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João Pessoa – PB
Novembro de 2021
Rickya Caroline Cavalcanti Juvino da Silva
João Pessoa – PB
Novembro de 2021
Catalogação na publicação
Seção de Catalogação e Classificação
__________________________________________
Prof.ª Dr.ª Thaís Teles de Souza
Orientadora
__________________________________________
Prof.ª Dr.ª Wálleri Christini Torelli Reis
Examinadora interna – (DCF/UFPB)
__________________________________________
MSc. Cínthia Caldas Rios Soares
Examinadora externa – (USF)
DEDICATÓRIA
Agradeço a Deus por seu cuidado incondicional, por toda proteção e luz
na caminhada, por ter sido meu abrigo e amigo nos bons e maus momentos, por
afastar o medo e me mostrar diariamente que o Seu amor nunca vai mudar.
A minha mãe, por ser minha mulher maravilha e meu exemplo de força, e ao
meu pai, pelo colo sempre que precisei e por não medir esforços para me ver feliz.
Obrigada pelos anos de dedicação e esforço, por sonharem os meus sonhos, pelo
incentivo, apoio e amor incondicional. Vocês são o que tenho de mais precioso nesse
mundo. Sem vocês, nada disso seria possível, nada disso teria graça.
Ao meu amor e melhor amigo, Renan, por ser meu grande incentivador e
sempre acreditar em mim, por toda lealdade, companheirismo e dedicação, inclusive
na realização desse trabalho. Obrigada por iluminar os meus dias com sua alegria e
seu amor, por me ensinar tanto e pelo presente que é ter sua vida na minha. Te amo
e te admiro em tudo!
À minha melhor amiga e irmã, Maria Einara, por construir comigo uma
amizade verdadeira, leal e recíproca, pela certeza diária que estaremos juntas em
qualquer situação e por me fazer uma pessoa melhor. Obrigada pelo apoio e ajuda
nessa caminhada. Você é um anjo na minha vida!
À minha orientadora, Thais Teles, por toda a paciência, cuidado e carinho. Por
compartilhar comigo tantos ensinamentos, e por ter me ensinado para além dos
portões da Universidade. Você é luz, um exemplo de mulher e profissional. Obrigada
por todo apoio e motivação, pelas oportunidades e por acreditar em mim.
À professora Cinthia Rios, por ter aceitado contribuir com esse trabalho e com
a minha formação.
Aos meus amigos de faculdade, com quem dei boas risadas e com quem pude
dividir o peso que é estar longe de casa, em especial João Batista, por toda
cumplicidade e amizade desde o primeiro dia de aula; Ywkiane Araújo, por alegrar
meus dias e pelo companheirismo; Jadon Oliveira, por todas as risadas e parceria;
Radimilla Almeira e Isabel Oliveira, por todo o carinho. Aprendi muito com vocês,
obrigada por compartilharem tanto comigo e pelo apoio na elaboração desse trabalho.
À minha turma de farmácia 2016.1, por tudo que construímos juntos, por todos
os momentos vividos e todas as dificuldades enfrentadas.
Ao Departamento de Ciências Farmacêuticas, em especial ao Professor Pablo
Queiroz, por todo esforço e ajuda para que eu conseguisse concluir o curso. A todos
os professores que contribuíram diretamente com a minha formação, pela bagagem
ética, acadêmica e humana.
As minhas amigas de longas datas: Maria Catarine, por ter estado ao meu
lado nos bons e maus momentos, por todos os cuidados comigo e por ter me ensinado
tanto; Ana Carolina, pelo estimulo nos momentos de desanimo e por tantas alegrias
compartilhadas; Emilly Eduarda, por deixar minha rotina mais leve com sua alegria,
pela amizade e pelo cuidado; Manuela Amaral, por ter sido meu alicerce em tantos
momentos e pelo amor genuíno compartilhado.
RESUMO
ABSTRACT
The elderly represent a large portion of the population and, as they are more
vulnerable, they are more susceptible to illness and use of medication. The use of
medication is not without risks, and it can cause harm to the user's health, as well as
morbidity and mortality, highlighting the importance of services aimed at identifying,
solving and preventing these problems. Therefore, the importance of pharmaceutical
services in gerontology in order to achieve better health outcomes is highlighted.
Despite the great contributions of the pharmacist, more robust studies that
demonstrate the impact of the services provided by these professionals are needed.
Therefore, this study aims to provide an overview of systematic reviews to assess the
clinical impact of pharmaceutical care in gerontology. The methodology used followed
the PRISMA and COCHRANE recommendations, in which a search strategy was
performed in the Medline/PubMed, Scopus and Scielo databases, followed by the
stages of screening, selection, study eligibility and data extraction, carried out in
duplicate. For quality assessment, the AMSTAR 2 tool was used. Thus, 24 systematic
reviews were included and the results were grouped and presented in a narrative way,
covering the general characteristics of the reviews, as well as the results of clinical
outcomes. In the quality assessment, 45.8%, 29.2% and 25% of systematic reviews
were considered of critically low, low and moderate quality, respectively. The main
clinical outcomes evaluated were hospital admissions, mortality, falls, adverse events
and problems related to medications, adherence and adequacy of medication or
prescription. The results of this review allowed us to infer that reviews of
pharmacotherapy and pharmaceutical interventions may have benefits in outcomes
such as medication adequacy, including reduction of polypharmacy, identification and
reduction of the use of potentially inappropriate medications and adherence, as well
as the identification and resolution of problems related to medications. The impact of
pharmaceutical care on outcomes such as mortality and hospitalizations was
inconclusive. More primary studies, with good methodological quality, are needed in
order to generate more robust results regarding the impact of pharmaceutical
performance on health outcomes.
Keywords: Elderly; Pharmaceutical care; Systematic review; Overview.
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 16
3 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 30
4 METODOLOGIA ................................................................................................................ 31
5 RESULTADOS .................................................................................................................. 36
REFERÊNCIAS................................................................................................................... 106
1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3 OBJETIVOS
4 METODOLOGIA
realizada por ele, em qualquer ambiente de cuidado; (4) avaliar desfechos clínicos
associados a intervenções farmacêuticas; (5) revisões escritas em português,
inglês ou espanhol poderiam ser selecionadas (a limitação foi utilizada para esses
três idiomas pois se configura como os idiomas de maior conhecimento do autor).
Foram excluídas revisões que se concentravam em uma única
condição clínica, medicamento ou classe de medicamentos específicos, pois esse
não era o foco do presente trabalho. Também foram excluídos estudos que focaram
em intervenções de equipe multidisciplinar (mesmo que o farmacêutico fizesse
parte), uma vez que os resultados apresentados representassem a ação em equipe
e não a ação do farmacêutico em si. Se dentro da revisão sistemática ficasse claro
quais estudos primários focavam na intervenção farmacêutica para apresentar os
resultados, estas poderiam ser consideradas.
Revisões que abordavam apenas desfechos econômicos e
humanísticos também foram excluídas.
moderada (mais de uma fraqueza não crítica) e alta (nenhum ou um ponto fraco
não crítico) (SHEA et al., 2017).
36
5 RESULTADOS
Serviço ou
Total de Design Local dos
Objetivo da Período de Ambiente atividade
Autor, ano paciente metodológico estudos
revisão busca de prática farmacêutica
s dos EP primários
realizada
Avaliar se
visitas Os testes
domiciliares de foram
um realizados
farmacêutico, no Reino
para fins de Até outubro Unido (n =
revisão de de 2017 e Domicílio 4), Revisão de
ABBOTT et al., medicamentos, atualizado dos Austrália medicamentos
3.410 ECR
2020 são eficazes na em pacientes (n = 4), Educação em
melhoria da dezembro avaliados Estados saúde
saúde de de 2018. Unidos da
indivíduos em América
risco de (n = 3), e
problemas Dinamarc
relacionados à a (n = 1)
medicamentos.
Início Austrália
Determinar o
variando de (n = 3), Intervenções
efeito das Instituições
ALLDRED et 1946, 1981 Reino educacionais
intervenções 10.953 ECR de longa
al., 2016 e 1996, Unido (n =
para otimizar a permanência Revisão de
finalizada 2), Suécia
prescrição geral medicamentos
em 2015. (n=1),
para idosos que
Holanda
41
2), Iraque
(n= 1),
Jordan (n
¼ 5),
Malásia
(n= 2),
Noruega
(n= 1),
Portugal
(n= 1),
Espanha
(n= 2),
Sudão (n=
1), Suécia
(n= 1),
Taiwan
(n= 1),
Tasmânia
(n= 1),
Tailândia
(n= 1), o
Reino
Unido
(UK) (n=
4),
Estados
Unidos
(n= 8) e
Emirados
Árabes
43
Unidos
(n= 3).
Revisão
sistemática da
literatura sobre
processo, o
impacto e os Revisão de
resultados da Entre medicamentos
Instituições
CHEN et al., revisão e 1995 a Prospectivo e Austrália
4.048 de longa Reconciliação
2019 reconciliação de julho de Retrospectivo (n= 13)
permanência de
medicamentos 2018.
em instalações medicamentos
de cuidados
residenciais
para idosos na
Austrália.
Reconciliação
Avaliar estudos de
que realizam Estados medicamentos
Ensaio clinico
intervenções de Unidos
controlado Revisão de
reconciliação de (n= 4),
randomizado, medicamentos
medicamentos Entre Instituições Suécia
CHHABRA et ECC, estudo
em pacientes 1950 e 1.452 de longa (n= 1), Educação em
al., 2012 quase
transferidos de 2010. permanência Austrália saúde
experimental e
e para (n= 1),
estudo Acompanhamen
instituições de Bélgica
observacional to por
cuidados de (n= 1)
longo prazo. telecomunicaçã
o
44
Avaliar se a
realização de
uma revisão de Revisão de
medicamento medicamentos
Estados
por um médico,
Unidos Aconselhamento
farmacêutico ou
(n= 2), sobre
outro
Entre Departament Europa medicamentos
profissional de
1946 a o de (Bélgica,
CHRISTENSEN saúde melhora Educação em
agosto 3.575 ECR medicina e Dinamarc
et al., 2016 os resultados de saúde
de centro a, Irlanda,
saúde de
2015. médicos. Irlanda do Carta de alta
pacientes
Norte e para o clínico
adultos
Suécia, geral
hospitalizados
(n=8)).
em comparação Gestão de
com o medicamentos
tratamento
padrão.
Austrália
(n= 2),
Avaliar ECR, ECC,
Bélgica
resultados das estudos
Hospital, (n= 2), Revisão de
intervenções Até controlados
atenção Canadá (n medicamentos
COOPER et al., destinadas a novemb antes e depois
22 438 primária e = 2),
2015 melhorar o uso ro de e estudos de Educação em
lares para Irlanda
apropriado da 2013. séries saúde
idosos. (n=1) e
polifarmácia em temporais
Estados
pessoas idosas. interrompida
Unidos
(n=5).
45
Estados
Unidos (n
Identificar, = 5),
avaliar e
resumir as Austrália
evidências (n = 4),
científicas Suécia (n
disponíveis = 2),
sobre o efeito Reino
Educação para
das Até abril Unido (n =
FORSETLUND Lares de profissionais
intervenções de 14.523 ECR 2),
et al., 2011 idosos Revisão de
que poderiam 2010. Não
ser usadas para medicamentos
relatado
reduzir o uso (n = 5)
potencialmente
inadequado de Alemanha
medicamentos (n = 1),
em lares de Estados
idosos Unidos e
Canadá (n
= 1)
Explorar os Reino Revisão de
tipos e a Unido (n= medicamentos
eficácia dos 3),
Até abril ECR, estudo Atenção Reconciliação
HASANIBRAHI serviços Canadá
de 16.854 controlado primária de
M et al., 2021 prestados por (n= 1),
PBPs, 2020. antes e depois Clínica Geral Suécia medicamentos
isoladamente ou (n= 1), Educação para
em colaboração Espanha profissionais
com outros (n= 1) e
46
profissionais de Holanda
atenção (n= 1)
primária à
saúde, que
buscam otimizar
o manejo de
medicamentos
para idosos com
multimorbidade
e polifarmácia.
Realizar uma
Início
revisão Suporte
variando
sistemática das cognitivo
entre
intervenções Hospitais, externo
1966,
HIGGINS et al., para auxiliar a ambientes
1980, 1.031 NR NR Educação do
2004 adesão à gerais de
1982, paciente
medicação para prática
1987
idosos com Revisão da
até
mais de 65 medicação
2002.
anos.
Determinar os Hospital, Reino
efeitos da Clínica Unido (n =
revisão de Médica, 13, 41%),
medicamentos Até 1 de Atenção EUA (n =
HOLLAND et Revisão de
conduzida por setembro de 18.896 ECR Primária, 10, 31%),
al., 2008 Medicamentos
farmacêuticos 2005. Farmácia Austrália
em pessoas Comunitária, (n= 4),
idosas por meio Casa do Canadá
de uma revisão paciente, (n= 3),
47
resultados Reino
clínicos. Unido (n=
8)
Clínica
ambulatorial,
hospital,
Examinar os
farmácia
efeitos dos
ECR, estudo comunitária,
cuidados do
de coorte domicílio dos
farmacêutico Desde o
prospectivo e pacientes, Intervenções
sobre os ínicio Estados
retrospectivo, centro de farmacêuticas
LEE et al., 2013 resultados de até julho 9.679 Unidos
estudo pré- reabilitação, técnicas e
saúde de (n= 20)
pós e estudo casa de educacionais
orientados para 2012.
antes e repouso,
o paciente
depois. centro
geriátrico nos
especializad
Estados Unidos.
o de
enfermagem
,
Fornecer
evidências de ECR, Caso- América
intervenções Desde o
Controle, do Norte Revisão de
conduzidas por início
Estudos pré- (n = 25), medicamentos
farmacêuticos até Lares de
LEE et al., 2019 30.376 pós e Europa (n
para melhorar o novemb idosos Intervenções
estudos = 17) e
uso de ro de farmacêuticas
retrospectivo Austrália
medicamentos 2018.
s (n = 10).
de qualidade
em lares de
49
idosos e
determinar o
impacto dessas
intervenções.
Avaliar os
estudos de
intervenções
conduzidas por
farmacêuticos
sobre a ECR, ECC,
Estados
prescrição de estudos
Desde o Unidos (n
medicamentos antes e Revisão de
início = 3),
entre idosos depois, Medicamentos
RIORDAN et até Atenção Europa (n
residentes na 61.006 projetos de
al., 2016 dezemb primária = 1) e Intervenções
comunidade séries
ro de Nova farmacêuticas
recebendo temporais
2015. Zelândia
cuidados interrompida
(n = 1).
primários para s
identificar os
componentes
de uma
intervenção
bem-sucedida.
Focar na Intervenções
Ambulatório,
ROLLASON et redução da farmacêuticas
Início variando 3.277 ECC, ECR lares de NR
al., 2003 polifarmácia,
entre 1966, idosos e Revisão de
excluindo 1970 e 1991 hospital medicamentos
qualquer ponto
50
Europa (n
Revisar a Início variando = 12), Revisão de
literatura sobre entre 1946, Estados medicamentos
o impacto do 1974, 1970, Instituições Unidos ( n
SADOWSKI et Conferência de
farmacêutico até janeiro de 12.750 ECR de longa = 7),
al., 2019 casos
em instituições 2014 e permanência Austrália
de longa atualizado em (n = 5) e Documentação
permanência. agosto de Asia (n = Educação
2017. 2).
Países
Revisar Europeus:
sistematicament Dinamarc
e as evidências a,
relevantes para Alemanha
avaliar o Desde o , Holanda,
impacto das início Irlanda do
TASAI et al., revisões de até Farmácia Norte, Revisão de
4.633 ECR Portugal,
2019 medicamentos janeiro Comunitária Medicamentos
fornecidas por de República
farmacêuticos 2018. da Irlanda
comunitários a e Suécia
pacientes (n = 1),
idosos em uso Nova
de polifarmácia. Zelândia
(n = 1),
Espanha
51
(n =1) e
Estados
Unidos (n
= 1)
Reino
Unido (n=
5),
Avaliar o Estados
impacto das Unidos (n
revisões de = 4),
medicamentos Australia
em instalações (n = 3),
de cuidados de Janeiro Suiça (n =
idosos, com de 1998 ECR e Revisão de
2), Bélgica
THIRUCHELVA foco adicional até estudos Lares de medicamentos
8.466** (n = 2),
M et al., 2017 nos tipos de dezemb observaciona idosos Holanda Revisão da
revisões de ro de is (n =2), prescrição
medicamentos, 2015. Espanha
usando ensaios (n =1),
clínicos Cingapura
randomizados e (n = 1),
estudos Irlanda do
observacionais. Norte (n =
1) e
Suécia (n
= 1)
52
Avaliar
intervenções
Intervenções
destinadas a
farmacêuticas
apoiar
presenciais e
transições bem- De 1º de
por
sucedidas de janeiro
telecomunicaçõ
cuidados para de 2003 Hospital e
TOMLINSON et 12 países es
pacientes mais a 1º de 17.664 ECR ambientes
al., 2020 (NR)
velhos, por meio setembr pós-alta Educação do
de continuidade o de paciente
de medicação 2019.
Revisão e
aprimorada,
reconciliação de
usando uma
medicamentos
taxonomia de
componentes
Coletar e
interpretar os
resultados de
estudos clínicos Austrália
de intervenções De
(n = 5), Intervenções
envolvendo janeiro
Reino farmacêuticas
VERRUE et al., farmacêuticos de 1987 Lares de
7.299 ECC e ECR unido (n =
2009 que visam a maio idosos Revisão de
2) e
melhorar a de medicamentos
Suécia (n
qualidade da 2008.
= 1)
prescrição em
lares de idosos,
e identificar os
principais
53
elementos para
uma
intervenção de
farmácia clínica
bemsucedida
neste cenário
Estados
Avaliar se as Unidos (n
intervenções = 4),
relacionadas a Austrália
De
revisões de (n = 3),
janeiro
medicamentos Reino
WALLERSTED de 1990 Lares de Revisão de
reduz a 10.861*** ECR E ECC Unido (n =
T et al., 2014 a junho idosos medicamentos
mortalidade e 2), Irlanda
de
hospitalização (n = 1),
2012.
para residentes Israel (n =
de lares de 1) e
idosos. Suécia (n
= 1)
Reunir todas as
evidências Suécia (n
disponíveis Desde o = 3), Revisão de
sobre a eficácia início Estados
WALSH et al., 1.164 medicamentos
das até ECR e ECC Hospital Unidos (n
2016 intervenções pacientes Intervenções
junho de = 1) e
farmacêuticas 2014. Bélgica (n farmacêuticas
na qualidade da = 1)
prescrição entre
pacientes
54
idosos
hospitalizados e
de forma
secundária
realizar uma
meta-análise
paralela
especificamente
entre pacientes
hospitalizados
de qualquer
idade com
demência.
Fonte: Autor, 2021. Legenda: Nº: números; PBPs: farmacêuticos baseados na prática (tradução livre); ECC: Ensaio clínico controlado; ECR: Ensaio c línico
randomizado; NR: não relatado; *os dados disponibilizados acerca das amostras estavam confusos, dessa forma foi preferido colocar apenas a variação. **total
de pacientes para 21 estudos (1/22 forneceu apenas quantos lares de idosos participaram do grupo controle e intervenção. ***valor referente a 10 estudos
(2/12 não relataram o número exato de pacientes).
55
Tabela 4. Desfechos clínicos e de processo relatados nas revisões sistemáticas, seus principais resultados e conclusão:
Adequação da medicação taxa de hospitalização, 1 estudo acerca do ao uso de medicamentos, mas não se
Número de medicamentos agravamento da dor, 1 estudo acerca da sabe ao certo o impacto da assistência
prescritos adequação da medicação e 2 acerca de farmacêutica na avaliação de mortalidade
Adesão ao medicamento números de medicamentos prescritos. A RS e hospitalizações, por exemplo, sendo
Eventos adversos a não apresentou os resultados estatísticos dos necessário estudos mais robustos para
medicamentos estudos primários. conseguir a resposta.
Problemas relacionados a
medicamentos
Agravamento de dor
Quedas
CHEN et al., 2019 Adequação da medicação Dois estudos observaram diminuição
Identificação de problemas significativa no quantitativo de medicamentos A revisão de medicamentos auxiliou na
relacionados a anticolinérgicos e/ou sedativos após resolução de PRM, e houve boa
medicamentos intervenção: (103 recomendações feitas, 30% aceitação dos médicos acerca das
aceitas e 114 mudanças de dose) e (61% de recomendações realizadas pelos
recomendações aceitas, sendo o DBI médio farmacêuticos, porém, os resultados
antes da revisão 0,59 (DP ± 0,60) vs DBI acerca de desfechos como mortalidade e
médio pós aceitação de recomendações 0,52 hospitalizações permanecem sem
(DP ± 0,58).. resposta. De forma geral, são
necessárias mais evidências para atestar
Um estudo verificou a avaliação da a eficácia das intervenções.
adequação da prescrição através de
pontuação MAI (grupo 01: MAI antes da
revisão foi de 26 pontos. Houve 197
recomendações farmacêuticas e as aceitas
pelo CG resultaram em pontuação MAI de 20;
grupo 02: MAI antes da revisão foi de 27
pontos. Houve 176 recomendações
farmacêuticas e as aceitas pelo CG
resultaram em pontuação MAI de 22).
68
HIGGINS et al., Adesão ao medicamento Quatro de cinco estudos mensuraram a Estudos considerados de baixa qualidade
2004 medida quantitativa de aderência. Melhora da metodológica. Não há evidências
adesão: (de 86,7% vs 66,67% no início do robustas que apontem o efeito das
estudo e 48,9% vs 23,1% em 3 meses (P ≤ intervenções avaliadas e os estudos
0,05)); (96,3% vs 91,2% (P ≤ 0,001)); (91,3% primários foram considerados de baixa
(IC 95% 88,7%, 93,9%) vs 79,5% (IC 95% qualidade metodológica.
74,7%, 84,3%), (P <0,0001). Um estudo não
verificou nenhuma melhoria e outro não
apresentou resultados.
do número de medicamentos,
respectivamente. Quatro estudos
apresentaram melhora na pontuação MAI e na
prescrição de medicamentos potencialmente
inapropriados e um estudo verificou melhoria
durante aplicação de critérios de Beers. Cinco
estudos não apresentaram mudanças
estatisticamente significativas quanto à
adequação da medicação, apesar de 2
apresentarem melhorias.
TASAI et al., 2019 Hospitalização por todas A evidência atual demonstra que as
as causas Três estudos relataram efeitos sobre revisões de medicamentos realizadas por
Idas ao departamento de hospitalização, contando com 4,283 farmacêuticos comunitários, para idosos
emergência pacientes, com resultados sugerindo redução em polifarmácia reduzem o risco de
Adesão aos medicamentos da hospitalização no grupo de intervenção visitas ao pronto-socorro. No entanto,
quando comparado ao grupo controle (RR = mais pesquisas são necessárias para
0,88; IC de 95% = 0,78-1,00; I² 0%, P = esclarecer o impacto das revisões de
0,828). medicamentos avaliando desfechos como
adesão à medicação.
Dois estudos puderam ser meta-analisados
para avaliar os desfechos de visitas ao
departamento de emergência, com
participação de 1829 idosos, indicando
redução do risco de visitas ao pronto-socorro
em 32% no GI quando comparado ao GC (RR
= 0,68; IC de 95% = 0,48, 0,96; I² = 76,3%, P=
0,040).
WALLERSTEDT Mortalidade
et al., 2014 Hospitalizações Três ensaios relataram efeitos da intervenção Não houve evidência de que a
no desfecho de mortalidade (GI 26 (16,5%) intervenção farmacêutica de revisão de
vs. GC 28 (15,8%); (RR 1,01; IC 95% 0,62, medicamentos tenha efeitos em
1,65); (GI 216 (23,9%) vs. GC 617 (26,5%); desfechos como mortalidade de
RR 0,90; IC 95% 0,79, 1,03) e (GI 51 (15,3%) hospitalizações.
vs. GC 48 (14,5%), P = 0,81; RR 1,06; IC 95%
0,74, 1,52).
98
Fonte: autor, 2021. Legendas: RR: risco relativo; IC: intervalo de confiança; I²: heterogeneidade; OR: razão de probabilidade; DM: diferença médi a; GI:
grupo intervenção; GC: grupo controle; vs: versus; NR: não relatado; RS: revisão sistemática; DP: desvio padrão; ECR: estudo clínico randomizado DBI: índic e
de carga de drogas (tradução livre); STOPP: Screening Tool of Older Person’s Prescriptions; START: Screening Tool to Alert doctors to the Right Treatment ;
ACOVE: Avaliação do Cuidado de Idosos Vulneráveis (tradução livre); AUM: Avaliação da subutilização de medicamentos (tradução livre); MAI: Índice de
adequação de medicamentos; PRM: problemas relacionados a medicamentos; EAM: eventos adversos a medicamentos; MPI: medicamentos potencialment e
inapropriados; PCIs: questões de cuidado farmacêutico (exemplo: eventos adversos; tradução livre); IECA: inibidores da enzima conversora de angiotensina;
BRA: bloqueador de receptor de angiotensina; βB: beta bloqueador; PBP: esquema de benefíc io terapêutico (tradução livre); PBPs: farmacêuticos baseados
na prática (tradução livre); QFC: questões de cuidado farmacêutico.
100
6 DISCUSSÃO
resultado pode estar atrelado ao fato de como esse efeito está sendo analisado e a
intervenção que está sendo utilizada para avaliação da efetividade (JOKANOVIC et
al., 2016). Outros estudos também não encontraram efeitos significativos na redução
de desfechos clínicos como hospitalizações (Lehnbom et al., 2014; dautzenberg et al.,
2021), embora Dauztzenberg e colaboradores tenham discutido que intervenções
multifacetadas realizadas através da colaboração entre médicos e farmacêuticos
tenham demonstrado redução em readmissões hospitalares (dautzenberg et al.,
2021).
Tratando-se do desfecho de quedas, uma meta-análise identificou
diferença média estatisticamente significativa e com heterogeneidade pequena (30%)
(LEE et al., 2013), outro estudo realizado em 2019 identificou redução
estatisticamente significativa na taxa de quedas (LEE et al., 2019). De forma geral,
revisão de medicamentos e intervenções farmacêuticas tem efeitos positivos na
redução de quedas, bem como quando se trata do agravamento da dor, com
resultados estatisticamente significativos, assim como visto na revisão de (SILVA et
al., 2019).
Os desfechos que foram avaliados relacionados ao uso de
medicamentos foram os que apresentaram mais resultados estatisticamente
significativos, dando destaque para a adequação de medicamentos e adesão de
medicamentos. Tanto ferramentas implícitas como explícitas foram utilizadas para que
as adequações fossem realizadas. As ferramentas mais frequentemente utilizadas
foram MAI, critérios de Beers e STOPP/START, sendo as três últimas muito
empregadas na identificação e adequação de MPI.
Ainda nesse sentido, não houve unanimidade quanto aos efeitos da
revisão de medicamentos e intervenções farmacêuticas se tratando da adequação e
adesão de medicamentos. As evidências podem ter sido conflituosas devido aos
métodos de análise da eficácia da intervenção. Como citado, várias ferramentas foram
utilizadas para medir a adequação, e o mesmo pode ser aplicado na avaliação de
adesão, uma vez que as medidas variaram entre autorrelato do paciente, contagem
de comprimidos e diários de medicamentos. O mesmo foi citado no estudo de Rotta e
colaboradores, que relataram resultados inconclusivos acerca desses desfechos e a
relação desses resultados com a variabilidade de métodos utilizados (ROTTA et al.,
2015).
103
7 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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ANEXOS