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FACULDADE MARIA MILZA

MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E MEIO AMBIENTE

MAGNO ANDRADE DOS SANTOS

PREVALÊNCIA DA SINDROME METABÓLICA ENTRE INDIVÍDUOS


ACOMPANHADOS NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE
SÃO FELIPE - BAHIA

GOVERNADOR MANGABEIRA-BA
2021
MAGNO ANDRADE DOS SANTOS

PREVALÊNCIA DA SINDROME METABÓLICA ENTRE INDIVÍDUOS


ACOMPANHADOS NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE
SÃO FELIPE - BAHIA

Pesquisa apresentada ao Programa de


Mestrado em Desenvolvimento Regional e
Meio Ambiente da Faculdade Maria Milza,
como requisito para obtenção do grau de
mestre.

Orientadora: Profa. Dra. Kaliane Rocha Soledade

GOVERNADOR MANGABEIRA-BA
2021
FICHA
Dedico,
Primeiramente a Deus por ter me proporcionado a oportunidade de concluir
mais essa importante etapa da vida, com bolsa integral em uma Instituição de
Excelência.
Aos meus Pais, que sempre me apoiam minha jornada acadêmica, buscando
se fazer presentes e participativos cada vez mais.
Às minhas irmãs, Cintia e Daiana, meu sobrinho Gabriel, a minha avó Guiu,
dedico mais essa vitória que dizem a todo mundo que sou um orgulho e agora sou
mestre.
A minha orientadora Kaliane Rocha, você é uma grande fonte de
inspiração que terei orgulho de ensinar tudo que aprendi com você, gratidão por
ressignificar meu conceito de não tenho tempo.
AGRADECIMENTOS

“Se Deus fizer, ele é Deus, se não fizer, ele é Deus, se a porta abrir, ele é
Deus, mas se fechar, continua sendo Deus...” primeiramente a Deus por ter me
proporcionado mais uma vez a oportunidade de estudar com bolsa integral em uma
Instituição de Excelência, pela constante presença em minha vida, sobretudo nos
momentos de cansaço, solidão no quarto estudando e frustações, por ter iluminado
o meu caminho me dando força para continuar lutando nos momentos de
dificuldades e de cansaço, permitindo-me cumprir mais uma etapa da minha vida
acadêmica, ao qual eu desde a graduação vislumbrava;
Aos meus pais, pelo amor incondicional, pelos ensinamentos, pelo incentivo
nos meus estudos e por ter me direcionado ao caminho da honestidade e
humildade, sempre me incentivaram na escolha profissional que fiz, o que foi de
extrema importância para hoje eu ser um profissional realizado na área escolhida e
continuasse a buscar conhecimento cada dia mais. Essa vitória também é de vocês;
Aos meus familiares, em especial as minhas irmãs, Cintia e Daiana, minha
avó Guiu. Vocês foram determinantes na formação do meu caráter, personalidade e
determinação. Saibam que vocês me ajudaram a construir e trilhar este caminho;
Aos meus amigos de todas as horas Anderson Silva, Fernanda da Silva,
Dhainne Falheiro, Gilsivan Lordelo, Adriana Alves, Fernanda Vilas Boas, Dielan
Lucas, Denilton Souza, Euller Andrade, Vinicius Oliveira, Egnaldo Barbosa, Kaliane
Lemos, Dahiane Lemos, Esmeraldo Soares, Cleuza Lemos e a todos os demais
amigos e colegas que de alguma forma sempre me incentivaram e torceram pelas
minhas conquistas e vitórias, sou eternamente grato a Deus pela amizade de vocês,
essa vitória é nossa, pois sem amigos pra dividir a minha vida não faria sentido;
Aos meus cunhados Leonardo Moraes e Mauricio Neves obrigado por
estarem sempre me incentivando nos meus objetivos;
Às professoras, Drª. Larissa Rolim Borges Paluch, Drª. Andrea Jaqueira, a
minha amiga Ms. Tiana Cerqueira, serei eternamente grato por terem me
apresentado e introduzido no mundo da pesquisa cientifica, me proporcionaram uma
oportunidade ímpar de crescimento intelectual, profissional/ético, que resultou em
mais esse importante passo de minha trajetória de pesquisador, muito obrigado por
cada conselho, incentivo, puxão de orelha e se importarem comigo a fim de eu me
tornar um profissional cada vez melhor, que venha o doutorado;
Aos meus amigos que a graduação me presenteou, Hellen Catarinne, Daiane
Cardoso, Soraia Miranda, Almy Moraes, Talita Moraes, Tainara Almeida, Hildes
Cristina, Cleiton Alberto, Alberto Souza, o tempo e a distância nos afastaram
fisicamente devido as correrias do dia a dia mas sei que com vocês posso contar a
qualquer momento, muito obrigado por se fazerem presentes na minha vida até hoje,
dedico essa vitória a vocês também;
A todos das famílias Lessa e Andrade por estarem sempre me apoiando, o
incentivo de vocês foi fundamental nessa conquista;
À todas as equipe de trabalho, que fizeram parte da minha trajetória durante o
mestrado, Unidade de Saúde da Família Cirilo dos Santos, Secretária Municipal de
Saúde, em especial a todos os Agentes Comunitários de Saúde do município,
Hospital Municipal Maria Amélia Santos, Clínica Odontho Vida, Curso técnico de
enfermagem Zoraide Bomfim, Faculdade Maria Milza FAMAM/CLIOF, em especial,
Antonia Lessa, Jussilene Silva, Carolina Ferreira, Normânia Caldas, Gabriely Neiva,
Gleise Nunes, Luana Espinola Telma Silveira e Sueli Nogueira, jamais esquecerei as
palavras de carinho e incentivo, sempre sendo forças nos momentos de cansaço e
dificuldades, e além disso sorrindo e comemorando juntos;
À mestra Janelara Almeida, por cuidar tão bem de mim, pelas suas orações e
atenção, por ser um porto seguro na minha vida, sempre emanando boas energias e
vibrações e acima de tudo acreditando em mim e no meu potencial, você também é
uma das grandes responsáveis por essa conquista;
À minha querida vizinha dona Tereza da Silva e todos de sua família, pelas
orações, preocupação e carinho por mim, sempre me motivando e preocupados com
minha correria do dia a dia, por todas as palavras de incentivo durante toda a minha
vida muito obrigado;
A José Geraldo Albergaria gratidão pela amizade e carinho, meu melhor
amigo de turma, você com certeza ajudou essa caminhada a se tornar mais leve,
sendo um cara presente, um profissional admirável ao qual aprendo muito dia após
dia, você continua sendo minha inspiração para a odontologia e na docência,
obrigado pela sua amizade;
A todos os colegas de turma do mestrado 2018.2, vocês na individualidade de
cada um foram fundamentais para esse sonho se tornar realidade principalmente por
dividirmos nossos medos, angustias, sofrimentos e alegrias durante essa trajetória,
em especial a Hemille Lemos ao qual levarei sua amizade para a vida toda;
À professora, Dra. Kaliane que sempre foi muito mais do que uma
orientadora, o que seria de mim sem você, serei eternamente grato por tudo que fez
e continua fazendo, em meio a tudo sei que ganhei a amizade de uma Mulher
incrível ao qual hoje é minha maior fonte de inspiração profissional, que Deus lhe
ilumine cada dia mais, dando muita saúde e sabedoria, serei eternamente grato, te
amo;
A todos os meus alunos do curso de Odontologia da FAMAM, vocês são peça
fundamental na minha formação, com certeza lembrarei de vocês eternamente, das
horas de sufoco e alegrias nas resenhas e diversão após as obrigações vocês fazem
a minha vida profissional docente ter sentido e alegria.
“A ciência nunca resolve um problema sem criar pelo menos outros dez”.
(George Bernard Shaw)
RESUMO

O presente estudo teve como objetivo geral estimar a prevalência da Síndrome


Metabólica e suas características na população assistida pelas Unidades Básicas de
Saúde do Município de São Felipe, Bahia, Brasil. Como objetivos específicos, a
pesquisa buscou avaliar a relação da Síndrome Metabólica com fatores de risco
ambientais. Para tanto foi realizada uma pesquisa observacional, de corte
transversal, utilizando dados registrados em prontuários de saúde de indivíduos que
fazem acompanhamento nas unidades de saúde do município. Foram incluídos
prontuários de indivíduos que possuem registros das condições específicas para
diagnóstico da síndrome metabólica de acordo com a Primeira Diretriz Brasileira de
Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica (I-DBSM). Além disso, os dados
referentes às condições socioeconômicas e ambientais da população foram
coletados para realização da caracterização da amostra. O total de cadastros ativos,
no ano de 2020, no prontuário eletrônico do cidadão (PEC) foi de 18.447 indivíduos
maiores de 18 anos. Após aplicação dos critérios de elegibilidade e considerando os
indivíduos em acompanhamento no programa HiperDia do SUS, foram incluídos na
pesquisa um total de 1.056 prontuários das seis Unidade Básicas de Saúde (UBS).
Desses, 735 (69,6%) eram de indivíduos do sexo feminino, 1006 indivíduos com
idade igual ou superior a 40 anos (95,3%), e com 88,5% da população se
autodenominando da cor parda ou preta. A maioria dos indivíduos reside em zona
rural (66,5%), sendo também a maioria os que possuem grau de escolaridade igual
ou maior a oito anos completos de estudo (85,8%). A Síndrome Metabólica esteve
diagnosticada em 50,1% dos indivíduos cadastrados. Além dela, destaca-se a
prevalência da hipertensão arterial, registrada em 94,7% dos prontuários avaliados.
A Diabetes Mellitus estava presente em 50,7% dos indivíduos, sobrepeso ou
obesidade em 35,5%, hipercolesterolemia em 48,9% e Hipertrigliceridemia em
17,9%. Os resultados desta pesquisa evidenciam uma alta prevalência de SM na
população cadastrada no programa HiperDia do Sistema Único de Saúde na cidade
de São Felipe, Bahia, com base nos critérios de diagnóstico estabelecidos pelo
estudo. As variáveis associadas positivamente com a SM foram sexo feminino,
renda familiar menor ou igual a um salário mínimo, IMC ≥ 25 kg/m 2, hipertensão
arterial, Diabetes Mellitus, hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, consultar
nutricionista nos últimos 6 meses, morar em zona rural e ter acesso ao domicílio
sem pavimentação. Os resultados desta pesquisa evidenciam uma prevalência de
50,1% da SM na população cadastrada no programa HiperDia do Sistema Único de
Saúde na cidade de São Felipe, Bahia, com base nos critérios de diagnóstico
estabelecidos pelo estudo.

Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde. Saúde Coletiva. Síndrome Metabólica.


ABSTRACT

The present study aimed to estimate the prevalence of Metabolic Syndrome and its
characteristics in the population assisted by Basic Health Units in the city of São
Felipe, Bahia, Brazil. As specific objectives, the research sought to assess the
relationship of Metabolic Syndrome with environmental risk factors. For this purpose,
an observational, cross-sectional study was carried out, using data recorded in the
health records of individuals who are monitored at the health units in the city. Medical
records of individuals who have records of specific conditions for the diagnosis of
metabolic syndrome according to the First Brazilian Guideline for Diagnosis and
Treatment of Metabolic Syndrome (I-DBSM) were included. In addition, data
regarding the socioeconomic and environmental conditions of the population were
collected to carry out the characterization of the sample. The total number of active
records, in 2020, in the electronic citizen's record (PEC) was 18,447 individuals over
18 years of age. After applying the eligibility criteria and considering the individuals
being monitored by the SUS HiperDia program, a total of 1,056 medical records from
the six Basic Health Units (UBS) were included in the research. Of these, 735
(69.6%) were female, 1006 individuals aged 40 years or over (95.3%), and 88.5% of
the population called themselves brown or black. Most individuals live in rural areas
(66.5%), with the majority also having a level of education equal to or greater than
eight years of schooling (85.8%). Metabolic Syndrome was diagnosed in 50.1% of
registered individuals. In addition, the prevalence of arterial hypertension stands out,
recorded in 94.7% of the evaluated medical records. Diabetes Mellitus was present in
50.7% of the individuals, overweight or obesity in 35.5%, hypercholesterolemia in
48.9% and Hypertriglyceridemia in 17.9%. The results of this research show a high
prevalence of MS in the population registered in the HiperDia program of the Unified
Health System in the city of São Felipe, Bahia, based on the diagnostic criteria
established by the study. Variables positively associated with MS were female
gender, family income less than or equal to the minimum wage, BMI ≥ 25 kg/m2,
hypertension, Diabetes Mellitus, hypercholesterolemia, hypertriglyceridemia,
consulting a nutritionist in the last 6 months, living in rural areas and have access to
the home without paving. The results of this research show a prevalence of 50.1% of
MS in the population registered in the HiperDia program of the Unified Health System
in the city of São Felipe, Bahia, based on the diagnostic criteria established by the
study.

Keywords: Primary Health Care. Public Health. Metabolic syndrome.


LISTA DE ABREVIATURAS

SM -------------------------------------------------------------------------------Síndrome Metabólica
DM ------------------------------------------------------------------------------------ Diabetes Mellitus
ERO --------------------------------------------------------------- Espécies Reativas de Oxigênio
I-DBSM -------------------------------- Primeira Diretriz Brasileira de Diagnóstico e
Tratamento da Síndrome Metabólica
CA ------------------------------------------------------------------------- Circunferência Abdominal
PA -------------------------------------------------------------------------------------- Pressão Arterial
GJ ----------------------------------------------------------------------------------- Glicemia de Jejum
TG --------------------------------------------------------------------------------------------Triglicérides
HDL-c ------------------------------------------------------------- Lipoproteína de Alta Densidade
IMC ------------------------------------------------------------------------ Índice de Massa Corporal
AB --------------------------------------------------------------------------------------- Atenção Básica
TCLE -------------------------------------------- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
LISTA DE SIGLAS

OMS ---------------------------------------------------------------Organização Mundial da Saúde

HDL -----------------------------------------------------------------------High Density Lipoproteins

IDF --------------------------------------------------------------International Diabetes Federation

UBS------------------------------------------------------------------------Unidade Básica de Saúde

SUS--------------------------------------------------------------------------Sistema Único de Saúde

PEC---------------------------------------------------------------Prontuário Eletrônico do Cidadão

CEP-------------------------------------------------------------------Comitê de Ética em Pesquisa


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Mapa do recôncavo baiano por território de identidade--------------------------25

Figura 2 Localização geoespacial das Unidades Básicas de Saúde do município de


São Felipe – Ba----------------------------------------------------------------------------------------25

Figura 3 Slides da capacitação para os profissionais da AB de São Felipe-Ba-------78

Figura 4 Kits dos participantes e lista de presença-------------------------------------------78

Figura 5 Apresentação do tema e discussões com os profissionais---------------------79

Figura 6 Apresentação do tema e discussões com os profissionais---------------------79

Figura 7 Apresentação do tema e discussões com os profissionais---------------------80

Figura 8 Finalização da capacitação--------------------------------------------------------------80

Figura 9: Entrega ao Prefeito Antônio Jorge, Secretária de Administração Ana Rita


Macedo, Secretária Municipal de Saúde Carolina Prazeres Ferreira, a Subsecretária
de Saúde Dahiane Lemos---------------------------------------------------------------------------84

Figura 10: Entrega a Secretária Municipal de Saúde Carolina Prazeres Ferreira, e a


Subsecretária de Saúde Dahiane Lemos--------------------------------------------------------85
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Distribuição das características sociodemográficas da população


estudada (N=1056). São Felipe- Bahia. 2020-2021------------------------------------------35

Tabela 2 – Distribuição das condições relacionadas aos hábitos de vida e saúde da


população estudada (N=1056). São Felipe- Bahia. 2020-2021----------------------------36

Tabela 3 – Distribuição da população quanto ao acesso e experiência na atenção


básica de saúde do município (N=1056). São Felipe- Bahia. 2020-2021---------------38

Tabela 4 – Distribuição da população de acordo às condições de moradia e


saneamento básico (N=1056). São Felipe- Bahia. 2020-2021-----------------------------39

Tabela 05- Distribuição das características sociodemográficas e hábitos de vida e


saúde entre indivíduos com diagnóstico e sem diagnóstico da Síndrome Metabólica
por Unidade Básica de Saúde. São Felipe- Bahia. 2020-2021----------------------------43

Tabela 06- Distribuição das características relacionadas ao acesso e experiências


na atenção básica entre indivíduos com diagnóstico e sem diagnóstico da Síndrome
Metabólica por Unidade Básica de Saúde. São Felipe- Bahia. 2020-2021-------------46

Tabela 07- Distribuição das características relacionadas às condições ambientais


entre indivíduos com diagnóstico e sem diagnóstico da Síndrome Metabólica por
Unidade Básica de Saúde. São Felipe- Bahia. 2020-2021---------------------------------48

Tabela 8 – Análise de regressão logística de preditores sociodemográficos, hábitos


de vida e saúde associados positivamente com a Síndrome Metabólica em
indivíduos atendidos nas UBS----------------------------------------------------------------------50

Tabela 9 – Análise de regressão logística dos aspectos relacionados ao acesso a


atenção básica e condições ambientais associados positivamente com a Síndrome
Metabólica em indivíduos atendidos nas UBS-------------------------------------------------51
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Componentes da síndrome metabólica segundo o NCEP-ATP III-----------


28

Quadro 02 – Distribuição do total de prontuários incluídos na pesquisa, de acordo às


Unidades Básicas de Saúde de São Felipe- Bahia. 2020-2021---------------------------34

Quadro 03 – Questões relacionadas ao acesso dos indivíduos para consultas,


exames, medicações e satisfação do atendimento na UBS--------------------------------37
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................15

2 REVISÃO DE LITERATURA...............................................................................17
2.1 SÍNDROME METABÓLICA
................................................................................................................................
17
2.2 RELAÇÃO ENTRE OS FATORES AMBIENTAIS E A SÍNDROME
METABÓLICA
................................................................................................................................
19
2.3 SUS E A ATENÇÃO BÁSICA
................................................................................................................................
20

3 METODOLOGIA..................................................................................................24
3.1 DESENHO DO ESTUDO E POPULAÇÃO.......................................................24
3.2 CAMPO DE ESTUDO.......................................................................................24
3.3 ETAPAS DA INVESTIGAÇÃO..........................................................................26
3.3.1 PROCEDIMENTOS DE AMOSTRAGEM......................................................26
3.4 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS.................................................27
3.5 DIAGNÓSTICO DA SÍNDROME METABÓLICA..............................................27
3.6 MODELO DE ESTUDO....................................................................................28
3.7 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DOS DADOS.............................................31
3.8 ASPECTOS ÉTICOS RELACIONADOS À PESQUISA...................................30

4 RESULTADOS....................................................................................................33

5 DISCUSSÃO........................................................................................................52

6 CONCLUSÃO......................................................................................................61

REFERÊNCIAS......................................................................................................62

APÊNDICE A – Modelo do formulário de coleta de dados....................................70

APÊNDICE B – Produtos finais da dissertação.....................................................72

ANEXO A - PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA


................................................................................................................................
87
15

1 INTRODUÇÃO

Indivíduos diagnosticados com Síndrome Metabólica (SM), são aqueles que


apresentam pelo menos três das cinco principais alterações fisiopatológicas ligadas
ao estresse metabólico: distúrbios glicêmicos, sobretaxa lipídica, baixos níveis de
lipoproteína de alta densidade (HDL), hipertensão arterial e obesidade. Tais fatores
quando associados aumentam substancialmente as chances de o indivíduo
desenvolver quadros de resistência insulínica e doenças cardiovasculares. Vários
são os fatores ambientais, relatados na literatura, que interferem tanto na
progressão como na gravidade desta síndrome, sendo eles de ordem
socioeconômica, ambiental e cultural.
Dentre os fatores estão: como poluição, tipo de abastecimento de água,
presença de rede de esgotamento sanitário, qualidade de moradia e saneamento
básico, acesso a serviços de saúde, nível de escolaridade, idade, exposição à
poluição, além do uso de drogas lícitas e ilícitas, tem sido considerados como
interferentes na patogênese da síndrome metabólica. A plausibilidade biológica
deste efeito reside na ocorrência do estresse oxidativo ocasionado em nível celular,
que dificulta o controle metabólico sistêmico, e que pode estar associado à adoção
de hábitos deletérios e a níveis de estresse psicológico (IMADA et al., 2016).
Atualmente, indivíduos com SM destacam-se pelo alto risco cardíaco, uma
vez que possuem maiores chances de infarto agudo do miocárdio, assim como,
acidente vascular cerebral e desenvolvimento de diabetes mellitus (DM) não insulino
dependente.
Com prevalência em torno de 10% à 25% da população mundial, a SM vem
se tornando um problema de saúde pública e elevando o nível de atenção mundial
acerca da patologia. O crescente número de pessoas acometidas vem crescendo
paralelamente com maiores gastos em saúde pública devido a morbidade e
mortalidade inerentes à condição (WALLWORK et al., 2016).
Estudos demonstram também um aumento da prevalência da SM, em
indivíduos jovens. Numa pesquisa de base populacional realizada nos anos de
2013-2014 no Brasil envolvendo 37.504 adolescentes, foi evidenciado que a
prevalência de SM em escolas públicas foi 2,8% (IC95% 2,4-3,2) e nas escolas
privadas, 1,9% (IC95% 1,4-2,4), dos quais 60,0% dos entrevistados eram do sexo
16

feminino, 54,3% pertencia a faixa etária de 15 a 17 anos e 73,3% e estudava em


escolas públicas (KUSCHNIR et al.2016).
Outra pesquisa com a população brasileira, foi observado que a prevalência
da SM aumenta com a idade, duplicando-se para cada década entre 20 e 49 anos
(6,9% de 20 a 29 anos, 14,3% de 30 a 39 anos, 32,4 % de 40 a 49 anos) e
passando a 40,9% a partir dos 50 anos, não havendo diferença significativa nos
grupos étnico-raciais brancos, pardos e negros (BARBOSA et al., 2010).
O interesse pelo tema baseia-se em reconhecer sua significância para o
estudo da possível associação entre os fatores ambientais e o surgimento e/ou
agravamento da SM. Atrelado a este fato, faz-se necessário melhor elucidação
sobre a influência dos principais estressores ambientais no controle das doenças,
bem como de que forma os tratamentos corretos podem contribuir para o controle da
SM.
Diante do exposto, o estudo buscou responder a seguinte pergunta de
investigação: Qual a prevalência da Síndrome Metabólica e sua correlação com
fatores sociodemograficos, hábitos de vida, acesso a rede de saúde e ambientais
em usuários da atenção básica de saúde do município de São Felipe - Bahia
O presente estudo teve como objetivo geral avaliar a prevalência da Síndrome
Metabólica e fatores associados na população assistida pelas Unidades Básicas de
Saúde do Município de São Felipe, Bahia, Brasil. Como objetivos específicos, a
pesquisa buscou avaliar a ocorrência da Síndrome Metabólica em cada uma das
seis unidades básicas de saúde do município, associando sua prevalência aos
fatores de risco, além de verificar o acesso à atenção básica em saúde no que diz
respeito ao controle da doença.
O estudo justifica-se pela importância na identificação dos principais fatores
de risco ambientais às patologias estudadas, com vistas a interferência desses
fatores na progressão e gravidade da SM. Este reconhecimento possibilita a
construção de uma estratégia de saúde pública de acordo com os fatores biológicos,
socioeconômicos e comportamentais inerentes da população, considerando as
características do seu contexto ambiental, visando garantir uma melhora na
qualidade de vida do indivíduo.
17

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 SÍNDROME METABÓLICA

A Síndrome Metabólica (SM) pode ser descrita como um conjunto de


alterações no sistema metabólico do indivíduo. Segundo a organização Mundial da
Saúde (OMS), pacientes com SM se caracterizam por apresentar alguma disfunção
glicêmica, seja ela: diabetes, alteração glicêmica em jejum, resistência insulínica ou
intolerância à glicose. Dessa forma, esse desequilíbrio acarretaria em alterações
hormonais, bem como no metabolismo lipídico, gerando um excesso no peso
corporal e predisposição a doenças cardiovasculares (AZAMBUJA et al., 2015).
A etiologia da SM é descrita como complexa, já que não há informações que
comprovem a existência de um único fator causal. Possivelmente, pode ser causada
por uma combinação de fatores genéticos, ambientais e/ou psicológicos (PONTES,
2016). Entretanto, a explicação biológica para o descontrole metabólico iniciado pelo
organismo está fortemente relacionada ao estresse oxidativo, visto em nível celular.
Cerca de 5% do oxigênio utilizado pelos organismos, via metabolismo oxidativo, não
é utilizado nos ciclos mitocondriais de produção de energia. Esse oxigênio
excedente tende a perder dois elétrons na sua última camada, que por ações
enzimáticas e metabólicas adicionais, pode formar espécies reativas de oxigênio.
São justamente essas moléculas que podem dar início às alterações metabólicas
que culminam em diversas doenças sistêmicas crônicas não transmissíveis
(VIZZOTTO, 2017; PORSCH; SIMAS; GRANZOTI, 2019).
Estudos afirmam que a prevalência da SM aumenta com a idade. Protocolos
de avaliação devem ser estabelecidos cada vez mais cedo, para avaliação dos
fatores de risco. Para os pacientes que ainda não se enquadram nos critérios
diagnósticos da SM, é de grande importância a instituição de cuidados preventivos,
visto que a SM acarreta em aumento de 2,5 vezes do risco de doenças
cardiovasculares e em 05 vezes o risco de Diabete Mellitus (SAAD et al., 2013).
A fim de se chegar a um diagnóstico mais preciso, é interessante a utilização
de alguns critérios diagnósticos padrões já existentes. De acordo com a Primeira
Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica (I-DBSM),
em concordância com os critérios de diagnósticos preconizados pela OMS, os
pacientes com SM seriam aqueles com hipertensão arterial sistêmica (pressão
18

arterial ≥140/90 mmHg ou uso de medicação anti-hipertensiva); elevação dos


triglicerídeos séricos (≥150 mg/dL) e/ou diminuição do colesterol HDL (0,90 para
homens e 0,85 para mulheres) e/ou índice de massa corporal (IMC) >30 kg/m2 ; e
microalbuminúria (taxa de excreção de albumina ≥20 µg/min) (AZAMBUJA et al.,
2015).
Já o protocolo para diagnóstico utilizado pela Third Report of the National
Cholesterol Education Program Expert Panel on Detection, Evaluation and
Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (NCEP-ATP III), o fato exclusivo do
paciente apresentar Diabete Mellitus não serviria como um critério de inclusão,
facilitando assim a avaliação clínica. A SM representa a combinação de pelo menos
três componentes dos descritos: obesidade central apresentando circunferência
abdominal (CA) maior do que 88 cm para mulheres e do que 102 cm para homens,
PA alta (sistolica≥130 mmHg ou diastólica≥85 mmHg), glicemia de jejum (GJ) igual
ou superior a 110 mg/dL, triglicérides (TG) igual ou superior a 150 mg/dL e baixos
níveis de lipoproteína de alta densidade (HDL-c) (<40mg/dL nos homens e
<50mg/dL nas mulheres). Essa alternativa, é a recomendada pela I-DBSM, por ser
mais prática (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2005).
Por fim, a International Diabetes Federation (IDF) afirma que a obesidade
central e a resistência à insulina são critérios de inclusão essenciais, para que um
indivíduo possa ser diagnosticado com SM. A obesidade central é classificada como
a circunferência da cintura igual ou superior a 94 cm para homens e igual ou
superior a 80 cm para mulheres, ambos europídeos, com valores específicos
conforme as etnias. Além disso, para conclusão do diagnóstico, o indivíduo deve
exibir pelo menos dois dos quatro fatores a seguir: triglicerídeos igual ou superior a
150 mg/dL (ou em tratamento específico para essa anormalidade lipídica); colesterol
HDL menor do que 40 mg/dL em homens e menor do que 50 mg/dL em mulheres
(ou em tratamento específico para essa anormalidade lipídica); PA elevada (≥130/85
mmHg ou em tratamento medicamentoso); glicemia de jejum elevada (≥100 mg/dL
ou diagnóstico de diabetes tipo 2) (AZAMBUJA et al., 2015).
Em diversos países do mundo as taxas de pessoas com SM vêm aumentando
gradativamente, ultrapassando 20,0% do total da população adulta, acometendo
pessoas que habitam em áreas rurais e urbanas sem distinção. No Brasil, foram
encontrados dados parecidos durante a realização de inquéritos epidemiológicos
isolados com delineamento transversal. Na zona rural de Cavunge, município de
19

Ipecaetá, semi-árido baiano, a SM foi verificada em 30,0% dos indivíduos


(OLIVEIRA; SOUZA; LIMA, 2006).
O estudo da SM é de grande valia cientifica, principalmente pelo alto índice de
associação ao diabetes mellitus tipo 2 e às doenças cardiovasculares, sendo essas
duas patologias importantes problemas de Saúde Pública da população mundial,
acometendo centenas de pessoas mundo a fora. No Brasil, no ano de 2005, estima-
se que 8 milhões de pessoas sofressem de diabetes, e 90,0% a 95,0% dos casos
eram do tipo 2. Nesse mesmo ano, as DCV ocasionaram 31,5% do número total de
óbitos, tornando-se a principal causa de morte do país (PIMENTA; GAZZINELLI;
VELÁSQUEZ-MELÉNDEZ, 2011).

2.2 RELAÇÃO ENTRE OS FATORES AMBIENTAIS, DEMOGRAFICOS,


SOCIECONOMICOS E A SÍNDROME METABÓLICA

Mesmo sendo comprovado que os fatores de risco para a SM têm aumentado


significativamente a incidência de doenças cardiovasculares e Diabete Mellitus, a
análise da prevalência desta doença precisa ser realizada sob a ótica ambiental
pertinente à cada continente, país e/ou região. É importante destacar que cada
região analisada apresenta características ambientais próprias, associadas à
recursos de cuidado à saúde característicos. Sendo assim, as prioridades (nível do
estado da enfermidade), níveis de prevalências (faixa etária e sexo) e
desenvolvimento socioeconômico são intrínsecos de cada população. Desta forma,
cada grupo populacional deve ser estudado a partir de preferências, condições
técnicas e econômicas, para se obter condições de traçar estratégias mais seguras
na prevenção e no cuidado do indivíduo (SAAD et al., 2013; LÓPEZ-JARAMILLO et
al., 2014).
As mudanças ocorridas nos padrões econômicos e culturais, nas últimas
décadas, têm alterado de forma significativa o modo de vida das pessoas. O
aumento da ocorrência dessa síndrome e das comorbidades a elas relacionadas tem
sido atribuído principalmente às mudanças da composição demográfica, com ênfase
para a urbanização e para o envelhecimento da população, bem como às alterações
do estilo de vida (XAVIER et al., 2013).
Determinantes da SM têm sido identificados em estudos epidemiológicos,
com destaque para os fatores demográficos (idade, sexo e cor de pele negra),
20

socioeconômicos (baixa renda e baixa escolaridade), do estilo de vida (tabagismo,


consumo de bebidas alcoólicas, sedentarismo e ingestão de alimentos de alto valor
energético), antropométricos (Índice de Massa Corporal [IMC]) e inflamatórios
(dosagens de proteína C-reativa) (VIEIRA; PEIXOTO; SILVEIRA, 2014; RAMIRES et
al., 2018).
Cada vez mais vem sendo comprovada o aumento da prevalência da SM com
o avançar da idade, alcançando o pico na sexta década de vida para homens e na
oitava década de vida para mulheres. A prevalência também é maior em pessoas de
baixa renda (principalmente em mulheres), em tabagistas e em homens sedentários
(PENALVA, 2008).
Um estudo de base populacional com população quilombola na cidade de
Guanambi na Bahia, avaliou 850 adultos de ambos os sexos. Foi identificada
presença de SM em 1 em cada 4 adultos, associada a fatores sociodemográficos
(mulheres e maiores idades), do estilo de vida (má qualidade do sono) e
relacionadas à situação de saúde (excesso de peso e obesidade) (MUSSI;
PETRÓSKI, 2019).
Outro estudo transversal realizado com 147 adultos de cinco comunidades
quilombolas localizados no estado de Tocantins, teve como objetivo estudar a
associação entre SM e qualidade de vida. Foi observado que o status de SM
apresentou-se negativamente associado a qualidade de vida do homem, destacando
o perímetro abdominal exerceu influência nos domínios Físico e Geral da qualidade
de vida avaliados. Porém, na população feminina a SM não interfere na percepção
da qualidade de vida na amostra avaliada (SOUSA et al., 2018).

2.3 SUS E A ATENÇÃO BÁSICA

Em 1988, a Constituição Federal Brasileira assume compromisso com a


população, no que se refere aos serviços de saúde, dando, assim, o início ao
processo de criação do SUS (Sistema Único de Saúde). Isso deixava evidente a
relevância de se promover saúde como um direito fundamental para a cidadania,
cabendo, desse modo, ao estado esse dever. Pensado com a função de estabelecer
a integralização e humanização da saúde pública, o SUS tem a sua implementação
gradativa, considerado um dos projetos sociais mais relevantes realizados no Brasil,
desde o século passado até o início do atual (JUNIOR, 2015).
21

Para Carvalho, Jesus e Senra (2017), o SUS é um exemplo de federalismo


cooperativo, quando os interesses comuns são sustentados, e devem ser
construídos em nome dos interesses local, regional e nacional. Com a necessidade
de estender o acesso aos serviços de saúde com maior complexidade à população,
há a necessidade de criar uma agenda para a regionalização dos serviços,
lançando, assim, no ano de 2006 o Pacto pela Saúde.
Ainda de acordo com o autor supra citado o decreto 7508/1 que regulamenta
a Lei nº 8.080, de setembro de 1990, cumpre dentre outras regras a determinação
constitucional, de que o SUS deve ter uma rede regionalizada para que possa
ofertar ações de atenção primária, urgência e emergência, atenção psicossocial,
atenção ambulatorial especializada e hospitalar, e vigilância em saúde, explicitando
a complementariedade entre essas ações, para garantir, minimamente, um cuidado
integral em tempo oportuno.
No ano de 1994, a implementação do Programa Saúde da Família (PSF)
possibilitou ampliar a cobertura em saúde, focando, inicialmente, em atender a
população, em situação de maior vulnerabilidade. Estruturou-se de modo que
atendesse com base territorial e responsabilidade sanitária. Em 1996 (NOB/96), O
PSF passou a reorientar a Atenção Primaria de Saúde, substituindo as modalidades
tradicionais, e instituindo os componentes fixos e variáveis do Piso da Atenção
Básica (PAB), o que ofertou incentivos financeiros aos municípios que aderissem ao
Programa de Agentes Comunitários de Saúde (Pacs) (MOROSINI; FONSECA;
LIMA, 2018).
De acordo com Almeida et al (2018), a atenção básica passou a integrar as
Práticas de Atenção Primária a Saúde, seguindo um caminho que abriu portas para
a entrada do SUS no primeiro nível de atenção, de uma rede hierarquizada e
organizada em complexo crescente.
A atenção básica tem a sua definição em formato abrangente, buscando
ações que promovam saúde, previnam agravos, riscos e doenças, dando suporte
diagnóstico, tratamento e reabilitação da saúde, seguindo conceito previsto na
Constituição Federal brasileira de 1988 e nas normas que regulamentam o SUS.
No ano de 2006, o Ministério da Saúde apresenta o que seria a primeira
definição do conceito de Atenção Básica. Essa formulação a define como um grupo
de ações de saúde, na esfera individual e coletiva, que englobam a promoção e a
proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a
22

reabilitação e a manutenção da saúde. Esse conceito ainda trazia que, ela deve
buscar tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, que busquem
resolver os problemas de saúde, com maior frequência e relevância na comunidade
em seu território. (MENDES; CARNUT; GUERRA, 2018).
Desse modo, no âmbito da Atenção básica, as ações irão auxiliar no
tratamento e prevenção de patologias, tais como a hipertensão arterial sistêmica e a
Diabetes mellitus, doenças que acometem grande parte da população Brasileira. A
hipertensão é uma doença que está diretamente ligada a riscos cardiovasculares. O
diabetes é uma doença que traz consequências graves, como: retinopatia,
nefropatia, neuropatia, coronariopatia, acidente vascular cerebral e doença arterial
periférica. Assim, nota-se a importância e a necessidade de criação de programas
de atenção básica destinados à prevenção, identificação e acompanhamento dos
casos. No ano de 2001 o Ministério da saúde publicou a criação do Programa
Nacional de Hipertensão e Diabetes Mellitus, conhecido como Hiperdia.
(FERNANDEZ; ISSE-POLLARO; TAKASE-GONÇALVES, 2016).
O programa HIPERDIA atende a um grupo de pessoas, portadoras de
diabetes e hipertensão, que são convidadas a participar de reuniões, cujo objetivo é
realizar palestras educativas e instruir as pessoas sobre os cuidados que devem ter
para controlar as doenças. Além dessas palestras, os participantes são
acompanhados por profissionais de saúde, que aferem a pressão arterial e pesam
cada pessoa individualmente, em seguida essas pessoas passam por consulta
médica, para que seja feita a prescrição do tratamento e também fornecidos os
medicamentos prescritos e disponíveis na farmácia da UBS. Ao final de cada
encontro já são agendados o dia e horário da próxima reunião. Além dessas
medidas, os profissionais de saúde, também realizam visitas domiciliares aos
pacientes, que não podem se locomover até a unidade de atendimento (RETICENA
et al., 2015).
O HIPERDIA tem sido visto como uma das propostas mais arrojadas de ação
para indivíduos acometidos pelas doenças mencionadas, bem como para o
tratamento e prevenção das doenças que acometem o coração. A relevância desse
projeto reside no fato de reduzir a morbimortalidade que essas patologias causam,
além da reorganização da atenção básica, tendo como política principal, a
prevenção das doenças, as suas complicações e, consequentemente, a promoção
23

da saúde, o que impacta de maneira positiva a qualidade de vida da população


(RAMOS; FILHA; SILVA, 2015).
24

3 METODOLOGIA

3.1 DESENHO DO ESTUDO E POPULAÇÃO

Foi realizado um estudo observacional, de corte transversal, obtido através de


dados de registros de fichas de cadastro e prontuários de saúde de indivíduos
acompanhados pelas Unidades Básicas de Saúde do Município de São Felipe –
Bahia – Brasil.

3.2 CAMPO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada no município de São Felipe – BA, localizada no


recôncavo baiano (figura 1), o qual foi emancipado no dia 29 de maio de 1880.
Localiza-se a uma latitude 12º50'50" sul e a uma longitude 39º05'22" oeste, estando
a uma altitude de 195 metros. Fuso horário UTC-3h, tem um clima tropical, seus
principais rios são denominados: Caraí, Jaguaripe, Copioba e Copioba Mirim. Possui
uma área de 222,407 km² e sua população, conforme estimativas do IBGE de 2020,
é de 21.080 habitantes, com uma densidade demográfica de 98,57 hab/km². As
principais fontes de renda são advindas da agricultura familiar e pecuária.
O município contempla uma estrutura de saúde pública, com seis Unidades
Básicas de Saúde (UBS), todas com equipes de saúde bucal, alcançando juntas
uma cobertura de 98,23% do município. Além disso, o município conta com um
Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
Das 06 UBS do município, 03 localizam-se em zona urbana (Manoel Cardoso,
Isidorio Pereira e José Ribeiro) e 03, em zona rural (Germana Eufrosina, Cirilo dos
Santos e Sr. Inocêncio Barbosa de Carvalho). A distribuição geoespacial de cada
UBS do município pode ser visualizada na Figura 02.
25

Figura 1: Mapa do recôncavo baiano por território de identidade

Fonte: Base cartográfica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2006. Base territorial
DETER;STD;MDA. Elaboração: CGMA;SDT;MDA. Março, 2015.

Figura 2: Localização geoespacial das Unidades Básicas de Saúde do município de


São Felipe – BA.

Fonte:https://www.google.com/maps/d/edit?mid=1rG-1YIIAzcfYcGXdIC49WY-Nq9TN6vWV&ll=-
12.840950964379802%2C-39.11669513926785&z=12.
26

Na estrutura da média e alta complexidade, atuam uma unidade do Serviço


de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), e um Hospital Municipal que realiza
diversos atendimentos clínicos e especializados, aliado à alguns procedimentos de
média complexidade. Esta unidade hospitalar vem sendo um importante ponto de
apoio e estabilização para pacientes que precisam de tratamento na alta
complexidade, ao qual são regulados para os hospitais de referência da rede de
saúde do Estado.
A Atenção Básica (AB) municipal tem atuado na prevenção e promoção de
saúde, como também no restabelecimento dos índices normais dos indivíduos
acometidos com alguma doença como os pacientes hipertensos, diabéticos, e com
síndrome metabólica, sendo esse um importante grupo de pacientes nas UBS.

3.3 ETAPAS DA INVESTIGAÇÃO

3.3.1 Procedimentos de amostragem

Seleção de indivíduos para a amostra

A seleção dos indivíduos participantes da pesquisa foi dividida em etapas. No


primeiro momento Foram elegíveis todos os indivíduos cujas fichas de cadastro
pertenciam ao programa HiperDia – programa destinado ao cadastramento e
acompanhamento de indivíduos diagnosticados com hipertensão arterial e/ou
diabetes mellitus, atendidos na rede ambulatorial do Sistema Único de Saúde – SUS
– em todas as seis UBS do município.
Com base na avaliação dos dados contidos nestes prontuários, os indivíduos
foram diagnosticados em com e sem a Síndrome Metabólica, de acordo aos critérios
de diagnóstico preconizado na pesquisa.

Critérios de elegibilidade da amostra

Foram considerados elegíveis para a pesquisa Foram elegíveis indivíduos


cujas fichas de cadastro e prontuários, estavam devidamente assinados,
pertencentes a indivíduos com 18 anos ou mais de idade, homens e mulheres que
27

não estivessem grávidas ou nos 2 primeiros meses pós-parto no momento do


preenchimento do mesmo.
Entre os critérios de exclusão estão os indivíduos com prontuários e fichas de
cadastro com dados incompletos ou confusos que impossibilitem a correto
diagnóstico da SM; prontuários de indivíduos com doenças renais ou hepáticas
crônicas, estabelecidas pelo histórico pessoal de doenças e pelo perfil de uso de
medicamentos; prontuários de indivíduos que fazem uso de corticoides crônicos;
prontuários de indivíduos que fazem uso de medicamentos que sabidamente
interferem na homeostase da glicose, exceto hipoglicemiantes orais; e prontuários
de indivíduos que não frequentam a unidade básica de saúde há mais de dois anos.

3.4 INSTRUMENTOS E COLETA DE DADOS

Os dados do estudo foram obtidos através da leitura minuciosa dos dados


registrados em fichas de cadastro e prontuários de saúde dos indivíduos, sendo
observadas informações sobre fatores de risco ambientais, e satisfação com o atual
serviço de saúde prestado, contemplando os seguintes aspectos:

1. Dados socioeconômicos e ambientais


2. Fatores biológicos
3. Hábitos de vida
4. Acesso a rede de atenção à saúde

Como forma de facilitar a coletânea destas informações, foi elaborado um


formulário para preenchimento do pesquisador, contemplando as variáveis contidas
nos prontuários e fichas utilizados na rede básica, e que serão analisadas no estudo.
Para cada prontuário foi preenchido um formulário, compondo assim a amostra da
pesquisa (APÊNDICE A).

3.5 DIAGNÓSTICO DA SINDROME METABÓLICA

Para efeito de diagnóstico de Síndrome Metabólica, os dados foram


interpretados segundo a I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da
Síndrome Metabólica, sendo adotado integralmente os critérios estabelecidos pelo
28

National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III (NCE-PAT III),
conforme especificado no quadro a seguir:
Quadro 1. Componentes da síndrome metabólica segundo o NCEP-ATP III
Componentes Níveis para inclusão no diagnóstico
Obesidade abdominal por meio de circunferência abdominal
Homens > 102cm
Mulheres > 88cm
Triglicerídeos ≥ 150mg/Dl
HDL Colesterol
Homens < 40mg/dL
Mulheres < 50mg/dL
Pressão Arterial ≥ 130mmHg ou ≥ 85mmHg ou uso de
antihipertensivo
Glicemia de jejum ≥ 110mg/dL uso de hipoglicemiante
Fonte: (MARTELI; PADOVANI; GONÇALVES, 2008)

3.6 MODELO DE ESTUDO

Para a realização da pesquisa, foi aplicado o seguinte modelo de estudo:

Variável Principal Dicotômica


1 Paciente com diagnóstico de Síndrome Metabólica
2 Pacientes sem diagnóstico de Síndrome Metabólica

Covariáveis – Fatores de risco ambientais

Dados socioeconômicos e ambientais:


Com companheiro
Estado civil:
Sem companheiro
Nível de escolaridade Medida em total de anos de estudo
Relato da profissão atual ou
Ocupação atual e anterior
anteriormente exercida
Jornada diária de trabalho Medida em total de horas
Própria
Financiada
Alugada
Cedido
Situação de moradia/posse da terra
Ocupação
Situação de rua
Arrendado
Outros
Localização de moradia Zona urbana
29

Zona rural
Quantidade de indivíduos que moram na
Densidade domiciliar
mesma residência.
Totalidade da renda mensal em salários
Renda familiar
mínimos da família
Meio de trabalho que gera a renda
Fonte de renda
mensal.
Área de produção rural Qual a condição de posse e uso da terra
Não
Disponibilidade de rede elétrica
Sim
Não
Construção das paredes em alvenaria
Sim
Pavimentada
Tipo de revestimento do solo da casa
Chão batido
Tipo de acesso ao domicilio Situação do solo da rua
Não
Presença de poeira ou umidade
Sim
Não
Presença de rede pública de água
Sim
Filtrada
Fervida
Tipo de água para consumo no domicílio Clorada
Mineral
Sem tratamento
Não
Rede pública de esgoto
Sim
Rede coletora de esgoto ou pluvial,
Fossa séptica,
Fossa rudimentar,
Escoamento do banheiro ou sanitário
Direto para um rio, lago ou mar,
Céu aberto,
Outras formas.
Coletado
Queimado/enterrado
Destino do lixo
Céu aberto
Outros

Fatores biológicos:
Idade Medida em anos.
Masculino
Sexo
Feminino
Índice de massa corporal Medidos em kg/m2
Branca
Preta
Cor da pele autorreferida
Amarelo
Parda
Presença de doenças sistêmicas Não
diagnosticadas previamente, hipertensão Sim
30

arterial, diabetes mellitus,


sobrepeso/obesidade, colesterol

Uso regular de medicações Não


especificando, em caso afirmativo.
Sim

Hábitos de vida:
Não
Tabagismo atual
Sim
Não
Etilista
Sim
Não
Uso de drogas ilícitas
Sim
Prática de atividade física de forma Não
regular em caso afirmativo, qual
frequência da prática semanal Sim
especificando

Acesso a rede de atenção à saúde:


Consegue marcar consultas com Não
facilidade na unidade básica de saúde Sim
Fez consulta com médico e/ou Não
enfermeiro nos últimos 06 meses Sim
Consegue marcar exames com Não
facilidade na unidade básica de saúde Sim
Fez exames pela unidade básica de Não
saúde nos últimos 06 meses Sim
Fez consulta com dentista nos últimos Não
06 meses Sim
Fez consulta com nutricionista nos Não
últimos 06 meses Sim
É bem atendido na unidade básica de Não
saúde Sim
Tem tido acesso as medicações Não
prescritas na unidade básica de saúde
Sim
de forma gratuita

3.7 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DE DADOS

Inicialmente, foram realizadas análises descritivas da população geral incluída


na pesquisa, bem como de acordo aos grupos de participantes por Unidade Básica
de Saúde. Considerando a prevalência da Síndrome Metabólica na população
analisada, foi realizada a análise bivariada, comparando as covariáveis entre os
31

indivíduos sem diagnóstico de Síndrome Metabólica com os diagnosticados com a


Síndrome Metabólica em cada UBS, avaliando as diferenças entres os grupos. As
variáveis foram comparadas mediante o uso do teste Qui-quadrado com nível de
significância de 5% e o valor de p, para estimar o efeito na prevalência da Síndrome
Metabólica no grupo analisado.
Para avaliar a influência das variáveis independentes sobre a variável
“presença de SM” foi utilizado a análise de regressão logística. Os dados incluídos
nesta análise foram testados quando a ausência de multicolinearidade, com valores
de tolerância > 0,1 e fator de inflação da variância (VIF) < 10. Para as variantes
estatisticamente significantes (p<0,05), foi calculada a razão de chances, Odds Ratio
(OR).
Para a análise foi utilizado o software estatístico Statistical Package for Social
Scientists – SPSS, versão 21.0 (SPSS Inc., Chicago, IL, EUA) e o SPSS Software
v.21.0, IBM, Armonk, NY.

3.8 ASPECTOS ÉTICOS RELACIONADOS À PESQUISA

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), sob o


parecer consubstanciado de nº 4.491.587 (ANEXO A), em respeito às normas éticas
em pesquisa com seres humanos, como consta na Resolução 466/12 do Conselho
Nacional de Saúde.
A Resolução 466/12 fundamenta-se nos principais documentos internacionais
que emanaram declarações e diretrizes sobre pesquisas que envolvem seres
humanos e incorpora, sob a ótica do indivíduo e das coletividades, os quatro
princípios básicos da bioética: autonomia, não maleficência, beneficência e justiça,
visando assegurar os direitos e deveres que dizem respeito à comunidade científica
aos sujeitos da pesquisa e ao Estado.
Desta maneira, uma pesquisa é considerada ética quando atende os
princípios da autonomia, que se refere ao respeito à dignidade do sujeito da
pesquisa; beneficência, onde se deve ao máximo trazer benefícios e o mínimo de
risco ao sujeito; não maleficência, evitando danos ao indivíduo pesquisado; e a
justiça e equidade, dando atenção à relevância social da pesquisa dando garantias
iguais aos participantes da pesquisa.
32

A coleta dos dados nos prontuários dos pacientes das unidades de saúde da
família foi condicionada a dispensa do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
da mesma, por se tratar de dados secundários, em concordância com as normas e
diretrizes do Comitê de Ética e as Resoluções Éticas Brasileiras, em especial a
Resolução CNS 466/12.
33

4 RESULTADOS

Inicialmente, foram avaliados todos os prontuários físicos e eletrônico de


pacientes cadastrados no Sistema Único de Saúde, em todas as Unidades Básicas
de Saúde da família do Município de São Felipe. O total de cadastros ativos no ano
de 2020 no prontuário eletrônico do cidadão (PEC) foi de 18.447 indivíduos maiores
de 18 anos completos de idade. Após aplicação dos critérios de elegibilidade e
considerando os indivíduos em acompanhamento no programa HiperDia do SUS,
foram incluídos na pesquisa um total de 1.056 prontuários das seis UBS, distribuídos
conforme ilustrado no Quadro 2.

Quadro 02 – Distribuição do total de prontuários incluídos na pesquisa, de acordo às


Unidades Básicas de Saúde de São Felipe- Bahia. 2020-2021.

Nome da USF Total de prontuários (N)


UBS1 SR INOCENCIO BARBOSA DE CARVALHO 154
UBS2 JOSE RIBEIRO 222
UBS3 CIRILO DOS SANTOS 164
UBS4 ISIDORIO PEREIRA 223
UBS5 GERMANA EUFROSINA 104

UBS6 MANOEL CARDOSO 189

TOTAL 1056
Fonte: dados da pesquisa. 2021.

A média de idade dos participantes da pesquisa foi de 63,03 anos (±14,09


anos) e mediana de 63 anos, variando de 18 a 102 anos. Do total de prontuários
incluídos na amostra, 735 (69,6%) eram de indivíduos do sexo feminino, 1006
indivíduos com idade igual ou superior a 40 anos (95,3%), e com 88,5% da
população se autodenominando da cor parda ou negra. A maioria dos indivíduos
reside em zona rural (66,5%), sendo também a maioria os que possuem grau de
escolaridade igual ou maior a oito anos completos de estudo (85,8%).
34

Tabela 1 – Distribuição das características sociodemográficas da população


estudada (N=1056). São Felipe- Bahia. 2020-2021.
UBS1 UBS2 UBS3 UBS4 UBS5 UBS6 N
(N=154) (N=222) (N=164) (N=223) (N=104) (N=189) 1056
Sexo
Masculino 59 61 52 65 29 55 321
(38,3%) (27,5%) (31,7%) (29,1%) (27,9%) (29,1%) (30,4%)

Feminino 95 161 112 158 75 134 735


(61,7%) (72,5%) (68,3%) (70,9%) (72,1%) (70,9%) (69,6%)

Idade
Entre 18 e 39 anos 7 11 7 12 3 10 50
(4,5%) (5,0%) (4,3%) (5,4%) (2,9%) (5,3%) (4,7%)
>= 40 anos 147 211 157 211 101 179 1006
(95,5%) (95,0%) (95,7%) (94,6%) (97,1%) (94,7%) (95,%)
Raça/cor
Branca ou Amarela 19 41 11 10 11 26 118
(12,3%) (18,5%) (6,7%) (4,5%) (10,6%) (13,8%) (11,2%)
Negra ou Parda 135 181 153 213 93 163 938
(87,7%) (81,5%) (93,3%) (65,5%) (89,4%) (86,2%) (88,8%)
Local de moradia
Zona urbana 01 149 1 146 - 57 354
(0,6%) (67,1%) (0,6%) (65,5%) (30,2%) (33,5%)
Zona rural 153 73 163 77 104 132 702
(99,4%) (32,9%) (99,4%) (34,5%) (100,0%) (69,8%) (66,5%)
Situação conjugal
Sem companheiro 62 131 90 107 62 77 529
(40,3%) (59,0%) (54,9%) (48,0%) (59,6%) (40,7%) (50,1%)
Com companheiro 92 91 74 116 42 112 527
(59,7%) (41,0%) (45,1%) (52,0%) (40,4%) (59,3%) (49,9%)
Anos de estudos
completos
< 8 anos 131 194 144 185 87 165 906
(85,1%) (87,4%) (87,8%) (83,0%) (83,7%) (87,3%) (85,8%)
>= 8 anos 23 28 20 38 17 24 150
(14,9%) (12,6%) (12,2%) (17,0%) (16,3%) (12,7%) (14,2%)
Renda em salários
mínimos
<= 1 salário mínimo 93 202 106 155 62 133 751
(60,4%) (91,0%) (64,6%) (69,5%) (59,6%) (70,4%) (71,1%)
>2 salários mínimos 61 20 58 68 42 56 305
(39,6%) (9,0%) (35,4%) (30,5%) (40,4%) (29,6%) (28,9%)
Fonte: dados da pesquisa. 2021.

Em relação aos hábitos de vida e saúde registrados no prontuário, foram


observados que, na população geral, tanto o hábito tabagista (4,4%), o consumo
frequente de bebida alcóolicas (7,1%), uso de drogas ilícitas (0,003%) e a prática
regular de atividades físicas (12,4%) tiveram menores prevalências.
A Síndrome Metabólica esteve diagnosticada em 50,1% dos indivíduos
cadastrados. Além dela, destaca-se a prevalência da hipertensão arterial, registrada
em 94,7% dos prontuários avaliados. A Diabetes Mellitus estava presente em 50,7%
35

dos indivíduos, sobrepeso ou obesidade em 35,5%, hipercolesterolemia em 48,9% e


Hipertrigliceridemia em 17,9%.

Tabela 2 – Distribuição das condições relacionadas aos hábitos de vida e saúde da


população estudada (N=1056). São Felipe- Bahia. 2020-2021.
UBS1 UBS2 UBS3 UBS4 UBS5 UBS6 N
(N=154) (N=222) (N=164) (N=223) (N=104) (N=189) 1056
Faz uso de fumo
Sim 03 5 8 14 5 11 46
(1,9%) (2,3%) (4,9%) (6,3%) (4,8%) (5,8%) (4,4%)
Não 151 217 156 209 99 178 1010
(98,1%) (97,7%) (95,1%) (93,7%) (95,2%) (94,2%) (95,6%)
Consome bebida
alcoólica
Sim 11 2 13 25 08 16 75
(7,1%) (0,9%) (7,9%) (11,2%) (7,7%) (8,5%) (7,1%)
Não 143 220 151 198 96 173 981
(92,9%) (99,1%) (92,1%) (88,8%) (92,3%) (91,5%) (92,9%)
Faz atividade física
Sim 39 31 9 29 04 19 131
(25,3%) (14,0%) (5,5%) (13,0%) (3,8%) (10,1%) (12,4%)
Não 115 191 155 194 100 170 925
(74,7%) (86,0%) (94,5%) (87,0% (96,2%) (89,9%) (87,6%)
Uso de drogas ilícitas
Sim - - 1 1 - 1 3
(0,6%) (0,4%) (0,5%) (0,003%)
Não 154 222 163 222 104 188 1053
(100,0%) (100,0%) (99,4%) (99,6%) (100,0%) (99,5%) (99,7%)
Síndrome Metabólica
Sim 72 111 81 117 52 96 529
(46,8%) (50,0%) (49,4%) (52,5%) (50,0%) (50,8%) (50,1%)
Não 82 111 83 106 52 93 527
(53,2%) (50,0%) (50,6%) (47,5%) (50,0%) (49,2%) (49,9%)
Hipertensão Arterial
Sim 150 212 151 211 102 174 1000
(97,4%) (95,5%) (92,1%) (94,6%) (98,1%) (92,1%) (94,7%)
Não 4 10 13 12 2 15 56
(2,6%) (4,5%) (7,9%) (5,4%) (1,9%) (7,9%) (5,3%)
Diabetes Mellitus
Sim 85 117 94 96 48 95 535
(55,2%) (57,3%) (43,0%) (53,8%) (50,3%) (50,7%)
Não 69 105 70 127 59 94 521
(44,8%) (47,3%) (42,7%) (57,0%) (53,8%) (49,7%) (49,3%)
Sobrepeso/Obesidade
IMC < 25 41 59 45 53 29 47 274
(26,8%) (29,6%) (36,0%) (25,6%) (28,2%) (26,3%) (25,9%)
IMC >= 25 112 138 80 153 74 131 688
(73,2%) (69,3%) (64,0%) (73,9%) (71,8%) (73,2%) (65,2%)

Hipercolesterolemia
Sim 64 97 85 112 62 96 516
(41,6%) (14,7%) (51,5%) (50,2%) (59,6%) (50,8%) (48,9%)
Não 90 125 79 111 42 93 540
(58,4%) (56,3%) (48,2%) (49,8%) (40,4%) (49,2%) (54,1%)

Trigliceridemia
Sim 16 31 26 68 7 41 189
36

(10,4%) (14,0%) (15,9%) (30,5%) (6,7%) (21,7%) (17,9%)


Não 138 191 138 155 97 148 867
(89,6%) (86,0%) (84,1%) (69,5%) (93,3%) (78,3%) (82,1%)
Fonte: dados da pesquisa. 2021.

Em relação à experiência do indivíduo na atenção básica de saúde, foram


investigados aspectos relacionados à facilidade na marcação de consultas e exames
com a equipe de saúde da Unidade, o tempo da última consulta e a satisfação com a
atendimento prestado.
Estes resultados foram obtidos nas pesquisas de satisfação do usuário
composta por oito perguntas objetivas, adicionadas na documentação de cada
indivíduo cadastrado no programa HiperDia da Secretaria Municipal de Saúde e
realizada no momento da última consulta na unidade. As respostas foram obtidas de
forma dicotomizada (sim ou não). Os resultados encontrados foram divididos de
acordo às questões explicitadas no Quadro 03.

Quadro 03 – Questões relacionadas ao acesso dos indivíduos para consultas,


exames, medicações e satisfação do atendimento na UBS.
Questões abordadas na pesquisa
Q1 Consegue marcar consultas com facilidade na unidade básica de
saúde?
Q2 Fez consulta com médico e/ou enfermeira nos últimos 6 meses?
Q3 Consegue marcar exames com facilidade na unidade básica de
saúde?
Q4 Fez exames pela unidade básica de saúde nos últimos 06 meses?
Q5 Fez consulta com cirurgião-dentista nos últimos 06 meses?
Q6 Fez consulta com nutricionista nos últimos 06 meses?
Q7 Tem tido acesso as medicações prescritas na unidade básica de
saúde de forma gratuita?
Q8 É bem atendido na unidade básica de saúde?

Assim, na amostra geral de prontuários foram observados que grande maioria


consegue agendar com facilidade as consultas de saúde em sua unidade (86,4%),
sendo a última consulta com médico e/ou enfermeira realizada há menos de 6
meses da data de coleta de dados da pesquisa (65,9%), e relatando facilidade na
aquisição de medicamentos necessários para seu tratamento na unidade (82,1%).
37

Em relação a marcação de exames médicos, a maioria relata facilidade nesta


marcação (55,3%), porém o último exame realizado e com registro em prontuário foi
datado há mais de 6 meses para a maioria dos indivíduos (67,3%).
Dificuldades maiores foram observadas quanto ao acesso às consultas com
cirurgiões-dentistas e nutricionistas das unidades. Neste aspecto, a maioria relatou
dificuldades no agendamento, sendo 86,7% não fez consulta odontológica nos
últimos 6 meses e 87,9% não realizou acompanhamento nutricional. Apesar disso, a
experiência de atendimento na unidade foi positiva para a grande maioria dos
avaliados (94,0%).

Tabela 3 – Distribuição da população quanto ao acesso e experiência na atenção


básica de saúde do município (N=1056). São Felipe- Bahia. 2020-2021.

UBS1 UBS2 UBS3 UBS4 UBS5 UBS6 N


(N=154) (N=222) (N=164) (N=223) (N=104) (N=189) 1056
Q1
Sim 153 193 106 211 82 167 912
(99,4%) (86,9%) (64,6%) (94,6%) (78,8%) (88,4%) (13,6%)
Não 1 29 58 12 22 22 144
(0,6%) (13,1%) (35,4%) (5,4%) (21,2%) (11,6%) (86,4%)
Q2
Sim 118 142 80 163 61 132 696
(76,6%) (64,0%) (48,8%) (73,1%) (58,7%) (69,8%) (65,9%)
Não 36 (23,4%) 80 84 60 43 57 360
(36,0%) (51,2%) (26,9%) (41,3%) (30,2 (34,1%)
Q3
Sim 123 118 68 162 51 62 584
(79,9%) (53,2%) (41,5%) (72,6%) (49,0%) (32,8%) (55,3%)
Não 31 (20,1%) 104 96 61 53 127 472
(46,8%) (58,5%) (27,4%) (49,0%) (67,2%) (44,7%)
Q4
Sim 59 65 29 80 47 65 345
(38,3%) (29,3%) (17,7%) (35,9%) (45,2%) (34,4%) (32,7%)
Não 95 157 135 143 57 124 711
(61,7%) (70,7%) (82,3%) (64,1%) (54,8%) (65,6%) (67,3%)
Q5
Sim 18 22 (9,9%) 12 39 18 31 140
(11,7%) (7,3%) (17,5%) (2,9%) (16,4%) (13,3%)
Não 136 200 152 184 86 158 316
(88,3%) (90,1%) (92,7%) (82,5%) (82,7%) (83,6%) (86,7%)
Q6
Sim 11 33 5 30 3 46 128
(7,1%) (14,9%) (3,0%) (13,5%) (2,9%) (24,3%) (12,1%)
Não 143 189 159 193 101 143 928
(92,9%) (85,1%) (97,0%) (86,5%) (97,1%) (75,7%) (87,9%)
Q7
Sim 140 199 98 194 73 163 876
(90,9%) (89,6%) (59,8%) (87,0%) (70,2%) (86,2%) (82,1%)
Não 1 23 66 29 31 26 189
(9,1%) (10,4%) (40,2%) (13,0%) (29,8%) (13,8%) (17,9%)
Q8
38

Sim 151 204 150 213 95 180 993


(98,1) (91,9%) (91,5%) (95,5) (91,3%) (95,2%) (94,0%)
Não 3 18 14 10 9 9 63
(1,9%) (8,1%) (8,5%) (4,5%) (8,7%) (4,8%) (6,0%)
Fonte: dados da pesquisa. 2021.

Os aspectos ambientais foram avaliados a partir dos dados referentes às


condições de moradia e saneamento básico de cada indivíduo, baseado nas
variáveis encontradas e devidamente registradas nos documentos das UBS.
Desta forma, a condição de moradia, para a maioria dos indivíduos, é
considerada própria (93,6%) e situada na zona rural (66,5%). A densidade domiciliar
relatada é igual ou acima de 4 indivíduos na maioria da residência (89,3%), sendo
que acesso a rede elétrica (99,1%), água encanada (52,9%) e coleta pública de lixo
(59,8%) estão presentes nas maiorias dos domicílios.
Em relação aos aspectos estruturais das residências, a maioria foi construída
com paredes de alvenaria (98,0%), com revestimento do piso da casa de cimento ou
cerâmica (98,3%). As vias de acesso as residências, em sua maioria, são por ruas
sem pavimentação (70,7%), onde a maioria dos indivíduos relatam conviver com
poeira e/ou umidade (70,5%).
Em relação a água de consumo destas famílias, a maioria relata fazer uso de
água filtrada e/ou mineral (79,5%). O escoamento do esgoto de banheiros ainda é
realizado através da construção de fossas rudimentares (95,8%) e o destino do lixo
doméstico geral, em sua maioria é coletado pelo serviço público (59,8%).

Tabela 4 – Distribuição da população de acordo às condições de moradia e


saneamento básico (N=1056). São Felipe- Bahia. 2020-2021.

UBS1 UBS2 UBS3 UBS4 UBS5 UBS6 N


(N=154) (N=222) (N=164) (N=223) (N=104) (N=189) 1056
Local de moradia
Zona urbana 01 149 1 146 104 57 458
(0,6%) (67,1%) (0,6%) (65,5%) (100,0%) (30,2%) (43,4%)

Zona rural 153 73 163 77 - 132 598


(99,4%) (32,9%) (99,4%) (34,5%) (69,8%) (56,6%)
Condição da
moradia
Própria 153 207 143 213 96 176 988
(99,4%) (93,2%) (87,2%) (95,5%) (92,3%) (93,1%) (93,6%)
Não própria 1 15 21 10 8 13 68
(0,6%) (6,8%) (12,8%) (4,5%) (7,7%) (6,9%) (6,4%)
Em caso de área de
produção rural,
39

condições de posse
e uso da terra
Proprietário 147 73 112 75 75 119 601
(99,3%) (100,0%) (91,1%) (100,0%) (94,9%) (100,0%) (56,9%)
Meeiro 1 - - - 3 - 4
(0,7%) (3,8%) (0,004%)
Assentado - - 1 - - - 1
(0,8%) (0,001%)
Posseiro - - 2 - - - 2
(1,6%) (0,002%)
Arrendatário - - 7 - 1 - 8
(5,7%) (1,3%) (0,008%)
Comodatário - - 1 - - - 1
(0,8%) (0,001%)

Densidade domiciliar
≤ 4 pessoas 138 199 153 194 93 166 943
(89,6%) (89,6%) (93,%) (87,0%) (89,4%) (87,8%) (89,3%)
> 4 pessoas 16 23 11 29 11 23 113
(10,4%) (10,4%) (6,7%) (13,0%) (10,6%) (12,2%) (10,7%)

Construção de
paredes em
alvenaria
Sim 152 222 161 218 96 186 1035
(98,7%) (100,0%) (98,2%) (97,8%) (92,3%) (98,4%) (98,0%)
Não 2 - 3 5 8 3 21
(1,3%) (1,8%) (2,2%) (7,7%) (1,6%) (2,0%)

Tipo de revestimento
do solo da casa
Cimento/cerâmica 152 222 159 222 99 184 1038
(98,7%) (100,0%) (97,0%) (99,6%) (95,2%) (97,4%) (98,3%)
Terra 2 - 5 1 5 5 18
(1,3%) (3,0%) (0,4%) (4,8%) (2,6%) (1,7%)

Disponibilidade de
rede elétrica
Sim 151 222 162 223 104 185 1047
(98,1%) (100,0%) (98,8%) (100,0%) (100,0%) (97,9%) (99,1%)
Não 3 - 2 - 4 9
(1,9%) (1,2%) (2,1%) (0,009%)

Abastecimento
público de água
38 179 43 160 63 76 559
Sim (24,7%) (80,6%) (26,2%) (71,7%) (60,6%) (40,2%) (52,9%)
Não 116 43 121 63 41 113 497
(75,3%) (19,4%) (73,8%) (28,3%) (39,4%) (59,8%) (47,1%)

Rede pública de
esgoto
Sim 1 146 3 42 2 36 230
(0,6%) (65,8%) (1,8%) (18,8%) (1,9%) (19,0%) (21,8%)
Não 153 76 161 181 102 153 826
(99,4%) (34,2%) (98,2%) (81,2%) (98,1%) (81,0%) (78,2%)

Água de consumo
no domicílio
40

Filtrada/mineral 107 204 140 182 81 125 839


(69,5%) (91,9%) (85,4%) (81,6%) (77,9%) (66,1%) (79,5%)
Fervida - 3 - 4 2 - 9
(1,4%) (1,8%) (1,9%) (0,009%)
Clorada 17 9 2 14 6 55 103
(11,0%) (4,1%) (1,2%) (6,3%) (5,8%) (29,1%) (9,8%)
Sem tratamento 30 5 22 23 15 9 104
(19,5%) (2,3%) (13,4%) (10,3%) (14,4%) (4,8%) (9,8%)
Forma de
escoamento do
banheiro ou
sanitário
Rede coletora 3 - - 23 - 1 27
(1,9%) (10,3%) (0,5%) (2,6%)
Fossa asséptica 2 - - - - - 2
(1,3%) (0,002%)
Fossa rudimentar 147 221 159 200 102 183 1012
(95,5%) (99,5%) (97,0%) (89,7%) (98,1%) (96,8%) (95,8%)
Rio/lago - - - - - 3 3
(1,6%) (0,003%)
Céu aberto 2 - 5 - 2 2 11
(1,3%) (3,0%) (1,9%) (1,1%) (1,0%)
Destino do lixo
doméstico
Coletado 50 152 112 173 9 136 632
(32,5%) (68,5%) (68,3%) (77,6%) (8,7%) (72,0%) (59,8%)
Queimado/enterrado 97 69 50 48 94 50 408
(63,0%) (31,1%) (30,5%) (21,5%) (90,4%) (26,5%) (38,6%)
Céu aberto 7 1 (0,5%) 2 - 1 2 13
(4,5%) (1,2%) (1,0%) (1,1%) (1,2%)
Outros - - - 2 1 3
(0,9%) (0,5%) (0,003%)
Tipo de acesso ao
domicílio
Pavimento 5 137 15 96 2 50 305
(8,4%) (61,7%) (9,1%) (43,0%) (1,9%) (26,5%) (28,9%)
Chão 149 85 149 124 101 139 747
(96,8) (38,3%) (90,9%) (55,6%) (97,1%) (73,5%) (70,7%)
Fluvial - - 1 - - 1
(0,4%) (0,001%)
Presença constante
de poeira/umidade
no domicílio
Sim 141 118 102 147 97 140 745
(91,6%) (53,2%) (62,2%) (65,9%) (93,3%) (74,1%) (70,5%)
Não 13 104 62 76 7 49 311
(8,4%) (46,8%) (37,8%) (34,1%) (6,7%) (25,9%) (29,5%)

Fonte: dados da pesquisa. 2021.

A partir dessa análise geral da população, procedeu-se com a avaliação por


Unidade Básica de Saúde, com o objetivo de identificar as diferenças existentes em
cada área de abrangência, através da comparação das variáveis de interesse entre
os indivíduos diagnosticados com e sem a Síndrome Metabólica. Para isso, foram
41

aplicados os Valores de p definidos pelo χ2 com Teste Exato de Fisher, quando


pertinente (p≤0,05).
Para a UBS1 (N=154) foram encontradas diferenças estatísticas significativas
referentes à raça autorreferida com 92,7% afirmando-se negros e pardos entres os
indivíduos com SM e 81,9% entre indivíduos sem SM (p=0,038); IMC maior ou igual
a 25 com 77,5% entre os indivíduos com SM e 65,9% entre os indivíduos sem SM
(p=0,000); Diabetes Mellitus com prevalência de 86,1% entre indivíduos com SM
contra apenas 28% entre indivíduos sem SM (p=0,000); hipercolesterolemia com
prevalência de 72,2% entre indivíduos com SM e 14,6% entre indivíduos sem SM
(p=0,000) e hipertrigliceridemia ocorrendo em 22,2% dos indivíduos com SM e com
nenhum diagnóstico entre os indivíduos sem SM (p=0,000).
Na UBS2 a prevalência de indivíduos que residem em zona rural foi de 46,8%
entre os diagnosticados com SM contra 18,9% dos indivíduos sem SM (p=0,000); a
renda familiar igual ou inferior a um salário mínimo foi de 85,6% em indivíduos com
SM, sendo essa porcentagem ainda maior (96,4%) entre indivíduos sem SM
(p=0,004). Sobrepeso ou obesidade estiveram presentes em 77,9% dos indivíduos
com SM e em 60,0% dos indivíduos sem SM (p=0,000). A hipertensão arterial foi
diagnosticada em 100% dos indivíduos com SM avaliados nesta unidade, contra
91,0% de prevalência da comorbidade entre indivíduos sem SM (p=0,001). A
Diabetes Mellitus entre indivíduos com SM esteve presente entre 82,9% dos
indivíduos com SM e em apenas 22,5% dos indivíduos sem SM (p=0,000). A
hipercolesterolemia foi diagnosticada em 70,3% dos indivíduos com SM e em 17,1%
dos indivíduos sem SM (p=0,000) e a hipertrigliceridemia presente em 28,4% nos
indivíduos com SM (p=0,000) e em apenas 3,6% dos indivíduos sem SM (p=0,000).
Para a UBS3 as diferenças estatísticas foram encontradas referentes às
variáveis raça com 97,5% auto referindo-se pardo ou negro entre os indivíduos com
SM e 89,2% entre os indivíduos sem SM (p=0,031), o etilismo foi maior (12,0%)
entre indivíduos sem SM (p=0,044), a Diabetes Mellitus com prevalência de 86,4%
entre indivíduos com SM e 28,0% nos indivíduos sem SM (p=0,000),
hipercolesterolemia com 87,7% e hipertrigliceridemia com 28,4% entre indivíduos
com SM, ambos mantendo valor de p=0,000.
A prevalência do sexo feminino entre indivíduos com diagnóstico de SM foi
maior (76,1%) do que entre indivíduos sem SM (65,19%) na UBS4 (p=0,049). Ainda
nesta unidade, diferenças foram encontradas referentes a idade, onde 99,1% dos
42

indivíduos com SM tinha idade maior ou igual a 40 anos contra 89,6% dos indivíduos
sem SM. Residir em zona rural teve prevalência maior (41,9%) entre indivíduos com
SM comparados aos indivíduos sem SM (26,4%; p=0,011), não possuir companheiro
(a) teve prevalência de 57,3% entre indivíduos com SM e 37,7% entre indivíduos
sem SM (p=0,003). A escolaridade também mostrou diferenças entre os grupos,
onde possuir menos de 8 anos completos de estudo teve prevalência de 89,7%
entre os indivíduos com SM comparado a 75,5% sem SM (p=0,004) e a renda
familiar menor que um salário mínimo foi mais prevalente no grupo sem SM (82,1%;
p=0,000). Em relação aos dados de saúde, IMC maior ou igual a 25 foi encontrado
em 80,9% do grupo com SM comparado a 65,2% no grupo sem SM (p=0,002). A
hipertensão arterial, Diabetes Mellitus, hipercolesterolemia e hipetrigliceridemia
tiveram suas prevalências também maiores entre indivíduos diagnosticados com
SM, imprimindo diferenças estatisticamente significantes (p=0,000).
Na UBS 5 foram também encontradas diferenças significativas na prevalência
de indivíduos do sexo feminino, com 82,7% no grupo com SM e 61,5% no grupo
sem SM (p=0,014), com 100% da população residindo em zona rural. Entre os
indivíduos com SM, 100% possuíam diagnostico de hipertensão arterial, contra
96,2% do grupo sem SM (p=0,000). A Diabetes Mellitus esteve presente em 73,1%
dos indivíduos com SM e em apenas 19,2% dos indivíduos sem SM (p=0,000). A
hipercolesterolemia (92,3% contra 26,9%) e hipertrigliceridemia (13,5% contra 0%)
foi maior entre indivíduos com SM (p=0,000).
Na última UBS avaliada, foram encontradas as menores diferenças entre os
grupos. Assim, nesta população, a prevalência de sobrepeso/obesidade foi de
80,2% entre indivíduos com SM e de 65,1% entre indivíduos sem SM (p=0,000). A
Diabetes Mellitus (75,0%), hipercolesterolemia (91,7%) e hipertrigliceridemia (42,7%)
com maior prevalência no grupo com SM comparado ao sem SM (com prevalências
de 24,7%, 8,6% e 0% respectivamente, p=0,000).
As diferenças estatísticas entre as variáveis sociodemográficas, hábitos de
vida e saúde segundo o diagnóstico da Síndrome Metabólica em cada UBS estão
demonstradas na Tabela 05.
43

Tabela 05 - Distribuição das características sociodemográfica, hábitos de vida e


saúde entre indivíduos com diagnóstico e sem diagnóstico da Síndrome Metabólica
por Unidade Básica de Saúde. São Felipe- Bahia. 2020-2021.
UBS1 UBS2 UBS3 UBS4 UBS5 UBS6
(N= 154) (N=222) (N= 164) (N=223) (N=104) (N=189)
com sem com sem com sem com sem com sem com sem
SM SM p SM SM p SM SM p SM SM p SM SM p SM SM p
Sexo
Masculino 23 36 25 36 25 27 25 37 9 20 24 31
% 31,9 43,9
0,087
22,5 32,4
0,066
30,9 32,5
0,476
23,9 34,9
0,049
17,3 38,5
0,014
25,0 33,3
0,135
Feminino 49 46 36 75 56 56 89 69 43 32 72 62
% 68,1 56,1 34,4 67,6 69,1 67,5 76,1 65,1 82,7 61,5 75,0 66,7
Idade
18 e 39 2 5 7 4 3 4 1 11 2 1 3 7
anos 0,278 0,269 0,514 0,001 0,500 0,152
% 2,8 6,1 6,3 3,6 3,7 4,8 0,9 10,4 3,8 1,9 3,1 7,5
>= 40 anos 70 77 104 107 78 79 116 95 50 51 93 86
% 97,2 93,9 93,7 96,4 96,3 95,2 99,1 89,6 96,2 98,1 96,9 92,5
Raça/cor
Branca/
13 6 18 23 2 9 5 5 9 2 12 14
Amarela
% 18,1 7,3 0,038 16,2 20,7 0,245 2,5 10,8 0,031 4,3 4,7 0,563 17,3 3,8 0,026 12,5 15,1 0,383
Negra ou
59 76 93 88 79 74 112 101 43 50 84 79
Parda
% 81,9 92,7 83,8 79,3 97,5 89,2 95,7 95,3 82,7 96,2 87,5 84,9
Local de
moradia
Zona urbana 0 1 59 90 0 1 58 78 0 0 34 23
% 0,0 1,2 0,532 53,2 81,1 0,000 0,0 1,2 0,506 58,1 73,6 0,011 0,0 0,0 -- 35,4 24,7 0,074
Zona rural 72 81 52 21 81 82 49 28 52 52 62 70
% 100,0 98,8 46,8 18,9 100,0 98,8 41,9 26,4 100,0 100,0 64,6 75,3
Situação
conjugal
Sem
29 33 63 68 43 47 67 40 34 28 37 40
companheiro
% 40,3 40,2 0,563 56,8 61,3 0,293 53,1 56,6 0,383 57,3 37,7 0,003 65,4 53,8 0,159 38,5 43,0 0,317
Com
43 49 48 43 38 36 50 66 18 24 59 53
companheiro
% 59,7 59,8 43,2 38,7 46,9 43,4 42,7 62,3 34,6 46,2 61,5 57,0
Anos de
estudos
completos
< 8 anos 62 69 101 93 70 74 105 80 41 46 81 84
% 86,1 84,1 0,456 91,0 83,8 0,078 86,4 89,2 0,383 89,7 75,5 0,004 78,8 88,5 0,144 84,4 90,3
≥ 8 anos 10 13 10 18 11 9 12 26 11 6 15 9 0,220
% 13,9 15,9 9,0 16,2 13,6 10,8 10,3 24,5 21,2 11,5 15,6
9,7

Renda em
salários
mínimos
≤ 1 salário
38 55 95 107 56 50 68 87 31 31 61 72
mínimo
% 52,8 67,1 0,071 85,6 96,4 0,004 69,1 60,2 0,152 58,1 82,1 0,000 59,6 59,6 0,579 63,5 77,4 0,156
>2 salários
34 27 16 4 25 33 49 19 21 21 35 21
mínimos
% 47,2 32,9 14,4 3,6 30,9 39,8 41,9 17,9 40,4 40,4 36,5
22,6

Tabagismo
Sim 0 3 2 3 5 3 8 6 4 1 3 8
% 0,0 3,7 1,8 2,7 6,2 3,6 6,8 5,77 7,7 1,9 3,1 8,6
Não 72 79 0,146 109 108 0,500 76 80 0,346 109 100 0,465 48 51 0,181 93 885 0,108
%
100,0 96,3 98,2 97,3 93,8 96,4 93,2 94,3 92,3 98,1 96,9 91,4

Etilismo
Sim 3 8 0 2 3 10 10 15 5 3 5 11
% 4,2 9,8 0,0 1,8 3,7 12,0 8,5 14,2 9,6 5,8 5,2 11,8
Não 69 74 111 109 78 73 107 91 47 49 91 82 0,102
0,179 0,249 0,044 0,185 0,358
88,2
95,8 90,2 100,0 98,2 96,3 88,0 91,5 85,8 90,4 94,2 94,8
%

IMC≥25
Sim 55 57 0,000 81 57 0,000 40 40 0,261 93 60 0,000 44 30 0,248 77 54 0,000
44

% 77,5 65,9 77,9 60,0 65,6 62,5 80,9 65,2 84,6 58,8 80,2 65,1
Não 16 25 22 37 21 24 21 32 8 21 19 28
% 22,5 30,5 21,2 38,9 34,4 37,5 18,3 34,8 15,4 41,2 19,8
33,7

Hipertensão
arterial
Sim 71 78 111 101 77 74 116 95 52 50 91 83
% 98,6 96,3 100,00 91,0 95,1 89,2 99,1 89,6 100,0 96,2 94,8 89,2
Não 1 3 0,361 0 10 0,001 4 9 0,162 1 11 0,002 0 2 0,000 5 10 0,159
% 1,4 3,7 0,0 9,0 4,9 10,8 0,9 10,4 0,0 3,8 5,2
10,8

Diabetes
Mellitus
Sim 62 23 92 25 70 24 80 16 38 10 72 23
% 86,1 28,0 82,9 22,5 86,4 28,9 68,4 15,1 73,1 19,2 75,0 24,7
Não 10 59 0,000 19 86 0,000 11 59 0,000 37 90 0,000 14 42 0,000 24 70 0,000
% 13,9 72,0 17,1 77,5 13,6 71,1 31,6 84,9 26,9 80,8 25,0
75,3

Hipercoles
terolemia
Sim 52 12 78 19 71 14 110 2 48 14 88 8
% 72,2 14,6
0,000
70,3 17,1
0,000
87,7 16,9
0,000
94,0 1,9
0,000
92,3 26,9
0,000
91,7 8,6
0,000
Não 20 70 33 92 10 69 7 104 4 38 8 85
% 27,8 85,4 29,7 82,9 12,3 83,1 6,0 98,1 7,7 73,1 8,3 91,4
Hipertrigli
ceridemia
Sim 16 0 29 2 23 3 67 1 7 0 41 0
% 22,2 0,0
0,000
26,1 1,8
0,000
28,4 3,6
0,000
57,3 0,9
0,000
13,5 0,0
0,006
42,7 0,0
0,000
Não 56 82 82 109 58 80 50 105 45 52 55 93
% 77,8 100,0 73,9 98,2 71,6 96,4 42,7 99,1 86,5 100,0 57,3 100,0
Fonte: dados da pesquisa. 2021.
p: nível de significância ≤ 0,05.

Com relação a facilidade do indivíduo em marcar consultas na UBS (Q1), foi


encontrada diferença estatisticamente significante entre os indivíduos da UBS5,
onde 11,5% com diagnóstico de SM afirmou encontrar dificuldades contra 30,9% dos
indivíduos sem SM que relataram essa dificuldade (p=0038).
Na UBS3 foi observado que a marcação de exames na unidade (Q3) não é
avaliada como fácil para 72,8% dos indivíduos com SM contra 44,6% dos indivíduos
sem SM (p=0,000). Quando perguntados se realizou consultas com cirurgião-
dentista nos últimos 6 meses, 92,3% dos indivíduos com SM afirmaram que não,
contra 46,1% dos indivíduos sem SM (p=0,002).
Em relação a consulta com nutricionista nos últimos 6 meses (Q6), na UBS1
98,8% dos indivíduos com SM afirmaram que não contra 46,1% do grupo sem SM
(p=0,002), enquanto que na UBS6 60,4% dos indivíduos com SM disseram não e
91,4% dos sem SM (p=0,000).
Em relação ao acesso as medicações prescritas na unidade básica de saúde
de forma gratuita (Q7), na UBS6 19,8% dos indivíduos com SM relataram
dificuldades contra 7,5% sem SM (p=0,014).
45

A distribuição das características relacionadas ao acesso do indivíduo para


consultas, exames, medicações e satisfação do atendimento na UBS, segundo o
diagnóstico da Síndrome Metabólica estão demonstradas na Tabela 06.

Tabela 06- Distribuição das características relacionadas ao acesso e experiências


na atenção básica entre indivíduos com diagnóstico e sem diagnóstico da Síndrome
Metabólica por Unidade Básica de Saúde. São Felipe- Bahia. 2020-2021.

UBS1 UBS2 UBS3 UBS4 UBS5 UBS6


(N= 154) (N=222) (N= 164) (N=223) (N=104) (N=189)
com sem com sem com sem com sem com sem com sem
SM SM p SM SM p SM SM p SM SM p SM SM p SM SM p
Q1
Sim 71 82 101 92 46 60 112 99 46 36 86 81

% 98,6 100,0 0,468 91,0 82,9 0,073 56,8 72,3 0,038 95,7 93,4 0,441 88,5 69,2 0,016 89,6 87,1 0,594

Não 1 0 10 19 35 23 5 7 6 16 10 12

% 1,4 0,0 9,0 17,1 43,2 27,7 4,3 6,6 11,5 30,8 10,4 12,9

Q2
Sim 59 59 74 68 40 40 89 74 29 32 72 60

% 81,9 72,0 0,144 66,7 61,3 0,402 49,4 48,2 0,879 76,1 69,8 0,293 55,8 61,5 0,550 75,0 64,5 0,116

Não 13 23 37 43 41 43 28 32 23 20 24 33

% 18,1 28,0 33,3 38,7 50,6 51,8 23,9 30,2 44,2 38,5 25,0 35,5

Q3
Sim 54 69 64 54 22 46 88 74 21 30 29 33

% 75,0 84,1 0,158 57,7 48,6 0,179 27,2 55,4 0,000 75,2 69,8 0,366 40,4 57,7 0,78 30,2 35,5 0,440

Não 18 13 47 57 59 37 29 32 31 22 67 60

% 25,0 15,9 42,3 51,4 72,8 44,6 24,8 30,2 59,6 42,3 69,8 64,5

Q4
Sim 27 32 34 31 13 16 46 34 20 27 37 28

% 37,5 39,0 0,846 30,6 27,9 0,658 16,0 19,3 0,588 39,3 32,1 0,260 38,5 51,9 0,168 38,5 30,1 0,222

Não 45 50 77 80 68 67 71 72 32 25 59 65

% 62,5 61,0 69,4 72,1 84,0 80,7 60,7 67,9 61,5 48,1 61,5 69,9

Q5
Sim 6 12 13 9 4 8 21 18 4 14 15 16

% 8,3 14,6 0,225 11,7 8,1 0,369 4,9 9,6 0,248 17,9 17,0 0,849 7,7 26,9 0,010 15,6 17,2 0,769

Não 66 70 98 102 77 75 96 88 48 38 81 77

% 91,7 85,4 88,3 91,9 95,1 90,4 82,1 83,0 92,3 73,1 84,4 82,8

Q6
Sim 10 1 20 13 1 4 13 17 1 2 38 8

% 13,9 1,2 0,002 18,0 11,7 0,187 1,2 4,8 0,191 11,1 16,0 0,282 1,9 3,8 0,500 39,6 8,6 0,000

Não 62 81 91 98 80 79 104 89 51 50 58 85

% 46,1 98,8 82,0 88,3 98,8 95,2 88,9 84,0 98,1 96,2 60,4 91,4

Q7
0,014
Sim 63 77 101 98 46 52 105 89 36 37 77 86

% 87,5 93,9 91,0 88,3 56,8 62,7 89,7 84,0 69,2 71,2 80,2 92,5
0,168 0,509 0,444 0,200 0,830
Não 9 5 10 13 35 31 12 17 16 15 19 7

%
12,5 6,1 9,0 11,7 43,2 37,3 10,3 16,0 30,8 28,8 19,8 7,5
46

Q8
Sim 72 79 101 103 73 77 112 101 48 47 91 89

% 100,0 96,3 0,148 91,0 92,8 0,623 90,1 92,8 0,544 95,7 95,3 0,873 92,3 90,4 0,500 94,8 95,7 0,520

Não 0 3 10 8 8 6 5 5 4 5 5 4

% 0,0 3,7 9,0 7,2 9,9 7,2 4,3 4,7 7,7 9,6 5,2 4,3

Fonte: dados da pesquisa. 2021.


p: nível de significância ≤ 0,05.

Nesta pesquisa, os aspectos ambientais da população estudadas foram


avaliados de acordo às características das condições de moradia e acesso a
saneamento básico, a partir dos dados disponíveis para esta avaliação nos registros.
A densidade domiciliar com um número maior de quatro indivíduos residentes
entre os indivíduos da UBS4 mostrou diferenças entre os grupos com SM (17,1%) e
sem SM (8,5%; p=0,053). Quanto a construção das casas sem paredes de alvenaria
foram detectadas em 4,7% das residências entre os indivíduos sem SM (p=0,018).
Destaque deve ser dado ao tipo de acesso à moradia em três das unidades
avaliadas. Na UBS2 47,7% dos indivíduos com SM afirmam não ter pavimentação
nas vias de acesso, contra 28,8% dos indivíduos sem SM (p=0,004), na UBS3 a
foram 98,8% contra 83,1% dos indivíduos sem SM (p=0,001) e para UBS4 foram
66,7% com SM contra 43,4% sem SM (p=0,001).
A presença de poeira e umidade também merece destaque. Na UBS2, a
porcentagem de indivíduos com SM que afirmam conviver com esse problema é de
61,3% contra 45,0% dos indivíduos sem SM (p=0,015). Na UBS4, entre os
indivíduos com SM a porcentagem foi de 71,8% contra 59,4% sem SM (p=0,052). Já
na UBS6 a foram 67,7% dos indivíduos com SM contra 80,6% sem SM (p=0,000).
A ausência de abastecimento de água encontrou diferenças significativas nos
grupos da UBS3, estando essa ausência presente em 77,7% das casas dos
indivíduos com SM e 60,2% das casas dos indivíduos sem SM (p=0,000). Para esta
mesma unidade, foi verificada diferenças no consumo de água, sendo que o
consumo de água sem tratamento foi de 19,8% no grupo com SM e de 7,2% no
grupo sem SM (p=0,027%).
A falta de acesso ao esgotamento sanitário encontrou diferenças entre os grupos da
UBS2, onde 48,6% de quem tem SM e 19,8% de quem não tem SM afirmaram não
ter esse serviço disponível em sua moradia (p=0,000). Outro problema diz respeito a
destino do lixo nesta mesma unidade. 55,9% dos indivíduos com SM afirmam ter
acesso à coleta de lixo, contra 81,1% dos que não possuem SM (p=0,000). Um
47

panorama diferente foi visto na UBS1, onde 43,1% do grupo com SM e 23,2% do
grupo sem SM afirmam não ter esse serviço (p=0,026) assim como na UBS6 onde
81,2% do grupo com SM e 62,49% do grupo sem SM também não possuem coleta
de lixo em sua residência (p=0,020).

Tabela 07 - Distribuição das características relacionadas às condições ambientais


entre indivíduos com diagnóstico e sem diagnóstico da Síndrome Metabólica por
Unidade Básica de Sa
48

de. São Felipe- Bahia. 2020-2021.


UBS1 UBS2 UBS3 UBS4 UBS5 UBS6
(N= 154) (N=222) (N= 164) (N=223) (N=104) (N=189)
Com Sem Com Sem Com Sem Com Sem Com Sem Com Sem
SM SM p SM SM p SM SM p SM SM p SM SM p SM SM p
Densidade
domiciliar

≤ 4 pessoas 63 75 0,42 99 100 0,82 78 75 0,12 97 97 0,05 49 44 0,11 84 82


0,888
% 87,5 91,5 1 89,2 90,1 6 96,6 90,4 9 82,9 91,5 3 94,2 84,6 1 87,5 88,2

> 4 pessoas 9 7 12 11 3 8 20 9 3 8 12 11

% 12,5 8,5 10,8 9,9 3,7 9,6 17,1 8,5 5,8 15,4 12,5 11,8

Rede elétrica
disponível

sim 72 79 111 111 79 83 117 106 52 52 94 91


0,14 0,24
% 100, 100, 100, * 100, 100, 100, * 100, 100, * 0,677
96,3 8 97,5 2 97,9 97,8
0 0 0 0 0 0 0 0
não 0 3 0 0 2 0 0 0 0 0 2 2

% 0,0 3,7 0,0 0,0 2,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 2,1 2,2

Paredes de
alvenaria

sim 72 80 111 111 80 81 117 101 49 47 94 92


0,28 0,50 0,01 0,46
% 100, 100, 100, * 100, 0,512
97,6 2 98,8 97,6 9 95,3 8 94,2 90,4 2 97,9 98,9
0 0 0 0
não 0 2 0 0 1 2 0 5 3 5 2 1

% 0,0 2,4 0,0 0,0 1,2 2,4 0,0 4,7 5,8 9,6 2,1 1,1

Revestimento
de solo

Cimento/
71 81 111 111 79 80 117 105 52 47 93 91
cerâmica
0,71 0,51 0,47 0,02
100, 100, * 100, 100, 0,515
% 8 2 5 8
98,6 98,8 97,5 96,4 99,1 90,4 96,9 97,8
0 0 0 0
Terra 1 1 0 0 2 3 0 1 0 5 3 2

% 2,2
1,4 1,2 0,0 0,0 2,5 3,6 0,0 0,9 0,0 9,6 3,1

Acesso ao
domicílio

Pavimento 3 2 58 79 1 14 37 59 1 1 25 25

% 4,2 2,4 52,3 71,2 1,2 16,9 31,6 55,7 1,9 1,9 26,0 26,9
0,48 0,00 0,00 0,00 0,60
Sem pavimento 69 80 53 32 80 69 78 46 50 51 71 68 0,896
3 4 1 1 4
% 95,8 97,6 47,7 28,8 98,8 83,1 66,7 43,4 96,2 98,1 74,0 73,1

Fluvial 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0

% 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,9 0,0 0,0 0,0 0,0

Presença de
poeira/umidade

sim 67 74 0,53 68 50 0,01 55 47 0,13 84 63 0,05 46 51 0,06 65 75


0,042
% 1 5 7 2 5
93,1 90,2 61,3 45,0 67,9 56,6 71,8 59,4 88,5 98,1 67,7 80,6

não 5 8 43 61 26 36 33 43 6 1 31 18

% 6,9 9,8 38,7 55,0 32,1 43,4 28,2 40,6 11,5 1,9 32,3 19,

Acesso água 0,77 0,39 0,00 0,56 0,16 0,477

encanada 4 6 0 2 0

sim 17 21 87 92 10 33 82 78 28 35 41 35

% 23,6 25,6 78,4 82,9 12,3 39,8 70,1 73,6 53,8 67,3 42,7 37,6

não 55 61 24 19 71 50 35 28 24 17 55 58
49

% 76,4 74,4 21,6 17,1 87,7 60,2 29,9 26,4 46,2 32,7 57,3 62,4

Água de
consumo

Filtrada/mineral 45 62 102 102 65 75 96 86 39 42 62 63

% 62,5 75,6 91,9 91,9 80,2 90,4 82,1 81,1 75,0 80,8 64,6 67,7

Fervida 0 0 0,20 3 0 0,13 0 0 0,02 1 3 0,49 2 0 0,53 0 0


0,613
% 0,0 0,0 9 2,7 0,0 7 0,0 0,0 7 0,9 2,8 6 3,8 0,0 6 0,0 0,0

Clorada 10 7 2 7 0 2 6 8 3 3 28 27

% 13,9 8,5 1,8 6,3 0,0 2,4 5,1 7,5 5,8 5,8 29,2 29,0

Sem tratamento 17 13 3 2 16 6 14 9 8 7 6 3

% 23,6 15,9 2,7 1,8 19,8 7,2 12,0 8,5 15,4 13,5 6,2 3,2

Rede pública
de esgoto

sim 1 0 57 89 1 2 189 23 2 0 17 19
0,46 0,00 0,50 0,29 0,24
% 1,4 0,0 8 51,4 80,2 0 1,2 2,4 9 16,2 21,7 8 3,8 0,0 8 17,7 20,4

não 71 82 54 22 80 81 98 83 50 52 79 74
0,634
% 100, 100,
98,6 48,6 19,8 98,8 97,6 83,8 78,3 96,2 82,3 79,6
0 0
Escoamento do
banheiro

Rede Coletora 1 2 0 0 0 0 11 12 0 0 0 1

% 1,4 2,4 0,0 0,0 0,0 0,0 9,4 11,3 0,0 0,0 0,0 1,1

Fossa asseptica 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

% 1,4 1,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
0,56 0,50 0,02 0,63 0,75
Fossa rudmentar 0,266
70 77 7 111 110 0 76 83 8 106 94 8 51 51 2 92 91

% 100, 100,
97,2 93,9 99,1 93,8 90,6 88,7 98,1 98,1 95,8 97,8
0 0
Rio/Lagoa 0 0 0 0 0 0,0 0 0 1 1 3 0

% 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,9 1,9 3,1 0,0

Céu aberto 0 2 0 0 5 0 0 0 0 0 1 1

% 0,0 2,4 0,0 0,0 6,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,0 1,1

Destino do lixo
Coletado 31 19 62 90 55 57 88 85 5 4 78 58

% 43,1 23,2 55,9 81,1 67,9 68,7 75,2 80,2 9,6 7,7 81,2 62,4

Queimado/
39 58 49 20 24 26 28 20 46 48 18 32
enterrado
0,02 0,00 0,35 0,65 0,56
0,020
% 54,2 70,7 6 44,1 18,0 0 29,6 31,3 1 23,9 18,9 5 88,5 92,3 2 18,8 34,4

Céu aberto 2 5 0 1 2 0 0 0 1 0 0 2

% 2,8 6,1 0,0 0,9 2,5 0,0 0,0 0,0 1,9 0,0 0,0 2,2

Outro 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1

% 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,9 0,9 0,0 0,0 0,0 1,1

Fonte: dados da pesquisa. 2021. p: nível de significância ≤ 0,05.

Na análise de Regressão Logística (tabelas 8 e 9), os preditores associados


positivamente a presença de SM foram: sexo feminino, renda familiar menor ou igual
a 1 salário mínimo, índice de massa corporal maior ou igual a 25, hipertensão
arterial, Diabetes Mellitus, hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, realização de
50

consulta com nutricionista nos último seis meses, morar em zona rural e ter o acesso
ao domicílio sem pavimentação.
Entretanto, possuir escolaridade maior que 8 anos completos, conseguir
marcar exames com facilidade na UBS, possuir água encanada e esgotamento
sanitário em domicílio foram preditores negativos, ou seja, conferiram fatores de
proteção à presença de SM. Os dados analisados atenderam ao pré-requisito de
não apresentar multicolinearidade.
Em relação as variáveis sociodemográficas, hábitos de vida e saúde, as
mulheres apresentaram 1,621 vezes mais chances de desenvolver a SM quando
comparada aos homens (OR=1,621; IC=1,245-2,112; P=0,000) e ter a renda familiar
menor ou igual a 1 salário mínimo aumenta as chances em 1,762 vezes (OR=1,765;
IC=1,315-2,365; p=0,000). A escolaridade maior ou igual a 8 anos completos de
estudo parece exercer um efeito protetor quanto a presença de SM.
Possuir IMC maior ou igual a 25 aumenta em 6,306 vezes a chance do
desenvolvimento da SM (OR=6,306; IC=4,710-8,450; p=0,000), assim como a
hipertensão arterial aumenta em 4,390 (OR=4,390;IC=2,245-8,590; p=0,000), a
Diabetes Mellitus aumenta em 12,079 (OR=12,079; IC=9,042-16,137; p=0,000), a
hipercolesterolemia em 36,183 (OR=36,183; IC=25,608-51,120; p=0,000) e a
hipertrigliceridemia em 45,926 (OR=45,926; IC=20,138-104,741; p=0,000), sugerindo
uma forte associação entre os preditores de saúde avaliados

Tabela 8 – Análise de regressão logística de preditores sociodemográficos, hábitos


de vida e saúde associados positivamente com a Síndrome Metabólica em
indivíduos atendidos nas UBS.

Variável Β (EP) OR IC 95% P


Sexo feminino 0,483 (0,135) 1,621 1,245-2,112 0,00
Escolaridade ≥ 8 anos
-0,371 (0,196) 0,690 0,470-1,013 0,05
completos
Renda familiar ≤ 1 salário
0,567 (0,150) 1,762 1,315-2,365 0,00
mínimo
IMC ≥ 25 1,843 (0,148) 6,306 4,710-8,450 0,00
Hipertensão arterial 1,481 (0,342) 4,390 2,245-8,590 0,00
Diabetes Mellitus 2,491 (0,148) 12,079 9,042-16,137 0,00
Hipercolesterolemia 3,589 (0,176) 36,183 25,608-51,120 0,00
51

Hipertrigliceridemia 3,827 (0,421) 45,926 20,138-104,741 0,00


B- Coeficiente de regressão logística/ EP-erro padrão/ OR-odds ratio/ IC- intervalo de confiança/p – p valor

Quando avaliadas as variáveis relacionadas ao acesso à atenção básica e as


condições ambientais, a facilidade de marcar exames na UBS, possuir acesso a
água encanada e esgotamento sanitário parecem exercer efeito de proteção à
presença de SM. Ter frequentado nutricionista nos últimos 6 meses parece ter uma
relação de 1,993 vezes maior de ocorrência em pessoas com SM (OR=1,993;
IC=1,356-2,929; p=0,000).
Entretanto, morar em zona rural parece aumentar em 1,423 as chances de
desenvolver a SM (OR=1,423; IC=1,074-1,886, p=0,014) assim como ter o acesso
ao domicílio sem pavimentação aumentam essas chances em 1,475 (OR=1,475; IC=
1,107-1,965; p=0,008).

Tabela 9 – Análise de regressão logística dos aspectos relacionados ao acesso a


atenção básica e condições ambientais associados positivamente com a Síndrome
Metabólica em indivíduos atendidos nas UBS.

Variável Β (EP) OR IC 95% P


Consegue marcar exames na
-0,317 (0,136) 0,728 0,558-0,950 0,019
UBS
Consulta com nutricionista nos
0,690 (0,196) 1,993 1,356-2,929 0,000
últimos 6 meses
Morar em zona rural 0,353 (0,144) 1,423 1,074-1,886 0,014
Acesso ao domicilio sem
0,389 (0,146) 1,475 1,107-1,965 0,008
pavimentação
Possuir água encanada -0,362 (0,136) 0,696 0,534-0,909 0,008
Possuir esgotamento sanitário -0,434 (0,165) 0,648 0,469-0,895 0,008
B- Coeficiente de regressão logística/ EP-erro padrão/ OR-odds ratio/ IC- intervalo de confiança/p – p valor
52

5 DISCUSSÃO

Os fatores sociodemográficos possibilitam a caracterização da população, a


identificação dos papeis sociais assumidos e de que forma eles podem contribuir
para uma maior ou menor prevalência da SM. Em nosso estudo, esses fatores
permaneceram em concordância com pesquisas de caráter epidemiológico que
avaliaram a SM na população brasileira (ROCHA et al 2020; MUSSI et al. 2020;
COELHO et al 2021).
A escolha por apresentar os dados da pesquisa separados de acordo a cada
unidade de saúde avaliada tem por objetivo principal a identificação de fatores
locais, inerentes a cada equipe de trabalho, bem como permite uma melhor
compreensão do perfil de usuários de cada unidade, o que pode facilitar a criação de
estratégias mais eficazes e eficientes para melhoria dos serviços prestados,
principalmente no controle dos parâmetros de saúde entre os indivíduos com
diagnóstico de SM. Associado a esse fator, ressalta-se a importância de medidas
preventivas na população geral, uma vez que apresentam, ao menos, uma
comorbidade que pode associar-se ao desenvolvimento futuro da síndrome.
Em relação à faixa etária, destacou-se a prevalência acima de 90% de
indivíduos com idade igual ou maior que 40 anos, em todas as UBS, sendo a média
de idade da população de 63 anos. Considerando que foram incluídos na nossa
pesquisa indivíduos cadastrados no programa HiperDia da rede de atenção básica
em saúde, e que, a prevalência das doenças crônicas não transmissíveis como
hipertensão arterial e Diabetes Mellitus tem uma relação direta com o avançar da
53

idade, a faixa etária da população estudada está dentro do esperado para a


condição avaliada. O envelhecimento, naturalmente, ocasiona uma diminuição da
taxa metabólica basal, provocando um menor gasto energético e predisposição às
obesidades global e abdominal, que, entre outros fatores, têm papel primordial na
fisiopatologia da SM (ECKEL; GRUNDY; ZIMMET, 2005).
Neste estudo, identificou-se a maior prevalência de mulheres entre os
indivíduos diagnosticados com SM, sendo que, comparado aos homens, elas
possuem 1,621 vezes mais chances de desenvolver esta condição. Esse fato pode
ser atribuído a maior exposição feminina oriunda de fatores fisiológicos como a
perda gradativa do efeito protetor dos hormônios femininos, evidenciado com o
avanço da idade e início da menopausa, que contribuem também para aumento do
peso corporal (Ewer & Glück, 2009). Além disso, a mudança dos papeis sociais,
identificada em nosso país nas últimas décadas, pode contribuir para uma queda da
qualidade de vida feminina, com acúmulo de funções que podem comprometer
hábitos alimentares, expor a períodos de maior estresse e a piores condições de
saúde (Campos et al., 2021). Apesar de em todas as unidades avaliadas a
prevalência de indivíduos do sexo feminino ser maior do que masculino, em apenas
duas unidades de saúde (UBS4 e UBS5) foram encontradas diferenças
estatisticamente significantes entre a quem possui e não possui SM.
Os achados deste estudo evidenciaram que a maioria dos usuários
cadastrados no HiperDia, não possuíam uma boa escolaridade, sendo em sua
grande maioria indivíduos com ensino fundamental incompleto (< 8 anos completos
de estudos em mais de 83% dos indivíduos em todas as UBS). Em nosso estudo o
fato de possuir escolaridade superior a 8 anos completos parece oferecer um efeito
protetor para desenvolvimento da SM. Entretanto, devido à maior prevalência de
baixa escolaridade, os resultados tornam-se preocupantes, servindo como uma
alerta para a comunidade. Nas UBS2 e UBS4 foram encontradas maiores
porcentagens de indivíduos sem SM e com escolaridade acima de 8 anos completos
de estudo (16,2% e 24,5%, respectivamente). Esse fato pode ser justificado pela
presença dessas unidades em zona urbana, onde notoriamente se concentram
indivíduos com maior grau de escolaridade, melhor renda e menor número de
diagnósticos de SM.
O reconhecimento da variável escolaridade torna-se relevante para elucidar
alterações referentes ao perfil de morbidade por doenças cardiovasculares em
54

populações com baixos níveis de escolaridade, bem como para subsidiar estratégias
educacionais que possibilitem maior adesão terapêutica.
Um estudo realizado em Vitória - ES, Brasil, trouxe como resultado que o
efeito o nível de escolaridade em homens não afetou a prevalência de SM. Nas
mulheres, apesar do efeito significante na escolaridade (p < 0,05), não se observou
linha de tendência regular da prevalência em função desse fator. A prevalência da
SM foi similar entre diferentes grupos étnico-raciais.
Um estudo do tipo coorte, realizado entre os anos de 1985 a 2001, com
adultos de 18 a 30 anos de idade, nos Estados Unidos, revelaram que há chances
maiores para desenvolvimento da SM entre indivíduos com maior faixa etária, sendo
ainda maior entre os indivíduos negros e com menor escolaridade, do mesmo modo
que identificamos em nossa pesquisa quanto à pertencer ao sexo feminino, e ter
renda familiar menor ou igual a um salário mínimo. Após ajuste para idade, raça e
sexo, o risco relativo aumenta ainda mais para os indivíduos com IMC elevado. Os
autores apontaram como conclusão do estudo que o IMC e o ganho de peso são
importantes fatores de risco para a síndrome metabólica.
Sobre a relação ao efeito da cor da pele, avaliada em nosso estudo como
raça ou cor auto referida, a prevalência de pardos e negros foi muito superior ao de
brancos e amarelos, tanto entre indivíduos com SM e sem SM. As UBS1, UBS3 e
UBS5 apresentaram diferenças estatisticamente significantes entre a presença de
pardos e negros entre indivíduos com e sem SM. Notadamente, estas são as
unidades situadas em zona rural do município.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (2018)
afirmam que cerca de 81,1% da população da Bahia é composta por negros (pretos
e pardos). A população feminina baiana supera a masculina e os negros residem
principalmente na zona urbana do estado. Houve, inclusive, uma diminuição da
porcentagem dos negros que viviam no meio rural, passando de 29,1% para 28,0%
entre 2012 e 2018, com consequente ampliação no índice dos que residiam em
zonas urbanas. Entretanto, os estudos que relacionam esse fator à presença de SM
parecem ainda não conclusivos. Em relação à população estudada, pode-se
presumir que as áreas pobres, com população de baixa escolaridade, concentram
maior contingente de não brancos (pardos e negros) e, por isso, há maior chance de
SM neste grupo.
55

Uma pesquisa de caráter transversal realizada em Salvador - BA, Brasil,


utilizou-se de autodefinição de cor de pele (branca, parda e negra) e critério de SM
do ATP-III, e foi observado que a prevalência geral da SM, ajustada por variáveis
potencialmente confundidoras, não diferiu entre brancos (23,3%), pardos (23,3%) e
negros (23,4%). Na análise multivariada sobre a associação entre cor de pele e SM
(branco = grupo de referência), a cor negra entre os homens foi fator de proteção,
enquanto que nas mulheres tendeu a ser fator de risco (BARBOSA et al., 2010).
Aparentemente como consequência do nível de escolarização evidenciado, a
maioria da população avaliada possui renda familiar igual ou inferior a 1 salário
mínimo. Nas unidades que apresentaram diferenças estatisticamente significantes
entre renda e presença de SM (UBS2 e UBS4, ambas situadas na sede do
município), a população com SM teve uma porcentagem menor de indivíduos com
renda ≤ 1 salário mínimo, comparado aos indivíduos sem SM (85,6% contra 96,4% e
58,1% contra 82,1%, respectivamente).
A prevalência de Síndrome Metabólica na população estudada foi de 50,1%,
muito superior ao que, em nível mundial, é estimada para a população adulta, que
gira em torno de 25% (Saklayen, 2018). Entretanto, quando consideramos os
estudos de caráter epidemiológico, as prevalências variam entre 23,2% no Chile,
67,9% no México, e 58,0% no nordeste do Brasil (Fogal, 2014; Rocha, 2016).
Ainda no Brasil, pesquisas apontam que entre adultos, as prevalências variam
entre 21,49 a 58,85%. Essa variação pode ser reflexo da diversidade das
características de cada população, considerando a variabilidade étnica,
epidemiológica, estruturação do sistema de saúde, aspectos culturais e, até mesmo,
os critérios de diagnóstico utilizados para identificação da síndrome (Meneguette,
2016).
Em nosso estudo, foram observadas distribuição homogênea da presença da
SM nas seis unidades de saúde. Destaca-se a alta prevalência da hipertensão
arterial na população estudada, acima de 92% para todas as unidades, onde
indivíduos hipertensos possuem 4,390 vezes mais chances de desenvolveram a SM
quando comparados aos indivíduos não hipertensos. Verificou-se ainda que a
conjugação de componentes da SM é maior entre hipertensos exacerbando o risco
cardiovascular nesta população.
Outros estudos também corroboram que a ocorrência de SM entre
hipertensos é muito expressiva, com valores em torno de 70,8% e 40% (Franco et
56

al., 2009; Kahn et al. 2005). A média de idade da população estudada, em conjunto
coma prevalência de hipertensos, reflete os índices encontrados na população em
geral, onde se constata tendência de aumento da pressão arterial nas maiores faixas
etárias (Reynolds & Wildman, 2009). Há referências na literatura de que,
aproximadamente 65% da população acima de 60 anos, em todo o mundo, tem o
diagnóstico de hipertensão arterial (WHO, 1995).
Além disso, a prevalência de Diabetes Mellitus na população avaliada foi
também considerada alta, acima de 50%, onde nesta amostra, indivíduos com
diagnóstico de diabetes apresentaram 12,079 vezes mais chances de
desenvolveram a SM, comparados aos não diabéticos. Em contrapartida, ressalta-se
que a SM compreende um grupo de fatores de risco para desenvolvimento do
Diabetes Mellitus tipo 2, caracterizado pela presença de resistência à insulina e
hiperinsulinismo compensatório, associada a distúrbios do metabolismo de
carboidratos e lipídios, índices elevados de hipertensão e obesidade abdominal
(Martín Castellanos et al., 2015). A resistência insulínica é considerada um dos
principais fatores etiopatogênicos da SM, que pode surgir com décadas de
antecedência e é um preditor do seu desenvolvimento, indicando a necessidade de
ações preventivas.
Além da hipertensão arterial e do Diabetes Mellitus, estão também presentes
na população hipercolesterolemia, sobrepeso ou obesidade e hipertrigliceridemia,
todos com prevalência maior entre indivíduos com SM, como esperado. A razão de
chances de desenvolver a SM entre indivíduos com hipercolesterolemia,
considerada em nosso estudo quando LDL encontra-se elevado (> que 130 mg/dL) e
HDL diminuído (< 40 mg/dL) foi 36,183 e para hipertrigliceridemia foi de 45,926.
Ressalta-se que há controvérsias na literatura sobre qual seria o componente
mais importante para o desenvolvimento da condição metabólica, sendo as
combinações entre seus componentes o que eleva o risco de seu desenvolvimento.
Apesar dos valores elevados dos riscos de desenvolvimento de SM por indivíduos
com dislipidemias, as prevalências encontradas em nosso estudo foram menores do
que os valores estimados para São Paulo, 59,74% (GARCEZ MR, et al., 2014) e
maiores do que os valores estimados na população brasileira, de 12,5% (Instituto
Brasileiro De Geografia E Estatística, 2013).
O sobrepeso ou obesidade, caracterizados neste estudo quando o IMC é
igual ou superior a 25 kg/m 2, esteve presente na maior parte da população em todas
57

as UBS avaliadas (65,2%). Foram encontradas diferenças significativas na maioria


das UBS avaliadas, entre os grupos sem SM e com SM, estando neste último o
maior número de indivíduos com esta condição. A razão de chances do indivíduo
com IMC ≥ 25 desenvolver SM em nosso estudo foi de 6,306.
Ressalta-se que o IMC é uma medida de obesidade global, relacionada aos
distúrbios metabólicos. Entretanto, associações mais fortes e independentes são
observadas com a associação de valores antropométricos como a circunferência
abdominal, não documentada nas fichas avaliadas, trazendo maior fragilidade na
avaliação deste critério. Por outro lado, em alguns trabalhos foram demonstradas
fortes correlações entre a obesidade global identificada pelo IMC e a obesidade
abdominal medida em circunferência da cintura (CC). Neste estudo, a correlação
entre a obesidade abdominal aferida com a CC e a obesidade global foi de apenas
54,4% (p<0,001), e a concordância entre esses critérios diagnósticos de obesidade
foi moderada (índice Kappa = 0,50; p<0,001) (Alberti et al. 2005).
Em um estudo realizado na Itália, indivíduos com obesidade global e que
também tinham obesidade central apresentavam um risco muito maior de
desenvolver a SM em cinco anos comparados com as pessoas que tinham somente
obesidade abdominal ou obesidade global. Dessa forma, verifica-se que os efeitos
da obesidade global e da obesidade abdominal são aditivos para a ocorrência da SM
(Vanhala et al 2016).
É válido ressaltar que, neste estudo, todas as UBS possuíam uma equipe
completa voltada para atenção básica formada por dois técnicos de enfermagem,
uma enfermeira, um médico, um cirurgião-dentista, um auxiliar de saúde bucal, uma
recepcionista e uma auxiliar de serviços gerais. Acredita-se nesse contexto que uma
intervenção multidisciplinar propicie formas melhor de diagnóstico e monitoramento
dos indivíduos, e assim, melhor perspectiva de prognóstico. A atuação simultânea
entre os profissionais gera possibilidades para ampliação das práticas de promoção,
e reabilitação da saúde, bem como contribui como ferramenta de prevenção clínica
da SM.
Quando analisadas as experiências dos indivíduos em relação aos serviços
prestados nas unidades básicas, observou-se que na UBS3, um número menor de
indivíduos com SM consegue marcar consultas médicas ou de enfermagem
comparados aos indivíduos sem SM, não sendo observado esse mesmo perfil em
outra unidade. Além disso, nesta mesma unidade há um número maior de pessoas
58

que relataram a não realização de consultas médicas nos últimos 6 meses e


dificuldade de realização de exames médicos. Isso reforça a necessidade de
identificação dos problemas e criação de estratégias que facilite o acesso da
população com SM aos serviços de saúde necessários para um melhor controle da
doença.
Ressalta-se o número considerável de indivíduos sem acesso a equipe de
saúde bucal. Em se tratando de pessoas com diagnóstico de doenças crônicas, esse
dado torna-se preocupante, uma vez que, a literatura vem apontando como as
doenças bucais de caráter infeccioso podem gerar quadros de resistência insulínica,
favorecendo a instalação de quadros mais graves de doenças sistêmicas, além da
possibilidade de infecções á distância, e agravamento de doenças cardiovasculares
(LADEIRA, 2018).
Quando analisada as diferenças existentes entre o acesso ao serviço
odontológico da unidade, temos destaque para a UBS5 situada na zona rural a mais
distante da sede, no qual os indivíduos com SM acessam menos o serviço.
Em relação ao acompanhamento nutricional da população analisada,
observou-se que indivíduos que frequentam as consultas de nutrição possuem
aproximadamente 2 vezes mais chances de terem SM. A análise desses dados
parece apoiar a ideia de que, o acesso à esse serviço pode estar mais direcionado
aos indivíduos com piores controles metabólicos. Na análise por unidade, observa-
se que o número de indivíduos que realizam acompanhamento nutricional foi maior
entre os que possuem diagnóstico de SM em quatro das seis unidades.
Por isso, a identificação das simultaneidades entre os fatores preditores da
SM em cada uma das unidades avaliadas separadamente, pode proporcionar
medidas de prevenção e tratamentos mais adequados nas fases iniciais,
considerando as diferentes associações dos fatores de risco exibida em cada UBS.
A presença de SM dobra as chances de mortalidade, triplica as chances de
acidentes cardiovasculares e aumenta em cinco vezes o risco de se desenvolver
Diabetes Mellitus tipo 2 (Diéguez-Martínez et al. 2017).
A identificação de características da SM precocemente oferece a
oportunidade de intervenções no estilo de vida, prevenção e tratamento. A adoção
precoce por toda a população de estilos de vida relacionados à manutenção da
saúde, tais como uma alimentação saudável, acesso a equipe de saúde
59

multidisciplinar, controle da pressão e perda de peso podem reduzir os fatores de


risco metabólicos.
A partir desta análise, torna-se profícuo a verificação do funcionamento dos
cuidados primários de saúde, no âmbito da Atenção Primária à Saúde em cada
unidade de funcionamento. Com análises individualizadas é possível adequar e
reorganizar serviços de saúde. Nessa perspectiva, busca-se contemplar as bases
práticas da prevenção da clínica da SM, em consonância com as recomendações
dos Cadernos da Atenção Básica do Ministério da Saúde e pelas linhas de cuidados
voltadas para as pessoas com hipertensão arterial e diabetes. Entendendo as
características da população em cada localidade, pode-se contribuir de forma efetiva
com o aumento do conhecimento e da melhoria das condições de vida e saúde da
população, reconhecendo os fatores que, de fato, contribuem para a piora dos
aspectos clínicos da SM.
Assim, infere-se que a vigilância e o cuidado de toda a equipe de saúde, de
cada UBS, é fator indispensáveis para prevenção, tratamento e o controle da SM na
saúde das pessoas e de todos que estão inseridos no contexto da atenção primária
à saúde, sobretudo, quando desenvolvida de forma integral.
Os fatores de risco ambientais só puderam ser avaliados de acordo aos
dados existentes nos documentos das unidades, limitando nossa avaliação aos
preditores encontrados, e dando fragilidade ao estudo. Ressalta-se a existência
ainda de famílias sem acesso a rede elétrica. Apesar de um número pequeno de
indivíduos, observa-se a necessidade de um amparo maior da equipe de saúde da
família a essas pessoas, todas moradoras da zona rural do município. E justamente
entre os moradores da zona rural, a razão de chances de desenvolverem a SM foi
1,423 vezes maior quando comparados aos moradores da área urbana.
Os resultados de uma pesquisa conduzida nas comunidades rurais indicam
maiores taxas de sedentarismo nos domínios de lazer e de trabalho, sendo ainda
maiores entre indivíduo do sexo feminino (Bicalho et al 2009). Outras pesquisas
ressaltam que em populações com escassos recursos socioeconômicos, como a do
presente estudo, as mulheres moradoras da zona rural constituem-se no grupo mais
vulnerável para a ocorrência de doenças crônicas não-transmissíveis por
apresentarem maiores taxas de sedentarismo, obesidade e alterações metabólica
(Dallongeville et al. 2004).
60

Outro fator que pode ser levado em consideração é que, em comunidades


rurais vulneráveis, questões relacionadas à qualidade de vida e estresse são
escassamente discutidas na literatura. As observações orbitam entre os
desdobramentos da condição econômica, nível de desemprego, e grau de
escolaridade. Quanto piores são as condições socioeconômicas, maiores as
chances de os indivíduos não possuírem acesso aos serviços públicos de
abastecimento de água, esgotamento sanitário e rede elétrica. Na mesma corrente,
pensa-se também que populações mais vulneráveis residem à margem dos grandes
centros, não sendo alcançadas por obras de pavimentação urbana.
Como desdobramento da situação socioeconômica, domicílios onde o acesso
é através de ruas sem pavimentação parecem aumentarem em 1,475 vezes as
chances do indivíduo ser diagnosticado com SM. Possuir água encanada e
esgotamento sanitário em sua residência acabam por imprimir um efeito protetor no
desenvolvimento da síndrome.
A partir da análise destas características, e corroborando com outros achados
na literatura, podemos afirmar que as populações vulneráveis têm menos acesso a
informações de qualidade e condições de manter hábitos de vida mais saudáveis
como uma alimentação rica em frutas, verduras e legumes, e restrita em alimentos
ultraprocessados, bem como a adequada prática de exercícios, apresentando
condições crônicas mais frequentemente (Kim et al 2018).
É importante salientar que a principal limitação deste estudo deve-se à
utilização de dados secundários, os quais não foram colhidos com a finalidade
precípua da análise realizada. É preciso considerar que a análise apresenta
limitações decorrentes da qualidade das informações. Entretanto, estudos
epidemiológicos com base populacional são essenciais para o conhecimento
profundo das condições de saúde da população.
Uma outra limitação desta pesquisa está no fato de se tratar de um estudo
transversal, o que afeta a interpretação dos resultados, na medida em que nesse
tipo de estudo não é possível estabelecer relações causais por não evidenciarem
uma sequência temporal entre a exposição ao fator e o subsequente
desenvolvimento da doença.
61

6 CONCLUSÃO

Os resultados desta pesquisa evidenciam uma prevalência de 50,1% da SM


na população cadastrada no programa HiperDia do Sistema Único de Saúde na
cidade de São Felipe, Bahia, com base nos critérios de diagnóstico estabelecidos
pelo estudo.
A maioria da população com esse diagnóstico é do sexo feminino, com idade
superior a 40 anos, com baixas condições socioeconômicas e moradores de zona
rural.
As variáveis associadas positivamente com a SM foram sexo feminino, renda
familiar menor ou igual a um salário mínimo, IMC ≥ 25 kg/m 2, hipertensão arterial,
Diabetes Mellitus, hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, consultar nutricionista
nos últimos 6 meses, morar em zona rural e ter acesso ao domicílio sem
pavimentação. As variáveis associadas negativamente à presença da SM foram
escolaridade maior que 8 anos completos, marcar exames na UBS, possuir água
encanada e esgotamento sanitário.
Esses resultados elucidam a grande importância de considerar as
desigualdades existentes ao promover o cuidado em saúde por meio de políticas
públicas municipais. Esse cuidado deve contribuir na consolidação de práticas de
enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis de acordo aos fatores de
62

risco do contexto onde a população se insere, adequando a prestação de serviços


públicos de saúde, o que implica no atendimento da vulnerabilidade social e
fortalecimento do SUS em seus princípios mais nobres.
Faz-se necessário a partir desses dados repensar as estratégias de saúde
pública para essa população, a fim de reduzir esses números e minimizar os riscos
de novos casos, na população do município.
Novas pesquisas são necessárias com o objetivo de avaliar as relações
causais entre os fatores de risco locais para o desenvolvimento da Síndrome
Metabólica. Aliado a isso, são necessários adequação e novos planejamentos
estratégicos a fim de minimizar a ocorrência de novos casos.

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APÊNDICE A - FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS

FACULDADE MARIA MILZA


MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E MEIO AMBIENTE

FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS

CARACTERIZAÇÃO DO PARTICIPANTE E
NOME COMPLETO ___________________________________________________
DATA DE NASCIMENTO _____/_____/________ IDADE_______________
SEXO: ( ) MASCULINO ( ) FEMININO
RAÇA/COR: ( ) BRANCA( ) PRETA( ) AMARELA ( )PARDA
CNS: __|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__| OU
CPF: __|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|
CEP: __|__|__|__|__ - __|__|__ UF: __|__
MUNICÍPIO DE RESIDÊNCIA: __________________________________________
LOGRADOURO:_______________________________________________________ NÚMERO:_______
COMPLEMENTO:____________________________________ BAIRRO: _________________ LOCALIZAÇÃO: ( ) ZONA
URBANA ( ) ZONA RURAL
TELEFONE DE CONTATO: __|__ - __|__|__|__|__|__|__|__|__
TELEFONE DE CONTATO: __|__ - __|__|__|__|__|__|__|__|__
ESTADO CIVIL: ( ) SOLTEIRO ( ) CASADO ( ) VIÚVO ( ) DIVORCIADO ( ) UNIÃO ESTÁVEL
ESCOLARIDADE: ( ) NÃO ALFABETIZADO ( ) FUNDAMENTAL INCOMPLETO ( ) FUNDAMENTAL COMPLETO ( )
MÉDIO INCOMPLETO ( ) MÉDIO COMPLETO ( ) SUPERIOR INCOMPLETO ( ) SUPERIOR COMPLETO ( ) PÓS
GRADUAÇÃO
PROFISSÃO:__________________________________________________________
JORNADA DIÁRIA DE TRABALHO:_____HORAS
RENDA FAMILIAR: ( ) MENOS DE UM SALÁRIO MÍNIMO, ( ) UM SALÁRIO MÍNINO ( ) MAIS DE 1 SALÁRIO MÍNINO E
MENOS DE 5 ( ) MAIS DE 5 SALÁRIOS
FONTE DE RENDA: ( ) TRABALHO REMUNERADO ( ) TRABALHO TEMPORÁRIO ( ) APOSENTADORIA ( )
AGRICULTURA FAMILIAR ( ) BENEFICIO SOCIAL ( ) OUTROS

HABITOS DE VIDA
68

EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS: ( ) SIM ( ) NÃO


FAZ USO DE FUMO? ( ) SIM ( ) NÃO
FREQUÊNCIA ______________________________________________________________
CONSOME BEBIDA ALCOOLICA? ( )SIM ( ) NÃO
FREQUÊNCIA ______________________________________________________________
FAZ USO DE DROGAS ILÍCITAS? ( ) SIM ( ) NÃO
FREQUÊNCIA ______________________________________________________________
FAZ ATIVIDADE FÍSICA? ( ) SIM ( ) NÃO
FREQUÊNCIA ______________________________________________________________

CONDIÇÕES DE SAÚDE

HIPERTENSÃO? ( ) SIM ( ) NÃO


USA MEDICAÇÃO? ( ) SIM ( ) NÃO
DIABETES? ( ) SIM ( ) NÃO
USA MEDICAÇÃO? ( ) SIM ( ) NÃO
SOBREPESO/OBESIDADE? ( ) SIM ( ) NÃO
FAZ REGIME/DIETA ALIMENTAR? ( ) SIM ( ) NÃO
PESO: MEDIDO EM QUILOGRAMAS ____________
ALTURA: MEDIDA EM METROS ______________
COLESTEROL ELEVADO? ( ) SIM ( ) NÃO
USA MEDICAÇÃO? ( ) SIM ( ) NÃO
TRIGLICÉRIDEOS ELEVADO? ( ) SIM ( ) NÃO
USA MEDICAÇÃO? ( ) SIM ( ) NÃO
OUTRAS: _____________________________________________________________

ACESSO A REDE DE ATENÇÃO A SAÚDE

CONSEGUE MARCAR CONSULTAS COM FACILIDADE NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE? ( ) SIM ( ) NÃO
FEZ CONSULTA COM MÉDICO E/OU ENFERMEIRO NOS ÚLTIMOS 06 MESES? ( ) SIM ( ) NÃO
CONSEGUE MARCAR EXAMES COM FACILIDADE NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE? ( ) SIM ( ) NÃO
FEZ EXAMES PELA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NOS ÚLTIMOS 06 MESES? ( ) SIM ( ) NÃO
FEZ CONSULTA COM DENTISTA NOS ÚLTIMOS 06 MESES?
( ) SIM( ) NÃO
FEZ CONSULTA COM NUTRICIONISTA NOS ÚLTIMOS 06 MESES?
( ) SIM ( ) NÃO
É BEM ANTENDIDO NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE?
( ) SIM ( ) NÃO
TEM TIDO ACESSO AS MEDICAÇÕS PRESCRITAS NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE FORMA GRATUITA?
( ) SIM ( ) NÃO

CONDIÇÕES DE MORADIA E SANEAMENTO BÁSICO E FATORES AMBIENTAIS

SITUAÇÃO DE MORADIA/POSSE DA TERRA: ( ) PRÓPRIO; ( ) FINANCIADO; ( ) ALUGADO; ( ) ARRENDADO;


( ) CEDIDO; ( ) OCUPAÇÃO; ( ) SITUAÇÃO DE RUA; ( ) OUTRA.
QUANTIDADE DE INDIVÍDUOS QUE MORAM NA MESMA RESIDÊNCIA____________
EM CASO DE ÁREA DE PRODUÇÃO RURAL, CONDIÇÕES DE POSSE E USO DA TERRA: ( ) PROPRIETÁRIO; ( ) MEEIRO; ( )
ASSENTADO; ( ) POSSEIRO; ( ) ARRENDATÁRIO; ( ) COMODATÁRIO; ( ) BENEFICIÁRIO
DO BANCO DA TERRA; ( ) NÃO SE APLICA.
DISPONIBILIDADE DE REDE ELÉTRICA ( ) SIM ( ) NÃO
CONSTRUÇÃO DAS PAREDES EM ALVENARIA ( ) SIM ( ) NÃO
TIPO DE REVESTIMENTO DO SOLO DA CASA ( ) CIMENTO ( ) TERRA
TIPO DE ACESSO AO DOMÍCILIO: ( ) PAVIMENTO; ( ) CHÃO BATIDO; ( ) FLUVIAL; ( ) OUTROS .
PRESENÇA DE POEIRA, UMIDADE ( ) SIM ( ) NÃO
REDE PÚBLICA DE ÁGUA ( ) SIM ( ) NÃO
ÁGUA PARA CONSUMO NO DOMICÍLIO: ( ) FILTRADA; ( ) FERVIDA; ( ) CLORADA; ( ) MINERAL;
( ) SEM TRATAMENTO.
REDE PÚBLICA DE ESGOTO ( ) SIM ( ) NÃO
FORMA DE ESCOAMENTO DO BANHEIRO OU SANITÁRIO: ( ) REDE COLETORA DE ESGOTO OU PLUVIAL; ( ) FOSSA
SÉPTICA; ( ) FOSSA RUDIMENTAR; ( ) DIRETO PARA UM RIO, LAGO OU MAR; ( ) CÉU ABERTO; (
) OUTRA FORMA.
DESTINO DO LIXO: ( ) COLETADO; ( ) QUEIMADO/ENTERRADO; ( ) CÉU ABERTO; ( ) OUTRO.
69

ANEXO A - PRODUTOS FINAIS DA DISSERTAÇÃO

FACULDADE MARIA MILZA


PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E
MEIO AMBIENTE

MAGNO ANDRADE DOS SANTOS

PREVALÊNCIA DA SINDROME METABÓLICA ENTRE INDIVÍDUOS


ACOMPANHADOS NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE
SÃO FELIPE – BAHIA
70

GOVERNADOR MANGABEIRA-BA
2021
MAGNO ANDRADE DOS SANTOS

PREVALÊNCIA DA SINDROME METABÓLICA ENTRE INDIVÍDUOS


ACOMPANHADOS NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE
SÃO FELIPE – BAHIA
71

Produtos apresentado no Programa de


Mestrado em Desenvolvimento Regional e
Meio Ambiente como parte integrante da
dissertação e exigido para obtenção do
título de Mestre em Desenvolvimento
Regional e Meio Ambiente.

Orientadora: Dra. Kaliane Rocha Soledade

GOVERNADOR MANGABEIRA-BA
2021
Área de concentração
 Dinâmica Regional e Desenvolvimento Sustentável

Linha de pesquisa
 Políticas Públicas, Meio Ambiente e Desenvolvimento

1. PRODUTO 1

CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS ENFERMEIRAS E AGENTES


COMUNITÁRIOS DE SAÚDE, ATUANTES NA ATENÇÃO BÁSICA DO MUNICÍPIO
DE SÃO FELIPE – BA.

1.1 Descrição do processo

Foi realizado no dia 19 de janeiro de 2021, na sala de reuniões da Secretaria


Municipal de Saúde de São Felipe - Ba, com a presença dos profissionais Agentes
Comunitários de Saúde (ACS) e enfermeiras das Unidades de Saúde da Família
(USF), uma capacitação com a temática central Síndrome Metabólica. A condução
dos trabalhos e apresentação das patologias que atuam na referida síndrome,
ficaram por conta do mestrando em Desenvolvimento Regional e Meio ambiente
(FAMAM) Magno Andrade dos Santos, e da subsecretária de saúde do município
Enfª. Msª Dahiane Lemos de Andrade.

Como etapas do pré-evento, foram discutidos todo o planejamento estratégico para


a realização de forma presencial e segura, devido a pandemia do novo coronavírus
(COVID-19) que ainda estamos enfrentando. Então, foi definido o dia, local, divisão
das turmas para evitar aglomeração e confecção dos kits dos participantes
(contendo um classificador com frases motivadoras, chocolate, caneta, bloco de
notas, quadros esquemáticos com os tipos de patologias envolvidas, os parâmetros
72

para diagnóstico e detalhamento de cada patologia para uma maior compreensão


das doenças em foco).

Os profissionais foram divididos em duas turmas: das 08:00hs às 10:00hs


profissionais das Unidades de Saúde da Família Cirilo dos Santos, Germana
Eufrosina e Inocêncio Barbosa, e das 10:00hs às 12:00hs, às Unidades José
Ribeiro, Isidório Pereira e Manoel Cardoso.

Inicialmente, todos foram saudados e orientados com relação aos cuidados de


prevenção a COVID-19, e explicado que, por esse motivo, não haveria coffee break,
nem compartilhamento de objetos e pastas entre eles.

A metodologia utilizada foi a exposição visual, através da projeção de slides, onde


foi realizada uma contextualização do sistema de saúde do município, por unidade
de saúde e níveis de atenção (primária, secundária e terciária), evidenciando as
vantagens e dificuldades de cada unidade, com relação a localização e população
adscrita. Em seguida, foi explicado sobre o projeto de pesquisa que estava sendo
realizado no município e a importância dos profissionais conhecerem a fundo a
patologia para melhor acompanhar e mudar a realidade dos pacientes com a
síndrome metabólica.
A apresentação foi toda em formato de roda de conversa, com constantes interações
entre os apresentadores e os participantes, tendo uma boa compreensão das
informações passadas, da importância deles nesse contexto e, acima de tudo, do
seu poder de transformação e divulgação das informações transmitidas.

Ao final da apresentação, foi realizado uma dinâmica de fixação, ao qual cada um


falava uma patologia e outro respondia os critérios diagnósticos. Foi também
discutido sobre as medicações que os pacientes usam, ao qual iriam ajudar a
identificar qual patologia o paciente se encaixa, já que muitos deles costumam omitir
informações das suas patologias e medicações em uso durante a visita dos ACS.

Ao final, foi realizado os agradecimentos pela presença, reconhecimento e


valorização dos trabalhos que eles realizam no dia a dia, tanto das enfermarias com
suas consultas diárias e ações de educação permanente e dos ACS nas visitas. Foi
realizado também, leitura de um texto motivacional e, por fim, foi solicitado que cada
um assinasse a lista de presença com suas respectivas canetas, como forma de
prevenção ao COVID-19.

1.2 Impacto

A execução dessa capacitação foi de grande impacto, pois no município a grande


maioria dos profissionais não conheciam a doença, dessa forma não reconheciam
os indivíduos como sindrômicos, tratando as patologias de formas isoladas, sem o
olhar multiprofissional tão necessário para que os indivíduos consigam normalizar os
indicadores reversíveis e deixe de ser um paciente sindrômico, devolvendo saúde e
boa forma física a esses indivíduos.

1.3 Aplicabilidade
73

O projeto teve uma boa aplicabilidade tendo em vista o número de profissionais que
aderiram a capacitação, e o quando isso irá transformar no cuidado diário desses
indivíduos.
Foi desenvolvida uma metodologia fácil de forma a ser aplicada em todo o município
de São Felipe – BA, respeitando as particularidades de cada unidade de saúde, a
fim de ter melhores resultados em cada uma das 06 unidades de saúde.

1.4 Inovação

Apresentação da temática e capacitação dos profissionais da rede de saúde com


relação ao reconhecimento e tratamento dos indivíduos com síndrome metabólica.

1.5 Abrangência territorial

Município de São Felipe - BA

1.6 Setor beneficiado

Gestão da saúde municipal, indivíduos e profissionais da atenção básica do


município de São Felipe - BA

Fotos da capacitação dos profissionais da atenção básica

Figura 3: Slides da capacitação para os profissionais da AB de São Felipe-Ba.

Fonte: Imagens do próprio autor

Figura 4: Kits dos participantes e lista de presença.


74

Fonte: Imagens do próprio autor

Figura 5: Apresentação do tema e discussões com os profissionais.

Fonte: Imagens do próprio autor.

Figura 6: Apresentação do tema e discussões com os profissionais.


75

Fonte: Imagens do próprio autor.

Figura 7: Apresentação do tema e discussões com os profissionais.

Fonte: Imagens do próprio autor.


76

Figura 8: Finalização da capacitação.

Fonte: Imagens do próprio autor.

2. PRODUTO 2

IMPLANTAÇÃO DO CENTRO DE REFERÊNCIA MUNICIPAL DE SÍNDROME


METABÓLICA.

Objetivo Geral: Oferecer assistência multiprofissional a indivíduos portadores da


Síndrome Metabólica (SM) e/ou dos seus fatores de risco.
Objetivos Específicos: Realizar acompanhamento em enfermagem e médico dos
pacientes diagnosticados com a SM; Realizar tratamento periodontal aos pacientes
diagnosticados com SM, avaliando a eficácia do tratamento no controle da doença;
Promover educação alimentar e acompanhamento nutricional aos participantes;
Estimular a prática de atividades físicas voltadas para controle da doença; Realizar
acompanhamento/monitoramento com exames laboratoriais sobre o controle
metabólico dos pacientes acompanhados; Realização ações de educação em saúde
sistematizadas para conscientização da importância do controle da doença;
Promover atividades de ensino, pesquisa e extensão com participação dos
profissionais e estagiários do ambulatório; Utilizar dados da pesquisa para
desenvolvimento de estratégias de prevenção e combate à SM aplicáveis dentro do
SUS.

2.1 Descrição do processo


Inicialmente será implantado em uma unidade básica de saúde, o que servirá como
piloto na implantação desse novo projeto, sendo possível ajustar e aperfeiçoar os
77

processos de trabalho antes da expansão para atendimento a todas as demais que


irá acontecer simultaneamente.

O processo de admissão de pacientes, se dará da seguinte forma: Os pacientes


cadastrados no SUS e lotados na unidade de referência, que são acompanhados
pelos ACS, ao qual conhecem todos os pacientes de suas micro área e suas
patologias, serão encaminhados pelos ACS até a unidade para agendamento da
triagem com a enfermeira, a marcação para a triagem será realizada de segunda a
sexta – feira no horário de funcionamento da unidade. O primeiro atendimento será
realizado as quartas-feira no período de 08:00 às 11:30 horas pela enfermeira,
quando será apresentado o programa e os critérios para participação, podendo o
indivíduo aderir ou não à proposta. Inicialmente os pacientes serão admitidos para a
triagem onde a enfermeira irá avaliar os sinais clínicos e realizar solicitação de
exames laboratoriais para confirmação do diagnóstico ou descarte do mesmo.

Posteriormente, confirmando o diagnóstico o mesmo será encaminhado para


avaliação médica e nutricional, sendo estipulado o número de consultas mensais,
bem como as datas de retorno para acompanhamento da equipe multiprofissional.
Um roteiro de atividades físicas será proposto pelo profissional de educação física,
considerando as orientações do profissional médico e do profissional fisioterapeuta.

O paciente também será encaminhado para consultas de odontologia para


realização de todo tratamento periodontal e clinico geral, visando a redução dos
níveis de inflamações interferentes no controle da SM. Os pacientes com SM ainda
contaram com assistência de psicólogo, fonoaudiólogo, farmacêutico e técnica de
enfermagem para realização de acompanhamento e tratamentos quando
necessário.

As consultas para os profissionais do centro serão previamente agendadas de


acordo com a necessidade de cada paciente, podendo este escolher para quais
profissionais deseja ir, após ser orientado a importância do tratamento
multidisciplinar para a sua reabilitação e normalização dos níveis alterados.

Os pacientes que terão necessidade de uso de medicação sistêmica irão retirar a


medicações prescritas na farmácia do próprio centro, de forma a não lhes faltar as
medicações necessárias para seu tratamento.

Com efeito, para o diagnóstico da SM será utilizado como parâmetro às


recomendações da I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome
Metabólica (I-DBSM), baseado nos critérios definidos pelo. De acordo com a
National Cholesterol Education Program´s–Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III),
a SM é diagnosticada quando pelo menos três dos critérios são atendidos, a saber:
Componentes/Níveis: - Obesidade abdominal por meio de circunferência abdominal:
(Homens >102 cm; Mulheres >88 cm) - Triglicerídeos ≥ 150 mg/dL - Pressão arterial
≥ 130 mmHg ou ≥ 85 mmHg - Glicemia de jejum ≥ 100mg/dL.
Fonte: National Cholesterol Education Program´s–Adult Treatment Panel III (NCEP-
ATP III).
78

Todas as informações dos pacientes serão registradas no Prontuário Eletrônico do


Cidadão (PEC), como forma de unificar os registros e ter um compartilhamento em
tempo real entre todos os profissionais do serviço.

Tabela 1: relação de profissionais e dias de atendimentos

PROFISSIONAL DIA TURNO


MÉDICO TERÇA - FEIRA MANHÃ E TARDE
PSICÓLOGO TERÇA - FEIRA MANHÃ E TARDE
FISIOTERAPEUTA TERÇA - FEIRA MANHÃ E TARDE
ENFERMEIRA QUARTA - FEIRA MANHÃ E TARDE
NUTRICIONISTA QUARTA - FEIRA MANHÃ E TARDE
DENTISTA QUARTA – FEIRA MANHÃ E TARDE
EDUCADOR FÍSICO SEXTA - FEIRA MANHÃ
TÉCNICA DE ENFERMAGEM SEGUNDA A SEXTA FEIRA MANHÃ E TARDE
FONOAUDIÓLOGA SEXTA – FEIRA TARDE
FARMACÊUTICO TERÇA - FEIRA MANHÃ E TARDE

2.2 Impacto
A execução desse projeto terá impacto direto nos mais de 500 pacientes
diagnosticados com SM, e nos demais não alcançados por essa pesquisa inicial,
visando o tratamento das patologias de forma conjunta, multiprofissional e
interdisciplinar para que os indivíduos consigam normalizar os indicadores
reversíveis e deixe de ser um paciente sindrômico.

1. Redução da prevalência de SM na população contemplada, implicando na


melhoria da qualidade de vida dos mesmos.
2. Redução do número de indivíduos internados em unidades de saúde em
decorrência da SM e/ou dos seus fatores de risco.
3. Ampliação do acesso da população de baixa renda a serviços de saúde
resolutivos e de alta qualidade assistencial;
4. Redução da prevalência de infecções bucais e do edentulismo na população
contemplada;
5. Fomento à pesquisa e extensão, com interligação entre a saúde municipal e
instituições de ensino;
6. Implementação de uma cultura voltada para a assistência multiprofissional,
valorizando os diversos saberes e olhares das categorias envolvidas no
processo do cuidado em saúde no âmbito do SUS.

2.3 Aplicabilidade
Será desenvolvida uma metodologia fácil de forma a ser aplicada em todo o
município de São Felipe – BA, respeitando as particularidades de cada unidade de
saúde, a fim de ter melhores resultados em cada uma das 06 unidades de saúde,
incialmente será implantado em uma unidade básica de saúde que servirá como
piloto para as demais.

2.4 Inovação
Ser o primeiro município a ter centro tratamento a indivíduos com síndrome
metabólica do Recôncavo Baiano
79

2.5 Abrangência territorial


Município de São Felipe - BA

2.6 Setor beneficiado


Gestão da saúde municipal, pacientes do grupo HiperDia e profissionais da atenção
básica do município de São Felipe – BA.

Fotos da entrega do produto para a Gestão Municipal

Figura 9: Entrega ao Prefeito Antônio Jorge, Secretária de Administração Ana Rita


Macedo, Secretária Municipal de Saúde Carolina Prazeres Ferreira, a Subsecretária
de Saúde Dahiane Lemos.
80

Fonte: Imagens do próprio autor.

Figura 10: Entrega a Secretária Municipal de Saúde Carolina Prazeres Ferreira, e a


Subsecretária de Saúde Dahiane Lemos.
81

Fonte: Imagens do próprio autor.

ANEXO B - FORMULÁRIO DE INFORMAÇÕES DO PRODUTO 1


82

Informações sobre as características do produto que foi gerado a partir da


dissertação desenvolvida no Programa de Mestrado Profissional em
Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente da FAMAM:

a) Nome do discente: Magno Andrade dos Santos

b) Nome do produto: Capacitação dos profissionais enfermeiras e agentes


comunitários de saúde, atuantes na atenção básica do município de São Felipe
– BA.

c) Tipo de produto: Curso de capacitação

d) Descrever o processo para obtenção do produto:


Foi realizado no dia 19 de janeiro de 2021, na sala de reuniões da Secretaria
Municipal de Saúde de São Felipe - Ba, com a presença dos profissionais Agentes
Comunitários de Saúde (ACS) e enfermeiras das Unidades de Saúde da Família
(USF), uma capacitação com a temática central Síndrome Metabólica. A condução
dos trabalhos e apresentação das patologias que atuam na referida síndrome,
ficaram por conta do mestrando em Desenvolvimento Regional e Meio ambiente
(FAMAM) Magno Andrade dos Santos, e da subsecretária de saúde do município
Enfª. Msª Dahiane Lemos de Andrade.

Como etapas do pré-evento, foram discutidos todo o planejamento estratégico para


a realização de forma presencial e segura, devido a pandemia do novo coronavírus
(COVID-19) que ainda estamos enfrentando. Então, foi definido o dia, local, divisão
das turmas para evitar aglomeração e confecção dos kits dos participantes
(contendo um classificador com frases motivadoras, chocolate, caneta, bloco de
notas, quadros esquemáticos com os tipos de patologias envolvidas, os parâmetros
para diagnóstico e detalhamento de cada patologia para uma maior compreensão
das doenças em foco).

Os profissionais foram divididos em duas turmas: das 08:00hs às 10:00hs


profissionais das Unidades de Saúde da Família Cirilo dos Santos, Germana
Eufrosina e Inocêncio Barbosa, e das 10:00hs às 12:00hs, às Unidades José
Ribeiro, Isidório Pereira e Manoel Cardoso.

Inicialmente, todos foram saudados e orientados com relação aos cuidados de


prevenção a COVID-19, e explicado que, por esse motivo, não haveria coffee break,
nem compartilhamento de objetos e pastas entre eles.

A metodologia utilizada foi a exposição visual, através da projeção de slides, onde


foi realizada uma contextualização do sistema de saúde do município, por unidade
de saúde e níveis de atenção (primária, secundária e terciária), evidenciando as
vantagens e dificuldades de cada unidade, com relação a localização e população
adscrita. Em seguida, foi explicado sobre o projeto de pesquisa que estava sendo
realizado no município e a importância dos profissionais conhecerem a fundo a
patologia para melhor acompanhar e mudar a realidade dos pacientes com a
síndrome metabólica.
83

A apresentação foi toda em formato de roda de conversa, com constantes interações


entre os apresentadores e os participantes, tendo uma boa compreensão das
informações passadas, da importância deles nesse contexto e, acima de tudo, do
seu poder de transformação e divulgação das informações transmitidas.

Ao final da apresentação, foi realizado uma dinâmica de fixação, ao qual cada um


falava uma patologia e outro respondia os critérios diagnósticos. Foi também
discutido sobre as medicações que os pacientes usam, ao qual iriam ajudar a
identificar qual patologia o paciente se encaixa, já que muitos deles costumam omitir
informações das suas patologias e medicações em uso durante a visita dos ACS.

Ao final, foi realizado os agradecimentos pela presença, reconhecimento e


valorização dos trabalhos que eles realizam no dia a dia, tanto das enfermarias com
suas consultas diárias e ações de educação permanente e dos ACS nas visitas. Foi
realizado também, leitura de um texto motivacional e, por fim, foi solicitado que cada
um assinasse a lista de presença com suas respectivas canetas, como forma de
prevenção ao COVID-19.

e) Detalhar o impacto do produto:


A execução dessa capacitação foi de grande impacto, pois no município a grande
maioria dos profissionais não conheciam a doença, dessa forma não reconheciam
os indivíduos como sindrômicos, tratando as patologias de formas isoladas, sem o
olhar multiprofissional tão necessário para que os indivíduos consigam normalizar os
indicadores reversíveis e deixe de ser um paciente sindrômico, devolvendo saúde e
boa forma física a esses indivíduos.

f) Evidenciar a aplicabilidade do produto:


O projeto teve uma boa aplicabilidade tendo em vista o número de profissionais que
aderiram a capacitação, e o quando isso irá transformar no cuidado diário desses
indivíduos.

Foi desenvolvida uma metodologia fácil de forma a ser aplicada em todo o município
de São Felipe – BA, respeitando as particularidades de cada unidade de saúde, a
fim de ter melhores resultados em cada uma das 06 unidades de saúde.

g) Relatar o grau de inovação do produto:


Apresentação da temática e capacitação dos profissionais da rede de saúde com
relação ao reconhecimento e tratamento dos indivíduos com síndrome metabólica.

h) Destacar a complexidade do produto:


O produto teve um grau de complexidade razoável devido a ninguém do público
presente conhecer a fundo sobre a Síndrome Metabólica, onde fomos passo a
passo detalhando sobre as patologias e exemplificando como se torna sindrômico e
como é possível deixar de ser sindrômico regularizando os níveis alteráveis.

i) Mencionar a abrangência territorial:


Município de São Felipe - BA

j) Informar o setor beneficiado com a informação sobre o setor da sociedade


onde o impacto foi ou será gerado:
84

Gestão da saúde municipal, indivíduos e profissionais da atenção básica do


município de São Felipe - BA

k) Justificativa de dissertação/produto destaque do Programa de Mestrado


em função de seu impacto e caráter inovador (até 4000 caracteres com
espaço):
A minha dissertação e os produtos trazem como destaque a principal a
evidenciação da patologia Síndrome metabólica numa cidade do Recôncavo
Baiano, onde a sua prevalência no grupo estudado foi de mais de 50%, dado esse
acima da média do Brasil, e como inovação a implantação de um centro de
atendimentos multiprofissional a pacientes portadores de SM, sendo o 1º do
Recôncavo Baiano.

l) Justificativa de aderência da dissertação/produto ao Programa de


Mestrado e a Área de Ciências Ambientais (até 4000 caracteres com
espaço):
Com relação a área ambiental, ao longo da pesquisa trouxemos correlações de
diversas variáveis ambientais interferentes no processo da doença, evidenciando a
influência do meio ambiente na saúde/doença das pessoas, buscando demonstrar e
discutir fatores que as pessoas e profissionais no dia a dia não costumam
correlacionar, mais que fazem toda a diferença.

m) Quais as pessoas que estão envolvidas no produto (preencher a Tabela abaixo, acrescente linhas
se for necessário)
Empresa / Instituição/local de
Nome completo CPF
trabalho
Kaliane Rocha Soledade 962.942.305-78 Faculdade Maria Milza

n) Teve parceria com outras instituições / Instituição colaboradora, caso sim


qual (apresentar comprovante/ declaração):
( x ) sim ( ) não
85

o) Teve participação de empresas privadas, caso sim qual (apresentar


comprovante/ declaração):
( ) sim ( x ) não

p) Houve financiamento, caso sim qual (apresentar comprovante/


declaração)?
*em caso de bolsa de estudo/desconto da FAMAM, indicar o sim, colocar o tipo de bolsa e
não precisa do comprovante
86

( x ) sim ( ) não

Bolsa integral, programa de egressos da FAMAM

q) Houve devolutiva do produto. Caso sim, como e para quem (até 4000
caracteres com espaço). *apresentar documentos, fotos e vídeos
( x ) sim ( ) não

O referido produto foi devolvido para a gestão municipal através dos profissionais
enfermeiras e Agentes Comunitário de Saúde por meio de uma capacitação sobre
Síndrome Metabólica.

Figura 3: Slides da capacitação para os profissionais da AB de São Felipe-Ba.

Fonte: Imagens do próprio autor


87

Figura 4: Kits dos participantes e lista de presença.

Fonte: Imagens do próprio autor

Figura 5: Apresentação do tema e discussões com os profissionais.

Fonte: Imagens do próprio autor.


88

Figura 6: Apresentação do tema e discussões com os profissionais.

Fonte: Imagens do próprio autor.

Figura 7: Apresentação do tema e discussões com os profissionais.

Fonte: Imagens do próprio autor.


89

Figura 8: Finalização da capacitação.

Fonte: Imagens do próprio autor.

r) O Produto deve ser anexado à dissertação (arquivo em separado).

Governador Mangabeira-BA, 24-10-2021.

ASSINATURA DO MESTRANDO

ASSINATURA DO ORIENTADOR
90

ANEXO B - FORMULÁRIO DE INFORMAÇÕES DO PRODUTO 2

Informações sobre as características do produto que foi gerado a partir da


dissertação desenvolvida no Programa de Mestrado Profissional em
Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente da FAMAM:

a) Nome do discente: Magno Andrade dos Santos

b) Nome do produto: Implantação do Centro de Referência Municipal de


Síndrome Metabólica.

c) Tipo de produto: Projeto de implantação do Centro de Referência Municipal de


Síndrome Metabólica.

d) Descrever o processo para obtenção do produto:

Inicialmente será implantado em uma unidade básica de saúde, o que servirá como
piloto na implantação desse novo projeto, sendo possível ajustar e aperfeiçoar os
processos de trabalho antes da expansão para atendimento a todas as demais que
irá acontecer simultaneamente.

O processo de admissão de pacientes, se dará da seguinte forma: Os pacientes


cadastrados no SUS e lotados na unidade de referência, que são acompanhados
pelos ACS, ao qual conhecem todos os pacientes de suas micro área e suas
patologias, serão encaminhados pelos ACS até a unidade para agendamento da
triagem com a enfermeira, a marcação para a triagem será realizada de segunda a
sexta – feira no horário de funcionamento da unidade. O primeiro atendimento será
realizado as quartas-feiras no período de 08:00 às 11:30 horas pela enfermeira,
quando será apresentado o programa e os critérios para participação, podendo o
indivíduo aderir ou não à proposta. Inicialmente os pacientes serão admitidos para a
triagem onde a enfermeira irá avaliar os sinais clínicos e realizar solicitação de
exames laboratoriais para confirmação do diagnóstico ou descarte do mesmo.
Posteriormente, confirmando o diagnóstico o mesmo será encaminhado para
avaliação médica e nutricional, sendo estipulado o número de consultas mensais,
bem como as datas de retorno para acompanhamento da equipe multiprofissional.
Um roteiro de atividades físicas será proposto pelo profissional de educação física,
considerando as orientações do profissional médico e do profissional fisioterapeuta.

O paciente também será encaminhado para consultas de odontologia para


realização de todo tratamento periodontal e clinico geral, visando a redução dos
níveis de inflamações interferentes no controle da SM. Os pacientes com SM ainda
contaram com assistência de psicólogo, fonoaudiólogo, farmacêutico e técnica de
enfermagem para realização de acompanhamento e tratamentos quando
necessário.

As consultas para os profissionais do centro serão previamente agendadas de


acordo com a necessidade de cada paciente, podendo este escolher para quais
profissionais deseja ir, após ser orientado a importância do tratamento
multidisciplinar para a sua reabilitação e normalização dos níveis alterados.
91

Os pacientes que terão necessidade de uso de medicação sistêmica irão retirar a


medicações prescritas na farmácia do próprio centro, de forma a não lhes faltar as
medicações necessárias para seu tratamento.

Com efeito, para o diagnóstico da SM será utilizado como parâmetro às


recomendações da I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome
Metabólica (I-DBSM), baseado nos critérios definidos pelo. De acordo com a
National Cholesterol Education Program´s–Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III),
a SM é diagnosticada quando pelo menos três dos critérios são atendidos, a saber:
Componentes/Níveis: - Obesidade abdominal por meio de circunferência abdominal:
(Homens >102 cm; Mulheres >88 cm) - Triglicerídeos ≥ 150 mg/dL - Pressão arterial
≥ 130 mmHg ou ≥ 85 mmHg - Glicemia de jejum ≥ 100mg/dL.
Fonte: National Cholesterol Education Program´s–Adult Treatment Panel III (NCEP-
ATP III).

Todas as informações dos pacientes serão registradas no Prontuário Eletrônico do


Cidadão (PEC), como forma de unificar os registros e ter um compartilhamento em
tempo real entre todos os profissionais do serviço.

Tabela 1: relação de profissionais e dias de atendimentos


PROFISSIONAL DIA TURNO
MÉDICO TERÇA - FEIRA MANHÃ E TARDE
PSICÓLOGO TERÇA - FEIRA MANHÃ E TARDE
FISIOTERAPEUTA TERÇA - FEIRA MANHÃ E TARDE
ENFERMEIRA QUARTA - FEIRA MANHÃ E TARDE
NUTRICIONISTA QUARTA - FEIRA MANHÃ E TARDE
DENTISTA QUARTA – FEIRA MANHÃ E TARDE
EDUCADOR FÍSICO SEXTA - FEIRA MANHÃ
TÉCNICA DE ENFERMAGEM SEGUNDA A SEXTA FEIRA MANHÃ E TARDE
FONOAUDIÓLOGA SEXTA – FEIRA TARDE
FARMACÊUTICO TERÇA - FEIRA MANHÃ E TARDE

 Detalhar o impacto do produto:

A execução desse projeto terá impacto direto nos mais de 500 pacientes
diagnosticados com SM, e nos demais não alcançados por essa pesquisa inicial,
visando o tratamento das patologias de forma conjunta, multiprofissional e
interdisciplinar para que os indivíduos consigam normalizar os indicadores
reversíveis e deixe de ser um paciente sindrômico.

1. Redução da prevalência de SM na população contemplada, implicando na


melhoria da qualidade de vida dos mesmos.
2. Redução do número de indivíduos internados em unidades de saúde em
decorrência da SM e/ou dos seus fatores de risco.
3. Ampliação do acesso da população de baixa renda a serviços de saúde
resolutivos e de alta qualidade assistencial;
4. Redução da prevalência de infecções bucais e do edentulismo na população
contemplada;
5. Fomento à pesquisa e extensão, com interligação entre a saúde municipal e
instituições de ensino;
92

6. Implementação de uma cultura voltada para a assistência multiprofissional,


valorizando os diversos saberes e olhares das categorias envolvidas no
processo do cuidado em saúde no âmbito do SUS.

 Evidenciar a aplicabilidade do produto:

Será desenvolvida uma metodologia fácil de forma a ser aplicada em todo o


município de São Felipe – BA, respeitando as particularidades de cada unidade de
saúde, a fim de ter melhores resultados em cada uma das 06 unidades de saúde,
incialmente será implantado em uma unidade básica de saúde que servirá como
piloto para as demais.

 Relatar o grau de inovação do produto:

Ser o primeiro município a ter centro tratamento a indivíduos com síndrome


metabólica do Recôncavo Baiano

 Destacar a complexidade do produto:

A complexidade desse projeto se dá pelo fato de que no Recôncavo Baiano não


tem nenhum centro para tratamentos de Síndrome Metabólica, mesmo tendo altos
índices de pacientes com essa patologia frequentando os serviços de saúde todos
os dias e sendo tratadas as patologias de forma individualizada o que dificulta a
melhora nos resultados reversíveis.

 Mencionar a abrangência territorial:

Município de São Felipe - BA

 Informaro setor beneficiado com a informação sobre o setor da sociedade


onde o impacto foi ou será gerado:

Gestão da saúde municipal, pacientes do grupo HiperDia e profissionais da atenção


básica do município de São Felipe – BA.

 Justificativa
de dissertação/produto destaque do Programa de Mestrado em
função de seu impacto e caráter inovador (até 4000 caracteres com espaço):

A minha dissertação e os produtos trazem como destaque a principal a evidenciação


da patologia Síndrome metabólica numa cidade do Recôncavo Baiano, onde a sua
prevalência no grupo estudado foi de mais de 50%, dado esse acima da média do
Brasil, e como inovação a implantação de um centro de atendimentos
multiprofissional a pacientes portadores de SM, sendo o 1º do Recôncavo Baiano.

 Justificativa
de aderência da dissertação/produto ao Programa de Mestrado e
a Área de Ciências Ambientais (até 4000 caracteres com espaço):

Com relação a área ambiental, ao longo da pesquisa trouxemos correlações de


diversas variáveis ambientais interferentes no processo da doença, evidenciando a
influência do meio ambiente na saúde/doença das pessoas, buscando demonstrar e
93

discutir fatores que as pessoas e profissionais no dia a dia não costumam


correlacionar, mais que fazem toda a diferença.

 Quais as pessoas que estão envolvidas no produto (preencher a Tabela abaixo, acrescente linhas se
for necessário)
Empresa / Instituição/local de
Nome completo CPF
trabalho
Kaliane Rocha Soledade 962.942.305-78 Faculdade Maria Milza

 Teve parceria com outras instituições / Instituição colaboradora, caso sim


qual (apresentar comprovante/ declaração):
( ) sim ( x ) não
Esse é não por que fizemos só para entregar posterior né?

 Teve participação de empresas privadas, caso sim qual (apresentar


comprovante/ declaração):
( ) sim ( x ) não

 Houve financiamento, caso sim qual (apresentar comprovante/ declaração)?


*em caso de bolsa de estudo/desconto da FAMAM, indicar o sim, colocar o tipo de bolsa e
não precisa do comprovante
( x ) sim ( ) não

Bolsa integral FAMAM, pelo programa de egresso da FAMAM

 Houve devolutiva do produto. Caso sim, como e para quem (até 4000
caracteres com espaço). *apresentar documentos, fotos e vídeos
( x ) sim ( ) não

O projeto foi entregue a gestão municipal, através do Prefeito Antônio Jorge,


Secretária de Administração Ana Rita Macedo, Secretária Municipal de Saúde
Carolina Prazeres Ferreira, a Subsecretária de Saúde Dahiane Lemos para
posterior avaliação e execução.
94

Figura 9: Entrega ao Prefeito Antônio Jorge, Secretária de Administração Ana Rita


Macedo, Secretária Municipal de Saúde Carolina Prazeres Ferreira, a Subsecretária
de Saúde Dahiane Lemos.

Fonte: Imagens do próprio autor.


95

Figura 10: Entrega a Secretária Municipal de Saúde Carolina Prazeres Ferreira, e a


Subsecretária de Saúde Dahiane Lemos.

Fonte: Imagens do próprio autor.

O Produto deve ser anexado à dissertação (arquivo em separado).

Governador Mangabeira-BA, 24-10-2021.


ASSINATURA DO MESTRANDO

ASSINATURA DO ORIENTADOR
96

ANEXO C – PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA


97
98
99

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