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RECIFE
2022
ANIELY ANDREZA SILVA TAVARES DINIZ
RECIFE
2022
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Sistema Integrado de Bibliotecas
Gerada automaticamente, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
CDD 370
ANIELY ANDREZA SILVA TAVARES DINIZ
Banca Examinadora:
________________________________
Prof.ª Drª. Maria do Rosário de Fátima Brandão de Amorim
Orientadora
________________________________
Prof.ª Waydja Cybelli Cavalcanti Correia
Examinadora Externa
________________________________
Prof.ª Emmanuelle Christine Chaves da Silva
Examinadora Interna
Resultado: ( x ) Aprovada
( ) Reprovada
A minha família, minha inspiração, e fonte das
minhas maiores alegrias.
AGRADECIMENTOS
Sou grata a Deus por todas as pessoas especiais que estiveram comigo
nessa jornada de pesquisa e aprendizado. Tenho certeza, nada disso seria possível
se não pudesse contar com essas pessoas ao meu lado.
Agradeço a minha mãe, por ser minha maior incentivadora, sempre acreditou
e apoiou em minhas escolhas, pelo exemplo de força e determinação.
Approved by the World Conference on Education for All, Jomtien, Thailand, 1990.
More than forty-two years ago, the nations of the world affirmed in the Universal
Declaration of Human Rights that "everyone has the right to education." In 1989,
one year after the Brazilian Constitution, our country ensured the inclusion of children
with disabilities in the regular education system, guaranteed by Law No. 7,853/89,
making the offer of Special Education in public schools mandatory and free.
However, we still find today difficulties and lack of preparation of some school
institutions to welcome and support students with disabilities to remain in the
classroom. Therefore, the present research aimed to investigate how children with
disabilities are included in schools in the early years in a municipality located in the
Mesoregion of Agreste Pernambucano. We rely on authors such as; Santos (2016),
Glat (2007), Mantoan (2003), Ferreira, Lima e Garcia (2015), Rodrigues (2018),
Ropoli et al. (2010) among others. The methodology used was quali-quantitative.
For data collection, questionnaires were applied to teachers from the municipal
network, through Google forms®, as well as documental analysis of the Pedagogical
Political Projects - PPP of the schools of the initial years and the Municipal Education
Plan - PME. The results showed that although the PPPs and the PME deal with
inclusive education, the reality found points in the opposite direction. It was identified
that there is no dialogue between the regular classroom teacher and the AEE.
Another relevant fact was that the AEE does not meet all the demand that the
municipality needs, including lack of investment for the rural area, therefore, greater
inclusive investment is needed within the municipality so that there is greater equity
and that children can have a continuous reception throughout the school year.
Quadro 2 Número de escolas existentes dos anos iniciais dividido por localização
no município.
Quadro 3 Número de alunos por escolas dos anos iniciais e de alunos com
deficiência.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...……………………………………………….……………….….….......13
APÊNDICES …………….…………..………………………………………………...…...76
ANEXOS ……………………………………………………………….……………...……86
13
INTRODUÇÃO
Salamanca (UNESCO, 1994) que aposta em uma educação para todos, e garantiu
de fato o direito da pessoa com deficiência à inclusão escolar.
Após realizar esse panorama, este estudo foi baseado nas pesquisas de
diversos autores conhecidos na literatura brasileira que discutem, em diferentes
perspectivas, princípios, possibilidades e desafios para a execução de ações com
vistas a propiciar a inclusão de alunos com deficiência na escola regular.
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A segunda razão foi que, já não bastasse a trajetória de vida, fui bolsista do
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), onde pude
constatar que no cotidiano escolar das escolas regulares promovidas pelo programa,
que se mantinha a presença das pessoas com deficiência em salas regulares que
1 Quando o “portador de deficiência'' (termo utilizado na época) começou a ter acesso à classe
regular, desde que se adaptasse e não causasse nenhum transtorno ao contexto escolar.
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Espera-se que esta pesquisa possa contribuir para futuras reflexões dos
profissionais da educação inclusiva, e das famílias de pessoas com deficiência que
enfrentam o desafio em matricular o seu filho em uma escola regular nos anos
iniciais da educação básica.
desafios. educacional.
1.1.1 O que dizem os artigos no período de 2015 a 2020: a revisão nas bases de
dados GA, LILACs e SCIELO
Neto et al. (2018), afirma ainda que o Brasil, assim como os demais países,
no tocante do ensino especial foi, na sua origem, um sistema separado de educação
das crianças com deficiência, fora do ensino regular, acreditando que as
necessidades das crianças com deficiência não podiam ser supridas nas escolas
regulares, pois, não eram oferecidos recursos pedagógicos, professores
capacitados, estruturas adequadas nas escolas, entre outros. Os mesmos destacam
que “A Educação Inclusiva é a transformação para uma sociedade inclusiva, um
processo em que se amplia a participação de todos os alunos nos estabelecimentos
de ensino regular.” (2018, p. 86). Quando se refere a alunos com deficiência, é
preciso entender que o processo de ensino aprendizagem se faz possível dentro de
sala de aula regular, por isso é necessário modificar o pensamento excludente de
que esses alunos não são capazes de estudar, conviver e aprender com os demais.
Os autores abordam que a escola tem uma função imprescindível na vida dos
alunos, ela tem um importante papel que proporciona desenvolvimento cultural,
social, intelectual e físico. A escola sendo responsável pela formação formal do
indivíduo, na promoção de valores sociais e culturais indispensáveis à sua formação,
lhe atribui diversas funções em sua vida. Segundo Mantoan (2003 apud NETO et al.,
2018, p.87)
22
A escola não pode continuar ignorando o que acontece ao seu redor. Não
pode continuar anulando e marginalizando as diferenças – culturais, sociais,
étnicas – nos processos pelos quais forma e instrui os alunos. Afinal de
contas, aprender implica ser capaz de expressar, dos mais variados modos,
o que sabemos; implica representar o mundo a partir de nossas origens, de
nossos valores e sentimentos. (MANTOAN, 2003 apud NETO et al., 2018,
p.87).
deficiência dentro da sala regular, seu currículo comum, se o mesmo está atendendo
às necessidades educacionais que este aluno requer, pois, assim como os demais
alunos, os alunos público alvo da educação inclusiva, é único, e constituído de
peculiaridades. Este pensamento se coaduna com o artigo de Miguel (2019),
intitulado “A educação inclusiva nos anos iniciais do ensino regular”, quando ressalta
que:
2 (...) os sistemas de ensino devem matricular os alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino regular e no
Atendimento Educacional Especializado (AEE), ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em
centros de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias,
confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos. (BRASIL, 2009, p. 1)
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aluno e não na sua deficiência, por isso deve ser único, um plano para cada aluno,
mesmo que tenha alunos com o mesmo tipo de deficiência suas potencialidades são
diferenciadas. O Plano do AEE é um plano geral e a partir dele devem ser
elaborados os planos de aula. Nele deve constar a área de conhecimento,
habilidade e competências que serão trabalhadas.
Por fim, o relatório final, que é realizado pelo professor do AEE no final do
ano letivo, nele deve constar se o aluno tem condições de acesso à série seguinte.
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Art. 37º. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não
tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio
na idade própria.
[...]
Art. 39º. A educação profissional, integrada às diferentes formas de
educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente
desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva.
[...]
Art. 58º. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a
modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede
regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.
(BRASIL, 1996, art. 37, 39 e 58)
Entende-se, que a inclusão dos alunos com deficiência nas salas de aula
regular, em interação com os demais alunos permite que os mesmos, possam se
desenvolver em variadas áreas, situação que seria impossível com a separação
desses alunos em escolas e classes especializadas, conforme propõe o Decreto nº
10.502.
Para que esta meta seja alcançada no período de vigor desde documento são
apresentadas as seguintes estratégias:
O PME foi elaborado tendo como norte o Plano Estadual de Educação (PEE)
de Pernambuco (2015-2025). “Na sua constituição, o texto apresenta diretrizes,
metas e estratégias alinhadas ao Plano Nacional de Educação (PNE) 2014/2024,
configuradas sob uma proposta que privilegia o atendimento das necessidades
educacionais da população no seu conjunto.” (p.09).
O PEE ressalta que para que a inclusão escolar aconteça requer que as
escolas se organizem para oferecer as condições necessárias ao atendimento das
necessidades educacionais de todos os estudantes, proporcionando um ambiente
pedagógico acolhedor e diversificado, de forma a contribuir, significativamente para
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Ropoli et al. (2010), salienta que muitas decisões precisam ser tomadas pelas
escolas ao elaborarem seus Projetos Político Pedagógicos, entre as quais
destacamos algumas, que estão diretamente relacionadas com as mudanças que se
alinham aos propósitos da inclusão: fazer da aprendizagem o eixo das escolas,
garantindo o tempo necessário para que todos possam aprender; reprovar a
repetência; abrir espaço para que a cooperação, o diálogo, a solidariedade, a
criatividade e o espírito crítico sejam praticados por seus professores, gestores,
funcionários e alunos, pois essas são habilidades mínimas para o exercício da
verdadeira cidadania; valorizar e formar continuamente o professor, para que ele
possa atualizar-se e ministrar um ensino de qualidade
Incluir esses alunos na escola, não pode ser de iniciativa apenas dos
profissionais especializados, mas de todos que vão conviver com elas diariamente é
um trabalho em conjunto com pais, alunos, escola e professores. Assim, espera-se
que a escola inclusiva esteja preparada para oferecer uma educação para todos,
sem exceção e de forma igualitária, através de infraestrutura adequada, profissionais
da educação capacitados e um projeto pedagógico democrático.
3 Art. 9º A elaboração e a execução do plano de AEE são de competência dos professores que
atuam na sala de recursos multifuncionais ou centros de AEE, em articulação com os demais
professores do ensino regular, com a participação das famílias e em interface com os demais serviços
setoriais da saúde, da assistência social, entre outros necessários ao atendimento.
O professor de sala de aula comum que possui um aluno com deficiência tem
o direito por lei a um Atendimento Educacional Especializado, pois o AEE precisa
prover condições de acesso, participação e aprendizagem desse aluno no ensino
regular (BRASIL, 2010).
A lei diz que a oferta do AEE deve ocorrer preferencialmente na rede regular
de ensino. Isso quer dizer que o ideal é que a escola comum tenha uma sala de
recursos multifuncionais e uma equipe especialista para oferecer o atendimento
educacional especializado dentro da escola (BRASIL, 2010).
Ou seja, o aluno com deficiência está matriculado na escola regular, mas tem
a sua disposição o Atendimento Educacional Especializado para qualquer
necessidade específica que a escola regular não consiga suprir durante sua jornada
escolar. Sendo assim, o atendimento educacional especializado não substitui a
escola comum, ambos se completam.
Acolher as diferenças terá sentido para o professor e fará com que ele
rompa com seus posicionamentos sobre o desempenho escolar
padronizado e homogêneo dos alunos, se ele tiver percebido e
compreendido por si mesmo essas variações, ao se submeter a uma
experiência que lhe perpassa a existência. O professor, então, desempenha
o seu papel formador, que não se restringe a ensinar somente a uma
parcela dos alunos que conseguem atingir o desempenho exemplar
esperado pela escola. Ele ensina a todos, indistintamente.
dicotomia”.
ao objetivo deste trabalho, uma vez que buscou identificar a quantidade de alunos
Ludke e André (2018, p. 20), "Quando queremos estudar algo singular, que tenha
um valor em si mesmo, devemos escolher o estudo de caso", pois ele busca retratar
experiência do outro.
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O interesse [no caso], portanto, incide naquilo que ele tem de único, de
particular, mesmo que posteriormente venham a ficar evidentes certas
semelhanças com outros ou situações. Quando queremos estudar algo
singular, que tenha um valor em si mesmo, devemos escolher o estudo de
caso. (LUDKE, ANDRÉ, 2018, p. 20)
Para explorar os Projetos Políticos Pedagógicos das escolas dos anos iniciais
foi realizada uma visita, em cada escola dos anos iniciais, conforme lista cedida pela
secretaria do referido município, na qual foram solicitados os documentos.
Para identificar como se promove os Atendimentos Educacionais
Especializados das escolas que ofertam os anos iniciais no Município estudado, em
decorrência do contexto pandêmico ao qual nos encontramos durante a realização
da pesquisa, foi realizada uma visita nas salas de Atendimento Educacional
Especializado do município, que foi fotografado e aplicado um questionário através
da plataforma virtual google formulários, aos referidos professores. O questionário
foi construído a partir do “Caderno do professor, Atendimento Educacional
Especializado - AEE” (2018).
Finalmente, para verificar sobre a importância do acolhimento que os
professores promovem às crianças nos anos iniciais, com algum tipo de deficiência,
foi aplicado um questionário que foi construído tomando como referência a pesquisa
de Rodrigues (2018), que ressaltou os seguintes apontamentos: a importância do
acolhimento de crianças com deficiência em sala de aula; a rotina das crianças com
deficiência com os responsáveis; a importância de apresentar a criança com
deficiência aos colegas de sala; a importância de incluir as crianças com deficiência
no planejamento escolar; estimular a autonomia da criança com deficiência; a
relação do afeto entre professor x aluno; escutar as crianças com deficiência e suas
5 do tipo intelectual, auditiva, visual, autismo dentre outras.
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Também foi realizada uma análise documental para atender aos objetivos
específicos dessa pesquisa através dos PPPs das escolas dos anos iniciais, Plano
Municipal de Educação e documentos internos da secretaria de educação que
ofertou a distribuição das escolas onde tem crianças com deficiência e AEE. De
acordo com Ludke e André (2018):
Quadro 2- Número de escolas existentes dos anos iniciais dividido por localização no município:
Localização Escolas dos anos iniciais Escolas dos anos iniciais que
têm crianças com deficiência
Zona Urbana 04 04
Zona Rural 04 02
Total: 08 06
Fonte: Secretaria Municipal de Educação
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Foi identificado que na Zona Rural apesar do número menor de crianças com
deficiência matriculadas, não é fornecido a essas crianças o atendimento
educacional especializado. Cabe destacar, que o acesso ao AEE é um direito da
criança com deficiência, o qual deve ser garantido pelos órgãos competentes, indo
além do papel e do dizer e sendo materializado com os devidos recursos. Ferreira,
Lima e Garcia (2015), afirmam que “os sistemas de ensino têm o compromisso de
oferecer este atendimento aos alunos público alvo da Educação Especial, como
indicado na Resolução nº 04 de 2009 6 do Conselho Nacional de Educação” (p. 48).
Pois, o AEE é um atendimento complementar ao ensino regular, sendo importante
para a formação do aluno com deficiência é no atendimento do AEE que serão
abordados os campos conceituais, os quais proporcionarão maior compreensão dos
assuntos trabalhados em sala de aula, com a perspectiva de focar nas necessidades
dos alunos.
Quadro 3 - Número de alunos por escolas dos anos iniciais e de alunos com deficiência.
6 (...) os sistemas de ensino devem matricular os alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino regular e no
Atendimento Educacional Especializado (AEE), ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em
centros de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias,
confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos. (BRASIL, 2009, p. 1)
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Nota-se que o quadro acima sinaliza que dentre as 1570 matrículas das
escolas que ofertam os anos iniciais, 60,89% (n=956) estão na zona urbana e
39,11% (n=614) na zona rural.
Escola A Surdez 1
Escola A Autismo 1
Escola C Autismo 4
Escola C TDAH 2
Escola C Microcefalia 1
Escola F Microcefalia 1
Escola G Autismo 2
Tipo de Deficiência % N
Autismo 28% 7
Síndrome de West 8% 2
TDAH 8% 2
Múltipla Deficiência 8% 2
Microcefalia 8% 2
Autismo + TDAH 8% 2
Sem laudo 8% 2
Surdez 4% 1
Retardo Mental 4% 1
Total 25
Fonte: Criado pela pesquisadora
outro dado que se revela é que há poucas crianças incluídas com microcefalia, uma
vez que no ano de 2015, Pernambuco registrou um número elevado de casos de
bebês que nasceram com a Síndrome Congênita provocada pelo vírus da Zika
Vírus. Um outro aspecto diz respeito à nomenclatura Retardo Mental ao se referir à
Deficiência Intelectual ainda presente em pleno século XXI.
3.2 O que dizem os PPPs das escolas que ofertam os anos iniciais no
Município estudado
No item 5.9, afirma que “Inclusão escolar é acolher todas as pessoas, sem
exceção, no sistema de ensino, independente de cor, classe social e condições
físicas e psicológicas.” (p.28). Em seguida salienta que “todas as instituições devem
oferecer atendimento educacional especializado, chamando de Educação Especial”.
Um dado a ser ressaltado é o modo que entende sobre inclusão e AEE, que
necessita ser reconstruído, pois a referida escola não oferta o AEE. As duas
crianças, uma com surdez e a outra com autismo, necessitam se deslocar no
contraturno a uma outra escola que ofereça esse atendimento, se contradizendo em
seu discurso.
Ropoli et al. (2010, p.18) afirma que o motivo principal de o AEE ser realizado
na própria escola do aluno está na possibilidade de que suas necessidades
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urbana. Ferreira, Lima e Garcia (2015), ressalta que “os sistemas de ensino têm o
compromisso de oferecer este atendimento aos alunos público alvo da Educação
Especial, como indicado na Resolução nº 04 de 2009 do Conselho Nacional de
Educação7” (p.48).
O item 5.7.1 “Políticas Educacionais de Inclusão” traz ações que devem ser
tomadas para garantir uma educação inclusiva, vale destacar o ponto: “c) Ofertar
atendimento educacional especializado aos estudantes com deficiência, altas
habilidades, superdotação e com transtornos globais do desenvolvimento, com
professores com formação nas diferentes áreas da educação especial.” (p.37).
Ponto este importante em ser ressaltado, tendo exposto as deficiência encontrada
7 (...) os sistemas de ensino devem matricular os alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino regular e no
Atendimento Educacional Especializado (AEE), ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em
centros de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias,
confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos. (BRASIL, 2009, p. 1)
57
3.3 O AEE das escolas que ofertam os anos iniciais no Município estudado.
Quanto à mobília, a sala tem um (1) tapete, quatro (4) carteiras distribuídas
de maneira que facilita a locomoção das crianças na mesma, uma (1) mesa de
professor, um (1) quadro branco, dois (02) armários, sendo um de aço com quatro
(4) gavetas e um todo em grades apenas. No armário em grades há jogos, materiais
para colagem, tesouras, coleções, colas, livros, jogos matemáticos, ábaco, material
dourado entre outros. No armário de aço há jogos de alfabetização e memorização.
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Vale ressaltar que inicialmente o questionário foi pensando para aplicar para
uma quantidade maior de professores do AEE, mas devido à falta desses
profissionais no município, o instrumento escolhido para essa coleta talvez não
tenha gerado respostas suficientes para se ter noção como esse atendimento é
realizado de fato no município pesquisado.
AEE, e que algumas vezes a suspeita está sendo levantada antes do atendimento
AEE.
8 (grifo nosso)
9 (grifo nosso)
62
Foi indagado às professoras se elas têm como hábito fazer uso do Estudo de
caso. Ambas relataram terem costume de fazer uso do estudo de caso em seus
atendimentos. Melo et al. (2018) afirmam que o estudo de caso deve ser realizado
tendo como base a anamnese e a avaliação diagnóstica inicial.
Foi questionado ainda, se o plano do AEE faz parte da sua rotina. Tanto P1,
quanto P2, relataram fazer uso do plano do AEE na sua rotina. É importante que o
professor do AEE, identifique as necessidades e habilidades dos alunos a fim de
traçar um plano de atendimento às necessidades individuais de cada aluno, de
acordo com suas especificidades. Conforme pontua Ropoli et al. (2010, p. 24):
Para concluir esta seção, foi questionado quando fazem uso do Plano de
Intervenção Intercorrente no AEE. P1 respondeu que não faz uso do plano
intercorrente, e P2 disse que faz uso quando surge algum problema no dia a dia,
quando o aluno muda de comportamento por exemplo; o aluno João, era calmo,
passivo e realizava as atividades propostas, de repente o aluno fica agressivo e
desobediente, e não quer realizar as atividades. Diante das respostas, é possível
perceber que P2 reconhece a importância do Plano de intervenção e faz o uso
adequadamente. Segundo Melo et al. (2018), o uso do plano intercorrente se faz
necessário em caso de necessidade, quando surgem novas barreiras no processo
de aprendizagem.
64
Avaliação Processual
3.4 Acolhimento dos professores nas escolas, que tenham crianças nos anos
iniciais, com algum tipo de deficiência.
O questionário, em sua maior parte, foi elaborado por meio da Escala de Likert
em cinco pontos, seguindo o nível de importância: Não é importante, às vezes
importante, moderado, importante e Muito importante.
66
ele também faz parte da turma independente de sua deficiência, indo de acordo com
o pensamento de Pilatti et al. (2012):
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Embora a inclusão não seja um tema novo, observa-se ainda que as políticas
de inclusão, ainda é complexa, que foi sendo construída a partir do século XX por
meio de lutas realizadas pelas próprias pessoas com deficiência ou de grupos
inerentes dessas pessoas.
anos iniciais que é a primeira etapa de escolarização que perdura por toda sua
trajetória escolar, possibilitando a esses profissionais, compreender a necessidade
de acolher esses alunos em sala, e de envolver em suas práticas atividades
adaptadas ao nível de necessidades educacionais específicas de cada um
promovendo uma educação para todos, disponibilizando os elementos necessários
para incentivar autonomia, participação e aprendizagem das crianças com
deficiência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FARIA, Paula Maria Ferreira de. CAMARGO, Denise de. Emoções docentes em
relação ao processo de inclusão escolar. Educar em Revista, 2021, v.37.
Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0104-4060.64536>. Acesso em: 02 ago.
2022.
MELO, Clodine Maria Azevedo de. Et al. (org.) Caderno do professor Atendimento
Educacional Especializado – AEE. 2018. Disponível em:
<https://crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/mppb/aee_caderno_do_professor_mp
pb2018.pdf>. Acesso em: 12 maio 2022.
MONTEIRO, C.; PITT, H.; PLÁCIDO, R. Acolher para Incluir: O acolhimento como
prática na cultura escolar inclusiva. Metodologias e Aprendizado, [S. l.], v. 1, p. 4–
10, 2020. DOI: 10.21166/metapre. v1i0.1099. Disponível em: https://seletivo-2019-1-
integrado.ifc.edu.br/index.php/metapre/article/view/1099. Acesso em: 30 jul. 2022.
NETO, Antenor de Oliveira Silva. Et al. Educação Inclusiva uma escola para todos.
Rev. Educação Especial, Santa Maria, v.31, n.60, p.187-194, jul./dez. 2018.
APÊNDICE
ANEXOS
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
Consentimento pós-informação
________________________________________