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GURUPÁ – PARÁ
2015
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
GURUPÁ – PARÁ
2015
Barbosa, Maria Ivone
49 f.
CDD – 373
NOTA ATRIBUÍDA
___________________________________
BANCA EXAMINADORA
_________________________________
Prof.ª Msc. Vanessa Alcântara Cardoso
Prof.º Orientador
_________________________________
Prof.º 1º Avaliador: Prof.º Dr.º Raykleison Igos dos Reis Moraes
_________________________________
Prof.º 2º Avaliador: Prof.ª Mas. Ana Claudia Machado
GURUPÁ – PARÁ
2015
Dedico este trabalho a minha mãe, que é uma mulher guerreira e sempre deu-me força,
coragem e perseverança para enfrentar as barreiras e ensinou-me o valor do respeito, ao meu
esposo, que sempre incentivou-me a não desistir e enfrentar os obstáculos de cabeça erguida,
ao meu filho, pelos momentos concedidos que não pude estar em sua companhia por estar em
busca da conquista deste curso, aos meus irmãos, pelos momentos que eles foram úteis de
alguma forma e ao meu pai (em memória) que contribuiu com a minha educação e sempre
será lembrado com amor em meu coração.
Agradeço primeiramente a Deus pai celestial, pelo dom da vida e por ter
proporcionando-me saúde, e depositando-me fé, coragem e segurança, e que sempre nos dá
força para que possamos realizar os nossos objetivos;
Agradeço com todo carinho a minha mãe Darci Barbosa, que sempre esteve ao meu
lado dando-me força, coragem e incentivando-me a enfrentar as dificuldades e desafios, além
de contribuir com a minha educação;
Ao meu esposo Gerson Brilhante, por estar sempre apoiando-me e incentivando-me a
conquistar o meu objetivo e não desistir;
Ao meu filho Gérnison Mayan, que é o bem mais precioso da minha vida pelo tempo e
horas que passei ausente de sua companhia, pela compreensão que você teve comigo;
Aos meus irmãos Antônio e Valdeci, pelos momentos que precisei deles, e sempre
estiveram disponíveis sem nunca dizer não a mim;
Aos amigos e amigas que de alguma forma contribuíram direto ou indiretamente com
a minha formação, em especial a Tereza Lima e a Socorro Aragão;
Aos professores que durante o percurso do curso contribuíram com os conhecimentos
sem medir esforço de chegar até o município e, especialmente a UFRA pela oportunidade;
A minha colega de TAC Marilene, pela parceria que estivemos juntas e compreensão
pelas vezes que fui impaciente;
A minha orientadora Vanessa Alcântara Cardoso e a professora Rosenilde Fonseca
Santos, que ajudaram a nos orientar e compartilharam os conhecimentos úteis para a
realização desta vitoriosa conquista;
Enfim, quero agradecer a todos aqueles e aquelas que de alguma forma contribuíram
para tamanha alegria, que é esta conquista e sem dúvida sei que irá ser útil em minha pratica
profissional como educadora.
Agradeço primeiramente a Deus, por ter, sido fiel em tudo e em todos os momentos da
minha vida, fazendo-me chegar até aqui, tornando possível este momento;
A minha querida mãe Maria Francisca e ao meu adorável pai Alípio Damasceno, que
sempre me ensinaram o caminho da verdade e sempre seguir de cabeça erguida mediante os
obstáculos;
Ao meu esposo Rogério, companheiro de todas as horas, principalmente deste
momento de curso;
Aos meus filhos Mayck, Natalice, Nayara e Paulo Henrique e que compreenderam a
necessidade de minhas ausências durante essa jornada de estudo;
Aos meus irmãos Nelson, Katia, Mara, Junior, Claudia, Darlison e Arlon pelo apoio e
união que sempre tivemos uns com os outros;
A colega de TAC Ivone pela convivência amiga e pela compressão nos momentos em
que precisei ausentar-me;
Ao colega Gerson, que, com a habilidade em manusear o notebook foi muito
importante no momento que senti dificuldade;
Aos nossos estimados colegas de curso pela ajuda e amizade durante o curso, aos
professores do curso pelos conhecimentos compartilhados;
Aos meus professores e orientadores do PARFOR, que me ajudaram adquirir
conhecimento e me orientaram nessa jornada de curso;
Agradecemos a todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para a
realização desse trabalho.
Marilene do Socorro Coelho Vilela.
Não importa com que faixa etária trabalhe o
educador ou a educadora. O nosso é um
trabalho com gente, miúda, jovem ou adulta,
mas gente em permanente processo de busca.
Gente formando-se, mudando, crescendo,
reorientando-se melhorando, mas porque
gente, capaz de negar os valores, de distorcer-
se, de recuar, de transgredir.
ABSTRACT
This study addresses the dropout students in the form of education for young people and
adults. Aims to understand some factors that cause such dropout and identify alternatives for
you to avoid. The investigation of the problem raised, in which education is the student's right
and duty of the state, as guaranteed by the Federal Constitution of 1988, for evasion that is not
contained by public education? The study follows research literature type, keeps records
available literature of authors that analyze evasion processes, especially in the form of adult
education. We used books and scholarly articles of which were performed readings of authors
concerned with the subject. And where could support the hypothesis of the need to find a
proposal motivating , situated in the disciplines integrated , leveraging the baggage of
knowledge of each student , as it needs to meet the proposed content for each discipline can
be introduced into your daily requirement and contribute to their social practice , which is the
role of the school .
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................... 11
2. REVISÃO DA LITERATURA............................................................................. 14
2.1. ASPECTOS LEGAIS DE ACESSO À EJA............................................................ 14
2.2. CONCEPÇÃO DA EJA.......................................................................................... 15
2.2.1. Parâmetros Marcantes.......................................................................................... 15
2.2.2. Breve histórico da Educação no Brasil................................................................ 22
2.2.3. Breve Histórico da Educação de Jovens e Adultos............................................ 27
2.3. IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA............... 32
2.3.1 Evasão Escolar na EJA e o Perfil dos Alunos..................................................... 34
2.3.2. Alternativas Pedagógicas Contra a Evasão na EJA........................................... 38
3. METODOLOGIA.................................................................................................. 41
4. RESULTADO E DISCUSSÃO............................................................................ 42
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................ 45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 47
INTRODUÇÃO
Nesta visão da autora, foi muito difícil para os educadores, na época, que
trabalhavam com jovens e adultos, seguirem a linha metodológica orientadora, pois tudo
o que foi produzido na época foi recolhido pelo período vivido no regime de ditadura
militar.
Diante do quadro de amarras, ideológica, educacional e cultural, imposto pelo
regime militar no Brasil, aumentou o grau de desigualdade social em todas as regiões do
país. Para amenizar a situação começaram a ser criadas escolas técnicas que preparavam
para mão-de-obra barata, contudo essas dispunham de pouca preocupação com a
formação intelectual em outras áreas do conhecimento, pouca estruturação de base de
acordo com as necessidades do mercado de trabalho, mas somente com a preocupação
de aumentar a produtividade econômica e não com a formação educacional dos alunos,
este último ponto estava no projeto das diretrizes da educação neste período.
Dessa forma, de acordo com o pensamento de Moura (2001), passaram a existir
poucas escolas no sentido da formação conceitual, com currículos elaborados e
definidos, mas dentro de um sistema tradicional totalmente “conteudista”, na qual o
aluno era um mero acumulador dos conhecimentos científicos repassados pelos mestres.
A preparação era com os conteúdos e as formas metodológicas absolutas sem
significação para o alunado, e mesmo assim eram privilégios de poucos a compartilhar
destes saberes. Logo, é neste quadro educacional que estão situados os ensinamentos
dos jovens e adultos.
Mediante este quadro de dificuldades no processo da evolução da escola pública
brasileira, gerou ao longo da sua história sérios problemas no desempenho do aluno,
atrasando todo o processo escolar e dificultando sua progressão, provocando uma
distorção de série, e excluindo mais o jovem que se sentiu incapaz de aprender ou
dominar os conteúdos estabelecidos pelas escolas públicas brasileiras.
Surge neste quadro, então a necessidade das escolas assumirem seu verdadeiro
papel na formação integral do indivíduo, trabalhando uma proposta curricular voltada
para as necessidades de seus educandos, com conteúdos de relevância suprindo as
dificuldades de todos os que estão inseridos no processo do aprender, sendo nesse
sentido que a escola aos poucos vem tentando mudar este quadro de atraso político
educacional.
Portanto, o processo do ensino com competência e responsabilidade, o professor
deve estar preparado para as mudanças, pois a escola está dentro do sistema dialético
sempre se renovando de acordo com as necessidades dos alunos, como mostra Candau
(1994, p.26) “o educador, nunca estará definitivo e pronto, pois sua preparação, sua
prática continua meditando através das teorias e confrontando entre si”.
Na visão desta autora, a competência e inovação da escola, dependerão da sua
responsabilidade que motivará e caminhará para as transformações realizadas pela
reflexão constante sobre a sua prática, propondo aos educandos conhecimentos
inerentes aos diversos contextos escolares e extra escolares, encontrar meios que
facilitem sua aprendizagem e o desenvolvimento educacional.
Se o sistema regular de ensino passou por várias transformações, não tem sido
diferente o ensino para jovens e adultos.
Segundo a mesma autora citada, qualquer proposta teórica metodológica em
educação, assim como em qualquer área, implica uma concepção de homem, de
sociedade e de educação, tendo referência o aporte das ciências como a Psicologia, a
Sociologia, a Antropologia, a Filosofia, a Biologia, a História.
Além desses construtores teóricos, a proposta precisa estar iluminada pela
prática, com base nos grandes teóricos e defensores da alfabetização para jovens e
adultos, tendo sempre por trás uma experiência prática, testada, voltada aos propósitos
de mudança das classes menos favorecidas, principalmente aos trabalhadores. Sendo
demarcado o seu campo de estudo, e situá-lo, definindo o para quê, para quem e como, a
fim de que se possa expressar, descrever e estudar o seu objetivo de estudo.
A partir destas ideias mais democráticas, surge as do educador, defensor da
educação para jovens e adultos, Paulo Freire que abre novos caminhos e desafios ao
mundo através de sua proposta a partir da segunda metade dos anos de 1950 em meio às
formas tecnicistas da educação oferecidas pelo Estado brasileiro.
O sistema de educação e alfabetização de forma instrumental mecânica, e
tecnicista foi até a década de 1980, quando, a partir daí terminado e período da ditadura
militar (1984), começou a surgir através da reflexão e da utilização dos resultados
prestados à educação por Freire que desenvolveu um grande trabalho educacional em
vários estados e municípios.
Freire propôs trabalho com jovens e adultos a partir do contexto social e
individual da realidade de cada aluno, juntando as ideias significativas dos mesmos,
através dos objetos de trabalho para se chegar aos códigos lingüísticos, pois para o
aluno/educando aprender falar ou dominar sua língua, deveria era associar a linguagem
oral a complexidade dos códigos escritos, em seu meio social e político.
Conforme a concepção de Freire (1997, p. 81), o qual afirma que “aprender a ler,
a escrever, alfabetizar-se é, antes de mais nada, aprender a ler o mundo, compreender o
seu contexto, não numa manipulação dinâmica que vincula linguagem a realidade”.
Observamos que diante desta visão política e inovadora de Freire (1997) surge
no país novos programas para a alfabetização de jovens e adultos, mas não vem
respondendo o esperado pelos governantes, fugindo da política inovadora de Freire e de
outros teóricos que contribuíram para a formação dos jovens e adultos vindo responder
em outras propostas, deixando a cada dia o ensino para jovens e adultos sem
credibilidade, tornando-se desinteressante para os que buscam recuperar o tempo
escolar perdido. Há nesta crítica certo grupo de profissionais da educação que não se
prepararam ao programa de educação diferente como é o da EJA.
Há, como reflete o citado educador, falta da consciência política e moral dos
alfabetizadores, que não possuem o senso de visão que a escola é o local de progressão
e evolução para a vida profissional, daquele estudante e trabalhador sofrido e excluído
da sociedade na qual ele mesmo tenha tentado incluir-se.
Pode-se perceber, partindo das discussões de Freire (1997) que nos dias atuais as
conseqüências da evasão escolar têm sido drásticas seus resultados, apesar de surgir
atualmente, novas políticas de incentivo em vários campos de alfabetização para jovens
e adultos, qualificação profissional na área de alfabetizar nos vários níveis do ensino,
assistência e acompanhamento às instituições escolares, auxílio às famílias carentes,
materiais didáticos, mas mesmo assim não se tem obtido resultados positivos.
A cada dia, nas escolas, os alunos apresentam uma conduta inadequada, isso
pode ser atribuído à desestruturação familiar, ao uso de drogas, a prostituição e os
conteúdos, para a maioria, não possuem nenhuma significação.
Segundo os ensinamentos de Arroyo (1997, p. 23) “a maioria das causas a
evasão escolar, tem a responsabilidade de atribuir à desestruturação familiar, e o
professor e o aluno não têm responsabilidade para aprender, tornando-se um jogo de
empurra”.
Sabemos que no mundo contemporâneo, a escola em sua atualidade, necessita
estar apta para conduzir e formar os sujeitos que frequentam o ensino da EJA, que são
resultados e frutos de uma desigualdade social injusta, assim como, é necessário
também ter professores preparados e com qualificação profissional de total
responsabilidade, e que demonstrem dinamismo, além de ser criativo, dinâmico e
transformador, buscando sempre inovações para desenvolver sua aula e conteúdo, e
modificar o ambiente escolar de sua sala de aula, tornando-a em um âmbito de
estimulação e atrativo para os educandos.
Como mostra Menegolla (1989, p.28) “o professor necessita selecionar os
conteúdos que não sejam portadores de ideologias destruidoras de individualidades ou
que venham atender a interesses opostos aos indivíduos”.
De acordo com o ponto de vista de Menegolla (1989) a seleção de conteúdos é
de alto valor pedagógico, que deve estar direcionados aos interesses sociais, culturais e
históricos do aluno, para que as aulas sejam significativas e atraentes, que sirva para o
despertar ideológico, conduzindo para o meio social como cidadão crítico, questionador
e formador de opiniões.
No entanto, as evasões escolares diante das análises e de vários fatores sociais,
culturais, históricos e econômicos, estão incluídas nestas causas e conseqüências.
Como também a escola possui sua parcela de culpa juntamente com o apoio
pedagógico e professores que não procuram ser mais criativo nas suas aulas, pois
sabemos que vivemos em um mundo globalizado e a sociedade extra-escolar está à
frente do desenvolvimento através das ofertas sociais.
Enquanto a escola se mantém atrasada sem nenhuma condição inovadora para
competir com o mundo social fora da escola, torna-se difícil se reverter este quadro da
evasão escolar, a não ser que o corpo escolar procure novas metodologias através da
criatividade humana, didática e pedagógica.
7,7%
Que conrresponde7,7%
da população
10,9
Entretanto, das cerca de 8 milhões de pessoas que passaram pela EJA antes de
2007, 42,7% não concluíram o curso, sendo que o principal motivo apontado para o
abandono foi a incompatibilidade do horário das aulas com o de trabalho ou de procurar
trabalho (27,9%), seguido pela falta de interesse em fazer o curso (15,6%).
27,9%
15,6%
42,7% não concluíram o
curso(incompatibilidade
do horário das aula com o
de trabalho ou procurar
trabalho (27,9%)
42,7%
15,6% não estudaram por
falta de interesse em
fazer o curso.
Identificamos em autores como Padilha (2001, p. 30), que a EJA para fins de
combate às formas de evasão, deve contar com o ato de planejar suas ações, sempre
num processo de reflexão na tomada de decisões sobre como recolocar os conteúdos a
serem desenvolvidas, visando realizar atividade em prazos determinados e etapas
definidas, a partir dos resultados das avaliações constantes das atividades em exercício.
Segundo este autor no dia-a-dia, sempre podemos enfrenta situações que
necessitam de planejamento, mas nem sempre as atividades diárias são delineadas em
etapas concretas da ação, uma vez que já pertencem ao contexto de nossa rotina.
Entretanto, para a realização de atividades que não estão inseridas no cotidiano, são
usados os processos racionais para alcançar o que se deseja.
As ideias que envolvem o planejamento são amplamente discutidas nos dias
atuais, mas um dos complicadores para o exercício da prática de planejar parece ser a
compreensão de conceitos e o uso adequado dos mesmos. Como aponta Gandin (1994,
p. 45) é impossível enumerar todos tipos e níveis de planejamento necessários à
atividade humana. Sobretudo porque, sendo a pessoa humana condenada, por sua
racionalidade, a realizar algum tipo de planejamento, está sempre ensaiando processos
de transformar suas ideias em realidade.
Planejar é uma atividade para combater a evasão na EJA está dentro da proposta
pedagógica que podemos avaliar como sendo possível eliminar abandonos. Podemos
listar características básicas, como evitar a improvisação, prever novas formas de
atividades, estabelecer caminhos que possam nortear mais apropriadamente a execução
da ação educativa.
Diante de apresentação das estatísticas que oferecem caminhos para se combater
a evasão e o debate entre os autores para identificar os problemas sociais no contexto da
política educacional, questionamos qual a dificuldade encontrada pelos alunos da EJA
na primeira em desistir de seus estudos?
É necessário sugerir a realização de algumas práticas pedagógicas que sejam
adequadas à realidade dos alunos, precisamos observar uma proposta inovadora e
motivadora onde as disciplinas sejam integradas e não separadas, aproveitando essa
bagagem de conhecimento de cada aluno, pois ele precisa se encontrar nos conteúdos
propostos para que cada disciplina possa se introduzida em sua vida diária e contribua
em sua prática social.
Utilizar linguagens alternativas, como a música, o cordel e o teatro, facilita o
aprendizado, principalmente de alunos mais velhos, que geralmente têm mais
proximidade com a cultura popular. Neste caso, há vasto número de temas que podem
ser sugeridos aos alunos, vejamos alguns que identificamos entre a literatura consultada:
Autoestima; Ética; Respeito aos Colegas; Respeito /Professor/Aluno; Preconceito;
Relaxamento.
Estimular os alunos a proporem temas de seus interesses a fim de que possam ter
uma aula sobre estes, geralmente segundo pesquisa encontrada, é comum verificar a
escolha pelos seguintes assuntos: Autoestima; Motivação Sexual;
Sexualidade/Higiene/DST (doenças sexualmente transmissíveis); Relacionamento
Familiar/Separação; Dependência Química/Prevenção; Ruído Noturno;
Relacionamento/Pais e Filhos; Relacionamento Aluno/ Professor; Ética na política;
Mercado de Trabalho / Comunicação.
O objetivo, é de se trabalhar esses temas na sala de aula de diversas formas no
campo pedagógico e de estimular o esforço de cada aluno, motivando sua permanência
na escola.
Uma outra medida de caráter pedagógico é promover atividades visando
fortalecer a importância do estudo, promover trocas entre o grupo onde a experiência de
vida seja valorizada. Incentivar a formação de vínculos, entre o grupo para motivar a
participação nas atividades. Desenvolver ações próximas do cotidiano do grupo.
Também, poder orientar os alunos, individualmente, quando se fizer necessário.
Podendo realizar sondagem com os alunos com necessidades educativas especiais,
fornecendo-lhes pareceres técnicos por profissionais especialistas nesta área.
Promover a participação das ações realizadas pela escola, nos conselhos
escolares e grêmios, eleição para diretor e na parte do entretenimento programar ações
de cunho cultural.
As estratégias a se organizarem: os temas serão desenvolvidos através de
palestras, utilizando como recursos; dinâmicas de grupo, textos científicos para
reflexão, vivências, músicas, teatro. A duração dos encontros será de 1h e 30min,
apenas. As orientações individuais aos alunos deverão ser realizadas em um local onde a
privacidade seja respeitada. Para tanto é necessário a formação de equipes responsáveis,
contando com a presença de alunos e dos coordenadores pedagógicos da escola.
Recursos físicos: deve ser utilizada uma sala com cadeiras, aparelhos de data show,
retroprojetor, transparências, lápis, canetas, papel, revistas e TV.
Há outras experiências que chamaram a atenção dos alunos da EJA, com
projetos de música, cultura e literatura. Um deles é o tempo de artes literárias que
promovem uma competição saudável na escola ao estimular a produção de textos (prosa
e poesia) por meio de rodas e saraus literários.
Também é possível realizar festivais para incentivar a produção musical e
trabalhos de temática afro-brasileira e indígena. A culinária desses povos, por exemplo,
pode ser explorada nas aulas de matemática, ao falar das quantidades de ingredientes
utilizados em cada prato.
Outra maneira de praticar ações pedagógicas no combate à evasão da EJA, aos
autores propõem formas de avaliação que deveria ser um fator de orientação do
processo de ensino e aprendizagem, nos cursos da educação de jovens e adultos, como
na regular, se tornou mais um ponto que contribui para inflamar a evasão e a repetência,
para excluir ou para servir como critério para progredir no curso como salienta
Perrenoud, (1999, p.10), avaliar é cedo ou tarde ? criar hierarquia de excelência, em
função das quais se decidirão a progressão no curso seguido, a seleção no início do
secundário, a orientação para diversos tipos de estudos, a certificação antes da entrada
no mercado de trabalho e, freqüentemente, a contratação prever o acompanhamento e a
avaliação da própria ação.
Avaliar é também privilegiar um modo de estar em aula e no mundo, valorizar
formas e normas de excelência, definir um aluno modelo, aplicado e dócil para uns,
imaginativo e autônomo para outros. Como, dentro dessa problemática, sonhar com um
consenso sobre a forma ou o conteúdo dos exames ou da avaliação contínua praticada
em aula.
A avaliação deve ser utilizada pelo professor como um instrumento à sua
disposição para orientar o processo de ensino e aprendizagem, a identificar os pontos
fracos do processo e não como instrumento preponderante e amedrontador. O aluno
também se beneficia do instrumento avaliativo quando este é um dispositivo usado de
forma inteligente e pedagógica.
3. METODOLOGIA
4. RESULTADO E DISCUSSÃO
Percebemos que o contexto escolar do aluno da EJA destaca-se por vários
fatores que contribuem para a sua evasão da escola, tais que os conflitos familiares, a
questão dos alunos terem que trabalhar para ajudarem na renda familiar. A jornada de
trabalho diária que provem de cansaço, e outro fator que contribui muito é o ingresso na
criminalidade e no tráfico de drogas, se tornando pontos fortes que levam a evasão.
As práticas pedagógicas também contribuem, pois, podem destacar a falta de
uma proposta em que as disciplinas fossem integradas, já que no cotidiano estas não
estão separadas e devemos levar em consideração do adulto, por apresentar um conjunto
de saberes que produz na sua prática social, onde o educando precisa se identificar com
os conteúdos propostos pelos professores.
Freire (2006, p. 52), defende que ensinar não é transferir conhecimento, mas
criar as possibilidades para a sua própria produção ou sua construção. Nesta declaração
do autor, conseguimos observar que os profissionais da educação ou o simplesmente
educador, como assim os denomina, precisa proporcionar possibilidades para que os
alunos possam produzir e construir a partir do seu próprio conhecimento o que ajudaria
em grande medida as ações para diminuir a evasão na EJA.
A falta de políticas públicas, é outro fator de grande importância que também
vem a somar na questão da desistência desse alunado, a falta de investimento é o
principal foco que essa modalidade de ensino reclama e que é de grande relevância na
reintegração dessas pessoas no âmbito escolar e na sociedade, se estas políticas fossem
aplicadas com êxito na forma legal do dever do Estado brasileiro como é o direito deste
aluno permanecer na escola, conforme nos traduziu a C.F/88 e a LDB/96.
A partir das ideias observadas, percebemos uma crítica dos autores à ausência de
um planejamento bem mais aprofundado do calendário escolar das instituições de
ensino, e de como esta sendo vista realmente a realidade desses alunos trabalhadores
que procuram através da escola uma qualificação aos seus estudos para melhorar sua
realidade e enfrentar seu cotidiano.
Será que eles perguntam se a escola está realmente cumprindo seu papel de dar
uma educação de qualidade para todos?
Ora, criticamos, mas que tipo de educação é essa que exclui o aluno trabalhador
que necessita trabalhar para sobreviver e estudar para adquirir um pouco mais de
dignidade no mundo tão desigual em que eles sobrevivem a cada dia? Os autores
consultados, como Saviani (1991) faz a mesma crítica e coloca grande parte dessa culpa
nos mecanismos do mundo do trabalho.
Nesta ótica, este autor que representa esta crítica, diz que mudanças no mundo
do trabalho, diante da tendência atual das reformas educacionais nas últimas décadas,
em países como no Brasil, a administração da educação torna-se um de seus pilares de
transformação.
Concordamos com o autor quando nos posicionam, especificamente no caso da
EJA, onde existe a participação de educadores e alunos, que sonham com uma educação
de qualidade e sonhada com liberdade. Porém, ainda não está exercitado como deveria
ter um engajamento mais qualitativo no desempenho das pedagogias que ajudem os
educadores conhecerem melhor seus alunos para com isto, se insistir na sua
permanência na escola.
Nas suas referências, Saviani (1991) entende que educação é um processo
tipicamente humano que possui uma especificidade humana de formar cidadãos por
meio de conteúdos inteligentes.
Para sobreviver, o homem, neste caso o aluno em formação, necessita extrair da
natureza ativa e intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia
o processo de transformação da natureza, criando um mundo humano, o mundo da
cultura, como concordam outros autores consultados.
Tomamos posição de que devemos fazer urgentemente, algo para mudar essa
situação quanto ao combate a evasão na EJA, não podemos ficar acomodados com essa
constante forma de afastar o aluno da escola na sua fase de estudo que a cada ano letivo
se repete. Devemos procurar mudanças, uma adaptação brusca no ensino de
modalidades, deve ser feita para priorizar a aprendizagem desses alunos e seu
desenvolvimento intelectual enquanto seres pensantes e construtores de opiniões.
Conseguimos observar sobre a necessidade do desenvolvimento de propostas
pedagógicas voltadas especificamente ao ensino da EJA, valorizando as experiências do
aluno e levando-o ao aprendizado anteriormente adquirido, é necessário investimento
em qualificação profissional.
Concordamos com os autores sobre a necessidade da Integração curricular das
atividades pedagógicas, como propomos neste trabalho de pesquisa. Identificamos que
vários autores assim também se posicionaram. É importante a integração entre os
conteúdos apresentados nas diferentes matérias do ensino da EJA, facilitando uma
maior compreensão de todos os alunos.
Outro ponto que percebemos, a necessidade de realizar projetos que envolvam a
interdisciplinaridade dos conteúdos e caracterização do público nos diferentes contextos
do ensino, principalmente no processo de combate à evasão, o que se fazem necessárias
a observação e a trajetória de alunos que já trabalham, a fim de que estes não deixem a
escola, podendo aproveitar as experiências, conhecimentos e nível de qualificação
profissional do aluno e aproveitando-os em beneficio das atividades letivas.
Há importantes mecanismos de apoio pedagógicos como suportes para serem
utilizados em espaços e de formas alternativas durante o curso, visando suprir as
necessidades diversas do aluno. Desta forma podemos encontrar entre as alternativas
escolares para o aluno do ensino médio da EJA, formas de conteúdos que realmente
estejam dentro de sua realidade, motivando e criando possibilidades de crescimentos
destes.
E tendo como principal motivador o mercado de trabalho no processo de evasão,
o aluno do ensino médio da EJA, visa um aprendizado que seja significativo para ele.
Encontramos sugestões, entre os autores, como a de integração de aplicação de
disciplina, conforme é um objeto colocado neste estudo. Este pensamento torna o papel
do professor da EJA cada vez mais importante nesta modalidade, pois este deve ter a
consciência da jornada de trabalho enfrentada pelos alunos e orientá-los sobre o
resultado que poderá ser obtido frente ao sacrifício hoje exercido.
Compreendemos que o maior motivador para o retorno aos estudos também é o
mercado de trabalho, porém, também é este que lhes penaliza em alguns momentos
impedindo estes de dar continuidade na busca pelo conhecimento.
Observamos que as peculiaridades dos alunos do ensino na EJA, requer realizar
uma adequação aos interesses deste público, visando uma efetiva busca pelo
crescimento e desenvolvimento intelectual, profissional e pessoal que a escola pode lhe
oferecer, sendo este também papel das instituições e dos Estado, conforme conseguimos
identificar nas posições dos autores.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS