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PROJETO MULTIDISCIPLINAR

DESAFIOS DA EDUCAÇÃO
AUTOR – IURY RICHCHARLES SOUSA CEZAR
Curso do Centro Universitário ETEP
em Convênio Interinstitucional com a Faculdade UniBF
LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA
Data de início no curso: 16/08/1993
Data de envio do trabalho: dd/mm/aa

RESUMO
Esse trabalho sobre os desafios da educação e a educação no século XXI aborda
claramente todas as dificuldades da educação nos tempos de hoje e compreende todas as
dificuldades da educação moderna o papel da educação e de inspirar as pessoas e
auxiliar os alunos a reconhecerem suas singularidades e suas dificuldades para que
possam atingir seu pleno potencial para desenvolver o pensamento crítico e a sua
criatividade e abordando esse tema da forma mais simples da educação no século XXI e
todos seus desafios como avanços tecnológicos e as exigências contemporâneas do
mercado de trabalho são duas fundações para as mudanças na educação no século XXI
entre outros desafios que são estruturais, pedagógicos ,financeiros, sociais e culturais
com vários problemas na educação que com algumas soluções rápidas resolveriam logo
os problemas e pensar sempre mais na educação e seu futuro nas nossas escolas
professores e alunos todos que fazem parte do corpo docente.
Palavras-chave: desafios da educação; educação no século XXI

INTRODUÇÃO

A educação no Brasil apresenta desafios de várias ordens, as quais:


estruturais, pedagógicos, financeiros, sociais, culturais... O desenvolvimento
educacional brasileiro está entre os últimos no ranking de alguns países
avaliados pela OCDE. Em 53º lugar, o Brasil explicita o quanto a educação
está sendo relegada a segundo plano nas políticas públicas do país, em
algumas regiões o índice de crianças na escola aproxima-se dos 99%, mas é
necessário lembrar que o acesso à escola na garante o aprendizado, muitos
destes alunos desenvolverão ao longo de sua trajetória pessoal e escolar o
analfabetismo funcional. Nas regiões onde o acesso é menor a preocupação
com a qualidade é maior ainda, em algumas escolas destas regiões falta quase
tudo, de material escolar à merenda, das salas de aula a profissionais.
Os problemas educacionais no Brasil além de diversos são também
complexos, muitas escolas tem uma estrutura física incompatível com a
clientela que atende prédio pequeno demais para o número de alunos, falta
pátio, biblioteca, quadra para as aluas de educação física, muros para garantir
a segurança dos discentes, em outras o corpo docente não tem formação
superior na área em que atua, e os professores que possuem formação não
fazem ou não fizeram nenhuma capacitação, o que torna seus conhecimentos
e métodos de trabalho obsoletos, ultrapassados e cria um abismo entre
professor e aluno. Os recursos financeiros destinados estão abaixo do
necessário, que seria de cerca de 6% do PIB, conforme indicações da OCDE,
precisamos considerar que o que é destinado à educação muitas vezes acaba
sendo mal utilizado ou desviado. Quanto ao fator sócio-cultural as equipes
pedagógicas não conseguem desenvolver projetos que permitam aos alunos
ter contato com a cultura de sua região, ou país. Levá-los para fora dos muros
da escola, e ter contato com as diversas formas de manifestação cultural
existentes em nosso país, entre si, entre as comunidades da própria cidade ou
das cidades vizinhas.

Tantos problemas requerem soluções rápidas, algumas mais difíceis que


outras de se resolver. Pensar a educação e seu futuro no Brasil prevê então
uma reformulação de todo o sistema educacional, em caráter de emergência,
e atentar para a educação infantil que é a base da educação, fornecer a este
nível de ensino melhor estrutura, profissionais habilitados, recursos materiais,
etc., promover ações de formação e capacitação de professores, estabelecer
um piso salarial para a classe que seja condizente com suas responsabilidades
podem ser algumas ações que permitam à educação avançar rumo à qualidade
tão esperada, desejada e necessária. A qualidade que defende a lei, que
garante a todos igualdade.
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO NO SÉCULO XXI

A sociedade, seus valores e comportamentos se transformam a uma


velocidade cada vez mais rápida. E nada mais lógico que a educação
acompanhe as novas necessidades dos indivíduos. Ela deve ser pautada não
só pelo uso da tecnologia no processo de ensino-aprendizagem, como também
pela necessidade de fornecer condições para o desenvolvimento integral dos
estudantes. Infelizmente, hoje, apenas a figura do professor, com todo
seu conhecimento e transmissão linear de informações, não é suficiente para
um processo de ensino-aprendizagem efetivo. Isso bastava há algumas
décadas, quando o educador era o centro das atenções em sala de aula, mas
não agora com o advento da internet e todos seus estímulos. Atualmente, as
crianças são curiosas e ativas desde cedo. O que o professor pode fazer é
achar formas de direcionar essa curiosidade e engajá-las na aprendizagem,
não de forma linear, mas horizontal, tentando inserir cada vez mais o estudante
no processo de construção do próprio conhecimento.
Em um mundo ideal, seria muito bom que isso fosse pautado pelo uso
da tecnologia, pois é por meio dela que os jovens interagem e assimilam
conhecimento na maior parte do tempo. Afinal, as novas tecnologias se
tornaram importantes aliadas, em vez de vilãs. Tão importante quanto o uso da
tecnologia como ferramenta educacional, a inserção da educação
sócioemocional e o desenvolvimento de inteligências múltiplas se mostram
necessidades ainda mais urgentes. Afinal de contas, hoje, diferentemente de
alguns anos atrás, sabemos que a inteligência é constituída por diversas,
facetas não apenas pelo domínio lógico matemático. Habilidades sócio-
comportamentais, como empatia, autonomia, inteligência emocional e
criatividade não fazem diferença apenas na vida interpessoal do aluno, mas
também são características indispensáveis para seu futuro profissional. Em
razão dessas necessidades, cada vez mais se percebe que o ensino no século
XXI não pode se restringir apenas ao desenvolvimento cognitivo e intelectual,
como acontecia no passado, mas comportamental e emocional.
Educação no século XXI

É recomendável que as práticas pedagógicas acompanhem as mudanças


ocasionadas pela tecnologia e a grande diversidade de canais de comunicação
e estímulos. Podemos dizer que este é um dos grandes desafios da educação
no século XXI.

Para vencê-los, aconselhamos as escolas a atualizarem e otimizarem


seu projeto pedagógico por meio de alguns programas, metodologias e
práticas. A seguir, veremos algumas dessas necessidades que configuram, a
depender da infraestrutura e tamanho de algumas instituições, grandes
desafios.

Uso da tecnologia

O uso da tecnologia nos processos de aprendizagem traz benefícios como o


aumento do interesse, engajamento e protagonismo do aluno. Além, é claro, do
acesso e inserção de materiais e conteúdos complementares, como podcasts,
vídeos e recursos interativos.

Ensino híbrido

Mesmo antes da pandemia da COVID-19, algumas instituições já tentavam


implantar o ensino híbrido em seus programas. Ele consiste na experiência
mediada por plataformas on-line como forma de complementar as aulas
presenciais. Nesse sentido, conseguimos imaginar um projeto de
empreendedorismo aliado a uma aula on-line mostrando como criar uma
planilha financeira no Excel, por exemplo.

Metodologias ativas

Podemos citar como exemplos de metodologias ativas, a sala de aula invertida,


em que os alunos experienciam o assunto estudado previamente, ou seja,
antes da explicação do professor em sala. O papel do educador nesse caso é
fixar o assunto, debater conceitos e oferecer outros pontos de vista. Outros
exemplos de metodologias deste tipo são a aprendizagem baseada em
projetos e os laboratórios experimentais.
Incentivo ao protagonismo

Fazer da criança e do adolescente os grandes protagonistas da construção


do conhecimento é um dos grandes desafios da educação atual. Na verdade,
fazer isso vai muito além do emprego de tecnologias e recursos, ele se insere
no âmbito comportamental e é recomendável que seja incentivado também
pelos familiares. Com tantas distrações como a internet e redes sociais, apenas
apresentar o conteúdo para os estudantes de forma passiva não traz
o engajamento necessário. Motivo pelo qual é tão importante a existência de
práticas mais assertivas, como metodologias ativas, tecnologias e outras
formas alternativas e complementares de ensino.

Novas demandas e cuidados

Para se adequar às novas demandas os gestores educacionais precisam


pensar em longo prazo. O planejamento estratégico da instituição deve
considerar a possibilidade de recursos financeiros para investimentos em
tecnologia e infraestrutura, assim como o desenvolvimento de uma boa
comunicação com os responsáveis.

O relacionamento com os pais e as famílias durante o período


de mudança e implementação é importante para que eles entendam os motivos
e os benefícios das novas práticas educacionais. Do ponto de vista da
educação sócioemocional, a participação deles é fundamental, pois o
desenvolvimento das crianças e adolescentes acontece mediante um esforço
conjunto entre alunos, familiares e corpo docente.
Na mesma linha de raciocínio, o treinamento dos professores e demais
integrantes da comunidade escolar é fundamental para suprir as novas
demandas do ensino. Em virtude da proximidade com os estudantes no dia a
dia, esses profissionais são as peças centrais para a observação e
acompanhamento sócio-comportamental dos jovens. Sabemos que colocar
tudo isso em prática pode ser difícil e, em alguns casos, recomendamos o
auxílio de uma consultoria pedagógica especializada. Os sistemas
educacionais e, especificamente, o sistema educacional brasileiro, em seus
diferentes níveis, operam através de dispositivos de produção simbólica, pelos
quais se cristalizam as diferenças através de uma aparência de
homogeneização e de promoção de igualdades.

No entanto, é de questionar se alguns métodos e práticas aplicados


em sala de aula poderiam oferecer um cenário de aprendizagem mais
eficaz. Jacques Rancière (1987), ao analisar a proposta do professor
francês do século XIX, Joseph Jacotot, compreende que o propósito da
instrução educacional é a emancipação intelectual. Esta pode ser
alcançada rompendo com diversas crenças que causam o
embrutecimento dos indivíduos, como a inculcação da existência de
conteúdos inacessíveis, ou de diferenças de dotações intelectuais, entre
outros aspectos dados como "naturais". A proposta de eliminação do
explicador, do docente mediador, fato que a princípio pode causar
estranhamento, é um desafio a ser ponderado. Ela propõe, além da
promoção de métodos mais autônomos, a figura do "mestre ignorante",
como aquele que não é um pleno detentor do conhecimento, mas que
aprende a partir de sua prática e de modo horizontal com os/as alunos/as,
à medida que haja uma fruição questionadora do conhecimento.
Seguindo essa mesma linha, que concatena questões referentes aos
processos de ensino entre educadores e educandos, entre o saber/poder
e o saber auto-reflexivo, é necessário refletirmos em que medida a
educação deve ser feita, na expressão de bell hooks (2013), como uma
"prática de liberdade".
A construção de um ambiente partilhado, de experiências e narrativas,
por alunos/as e professores/as, permite a prática de um ensino engajado,
que é combinado e articulado com as dimensões subjetivas e
psicológicas dos agentes.
Essa construção não apenas aprofunda a ruptura com a educação
fortemente explicadora e hierarquizada, mas também avança quanto aos
sentidos humanizadores da educação, não apenas depositando e
inculcando conteúdos, como diria Paulo Freire, mas fomentando o
crescimento intelectual de docentes e discentes.
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Educação no século XXI não se trata exatamente de um novo conceito, e sim


de uma abordagem inovadora ao processo de aprendizagem. Essa mudança
acontece com a intensificação da transformação digital, em uma relação direta
dos impactos da tecnologia e do acesso à informação na vida cotidiana. Dessa
forma, tanto ensino quanto inovação tornaram-se pilares para o próprio
desenvolvimento social e profissional do indivíduo, não sendo viável ignorar a
importância de ambos. Portanto, as escolas precisam integrar as soluções
digitais e de comunicação na sua prática. Engana-se quem pensa que a
notável evolução que as tecnologias no século XXI oferecem traz somente
vantagens para a educação. O ensino na era digital também apresenta
desafios. Com as tarefas manuais sendo automatizadas, os negócios já não
precisam de pessoas que apenas sigam instruções sem questionar. O mercado
de trabalho está forçando os profissionais a se desenvolverem constantemente,
em especial, para lidar com as tecnologias em evolução. Nesse caso, além da
capacidade para operá-las, são procuradas competências e habilidades como:
Ética e cidadania
Adaptabilidade e resiliência
Inovação e criatividade
Pensamento crítico
Liderança, autonomia e iniciativa
Colaboração, inteligência emocional e tolerância
Disciplina
Raciocínio complexo, analítico e lógico.
Todas elas podem ser alcançadas por meio da educação. Porém, o
modelo tradicional de ensino, completamente centrado na repetição do
conhecimento acumulado para que os alunos o assimilem, não responde a
essas demandas. O conhecimento está, de fato, ao alcance das mãos dos
estudantes. Assim, não basta o professor reproduzi-lo. Agora cabe ao
educador:
Incentivar o protagonismo e a iniciativa do aluno nessa busca;
Orientar sobre a melhor conduta no contexto de abundância da informação
sem qualquer qualificador ou filtro;
Fazer a intermediação entre os discentes e os recursos tecnológicos.

Essas iniciativas pretendem institucionalizar uma prática que vem


ocorrendo desde o advento da internet, de modo a preparar os educandos para
reconhecer os dados que são úteis e separá-los do que está incompleto ou
mesmo é tendencioso. Além disso, a construção coletiva do conhecimento
permite que o que cada envolvido sabe seja complementado e aprimorado em
grupo, tornando todo o processo de ensino-aprendizagem inclusivo.
CONCLUSÃO

Após análise minuciosa dos documentos, o referido estudo evidenciou


que a educação é a base principal de um processo de desenvolvimento do
homem, assume uma importância crucial no mundo atual e diante desse
horizonte, deve-se intensificar uma linha de base para que as tendências
pedagógicas significativas possam contribuir para o desenvolvimento de
competências digitais e superar os impactos nos anos posteriores. Além disso,
para melhorar a qualidade da educação, faz-se necessário possibilitar
capacitação para o profissional docente, pois o conhecimento é fonte de
sabedoria e sobrevivência para o exercício desta profissão no mundo atual.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade.


São Paulo: Editora WMF, 2013.

RANCIÈRE, Jacques. Le maître ignorant. Cinq leçons sur l'émancipation


intellectuelle. Paris: Fayard, 1987.

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