Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
BELÉM – PA
2020
LÍVIA MAHELY GARCIA
LUANA EDILAILCE OLIVEIRA NASCIMENTO
REGIANE DE MELO NOGUEIRA
BELÉM – PA
2020
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD
Biblioteca do Centro Universitário Fibra
Gerada mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
CDD 613.28
BANCA EXAMINADORA:
___________________________________________________________
Orientadora: Prof. MSc. Yamila Fernandes Mota Alves (Orientadora)
Mestre: Ciência e Tecnologia de Alimentos - UFPA
Centro Universitário Faculdade Integrada Brasil Amazônia - FIBRA
___________________________________________________________
Membro: Profª. MSc. Sheila Cristina Martins e Silva
Mestre: Biologia Parasitária na Amazônia - UEPA
Centro Universitário Faculdade Integrada Brasil Amazônia - FIBRA
___________________________________________________________
Membro: Profª. MSc. Yonah Leda Vieira Figueira
Mestre: Planejamento e Desenvolvimento da Amazônia - UFPA
Centro Universitário Faculdade Integrada Brasil Amazônia - FIBRA
DEDICATÓRIA
LÍVIA GARCIA,
Dedico este trabalho primeiramente a DEUS, por me conceder a graça de
chegar até aqui, por me dar sabedoria, força e fé, e nunca ter me deixado
desistir do meu sonho.
A minha querida mãe, MARGARIDA GARCIA.
Aos meus amados avós, MARIA BRÍGIDA e JOSÉ MARIA
GARCIA (em memória).
A minha filha canina, LAYLA GARCIA e minha filha de
coração, ISABELLE GARCIA.
LUANA NASCIMENTO,
Dedico este trabalho primeiramente a Deus por ter me permitido a realização
desse sonho.
Ao meu irmão, GABRIEL OLIVEIRA e minha avó, MARIA JOSÉ
CORDEIRO.
A minha tia, SOCORRO CORDEIRO e meu primo, INEVALDO
CORDEIRO (em memória).
REGIANE MELO,
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, que iluminou meu caminho
durante essa caminhada, que é o autor e criador do meu destino, meu guia,
meu socorro e minha alegria.
Dedico ao meu pai DURVALINO PUPO NOGUEIRA e a minha mãe
MARIA REGINA LIMA DE MELO.
Dedico a minha tia MARIA LÚCIA LIMA DE MELO.
Dedico a minha madrinha APARECIDA PUPO
NOGUEIRA.
Dedico, em memória, a meus falecidos avós
MANOEL BRANCO LIMA DE MELO e MARIA
JOSÉ LIMA DE MELO, CAETANO PUPO
NOGUEIRA e RITA PUPO NOGUEIRA e a meu tio
avô ISAIAS PUPO NOGUEIRA.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente à Deus o meu maior agradecimento por todas as bênçãos que
tem derramado sobre a minha vida, por ter me sustentado nos momentos de
fraqueza em que pensei que não conseguiria seguir em frente, por ter colocado em
meu caminho durante esses 4 anos pessoas maravilhosas que, com certeza, levarei
comigo para sempre. Por segurar as minhas mãos e estar na minha frente em tudo
que faço, a Ti, Senhor, eu louvo e rendo graças.
A minha querida mãe, Margarida Garcia, por estar comigo em todos os
momentos, por me abençoar, por não poupar esforços para me dar o melhor, por
sempre interceder por mim em oração, por sonhar os meus sonhos e acreditar na
minha capacidade de vencer, por me ensinar a ser uma pessoa íntegra e de caráter.
Obrigada por tudo que já fizeste e por tudo que eu sei que ainda farás.
Agradeço a toda a minha família por sempre me abençoar e estar na torcida
por mim, em especial aos meus tios José Antônio e Ângela Garcia por estarem
cuidando com amor e carinho de mim. As minhas filhas do coração Layla e Isabelle
Garcia, por sempre me acalmarem e me darem muito amor. Ao meu padrasto
Agenor Batista, pela força e confiança neste período tão importante para mim. Ao
meu irmão Lucas Garcia, que me faz querer ser melhor, para que ele também seja
melhor todos os dias.
Ao meu namorado Kleiton Fiel, por todo cuidado e preocupação com a minha
saúde mental, por me apoiar e me fazer acreditar que sempre iria dar certo, e deu.
A nossa orientadora Yamila Alves, por ter nos ajudado neste trabalho, pelas
orientações, apoio e confiança. A nutricionista Joyce Monteiro por cada palavra
amiga, pela confiança depositada e por toda ajuda na criação da nossa cartilha.
Aos meus queridos professores que foram fundamentais durante todo esse
processo, em especial a professora Thayana Moreira e Christian Aires por terem
sido minha inspiração e por terem me dado força e incentivo para ser cada dia
melhor, vocês são feras demais no que fazem. Também a professora Sheila Martins
por ter sido um anjo enviado por Deus para nos ajudar, para nos acalmar com suas
palavras de amor e cuidado, você tem um coração admirável, quisera muitas
pessoas fossem como você.
Aos meus preceptores de estágio, Carla Neves e Clíssia Croelhas, Joyce
Monteiro, Tayana Aleixo, Lúcia Silva e Ingryd Carvalho, minha gratidão por todo
ensinamento e paciência, com certeza, vocês foram parte fundamental nesta
caminhada.
A nossa coordenadora Yonah Figueira, pela sua luta diária para dar sempre o
melhor para os seus alunos, sempre apoiando e incentivando na construção de um
melhor futuro profissional.
As minhas queridas amigas que este curso me deu, Hérica Carvalho, Jordana
Guimarães, Luana Nascimento, Miliane Souto, Regiane Melo e Regiane Santos,
também a futura enfermeira Daniela Sampaio, agradeço pelo companheirismo, pelas
risadas, pela força e pela linda amizade que construímos ao longo desse tempo,
vocês são demais, ao Lucas Ximenes que chegou depois, mas que se tornou uma
pessoa muito querida. Estendo meus agradecimentos a Luana e a Regiane Melo
pela parceria na construção deste trabalho, sem vocês nada seria possível. Também
agradeço as minhas amigas de longa data que torceram muito para que este
momento chegasse, Jully Karoline, Naiana Almeida e Vanda Martins, obrigada por
todas as palavras amiga, palavras de força e de carinho, torço muito por vocês
também e as levarei sempre em meu coração.
E ao meu pai, que mesmo não estando presente contribuiu para que este
sonho esteja se tornando realidade.
Não foi fácil chegar até aqui, mas vencemos e vocês foram fundamentais para
que isso acontecesse, por isso o meu MUITO OBRIGADA! Eu os amo muito.
KEY WORDS: Autism spectrum disorder, nutrition and autism, food selectivity,
nutritional booklet.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 15
2. JUSTIFICATIVA ....................................................................................... 21
3. OBJETIVOS ............................................................................................. 22
REFERÊNCIA................................................................................................... 23
APÊNDICES ..................................................................................................... 26
ANEXOS ........................................................................................................... 43
1. INTRODUÇÃO
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do
neurodesenvolvimento que abrange o transtorno autista (autismo). É uma condição
onde o indivíduo portador tem como características alterações no desenvolvimento
neurológico e deficiências no comportamento. São apontados como características
do autismo: déficits na comunicação e na interação social; dificuldade no
estabelecimento de conversas normais, de relacionamentos, afetos, interesses e
atividades; insistência nas mesmas coisas; movimentos estereotipados; adesão
inflexível de uma rotina, o que abrange, no campo nutricional, a neofobia alimentar;
e hiper ou hiporreação a estímulos sensoriais, abrangendo a seletividade alimentar.
(GAZOLA 2015, MONTEIRO, 2020)
O portador de TEA é muito seletivo e persistente ao novo, com isso se torna
difícil à inserção de novos alimentos a sua dieta. Em consequência disto, deve-se ter
cuidado com a oferta de alimentos não saudáveis a esses indivíduos. Alguns
estudos apontam que distúrbios gastrointestinais como refluxo esofágico, dor
abdominal, diarreia, constipação e edema podem ser ocasionados pelo rompimento
da microbiota intestinal. O inadequado estado nutricional, a limitada variedade de
alimentos e a gravidade da sintomatologia associada ao TEA podem causar
significativo impacto na qualidade de vida dos pacientes, pais e cuidadores.
(ARARUNA, 2018; CAETANO, 2018; GOMES, 2018).
A educação nutricional instiga o desenvolvimento de hábitos alimentares
saudáveis desde a infância, esperando com isso que estes hábitos sejam
implantados no espaço familiar. Sabe-se que o transtorno do espectro autista é
caracterizado por uma série de distúrbios do neurodesenvolvimento que ocorrem
desde a infância até à fase adulta, impactando na integração social e aprendizagem.
Estudos demonstram que através de uma apropriada intervenção dietética é
possível aliviar os sintomas da doença (ALMEIDA, 2015; ROLAND, 2016).
Com base nisso, o presente estudo consiste na elaboração de uma cartilha
com orientação nutricional direcionada aos pais e cuidadores de crianças autistas,
no intuito de informar e esclarecer a respeito de uma alimentação adequada que
possa melhorar qualidade de vida dessas crianças.
16
Uma grande batalha pela qual a maioria das famílias de pessoas com autismo
trava é com relação à restrição alimentar. Não estando incluso no conjunto de
alterações comportamentais característicos do transtorno autista, ações
inadequadas relacionadas com a alimentação estão presentes de 30% a 90% dos
casos. A literatura aponta uma variedade de comportamentos que são classificados
em três categorias: seletividade baseada no grupo e textura do alimento, recusa de
alimentos, e comportamentos de indisciplina durante as refeições. Além dos fatores
intrínsecos aos alimentos, no TEA é comum observar um grave transtorno alimentar
denominado pica que consiste na ingestão recorrente de substâncias que não são
considerados alimentos, como tinta, giz, papel, terra, carvão, entre outros.
(LÁZARO, 2018; SOUZA, 2019).
A introdução de novos hábitos alimentares no cotidiano da criança autista não
é fácil e deve contar com o apoio de os familiares e pessoas do ambiente de
convívio da criança. A luta é diária, a mudança deve ser feita de forma lenta e
gradual, para não causar impactos negativos e para garantir que a adesão aos
novos hábitos sejam eficientes e duradouros (MONTEIRO, 2020; ALMEIDA, 2015)
21
2. JUSTIFICATIVA
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma condição no
neurodesenvolvimento que implica em danos na comunicação, na relação social e
no comportamento. Desde a infância os sintomas podem ser observados,
interferindo diretamente no ambiente social e de convívio desses indivíduos. A
prevalência de autismo fez com que estudos relacionados a alimentação do autista
fosse melhor analisada, o que fez com que fossem observados carências de
nutricionais, ausência de vitaminas e minerais, aumento do estresse oxidativo,
sintomas gastrointestinais, diminuição no transporte de energia, gerando fadiga,
irritabilidade, alterações no humor e no comportamento, destacando assim, a
importância da alimentação na qualidade de vida do autista (GOMES et al. 2016;
LEITE et al. 2019; MONTEIRO, 2020).
A educação nutricional busca estimular a adoção de hábitos saudáveis desde a
infância. Os estudos demonstram que uma apropriada intervenção dietética pode
tratar e reduzir os sintomas apresentados no autismo. Sabe-se que as crianças
autistas são extremamente seletivas e resistentes a novas experiências e, que cabe
aos pais e responsáveis o conhecimento e atenção ao tipo de alimento que está
sendo oferecido (NUNES, 2016; ARARUNA, 2018).
As cartilhas educativas são usadas como um recurso dedicado a informar
sobre os mais diferentes assuntos. Todas as temáticas devem ser abordadas
através da divulgação de conceitos e mensagens, bem como de perguntas e
respostas, podendo mesclar narrativas em quadrinhos e textos didáticos e/ou
informativos. As cartilhas educativas facilitam o processo de aprendizado, pois
permitem ao paciente e sua família uma leitura posterior, reforçando as informações
orais, servindo como guia de orientações para casos de dúvidas e auxiliando na
tomada de decisões do cotidiano (JUNIOR et al., 2014).
Desse modo, a elaboração desta cartilha tem como intuito levar informações e
orientações a pais, familiares e cuidadores de crianças autistas em relação a
alimentação e nutrição no autismo.
22
3. OBJETIVOS
REFERÊNCIA
ALVES, Tânia Patrícia Correia. Dieta sem glúten e sem caseína e suplementação de
ómega-3 como terapêutica nutricional no autismo. 2017.
ANDERLE, Tiago Valli; DE MELLO, Elza Daniel. Autismo: aspectos nutrológicos das
dietas e possível etiologia. International Journal of Nutrology, v. 11, n. 02, p. 066-
070, 2018.
GOMES, Vânia Thais Silva et al. Nutrição e autismo: reflexões sobre a alimentação
do autista. Educação e Ciância para a Cidadania Global, 2018.
MENEZES, Renata Oliveira dos Santos; SANTOS, Larisse Karen Silva. AUTISMO:
PERSPECTIVA DA NUTRIÇÃO FUNCIONAL. Revista Ciência (In) Cena, v. 1, n. 4,
p. 118-127, 2017.
OLIVEIRA, Ana Luísa Tavares Dias de. Intervenção nutricional no Autismo. 2012.
APÊNDICE A- ARTIGO
RESUMO
Objetivo: Elaborar uma cartilha nutricional direcionada aos pais, familiares e cuidadores de
crianças autista para a promoção da alimentação saudável e nutrição no autismo. Métodos: Para a
elaboração da cartilha como ferramenta de educação nutricional foi realizada uma revisão de
literatura com trabalhos científicos publicados nos últimos 10 anos sobre o tema Alimentação e
nutrição no Transtorno do Espectro do Autista (TEA). A busca por publicações científicas foi feita
através de consultas realizadas por intermédio da internet à publicações científicas disponibilizadas
na Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Nacional de Medicina (PUBMED),
Biblioteca Virtual em Saúde - Ministério da Saúde (BVSMS) e Google Acadêmico. Para a
estruturação da cartilha, foi utilizada a plataforma digital Canva, assim como o uso de imagens
cedidas pela mesma. Resultados e Discussão: A elaboração da cartilha teve como iniciativa
simplificar temas complexos, informar sobre o papel dos nutrientes, citar fontes alimentares, sugerir
estratégias de introdução desses alimentos e salientar sobre a importância da família nesse
processo. A cartilha utilizou uma linguagem simples, ilustrativa e acessível a qualquer público, a partir
do uso de imagens e exemplos, levando as informações de maneira clara e didática. Conclusão: A
cartilha educativa para orientação nutricional buscou informar que a através da alimentação é
possível aliviar os sintomas da doença e que a adesão a hábitos saudáveis na infância do pode trazer
benefícios para saúde e qualidade de vida do autista. Dessa forma, o material poderá servir de apoio
a pais, familiares e cuidadores de crianças autista, para que enfrentem as dificuldades que envolvem
os cuidados em relação à alimentação e possam controlar os sintomas apresentados no autismo.
Palavras-chave: Transtorno do espectro autista, seletividade alimentar, cartilha nutricional.
ABSTRACT
Objective: Develop a nutritional booklet aimed at parents, families and caregivers of autistic children
regarding food and nutrition in autism. Methods: It is a method of nutritional education based on a
review of the literature and scientific papers published in the last 5 years. The search for scientific
publications will be in the form of consultations made through the internet to scientific publications
made available at Scientific Electronic Library Online (SCIELO), National Library of Medicine
(PUBMED), Virtual Health Library - Ministry of Health (BVSMS) and Google Scholar. The creation of
the booklet will be elaborated by the students through the digital platform Canva, as well as the use of
images provided by it. Results: The preparation of the booklet had the initiative of simplifying complex
themes, informing about the role of nutrients, citing food sources, suggesting strategies for introducing
these foods and highlighting the importance of the family in this process. The booklet used a simple,
illustrative language and accessible to any audience, using images and examples, taking the
information in a clear and didactic way. Conclusion: The educational booklet for nutritional guidance
sought to inform that through eating it is possible to relieve the symptoms of the disease and that
adherence to healthy habits in childhood can bring benefits to the health and quality of life of the
autistic person. In this way, the material can serve as support for parents, family members and
caregivers of autistic children, so that they face the difficulties that involve care in relation to food and
can control the symptoms presented in autism.
RESUMEN
que enfrenten las dificultades que implican los cuidados en relación a la alimentación y puedan
controlar los síntomas que presenta el autismo.
Palabras clave: Trastorno del espectro autista, selectividad alimentaria, cartilla nutricional.
INTRODUÇÃO
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento que
abrange o transtorno autista (autismo). É uma condição onde o indivíduo portador tem como
características alterações no desenvolvimento neurológico e deficiências no comportamento. São
apontados como características do autismo: déficits na comunicação e na interação social; dificuldade
no estabelecimento de conversas normais, de relacionamentos, afetos, interesses e atividades;
insistência nas mesmas coisas; movimentos estereotipados; adesão inflexível de uma rotina, o que
abrange, no campo nutricional, a neofobia alimentar; e hiper ou hiporreação a estímulos sensoriais,
abrangendo a seletividade alimentar (GAZOLA 2015; MONTEIRO, 2020).
O TEA é um dos mais conhecidos entre os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (TID), e
costuma aparecer antes dos 03 anos de idade, sendo que, em alguns casos podem ser percebidas
nos primeiros meses de vida. Há ainda diversas desordens gastrointestinais como a baixa produção
de enzimas digestivas, inflamações da parede intestinal, e a permeabilidade intestinal alterada,
fazendo com que haja um agravamento dos sintomas do transtorno (CARVALHO et al., 2012).
A educação nutricional instiga o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis desde a
infância, esperando com isso que estes hábitos sejam implantados no espaço familiar. Sabe-se que o
transtorno do espectro autista é caracterizado por uma série de distúrbios do neurodesenvolvimento
que ocorrem desde a infância até à fase adulta, impactando na integração social e aprendizagem.
Estudos demonstram que através de uma apropriada intervenção dietética é possível aliviar os
sintomas da doença (ALMEIDA, 2015; ROLAND, 2016). Com base nisso, o presente estudo consiste
na elaboração de uma cartilha com orientação nutricional direcionada a pais e cuidadores de crianças
autistas, no intuito de informar e esclarecer a respeito de uma alimentação adequada que possa
melhorar qualidade de vida dessas crianças.
choram e se agridem. Além disso, os portadores de TEA podem apresentar boa memória e grande
facilidade de realizar cálculos mentais com rapidez e competência (LEAL et al., 2014).
Carvalho e colaboradores (2012) diz que as causas do autismo são indefinidas no tratar de
uma única possibilidade, mas é comprovado que essa doença atinge mais crianças do sexo
masculino, independente da etnia, origem geográfica ou situação socioeconômica. Menezes e Santos
(2017) explicam que a exposição ambiental pode gerar impactos negativos no organismo, podendo
afetar órgãos e sistemas, bem como um desequilíbrio no sistema imune levando o indivíduo a uma
vulnerabilidade imunológica, e esse desequilíbrio pode ser a fase inicial do desenvolvimento do
autismo, ainda não sendo conclusivo, alpém da relação com as características genéticas como:
mutações genéticas, distúrbios na função sináptica, crescimento e migração dos neurônios e
funcionamento de neurotransmissores, apontando como risco para o surgimento do TEA.
MÉTODOS
Realizou-se a construção de uma cartilha, baseada na literatura, com artigos dos últimos 10
anos. Para dar início a construção da cartilha, foram obtidos dados através da Revisão de literatura,
utilizando os termos “Transtorno do espectro autista”, “seletividade alimentar”, “cartilha nutricional”. As
consultas foram realizadas por intermédio da internet a publicações científicas disponibilizadas na
Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Nacional de Medicina (PUBMED), Biblioteca
Virtual em Saúde - Ministério da Saúde (BVSMS) e Google Acadêmico. Foi encontrado um total de 45
artigos em português e inglês, onde 33 foram utilizados, pois os demais não foi se aproximaram do
objetivo da pesquisa. A cartilha foi baseada nos melhores artigos, aqueles que abordavam todo o
conteúdo contido nela, sendo eles 8.
Assim a cartilha foi elaborada de forma clara, simples e objetiva, contendo os principais pontos
para o conhecimento do portador de TEA. Para a estruturação da planilha foram pesquisados
modelos disponíveis no canva e nos artigos utilizados na pesquisa. O protótipo da cartilha foi
desenvolvido na plataforma Canva, sendo ela uma plataforma digital disponível online e em
dispositivos móveis que permite a criação de gráficos, infográficos, apresentações, pôsteres e muitos
outros conteúdos visuais, e nela foi escolhido o layout que melhor se encaixava com o proposta da
cartilha.
RESULTADOS
A ideia da criação de uma cartilha nutricional partiu do pressuposto de informar que a
implementação de hábitos alimentares saudáveis na infância pode melhorar a qualidade de vida do
32
indivíduo autista. Com bases nas ferramentas de educação nutricional, a elaboração de uma cartilha
nutricional foi o método escolhido para levar orientações e informações a respeito da importância da
alimentação e da nutrição na gestão do autismo. Direcionada a pais, responsáveis e cuidadores de
crianças autistas, a cartilha utilizou uma linguagem simples, ilustrativa e acessível a qualquer público.
A elaboração da cartilha teve como iniciativa simplificar temas complexos, informar sobre o papel dos
nutrientes, citar fontes alimentares, sugerir estratégias de introdução desses alimentos e salientar
sobre a importância da família nesse processo. A criação da cartilha nutricional foi feita pela
plataforma digital Canva, e buscou o uso de imagens e exemplos para levar as informações contidas
da maneira mais clara e didática possível. A elaboração resultou em uma cartilha denominada
“Cartilha nutricional para crianças autistas”, com 17 páginas. Segue abaixo os temas abordados na
elaboração da cartilha (Tabela 1).
bebidas açucaradas (refrigerante e suco artificial). Oliveira (2019), de forma sistemática observou
maior frequência de consumo dos alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares, gorduras e
realçadores de sabor. Os alimentos mais consumidos do grupo foram a batata tipo chips, o biscoito
com recheio e o açúcar adicionado nas preparações como suco, leite, papas e afins.
Dos Santos et al., (2020) e Oliveira (2019), observaram que o grupo das frutas e vegetais são
menos consumidas entre as crianças com TEA, devido a toda cultura por traz das preferências
alimentares direcionadas para alimentos mais palatáveis, evidenciando a recusa referente a
alimentos mais nutritivos, o que compromete o estado nutricional desses indivíduos, refletindo em
todo seu quadro clínico. Como esperado, os dados afirmam que os vegetais são menos consumidos
entre as crianças, deixando clara a importância de incluir esses alimentos na rotina alimentar desses
indivíduos, fazendo desse tema um conteúdo essencial na nossa cartilha.
Analisando a dieta da criança autista e as carências nutricionais, as maiores deficiências
apresentadas são de zinco, ferro, fósforo, cálcio, magnésio, vitamina C, vitamina A e vitamina do
complexo B, ômega-3 e fibras (Oliveira (2019)). Na elaboração da cartilha, foram citadas as fontes
alimentares que contém esses nutrientes. Preocupou-se em buscar fontes alimentares de fácil
acesso, incluindo vegetais, frutas, proteínas e gorduras.
Pimentel et al., (2019), avaliaram a restrição dietética de glúten e caseína em crianças autistas
obtiveram resultados positivos na melhora na comunicação, aumento da interação social, aumento
nas habilidades do dia a dia e diminuição no déficit de atenção e da hiperatividade. Entretanto,
nenhum estudo investigou se a exclusão do glúten e caseína não trouxe alguma deficiência
nutricional para a criança, principalmente por se tratar de alimentos popularmente consumidos no dia
a dia e com valores nutricionais importantes para o organismo, visando a fase de crescimento das
crianças.
Da Silva et al., (2019), relataram uma pesquisa realizada com 80 crianças com TEA aplicou a
dieta livre de glúten em grupo com 40 crianças e uma dieta balanceada em outro grupo com a mesma
quantidade de crianças. Os participantes que seguiram a dieta livre sem glúten diminuíram 57,56%
dos sintomas gastrintestinais e simultaneamente o grupo de crianças que seguiram uma dieta
balanceada obteve um aumento nos sintomas. Além disso, notou-se também no grupo que participou
da dieta sem glúten pequenas melhorias nos comportamentos estereotipados, na comunicação e na
interação social.
Apesar dos benefícios que os estudos relatam em relação a dieta livre de glúten e caseína na
diminuição dos sintomas do autismo, deve ser melhor avaliado os ricos dessa intervenção para o
estado nutricional da criança autista. Contudo, a dieta SGSC mostrou-se eficiente no tratamento do
autismo, o que fez com que essa intervenção fosse abordada na nossa cartilha.
Desse modo, o conteúdo descrito na cartilha informa sobre a importância da alimentação para
o estado nutricional da criança autista, diminuição dos sintomas da doença e melhora na qualidade
de vida. Apesar dos assuntos tratados serem complexos, a cartilha buscou abordar de forma clara,
simples e ilustrativa sobre os temas citados, que foram considerados de maior relevância durante a
pesquisa.
34
REFERÊNCIAS
1- ALMEIDA, Ângela Maria Magalhães. Cuidados alimentares e nutricionais em
perturbações do espetro do autismo. 2015. Trabalho de Conclusão de Curso. [sn].
2- ALVES, Tânia Patrícia Correia. Dieta sem glúten e sem caseína e suplementação de ómega-
3 como terapêutica nutricional no autismo. 2017.
3- ANDERLE, Tiago Valli; DE MELLO, Elza Daniel. Autismo: aspectos nutrológicos das dietas e
possível etiologia. International Journal of Nutrology, v. 11, n. 02, p. 066-070, 2018.
9- DOS SANTOS, Jaqueline Silva et al. Consumo alimentar, segundo o grau de processamento,
de crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista. Brazilian Journal of
Development, v. 6, n. 10, p. 83322-83334, 2020.
11- GOMES, Vânia Thais Silva et al. Nutrição e autismo: reflexões sobre a alimentação do
autista. Educação e Ciância para a Cidadania Global, 2018.
12- GOMES, Aliny Barros et al. Transtorno do espectro autista e hábito alimentar de crianças e
adolescentes. Research, Society and Development, v. 9, n. 10, p. e7319108978-
e7319108978, 2020.
15- JÚNIOR, Ana Neile Pereira de Castro et al. Desenvolvimento e validação de cartilha para
pacientes vítimas de queimaduras. Revista Brasileira de Queimaduras, v. 13, n. 2, p. 103-
113, 2014.
16- LÁZARO, Cristiane Pinheiro; CARON, Jean; PONDÉ, Milena Pereira. Escalas de avaliação
do comportamento alimentar de indivíduos com transtorno do espectro autista. Revista
Psicologia-Teoria e Prática, v. 20, n. 3, 2018.
17- LEAL, Géssica Aline et al. Transtorno do Espectro Autístico: Criação e divulgação de uma
cartilha educativa para professores, pais e alunos. Revista Universo & Extensão, v. 1, n. 1,
2014.
20- MARQUES, Isabella Bezerra. Evidências da relação entre a colonização intestinal por
Clostridium difficile e Transtorno do Espectro Autista (TEA). 2016.
21- MENEZES, Renata Oliveira dos Santos; SANTOS, Larisse Karen Silva. AUTISMO:
PERSPECTIVA DA NUTRIÇÃO FUNCIONAL. Revista Ciência (In) Cena, v. 1, n. 4, p. 118-
127, 2017.
23- NUNES, Débora Regina de Paula; WALTER, Elizabeth Cynthia. Processos de leitura em
educandos com autismo: um estudo de revisão. Revista Brasileira de Educação Especial,
v. 22, n. 4, p. 619-632, 2016.
24- OLIVEIRA, Ana Luísa Tavares Dias de. Intervenção nutricional no Autismo. 2012.
25- OLIVEIRA, Yhanka Kerollayne Souza de. Consumo alimentar de crianças com transtorno
do espectro autista (TEA) no município de Vitória de Santo Antão-PE. 2019. Trabalho de
Conclusão de Curso.
36
26- OPAS - Organização Pan-Americana da Saúde. Transtorno do espectro autista. Brasília, DF,
Brasil, 2017.
27- PIMENTEL, Yara Rodrigues Amaro et al. Restrição de glúten e caseína em pacientes com
transtorno do espectro autista. Revista da Associação Brasileira de Nutrição-RASBRAN,
v. 10, n. 1, p. 3-8, 2019.
28- RODRIGUES, Camilla Peixoto Santos et al. O consumo alimentar de crianças com
Transtorno do Espectro Autista está correlacionado com alterações sensório-oral e o
comportamento alimentar. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 9, p. 67155-67170,
2020.
29- ROLAND, Luan Fioravanti et al. EDUCAÇÃO NUTRICIONAL PARA AUTISTAS. Anais do
Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, v. 7, n. 1, 2016.
30- SILVA NETA, Helena Maria da et al. Avaliação do perfil e do consumo alimentar de autistas
em municípios de pequeno porte paraibano. 2016.
31- SOUZA, João Vitor Santos et al. AUTISMO E TRANSTORNO ALIMENTAR: A INCLUSÃO E
A CAPACIDADE DE ACEITAÇÃO DAS DIVERSIDADES DOS INDIVÍDUOS. Conhecimento
em Destaque, 2019.
32- STRATI, Francesco et al. Novas evidências sobre a microbiota intestinal alterada nos
transtornos do espectro do autismo. Microbiome , v. 5, n. 1, pág. 24 de 2017.
33- WHITELEY, Paul et al. The ScanBrit randomised, controlled, single-blind study of a gluten-
and casein-free dietary intervention for children with autism spectrum disorders. Nutritional
neuroscience, v. 13, n. 2, p. 87-100, 2010.
37
Caso tenha sido financiado por alguma agência incluir aqui o nome, modalidade e processo.
consumo: habitual, não habitual, raramente consumido e nunca consumido. Os dados obtidos foram
analisados por estatística descritiva com auxílio do software IBM SPSS Statistics. O estudo foi
aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: A amostra, com média de idade de 38,6 ±
9,0 anos, apresentou maioria masculina (57,8%), com ensino superior completo (73,3%). Desta,
apenas 36,6% dos indivíduos definiram corretamente a terminologia “alimentos funcionais”, em
contradição ao esperado para escolaridade elevada como determinante do conhecimento e qualidade
alimentar. A dieta habitual caracterizou-se por baixa ingestão semanal de frutas, hortaliças, cereal
integral, leguminosas, óleos insaturados, peixes, oleaginosas, chás e especiarias, sendo insuficiente.
Conclusão: Conclui-se que a população de adultos ativos participante deste estudo possui
conhecimento inadequado sobre alimentos funcionais, os quais não estão incluídos em sua
alimentação habitual.
Palavras-Chave: Alimentos Funcionais, Dieta, Doença Crônica.
Figuras - Limitadas a 6 no total (podendo incluir tabelas, gráficos ou figuras); nelas devem
constar apenas dados imprescindíveis.
Exemplo de figura - NOTA: Todas as figuras devem ter TÍTULO e FONTE.
• As figuras, gráficos e/ou tabelas devem ser citados no texto ao final do parágrafo de
apresentação dos dados, exemplo: (Figura 1), (Gráfico 1), (Tabela 1).
47
Tabela 1 [negrito] - Caracterização dos pacientes atendidos na Unidade Básica de Saúde, n=100.
Juiz de Fora-MG, 2018. [a figura deve ter título claro e objetivo]
Variável N %
Sexo
Masculino 80 80
Feminino 20 20
Idade
valor porcentage
30-40
absoluto m
valor porcentage
41-50
absoluto m
valor porcentage
51-60
absoluto m
valor porcentage
Etc...
absoluto m
Escolaridade
valor porcentage
Etc...
absoluto m
valor porcentage
Outras variáveis etc...
absoluto m
Total 100 -
3 ou mais autores - BONGERS F, et al. Structure and floristic composition of the lowland
rain forest of Los Tuxtlas, Mexico. Vegetatio, 1988; 74: 55-80.
NOTA: Não é preciso apresentar o endereço eletrônico “Disponível em” nem
a data do acesso “Acesso em”.
CLEMENT S, SHELFORD VE. Bio-ecology: an introduction. 2nd ed. New York: J. Willey,
1966; 425p.
FORTES AB. Geografia física do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Globo, 1959; 393p.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Faculdade de Educação.
Laboratório de Ensino Superior. Planejamento e organização do ensino: um manual
programado para treinamento de professor universitário. Porto Alegre: Globo; 2003; 400 p.
Como citar Páginas da Internet: (NOTA: usar páginas da internet apenas em casos
extraordinários)