
acometidos por mulheres que se encontram em condições de vulnerabilidade
econômica e social, situação que contribuindo na superlotação das cadeias, e
consequentemente no processo saúde doença dessas mulheres, dentro do sistema
carcerário Brasileiro (BRASIL, 2019).
Infrações cometidas por diversas razões e fatores, destacando-os entre eles os
mais observados, como problemas de personalidade, má índole, desigualdade social,
dificuldade financeira e abandono. Motivos estes que levaram as mulheres a
desenvolverem práticas criminais, crimes periféricos, comumente pequenos furto e
tráfico de drogas, passando a ocupar um espaço ainda maior na prisão, contabilizando
o total de 37, 2 mil mulheres na faixa etária de 18 a 40 anos, filhas, esposas e mães
encarceradas de acordo com a base de dados coletados do Departamento
Penitenciário Nacional (DEPEN) do ministério da justiça. Quadro que influencia de
modo negativamente na cobertura de saúde dessas mulheres, que precisam pagar
pelas suas inadimplências cometidas dentro da sociedade (LIMA et al., 2013).
A prática de crimes cometidos pelas mulheres, ocorrem devido a desigualdades
sociais, econômicas e cultural, além do contexto de violência, machismo, que restringe
oportunidades na sociedade. Condição está que leva maior facilidade de manipulação
de organizações criminosas, que atuam no tráfico de drogas. Induzindo a mover-se
como transportadoras, intermediarias ou como “mulas” como são chamadas pelas
milícias organizadoras de tráfego, muitas das vezes são coibidas a tal ato de
atrocidade, dentro do seu seio familiar, a qual se tornam refém dos próprios
companheiros, maridos ou até mesmo dos próprios filhos (ROCHA et al., 2014).
O alavancamento do número de encarceramento feminino, vem fazendo com
que o sistema penitenciário sobrecarregue, devido a superlotação, qual causa grande
precariedade nas necessidades básicas, gerando um déficit nos recursos humanos,
onde as políticas aplicadas a mulher encasulada, são meramente dessemelhantes as
13

empregadas ao público masculino carcerário. Deixando em segundo plano as


necessidades assistenciais femininas, o que é bastante preocupante, visto que a
população masculina se sobre saem, com mais vantagem tanto em materiais, quanto
em prestação assistências (FRANCO, 2015).
Em consequências da desvantagem das políticas assistências das mulheres
comparada com as dos homens, dentro do sistema prisional, coloca em evidências
inúmeras questões referentes a condição de vida da mulher por trás das grades.
Enfatizando questões referente a prestação de assistência à saúde da mulher como
um todo, considerando uma preocupação indiscutível, tendo em mente que a
população feminina denota de inúmeras especificidades que precisam ser atendidas
e avaliadas, independente do rompimento de compromisso que essas cidadãs fizeram
dentro da sociedade. Considerando assim um ponto chave a ser debatido (SOUSA et
al., 2013)
Diante do ambiente carcerário femínea, percebe-se maior suscetibilidade para
a proliferação de patologias sexualmente transmissíveis e infecções de variados tipos.
Mediante aos fatores vistos, que contribuem para o acometimento de sintomatologia
de patologias físicas e psicológicas, atentando-se a ausência de conhecimento de
doenças contagiosas, métodos de prevenção, tanto ao ato sexual desprotegido,
quanto a alta exibição do mucosa vaginal durante as relações íntimas e a proliferação
de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), além das más condições insalubres
tanto do ambiente quanto da falta de materiais de higiene pessoal. A privação aos
direitos a saúde aumenta a exposição de diversas patologias e agravos. Em virtude
do contexto acima, Como a atuação do profissional de enfermeiro, pode contribuir
significativamente para a prestação de assistência qualificada e restauração da saúde
feminina carceraria?
Averiguando a complexidade e especificidades da saúde das mulheres
privadas de liberdade, compreende-se, que é de extrema importância a atuação de
um profissional de enfermagem assistencial, especializado em saúde da mulher,
inserido em todas unidade prisional feminina. Profissional este que irá atuar conforme
os protocolos empregados pelo sistema penitenciário Brasileiro. O enfermeiro
prisional praticara ações educativas e preventivas voltadas a prevenção de doenças
sexualmente transmissíveis e infeções das mais variadas classes, garantindo assim a
qualidade de vida e saúde dessas mulheres. Fazendo com que as políticas nacionais
14

a saúde da mulher encarceradas funcione de forma igualitária, independente dos


crimes cometidos, por essa cidadã.
Corroborando com as questões levantadas, julga-se essencial a discursão dos
direitos femininos prisional, visando fatores e peculiaridades particular do ser mulher,
especialmente em relação a doenças sexualmente transmissíveis e seus adjuntos.
Assim sendo a elaboração dessa obra tem como justificativa a grande relevância
social, a qual visa compreender como é a atuação do profissional de enfermagem
dentro do sistema prisional feminino, além da análise minuciosa das ações prestadas
para a prevenção de doenças e agravos a saúde da mulher dentro do âmbito
carcerário. Com tudo ainda é elencado os empecilhos para conseguir acesso aos
serviços de saúde disponibilizados pelo Sistema Único De Saúde (SUS), e analise da
aplicação correta dos direitos humanos a mulheres, independente da patologia, que
necessitam de cuidados especiais, assim como gestastes, púrpuras e seus filhos,
solidados pelo regulamento 3°, que testifiquem o auxílio medico á mulheres durante
todo período gestacional e pós-parto, garantido a prestação de assistência à saúde
qualificada que cobre mãe e ao RN, conforme a lei nº 11.942 de 28 de maio de 2009
(BRASIL, 2009).
O presente trabalho tem como objetivo geral, analisar a prestação de
assistência de enfermagem a saúde das mulheres privadas de liberdade, dentro do
sistema penitenciários. Desse modo, os objetivos específicos são voltados para:
identificar fatores de risco que influencia no processo de saúde e doença das mulheres
encarceradas, analisar patologias mais comumente dentro da penitenciária feminina.
Investigar a aplicação de políticas e leis públicas que garantem os direitos humanos a
pessoas que se encontram em situação de custódia.
15

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Referencial Teórico

2.1.1 Perfil da Mulher Privada de Liberdade

Muitos conhecem a luta do ser mulher, para conquistar seu espaço na


sociedade, de poder executar livremente seu papel de cidadã e mostras seu poder de
inteligência e dinamismo para realizar qualquer atividade, a que lhe forem confiadas.
Atualmente ainda que as mulheres venham atingindo e cumprindo suas metas, como
parte ativa na sociedade, venham sendo inserida de modo gradativo e aceitas no
mercado de trabalho, que antes cabia somente a figura masculina e a terem a
concessão ao voto feminino, a luta ainda não parou, até então existe uma busca
constante por leis, diretrizes e direitos judiciários mais brandas, que lhe defende e os
apoie, independente da condição que esteja (BIROLI, 2018).
Partindo dessa premissa, é vislumbrado que mesmo a figura feminina
demostrando sua capacidade e habilidade para desenvolver determinadas atividades,
funções e cargos. Ainda é notório a divisão sexual do trabalho, a qual determina suas
competências exercida, como, E em qual hábito a mulher desempenhara suas tarefas
laborais. O marco do reconhecimento da mulher proativa e produtiva, se sucedeu
devido a necessidade de mão de obra remunerada, a qual fosse desempenhada
atividades por uma coletividade de pessoas, que não reaquistasse direitos,
entrementes o período da revolução industrial e da primeira guerra mundial. Embora
atualmente as mudanças significativas sejam vistas na inserção e direitos das
mulheres na sociedade, ainda é mantido a hierarquização de gênero, onde a mulher
ainda se reveza ao trabalho e o lar (GONÇALVES, 2013).
16

Figura1: Mulheres que vivem atras das grades no Brasil.


Fonte:almapreta.com/sessao/cotidiano/prisioneiras-quem-sao-as-mulheres-que-vivem-atras-das-
grades-no-brasil/amp

A dificuldade que algumas mulheres encontram para se manter ativa na


sociedade, até hoje é bastante comum, devido ao machismo, preconceito,
discriminação e falta de respeito, questões que deixam muito a desejar suas
necessidades básicas. Mulheres estás que desempenham papeis importantes, na
sociedade, esposas, mães e filhas que necessita e querem ajudar no requisito
financeiro e renda família. A falta de respeito, oportunidade, crescimento e
desenvolvimento profissional que a grandes maiorias das mulheres encontram para
ingressa no mercado de trabalho formal, acaba refletindo na desigualdade de gênero.
Dificuldades que serve de gatilho, para a entrada delas no mercado ilegal, ingresso
este que aponta um efeito da feminização da pobreza, ou seja, a falta de oportunidade
impacta de modo direto nas práticas reprováveis, e ações violentas, qual afeta
negativamente a população em que vivem (DUTRA, 2019).

Figura 2: Incidências de mulheres por tipo penal em (2019)


Fonte:https://estudio.r7.com/mulheres-trafico-e-carcere-uma-luta-pela-sobrevivencia-14022020
17

É notório que cada vez mais as mulheres vêm desempenhado e assumindo o


papel de chefe de família, de acordo com suas necessidades para obtenção de renda,
para conseguir suprir a carência do lar, isso porque existem muitas mães
desempregadas e sem nenhuma perceptiva de emprego, sem ajuda do seu
companheiro para manter seu lar. Devido a essas fragilidades a mulher acaba se
submetendo a situações de alta exposição e práticas criminais, influenciadas na
maioria das vezes por seus maridos ou companheiros, sendo eles os principais
responsáveis pelo envolvimento dessas mulheres no mundo da marginalidade. São
inúmeros fatores que influencia mulheres a cometerem uma serie de delitos, podendo
ser por vingança, paixão, raiva, fraqueza e mais frequentemente por necessidades
financeiras, por obter vantagem econômica fácil e entre outros aspectos (CISNE,
2015).
Corroborando com Nascimento (2015), a qual diz que a desigualdade de
gênero infelizmente ainda é vista, em quase todas as esferas, inclusive no mercado
de trabalho, o que problematiza ainda mais as condições socioeconômica das
mulheres que assumem na atualidade, a responsabilidade do lar, problema ainda mais
evidente no mundo da criminalização. Um aspecto muito relevante que diferencia a
mulher presa do ser masculino, em questão emocional, sensibilidade e maior
vulnerabilidade ao xadrez. Quando condenadas, são duramente penalizadas, e por
vezes são tratadas como homens, independente do crime tentado ou cometido, sendo
em sua maioria tráfico de drogas, crimes contra patrimônio públicos, contra pessoas,
contra a dignidade sexual, paz pública.

Figura 3: Desigualdade de gênero no mercado de trabalho, 2018.


Fonte: Dicasdemulher.com.br/desigualdade-de-genero/amp/
18

Ao analisar o perfil das encarceradas, é dado ênfase aos aspectos


sociodemográficos e psicossociais que acaba refletindo na criminalidade, sendo
fundamental uma exploração maior aos fatores que contribuíram para a execução real
das inadimplências por elas cometidas, a qual deve ser investigado o âmbito que essa
mulher era inserida antes de sua entrada no mundo do crime. O perfil da mulher presa
em sua maioria se dá por mães, jovens, solteiras, afrodescendentes, de baixo nível
de escolaridade, pobres vindas de famílias simples, trabalhadoras do lar, com renda
familiar entre 1 a 2 salários mínimos, a grande maioria condenadas por tráfico de
entorpecentes. A quantidade exorbitante de aprisionamento preocupa os órgãos
jurídicos e de prestação de serviços a saúde pública, uma vez que os direitos são
estabelecidos devem ser cumpridos como manda a constituição de direitos humanos
(QUIROZ, 2015).

2.1.2 Precariedade nas condições de vida e assistência à Saúde das Mulheres


enclausuradas

A figura feminina por si só, ainda detém infelizmente dupla invisibilidade,


enquanto livre na sociedade e ainda mais quando encarcerada. A democracia não é
posta pelo simples fato de estar consolidada no discurso constitucional e os direitos
das mulheres também não. Temos uma democracia frágil e falha no requisito
soberania feminina. Situação esta, que leva a mulher lutar diariamente pelos seus
direitos e posicionamento. Imagina só lutar por esses direitos estando em condições
de processo penal. Onde o cenário se torna ainda mais complexo, o sistema de justiça
criminal é totalmente desigual, opressor, formado por homens prepotentes, que ocupa
cargos de autoridade que designa poder e tomadas de decisões, determinados por
uma sociedade ainda machista e patrimonialista, mesmo que essas mulheres sejam
titulares a esses direitos (TEIXEIRA, 2017).
A amplificação do índice de encarceramento feminino Brasileiro, é considerado
um problema bastante preocupante para a saúde pública, sendo basicamente
nacional, a qual se refere a questões de superlotação das celas, que vem
evidenciando progressivamente um panorama alarmante no Brasil. Isso porque todo
espaço de um determinado tamanho, passará a comporta um número
19

consideravelmente ainda maior que o permitido. E essa relação entre espaço físico e
acomodação, se torna mais conflituoso e desconfortante, condição esta que gera
querendo ou não uma espécie de sentimento de humilhação, perda de dignidade,
onde a reclusa se ver muitas da vezes transformada em uma “coisa” ou até mesmo
um “animal”, obviamente tirando o padrão de moralidade do ser humano (FRANÇA,
2015).
A verdade é que o crescimento exponencial do avolumamento da população
carceraria feminina, é bastante alarmante, pois as cadeias são estruturadas para
acomodar uma pequena parcela dessa população, quadro que reflete diretamente na
vida das detentas bem como na qualidade dos serviços públicos prestados, por
distintas esferas essências para o funcionamento das atividades, como defensores
públicos, promotores, juízes, agentes penitenciários e profissionais de saúde que
prestam serviços dentro do sistema prisional. Situação está que leva ao déficit de
profissionais e um superavit de presas que gera superpopulação carceraria. Vale
ressaltar que o sistema penitenciário em si, é um verdadeiro funil, a qual tem uma
larga entrada, que vai se afunilando a cada dia, ou seja, sua saída é bastante
conflituosa e burocrática (TOURINHO, DA SILVA, AMORIM, 2017)
Além da superlotação ainda é encontrados outros problemas dentro do sistema
prisional, que corrobora negativamente na aplicação de políticas de saúde e na
prestação de serviços básicos, na ressocialização das detentas, na alta incidência de
doenças infecto transmissíveis, má administração para resolução de problemas de
saúde, retardamento nas práticas educativas com enfoque à saúde e bem esta, a
demora pra realização de exames e consultas medicas e falta de apoio da sociedade
entre outras controversas encontradas. A dificuldade de acesso a saúde dentro do
sistema prisional é comprovada pela falta de recursos humanos e de matérias
indispensáveis para a efetividade da assistência de saúde carceraria, situação que
enfraquece a realização de ações preventivas, e que insuficiência no crescimento do
número de patologias, agravos, até mesmo óbitos dentro das penitenciárias femininas
(FRANÇA, 2015).
A atual realidade do sistema carcerário, comparada com as de antigamente é
bastante diversificada no que diz respeito a forma de comprimento penal, a qual o
indivíduo ficava presas ou respondiam seus crimes em liberdade provisória.
Atualmente isso mudou, devido a diversas hipóteses de cumprimento de penalidade
a depender do tipo e grau do delito executado pela delinquente, com o objetivo de
20

punir essas pessoas e não superlotar as prisões, foram criadas alternativas de


cumprimento penal, como a prisão domiciliar, monitoramento eletrônico, prestação de
serviços públicos a comunidade ou a entidades públicas, interdição temporária de
direitos e limitação de fim de semana, perda de bens e entre outros. Temos em
evidência, variadas alternativas de para que se cumpra sua infração, a qual só deve
ser aplicada a prisão definitiva em último caso, já que a quantidade desacordada de
detentas se torna inquietante problema para a saúde pública (MOTTA, 2020).
Considerando o uso de regime fechado mesmo quando há penas alternativas.
Ainda é visto o excesso de prisão provisória em massa, evidenciado uma série de
problemas, destacando a superlotação, a qual leva às más condições de todos os
presídios, marcada por precariedade, salubridade, tortura da rotina prisional, maus-
tratos constantes, abuso sexuais, violência, ameaça e suborno dentro do sistema
penitenciário, dificuldade de acesso a informações e à saúde, entre outras falhas
vivenciadas pelo público feminino carcerário. A prisão por si só é verdadeiramente um
palco de terror, o cheiro lá dentro é pesado, o ar é racionado, a exposição a fatores
prejudicial à saúde física e psicológico se torna mais favorável, a cada metro quadrado
do ressinto (RIBEIRO, 2017).

Figura 4: Falta de Acompanhamento de saúde às mulheres no cárcere brasileiro.


Fonte: Justificando.com/2016/06/20/falta-acompanhamento-medico-pre-natal-e-papel-higienico-as-
mulheres-no-carcere-brasileiro/

Comidas estragadas, acesso limitado a água, ambientes escuros e húmidos,


local propício para o aparecimento de bichos peçonhentos como ratos e baratas,
aspectos que influencia no desenvolvimento de doenças infecciosas e agravos a
saúde humana. O âmbito carcerário além de ser deletério, se torna ainda mais
aterrorizante, devido à crise sanitária, superlotação, abandono e desamparo
21

associado à prestação de serviços essencial de cada ser humano, estes que detém
vulnerabilidade frágil. A alta exposição a riscos relacionado a doenças e
consequências, aumenta a ameaça de patologia exclusivas do público feminino,
principalmente problemas ginecológicos, devido a prática sexual ativa sem as devidas
precauções, doenças oportunistas, ocasionados pelo sedentarismo onde a
movimentação do corpo se torna limitado, a mente não é exercitada e as devidas
informações não são repassadas, conforme o recomendado (PIMENTA et al., 2015).

Figura 5: Condições precárias no sistema prisional.


Fonte: Justificando.com/2016/06/20/falta-acompanhamento-medico-pre-natal-e-papel-higienico-as-
mulheres-no-carcere-brasileiro/

O sistema prisional feminino corrompe os direitos humanos, denigre a


dignidade, coloca a vida desses ser em condições precárias e sub-humanas. A falta
de assistência à saúde na maioria das vezes é difícil e deixa muito a desejar em
inúmeros casos, a falta de sala apropriada para os atendimentos de rotina,
ginecológicos, a falta de insumo de materiais para a execução dos serviços prestados,
ausência de profissionais qualificados para a prestação de serviços de saúde e auxílio
de necessidades importantes como acompanhamento nutricional, psicológico,
odontológico, assistência de enfermagem e médica ainda é pouco visto. Serviços
essenciais como exame clínico das mamas, citopatológico e uso de métodos
contraceptivos. Falta e falhas que comprova a inteira ausência de quaisquer políticas
que considera a mulher aos seus direitos, inerente a sua condição de pessoa humana,
especialmente a sua natureza proveniente das questões de gênero (COSTA, 2021).
Dando ênfase à dupla proteção para fatores relacionados a patologias mais
recorrentes dentro do presidio feminino, enaltecermos as Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DSTs). Situação esta, que reflete na absorção de informações
22

importantes como a qualidade de sono, questões alimentares e emocional, quanto ao


uso de anticoncepcional oral e injetável, uso de camisinha masculina e feminina,
questões indiscutíveis, que devem ser tratadas, devido ao alto risco para doenças
infectocontagiosas, síndrome de imunodeficiência (SIDA) e proliferação de infecções,
além de condições particulares da mulher por causa do ciclo menstrual, que eleva
ainda mais o risco de contagio para o desenvolvimento de doenças nessa fase,
favorecidas pelas condições do presidio em si. Revelando assim tamanho descaso do
Estado com a saúde e vida dessas mulheres, dentro dos presídios femininos
(ALMEIDA et al., 2015).
Com enfoco no avanço em doenças de comorbidade e infectocontagiosa,
relacionado a situação atual das detentas por trás das grades, ambiente onde se
encontram em circunstâncias de carência emocional e sem assistência especial,
havendo sentimentos deprimente, por serem esquecidas por familiares, desassistidas,
e sem acesso a consultas e exames de rotina, aspectos estes que propicia o
desencadeamento de patologias de caráter emocional e físicas. Além do alto
favorecendo de processos infecciosos, vislumbrando exclusivamente no complexo
carcerário feminino, como a tuberculose, hepatite B (HBV) e hepatite C (HCV), Sífilis
e o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Enfermidades que em sua maioria não
são tratadas devido á distensão a direitos essenciais, provocado pela violação das leis
que asseguram e garante esses direitos a todas as mulheres, impedindo assim o gozo
dos direitos que lhes cabem (MARTINS et al., 2014).
A lenta prestação de informação, sobre prevenção e tratamento de DSTs, piora
ainda mais a situação das detentas dentro da prisão. Mulheres com histórico
pregresso de vários companheiros sexuais, gravidez não planejada, abortos e prática
sexual desprotegida, evidencia que o público feminino apresenta maior fragilidade
para o progresso de infecção e alto risco de exposição. Para além do distanciamento
social e afetivo vivenciado pelas reclusas dentro da cadeia, fazendo com que elas
busquem meios de suprir essas necessidades entre elas mesmo, em destaque a
relação homoafetivas, para sua satisfação fisiológica do corpo, saciando as
necessidades sentimentais e íntimas, inerentes ao instinto da vida humana (GRAÇA
BC et al, 2018).
Nesse sentido é ressaltado a falta condições básicas e lentidão da prestação
de serviços de saúde no âmbito prisional, fatores que eleva o risco a saúde física e
psíquica, qual influenciam diretamente no processo de saúde-doença da população
23

feminina, de modo negativo, pelo aspectos individual quanto, pela situação carceraria,
que as vezes é efetivada de forma lenta, em função de dificuldades para conseguir
aplicar as políticas de saúde e prestar os serviços obstétricos, ginecológicos, métodos
de prevenção, diagnóstico precoce, e tratamento de doenças sexualmente
transmissíveis, além do atraso para a detecção de patologias exclusivas do seu ser,
como o câncer de mama e colo uterina (FERNANDES et al., 2014).
Sabe-se que as doenças infectocontagiosas, se dá pela infecção é a invasão
de hospedeiro suscetível por patógenos ou micro-organismos que invadem o
hospedeiro que se apresenta propenso a essa infecção e consequentemente a isso
resulta no desenvolvimento de uma doença, que podem ou não ser transmissíveis.
Um desafio bastante comum enfrentado pelos profissionais de saúde que atuam
dentro do sistema carcerário feminino, que necessitam de maior atenção e alerta, para
a detecção das mesmas, além da aplicação de programas educativos de saúde e
motivação para a adesão assídua das detentas a procurarem auxílio médico, sendo
verdadeiramente um duelo, para relativos aspecto (LIMA et al., 2013).
A precária organização do sistema carcerário feminino, reflete dois grandes
problemas estruturais, como a desigualdade e o machismo. Desse modo é notável
que nesses ambientes, pensados de homem para homem, não haja uma adaptação
pensada para acolher e atender as necessidades da mulher, que se divergem das
masculinas. Na teoria as detentas deveriam receberem uma abordagem orientada
para a detecção, tratamento de doenças e identificação de fatores de riscos,
fundamentadas por educação e aconselhamento (LIMA et al., 2013).

2.1.3 Doenças e Agravos mais recorrentes, que afeta a saúde e sexualidade


da população feminina carcerária.

É indiscutível o alto nível de risco tanto individual quanto coletivo, para o


amadurecimento e disseminação de agravos e patologias que pode ou não ser
transmitida diretamente de uma pessoa a outra, dentro de um recinto totalmente
fechado. Diante da elevada suscetibilidade e exposição que as mulheres
encarceradas se encontram, isso por estarem inserida em local propício para a
expansão de doenças infectuosas, mais comum no âmbito carcerário feminino.
24

Revelando inúmeros problemáticas de saúde, mais prevalentes dentro do sistema


prisional, devido a insciência das patologias transmissíveis mais recorrentes no
recinto, bem como suas manifestações, modos de prevenções e tratamento. Falha
esta que aumenta a proporção de agravos físicos e emocionais, além do
desconhecimento de seus direitos quanto carcerarias. Quadro este que prejudica o
processo de emissão de notificações compulsórias, para as devidas resoluções de
novos implementações de contingência (TEIXEIRA, 2017).
As prisões amplificam ameaças de multiplicação de doenças infecciosas,
(DSTs) Doenças Sexualmente Transmissíveis e (ISTs) Infecções Sexualmente
Transmissíveis, inclusive em cadeias femininas, onde esse risco se eleva, devido sua
maior vulnerabilidade, qual aumentada sua exposição a vírus, fungos e bactérias
devido à escassez de produtos de higiene e péssimas condições sanitárias. Infecção
causada por microrganismos que se alongam e afeta órgãos do corpo e partes
genitais, tanto de homens quanto de mulheres. São doenças perigosas que podem
deixar sequelas severas, se não forem tratas a tempo, em algumas situações podem
levar até mesmo a morte, além de provocar inúmeros sintomas, por vezes
desconhecidos, devido à falta de praticadas educativas para a ciência desses
sintomas como a dor, vermelhidão, pequenos ferimentos, corrimento, inchaço,
dificuldade ao urinar e dor durante relações sexuais. Conjuntura que exigem maior
atenção e cuidado por parte dos órgãos de saúde carceraria (DE ALMEIDA CABRAL,
DE LIMA, DO NASCIMENTO OLIVEIRA, 2022).

Figura 6: Prevalência Regional de HIV, Hepatite C, HBsAg e Tuberculose ativa em presídios, em


artigos públicos entre 2005 a 2015.
Fonte: Dolan et al. Lancet.2016
25

2.2.3.1 Tuberculose

A tuberculose (TB) por exemplo é uma doença, muito prevalente no sistema


prisional, é contagiosa, infecciosas e transmissível de elevação crônica, que
acompanha a humanidade desde a antiguidade, detém de fatores que devido ao
mesmo não foi sanada, pois sua persistência ainda nos escolta até os dias atuais, onde
a situação da patologia vem se agravando a cada dia que passa, tanto em relação ao
número de contaminação quanto no de mortes dentro da prisão. E a alta exposição e
agravos a saúde a ser enfrentadas por ambos os gêneros de detentos, decorrente das
más condições de encarceramento, a quais são absolutamente inarráveis, contrariando
qualquer dignidade humana que se pode esperar (BRASIL, 2016).
Fatores contribuintes como a grande aglomeração de pessoas, ausência de
iluminação e pouca ventilação nas cadeias, são aspectos que influenciam para a
propagação do bacilo de Koch, cujo seu agente etiológico primário é mycobacterium
tuberculosis, causador da tuberculose, sua contaminação ocorre de pessoa a pessoa,
por meio de secreções respiratória, espirro, tosse ou falar, onde o infectado expele no
ar gotículas contaminadas, que podem ser inaladas por outras pessoas. Afeta
principalmente o pulmão e com tudo pode ocorrer em outros órgãos, a depender de
seu nível de gravidade, até mesmo gânglios, rins, cérebro, meninges e ossos. Muitos
indivíduos podem servir como incubadoras do bacilo de Koch, mesmo não
manifestando os sintomas causante da tuberculose (BRASIL, 2012).
A TB é uma doença que causa sofrimento, pois requer um distanciamento social
ou seja o isolamento, devido seu alto grau de contágio, além de mexer com o
psicológico do paciente diagnóstico, pode desencadear a sensação de revolta, tristeza
e perdas, decorrente do preconceito e posicionamento que a patologia coloca o
indivíduo infectado, dificuldade está vivenciada pelas detentas que precisam dividir o
mesmo espaço, A detenta com TB, pode manifestar sinais e sintomas como dores de
cabeça, falta de apetite, emagrecimento, dor no peito, cansaço, sudorese noturna e
tosse por mais de três semanas, a tosse pode vir ou não acompanhada de febre no fim
do dia (BRASIL, 2018).
O tratamento da tuberculose é totalmente gratuito e é ofertado pelo sistema
único de saúde pública (SUS) independente da situação que o paciente se encontre,
havendo a confirmação do diagnóstico o paciente será orientado sobre a doença e
26

seu tratamento, que é realizado no período de seis meses e sem interrupção, através
do uso contínuo de medicação, está que deve ser ingerida corretamente mesmo com
o desaparecimento dos sinais e sintomas antes do tempo estimado de tratamento. A
falta de adesão e abandono ao tratamento da TB, dificulta os cuidados devidos do
infectado, e as melhorias de abordagem precoce da tuberculose, respingando no
atraso para inovação de novos programas e implementações governamentais do
tratamento supervisionado (BRASIL,2018).

2.1.3.2 Sífilis

Focalizando mais intimamente a vida carceraria feminina, destaca-se ainda as


infecção sexualmente transmissíveis (IST), como a sífilis patologia está, ainda muito
comum dentro do sistema prisional, é infecciosa designa ação sistêmica, a qual se
propaga por todo corpo, germinada por uma bactéria, nomeada de treponem pallidum
(T. Pallidum) de motilidade e aderência celular acelerada e alta multiplicação
patógena, disseminada através do contato sexual e vertical, quando penetra no corpo
através de pequenas fendas encontradas na pele ou pela membranas mucosas
(ARAÚJO, 2016).
A detenta infectada pode ficar um longo período sem apresentar nenhum tipo
de sintoma, podendo efetuar relações íntimas sem os devidos cuidados, passando a
frente o vírus, ou então observa uma pequena verruga na região genital que
ligeiramente desaparece naturalmente, a falta de informação prévia faz com que o
indivíduo não procura auxílio médico e continua tento relações sexuais desprotegidas
e o vírus segue passando para novos infectos (BRASIL, 2016).
Aquela verruga de início, pode não ser um grande problema, mais se orientação
médica e conhecimento prévio da doença, a sífilis pode tornar-se uma grave patologia,
que pode causar sérios consequências em órgãos e tecidos, e sequelas irreversíveis,
levando a demência, convulsões, paralisia, perda auditiva ou até mesmo a morte do
contaminado. Considerado um grande agravo em saúde público, pelo extremo grau de
infecto contaminante e ação severa no organismo da pessoa portadora, quando não
tratada da forma correta, eleva o nível de contágio e aumento risco para o
27

desenvolvimento da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV)


(BRASIL,2016).
A sífilis em caso de mulheres grávidas, existe ainda um outro risco. A patologia
pode ocasionar aborto espontânea, e em caso de nascidos vivos, pode ser congênita
passada de mãe/filho além de leva o Recém-nascido (RN) a sérias complicações de
saúde como cegueira, pneumonia, más-formações, deformações na Arcádia dentária
e deficiência mental. A doença e silenciosa, tem uma evolução clínica com categorias
alternadas, a qual requer muito cuidado e atenção, pois apresenta-se em estágios
distintos com sintomas e características específicos de cada fase. Devido a isso se
classificar nos seguintes estágios (sífilis primária, sífilis secundária e sífilis terciária) e
intercala em períodos de latentes (sífilis latente) (ARAÚJO et al., 2016).
A sífilis é uma doença crônica, apresenta manifestações cutâneas temporárias.
A sífilis primária Inicia-se por uma pequena ferida de cor rósea, qual evolui para um
vermelho mais intenso e exulceração, indolor e com aspecto duro e sem processos
inflamatório, por isso chamada de cancro duro na região genital feminina, a qual
aparece após três semanas após o contato sexual desprotegida, qual houve a
penetração da bactéria no corpo do hospedeiro, lesão esta que desaparece
rapidamente de três a quatro semanas, sendo que na mulher o agravante é ainda
maior, devido sua anatomia, que dificulta a visualização, podendo aparecer e
desaparecer lesões internamente, sem que ela perceba ou nas porções externas dos
pequenos e grandes lábios da vagina (LEOCADIO et al., 2020).
Quando não tratada e sem os devidos cuidados a sífilis passa para a fase
secundária, após seis a oito semanas da contaminação inicial. Manifesta-se na
formação de nódulos cutâneas na pele podendo ser macular, popular e pustuloso,
principalmente nas palmas das mãos e solas pés, ínguas, gânglios no pescoço e
axilas, além do desenvolvimento de coceira e vermelhidão na pele, principalmente ao
redor da boca e nariz que podem sumir lentamente em poucas semanas ou meses.
Seus sintomas são dores de cabeça e garganta, dificuldade na deglutição, febre baixa
e dores nas articulações e músculos (LESSA et al., 2012).
A sífilis terciária denota de maior dificuldade de descobrimento, por causa da
formação de gomos sifilíticos, ou seja, tumores com tendência a liquefação na pele,
ossos e mucosas, pode afetar olhos, coração, cérebro e sistemas nervosos podendo
ser fatal. A fase inativa corresponde o período latente, não apresenta sintoma, qual só
pode ser diagnosticada através da testagem sorológica. A sífilis congênita é
28

disseminada de modo vertical, de mãe para filho durante a gestação ou através da


placenta ou até mesmo no momento do parto, sem sintomas, e é agrupada em duas
categorias: precoce precedida nos primeiros anos de vida do RN ou tardia
manifestando-se após dois anos de vida da criança infectada (SALAZAR, BENNETT,
CRUZ, 2019).
Após a comprovação do diagnostico, realizado por testes sorológicos e
exames clínicos, o tratamento é iniciado, quando executado corretamente, pode levar
a cura da doença, sendo uma dificuldade encontrada, pois muitos abandonam o
tratamento, elevando sua multiplicação entre as celas, essa descoberta pode se
tornas mais tardia, em consequência da falta de informação. O tratamento é realizado
com uso de antibióticos, prescrito por um profissional de saúde, como a benzatina
(Benzetacil), Ceftriaxona, Doxiciclina e principalmente a Penicilina. Fármacos estes,
que impede a progressão da patologia, e possibilita a cura da infeção recente. Para
um completo tratamento é essencial que os parceiros sexuais, sigam juntos os
cuidados devidos, bem como todos que tiveram contato com T. pallidum (DIVE, 2018).

Figura 7: Sinais da Sífilis em seus estágios Primaria, Secundaria e Terciaria.


Fonte: https://brainly.com.br/tarefa/11730425

2.1.3.3 Hepatites Virais B e C

Diante da dura realidade vivenciada pelas mulheres presidiárias, devido a


predisposição a serem acometidas por patologias infecto virais. A situação de
29

fragilidade da população carcerária feminina, engrandece o desenvolvimento de


infecção e alto contágio. Dada ênfase à hepatite B (HBV), causada pelo vírus da
hepatite B, é uma doença sexualmente transmissíveis (DSTs), transmitida através de
fatores comumente dentro das cadeias, como relações sexuais sem o uso de
preservativos, contato com sangue da pessoa contaminada, saliva, retira a cutícula
com alicates, matérias perfurocortantes e lâminas compartilhados, sem esterilização
devida e uso de drogas injetáveis. Contaminação se dá pela entrada do vírus na
corrente sanguínea, onde chega ao fígado, a qual dá início ao processo de infecção e
inflação crônica, o mecanismo de defesa do infectado é acionado e se inicia uma
inflação caracterizando a fase aguda (LISBOA, VITORINO, 2012).
Seus sintomas são bastantes comum como vômitos, enjoo e cansaço, estes
que passando despercebidas por ser sintomas geral, dificultando a suspeita de
hepatite por esses sintomas. A não ser em casos dá inflação do fígado sendo mais
vislumbrada, podendo apresentar sinais mais sugestivos, como a icterícia da pele e
percepção na parte branca dos olhos amareladas, a urina se apresenta com totalidade
de coca cola (Colúria) e as fezes mais claras (Acolia), doença que pode evoluir pra
câncer de fígado, e elevado risco de contaminação em pacientes que tem codificação
com HIV e Hepatite C. Seu diagnóstico se dá através de testes rápidos e laboratoriais
para a sua detecção (TOMAZELA et al., 2020).
A resistência de boa parte dos detentos para a realização dos exames, pode
dificultar a identificação precoce da doença, além de aumentar sua incidência dentro
dos presídios. A principal forma de prevenção é o uso correto da camisinha de ambos
os parceiros, tomar a vacina, o não compartilhamento de matérias de uso pessoal,
disponibilidade de informações claras sobre a doença no âmbito carcerário, disponível
no SUS, para todos os cidadãos seguindo a regra conforme a sua idade (SILVA et al.,
2017).

Figura 8: Sinais típicos da hepatite aguada.


Fonte: https://www.drakeillafreitas.com.br/hepatite-b-o-que-voce-precisa-saber/
30

A hepatite C, também e muito predominante dentro do sistema prisional, é uma


doença viral, transmitida pelo contato com o sangue contaminado, sendo um dos tipos
mais perigoso, podendo se manifestar na forma aguda ou crônica. Causada pelo vírus
(VHC), que também acomete o fígado. Seus sintomas se assemelham com os da
hepatite B, porém existe outras manifestações no corpo, como inchaço abdominal,
sangramento no esôfago ou estômago, dores abdominais e na região do fígado e
letargia. A sua descoberta muita das vezes se dá no momento de doação sanguínea,
seu diagnóstico se dá através da realização de exames de sangue para a detecção
do vírus VHC (GOIS et al., 2018).

2.1.3.4 Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) / AIDS

Diante de fatores relacionadas a práticas sexuais desprotegidas e


homossexualismo ente mulheres detentas, aumenta a vulnerabilidade para o
desenvolvimento do HIV dentro da penitenciária feminina brasileira. O HIV foi
descoberto na década de 80, é um vírus da imunodeficiência Humana, que
interferência na capacidade do organismo de combater infecções, causado por fluidos
vaginais infectados e contato com sangue contaminado. Já a Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é o nome da doença, onde a pessoa se infectou
com o vírus do HIV e não buscou tratamento, patologia que atualmente não tem cura,
porém existe tratamento, realizado pelo uso de antivirais contra o HIV (DO SANTOS,
BISPO, MENESES, 2017)
O indivíduo que trata o HIV é uma pessoa que vive com HIV e não com AIDS,
o tratamento é justamente dado para evitar que a pessoa fique com AIDS. O HIV sem
tratamento no corpo de uma pessoa infectada destrói suas defesas e o deixa
vulnerável para desenvolver doenças oportunistas como a hepatite C, tuberculose e
sífilis, que tentam se instalar em seu organismo, isso ocorre devido o
comprometimento do seu sistema imunológico. O HIV leva de sete a dez anos para
desenvolver-se, a pessoa contaminada com o HIV não apresenta nenhum sintoma até
que a AIDS se firme, no entanto no instante que o vírus se instala algumas pessoas
podem apresentar febre, dor de garganta e manchas no corpo, sintomas que
31

normalmente não levam o paciente procura auxílio médico (VALE, CARVALHO,


PEREIRA, 2016).
Sintomas que desaparece mesmo sem tratamento e a partir daí se inicia aquele
longo período de anos que pode acontecer a infecção e a AIDS. Quando o indivíduo
desenvolve a AIDS, vários sintomas podem ocorrer como diarreia, emagrecimento,
fraqueza e doença repetidas como infecções urinária e respiratórias. Sabemos que
por conta de todo estigma que existe em torno do HIV, muitas pessoas acabam
fugindo do teste para não precisar lhe dá com o diagnóstico e o preconceito da
sociedade. Porém adiar o diagnóstico não ajuda em nada na saúde da pessoa
infectada, uma vez que o tratamento iniciado o quanto antes melhor. Devido a isso e
de extrema importância a realização do teste periódico evitando assim o
desenvolvimento da aids e possível alastramento e contaminação a outros indivíduos,
por meio do sexo desprotegido, questões que podem ser minimizadas com a
aplicabilidade correta das políticas de saúde da mulher encarcerada (ALQUIMIM,
2014).
O problema é que historicamente foi criado na mente populacional a
marginalização dos internos e das mulheres, devido a isso as detentas são
brutalmente subjugadas de modo a comprometer seus direitos básicos. Dentre
inúmeros eixos que envolvem a construção da Saúde da mulher, quadro este que leva
o desenvolvimento de problemas de saúde, infelizmente a educação sexual ainda é
um tabu, principalmente quando é voltada pra saúde da mulher, sobretudo das
carcerárias o que torna mais intrigante. É indiscutível que a qualidade de vida de um
ser humano, esteja diretamente relacionada com meio em que vive, e quando não
ofertado o suporte básico para sua sobrevivência a tendência é afetar negativamente
sua saúde (TEIXEIRA, 2017).

2.1.4 Assistência de Enfermagem a Mulheres Encarceradas

Em virtude das condições da mulher dentro do âmbito penal, este constituído


somente para manter o indivíduo em situação de privação de liberdade, é comprovado
sobre o olhar da saúde pública, alta carga de problemas de saúde, dependências e
transtornos mentais, que são gradativamente agravadas dentro do sistema carcerário,
32

a qual revela um grande desafio, pois estas mulheres quiseram se encontram fora do
alcance do sistema público de saúde. Perdurando a desatenção as patologias
intrínsecas e fisiológica do sexo feminino, tempo este que pode ser trabalhado ações
interdisciplinares, sendo uma oportunidade de cuidado, educação em saúde, qual
muitas mulheres poderiam não ter tido, antes de estarem atrás das grades, apesar
disso a grande maioria volta para a sociedade com patologias físicas e psiquiátricas,
sem os cuidados devidos e por inúmeros vezes essas doenças se encontram em
estágios grave (SOBREIRA LIMA et al., 2021).
Diante dos desafios encontrados dentro dos sistemas carcerários, relacionado
a prestação de serviços de saúde, é visto a grande necessidade da atuação de
profissionais da saúde, em destaque a do profissional de enfermagem, figura
fundamental quanto á assistência à saúde, este que está inserido em diferentes locais
para a prestação de cuidado, incluindo a população carceraria. Profissional qual
prestará assistências básicas de saúde de caráter preventivo e de modo integral, a
essas mulheres, que por vezes tendem a ter um retardamento em seus atendimentos,
devido a tantos problemas que geram o atraso da prestação de cuidados, como a
superlotação e precariedade tanto do próprio âmbito prisional quanto das unidades de
saúde prisionais. O enfermeiro atuante do sistema penitenciário tem como objetivo
executar a realização da concretização da atuação do cuidado e assistência a
mulheres, em todas suas especificidades, necessárias para sua saúde e bem esta
(SANTOS et al., 2017).

Figura 9: Políticas de atenção a mulheres privadas de liberdade


Fonte:www.agepen.ms.gov.br/plano-de-acao-define-metas-para-politicas-de-atencao-a-mulheres-
privadas-de-liberdade-em-ms/
33

Atualmente é vislumbrado tamanho esforço dos órgãos públicos de saúde e


judiciários, para mudar o cenário carcerário, este que vem diariamente sofrendo
evolução gradativa, para levar melhorias no tratamento de pessoas privadas de
liberdade (PPL). A prática da enfermagem, hoje está fortemente adentrada em todas
as unidades de sistema prisional, seja ela masculina, feminina ou mista. Assistência
esta que deve ser estendia não somente quando o indivíduo se apresente em situação
de custódia, mas fora dela, ou seja, a prática de prestação de saúde, também prepara
a mulher para a ressocialização dela no meio social, seja ela de forma individual ou
coletiva, através de ações de promoção e prevenção à saúde, desenvolvida para
atender a carência da população carceraria, bem como o zelo e cuidado, tanto dos
seus familiares, quanto adjuntos (VASCONCELOS, 2015).
Ao efetuar um crime, é indiscutível que tal infrator, não pague por seu ato
infracional ou delituoso, e a situação de custódia faz com que o delinquente passe por
momentos conflituosos consigo mesmo em razão da nova realidade. Circunstância
que exige uma assistência à saúde qualificada, ou seja, aplicada de forma
humanizada e acolhedora, para atender as carências quanto uma PPL, pessoas estas
que apresentam uma enorme vulnerabilidade para o desenvolvimento de doenças,
diante do cenário em que vivem. O profissional de enfermagem que atua nessa
realidade, deve desenvolver habilidades, traçar planos de ação, cuidados e práticas
social através de uma assistência integrativa, manter uma escuta qualificada, um olhar
holístico, olhando o indivíduo como um todo, dentro do contexto atualmente que se
encontram (SOUZA, CABRAL, SALGUEIRO, 2018).
O enfermeiro deve ser dotado de conhecimento e atitudes indispensável para
se fazer a prestação de assistência acontecer, por meio da resolução de problemas,
coleta de material para exames laboratoriais, realizar campanhas educativas sobre
enfermidades de maior ocorrência nas prisões, oferecendo um atendimento resolutivo,
gerando resultados satisfatórios no requisito saúde, operando conforme direitos e
deveres éticos de sua profissão, bem com a realização da execução de procedimentos
regulamentares de suas categorias profissional. A má aplicação das políticas de
saúde dentro das penitenciárias, implica nas condições desfavorável associado a
enfraquecida rede comunitária de apoio a saúde das detentas, propiciando um déficit
em recursos humanos, refletindo diretamente na prestação de atividades
educacionais em saúde, ocupacionais, desportivas e de lazer. Quadro este que leva
34

as detentas a manifestar grau de insatisfação e contrariedade (DA SILVA MESQUITA


et al., 2019).
É competência do profissional de enfermagem a criação de planejamento e
elaboração de planos de intervenção, juntamente com a equipe multidisciplinar, para
executar corretamente as políticas de saúde da mulher carcerária e ao combate a
disseminação de patologias, bem como a efetivação de programas e ações de
controle de doenças infecciosas, já que a população feminina tem suscetibilidade de
risco para infecção transmitidas por via sexual. Mesmo havendo desafios, quanto a
segurança das ações em função dos atendimentos oferecidos, para a pertinência de
doenças, assim como a TB, hepatite B e C por exemplo, enfermidade mais prevalentes
no recinto prisional. Qual o enfermeiro deve se atentar e buscar promover o
conhecimento prévio aos encarcerados, sobre a patologia, seus riscos e agravos,
modo de contaminação e prevenção, assim como seu tratamento, para além da
descoberta precoce da doença, qual é muito importante para o alto controle, da
mesma dentro e fora do âmbito prisional (COLOMBELLI, ZILLY, SILVA SOBRINHO,
2018).
Para isso é necessário que age a disponibilidade e efetividade da consulta de
enfermagem, qual será mediada pôr triagem, uma anamnese detalhada, análise de seu
histórico pessoal, pregresso e familiar além de uma avaliação psicossocial e notificação,
conduta estas que norteiam e podem promover a agilidade da descoberta das doenças
e o início de seu tratamento, para pacientes que necessitam de um cuidado mais
especial como o isolamento do mesmo nesse período, quando dispõem de doenças
com alta carga de contagio, bem como a aplicabilidade de cuidados tanto pessoal
quanto grupal. Visando sempre a saúde e bem está de todos, mesmo quando o detido
disponha de liberdade condicional ou cumpra pena domiciliar, ele ainda pode continuar
sendo assistido pela esquipe de saúde, para dá seguimento a seu tratamento, em todos
os recintos de saúde mais próximo a ele, medida está que pode ser solicitada pelo
próprio detido correlacionado com a junta judicial (FELIPE et al., 2021).
O enfermeiro ainda é responsável pela manutenção e cuidar da população
carceraria, a qual deve seguir rigorosamente as diretrizes e protocolos para melhor
atender o público carcerário feminino, considerando a identidade de gênero,
sexualidade, diversidade, prevenção, tratamento de IST e patologias ginecológicas.
Mulheres que devem ser assistidas e monitoradas em suas destintas particularidades,
bem como saúde reprodutiva com enfoque a atenção obstétrica e ao abortamento. E
35

isso só e possível através da colaboração das detentas e dos órgãos responsáveis,


por assegura seus direitos. O levantamento de dados de patologias e agravos mais
recorrentes dentro da unidade prisional, possibilita a criação de estratégias de
contingência de doenças infecciosas e epidêmicas (DO NASCIMENTO et al., 2021).
A continuidade dos cuidados, aspectos que otimizar o acesso dessas mulheres
às ações de prevenção a saúde empregadas. Além de instigar a população carceraria
a buscarem o serviço de saúde ofertado pelo sistema único de saúde (SUS) dentro
da prisão, bem como a realização das consultas de rastreamento tanto do câncer de
mama quanto câncer do colo do útero. Empregado a importância da adesão ao
tratamento das patologias intimas do seu ser e doenças transmissíveis, atitudes que
podem ajudar de modo significativo no controle e redução de enfermidades (DO
NASCIMENTO et al., 2021).
Diante do contexto é compreendido que as prestações de serviços efetuado
pelo enfermeiro está inteiramente ligado a recuperação da saúde, mesmo em situação
prisional, com enfoque na saúde das mulheres, diminuindo a proliferação de doenças
e minimizar possíveis agravos correlacionados. O enfermeiro exerce um papel
significativo na batalha diária contra patologia, assim como a sífilis, doença
infectocontagiosa, que ativa o sinal de alerta e exigem muito empenho e participação
de toda equipe multidisciplinar penitenciária, para a viabilização e efetivação de
implementações educativas, trazendo formas de prevenção, a importância do
diagnóstico e aceitação do tratamento, dentro do contexto primaria a saúde, onde
tornara conhecido e executado o processo de autonomia dos indivíduos, alusivo ao
zelo com a saúde e o corpo (SOLINO et al., 2020).

Figura 10: Ações de enfermagem em relação à Sífilis.


Fonte: pt.slideshare.net/luziennemoraes1/assistncia-de-enfermagem-sfilis
36

As práticas de enfermagem, também se estendem ao cuidado diário, que


envolve todo ciclo de vida feminino, principalmente a doenças seja elas de caráter
transmissíveis ou não, bem com a manutenção da saúde. A qual compete a realização
de testes rápidos para Sífilis/ HIV, teste de Papanicolau além da solicitação de exames
das mamas e mamografia, ginecológicos, laboratoriais e complementares, prescrição
de fármacos que competem suas disposições legais da sua atuação, assegurando
total privacidade e respeito. O enfermeiro ainda deve executar palestras periódicas a
fim de ressaltar questões preventivas, abordando métodos de prevenção como o uso
da camisinha de ambos os gêneros, anticoncepcionais, além de salienta o
rastreamento e descoberta precoce de doenças exclusivos do público feminino,
questões atreladas a importância das consultas de enfermagem e empregabilidade
das políticas públicas de saúde e sua totalidade (ARAUJO et al., 2020).
O profissional de enfermagem também deve instruir essas mulheres, sobre a
importância e cuidado com a sua saúde sexual e à sexualidade, orientar sobre a busca
regular por consultas de enfermagem ginecológicas e obstétricas pra as gravidas e
extensivos ao RN, qual deve promover empatia, acolhimento e humanização ao
decorrer das suas consultas prestadas a essas mulheres/gestantes, orientar sobre a
fala dessa mulher, o que sente, o que notou de diferente em seu corpo, além de
estimular o diálogo, afim de estabelecer vínculo entre paciente e profissional, para
que assim possa intervir da melhor forma, caso aja necessidades, durante suas
especificidade e períodos de gestação. Ferramenta essencial, que pode minimizar ou
sanar qualquer risco que possa oferecer risco a mulher tanto em fase da menarca,
idade reprodutiva, gestação, puérpera, climatério, menopausa e senilidade (BISPO et
al, 2015).
A consulta de enfermagem tem como objetivo propiciar a saúde e bem-estar
da mulher em todas as fases biológicas da vida, tanto individual quanto coletivo, na
conjuntura familiar e na sua inclusão no meio social, evitando possíveis
intercorrências, devido a não correta aplicação de assistência à saúde, evitando assim
a proliferação de doenças, agravos e surtos epidemiológicos dentro do recito prisional,
assegurando a saúde e integridade daquela população (FORTUNATO et al., 2022).
A situação da mulher encarcerada em si preocupa, mais a fase mais
preocupante e quando a mulher se encontra na fase gestacional, não basta os
cuidados integral, é importante ressaltar o empenho do profissional de enfermagem
na prestação de assistência a mulheres gestantes e mães privadas de liberdade.
37

Onde o enfermeiro deve minimizar os impactos vivenciados ao decorrer do processo


gravídico-puerperal em situação de restrição de soltura. Oferecendo um pré-natal de
qualificado, humanizado com todo um acompanhamento durante o período
gestacional, no parto e puerpério, assistência esta que é estendia a todo público
carcerário feminino independente da fase biológica que se encontre (FORTUNATO et
al., 2022).

2.1.5 Direito a Assistência à Saúde a mulheres privadas de liberdade

É de suma importância a abordagem dos direitos da mulher, estes essenciais


para o entendimento sobre questões penitenciárias feminil, qual com sua ausência
seria impossível, prever as necessidades de adaptação do sistema carcerário as
especificidades femininas dentro do sistema carcerário. A natureza de seus direitos,
está ligada ao conceito de dignidade da pessoa humana, meramente pelo fato de
serem humano é merecedor de condições dignas para viver, qual é dever do Estado
e da comunidade dispor de respeito e consideração (BRASIL, 1988).
Condições estas que pode ser reivindicado quando o indivíduo se encontre em
situações desgastante e desumanas. Direitos que faz com que as mulheres
encarceradas sejam assistidas corretamente, pois necessitam de políticas de saúde
exclusivas para o tratamento específico e peculiar do seu ser, garantia está descrita
no art. 196, que diz que a saúde é um direito de todos, além de promove a redução
de doenças, riscos e agravos e garantindo assim o acesso universal e igualitário a
todo ser, independente de gênero (BRASIL, 1988).
Mesmo em situação de custódia, o detido deve usufruir de seus direitos de
cidadão, Direitos essenciais para sua pró efetividade dentro do meio social em que
vive, bem como a educação, assistência jurídica, trabalho para remição de sua
custódia e saúde, direitos estabelecidos pela constituição federal e pela lei de
execução penal (Lei n. 7.210, de 1984). Lei que busca lidar com problemáticas penais
da sociedade, em razão das contrariedades de se fazer cumprir os fins que se remete
a penas e a constantes violações de prorrogativas humanas, internas do sistema
penitenciário (BRASIL,1984).
38

A saúde é uma condição completa de bem-estar físico, mental e social. O direito


a saúde deve ser concedido a todo ser humano, sem distinção de sexo, credo, raça,
condição econômica e social. Através da constituição Federal que enaltece as
diretrizes do SUS, norteiam esses aspectos no cenário nacional, buscando acertar na
equidade, universalidade e integralidade, por meio de suas ações. A lei de execução
penal artigo 1º prever adequações conforme as necessidades impostas pelos
ambientes carcerários. É evidente que a realidade distorça o que é assegurado por
lei, não somente sendo uma violação aos direitos humanos, como também legal
(BRASIL,1984).
A lei de 7.210, de 11 de julho de 1994, traz em seu artigo 12º a aplicabilidade
de assistência a material, sendo um direito do detido e ao interno, a distribuição de
refeições, vestuário e materiais de higiene, o artigo 13º diz que é de suma importância
a instalações e serviços que atendam às necessidades pessoais .Já no artigo 14º
parágrafo três dessa mesma lei, conta que será garantido a mulher privada de
liberdade, o direito a acompanhamento médico qual terá caráter preventivos e
curativo, especialmente no período de pré-natal e pós-parto, qual será estendido ao
recém-nascido, ou seja, é visto uma atenção maior nessa fase da vida da mulher.
Assim sendo ainda é visto anteriormente nesse mesmo artigo que é extensivo o direito
a saúde não apenas todos os presos, mas também mencionar a mulher, dando caráter
principal a uma atenção prioritária a mulher que está em situação de gravidez e
purpura, além da assistência prestada a mulheres que não estão em pré-natal nem
em pós-parto, valendo para todo público feminino carcerário (BRASIL, 1984).
No artigo 22, ainda ressalta a empregabilidade da assistência social, esta que
tem como objetivo de amparar o confinado e interno, além de prepará-lo para sua
volta a sociedade. O artigo 23 da lei 7.210/84 ressalta a importância dos serviços de
assistência social, qual permite o conhecimento dos resultados de diagnósticos e
exames, direitos a reivindicar sobre problemas e dificuldades de acesso enfrentado
para se conseguir assistência, consultar a autorização de sua saída e saídas
temporárias, estabelece a instrução do detido, na fase final de seu respeito a pena
estipulada, de forma que facilite sua liberdade. Promover a recreação e lazer desses
indivíduos (BRASIL, 1984).
Além de proporcionar a obtenção de documentos, referente a benefícios da
previdência social e do seguro por imprevistos no setor de trabalho, o artigo ainda
deixa explicito a instrução e amparo, quando necessário, a familiares do interno e
39

confinado e da vítima. Ainda no artigo 28 da mesma lei é dito que é dever o


fornecimento de condições favoráveis e digna ao ser humano, qual terá efeito
educativo e produtivo, qual será aplicada métodos de organização de trabalho,
relativas à segurança e a higiene bem como a não consolidação do sujeito ao regime
das leis trabalhistas (BRASIL, 1984).
O reconhecimento do direito à educação e saúde a pessoas privadas de
liberdade, está descrita na Constituição Federal de 1988, lei de Execução Penal de
1994. Mas foi só no ano de 2003, que o ministério da justiça e de saúde consolidou
parceria para integralizar ações em um Plano Nacional de Saúde no Sistema
Penitenciário (PNSSP). Já no ano de 2005, o ministério da educação englobou esses
sistemas em seu diário, a partir da formulação do programa educado para liberdade,
com o intuito de facilitar o acesso das pessoas privadas de liberdade a programas
nacionais já presente no âmbito dos ministérios já mencionados (BRASIL, 1988).
O PNSSP é um instrumento, qual possibilita a inclusão de pessoas que estão
em situação de confinamento, aos direitos de gozar dos programas de saúde
disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), sendo um modo de se fazer chegar
serviços de saúde, bem com a atuação efetiva de profissionais da área. O plano
nacional de saúde no sistema penitenciário presume a organização de Unidades
Básicas de Saúde (UBS) dentro do recito prisional, com o intuito de suprir as
necessidades e de controlar o fluxo de referência e contrarreferência a outras
unidades que formam as redes pertencentes aos demais graus de atenção,
respeitando os princípios do sistema único de saúde (SUS) (BRASIL,1988).
A cartilha da mulher presa foi criada no ano de 2011, nela é encontrada todas
as recomendações necessárias para que sejam respeitados todos os direitos desse
público carcerário feminino, além de seus deveres. Através de mudanças que amplia
o rol de direitos de mulheres presas no Brasil, população está que vem aumentando
gradativamente a cada dia, nela é disposto os direito de requisição da substituição de
prisão preventiva para domiciliar quando gestante, direito a assistência primária a
saúde, acompanhamentos médico, de enfermagem, acompanhamentos, ginecológico
entre outros, direito a banho de sol, capacitação profissional para que a mulher venha
a engrossa no mercado de trabalho, pós o cumprimento de sua pena (BRASIL, 2012).
40

3 METODOLOGIA

Em conformidade com as particularidades citadas, o presente trabalho é


executado por meio da estratégia metodológica de revisão integrativa de literatura, a
qual consiste na construção de uma análise ampla de bibliografias, fundamentadas
em indicadores por intermédio de listagem e revisão das teorias dos artigos, teses,
livros e outras obras referente ao tema tratado. Portanto a consulta aos dados
bibliográficos descritivos tem como intuito analisar e representar dados, conceitos e
teorias apurados no decorrer das investigações das perspectivas, prenunciações dos
materiais científicos e vias sistêmicas. A natureza de abordagem qualitativa é firmada
em propriedades e características ao longo da busca de dados, para a aquisição de
artifícios como: porcentagens, medias, palavras e vídeos etc., exploratória, que apura
a problemáticas determinadas, possibilitando o desvendamento, seleção e
compreensão de fatores encorpados e vivenciados em uma determinada realidade. A
metodologia tem como proposito buscar conhecimentos sobre respectivos fenômenos
por meio de estudos preliminares, que cooperando de forma relevante para
argumentações sobre técnicas e resultados do trabalho (SOUZA et al., 2017).
A presente pesquisa tem como indagação principal: Como a atuação do
profissional de enfermagem, pode contribuir para a prestação de assistência
qualificada e na restauração da saúde feminina carceraria? Posto isso para a
edificação do respectivo trabalho, foram utilizados como tipo de amostra, materiais
bibliográficos como artigos científicos e monografias e teses, para a estratégia de
busca serão usadas as seguintes palavras chaves, retiradas do site do
(http://decs.bvs.br/) como: cuidados de enfermagem, saúde da mulher, pessoas
privadas de liberdade acessadas no período do mês de fevereiro a junho de 2022,
visto que nessa fase foi executado uma busca organizada de acordo com o tema da
pesquisa, por meio da base de dados coletados do Departamento Penitenciário
Nacional (DEPEN) do ministério da justiça, leis e portarias, literatura Latino-americana
(LILACS), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Scientific Eletronic Library (SCIELO).
Para a execução da pesquisa foram incluídos artigos científicos de língua
portuguesa e inglesa, com textos completos relacionado a temática proposta e com
publicação em período de dez anos, bem como livros, sites de ministério da justiça e
da saúde, que tiverem como base de estudo atribuições de enfermagem prestada a
41

saúde carceraria e saúde da mulher. Além disto serão exclusos artigos científicos com
textos incompletos, que não agregam relevância alguma ao tema discutido e com
publicação de anos anteriores.
Ao todo, foram encontrados 440 estudos na primeira seleção, por intermédio
da eliminação de duplicidade na base de dados, sobraram 120 registros.
Seguidamente, foram considerados os títulos, que sucedeu a seleção de 92
publicações, que passaram por uma tiragem de leitura e análise dos resumos,
acarretando a retirada de 68 publicações que não abordava informações compatível
com o tema trabalhado. Restaram 37 estudos que foram examinados com a leitura da
íntegra. Em seguida houve a exclusão daqueles que não se respondiam o propósito
da monografia. A pesquisa finalizou com a inclusão de 12 estudos, que atendiam os
critérios de resposta e discursão (Tabela 1).

SELEÇÃO DE ARTIGOS UTILIZADOS NOS RESULTADOS E DISCUSSÃO


IDENTIFICAÇÃO 440 estudos- base de dados: BVS, LILACS e SciELO.
TRIAGEM 120 publicações após eliminação de duplicidade.92
publicações identificadas pelos títulos.
EXCLUSO 68 publicações não abordavam informações
compatível com o tema trabalhado.
INCLUSO 37 estudos examinados com a leitura na intriga e
exclusos aqueles que não atendiam os critérios
proposto. 12 estudos foram escolhidos
especialmente, para os resultados e os discursões.
Tabela 1: Seleção de artigos utilizados nos resultados e discussão
Fonte: Dados da autora (elaborado em 2022)
42

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A seguir será exposto dados analíticos com títulos/subtítulo, autores e ano de


publicação, tipo de estudo e conclusão, que foram escolhidos exclusivamente para
esta parte, qual é capaz apura fundamentos coerente com o objetivo proposto da
temática abordada.

Título e subtítulo Autores/ano Tipo de estudo Conclusão


de
publicação
Medidas (GRISON et Estudo O estudo mostra que é
preventivas e al., 2021) quantitativo, necessário que medidas
comportamento survey. de gestão e políticas
de risco em públicas para a resolução
mulheres dos problemas de saúde e
privadas de aos comportamentos de
liberdade em um risco
estabelecimento das mulheres privadas de
prisional liberdade
brasileiro
Qualidade de vida (MARTINS estudo torna-se necessário
e doenças et al., 2020) quantitativo, investir em ações
autorreferidas em descritivo, estratégicas de promoção
mulheres de transversal da saúde nesta
apenados população, pois ela é
considerada vulnerável,
com predisposição a
doenças devido a
comportamentos de risco
e à qualidade de
vida inadequada.
Assistência à (ARAÚJO et estudo descritivo devem ser levados em
saúde de al., 2020) e exploratório, consideração, além da
43

mulheres método segurança, melhorias nas


encarceradas: qualitativo. condições de
análise com base confinamento e acesso à
na Teoria das assistência em saúde,
Necessidades para que as necessidades
Humanas humanas básicas sejam
Básicas atendidas. O estudo
contribui para a reflexão
acerca da assistência à
saúde das mulheres
encarceradas, dando
visibilidade à temática.
O enfermeiro na (FELIX et al., revisão integrativa Embora existam políticas
atenção pré-natal 2017) públicas voltadas para a
às mulheres em população encarcerada,
sistema estas estão distantes de
carcerário alcançar suas metas, haja
vista que os direitos das
apenadas estão
garantidos por lei, porém
na prática não são
respeitados.
Câncer de colo (XAVIER et estudo descritivo, as reeducandas percebem
uterino e infecção al., 2017) de abordagem a gravidade do câncer do
sexualmente qualitativa colo uterino e os
transmissível: problemas causados pelas
percepção das infecções sexuais; podem
mulheres relatam que a prevenção é
privadas de o exame citológico e não
liberdade referem como
fundamental o uso do
preservativo e métodos de
higiene íntima.
44

A saúde física de (SANTOS et Estudo descritivo, Mesmo que o


mulheres al., 2017) abordagem entendimento dessas
privadas de qualitativa mulheres sobre a
liberdade em uma própria saúde esteja
penitenciária do condicionado à ausência
estado do Rio de de doenças, torna-se
Janeiro fundamental a existência
de políticas públicas que
incentivem ações de
prevenção de agravos e
promoção e atenção
integral à saúde, pois, no
cotidiano da instituição
pesquisada
as mulheres encarceradas
convivem com
dificuldades que
interferem nas condições
de saúde. Desse modo, ao
longo do tempo, poderão
surgir concepções de
saúde ampliadas, que
estimulem a garantia de
melhores condições de
saúde e de vida para esse
grupo vulnerável
de mulheres.
Gender (PILLAY, abordagem Este artigo analisa o
Inequality, Health CHIMBG, qualitativa compromisso político do
Rights, and VAN HOUT
HIV/AIDS among 2021) Zimbábue para abordar os
Women Prisoners determinantes
in Zimbabwe.
subjacentes da saúde,
incorporando em suas leis
45

e políticas de saúde
medidas que promovam
os direitos à saúde das
mulheres presas vivendo
com HIV.
Hepatitis C (AKIYAMA Revisão Nesta revisão,
elimination et al., 2021) Integrativa destacamos sete áreas
among people
incarcerated in prioritárias e melhores
prisons: práticas para melhorar o
challenges and
atendimento ao HCV em
recommendations
for action within a ambientes correcionais,
health systems mudando
framework.
a vontade política ,
garantindo o acesso ao
diagnóstico e teste do
HCV, promovendo
modelos ideais de
atendimento e tratamento
do HCV, melhorando a
vigilância e monitoramento
da cascata de cuidados de
HCV, reduzindo o estigma
e combatendo os
determinantes sociais das
desigualdades em saúde,
implementando
programas de prevenção e
redução de danos de HCV
e avançando
na pesquisa em prisões .
Nursing care (SILVA et Estudo A assistência de
provided to al., 2020) exploratório- enfermagem às pessoas
persons deprived
of liberty in the descritivo com privadas de liberdade no
46

hospital abordagem ambiente hospitalar


environment.
qualitativa limita- se a procedimentos
técnicos, revelando um
processo de trabalho
fragmentado e aquém dos
padrões das políticas
públicas. Constatamos
que a deficiência
estrutural, principalmente
no que diz respeito à
segurança no hospital
ambiente, associado à
falta de capacitação
profissional para lidar com
essa clientela, dificultam a
assistência de
enfermagem nesse
contexto.
Vivências da (SOARES et pesquisa o ambiente prisional não
equipe de al., 2020) qualitativa favorece ações concretas
enfermagem no
cotidiano do de promoção da saúde e
sistema penal prevenção de agravos. O
enfrentamento viria com
educação permanente,
reuniões clínico-
administrativas, além da
construção de protocolos
e diretrizes que
sistematizem e sustentem
as práticas.
Prison (CABRERA abordagem É importante fomentar a
infrastructure, the et al., 2020) qualitativa medicina preventiva para
right to health and
a suitable se ter uma forte educação
environment for
47

the inmates of the sanitária nas


Women's Annex prisões. Reverter essa
in Chorrillos
Prison (Peru). realidade significaria
mudar a garantia de seus
direitos à saúde e um
ambiente adequado.
Cuidado a (FABRINI et Método de Pesquisa-ação articulada
pessoas com al., 2018) pesquisa-ação à Educação Permanente
tuberculose
privadas de em Saúde mostrou-se
liberdade e a apropriada ao
educação
desenvolvimento da
permanente em
saúde intervenção, possibilitou a
mudança de práticas dos
trabalhadores e a
transformação do cuidado
às pessoas com
tuberculose na instituição.
Tabela 2: Analítica para amostragem de 12 estudos escolhidos para os resultados e discursões
Fonte: Dados da autora (elaborado em 2022)

Com base na análise dos estudos examinados, é evidenciado características


sociodemográficas e socioeconômicas das prisões feminina, com relação aos crimes
mais efetuados, sendo destacado o tráfico de entorpecente, infeção esta que eleva o
número de aprisionamento em todas as cadeias feminina atualmente, gerando um
déficit nos serviços oferecidos principalmente nos serviços de saúde. Mulheres com
idades entre 25 e 45 anos, jovens que se encontra em constante mudança biológica,
fases estas que necessita de acompanhamento, atenção e cuidado. E a atenção
primaria a saúde, dispõe de um papel essencial na prestação de assistência a
mulheres em todas suas fases biológicas, através de diagnóstico precoce de doenças
e na detecção de câncer do colo do útero e mama, por meio da empregabilidade das
políticas e ações de saúde, exclusiva ao público feminino carcerário, quais devem ser
oferecidas e executadas de acordo com que manda a lei dos direitos humanos
(GRISON et al., 2021)
As políticas nacionais de atenção à saúde da mulher, compreende na
integralidade, promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde das
48

mesmas, por intermédio das práticas educativas e instrucional, realização de exames


preventivos, de mamas e mamografia, ginecológicos e obstétricos, testes de
Papanicolau, sífilis, HIV e entre outros patologias particulares do ambiente carcerário.
Através de ações educacionais sobre saúde sexual e sexualidade, qual preocupa
orientar essas mulheres quanto os métodos contraceptivos, uso correto de
preservativos de dupla proteção, adesão as consultas de enfermagem e realização
dos testes rápidos para doenças infecciosas e sexualmente transmissíveis. A correta
aplicação das políticas de saúde dentro do recito prisional feminino, minimiza a
proliferação de doenças infecto contagiantes e possíveis agravos (GRISON et al.,
2021).
Devido as condições desfavoráveis e superlotação dentro das cadeias, é
perceptível o favorecimento de fatores prejudiciais à saúde humana, ambiente
propício para a disseminação de doenças relacionadas ao comportamento e riscos
que as mulheres exibem no meio em eu vivem, ou seja, doenças que se relaciona a
qualidade de vida inadequada, que afeta de modo direto em seu desempenho físico,
psicológico e social. As consequências de um estilo de vida negativo, possibilita o
desenvolvimento e propagação de doenças oportunistas e sexualmente
transmissíveis. Outorga que a atenção a saúde das detentas precisa ser planejada e
organizada pelo profissional de enfermagem que atuara juntamente a equipe
multidisciplinar, focando na garantia da promoção, prevenção e restauração da saúde
dessas mulheres, além de promover o cumprimento dos direitos humanos bem como
o bem-estar físico e psicológico de modo contínuo (MARTINS et al., 2020).
Partindo desse pressuposto ainda é importante destacar medidas de redução
de danos, que contribuem para a proliferação desordenada de doenças infecto
contagiosas como a HBV e VHC, patologias muito comuns dentro dos sistemas
prisional, devido ao compartilhamento desordenado de materiais de uso pessoal e
instrumentos perfurocortantes como agulhas, giletes, drogas injetáveis entre outros.
Questões que necessita de atenção maior e a elaboração de novas estratégias de
contingência para a redução de agravos. Questões estas que se relaciona com as
políticas de prevenção a saúde empregadas em todas as cadeias, qual busca reduzir
ao máximo o envolvimento de riscos e o desenvolvimento de enfermidades (AKIYAMA
et al., 2021).
Ainda se pode considerar que motivos relacionados a alimentação
desequilibrada, falta de exercícios físicos, restrição a exposição sola, sedentarismo e
49

ociosidade resulta na manifestação de doenças. As dificuldades rotineiras das


instituições carcerarias interferem nas estado de saúde física e psicológica do
indivíduo encasulados, doenças como hipertensão, diabetes, patologias propensas ao
local como doenças degenerativas e sexualmente transmissíveis como o HIV/AIDS e
sífilis são bastantes comum. É evidente que os sistemas prisionais insiram atividades
que estimule o cuidado e proteção à saúde, implantado ações resolutivas e ampliando
áreas de lazer, esporte e interação, para evitar morbidades pertinentes ao período de
privação de liberdade desses indivíduos (SANTOS et al., 2017).
Desse modo ainda é possível observar inúmeras deficiência no sistema
prisional, no requisito prestação de serviços a pessoa humana, qual se remete as
necessidades básicas quais estão sendo prejudicada, como nutrição inadequada,
cuidado corporal limitado, ambiente sujos e pouco espaço, segurança e percepção
dolorosa e medicamentosa, aspectos estes que a cada dia se torna difícil o acesso
para o gozo das mesmas, afetando nível psicobiológico e psicossocial das internas
independentemente de qualquer especificidade que a mulher apresente. Constatando
que os serviços essenciais e assistência à saúde a mulheres privadas de liberdade é
precário, qual precisa ser revista e reformulado, levando em consideração a
singularidade cultural e social, para que assim possam ser acompanhadas de forma
integral e usufruir das ações de saúde estabelecidas (ARAÚJO et al., 2020).
Apesar das condições precárias, estilo de vida inadequada, as detentas ainda
se deparam com a deficiência e atraso de consultas de rotina, bem como a detecção
de patologias endêmicas intimas desse cenário, doenças contagiosas, IST, câncer de
colo do útero e de mama. Exames essenciais para averiguação de agravos, nódulos
e possíveis alterações, embora o SUS disponha de políticas e ações primarias para a
aplicação de serviços integrados, a fim de estrutura ações de promoção, prevenção a
saúde seja ela feminina ou masculina. Ainda é evidenciado falhas e demora na
prestação de serviços de saúde dentro dos sistemas carcerários, situação de alerta e
preocupação, pois os internos precisam de cuidados de saúde, independente do delito
cometido na sociedade (XAVIER et al., 2017).
É necessário ressalta a importância de uma infraestrutura adequada para
comporta e acolher essas mulheres, que precisam e necessita de cuidados especiais,
devido as suas especificidades biológicas do seu ser. Internas que dispõe de direitos,
que em sua maioria são desconhecidos, e até mesmo sonegado, em sua maioria. A
não empregabilidade de serviços essenciais, podem prejudicar a saúde e bem esta
50

dessas mulheres, por isso é importante destacar a vigência dos direitos da pessoa
encarcerada, bem como usufruir do direito à saúde, além da efetivação de serviços
sanitários básicos, e condições dignas e humanas. E para mudar essa realidade cabe
a discursão de mudanças de leis, que garantam e assegure o interno sobre seus
direitos e deveres dentro do sistema prisional (CABRERA et al., 2019)
É possível analisar um alto índice de doenças infecciosas e sexualmente
transmissíveis, como o HIV/ AIDS e sífilis nos presídios feminino, patologias estas que
podem ser diagnosticadas de modo precoce, quando as políticas e serviços de saúde
esteja funcionando adequadamente dentro do recinto, a não aplicação dos serviços
de saúde eleva a disseminação de doenças, gerando assim uma população doentia.
O cuidado à saúde da população carceraria é um direito e um deve do estado, qual
deve fornecer serviços e recurso humanos para a empregabilidade dos serviços
propostos por lei, respeitando igualdade de gênero e sensibilidade de cada ser
(PILLAY, CHIMBG, VAN HOUT 2021).
De fato, é importante enaltecer a atuação de todos os profissionais da saúde,
que atuam dentro do sistema prisional, em especial a do enfermeiro na atenção a
saúde da mulher, e em todas suas particularidades de seu ser, principalmente quando
esta mulher se encontra gestante e precisa de uma atenção maior, dentro do sistema
carcerário. Mesmo havendo dificuldades para a prestação de serviços á saúde
feminina, sua atuação deve ser fundamentada no cuidado humanizado,
estabelecendo vínculo, qual possibilita melhor interação e diálogo entre ambos, tanto
quanto gestante, parto e puérpera de forma a investigar e sanar suas necessidades,
de acordo com seus preceitos éticos e profissionais, proporcionando zelo e garantia a
saúde de todos (FELIX et al., 2017).
A vivência da equipe de profissionais de enfermagem, dentro do sistema
carcerário, vai além dos seus preceitos éticos e legais de profissão, qual exige um
olhar holístico e além de tudo humanização, mesmo o profissional se deparando a
cada dia com realidades diferentes e dificuldades para a prestação de assistências
que atrase e retarde as consultas, ele ainda deve buscar prestar serviços, como o que
se é oferecido pela instituição penal. O profissional de enfermagem deve criar e
implantar estratégias de saúde que sejam resolutivas para cada problema de saúde
observado na cadeia, bem como o papel de reeducar essas mulheres quanto o
51

cuidado com sua saúde física, psicológica e sexual, além de prepara essas mulheres
para sua volta na sociedade, pós cumprimento da pena (SOARES et al., 2020)
Os cuidados a saúde das internas, não só pode ser mediado no recito da
instituição prisional, mas sim ser estendido ao ambiente hospitalar, qual terá maior
cobertura e atenção especifica a cada patologia manifestada do detido. A prestação
de assistência realizada pelo profissional de enfermagem no hospital a pessoas
privadas de liberdade, não se limita a procedimentos técnicos oferecidos nas prisões,
qual é evidenciado uma deficiência estrutural das unidades de saúde prisional, com
relação a hospital, havendo assim a necessidade de ampliação das estruturas, para
que os serviços de saúdes sejam oferecidos, aderidos e aceitos da melhor forma pela
população carceraria (SILVA et al., 2020).
Devido as condições de encarceramento, vale evidenciara a importância da
educação permanente, empregada pelo profissional de enfermagem atuantes da
unidade prisional, qual busca oferecer e orientar os internos, informações referentes
aos cuidados e formas de prevenção de patologias infecto transmissíveis assim como
a tuberculose por exemplo doenças contagiosas é ainda muito vista dentro do
ambiente carcerário. Patologia que necessita de cuidados especiais e isolamento. O
enfermeiro ainda deve otimizar o acesso das internas a ações e planos de
intervenções, traçando novas estratégias de controle e combate a patologias desse
caráter. Além de sensibilizar a população carceraria a adotar práticas preventivas,
para que seja reduzido o nível de internos, profissionais contaminadas na unidade e
fora dela (FABRINI et al., 2018).
52

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente obra, teve a finalidade de ampliar os olhares sobre as condições


de vida e dificuldades de acesso a saúde dentro do sistema carcerário, com principal
eixo a atuação do profissional de enfermagem frente a prestação de assistência à
saúde da mulher e suas singularidades biológicas por trás das grades. Sabe-se que a
mulher dispõe de inúmeras particularidades, que necessita de acompanhamento,
atenção e cuidado ainda mais quando essa mulher se encontra em situação de
vulnerabilidade e risco a saúde física e psicológica.
A prestação de serviços a saúde, realizada de forma correta e resolutiva, pode
garantir o controle e combate de problemas e doenças costumeiras do sistema
prisional, relacionada as condições carceraria e estilo de vida inadequado das
internas. Assim sendo, é primordial a discursão dessa temática, para levar
continuidade e conscientização dos órgãos responsáveis pelos direitos humanos, bem
como garantir a boa aptidão dos serviços empregados nas unidades de ponto
atendimento de saúde das pessoas privadas de liberdade, não somente dentro da
cadeia, mais em todos espaços direcionados a prestação de serviços de saúde que
atendem o público carcerário, tendo em vista a divulgação sobre a importância do
acompanhamento continuo do profissional de enfermagem, pois é ele que lida
cotidianamente com a detecção previa de patologias e cuidados, através de
estratégias e planejamento de saúde.
Diante disso, a pesquisa conseguiu alcançar os objetivos propostos, tanto o
geral quanto os específicos, conferenciando sobre a assistência de enfermagem,
mediante a aplicação de políticas de saúde da mulher dentro do recinto prisional,
mesmo os profissionais de saúde se deparando com dificuldades e escassez das
políticas públicas para a aplicabilidade dos serviços ofertados e remediação das
doenças adquiridas durante o encarceramento. Como é sabido a falta de interesse e
investimento financeiro dos órgãos públicos e competente, prejudica a garantia dos
serviços de saúde a pessoas privadas de liberdade, contribuído de modo negativo,
para o aumento da população desassistidas e doentia.
É percebido a ineficiência da assistência e acompanhamento de patologias que
exigem tratamento contínuo como o HIV, sífilis e tuberculose doenças bastantes
comum no ambiente carcerário, bem como ao pré-natal para a maioria das mulheres
53

que experienciaram esse momento no xadrez, deficiências estas que por vez não são
reivindicadas nem questionadas, devido a incidência dos direitos que possui o
cidadão/detido. Direitos expressos na Lei de Execução Penal e na Constituição da
República Federativa do Brasil de 1988.
A lei de execução penal, em seu artigo 3° diz que os internos serão
assegurados quanto aos seus direitos, qual não implicara com sua sentença, não
havendo diferenciação independente da cultura, raça, religião, política ou gênero. Já
o artigo 10° dispõe de modo mais objetivo, a segurança e garantia da pessoa privada
de liberdade o gozo ao acesso a saúde, sendo dever do estado prestar esses serviços,
mesmo que o recinto prisional não disponha desses serviços, a assistência deve ser
realizada em outro recito, para as mulheres em situação gestacional, esses serviços
devem ser extensivos ao momento do parto e ao seu filho, desse modo a condição da
mulher encarcerada deve ser mais compreendido.
Em virtude dos argumentos levantados, faz-se indispensável a habilitação do
conhecimento sobre a atuação do profissional de enfermagem dentro do sistema
carcerário, a dura realidade dessas mulheres para conseguir acesso aos serviços de
saúde básicos, bem como a identificação precoce de doenças psicológicas, físicas e
infecto transmissíveis que afetem a saúde sexual e sexualidade feminina, por parte
de todos os profissionais de saúde e defensores dos direitos humanos. Principalmente
sobre saber alertar a população prisional sobre os serviços disponível e prestados
dentro da unidade, qual cooperam significativamente na cura de patologias, diminuído
assim complicações graves e possibilitando a tomada de decisão coniventes,
proporcionando um acompanhamento adequada o a cada caso.
Nesse sentido, vale frisar a importância da revisão dos direitos humanos, bem
como a criação de leis mais brandas, que possam ser averiguados a fundo a prestação
de serviços de saúde oferecidos a população carceraria, possibilitando assim
melhorias para atender e acolher os internos independente de gênero, quis possam
influenciar em ações positivas, sobre ao acompanhamento contínuo em especial das
mulheres encarceradas, respeitando suas especificidades e direitos. Atingindo assim
um maior público de internos que estejam ou possam a vir a ficar doente,
proporcionando maior cobertura e proteção evidenciada pela participação e trabalho
dos profissionais de saúde, seja eles médicos, psicólogos, nutricionistas, obstetras e
enfermeiros, estes que buscam chegar ao proposito final promover saúde e bem está
54

de todos, cumprindo assim o alicerce estrutural dos princípios da Universalidade,


equidade e integralidade do SUS.
55

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