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Centro Universitário
Bacharelado em Enfermagem
Paripiranga
2021
DOUGLAS PEREIRA GOMES
Paripiranga
2021
DOUGLAS PEREIRA GOMES
BANCA EXAMINADORA
The school space is a favorable environment for the existence of common accidents,
such as: choking by a foreign body, seizures, trauma with dental avulsion,
cardiopulmonary arrest (CRP), external and internal hemorrhage, burns, fainting,
sprains, dislocations, fractures. Therefore, it is necessary to assess the level of
knowledge in First Aid (FA) by teachers and professionals responsible for students,
both in early childhood education and in public and private schools. In this way, the FA
are an essential instrument to ensure the well-being of the student community, in the
face of an emergency situation. With this knowledge, professionals will know how to
proceed correctly and safely, providing satisfactory changes in this aspect. Objective:
This research has as main objective: to determine the degree of influence of training
in first aid for teachers and coordinators of the school environment, in order to save
lives. The specific objectives are: to improve and enhance the importance of
knowledge in FA in the school context or in any scenario that is prone to accidents,
and that requires emergency care; to seek means and strategies for “lay people” to
obtain knowledge, making use of effective resources in health education, and that
nursing occupies this strategic role to offer these actions aimed at FA; to confront the
lack of knowledge of teachers about the theme, taking into account the obstacles that
are causing the lack of interest and the search for knowledge in relation to SP; Method:
This is an integrative review. In order to carry out this study, we used English,
Portuguese and Spanish, the texts in full and the themes compatible with the
researched in this work, with time limits in the period of publication from 2011 to 2021,
consulted in the databases: Medline / PubMed, LILACS, SciElo. Result: It was
evidenced an unsatisfactory level of knowledge of teachers and professionals of the
school environment regarding the theme of first aid, noting that health education is of
paramount importance for the development of training practices in FA in schools.
Conclusion: The present research found that training in first aid is relevant. It presented
satisfactory and effective results in emergency care at schools. Descriptors: “First Aid”,
“School” and “Health Education”.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE SIGLAS
1 INTRODUÇÃO 12
2 DESENVOLVIMENTO 15
2.1 Referencial Teórico 15
2.1.1 Primeiros socorros: definição e reconhecimento de aferição dos sinais
vitais 15
2.1.2 Principais intercorrências no âmbito escolar e condutas a serem
tomadas de acordo com cada intercorrência 24
2.1.3 Avaliação do interesse e conhecimento dos professores e
coordenadores acerca da temática 41
2.1.4 Intervenções e estratégias eficazes para confrontar a deficiência e
compreensão dos professores do âmbito escolar em primeiros
socorros 45
2.1.5 Leis e programas que preconizam as escolas a capacitar os
profissionais e os alunos acerca dos primeiros socorros 49
3 METODOLOGIA 53
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 55
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 62
REFERÊNCIAS 65
12
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
PS têm como definição prestar cuidado a uma pessoa acidentada, com lesões
leves, moderadas, graves ou até mesmo com risco iminente de morte. Esse cuidado
pode ser realizado por qualquer pessoa que tenha conhecimento em PS, sendo que
tal atitude seja executada com a finalidade de evitar agravamento da situação e com
a antecedência de uma assistência médica. As situações corriqueiras que necessitam
de PS são os traumas. comorbidades e doenças (HOSAPATNA et al., 2020).
Para Veronese et al. (2010); Varella; Jardim (2011), citado por Cabral et al.
(2019), PS é o atendimento de forma imediata a um indivíduo que se encontra ferido
ou doente, ao qual a população pode oferecer, antes do atendimento médico. É um
tema de grande valia e com finalidade de manter o organismo da vítima funcionado
para manter-se viva. Acidentes que requeiram atendimento desse tipo são
frequentemente presenciados em locais de trabalho, ambiente escolar, trânsitos, entre
outros cenários.
Neto et al. (2017), define PS como um atendimento realizado por profissionais
da área da saúde ou não, com o objetivo de diminuir, cessar a dor ou evitar
agravamento da situação. A ausência desse recurso poderia levar a vítima a óbito,
uma vez que os estudos apontam atitudes simples e acertadas como um diferencial
na fronteira entre vida e morte. Além disso, essa prática faz com que a lesão ou a
doença não seja capaz de trazer piores consequências para o indivíduo. Sendo assim,
os PS têm o objetivo de prevenir esses agravos, assegurar a melhora e salvar vidas.
Para Pergola; Araújo (2008) citado por Camboim; Fernandes (2016), PS são
atendimentos prestados de forma imediata ao portador de mal súbito ou acidentado e
elencando ao atendimento pré-hospitalar (APH), sendo que tais práticas e cuidados
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primários ocorram fora da área hospitalar. Para isto, é necessário que qualquer
pessoa possua conhecimento em noções básicas de saúde para socorrer a vítima
traumática ou psiquiátrica. Desse modo, também se considera PS um atendimento de
emergência que leve em consideração as implicações da cena, a prudência e o
conhecimento suficiente para prestar-se um atendimento adequado.
Ademais, para Alves; Silva (2011), citado por Camboim; Fernandes (2016),
outra definição para PS (Cruz Vermelha Brasileira), como sendo atendimentos
voltados para as vítimas, no local do acidente ocorrido, com a finalidade de promover
o funcionamento dos SSVV no intuito de manter a vida e minimizar agravos. Ele
considera que esse tipo de socorro é realizado antes da chegada da equipe médica e
faz lembrar que esse atendimento não substitui o médico e nem a equipe de urgência
e emergência. Apenas previne que a vítima tenha agravos mais complexos.
Dito isto, fica perceptível que a ideia de se passar o conhecimento de PS para
a população é de suma importância, sendo um dos pontos inicias para resultar de
forma significante no aumento do número de pessoas a adquirir e aprimorar seu
conhecimento em noções básicas de PS, bem como de focar nos acidentes e lesões
que são mais corriqueiros. Em virtude disto, deve-se buscar intervenções adequadas,
que aumentem o nível de aprendizagem dos profissionais de âmbito escolar, que
passam grande parte do seu tempo cuidando de crianças e adolescentes, os quais
estão propícios a esses riscos de lesões que necessitem de um atendimento imediato
(CAMBOIM; FERNANDES, 2016).
Segundo Amaral et al., (2014), nesse sentido, a educação é o pilar para a
promoção do saber, proteção dos SSVV e soluções que envolvem situações
emergenciais. A educação oferece conhecimento e meios de buscar técnicas para se
saber comportar diante de um cenário de acidente, no qual a vítima esteja precisando
de um atendimento eficaz para mante-se viva. Outrossim, todo ambiente público ou
privado deve ter kits de PS e pessoas capacitadas ao uso dos materiais e às
aplicações das técnicas de PS. Vale ressaltar que qualquer indivíduo pode ser
surpreendido por uma situação em que se necessite de um atendimento imediato e,
como é sabido, nem sempre o atendimento médico chega a tempo.
Segundo Potter e Perry (2013), é importante salientar que os SSVV são os
indicadores das funções do organismo. Eles dão informações ao profissional ou a
quaisquer pessoas que tenham conhecimento sobre a situação instantânea da vítima.
Esses SSVV são: temperatura, pulso, respiração, pressão arterial (PA). São esses
17
Figura 1: Demostrando os pontos específicos para palpar os pulsos conforme a posição anatômica.
Fonte: torres; Moreira; Silva (2019).
Segundo Potter e Perry (2013), o pulso é uma pressão exercida pelo ventrículo
esquerdo, levando o sangue para as artérias periféricas. Essa avaliação do pulso
fornece informações do fluxo sanguíneo. Dito isto, existe um valor referencial para ser
seguido de acordo com a literatura avaliada. A referência que está sendo utilizada traz
seu valor normal de referência de 60 a 100 batimentos por minutos, mas algumas
outras literaturas podem trazer algumas divergências nos valores de referência. O
pulso radial é o mais palpável em adultos. Já em bebês o pulso braquial ou apical são
os mais escolhidos para palpar.
Por conseguinte, a respiração também é um dos indicadores de importância
vital para o ser humano. Ela faz acontecer a troca de oxigênio e dióxido de carbono
no movimento de expiração e inspiração (Figura 2). Sendo assim, é necessário que o
socorrista, ou outra pessoa que não seja necessariamente da área da saúde, tenha
conhecimento desse fenômeno, para poder oferecer suporte básico de vida (SBV).
Esses movimentos de inspiração e expiração são observados pelo movimento do
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tórax ou abdome. A vítima deve ter atendimento de forma imediata para que ela possa
ter desobstruídas suas vias aéreas (PERRY; POTTER; ELKIN, 2013).
visível. Nesse caso, faz-se necessário colocar as mãos nas partes superior e inferior
do abdome (CAMBOIM; FERNANDES, 2016).
Outrossim, um outro SSVV importante que deve ser avaliado é a PA. Ela pode
trazer vários danos ao paciente quando seus valores estão elevados ou baixo da
referência de normalidade em milímetros de mercúrio (mmHg). A PA, é a pressão
exercida pelo sangue no interior das artérias. Essa pressão depende de alguns fatores
extrínsecos e intrínsecos para se manter alterada ou dentro do seu parâmetro de
referência. A pressão arterial é mensurada com aparelhos específicos para este fim,
no intuito de se obter um resultado fidedigno. Para a compreensão da leitura da
aferição da PA, leva-se em consideração saber quais resultados são referentes à
pressão sistólica e à diastólica. A pressão sistólica se refere ao primeiro resultado ou
ao número de maior valor, e a diastólica diz respeito ao segundo resultado ou de
menor valor (CAMBOIM; FERNANDES, 2016).
A aferição da PA se dá através dos equipamentos conhecidos como
esfigmomanômetro e o estetoscópio, ou até mesmo por aparelho digital. O mais
comum para a aferição é que ela seja realizada nos membros inferiores (MMII) ou
membros superiores (MMSS), porém, o local mais comumente utilizado são os MMSS.
Para sua realização, algumas recomendações são necessárias, como: posicionar o
MMSS do paciente em uma altura que esteja no nível do coração, certificar-se da
artéria braquial através da palpação, investigar se o paciente está com a bexiga cheia,
informar sobre a insuflação que irá realizar. Após realizar o procedimento, identificar
a pressão sistólica e diastólica (MEIRELES, 2014).
Além do já explanado, para que se obtenha uma aferição de PA com mais
fidedignidade, deve-se investigar se o paciente estava realizando algum exercício
físico nos últimos 30 minutos e procurar um ambiente tranquilo, pois o estresse
também pode alterar o valor. Ademais, em crianças e adolescentes alguns fatores
podem tornar mais ineficiente a aferição da PA, como a idade, altura, condicionamento
físico, e até mesmo histórico familiar de hipertensão arterial (MEIRELES, 2014).
Um dos fatores mais investigados na aferição da PA é a Hipertensão Arterial
Sistêmica (HAS), bem como uma crise hipertensiva, que pode ser caracterizada pelo
aumento inapropriado e instantâneo da PA, e que necessita de um atendimento
rápido, devendo-se de imediato procurar um atendimento de saúde mais próximo, pois
tal alteração pode levar o paciente a adquirir danos irreversíveis. Algumas pessoas
apresentam os sintomas clássicos como: tontura, cefaleia, zumbido, dentre outros.
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Diante disso, é de suma relevância que no ambiente escolar haja pessoas capacitadas
a prestar os primeiros socorros às pessoas que possam necessitar de um atendimento
rápido, pois a chance de prevenir agravos é bem maior, quando se trata de risco de
morte (SOUSA, 2018).
Por conseguinte, outro evento interligado à pressão arterial é a hipotensão,
onde o valor da pressão arterial cai abaixo do normal. Neste caso, uma das principais
condutas a ser realizada é colocar a pessoa em local arejado, elevar os MMII acima
do nível do coração, mais ou menos 45° acima do chão e oferecer líquidos. É no
mínimo aceitável dizer que as escolas são ambientes que estão propícios a acontecer
qualquer tipo de ocorrência, e assim, necessita de pessoas capacitadas para realizar
alguns procedimentos de primeiros socorros. Deste modo, é necessário que os
docentes e colaboradores busquem conhecimento e que sejam capazes de preencher
quaisquer requisitos em prestar os primeiros socorros, uma vez que o ambiente
escolar é muito movimentado, propiciando fatos pertinentes à prestação de socorro
(SOARES; MAGALHÃES, 2012).
Segundo Potter e Perry (2013), uma das principais alterações e mais
corriqueira é a hipertensão, sendo que, em alguns casos, o paciente se encontra
assintomático. Como já dito, os aparelhos de uso manual para se obter os valores
mmHg, é o esfigmomanômetro e o estetoscópio. Esse é o método auscultatório
manual, mas também tem há aparelho eletrônico auscultador da PA.
Mediante o exposto, o conhecimento sobre primeiros socorros e as condutas a
serem prestadas é imprescindível em um ambiente escolar, garantindo o primeiro
atendimento ao paciente, prevenindo-se piores agravos da saúde. Sabe-se da
escassez do conhecimento acerca da temática dos primeiros socorros nas escolas.
Desta forma, nota-se a necessidade de abordar esta temática, bem como de capacitar
pessoas leigas para que possam desenvolver estas ações, e, assim, reduzir os índices
de agravos e mortalidade de pessoas que necessitem de um atendimento rápido
(LANDA; FERREIRA, 2020).
De acordo com Potter e Perry (2013), a temperatura ocorre de acordo com os
tecidos internos do corpo. A temperatura pode sofrer algumas variações do seu valor
de referência. Essas mudanças de temperatura podem ocorrer com a prática de
atividade física, processo de hidratação prejudicada ou por alguns processos
infecciosos. Seu valor de referência está entre 36 a 38 °C (adulto), no entanto, esses
valores podem variar de acordo com o local onde está sendo mensurado.
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Figura 4: Demostrando a expressão facial de acordo com a escala de dor Faces e FPS-R.
Fonte: Oliveira et al. (2014).
Segundo Sena et al. (2008), citado por Leite et al. (2013), o ambiente escolar é
um local propício a acontecer acidentes com frequência e em quaisquer momentos. É
sabido que nos intervalos das aulas, os alunos tiram esse tempo para correr, lanchar,
brincar, desenvolver suas atividades rotineiras. É mais precisamente nesses
momentos que os mesmos ficam vulneráveis a sofrer algum tipo de acidente. Também
é sabido que acidentes podem deixar sequelas graves ou até mesmo levar o indivíduo
a óbito. Com isso, observa-se uma grande preocupação devido ao baixo nível de
conhecimento dos professores ou dos cuidadores das crianças, em não saber lidar
com esse tipo de situação que necessita de um atendimento de urgência ou
emergência.
A escola é um ambiente em que a todo o momento estão sendo desenvolvidas,
por parte dos alunos, várias atividades de socialização, brincadeiras, recreação, e
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isso faz com que esse local seja bem propício a acontecimentos de acidentes. Vendo
esse cenário, entendemos que a necessidade de um atendimento em primeiros
socorros antes da chegada da equipe de saúde é primordial (LEITE et al., 2013).
O ambiente escolar está propício a acidentes, em virtude de crianças e
adolescentes passarem uma grande parte do seu dia ali, e além do mais, participam
de várias atividades de movimentação em grupos. Professores ou outras pessoas que
estejam responsáveis pelas crianças e adolescentes precisam receber treinamentos
em PS para enfrentar qualquer situação de emergência, sendo que essa faixa etária
está mais vulnerável a sofrer acidentes (LEITE et al. 2013).
É em razão dessas atividades desenvolvidas no ambiente escolar pelas
crianças e adolescentes, que o risco de acidente é maior, sendo as quedas, uns dos
acidentes de ocorrências de emergência mais corriqueiros nesse ambiente, com
consequências de fraturas expostas (aberta) ou internas (fechadas), traumas,
escoriações, e cortes. Além disso, também são bem pertinentes casos que
apresentam crises convulsivas e síncope, devido às condições clínicas do mesmo.
Com isso, se faz necessário o conhecimento em PS para oferecer a conduta
adequada para não prestar um socorro sem conhecimento e acabar prejudicando
mais ainda a situação (CAMBOIM; FERNANDES, 2016).
Para Leite et al. (2013), outras situações bem comuns no ambiente escolar que
necessitam de um atendimento de urgência e emergência são os engasgos por corpo
estranho, quedas com fraturas ou sem fraturas, luxações, entorse, queimaduras,
choque elétrico, hemorragias, perfurações, desmaio, cortes, ressaltando que alguns
desses acidentes citados anteriormente, podem levar o indivíduo a uma PCR, além
de outros acidentes que não são tão comuns nesse ambiente. Ademais,
independentemente do acidente, é necessário o reconhecimento da situação de
emergência e realizar com segurança o atendimento da vítima antes da equipe
especializada chegar ao local.
A obstrução das vias aéreas é uma das mais graves ocorrências em qualquer
faixa etária, mas sendo mais comum em crianças, devido ao desenvolvimento
anatômico das vias aéreas. Essa obstrução ocorre de forma subtotal ou total, fazendo
com quer ocorra a deficiência na passagem do oxigênio inspirado do ar atmosférico
para os pulmões. A gravidade dessa obstrução depende do grau da obstrução e do
atendimento que vai ser prestado para a vítima. A obstrução total e o socorro tardio
podem levar o indivíduo a óbito rapidamente, por causa da asfixia causada pelo corpo
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suas características próprias. Nos seus primeiros anos de vida, as crianças exploram
o mundo colocando objetos na boca, elas mantêm uma maior frequência respiratória,
poucos dentes na arcada dentária, subdesenvolvimento da mastigação e deglutição,
maturação das vias aéreas, entre outras. Essas especificidades fazem delas as mais
vulneráveis. Por isso, a importância de buscar meios estratégicos nessa temática é
de suma importância. Saber identificar os diferentes estágios da obstrução, conhecer
as técnicas de SBV para esse tipo de empasse, que seriam: golpear nas costas,
realizar compressões torácicas e abdominais de acordo com suas especificidades
(idade), saber identificar a perda de consciência para iniciar a RCP.
visível e fazer a retirada com segurança. As manobras de RCP não devem ser
interrompidas até que a vítima seja reanimada ou o atendimento médico de
emergência chegue (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2019).
Por conseguinte, segundo Camboim; Fernandes, (2016), se a vítima de uma
asfixia causada por um corpo estranho for uma criança menor de um ano, a manobra
de Heimlich é contra indicada, devido ao risco de lesionar as vísceras abdominais.
Sendo assim, a conduta correta é colocar a criança em uma posição de apoio (posição
ventral sobre as pernas do socorrista), golpear 5 vezes com a região palmar (Figura
6.1), virá-la e realizar cinco compressões torácicas (Figura 6.2), no intuito de reanimar
e desobstruir as vias aéreas da mesma.
Em vista disso, outra causa que também faz parte das ocorrências mais
corriqueiras no âmbito escolar é o desmaio. O desmaio é a perda súbita da
consciência pela diminuição de oxigênio no cérebro, sendo diversas condições
clínicas que podem levar o indivíduo a desmaiar. A hipoglicemia, emoções, cansaço
excessivo, acidentes que levem o indivíduo a ter perda sanguínea, dor intensa, dentre
outros fatores. Além do que, quando o sujeito está suando frio, com fraqueza,
náuseas, palidez, vertigem, estamos diante de um dos indicies que podem resultar em
desmaio (CAMBOIM; FERNANDES, 2016).
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Figura 8.1: Simulação de como proteger a Figura 8.2: simulação da posição adequada
cabeça da vítima com um travesseiro e retirar os (decúbito lateral) para a vítima que apresenta
objetos ao redor. vômitos ou grande quantidade de saliva.
Fonte: Camboim; Fernandes (2016). Fonte: Camboim; Fernandes (2016).
[...] Quando ocorre avulsão do dente é preciso armazená-lo em leite frio, pois
há ótima osmolaridade e composição de pH ideal para conservação por um
período de até três horas, tempo suficiente para que a criança receba
atendimento odontológico. O trauma dentário na maior parte das vezes afeta
os incisivos centrais e pode levar a uma perda de função, bem como um
impacto negativo na qualidade de vida, desconforto ao sorrir, sofrimento
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Dito isto, os professores são o foco principal, o público alvo no ambiente escolar
para que aconteça o atendimento da forma que deve ser realizado, sendo que ainda
é pouco ou quase nada trabalhada a capacitação desses profissionais da educação
em capacitação em PS. Dessa maneira, o atendimento prestado pelos professores no
âmbito escolar, frente a esse tipo de trauma ou mesmo a outros acidentes em que se
faz necessário um suporte básico de vida, ainda é muito ineficaz, resultando em
maiores agravos de saúde, em virtude da ausência de conhecimento e oferta de
treinamento em PS (CURYLOFO; LORENCETTI; SILVA, 2012).
Alguns outros acidentes que acontecem no ambiente escolar são as quedas.
As crianças e os adolescentes estão sempre buscando meios de brincar, correr, se
divertir, e acidentalmente acontecem as quedas, podendo resultar em ferimentos que
podem levar o indivíduo a uma hemorragia, fraturas expostas (abertas) ou internas
(fechadas). As fraturas acontecem quando um osso é quebrado, fazendo com que ele
perca sua continuidade. Isso acontece quando o osso recebe um impacto, uma força
maior ao que sua estrutura suporta. Quando isso acontece, ocorrem também lesões
musculares, nos nervos, entre outros órgãos (Figura 9). Os ossos têm como função
sustentar a estrutura do corpo, proteger órgãos, possuindo, assim, uma grande
atribuição de forma vital e, ainda, dão formação ao esqueleto (CAMBOIM;
FERNANDES, 2016).
Segundo Camboim, Fernandes (2016), as fraturas são classificadas como
abertas e fechadas. A fechada acontece quando o osso não rompe a pele nem fica
exposto, mas causa uma dor intensa. A fratura aberta resulta em rompimento da pele
no local onde aconteceu a fratura. O osso fica exposto ao meio externo, com isso, a
possibilidade de agravar a situação é maior, fato que exige melhor preparação na
prestação de PS. Por conseguinte, uma fratura pode também ocasionar uma
hemorragia no momento da quebra do osso ou quando o socorro é realizado de forma
incorreta. As fraturas são consideradas como uma emergência ortopédica.
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da área da saúde, mas, em casos que o leigo tenha total conhecimento e segurança
(capacitado) em prestar esse tipo de socorro, ele está respaldado a realizar o
atendimento, sendo esse atendimento considerado de suma importância, por ser feito
nos primeiros minutos do ocorrido, e isso faz aumentar a sobrevida da vítima. Essa
ação é denominada como SBV. Dessa forma, é de vasta relevância intervir e buscar
capacitar a população leiga de modo geral em PS, ademais, isso vai resultar em
experiências positivas, diminuindo a chance de risco de sequelas permanentes e
aumentar a sobrevida da vítima, colocando em prática o treinamento da população
leiga.
Ligado a este pensamento, o papel do enfermeiro como educador é amplo,
levando em consideração que a educação sobre PS trata-se de algo que está em
desenvolvimento permanente, além do mais, sabe-se que a escola é um ambiente
onde há alto risco de acometimentos trágicos para as crianças, e as experiências
vivenciadas pelos professores e colaboradores neste ambiente se tornam o pilar para
a execução práticas de PS. Assim, se faz necessária a parceria dos profissionais
educadores com os da saúde, com intuito de trazer uma maior segurança para todas
estas pessoas que estão presentes nas escolas (SILVA et al., 2017).
Com base nesse contexto, a escola é tida como um local de alerta para a
ocorrência de situações de emergências. Por isso, popularizar e ensinar sobre as
práticas dos PS e, sobretudo, conseguir interesse dos profissionais educadores
acerca desta temática é primordial, pois será a partir do interesse dos profissionais
que se pode alcançar um melhor resultado, com intento de prevenir piores agravos de
saúde e mitigar procedimentos inadequados. Tudo isso impactará positivamente nos
níveis de conhecimento e habilidades destes professores e colaboradores (SILVA et
al., 2017).
É oportuno salientar quão importante é haver influência e estímulo entre os
profissionais da educação e colaboradores para com a aprendizagem das técnicas
dos PS, mesmo sabendo que a inserção das noções dos PS já é realidade em
algumas regiões, porém, ainda são baixos os índices, tornando-se assim uma prática
irreal para muitos ambientes escolares. Segundo a Organização Mundial da Saúde,
OMS, o treinamento dos PS no ambiente escolar é recomendado mundialmente.
Seguindo essa linha de pensamento, torna-se imprescindível que o interesse dos
professores esteja em primeiro lugar para que se possa implantar uma prática de PS
nas escolas (RIBEIRO, 2015).
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Vale ressaltar que as escolas, por apresentarem uma estrutura que pareça ser
segura, mesmo assim, ainda oferecem imensos condições de risco para as crianças
e adolescentes. Assim, os professores necessitam agir para intervir nesses fatores de
risco. Esse conhecimento dos fatores de risco faz com que os mesmos sejam
corrigidos e tenham uma forte influência na diminuição de acidentes, mas, para isso
ocorrer, os professores precisam ter essa concepção através de capacitação sobre a
temática exposta (SILVA et al., 2017).
Nessa perspectiva, a insegurança desses profissionais de educação no
conhecimento de suporte de primeiros socorros ainda é bem presente, por isso a
importância de trazer e buscar melhorias nessa temática. É preciso que os
educadores mantenham-se mais preparados para prestar os PS, mesmo em
acidentes de pequeno porte, pois o primeiro atendimento nesses acidentes vai ter uma
grande influência fundamental para manter a vítima salva. Além do mais, esses
educadores e coordenadores do ambiente escolar, carecem saber distinguir qual
acidente necessita de atendimento do socorro especializado em emergência
(RIBEIRO, 2015).
Por fim, cabe ressaltar que o educador, no ambiente escolar, saiba prestar o
atendimento em primeiros socorros, pois em alguns casos a ineficiência no
atendimento gera outros problemas de responsabilidade legal em se prestar um
socorro inadequado, na medida em que essa prática ineficiente pode resultar em
agravos à saúde da vítima. Esse agravo é resultante tanto de uma prática ineficiente
de PS, quanto da ausência de conhecimento para a identificação da necessidade de
solicitar um serviço especializado de urgência e emergência (RIBEIRO, 2015).
capacitação da população e em especial aos professores que vivem uma grande parte
dos seus dias no ambiente escolar (e é o responsável pelas crianças e adolescentes
dentro da escola, e que o âmbito escolar é um local de comum intercorrências de
acidentes que necessitam de um atendimento imediato), digo, a capacitação desse
público em evidência é um dos pilares de suma importância para diminuir os agravos
e óbitos decorrentes da falta do saber lidar com uma situação que precise de PS
(BRITO et al., 2020).
Ademais, a falta de conhecimento da população em geral, com relação a
primeiros socorros, pode resultar em inúmeros problemas, devido a uma má conduta
prestada à vítima numa tentativa desesperada de ajudar. Os acidentes são
imprevisíveis: não denunciam antecipadamente o local onde vão acontecer, nem a
hora, nem tampouco descreve a pessoa que vai ser a próxima vítima. Isso é fato. No
entanto, alguns locais, como o ambiente escolar, entre outros de concentração de
público e sua atividade ali exercida, estão mais expostos ao risco de um acidente que
precise de um atendimento imediato. Isso deve ser o suficiente para se entender a
importância de se capacitar em primeiros socorros os responsáveis pelas crianças e
adolescentes no ambiente escolar, bem como o cidadão comum onde quer que seja
(NARDINO et al. 2012).
A educação é um dos principais meios de se obter melhores resultados em
prevenção a acidentes. Este é um dos recursos ao qual as escolas devem aderir para
incluir em todos os programas escolares essa filosofia de prevenção a acidentes,
fazendo com que entre as abordagens curriculares sejam contempladas a filosofia da
prevenção e a prática em PS quando da necessidade. Entretanto, essa estratégia já
é contemplada em alguns ambientes de trabalho, com o objetivo de prevenir e saber
realizar uma conduta correta diante de uma situação de emergência (NARDINO et al.
2012).
Segundo Pergola; Araujo, (2008) citado por Nardino et al. (2012), sabe-se que
é muito elevada a quantidade de acidentes que acontecem no mundo, ocorrendo em
grande parte em ambientes do cotidiano, trânsito, ambiente escolar, domicílios, local
de trabalho, entre outros. Com isso, é vital o conhecimento em PS, mas no Brasil há
prevalência de desconhecimento sobre essa temática, sendo muito pouco difundida e
trabalhada.
Os acidentes envolvendo crianças e adolescentes são constantes. Os
noticiários estão trazendo essas notícias de forma alarmante, é imensa a quantidade
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de ocorrências com esse público, mas pouco se ouve falar em educação em saúde
como um meio de estratégia para mudar essa realidade. Ademais, a capacitação em
aprendizados técnicos que vise passar conhecimento e aprimorar a técnica em PS é
uma estratégia para ser trabalhada num público desde criança (COELHO, 2015).
Diante disso, é visível a necessidade de se buscar a orientação da população
leiga na educação em saúde, com o intuito de realizar mudanças comportamentais,
adquirir conhecimento de SBV. Essa orientação educacional transmitida para uma
grande quantidade de pessoas vai trazer, ainda que a longo prazo, resultados
positivos, voltados à prevenção e conduta adequada para as vítimas por quaisquer
situações que precisem de uma intervenção imediata, diminuindo o agravo à saúde
(NARDINO et al., 2012).
A população deve ser mais estimulada a adquirir conhecimento em primeiros
socorros. Nota-se que em grande parte dos acidentes, o primeiro atendimento é
realizado por um leigo, fato que poderia salvar pessoas, por se conhecer as noções
básicas de PS, mas, ao contrário disso, esse mesmo atendimento tem se mostrado
ineficiente e, pior ainda, contribuído para o agravamento da situação da vítima,
fazendo com que ela tenha sequelas permanentes. Elencado a isto, a omissão dos
primeiros socorros é crime. Assim sendo, a prestação de socorro é um dever legal
(NARDINO et al., 2012).
O artigo 135 do Código Penal Brasileiro diz que a omissão em primeiros
socorros e a falta de conhecimento para prestar um cuidado adequado é uma das
principais causas de mortes e sequelas permanentes em vítimas de acidentes no
Brasil. É de grande relevância prestar atendimento de PS à vítima nas primeiras horas
do acidente, fazendo com que a chance de sobrevida aumente e diminua a chance de
danos irreversíveis (OLIVEIRA et al., 2013).
para explorar locais que lhes ofereçam risco de acidentes. Essa curiosidade
desenvolvida pelas crianças é natural. Com isso, por estarem em desenvolvimento,
buscando novas experiências, e contando com o fato de que nem sempre seus
protetores estão presentes para intervir no que poderia desencadear um possível
acidente, elas se lançam com maior energia aos cenários favoráveis a uma tragédia,
ao se sentirem donas de si mesmas. Entretanto, quando ocorre o acidente no
ambiente escolar, fica claramente perceptível que muitos desses professores não
sabem prestar um atendimento adequado em primeiros socorros e podem gerar
problemas adicionais. Isso ocorre pelo fato de os mesmos não terem recebido o
treinamento em PS (OLIVEIRA et al., 2013).
Diante disto, é de suma importância capacitar a população leiga em primeiros
socorros, e que essas noções devem ser transmitidas, preferencialmente, por
profissionais da área da saúde, por se tratar de profissionais capacitados neste
tocante e conhecedores das características relacionadas a esta trilogia “ambiente
escolar, crianças e acidentes”. Essa temática deve ser mais explorada para tornar
possível a obtenção de esclarecimento e conhecimento educacional em primeiros
socorros, colocando-se como desafio a elaboração de projetos para a população,
envolvendo a enfermagem e os demais profissionais da saúde. (NARDINO et al.
2012).
Ademais, nota-se a importância do enfermeiro para desenvolver estratégias de
educação em saúde, no intuito de transmitir o conhecimento e aprimorar a
compreensão dos professores em primeiros socorros. O enfermeiro, enquanto
educador desses profissionais da educação, tem suma importância em passar
conhecimento, dialogar, trazer experiências vivenciadas de situações que necessitam
de atendimento imediato, capacitar em práticas de prevenção de acidentes e
promoção de intervenções acertadas quando do atendimento face aos acidentes.
Outrossim, a relevância em elaboração de projetos com essa temática, fazendo com
quer as escolas possam aderir a esse pensamento estratégico, no intuito de buscar
um maior público para adquirir esse conhecimento e capacitar ao mesmo tempo os
seus profissionais (LEITE et al., 2013).
É importante a participação dos profissionais da educação em participar
periodicamente de cursos que ofereçam treinamentos em PS, mantendo-se esse
compromisso de buscar a capacitação, para saber lidar em situações de acidentes,
tanto no saber agir adequadamente e controlar o fator emocional, quanto na
48
transmissão de confiança e segurança aos alunos e aos demais ao seu redor. Sabe-
se que a grade curricular dos cursos de licenciatura não oferece capacitação em
noções básicas de primeiros socorros. Esse fato deixa professores e alunos em uma
situação problemática quando se admite a hipótese de ocorrência de um fato que
envolva risco vital. Com isso, cabe aos professores o interesse na busca de meios e
recursos que os capacitem em SBV (SILVA et al., 2017).
Segundo Silva et al. (2017), o Programa Saúde na Escola do Ministério da
Saúde, busca levar o conhecimento em PS para uma vasta população do âmbito
escolar. Esse programa surgiu com os relatos dos professores em não saber lidar com
situações de emergência, sendo um ambiente muito propício a ocorrer acidentes.
Diante disso, vemos este programa como um meio de estratégia a ser trabalhado no
intuito de se realizar capacitações em urgência e emergência. Desse modo, já se trata
de uma prática preventiva dos agravos em saúde.
Vale ressaltar que a influência dos responsáveis pela gestão da escola em
desejar capacitar seus profissionais, professores é de muito grande valia. A gestão da
escola deve buscar incentivar seus colaboradores e professores a se interessar por
capacitação em PS, bem como, deve oferecer uma estrutura ambiental segura para
as crianças. O resultado dessa influência faz com que esses acidentes sejam
prevenidos e, caso ocorram, haja profissionais capacitados em prestar o primeiro
atendimento à vítima (SILVA et al., 2017).
Além disso, projetos de extensões trazidos por alunos de enfermagem, voltados
às noções básicas de primeiros socorros, trazem benefícios favoráveis para o
desenvolvimento não somente desse público escolar específico, mas também, da
população como um todo. Esses projetos são de grande valia por realizar a
capacitação da população leiga sobre situações de emergência, na qual é preciso um
atendimento adequado em SBV (NARDINO et al., 2012).
Diante do exposto, percebe-se a necessidade de sugerir a implantação de mais
programas nas escolas, voltados a treinamentos de urgência e emergência para os
profissionais da educação e os demais responsáveis pelas crianças e adolescentes,
pelo fato de estarem envolvidos no cenário onde possam presenciar acidentes e,
assim, saibam prestar os PS de forma adequada. A implantação desses programas
deve ter como objetivo proporcionar prevenção e promoção em saúde para esses
profissionais. Isso é primordial nas atitudes adequadas para se evitar possíveis danos
irreversíveis à vítima (OLIVEIRA et al., 2013).
49
Segundo Santiago et al. (2012), o PSE tem como principal objetivo mudar a
forma do comportamento da sociedade por meios de articulações com do setor da
saúde junto com o da educação. Isso resultou da parceria do ministério da saúde e da
educação, com o intuído de unir forças, melhorar e enfatizar a prevenção do acidente
e promoção de atitudes que evitem os agravos da saúde. Ademais, a implantação do
PSE reforça a percepção dos profissionais de saúde a educarem e facilitarem o
contato dos adolescentes com enfermeiros. Assim, amplia-se a aproximação das
escolas às unidades de saúde, resultando em melhor conhecimento com o referencial
científico.
O ambiente escolar é um meio transformador da realidade social, por isso a
importância de sua vinculação à prevenção de acidentes e promoção da saúde. O
PSE tem como objetivo criar estratégias de prevenção, diante da vulnerabilidade das
crianças e adolescentes percebidas nas escolas, impactando na vida dos educandos
e familiares de forma positiva (FARIAS et al., 2016).
Com isso, cabe ao profissional enfermeiro levar conhecimento às escolas,
devido ao seu potencial, conhecimento com a função de capacitar esses profissionais
do âmbito escolar. O mesmo representa a figura principal para mostrar aos
profissionais da educação a grande relevância do “minuto de ouro” que é essa rapidez
que vai fazer com quer a vítima tenha uma maior sobrevida ou se ficará com sequelas
(MORENO et al., 2021).
Segundo Nardino et al. (2012), citado por Moreno et al. (2021), as pessoas que
omitem socorro à vítima de um acidente, a qual necessita de ajuda, podem ser
penalizadas. Dessa forma, é obrigatório prestar socorro, desde que não ofereça risco
para si próprio. Com isso, é um dever não apenas moral, mas legal prestar assistência.
Diante disso, de acordo com o código penal:
3 METODOLOGIA
Esquematização do processo de
aquisição do corpus
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Títulos dos
Autores/ Anos Métodos Resultados
estudos
Trata-se de uma
pesquisa de caráter
exploratório, com
abordagem
qualitativa,
desenvolvida com Emergiram
18 professores de três categorias
nove Centros temáticas: O
Municipal de professor do CMEI
Educação Infantil e sua relação com
Conhecimento de Divinópolis, primeiros socorros:
dos educadores localizado no conceitos e suas
dos centros município de inseguranças;
municipais Souza et al. Divinópolis, Minas Primeiros
de educação (2020). Gerais, Brasil. socorros durante
infantil sobre Foram realizadas acidentes no
primeiros entrevistas CMEI: atitudes
socorros. individuais no corretas e
período de julho a incorretas e
dezembro de 2018, Educação Infantil:
por meio de tipos de acidentes
roteiro e exposições a
semiestruturo, riscos.
posteriormente os
dados foram
analisados
mediante a Análise
de Conteúdo.
56
Participaram
97,1% (34)
profissionais do
sexo feminino,
42,8% (15)
afirmaram já terem
recebido algum
Trata-se de um treinamento e
quase experimento 71,4% (25) já
do tipo pré e pós- presenciaram uma
teste, para 35 emergência.
funcionários e Verificou-se antes
Primeiros professores de do treinamento
socorros na uma escola, uma pontuação
escola: Calandrim et al. avaliados com a média de 19,43
treinamento de (2017). utilização de pontos referentes a
professores e instrumentos habilidade e 2,91
funcionários. validados, quanto pontos no
ao conhecimento e conhecimento e
a habilidade em após 174,57
duas etapas, antes pontos na
e após um habilidade e 9,17
curso/treinamento. no conhecimento,
diferença
estatisticamente
significativa pelo
Teste de Postos
Sinalizados de
Wilcoxon
(p<0,001).
Foi aplicado um O questionário
questionário a 195 continha 12
professores da questões objetivas
Conhecimento
rede pública do sobre os
dos professores
ensino da região do traumatismos
do ensino
nordeste do Brasil, dentários e seus
fundamental
Pithon et al. O questionário métodos de
brasileiro sobre
(2014). continha 12 prevenção e
gerenciamento
questões objetivas manejo. Após
imediato de
sobre os obtenção dos
trauma dentário.
traumatismos dados, esses
dentários e seus foram submetidos
métodos de ao teste qui-
prevenção e quadradro e ao
57
consentiram em de docência
participar do desses
presente estudo. professores,
observou-se que
11,4% trabalham
há menos de um
ano, 22,7% de 1 a
5 anos, 11,4% de 6
a 10 anos e 34,1%
trabalham há mais
de 20 anos nessa
escola.
Quadro 2: Analítica para amostragem dos 7 estudos selecionados para os resultados e discussões.
Fonte: Dados do pesquisador (elaborado em 2021).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
básico de vida é válido para qualquer cenário em que a vítima esteja necessitando
desse socorro. Dessa forma, o conhecimento de primeiros socorros deve ser passado
para qualquer público.
Por fim, o objetivo específico foi fazer o confronto com o déficit de conhecimento
dos professores acerca da temática, levando em consideração os entraves que estão
causando a falta de interesse por parte do público alvo na temática e a busca de
conhecimento em relação aos PS. Diante disso, a pesquisa mostrou que ainda há um
déficit significativo no nível de conhecimento dos profissionais da educação sobre
Suporte Básico de Vida. Com isso, é notório que o conhecimento de primeiros
socorros para os professores, até então, representa uma problemática, fazendo-se
necessário trabalhar mais em estratégias para solucionar esses entraves que estão
acarretando a falta de treinamento em PS nas escolas.
Dito isto, o presente trabalho buscou artigos, livros e outras bases de dados
para atingir os possíveis resultados e esclarecer os objetivos pré-estabelecidos com
o assunto que é de vasta importância, primeiros socorros, no qual foi pesquisado o
nível de conhecimento e habilidade dos professores e coordenadores em primeiros
socorros. A pesquisa esclarece a relevância de treinamentos para esses profissionais
da rede de ensino básico, através de uma revisão integrativa. Além disso, essa obra
é válida para qualquer leitor, pois a mesma oferece um conteúdo rico em base teórica
e científica sobre conhecimento de noções básicas em primeiros socorros.
Perante o exposto, a revisão integrativa foi de bom proveito, por se tratar de um
tema de suma relevância, que tem como principal propósito o de salvar vidas, e que
servirá de base para a construção de outras pesquisas.
64
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