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Centro Universitário
Bacharelado em Enfermagem
Paripiranga
2022
MAXLANE ANDRADE SANTOS
Paripiranga
2022
MAXLANE ANDRADE SANTOS
BANCA EXAMINADORA
À Deus, que é autor da minha fé, por ter me guiado durante toda minha jornada
acadêmica e ter-me dados sabedoria e discernimento nos momentos mais difíceis,
pois esteve comigo, me dando animo a cada dia, e a certeza, em meu coração que
esse sonho se concretizaria.
À minha mãe Cilene, peça chave e eterna companheira, que não mede
esforços para me fazer feliz, que sempre me apoiou nas minhas decisões e me
incentivava a prosseguir em meio as dificuldades. Obrigada por insistir e nos mostrar
todos os dias a importância dos estudos, grata pelo seu amor incondicional e por ser
a melhor do mundo. Te amo!
Aos meus irmãos Wltembergue e Manoel Wagner, que por muitas vezes sentiu
minha ausência em alguns momentos para que esse sonho se concretizasse,
obrigada por acreditarem em mim, vocês são muito especiais.
À minha cunhada Ana Claudia, uma amiga que Deus me deu, gratidão pelo
apoio que recebo tanto na vida pessoal quanto profissional, eis uma mulher incrível.
Às minhas sobrinhas, Maria Clara e Andreza, de onde vem meus abraços mais longos
e apertados.
Ao meu namorado, companheiro e amigo, Pedro Henrique, por todo carinho e
compreensão na fase mais difícil que já passei, sou extremamente grata pelas
palavras de força e incentivo.
Em especial a minha amiga Veronica, anjo de luz, companheira e amiga de
profissão, que me impulsionou a prosseguir, que me ajudou e motivou a investir em
meu sonho. Aos seus pais, que sempre estiveram ali para me estender a mão,
Obrigada Jane Ceile e Adelmo por inúmeras vezes facilitar minha chegar até aqui, por
me encorajar diante dos obstáculos que a vida ofereceu ao decorrer da minha
trajetória acadêmica.
A todos os meus familiares que fizeram parte direta ou indireta, meus sinceros
agradecimentos.
Aos meus amigos que vibraram e torceram por mim Ana Dilza, Claudyana, Ana
Paula, Valda, Ednalva sou eternamente grata por todos os momentos de animo,
durante minha caminhada. A todos os meus amigos do curso de graduação que
compartilharam dos inúmeros desafios que enfrentamos, sempre com o espírito
colaborativo, Mariany, João Vitor, Joelio, Cleidson Jr., Larissa, Mayara, Marcela,
Carla, Paola. Aos meus colegas de curso Josenilda, Samire, Sthefani, Eli Caroline
pelas trocas de ideias e ajuda mútua. Juntos conseguimos avançar e ultrapassar todos
os obstáculos.
Aos meus preceptores de estágio Daiana Natacha, Valéria, Aline, Bruna,
Emmely Leite e Jessica. Obrigado pelos ensinamentos e valiosa contribuição.
Aos meus professores Evandro Henrique, Francielly Fraga e Humberto Faria
que sempre transmitiram seu saber com muita dedicação e profissionalismo.
Ao meu professor orientador Fabio Luiz Oliveira de Carvalho. Obrigada por me
manter motivada durante todo o processo de pesquisa.
Por último, quero agradecer também ao Centro Universitário AGES e todo seu
corpo docente.
Meu muito obrigada a todos!
A parte mais bela e importante de toda a
história é a revelação de que todos os seres
humanos, apesar das inúmeras diferenças
biológicas e culturais que os distinguem entre
si, merecem igual respeito, como único entre
no mundo capazes de amar, descobrir a
verdade e criar a beleza. É o reconhecimento
universal de que, em razão dessa radical
igualdade, ninguém- nenhum indivíduo,
gênero, etnia, classe social, grupo religioso
ou nação pode afirmar-se superior aos
demais.
The present work proposed the analysis of scientific productions, from 2012 to 2022,
about the difficulties of access to health experienced by women in the prison system,
as well as the performance of the nursing professional facing the adversities for the
correct application of health policies within the prison. The study is directly related to
the relations between the living conditions of imprisoned women, female infectious and
communicable diseases and human rights. The deficiency of access to basic services
and health care leads to the so-called overpenalization of inmates, who are exposed
to conditions of vulnerability and health risks, in addition to the penalty already imposed
on their being, due to the commission of crimes and infractions reprehensible by
society. The inadequate infrastructure, lack of basic supplies, overcrowding, and delay
in treatment and prevention of pathologies, lead to serious problems in the living and
health conditions of the apprehended, and physical and psychological diseases are
unmasked in this environment. Situations that denounce the precariousness within the
prison system, which makes the inmate vulnerable to the victimization of the lack of
dignified resources for human subsistence. These are issues that most of the time are
not postulated or questioned, due to the unawareness of their rights and duties as
incarcerated. This is an integrative literature review and bibliographic analysis of a
qualitative and exploratory nature. The present study has as main question: How the
performance of the nursing professional, can contribute to the provision of qualified
assistance to the health of female prisoners? Having said that, for the edification of the
respective work, the following databases were used as a research source:
monographs, scientific articles, Google academic and doctorate theses, as well as for
monographic production: virtual health library (BVS), National Penitentiary Department
(DEPEN), Latin American Literature (LILACS), Scientific Electronic Library (SCIELO)
and laws. Scientific articles in Portuguese and English language, with full texts related
to the theme addressed and with a ten-year publication period. The keywords used to
search for bibliographic material were obtained through the descriptors of the platform
descriptors in health science (Decs): nursing care, women's health, people deprived of
freedom, researched in the period from February to June 2022. However, it is important
to emphasize the verification of the correct employability of basic health services within
the prison systems, especially the female penitentiaries, as well as the creation of more
lenient laws regarding respect for human rights and effectiveness of the nursing
professional, within the prison systems so that it can promote the doctrinal principles
of the SUS.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................12
2 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................15
2.1 Referencial Teorico...........................................................................................15
2.1.1 Perfil da mulher Privada de Liberdade.......................................................15
2.1.2 Precariedade nas condições de vida e assistência à saúde das mulheres
enclausuradas....................................................................................................18
2.1.3 Doenças e Agravos mais recorrentes, que afeta a saúde e sexualidade da
população feminina carcerária...........................................................................23
2.1.3.1 Tuberculose.......................................................................................25
2.1.3.2 Sífilis..................................................................................................26
2.1.3.3 Hepatites Virais B e C.........................................................................28
2.1.3.4 Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) / Aids.................................30
2.1.4 Assistência de Enfermagem a mulheres encarceradas.............................31
2.1.5 Direito a assistência à saúde a mulheres privadas de liberdade................37
3 METODOLOGIA......................................................................................................40
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES............................................................................42
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................52
REFERÊNCIAS..........................................................................................................55
12
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
consideravelmente ainda maior que o permitido. E essa relação entre espaço físico e
acomodação, se torna mais conflituoso e desconfortante, condição esta que gera
querendo ou não uma espécie de sentimento de humilhação, perda de dignidade,
onde a reclusa se ver muitas da vezes transformada em uma “coisa” ou até mesmo
um “animal”, obviamente tirando o padrão de moralidade do ser humano (FRANÇA,
2015).
A verdade é que o crescimento exponencial do avolumamento da população
carceraria feminina, é bastante alarmante, pois as cadeias são estruturadas para
acomodar uma pequena parcela dessa população, quadro que reflete diretamente na
vida das detentas bem como na qualidade dos serviços públicos prestados, por
distintas esferas essências para o funcionamento das atividades, como defensores
públicos, promotores, juízes, agentes penitenciários e profissionais de saúde que
prestam serviços dentro do sistema prisional. Situação está que leva ao déficit de
profissionais e um superavit de presas que gera superpopulação carceraria. Vale
ressaltar que o sistema penitenciário em si, é um verdadeiro funil, a qual tem uma
larga entrada, que vai se afunilando a cada dia, ou seja, sua saída é bastante
conflituosa e burocrática (TOURINHO, DA SILVA, AMORIM, 2017)
Além da superlotação ainda é encontrados outros problemas dentro do sistema
prisional, que corrobora negativamente na aplicação de políticas de saúde e na
prestação de serviços básicos, na ressocialização das detentas, na alta incidência de
doenças infecto transmissíveis, má administração para resolução de problemas de
saúde, retardamento nas práticas educativas com enfoque à saúde e bem esta, a
demora pra realização de exames e consultas medicas e falta de apoio da sociedade
entre outras controversas encontradas. A dificuldade de acesso a saúde dentro do
sistema prisional é comprovada pela falta de recursos humanos e de matérias
indispensáveis para a efetividade da assistência de saúde carceraria, situação que
enfraquece a realização de ações preventivas, e que insuficiência no crescimento do
número de patologias, agravos, até mesmo óbitos dentro das penitenciárias femininas
(FRANÇA, 2015).
A atual realidade do sistema carcerário, comparada com as de antigamente é
bastante diversificada no que diz respeito a forma de comprimento penal, a qual o
indivíduo ficava presas ou respondiam seus crimes em liberdade provisória.
Atualmente isso mudou, devido a diversas hipóteses de cumprimento de penalidade
a depender do tipo e grau do delito executado pela delinquente, com o objetivo de
20
associado à prestação de serviços essencial de cada ser humano, estes que detém
vulnerabilidade frágil. A alta exposição a riscos relacionado a doenças e
consequências, aumenta a ameaça de patologia exclusivas do público feminino,
principalmente problemas ginecológicos, devido a prática sexual ativa sem as devidas
precauções, doenças oportunistas, ocasionados pelo sedentarismo onde a
movimentação do corpo se torna limitado, a mente não é exercitada e as devidas
informações não são repassadas, conforme o recomendado (PIMENTA et al., 2015).
feminina, de modo negativo, pelo aspectos individual quanto, pela situação carceraria,
que as vezes é efetivada de forma lenta, em função de dificuldades para conseguir
aplicar as políticas de saúde e prestar os serviços obstétricos, ginecológicos, métodos
de prevenção, diagnóstico precoce, e tratamento de doenças sexualmente
transmissíveis, além do atraso para a detecção de patologias exclusivas do seu ser,
como o câncer de mama e colo uterina (FERNANDES et al., 2014).
Sabe-se que as doenças infectocontagiosas, se dá pela infecção é a invasão
de hospedeiro suscetível por patógenos ou micro-organismos que invadem o
hospedeiro que se apresenta propenso a essa infecção e consequentemente a isso
resulta no desenvolvimento de uma doença, que podem ou não ser transmissíveis.
Um desafio bastante comum enfrentado pelos profissionais de saúde que atuam
dentro do sistema carcerário feminino, que necessitam de maior atenção e alerta, para
a detecção das mesmas, além da aplicação de programas educativos de saúde e
motivação para a adesão assídua das detentas a procurarem auxílio médico, sendo
verdadeiramente um duelo, para relativos aspecto (LIMA et al., 2013).
A precária organização do sistema carcerário feminino, reflete dois grandes
problemas estruturais, como a desigualdade e o machismo. Desse modo é notável
que nesses ambientes, pensados de homem para homem, não haja uma adaptação
pensada para acolher e atender as necessidades da mulher, que se divergem das
masculinas. Na teoria as detentas deveriam receberem uma abordagem orientada
para a detecção, tratamento de doenças e identificação de fatores de riscos,
fundamentadas por educação e aconselhamento (LIMA et al., 2013).
2.2.3.1 Tuberculose
seu tratamento, que é realizado no período de seis meses e sem interrupção, através
do uso contínuo de medicação, está que deve ser ingerida corretamente mesmo com
o desaparecimento dos sinais e sintomas antes do tempo estimado de tratamento. A
falta de adesão e abandono ao tratamento da TB, dificulta os cuidados devidos do
infectado, e as melhorias de abordagem precoce da tuberculose, respingando no
atraso para inovação de novos programas e implementações governamentais do
tratamento supervisionado (BRASIL,2018).
2.1.3.2 Sífilis
a qual revela um grande desafio, pois estas mulheres quiseram se encontram fora do
alcance do sistema público de saúde. Perdurando a desatenção as patologias
intrínsecas e fisiológica do sexo feminino, tempo este que pode ser trabalhado ações
interdisciplinares, sendo uma oportunidade de cuidado, educação em saúde, qual
muitas mulheres poderiam não ter tido, antes de estarem atrás das grades, apesar
disso a grande maioria volta para a sociedade com patologias físicas e psiquiátricas,
sem os cuidados devidos e por inúmeros vezes essas doenças se encontram em
estágios grave (SOBREIRA LIMA et al., 2021).
Diante dos desafios encontrados dentro dos sistemas carcerários, relacionado
a prestação de serviços de saúde, é visto a grande necessidade da atuação de
profissionais da saúde, em destaque a do profissional de enfermagem, figura
fundamental quanto á assistência à saúde, este que está inserido em diferentes locais
para a prestação de cuidado, incluindo a população carceraria. Profissional qual
prestará assistências básicas de saúde de caráter preventivo e de modo integral, a
essas mulheres, que por vezes tendem a ter um retardamento em seus atendimentos,
devido a tantos problemas que geram o atraso da prestação de cuidados, como a
superlotação e precariedade tanto do próprio âmbito prisional quanto das unidades de
saúde prisionais. O enfermeiro atuante do sistema penitenciário tem como objetivo
executar a realização da concretização da atuação do cuidado e assistência a
mulheres, em todas suas especificidades, necessárias para sua saúde e bem esta
(SANTOS et al., 2017).
3 METODOLOGIA
saúde carceraria e saúde da mulher. Além disto serão exclusos artigos científicos com
textos incompletos, que não agregam relevância alguma ao tema discutido e com
publicação de anos anteriores.
Ao todo, foram encontrados 440 estudos na primeira seleção, por intermédio
da eliminação de duplicidade na base de dados, sobraram 120 registros.
Seguidamente, foram considerados os títulos, que sucedeu a seleção de 92
publicações, que passaram por uma tiragem de leitura e análise dos resumos,
acarretando a retirada de 68 publicações que não abordava informações compatível
com o tema trabalhado. Restaram 37 estudos que foram examinados com a leitura da
íntegra. Em seguida houve a exclusão daqueles que não se respondiam o propósito
da monografia. A pesquisa finalizou com a inclusão de 12 estudos, que atendiam os
critérios de resposta e discursão (Tabela 1).
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
e políticas de saúde
medidas que promovam
os direitos à saúde das
mulheres presas vivendo
com HIV.
Hepatitis C (AKIYAMA Revisão Nesta revisão,
elimination et al., 2021) Integrativa destacamos sete áreas
among people
incarcerated in prioritárias e melhores
prisons: práticas para melhorar o
challenges and
atendimento ao HCV em
recommendations
for action within a ambientes correcionais,
health systems mudando
framework.
a vontade política ,
garantindo o acesso ao
diagnóstico e teste do
HCV, promovendo
modelos ideais de
atendimento e tratamento
do HCV, melhorando a
vigilância e monitoramento
da cascata de cuidados de
HCV, reduzindo o estigma
e combatendo os
determinantes sociais das
desigualdades em saúde,
implementando
programas de prevenção e
redução de danos de HCV
e avançando
na pesquisa em prisões .
Nursing care (SILVA et Estudo A assistência de
provided to al., 2020) exploratório- enfermagem às pessoas
persons deprived
of liberty in the descritivo com privadas de liberdade no
46
dessas mulheres, por isso é importante destacar a vigência dos direitos da pessoa
encarcerada, bem como usufruir do direito à saúde, além da efetivação de serviços
sanitários básicos, e condições dignas e humanas. E para mudar essa realidade cabe
a discursão de mudanças de leis, que garantam e assegure o interno sobre seus
direitos e deveres dentro do sistema prisional (CABRERA et al., 2019)
É possível analisar um alto índice de doenças infecciosas e sexualmente
transmissíveis, como o HIV/ AIDS e sífilis nos presídios feminino, patologias estas que
podem ser diagnosticadas de modo precoce, quando as políticas e serviços de saúde
esteja funcionando adequadamente dentro do recinto, a não aplicação dos serviços
de saúde eleva a disseminação de doenças, gerando assim uma população doentia.
O cuidado à saúde da população carceraria é um direito e um deve do estado, qual
deve fornecer serviços e recurso humanos para a empregabilidade dos serviços
propostos por lei, respeitando igualdade de gênero e sensibilidade de cada ser
(PILLAY, CHIMBG, VAN HOUT 2021).
De fato, é importante enaltecer a atuação de todos os profissionais da saúde,
que atuam dentro do sistema prisional, em especial a do enfermeiro na atenção a
saúde da mulher, e em todas suas particularidades de seu ser, principalmente quando
esta mulher se encontra gestante e precisa de uma atenção maior, dentro do sistema
carcerário. Mesmo havendo dificuldades para a prestação de serviços á saúde
feminina, sua atuação deve ser fundamentada no cuidado humanizado,
estabelecendo vínculo, qual possibilita melhor interação e diálogo entre ambos, tanto
quanto gestante, parto e puérpera de forma a investigar e sanar suas necessidades,
de acordo com seus preceitos éticos e profissionais, proporcionando zelo e garantia a
saúde de todos (FELIX et al., 2017).
A vivência da equipe de profissionais de enfermagem, dentro do sistema
carcerário, vai além dos seus preceitos éticos e legais de profissão, qual exige um
olhar holístico e além de tudo humanização, mesmo o profissional se deparando a
cada dia com realidades diferentes e dificuldades para a prestação de assistências
que atrase e retarde as consultas, ele ainda deve buscar prestar serviços, como o que
se é oferecido pela instituição penal. O profissional de enfermagem deve criar e
implantar estratégias de saúde que sejam resolutivas para cada problema de saúde
observado na cadeia, bem como o papel de reeducar essas mulheres quanto o
51
cuidado com sua saúde física, psicológica e sexual, além de prepara essas mulheres
para sua volta na sociedade, pós cumprimento da pena (SOARES et al., 2020)
Os cuidados a saúde das internas, não só pode ser mediado no recito da
instituição prisional, mas sim ser estendido ao ambiente hospitalar, qual terá maior
cobertura e atenção especifica a cada patologia manifestada do detido. A prestação
de assistência realizada pelo profissional de enfermagem no hospital a pessoas
privadas de liberdade, não se limita a procedimentos técnicos oferecidos nas prisões,
qual é evidenciado uma deficiência estrutural das unidades de saúde prisional, com
relação a hospital, havendo assim a necessidade de ampliação das estruturas, para
que os serviços de saúdes sejam oferecidos, aderidos e aceitos da melhor forma pela
população carceraria (SILVA et al., 2020).
Devido as condições de encarceramento, vale evidenciara a importância da
educação permanente, empregada pelo profissional de enfermagem atuantes da
unidade prisional, qual busca oferecer e orientar os internos, informações referentes
aos cuidados e formas de prevenção de patologias infecto transmissíveis assim como
a tuberculose por exemplo doenças contagiosas é ainda muito vista dentro do
ambiente carcerário. Patologia que necessita de cuidados especiais e isolamento. O
enfermeiro ainda deve otimizar o acesso das internas a ações e planos de
intervenções, traçando novas estratégias de controle e combate a patologias desse
caráter. Além de sensibilizar a população carceraria a adotar práticas preventivas,
para que seja reduzido o nível de internos, profissionais contaminadas na unidade e
fora dela (FABRINI et al., 2018).
52
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
que experienciaram esse momento no xadrez, deficiências estas que por vez não são
reivindicadas nem questionadas, devido a incidência dos direitos que possui o
cidadão/detido. Direitos expressos na Lei de Execução Penal e na Constituição da
República Federativa do Brasil de 1988.
A lei de execução penal, em seu artigo 3° diz que os internos serão
assegurados quanto aos seus direitos, qual não implicara com sua sentença, não
havendo diferenciação independente da cultura, raça, religião, política ou gênero. Já
o artigo 10° dispõe de modo mais objetivo, a segurança e garantia da pessoa privada
de liberdade o gozo ao acesso a saúde, sendo dever do estado prestar esses serviços,
mesmo que o recinto prisional não disponha desses serviços, a assistência deve ser
realizada em outro recito, para as mulheres em situação gestacional, esses serviços
devem ser extensivos ao momento do parto e ao seu filho, desse modo a condição da
mulher encarcerada deve ser mais compreendido.
Em virtude dos argumentos levantados, faz-se indispensável a habilitação do
conhecimento sobre a atuação do profissional de enfermagem dentro do sistema
carcerário, a dura realidade dessas mulheres para conseguir acesso aos serviços de
saúde básicos, bem como a identificação precoce de doenças psicológicas, físicas e
infecto transmissíveis que afetem a saúde sexual e sexualidade feminina, por parte
de todos os profissionais de saúde e defensores dos direitos humanos. Principalmente
sobre saber alertar a população prisional sobre os serviços disponível e prestados
dentro da unidade, qual cooperam significativamente na cura de patologias, diminuído
assim complicações graves e possibilitando a tomada de decisão coniventes,
proporcionando um acompanhamento adequada o a cada caso.
Nesse sentido, vale frisar a importância da revisão dos direitos humanos, bem
como a criação de leis mais brandas, que possam ser averiguados a fundo a prestação
de serviços de saúde oferecidos a população carceraria, possibilitando assim
melhorias para atender e acolher os internos independente de gênero, quis possam
influenciar em ações positivas, sobre ao acompanhamento contínuo em especial das
mulheres encarceradas, respeitando suas especificidades e direitos. Atingindo assim
um maior público de internos que estejam ou possam a vir a ficar doente,
proporcionando maior cobertura e proteção evidenciada pela participação e trabalho
dos profissionais de saúde, seja eles médicos, psicólogos, nutricionistas, obstetras e
enfermeiros, estes que buscam chegar ao proposito final promover saúde e bem está
54
REFERÊNCIAS
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mulheres do sistema prisional de uma capital do nordeste brasileiro. Ver. Eletr. Enf.
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em uma penitenciária do estado do Rio de Janeiro. Escola Anna Nery, v. 21, 2017.
SILVA AAS, Araújo TME, Teles AS, et al. Prevalência de Hepatite B e fatores
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