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Equipa 2022
Discente Docente
1.1.Professor: conceito.......................................................................................................5
Conclusão.........................................................................................................................10
Referencias bibliográficas................................................................................................11
Introdução
Ao longo de muitas e muitas décadas, as instituições de ensino (da educação básica à superior)
eram consideradas verdadeiros templos do conhecimento, e seus professores os mestres detentores
de tudo aquilo que era realmente importante de ser levado para a vida.
Entretanto, nos últimos anos, com as revoluções tecnológicas, esse cenário vem se alterando
profundamente. A escola ou a faculdade não são mais os únicos lugares onde é possível aprender: o
conhecimento está em toda parte, e foi democratizado principalmente por meio da internet. Com
isso, se antes o professor era o principal transmissor do conhecimento, hoje ele vem assumindo
papéis e funções diferentes – e não menos importantes.
Contudo, para a realização deste ensaio houve necessidade de se apoiar aos métodos de
pesquisa bibliográfica que consistiu na consulta, recolha de informações nos vários manuais,
artigos científicos que fazem abordagem em torno do tema bem como análise documental fazendo
análise de vários manuais e artigos existentes sobre o tem em alusão.
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1. A necessidade de professores no mundo de hoje, e as exigências perante a sua profissão
Professor ou docente é uma pessoa que ensina ciência, arte, técnica ou outros conhecimentos.
Para o exercício dessa profissão, requer-se qualificações académicas e pedagógicas, para que
consiga transmitir/ensinar a matéria de estudo da melhor forma possível ao aluno. É uma das
profissões mais importantes no mundo, tendo em vista que as demais, na sua maioria, dependem
dela, (GATTI, 1997).
Portanto, o papel do professor, na atualidade, está muito mais associado à mediação do processo
de construção autônoma do conhecimento por parte dos estudantes, o que muda o jogo para muitos
docentes e faz com que eles trabalhem com muito mais dinamismo do que antes.
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públicas coerentes com o desenvolvimento tem resultado na formação de professores sem a
qualificação adequada. A formação prévia deficitária dos candidatos à docência, soma-se a um total
descaso com as questões salariais e possibilidades de carreira dos professores. A falta de melhores
perspectivas, perpetua o fracasso escolar e impede o avanço social, enquanto restringe a distribuição
do conhecimento à toda a população.
Para o caso do nosso país, podemos citar a explosão demográfica que foi notório anos após a
independência que forçou ao Governo o incremento da expansão e ampliação nos investimentos
públicos em educação fundamental, e fizeram com que aumentasse expressivamente a demanda por
mais professores. Essa necessidade precisou ser suprida de modo rápido, o que foi feito através do
crescimento das escolas normais de nível médio, dos cursos de formação docente de curta duração,
e da complementação e autorização para que ingressos de outras formações pudessem leccionar.
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Com isso, práticas pedagógicas mais antigas, que desconsideram completamente o uso de
tecnologias digitais, têm mais probabilidade de gerar desinteresse nesses alunos. O uso
constante de smartphones e redes sociais traz muitos estímulos diferentes que disputam a
atenção do estudante, e é necessário refletir a respeito de como utilizar esses recursos a
favor das práticas pedagógicas.
1.3.2. Adaptação a metodologias novas e engajantes
Também pela mudança de perfil dos estudantes, um dos grandes desafios à prática
docente contemporânea é a adaptação a novas metodologias, que engajem os estudantes e
proporcionem experiências de aprendizagem suficientes para o desenvolvimento de
habilidades e competências pertinentes às novas realidades.
Essas novas metodologias devem levar em consideração, por exemplo, as necessidades de
aprendizagem particulares de cada aluno, possibilitando que cada um possa desenvolver seu
próprio caminho de aquisição de conhecimento. Assim, é necessário romper com
metodologias e práticas ultrapassadas, que já não motivam e não fazem sentido nos tempos
atuais.
1.3.3. Motivação de docentes
Além dos desafios dentro da sala de aula, na relação entre professor e aluno, há também
um desafio relacionado à motivação do próprio docente. Tantas adaptações a serem feitas
requerem um esforço contínuo, e é imprescindível que os professores se sintam motivados
durante esse processo. Há uma tendência na sociedade recente de diminuir e até contrapor o
valor da profissão docente, o que se traduz em exaustivas cargas de trabalho, baixos
reajustes salariais, entre outros. Com isso, um dos grandes desafios das instituições
escolares é reverter esse processo.
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1.4.1. Criatividade e inovação
Conseguir inovar e usar da própria criatividade (e de recursos criativos) constantemente é
um dos grandes diferenciais dos professores preparados para lidar com o mundo
contemporâneo. No caso, inovação e criatividade estão associados a conseguir se adaptar ao
ritmo dos jovens estudantes da geração Z, que têm seu próprio ritmo e exigem estímulos
muito mais dinâmicos do que os que se estabeleciam no formato tradicional de transmissão
de conhecimento. Sendo necessário construir espaços seguros de construção de saberes, o
que exige capacidades de criar e inovar por parte do docente. Uso de metodologias
significativas, que coloquem o estudante no centro do processo de aprendizagem (como
condutor e protagonista dele), é uma parte desse percurso.
1.4.2. Estímulo ao pensamento crítico
Uma educação que preza pelo desenvolvimento de habilidades como autonomia passa
necessariamente pelo estímulo ao pensamento crítico, isto é, estímulo ao pensamento que
reflete, analisa e critica, de forma responsável, todas as informações e opiniões com as quais
se depara, (GIROUX, 1997).
Diante de um oceano de informações que parece infinito, uma das habilidades fundamentais
para o professor voltado ao futuro não é mais apenas buscar transmitir o conhecimento
“certo”, e sim auxiliar seus alunos a construir parâmetros e critérios robustos que os
permitam “navegar” por esse oceano sem cair em informações falsas ou deturpadas. Pelo
contrário: o estudante deve ter autonomia suficiente para não apenas reproduzir conteúdos
de forma automática, e sim consumi-los com consciência.
1.4.3. Letramento tecnológico
Como as necessidades relacionadas ao dinamismo das novas gerações estão intimamente
vinculadas ao uso das tecnologias, é importante que o professor desenvolva seu próprio
letramento tecnológico, que possibilite que ele consiga utilizar as tecnologias em sala de
aula com autonomia e da maneira correta para engajar os estudantes. No momento que
vivemos, não dá mais para desassociar completamente as experiências de aprendizagem do
uso dos recursos digitais, por isso a necessidade.
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Além disso, o bom letramento tecnológico do professor também o ajuda a realizar uma
curadoria de conteúdo de aula mais eficiente, que engaje e se conecte melhor com seus
alunos, fortalecendo a aprendizagem significativa.
1.4.4. Empatia
Essa é uma habilidade essencial para qualquer pessoa que viva em sociedade no mundo
contemporâneo. Desenvolver a empatia é fundamental para que o professor desenvolva um
senso de profundo respeito e parceria com seus estudantes, entendendo suas facilidades e
dificuldades, suas aspirações e limitações. Saber se colocar no lugar do aluno, mesmo que
ele seja de uma geração muito diferente da sua, é essencial para o desempenho do papel do
professor na atualidade, (SAVIANI, 1980).
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Conclusão
Como gesto de conclusão sobre o tema arrolado nas páginas anteriores, conclui-se, portanto, que,
em educação, muito precisa mudar, pois vivemos um momento de reformulação completa de
princípios que balizam as práticas de ensino. Compreende-se, agora, que ensinar de verdade é algo
muito diferente do que até hoje se pensou e se praticou. Isto exige uma reviravolta completa na
formação, na capacitação do professorado, nas suas concepções metodológicas e valorísticas e
também nos currículos institucionais.
Contudo, a questão da formação do educador, da sua concepção metodológica tem adquirido
novo destaque nos debates educacionais, em consequência do surgimento de novos paradigmas
educacionais e do novo perfil do aluno acadêmico.
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Referencias bibliográficas
BERTRAND, Y. (1994). Paradigmas educacionais: escola e sociedade. Lisboa: Horizontes
Pedagógicos /Instituto Piaget.
GATTI, B. A. (1997). Formação de Professores e Carreira, Problemas e Movimentos de Renovação.
Campinas, SP: Autores Associados.
GIROUX, H. (1997). Os professores como intelectuais. Porto Alegre: Artes Médicas.
LIBÂNEO, J. C. (2004). Organização e gestão da escola, teoria e prática. Goiânia, GO: Alternativa.
SAVIANI, D. (1980). Educação: do senso comum à consequência filosófica. São Paulo: Cortez.
SILVA, S. A. I. (1995). Educação em valores. Petropólis: Vozes.
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