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CENTRO EDUCACIONAL DE ENSINO SUPERIOR DE PATOS LTDA

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS


CURSO DE BACHARELADO EM ODONTOLOGIA

CAMILLO MEDEIROS DANTAS GUEDES


JULLYANA DUTRA DE OLIVEIRA

PERCEPÇÃO E ATITUDES DE MÉDICOS


PEDIATRAS EM RELAÇÃO À SAÚDE BUCAL DE
BEBÊS E CRIANÇAS

PATOS - PB
2022
CAMILLO MEDEIROS DANTAS GUEDES
JULLYANA DUTRA DE OLIVEIRA

PERCEPÇÃO E ATITUDES DE MÉDICOS


PEDIATRAS EM RELAÇÃO À SAÚDE BUCAL DE
BEBÊS E CRIANÇAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Odontologia do Centro
Universitário de Patos, como requisito parcial
para obtenção do título de cirurgião – dentista.

Orientador: Prof. Me. Suéllen Peixoto de


Medeiros Urquiza

PATOS - PB
2022
CAMILLO MEDEIROS DANTAS
GUEDES JULLYANA DUTRA DE
OLIVEIRA

PERCEPÇÃO E ATITUDES DE MÉDICOS PEDIATRAS EM


RELAÇÃO A SAÚDE BUCAL DE BEBÊS E CRIANÇAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Bacharelado em Odontologia do
Centro Universitário de Patos, como requisito
parcial para obtenção do titulo de cirurgião -
dentista.

Aprovado em: de de 2022.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Me. Suéllen Peixoto De Medeiros Urquiza


ORIENTADORA – UNIFIP

Prof. Dra. Hermanda Barbosa Rodrigues


1º MEMBRO - UNIFIP

Prof. Me. Aslane Cristina Guimaraes Da Nobrega


2º MEMBRO – UNIFIP
Dedicamos este trabalho as nossas
famílias, que desde o início estiveram
ao nosso lado nos apoiando,
incentivando e contribuindo
diretamente para a realização do nosso
sonho.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente ao meu bom Deus por ter me dado a oportunidade de chegar
até o fim, por sempre está ao meu lado nos momentos onde queria desistir, mas Ele com sua
mão poderosa sempre me sustentava em pé. Se cheguei até aqui é porque o Senhor permitiu,
Ele é o protagonista principal da minha vitória.
Sou infinitamente grato aos meus pais Solano e Rúbia, minha irmã Gittanna e meu
sobrinho Lucas Daniel pelo total apoio que me foi dado, mesmo sabendo que seria
extremamente difícil essa caminhada acadêmica, mas sempre fizeram o possível para formar
mais um filho. Quero agradecer de uma forma toda especial a minha tia Ynnara Dantas e
Soleide Guedes pela ajuda que sempre me deram durante todos esses anos de faculdade e
esses agradecimentos se estendem a todos da família Dantas e Guedes, respectivamente.
Agradeço a minha dupla Jullyana Dutra pela parceria de sempre, por nunca soltar a
minha mão nos momentos de dificuldade, não ganhei apenas uma dupla, mas sim uma amiga
e irmã, que está sempre ao meu lado independente da situação, sou grato a Deus por essa
amizade e parceria que vem dando certo desde o primeiro período, se cheguei até aqui, você
tem uma parcela de contribuição gigante.
Deixo meus agradecimentos todo especial a minha amada orientadora Suellen Urquiza
pela disponibilidade de nos orientar, dedicação ao nosso trabalho, pelos ensinamentos a mim
repassados e principalmente pela paciência que teve comigo, pois confesso que não foi fácil.
És um ser humano incŕivel, um exemplo de profissinal a ser seguido, obrigado pela força,
palavras de insentivo, a cada dia que passar eu quero ser um profissional humano como você
foi e sempre levar no meu coração e no meu profissionalismo o seu amor pela profissão.
Sou grato ao Dr. Victor Urquiza que gentilmente se disponibilizou a nos ajudar
intermediando a nossa coleta de dados com os médicos pediatras da cidade de Patos, que
Deus retribua o seu feito com ricas bênção celestiais.
Agradeço a minha preceptora de estágio supervisionado na pessoa da Dra. Jessica e do
ERI na pessoa de Dra. Jeane, bem como toda a equipe das UBS que estagiei, tiveram um
papel importante na minha formação acadêmica.
Por fim, agradeço a todos os professores e colaboradores do curso de odontologia do
UNIFIP.
Camillo Medeiros Dantas Guedes
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente à Deus, pelas oportunidades, por ter me dado coragem de


tentar, mesmo diante das muitas chances de dar errado e dos desafios que sabia que iria
enfrentar. À minha mãe, Sheyla, que não só esteve ao meu lado, mas sonhou junto comigo,
lutou e perseverou junto a mim, e que mesmo diante das dificuldades, foi o meu combustível,
quem sempre me encorajou a continuar. Ao meu filho, Júlio César, que sempre foi o maior
motivo pelo qual não desisti, que é minha maior motivação diante do cansaço, e que é para
mim o “por quem” de tantos dias de luta. Estendo meus agradecimentos à toda minha família
que, direta ou indiretamente me ajudaram e torceram por mim, ao meu noivo, que está ao meu
lado somando alegrias e dividindo as angústias dessa caminhada, apoiando e dando ânimo, e
que tantas vezes teve que conviver com minha ansiedade e cansaço.
Não menos importante, agradeço a minha dupla, Camillo, que foi para mim um
verdadeiro incentivador, sem precisar de muitas palavras, mas demonstrando em atitudes o
verdadeiro significado de amizade e companheirismo. Mais que um colega, se tornou meu
braço forte, um exemplo para mim de dedicação e responsabilidade, foi ele com quem eu
dividi todos os medos, sonhos, dificuldades e alegrias ao longo desses quase 5 anos. O
coração aperta em pensar no fim desse ciclo, mas gratidão é a palavra que define, pela graça
de tê-lo ao meu lado e que seja assim por toda a vida.
Por fim, agradeço aos participantes que aceitaram contribuir com essa pesquisa e à
nossa orientadora, Professora Suellen, que nos ajudou em cada passo desse trabalho e foi peça
fundamental para que conseguíssemos esse resultado.
À todos que, direta ou indiretamente me ajudaram, minha gratidão.
Jullyana Dutra de Oliveira
RESUM

O objetivo desse trabalho foi abordar os conhecimentos e atitudes de médicos pediatras em


relação a saúde bucal de bebês e crianças e reforçar a importância do Odontopediatra na
promoção de saúde bucal de maneira preventiva. Foram incluídos os médicos pediatras
cadastrados no CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde) atuantes na cidade
de Patos-PB, em instituições públicas ou privadas. Os dados foram coletados através de um
questionário online, semi–estruturado, contendo perguntam objetivas que abordavam sobre a
conduta de médicos pediatras em relação a saúde bucal de bebês e crianças. Participaram da
presente pesquisa 21 médicos pediatras onde a maioria tinha até 19 anos de formado (57,1%).
Observou-se que a maioria dos profissionais preconizam o aleitamento materno até 24 meses
(85,7%) e não reomenda o uso da mamadeira (95,2%). Quando questionados sobre a idade de
erupção do primeiro dente de leite, a maioria respondeu que era entre 6-8 meses (76,2%). A
maioria dos entrevistados não costumam prescrever geis anestésicos para o alívio da gengiva
durante o nascimento dos dentes. Em relação à quando se deve iniciar a higiene bucal do
bebê, verificou-se que a maioria dos médicos respondeu que esta deveria ser inciada antes do
nascimento do primeiro dente (76,2%), e no que diz respeito a recomendação da pasta, 85,7%
dos participantes recomenda o uso, sendo que 61,9% recomenda o creme dental com flúor. De
acordo com a temática abordada no presente trabalho, conclui-se que a maioria dos médicos
pediatras da cidade de Patos – PB tem atitudes positivas em relação a saúde bucal de bebês e
crianças, mas uma porcentagem significativa demonstrou não ter as condutas preconizadas
pela Associação Brasilera de Odontologia, e, portanto, algumas informações precisam ser
reforçadas.

Palavras – Chave: Médico Pediatra. Odontopediatra. Promoção de saúde


ABSTRACT

The objective of this work was to approach the knowledge and attitudes of pediatricians in
relation to the oral health of babies and children and to reinforce the importance of the
Pediatric Dentist in the promotion of oral health in a preventive way. Pediatricians registered
in the CNES (National Registry of Health Establishments) working in the city of Patos-PB, in
public or private institutions, were included. Data were collected through an online, semi-
structured questionnaire, containing objective questions that addressed the conduct of
pediatricians in relation to the oral health of babies and children. Twenty-one pediatricians
participated in the present study, most of whom had graduated for up to 19 years (57.1%). It
was observed that most professionals recommend breastfeeding for up to 24 months (85.7%)
and do not recommend the use of the bottle (95.2%). When asked about the age of eruption of
the first baby tooth, most responded that it was between 6-8 months (76.2%). Most
respondents do not usually prescribe anesthetic gels for gum relief during teething. Regarding
when to start baby's oral hygiene, it was found that most doctors answered that it should be
started before the birth of the first tooth (76.2%), and with regard to the recommendation of
the paste, 85.7% of the participants recommend using it, with 61.9% recommending fluoride
toothpaste. According to the theme addressed in the present work, it is concluded that most
pediatricians in the city of Patos - PB have positive attitudes towards the oral health of babies
and children, but a significant percentage showed not to have the behaviors recommended by
the Association Brasilera de Odontologia, and therefore some information needs to be
reinforced.

Keywords: Pediatrician. Pediatric dentist. health promotion


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................09
2 OBJETIVOS..........................................................................................................12
2.1 OBJETIVO GERAL............................................................................................. 12
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO....................................................................................12
3 METODOLOGIA.................................................................................................. 13
3.1 ASPÉCTOS ÉTICOS............................................................................................13
3.2 TIPO E LOCAL DE ESTUDO............................................................................. 13
3.3 POPULAÇÃO.......................................................................................................13
3.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO.....................................................13
3.5 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS......................................................14
3.6 PROCEDIMENTO PARA COLETA DE DADOS..............................................14
3.7 PROCESSAMENTO E ANÁLISE DE DADOS..................................................14
4 ARTIGO...................................................................................................................... 16
REFERÊNCIAS........................................................................................................26
APÊNDICES..............................................................................................................28
APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido................................ 28
APÊNDICE B – Termo de Compromisso do Pesquisador......................................... 30
APÊNDICE C – Instrumento de Coleta de Dados......................................................31
ANEXOS.................................................................................................................... 33
ANEXO A - Parecer consubstanciado do CEP...........................................................33
ANEXO B - Autorização do Hospital Noaldo Leite...................................................37
ANEXO C - Autorização da Secretaria Municipal de Saúde de Patos – PB…..........38
ANEXO D - Normas da Revista................................................................................ 39
9
1 INTRODUÇÃO

A promoção de saúde tem assumido cada vez mais um caráter preventivo, incentivando
também o acompanhamento precoce do indivíduo como um todo, diagnosticando e tratando
possíveis alterações antes mesmo do nascimento ou logo após o nascimento do bebê, podendo
muitas vezes, evitar o agravamento dessas desordens (SILVA, et al., 2014; FREIRE; MACÊDO;
SILVA, 2000).

A cavidade oral é uma das partes do corpo mais ativas e mais complexa, pois apresenta uma
variedade de estruturas e é responsável por estabelecer os primeiros vínculos do indivíduo com o
mundo. Levando em consideração suas características morfológicas em bebês e crianças, seu
desenvolvimento constante, bem como processos fisiológicos e patológicos que são próprios dessa
faixa etária, tem-se observado a necessidade de alertar médicos pediatras sobre a importância de
conhecer esta temática, bem como ressaltar o papel do Odontopediatra na saúde de bebês e crianças,
que terão o papel de orientar os pais, indicar o tratamento correto, alertar ou tranquilizá-los acerca
das alterações de cada fase (SILVA, et al., 2014; FREIRE; MACÊDO; SILVA, 2000).

Logo após o nascimento, o bebê apresenta uma desproporção crânio cefálico e facial, onde a
face precisa de estímulos externos para se desenvolver, sendo a amamentação no seio materno um
dos principais e mais importantes. O estímulo acontece devido a movimentação realizada
principalmente pela mandíbula e pela língua durante a sucção, contribuindo não somente para a
nutrição do bebê, como também para o desenvolvimento dos ossos da face, o fortalecimento da
língua, lábios e bochechas. Dessa forma, o peito materno se torna insubstituível, pois estimula um
esforço físico intenso durante a sucção, diferente dos bicos artificiais, promovendo assim um maior
controle da respiração pelo bebê e o fortalecimento dos músculos da face, que serão importantes
para a mastigação de alimentos sólidos futuramente (CARVA, 2014).

O uso de bicos artificiais, seja em mamadeiras ou chupetas tem se difundido cada vez mais
devido a sua comodidade e praticidade, tanto para os pais quanto para as crianças. O Ministério da
Saúde afirma a influência negativa desses acessórios durante o período da amamentação, causando
o que se conhece popularmente por “confusão de bicos”, fazendo com que o bebê recuse o peito ou
aumente os espaços entre as mamadas. Além disso, seu uso prolongado pode trazer alterações no
desenvolvimento esquelético da face, flacidez da língua, lábios e músculos faciais, alterando
também sua função respiratória já que o bebê tende a respirar pela boca. Em casos onde os
1
responsáveis queiram ou julguem importante o uso de chupetas, o bico ortodôntico é considerado o
mais indicado por ser o mais parecido com a anatomia do bico do seio, e conseguir se adaptar
melhor ao palato do bebê (ZIMMERMAN, 2018; CORRÊA et al, 2015). Um outro assunto que tem
sido discutido nos últimos tempos diz respeito a higienização da cavidade oral de bebês que ainda
não possuem dentes, antes recomendada, prorém nos dias atuais, estudos comprovam que não é
necessário limpar a língua nem a boca do bebê que se alimenta exclusivamente do leite materno,
pois este apresenta fatores de proteção (anticorpos), e ao realizar essa limpeza, estaria sendo
removida a flora bacteriana fisiológica que serve como proteção para a cavidade oral do bebê. Já em
casos de bebês que fazem uso de leite artificial e outros alimentos, recomenda-se a higienização
ocasional, utilizando gaze ou dedeira embebida em água filtrada ou soro fisiológico. A escovação
deve ser iniciada após a erupção do primeiro dente na cavidade oral, utilizando escova e creme
dental com flúor, na quantidade adequada para cada faixa etária (Associação Brasileira de
Odontopediatria, 2017).

Outra situação que gera muita preocupação e dúvidas consiste no período de nascimento dos
primeiros dentes do bebê. Este momento coincide com uma fase onde a criança passa por uma série
de mudanças e saltos de desenvolvimento, sendo importante saber diferenciar aquilo que realmente
é sinal e sintoma da erupção dentária, ou que pode estar relacionado a uma outra patologia.
Estudos realizados, mostram que existe uma relação entre a erupção dos dentes decíduos com a
salivação excessiva, febre, distúrbios gastrintestinais e perda de apetite, e a partir desse relato foram
realizados muitos estudos que comprovem essa relação, chegando a conclusão que os sinais e
sintomas mais comuns são: vermelhidão na gengiva, devido a alta vascularização local que ainda é
comprimida pelo dente que está irrompendo, podendo ainda causar inchaço na região; irritabilidade,
salivação excessiva e falta de apetite, devido a maturação das glândulas salivares e a inflamação
gengival. Já a febre, os distúrbios gastrintestinais e gripes que são popularmente associados ao
período de erupção dentária, podem estar mais relacionados a uma baixa na imunidade do bebê,
bem como à contaminação dos dedos e objetos que são frequentemente levados à boca devido ao
desconforto gengival nessa idade (BARBOSA; AGUIAR; HALL, 2017).

Por ser uma fase de muito incômodo nos bebês, é comum que os pais busquem alternativas
para diminuir os desconfortos e minimizar a irritação causada pelo nascimento dos dentes, sendo
muitas vezes orientados a fazer uso de medicamentos que, além de conterem alto índice de açúcar
em sua composição, propiciando o surgimento de cáries, agem como anestésicos locais, que não é
recomendado pela Associação Brasileira de Odontopediatria devido aos riscos que oferecem a
1
saúde do bebê. O indicado é oferecer alimentos mais frios que possam causar sensação de alívio na
região hiperemiada, utilizar mordedores higienizados corretamente, e em caso de insônia ou
irritação excessiva, utilizar fitoterápicos que existem no mercado de maneira mais segura e
orientada por um profissional da área (VILAR; PINHEIRO, 2020).

Sendo assim, fica evidente a necessidade de que haja uma maior interação entre médicos
pediatras, odontopediatras e a família das crianças, para que se possa avaliar e orientar corretamente
sobre a saúde como um todo, uma vez que, sinais e sintomas podem ser fisiológicos ou patológicos,
e podendo variar de criança para criança (SCHALKA; RODRIGUES, 1996).

Tendo em vista que os odontopediatras são os profissionais que estudam o desenvolvimento


da face e da cavidade oral de bebês e crianças, são eles os profissionais mais indicados para avaliar,
diagnosticar e orientar sobre saúde bucal durante os primeiros anos de vida. Além disso, grande
parte dos médicos pediatras ainda negligenciam a importância do conhecimento nessa área e,
sobretudo, a importância de transferir esse conhecimento aos pais durante as consultas. Essa
exclusão do odontopediatra na rotina do paciente infantil, somada a omissão dos médicos pediatras,
tem resultado em um grande número de bebês e crianças acometidos pela doença cárie, que
consequentemente tem a sua qualidade de vida comprometida.

Com o objetivo de melhorar essa realidade, é importante que haja a disposição dos médicos
pediatras para obter e difundir os conhecimentos básicos sobre saúde bucal, bem como a
conscientização dos pais sobre a inclusão do odontopediatra no acompanhamento precoce da
criança, para que haja uma atuação conjunta dos profissionais de saúde na prevenção e tratamento
de doenças ou alterações bucais.
1
2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Abordar os conhecimentos e atitudes de médicos pediatras acerca da saúde bucal de bebês e


crianças e reforçar a importância do odontopediatra na promoção de saúde bucal de maneira
preventiva.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Analisar os conhecimentos de médicos pediatras sobre saúde bucal, aleitamento


materno e uso de bicos artificiais;

• Verificar a conduta dos médicos pediatras em relação as orientações sobre


higienização da cavidade oral e uso de creme dental;

• Avaliar o conhecimento dos médicos pediatras sobre a importância do


odontopediatra, erupção dentária e as orientações que eles dão aos pais dos pacientes infantis nessa
fase.
1

3 METODOLOGIA

3.1 ASPECTOS ÉTICOS

Esse projeto foi enviado ao Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário de Patos
(UNIFIP), via Plataforma Brasil, e o mesmo foi aprovado (nº do parecer: 4.943.903) (ANEXO A),
conforme a resolução nº 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 2016) que rege sobre
a ética da pesquisa envolvendo seres humanos direta ou indiretamente. Foram coletadas
autorizações do Hospital Infantil Noaldo Leite (ANEXO B) e da Secretaria Municipal de Saúde
(ANEXO C). Todos os sujeitos envolvidos na pesquisa assinaram ao TCLE (Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido) online (APÊNDICE A). A preservação da privacidade dos
sujeitos foi garantida por meio do Termo de Compromisso do Pesquisador (APÊNDICE B).

3.2 TIPO E LOCAL DE ESTUDO

O presente estudo trata-se de uma pesquisa de campo, quantitativa e exploratória,


relacionada a condutas de médicos pediatras a respeito da saúde bucal de bebês e crianças. A
pesquisa foi realizada com os pediatras que atuam em diferentes estabelecimentos de saúde
(hospitais, consultórios privados e Unidades Básicas de Saúde), localizados na cidade de Patos, no
sertão paraibano, a uma distância de 314 km da capital João Pessoa.

3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRAGEM

A população foi composta por 27 pediatras de ambos os sexos cadastrados no CNES


(Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde), que atuam no serviço público e privado da
cidade de Patos. A amostra foi do tipo censitária, composta por 21 médicos pediatras.

3.4 CRITÉRIOS DE SELEÇÃO

3.4. Inclusão
1
Foram incluídos todos os médicos pediatras ativos no município de Patos, no sertão
paraibano, de acordo com dados obtidos no site do CNES, que aceitaram participar da pesquisa e
assinaram o TCLE.

3.4. Exclusão

Foram excluídos do presente estudo os pediatras que não retornaram o contato feito pelo
pesquisador, após três tentativas, assim como aqueles afastados de suas atividades durante o período
de coleta de dados.

3.5 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

Os dados foram coletados através de um questionário semi-estruturado (APÊNCICE C),


contendo perguntas objetivas que abordam sobre condutas de médicos pediatras a respeito da saúde
bucal de bebês e crianças, baseado no estudo de Silva et al . (2014). As variáveis avaliadas no
questionário foram: a área de atuação; exame da cavidade oral durante a consulta; orientações sobre
aleitamento materno; uso de chupetas e bicos artificiais e restrição do açúcar na dieta;
encaminhamento de pacientes ao dentista; prescrição de fármacos para o período de nascimento dos
dentes; idade ideal para higiene bucal do bebê; recomendação do uso de pasta de dente; composição
da pasta, quando recomendada.

3.6 PROCEDIMENTO PARA COLETA DE DADOS

Após a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Centro Universitário de


Patos, no momento inicial, o pesquisador apresentou a aprovação da pesquisa pelo CEP ao
entrevistado. A aplicação do questionário foi feita de maneira virtual, através de um link que foi
enviado a cada entrevistado, seja ele do setor público ou privado. Os pesquisadores responsáveis
enviaram o questionário e se colocaram disponíveis para esclarecer qualquer dúvida quanto a
interpretação. Após a coleta de dados foi feita sua consolidação e análise, seguindo a metodologia
do estudo. Todas as informações adquiridas nesse estudo serão armazenadas por um período de 05
(cinco) anos sob posse do pesquisador.

3.7 PROCESSAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS


1
Os dados quantitativos foram analisados de maneira descritiva, apresentados na forma de
tabelas, através do Microsoft Excel®.
1
4 ARTIGO

PERCEPÇÃO E ATITUDES DE MÉDICOS PEDIATRAS EM RELAÇÃO À SAÚDE BUCAL


DE BEBÊS E CRIANÇAS

Aslane Cristina Guimarães da Nóbrega ¹, Camillo Medeiros Dantas Guedes ², Hermanda Barbosa
Rodrigues ³, Jullyana Dutra de Oliveira 4 , Suellen Peixoto de Medeiros Urquiza 5.
1
Centro universitário de Patos-UNIFIP Patos, Paraiba – Brasil
aslanenobrega@fiponline.edu.br
2
Centro universitário de Patos-UNIFIP Patos, Paraiba – Brasil
camilloguedes.2014@hotmail.com
3
Centro universitário de Patos-UNIFIP Patos, Paraiba – Brasil
hermandarodrigues@fiponline.edu.br
4
Centro universitário de Patos-UNIFIP Patos, Paraiba – Brasil
jullyanadutraa@gmail.com
5
Centro universitário de Patos-UNIFIP Patod, Paraíba – Brasil
suellenpeixoto@hotmail.com

RESUMO

Introdução: A promoção de saúde tem assumido cada vez mais um caráter preventivo,
incentivando também o acompanhamento precoce do indivíduo como um todo, diagnosticando e
tratando possíveis alterações antes mesmo do nascimento ou logo após o nascimento do bebê,
podendo muitas vezes, evitar o agravamento dessas desordens. É de suma importância que haja a
disposição dos médicos pediatras para obter e difundir os conhecimentos básicos sobre saúde bucal.
Objetivos: O objetivo desse trabalho foi abordar os conhecimentos e atitudes de médicos pediatras
em relação a saúde bucal de bebês e crianças. Metodologia: Da população de 27 pediátras,
participaram do estudo 21 profissionais, onde a coleta de dados foi realizada através de um
questionário online, sem – estruturado contendo perguntas objetivas que abordam sobre a conduta
de médicos pediátras em relação a saúde bucal de bebês e crianças. RESULTADOS: A maioria dos
médicos pediatras que responderam a presente pesquisa tinham até 19 anos de formado e eram do
sexo feminino. As análises constataram associação estatisticamente significativa entre tempo de
formação e contraidicação da chupeta. As análises estatíticas apontaram que os 21 médicos
pediátras possuiam conhecimento básico sobre a saúde bucal de bebês e crianças. CONCLUSÃO:
De acordo com a temática abordada no presente trabalho, conclui-se que a maioria dos médicos
pediatras da cidade de Patos – PB tem atitudes positivas em relação a saúde bucal de bebês e
crianças, mas uma porcentagem significativa demonstrou não ter as condutas preconizadas pela
Associação Brasilera de Odontologia, e, portanto, algumas informações precisam ser reforçadas.

Palavras – Chave: Médico Pediatrico. Odontopediatria. Promoção de saúde.

INTRODUÇÃO

A promoção de saúde tem assumido cada vez mais um caráter preventivo, incentivando
também o acompanhamento precoce do indivíduo como um todo, diagnosticando e tratando
possíveis alterações antes mesmo do nascimento ou logo após o nascimento do bebê, podendo
muitas vezes, evitar o agravamento dessas desordens {1,2}.
1
A cavidade oral é uma das partes do corpo mais ativas e mais complexa, pois apresenta uma
variedade de estruturas e é responsável por estabelecer os primeiros vínculos do indivíduo com o
mundo. Levando em consideração suas características morfológicas em bebês e crianças, seu
desenvolvimento constante, bem como processos fisiológicos e patológicos que são próprios dessa
faixa etária, tem-se observado a necessidade de alertar médicos pediatras sobre a importância de
conhecer esta temática, bem como ressaltar o papel do Odontopediatra na saúde de bebês e crianças,
que terão o papel de orientar os pais, indicar o tratamento correto, alertar ou tranquilizá-los acerca
das alterações de cada fase {1,2}.

Logo após o nascimento, o bebê apresenta uma desproporção crânio cefálico e facial, onde a
face precisa de estímulos externos para se desenvolver, sendo a amamentação no seio materno um
dos principais e mais importantes. O estímulo acontece devido a movimentação realizada
principalmente pela mandíbula e pela língua durante a sucção, contribuindo não somente para a
nutrição do bebê, como também para o desenvolvimento dos ossos da face, o fortalecimento da
língua, lábios e bochechas. Dessa forma, o peito materno se torna insubstituível, pois estimula um
esforço físico intenso durante a sucção, diferente dos bicos artificiais, promovendo assim um maior
controle da respiração pelo bebê e o fortalecimento dos músculos da face, que serão importantes
para a mastigação de alimentos sólidos futuramente {3}.

O uso de bicos artificiais, seja em mamadeiras ou chupetas tem se difundido cada vez mais
devido a sua comodidade e praticidade, tanto para os pais quanto para as crianças. O Ministério da
Saúde afirma a influência negativa desses acessórios durante o período da amamentação, causando
o que se conhece popularmente por “confusão de bicos”, fazendo com que o bebê recuse o peito ou
aumente os espaços entre as mamadas. Além disso, seu uso prolongado pode trazer alterações no
desenvolvimento esquelético da face, flacidez da língua, lábios e músculos faciais, alterando
também sua função respiratória já que o bebê tende a respirar pela boca. Em casos onde os
responsáveis queiram ou julguem importante o uso de chupetas, o bico ortodôntico é considerado o
mais indicado por ser o mais parecido com a anatomia do bico do seio, e conseguir se adaptar
melhor ao palato do bebê {4,5}. Um outro assunto que tem sido discutido nos últimos tempos diz
respeito a higienização da cavidade oral de bebês que ainda não possuem dentes, antes
recomendada, prorém nos dias atuais, estudos comprovam que não é necessário limpar a língua
nem a boca do bebê que se alimenta exclusivamente do leite materno, pois este apresenta fatores de
proteção (anticorpos), e ao realizar essa limpeza, estaria sendo removida a flora bacteriana
fisiológica que serve como proteção para a cavidade oral do bebê. Já em casos de bebês que fazem
uso de leite artificial e outros alimentos, recomenda-se a higienização ocasional, utilizando gaze ou
dedeira embebida em água filtrada ou soro fisiológico. A escovação deve ser iniciada após a
erupção do primeiro dente na cavidade oral, utilizando escova e creme dental com flúor, na
quantidade adequada para cada faixa etária {6}.

Outra situação que gera muita preocupação e dúvidas consiste no período de nascimento dos
primeiros dentes do bebê. Este momento coincide com uma fase onde a criança passa por uma série
de mudanças e saltos de desenvolvimento, sendo importante saber diferenciar aquilo que realmente
é sinal e sintoma da erupção dentária, ou que pode estar relacionado a uma outra patologia.
Estudos realizados, mostram que existe uma relação entre a erupção dos dentes decíduos com a
salivação excessiva, febre, distúrbios gastrintestinais e perda de apetite, e a partir desse relato foram
realizados muitos estudos que comprovem essa relação, chegando a conclusão que os sinais e
sintomas mais comuns são: vermelhidão na gengiva, devido a alta vascularização local que ainda é
comprimida pelo dente que está irrompendo, podendo ainda causar inchaço na região; irritabilidade,
salivação excessiva e falta de apetite, devido a maturação das glândulas salivares e a inflamação
gengival. Já a febre, os distúrbios gastrintestinais e gripes que são popularmente associados ao
1
período de erupção dentária, podem estar mais relacionados a uma baixa na imunidade do bebê,
bem como à contaminação dos dedos e objetos que são frequentemente levados à boca devido ao
desconforto gengival nessa idade {7}. Por ser uma fase de muito incômodo nos bebês, é comum
que os pais busquem alternativas para diminuir os desconfortos e minimizar a irritação causada pelo
nascimento dos dentes, sendo muitas vezes orientados a fazer uso de medicamentos que, além de
conterem alto índice de açúcar em sua composição, propiciando o surgimento de cáries, agem como
anestésicos locais, que não é recomendado pela Associação Brasileira de Odontopediatria devido
aos riscos que oferecem a saúde do bebê. O indicado é oferecer alimentos mais frios que possam
causar sensação de alívio na região hiperemiada, utilizar mordedores higienizados corretamente, e
em caso de insônia ou irritação excessiva, utilizar fitoterápicos que existem no mercado de maneira
mais segura e orientada por um profissional da área {8}.

Assim, o objetivo desse trabalho foi analisar o conhecimento dos médicos pediatras em
relação à saúde bucal de bebês e crianças.

Materiais e Métodos

Procedimentos Éticos

Esse projeto foi enviado ao Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário de Patos
(UNIFIP), via Plataforma Brasil, e o mesmo foi aprovado (nº do parecer: 4.943.903, conforme a
resolução nº 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 2016) que rege sobre a ética da
pesquisa envolvendo seres humanos direta ou indiretamente. Foram coletadas autorizações do
Hospital Infantil Noaldo Leite e da Secretaria Municipal de Saúde. Todos os sujeitos envolvidos na
pesquisa assinaram ao TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido) online. A preservação
da privacidade dos sujeitos foi garantida por meio do Termo de Compromisso do Pesquisador.

Tipo e Local de Estudo, Amostra e Critérios de Inclusão e Exclusão

O presente estudo trata-se de uma pesquisa de campo, quantitativa e exploratória,


relacionada a condutas de médicos pediatras a respeito da saúde bucal de bebês e crianças. A
pesquisa foi realizada com os pediatras que atuam em diferentes estabelecimentos de saúde
(hospitais, consultórios privados e Unidades Básicas de Saúde), localizados na cidade de Patos, no
sertão paraibano, a uma distância de 314 km da capital João Pessoa.

Nesse estudo, foi realizada uma pesquisa censitária, onde de 27 médicos pediátras, tivemos
perca de 06 participantes, onde não obtivemos retorno para responder a presente pesquisa.

Foram incluídos todos os médicos pediatras ativos no município de Patos, no sertão


paraibano, de acordo com dados obtidos no site do CNES, que aceitaram participar da pesquisa e
assinaram o TCLE. Foram excluídos do presente estudo os pediatras que não retornaram o contato
feito pelo pesquisador, após três tentativas, assim como aqueles afastados de suas atividades durante
o período de coleta de dados.

Coleta de Dados
1
Os dados foram coletados através de um questionário semi-estruturado, contendo perguntas
objetivas que abordam sobre condutas de médicos pediatras a respeito da saúde bucal de bebês e
crianças, baseado no estudo de Silva et al . (2014). As variáveis avaliadas no questionário foram: a
área de atuação; exame da cavidade oral durante a consulta; orientações sobre aleitamento materno;
uso de chupetas e bicos artificiais e restrição do açúcar na dieta; encaminhamento de pacientes ao
dentista; prescrição de fármacos para o período de nascimento dos dentes; idade ideal para higiene
bucal do bebê; recomendação do uso de pasta de dente; composição da pasta, quando recomendada.

Análise de Dados

Inicialmente, realizou-se a análise estatística descritiva objetivando caracterizar a amostra.


Foram calculadas as frequências absolutas e relativas para as variáveis categóricas, bem como as
medidas de tendência central e de variabilidade para as variáveis quantitativas. As análises de
associação entre tempo de formação e demais variáveis foram feitas através do teste exato de
Fisher. O nível de significância foi fixado em p < 0,05. Todas as análises foram conduzidas com o
auxílio do software IBM SPSS Statistics versão 25.0, considerando um intervalo de confiança de
95%.

RESULTADOS

De acordo com a Tabela 1, verificou-se que a maioria dos participantes tinha até 19 anos de
formado (n = 12; 57,1%), era do sexo feminino (n = 14; 66,7%), preconizava o aleitamento materno
até 24 meses de idade (n = 18; 85,7%), não recomendava a mamadeira (n = 20; 95,2%),
contraindicava a chupeta (n = 16; 76,2%), encaminhava os seus pacientes para o dentista (n = 17;
81,0%), principalmente para prevenção (n = 17; 81,0%).
A maior parte assinalou que o primeiro dente erupcionava entre 6-8 meses (n = 16; 76,2%) e
não costumava prescrever nenê dente para o alívio da gengiva durante o nascimento dos dentes (n =
19; 90,5%). Por fim, os dados evidenciaram que mais da metade dos participantes afirmou que a
primeira visita ao dentista devia ser feita entre 6-12 meses (n = 15; 71,4%), a higiene bucal do bebê
deveria iniciar antes do nascimento do primeiro dente (n = 16; 76,2%) e recomendava o uso de
pasta (n = 18; 85,7%) com flúor (n = 13; 61,9%).

Tabela 1. Caracterização descritiva das variáveis estudadas.


Variáveis n %
1. Tempo de formado (em anos)*
≤ 19 anos 12 57,1
> 19 anos 9 42,9
2. Sexo
Feminino 14 66,7
Masculino 7 33,3
4. Examina a cavidade oral
Sim 21 100,0
Não 0 0,0
5. Preconiza o aleitamento materno até que idade
6 meses 3 14,3
24 meses 18 85,7
6. Recomenda a mamadeira
Sim 1 4,8
Não 20 95,2
2
7. Contra – indica a chupeta
Sim 16 76,2
Não 5 23,8
8. Restringe o uso do açúcar para os seus pacientes
Sim 21 100,0
Não 0 0,0
9. Você encaminha seus pacientes para o dentista
Sim 17 81,0
Não 4 19,0
10. Qual a razão mais frequente do encaminhamento
Prevenção 17 81,0
Dúvida dos pais 4 19,0
11. Qual a idade de erupção do primeiro dente de leite
3-5 meses 3 14,3
6-8 meses 16 76,2
10-12 meses 1 4,8
> 12 meses 1 4,8
12. Você costuma prescrever o nenê dent para o alívio da gengiva durante
o nascimento dos dentes
Sim 2 9,5
Não 19 90,5
13. Com qual idade deve ser feita a primeira visita ao dentista
6-12 meses 15 71,4
18 meses 1 4,8
24 meses 2 9,5
36 meses 3 14,3
14. Quando se deve iniciar a higiene bucal do bebê
Após o nascimento do primeiro dente 5 23,8
Antes do nascimento do primeiro dente 16 76,2
15. Recomenda o uso de pasta
Sim 18 85,7
Não 3 14,3
16. Qual é a composição da pasta recomendada
Com flúor 13 61,9
Sem flúor 8 38,1
Total 21 100,0
Nota. * Variável dicotomizada pela mediana.

Baseando-se na Tabela 2, constatou-se associação estatisticamente significativa entre tempo


de formação e contraindicação da chupeta (p = 0,045). Entre os profissionais com maior tempo de
formação, todos contraindicaram a chupeta (n = 9; 100,0%), ao passo que entre os que tinham
menos tempo de formação, cerca de metade (n = 7; 58,3%) contraindicavam a chupeta.

Tabela 2. Análise de associação entre tempo de formação e demais variáveis investigadas.


Variáveis Tempo de formação
≤ 19 anos > 19 anos Total p-
2
valor(1)
n % n % n %
Sexo 0,159
Feminino 10 83,3 4 44,4 14 66,7
Masculino 2 16,7 5 55,6 7 33,3
Preconiza o aleitamento materno até que idade 0,999
6 meses 2 16,7 1 11,1 3 14,3
24 meses 10 83,3 8 88,9 18 85,7
Recomenda a mamadeira 0,999
Sim 1 8,3 0 0,0 1 4,8
Não 11 91,7 9 100,0 20 95,2
Contra – indica a chupeta 0,045*
Sim 7 58,3 9 100,0 16 76,2
Não 5 41,7 0 0,0 5 23,8
Você encaminha seus pacientes para o dentista 0,999
Sim 10 83,3 7 77,8 17 81,0
Não 2 16,7 2 22,2 4 19,0
Qual a razão mais frequente do encaminhamento 0,999
Prevenção 10 83,3 7 77,8 17 81,0
Dúvida dos pais 2 16,7 2 22,2 4 19,0
Qual a idade de erupção do primeiro dente de leite 0,866
3-5 meses 2 16,7 1 11,1 3 14,3
6-8 meses 9 75,0 7 77,8 16 76,2
10-12 meses 1 8,3 0 0,0 1 4,8
> 12 meses 0 0,0 1 11,1 1 4,8
Você costuma prescrever o nenê dent para o alívio da gengiva durante o
nascimento dos dentes 0,171
Sim 0 0,0 2 22,2 2 9,5
Não 12 100,0 7 77,8 19 90,5
Com qual idade deve ser feita a primeira visita ao dentista 0,668
6-12 meses 8 66,7 7 77,8 15 71,4
18 meses 1 8,3 0 0,0 1 4,8
24 meses 2 16,7 0 0,0 2 9,5
36 meses 1 8,3 2 22,2 3 14,3
Quando se deve iniciar a higiene bucal do bebê 0,999
Após o nascimento do primeiro dente 3 25,0 2 22,2 5 23,8
Antes do nascimento do primeiro dente 9 75,0 7 77,8 16 76,2
Recomenda o uso de pasta? 0,553
Sim 11 91,7 7 77,8 18 85,7
Não 1 8,3 2 22,2 3 14,3
Qual é a composição da pasta recomendada 0,203
Com flúor 9 75,0 4 44,4 13 61,9
Sem flúor 3 25,0 5 55,6 8 38,1
Nota. (1) Teste exato de Fisher; * p < 0,05.

DISCUSSÃO

Desde o nascimento do bebê e durante o seu desenvolvimento, a cavidade oral apresenta


características próprias de cada idade e passa por diversas mudanças, podendo ser fisiológicas ou
2
não. No presente estudo ultilizou – se um questionário com perguntas objetivas direcionadas à
médicos pediatras, para verificar a conduta destes profissionais acerca dos cuidados com a saúde
bucal de seus pacientes. De acordo com os resultados obtidos, verificou – se que a maioria dos
participantes tinha até 19 anos de formados e era do sexo feminino.
Quando questionados sobre algumas condutas em relação a saúde bucal de bebês e crianças,
nem todos apresentavam conhecimentos necessários, o que se torna preocupante, pois os médicos
pediatras são, na maioria das vezes, os profissionais mais procurados para acompanhar o
desenvolvimento de bebês e crianças.
Em relação ao aleitamento materno, a maioria afirmou que preconiza o aleitamento até os 24
meses de idade e contra – indica o uso dos bicos artificiais. Este resultado foi bem maior do que
observado em outras pesquisas com pediatras brasileiros: no estudo de Silva et al. em 2014, houve
40% de indicação dos pediatras, Ribeiro et al. no estudo realizado em 2002, encontraram indicação
de 71% até 6 meses, e já Coleta et al. em 2005 encontraram 31%. A contraidicação do uso da
chupeta sugerido em nossa pesquisa, comparada a outras pesquisas foi considerada bem maior. De
acordo com Silva et al em 2014. a chupeta foi contraindicada por 44,9% dos profissionais
entrevistados. Na pesquisa realizada por Balaban et al. foi contraindicada por 36,6% dos
pesquisados. De acordo com os departamentos de Nutrologia e de Aleitamento Materno da
Sociedade Brasileira de Pediatria, que adotam as recomendações da OMS e Ministério da Saúde,
onde relatam que o aleitamento materno deve ser realizado até os dois anos de idade, sendo
exclusivo até os 6 meses, este é um resultado positivo, já que além da sua importância nutricional, o
aleitamento materno também contribui para o bom desenvolvimento da face do bebê, enquanto os
bicos artificiais podem provocar o desmame precoce e, se usado por tempo prolongado, ainda
prejudica o desenvolvimento facial e dentário. {3,4,5}.
Sobre cuidados e mudanças que ocorrem na cavidade oral dos bebês, a maioria dos
profissionais responderam que a irrupção do primeiro dente costuma ser dos 6 aos 12 meses de
idade, que costuma encaminhar seus pacientes para o odontopediatra para realizar consultas
preventivas e que estas consultas devem ocorrer antes do nascimento do primeiro dente. Consultas
preventivas são importantes para diagnosticar e tratar alterações patológicas cada vez mais cedo,
aumentando as chances de um bom prognóstico, bem como para orientar aos pais sobre alterações
consideradas fisiológicas e que não necessitam de intervenção. Comparado ao estudo de Silva et al.
onde 77,6% dos pediatras responderam que a irrupção do primeiro dente acontece entre 6 a 12
meses, 70,7% dos entrevistados encaminham seus pacientes para o odontopediatra e a principal
razão para o encaminhamento foi a prevenção com 72%, o resultado obtido na presente pesquisa é
de caráter satisfatório {2}.
Ainda sobre as orientações em relação aos cuidados com a saúde bucal de bebês, a maioria
relatou não prescrever gel anestésico para alívio da gengiva no período de erupção dentária, pois é
contraindicado pela ABO (Associação Brasileira de Odontopediatria), porém, alguns entrevistados
afirmaram que ainda fazem essa prescrição, o que é preocupante, pois além de conter grande
concentração de açúcar em sua composição, este gel contém também a lidocaína, que é um tipo de
anestésico. Desta forma, quando aplicado na mucosa do bebê, o mesmo irá degluti-lo, causando a
perda de sensibilidade orofaríngea, podendo assim, em casos mais graves, levá-lo à óbito por asfixia
{6,8}.
Sobre a higienização da cavidade oral, a maior parte dos participantes afirmou que deve ser
iniciada antes da erupção do primeiro dente, o que, atualmente não é recomendado. De acordo com
a literatura, a higienização da cavidade bucal antes do nascimento dos primeiros dentes não deve ser
realizada. Da mesma forma, Jesus et al. em seu estudo realizado em 2020 relata que horas depois do
nascimento do bebê, a cavidade oral já começa a ser colonizada por bactérias, mas que estas não são
responsáveis pelo desenvolvimento de cárie da primeira infância por se tratar de uma doença
multifatorial. De acordo com a literatura, o leite materno contém anticorpos que irá proteger a
cavidade oral do bebê, portanto, em bebês edêntulos com aleitamento materno exclusivo, não é
2
recomendado realizar higienização, mantendo assim os fatores de proteção ofertados pelo leite da
mãe e também pela microbota normal da boca do bebê, que atua como barreira dos agentes
patológicos {6}.
Observou – se, ainda, que existe relação significativa entre tempo de formação e a
contraindicação de bicos artificiais, pois todos os entrevistados com maior tempo de formação
contraindicam o uso da chupeta. Em contrapartida, entre os que tinham menor tempo de formação,
apenas metade contrainidicavam a chupeta.
O profissional mais solicitado para acompanhar o desenvolvimento infantil ainda é o médico
pediatra, porém, o profissional capacitado para diagnosticar e tratar as alterações da cavidade oral é
o odontopediatra. É importante que haja parceria entre os profissionais para juntos promoverem
saúde de maneira integralizada e eficiente, evitando orientações erradas, diagnóstico equivocado e
prescrição medicamentosa sem base científica. Assim, se faz necessário que os médicos pediatras
busquem se atualizar cada vez mais acerca das questões abordadas neste trabalho, e não menos
importante, que sejam ainda mais conscientes sobre a importância de incluir o odontopediatra na
rotina do paciente infantil, para que recebam as orientações preventivas necessárias {1}.

CONCLUSÃO

De acordo com a temática abordada no presente trabalho, conclui-se que a maioria dos
médicos pediatras da cidade de Patos – PB tem atitudes positivas em relação a saúde bucal de bebês
e crianças, mas uma porcentagem significativa demonstrou não ter as condutas preconizadas pela
Associação Brasilera de Odontologia, e, portanto, algumas informações precisam ser reforçadas.
· A maioria preconiza o aleitamento materno;
· A maioria contraindica o uso de bicos artificiais;
· A maioria indica a higienização da cavidade oral antes da erupção do primeiro dente;
· A maioria indica o uso de creme dental com flúor;
· A maiora encaminha os pacientes ao odontopediatra para consultas preventivas;
· A maioria contraindica o uso de gel anestésico na fase de erupção dentária;
2
REFERÊNCIAS

[1] Silva, et al. Conhecimento de pediatras sobre saúde bucal em Belo 1 Horizonte: O que
realmente é preciso saber?. Rev Assoc Cir Dent, Belo Horizonte, p. 126-131, abr./mai. 2014.

[2] Freire, M.C.M.; Macedo, R.A.; Silva, W.H. Conhecimentos, atitudes e práticas dos médicos
pediatras em relação à saúde bucal. Pesqui. Odontol. Bras. p. 39-45, jan/mar. 2000.

[3] Carva, J.M.A.N. Amamentação materna e crescimento mandibular. Universidade Fernando


Pessoa, Porto, p. 28-33, 2014.

[4] Zimmerman, E. Pacifier and bottle nipples: the targets for poor breastfeeding outcomes. J
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[5] Corrêa et al. Interferência dos bicos ortodôntivos e artificiais no sistema estomatognático:
revisão sistemática. Rev. CoDAS, p. 182-189, abr. 2016.

[6] Associação Brasileira de Odontopediatria. Guia de saúde oral materno infantil. Disponíel em:
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[7] Barbosa, S.O; Aguiar, S.M.H.C.A; Hall, K.B. Distúrbios da erupção dentária: mito ou
realidade? Archives of health investigation, mar. 2017.

[8] Vilar, M.O; Pinheiro, W.R; Araújo, I.S. Prevalência de cárie dentária em crianças em condição
de vulnerabilidade social. Rev. Mult. Psic. p. 577-586, Fev. 2020.

[9] Ribeiro, I. P; Modesto. A. Conheciementos e atitudes de alguns pediatras da cidade do Rio de


Janeiro sobres aspectos de saúde bucal do bebê. JBP. p. 345-349, 2002

[10] Coleta KED; Neto JSP; Magnani MBBA; Nouer DF. The role of pediatrician in promoting oral
health. Braz J Oral sci. out/dez. 2005

[11] Balaban, R; Menezes CA; Araújo ACS; Filho EDRD. Knowledge of paediatricians redarding
child oral health. International Journal of Paedoatric Dentistry. p. 286-291. jul. 2012
2
[12] Sociedade Brasileira de Pediatria SBP. Departamento de Nutrologia Manual de Orientação:
alimentação do lactante, alimentação do pré-escolar, alimentação do escolar, alimentação do
adolescente, alimentação na escola. Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia
– São Paulo, 2006. 64p.

[13] Freire, M.C.M.; Macêdo, R.A.; Silva, W.H. Conhecimentos, atitudes e práticas dos médicos
pediatras em relação à saúde bucal. Pesqui. Odontol. Bras. p. 39-45, jan/mar. 2000.

[14] Jesus, DM et al. A higiene bucal de bebês endêntulos e sua influência na microbiota bucal: os
profissionais de saúde deve preconizá – la? - Revisão Crítica., abr/jul 2021.
2
REFERÊNCIAS

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https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Guia-de-Saude_Oral-MaternoInfantil.pdf, p. 18.
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BARBOSA, S.O; AGUIAR, S.M.H.C.A; HALL, K.B. Distúrbios da erupção dentária: mito ou
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CARVA, J.M.A.N. Amamentação materna e crescimento mandibular. Universidade Fernando


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FREIRE, M.C.M.; MACÊDO, R.A.; SILVA, W.H. Conhecimentos, atitudes e práticas dos médicos
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JESUS, DM; BARBOSA LL; PARISOTTO, TM; SANTOS, RL; CARLO, HL; CARVALHO, FG.
A higiene bucal de bebês endêntulos e sua influência na microbiota bucal: os profissionais de saúde
deve preconizá – la? - Revisão Crítica. Governador Valadares., v. 62, n.1, p. 108-120, 2021.

KUHN, E. Promoção da saúde bucal em bebês participantes de um programa educativo- preventivo


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MILLER, E. Saúde bucal infantil: um panorama físico. Clínica Pediátrica. Norteamericana., v. 29,
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PETERSON, J. E.; SCHNEIDER, P. E. Hábito orais uma abordagem comportamental. Clínica


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SCHALKA, M.M.S; RODRIGUES, C.R.M.D. A importância do médico pediatra na promoção da


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ZIMMERMAN, E. Pacifier and bottle nipples: the targets for poor breastfeeding outcomes. J
Pediatr, J. Pediatr., v.94, n.6, nov/dez. 2018
2
APÊNDICES

APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Nome da Pesquisa: Percepção e Atitudes de Médicos Pediatra em Relação a Saúde Bucal de Bebês
e Crianças

Pesquisadores responsáveis: Camillo Medeiros Dantas Guedes, Jullyana Dutra de Oliveira,


Suellen Peixoto de Medeiros Urquiza

Informações sobre a pesquisa:Você está sendo convidado/a para participar de um estudo, cujo
título é: Percepção e Atitudes de Médicos Pediatras em Relação a Saúde Bucal de Bebês e Crianças,
tendo como objetivo abordar os conhecimentos e atitudes de médicos pediatras acerca da saúde
bucal de bebês e crianças e reforçar a importância do odontopediatra na promoção de saúde bucal
de maneira preventiva. Para conseguirmos realizar o estudo, será necessária a sua participação em
um questionário objetivo, e diante do ponto de vista social e institucional, esta pesquisa servirá para
incluir na rotina de bebês e crianças a visita ao dentista, e incentivar uma maior atenção e cuidado
com a saúde bucal, prevenindo assim, doenças bucais no paciente infantil. Quanto aos riscos de
participação nesta pesquisa, destacamos que poderá haver risco leve de constrangimento ao
participante, que será sanado com uma conversa esclarecendo os objetivos e finalidade da pesquisa,
deixando-o livre para não responder ao questionário, caso considere inconveniente. Destacamos que
as informações coletadas serão utilizadas unicamente para fins científicos, portanto, serão
garantidos o absoluto sigilo e confidencialidade diante das informações que nos forem repassadas.
O participante manifestará, através deste termo, o CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO,
cuja assinatura deverá ser feita em duas vias, sendo uma sua e outra do pesquisador.
O estudo proposto contribuirá cientificamente para a melhoria da abordagem das temáticas em
saúde e melhorar a prevenção de doenças no paciente infantil.
Na condição de participante, você está livre para negar-se a realizações que não considere
convenientes e, até mesmo, abandonar o estudo a qualquer momento, em conformidade com a
resolução 510/2016.
Você também terá direito a manter contato com o Comitê de Ética em Pesquisa Centro
Universitário de Patos/UNIFIP – (Rua Horácio Nóbrega s/n, Bairro Belo Horizonte, Patos –
PB, 58.7004-200), através do telefone: 0.xx.83.3471.7300 – ramal 276 ou pelo e-mail
cep@fiponline.edu.br.
Agradecemos pela sua atenção e participação, manifestadas com a assinatura deste termo.

Pesquisador/a Responsável
2
Contato com o/a Pesquisador/a responsável: Centro Universitário de Patos/UNIFIP – (Rua Horácio
Nóbrega s/n, Bairro Belo Horizonte, Patos – PB, 58.7004-200), telefone: (83) 3471-7300 ou (83)
99889-4620, e pelo e-mail jullyanadutraa@fmail.com.
Eu, , portador do
RG: , abaixo assinado, tendo recebido as informações acima, concordo em
participar da pesquisa, pois estou ciente de que terei, de acordo com a RESOLUÇÃO 510/2016,
Capítulo III, Artigo 9o, todos os meus direitos abaixo relacionados:
I. Ser informado/a sobre a pesquisa;
II. Desistir a qualquer momento de participar da pesquisa, sem qualquer prejuízo;
III. Ter sua privacidade respeitada;
IV. Ter garantida a confidencialidade das informações pessoais;
V. Decidir se sua identidade será divulgada e quais são, dentre as informações que forneceu, as que
podem ser tratadas de forma pública;
VI. Ser indenizado pelo dano recorrente da pesquisa; Nos termos da lei;
VII. O ressarcimento das despesas diretamente decorrentes de sua participação na pesquisa.
Tenho ciência do exposto acima e desejo participar da pesquisa.
Patos, Paraíba, de de .

Assinatura do entrevistado
3
APÊNDICE B –TERMO DE COMPROMISSO DO PESQUISADOR

Título do projeto: Percepção e Atitudes de Médicos Pediatra em Relação a Saúde Bucal de Bebês e
Crianças

Pesquisador responsável:Suellen Peixoto de Medeiros Urquiza

Instituição:Centro Universitário de Patos

Telefone para contato: (83) 9 9889-4620

Local da coleta de dados: Serviços públicos e privados da cidade de Patos – PB

Por meio deste termo de responsabilidade, nós, abaixo- assinados, assumimos cumprir
fielmente as diretrizes regulamentadoras emanadas das Resoluções nº 466/2012 e 510/2016 do
Conselho Nacional de Saúde/MS e seus complementares, outorgada pelo Decreto 12 de dezembro
de 2012, visando assegurar os direitos e deveres que dizem respeito à comunidade científica, ao(s)
sujeito(s) da pesquisa e ao Estado.
Reafirmamos, outrossim, nossa responsabilidade indelegável e intransferível, mantendo em
arquivo todas as informações inerentes à presente pesquisa, respeitando a confidencialidade e sigilo
das fichas correspondentes a cada sujeito incluído na pesquisa, por um período de 5(cinco anos)
após o término desta. Apresentaremos sempre que solicitado pelo CEP/FIP (Comitê de Ética em
Pesquisa/Centro Universitário de Patos - UNIFIP), ou CONEP (Conselho Nacional de Ética em
Pesquisa), um relatório sobre o andamento da pesquisa.

Patos-PB, de de 2021

Pesquisador 1

Pesquisador 2
3
APÊNDICE C –INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

QUESTIONÁRIO

1. Ano de graduação

2. Sexo:
Feminino ( ) Masculino ( )

3. Área de atuação
( ) consultório privado ( ) ambulatório público ( ) hospital

4. Examina a cavidade oral?


Sim ( ) Não ( )

5. Preconiza o aleitamento materno até que idade?


( ) 6 meses ( ) 12 meses ( ) 18 meses ( ) 24 meses

6. Recomenda a mamadeira?
( ) sim ( ) não

7. Contra – indica a chupeta?


( ) sim ( ) não

8. Restringe o uso do açúcar para os seus pacientes?


( ) sim ( ) não

9. Você encaminha seus pacientes para o dentista?


3
( ) sim ( ) não

10. Qual a razão mais frequente do encaminhamento?


( ) dor ( ) prevenção ( ) dúvida dos pais

11. Qual a idade de erupção do primeiro dente de leite?


( ) 3-5 meses ( ) 6-8 meses ( ) 10-12 meses ( ) >12 meses

12. Você constuma prescrever o nenê dent para o alívio da gengiva durante o nascimento dos
dentes?
( ) sim ( ) não

13. Com qual idade deve ser feita a primeira visita ao dentista?
( ) 6-12 meses ( ) 18 meses ( ) 24 meses ( ) 36 meses

14. Quando se deve iniciar a higiene bucal do bebê?


( ) Após o nascimento do primeiro dente ( ) Antes do nascimento do primeiro dente

15. Recomenda o uso de pasta?


( ) sim ( ) não

16. Qual é a composição da pasta recomendada?


( ) com flúor ( ) sem flúor
3
ANEXO A

PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP


3
3
3
3
ANEXO B

AUTORIZAÇÃO PARA PESQUISA DO HOSPITAL INFANTIL NOALDO LEITE


3

ANEXO C
AUTORIZAÇÃO PARA PESQUISA DA SECRETARIA DE SAÚDE DE PATOS - PB
3
ANEXO D
NORMAS DA REVISTA

REVISTA: Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e Clínica Integrada

Diretrizes do autor
O MANUSCRITO ENVIADO PARA PUBLICAÇÃO DEVE SER ORIGINAL E A SUBMISSÃO
SIMULTÂNEA A OUTRA REVISTA, NACIONAL OU INTERNACIONAL, NÃO É
PERMITIDA.

MANUSCRITOS DEVEM SER APRESENTADOS POR UM DOS AUTORES DO


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NOSSOS CRITÉRIOS DE AUTORIA. ESPERAMOS QUE TODOS OS AUTORES ASSUMAM
PUBLICAMENTE A RESPONSABILIDADE PELO CONTEÚDO DO MANUSCRITO
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DESCRITAS NA PÁGINA DE TÍTULO.
É OBRIGATÓRIO FORNECER O NÚMERO ORCID (PESQUISADOR ABERTO E ID
CONTRIBUINTE) DO AUTOR CORRESPONDENTE E DE TODOS OS CO-AUTORES APÓS
A SUBMISSÃO DO MANUSCRITO AO PBOCI. O NÚMERO DE ORCID DE TODOS OS CO-
AUTORES DEVE SER FORNECIDO NA PÁGINA DE TÍTULO DO MANUSCRITO.

INSTRUÇÕES
4
O manuscrito deve ser escrito em INGLÊS (EUA), de uma forma clara, concisa e objetiva.
Contudo, quando o artigo é aceito (em português) os autores devem fornecer o ficheiro de texto em
inglês e também enviar a declaração do revisor técnico. Contate a PBOCI por apesb@terra.com.br
para obter informações sobre as empresas de tradução recomendadas. Não serão aceitas as revisões
linguísticas efetuadas por empresas que não forneçam o referido certificado.
O texto deve ser fornecido como ficheiro Word for Windows (doc), utilizando uma fonte tamanho
12 Times New Roman, tamanho de página A4, espaçamento simples e margens de 2,5 cm. O
comprimento do manuscrito é limitado a 15 páginas, incluindo referências, tabelas, e figuras.
1) PÁGINA TÍTULO: Título, Autor(es) [Nomes de todos os autores escritos por extenso, incluindo
os respectivos números de telefone e endereços electrónicos para correspondência] e Autor para
correspondência. Dados da filiação institucional/profissional de todos os autores, incluindo
Departamento, Colégio/programa, Universidade (ou outra instituição), Cidade, Estado, e País. NÃO
INCLUIR os títulos dos autores (DDS, MSc, PhD, etc.) ou posição (Professor, estudante de pós-
graduação, etc.). O número do ORCID de cada autor deve ser informado. As contribuições de todos
os autores devem ser descritas na página de título.
2) ABSTRACT: Um máximo de 280 palavras. O resumo deve ser estruturado com as seguintes
divisões: OBJETIVO, MÉTODOS, RESULTADOS, E CONCLUSÃO.

3) PALAVRAS-CHAVE: Variando de 3 (três) a 5 (cinco) cinco palavras-chave, escolhidas a partir


das palavras-chave registadas na Medical Subject Headings da U.S. National Library of Medicine
(https://meshb.nlm.nih.gov)
4) INTRODUÇÃO: Declarar o objetivo e resumir a fundamentação do estudo ou observação. O(s)
objetivo(s) e/ou hipótese do estudo deve(m) ser indicado(s) no último parágrafo. Evitar a
apresentação de uma extensa revisão do campo.
5) MATERIAL E MÉTODOS: Descrever claramente a sua seleção dos participantes da observação
ou experimentação (pacientes ou animais de laboratório, incluindo controlos), incluindo critérios de
elegibilidade e exclusão e uma descrição da população de origem. Identificar os métodos, aparelhos
(indicar o nome e endereço do fabricante entre parênteses), e procedimentos com detalhe suficiente
para permitir a outros trabalhadores reproduzir os resultados. Os autores devem ter considerado os
aspectos éticos da sua investigação e devem garantir que o projeto foi aprovado por um comité ético
apropriado, o qual deve ser declarado. O tipo de análise estatística deve ser descrito de forma clara e
cuidadosa.
6) RESULTADOS: Apresente os seus resultados numa sequência lógica no texto, tabelas e
ilustrações, dando primeiro os resultados principais ou mais importantes.
7) DISCUSSÃO: Esta é a única seção apropriada para comentários subjetivos e referência à
literatura anterior. Inferências, deduções e conclusões devem ser limitadas aos resultados do estudo
(generalização conservadora).
8) CONCLUSÃO: Isto deve explicar claramente as principais conclusões do trabalho, salientando a
sua importância e relevância.
9) CONTRIBUIÇÕES DO AUTOR
As contribuições individuais dos autores para o manuscrito devem ser especificadas nesta secção.
Por favor, utilizar iniciais para referir a contribuição de cada autor nesta secção, por exemplo: XXX
4
contribuiu para a concepção e concepção dos dados, realizou a experiência, análise e interpretação e
escreveu o manuscrito, XXX e XX conceberam o estudo e reviram criticamente o manuscrito, e
XXX realizou as experiências e reviram criticamente o manuscrito
10) REFERÊNCIAS: Todas as referências devem ser citadas no texto; caso contrário, estas
referências serão automaticamente removidas. Os autores são responsáveis por assegurar que a
informação em cada referência é completa e exata. Um máximo de 40 referências devem ser
numeradas consecutivamente na ordem em que aparecem no texto (Sistema Vancouver). Todas as
referências devem ser numeradas consecutivamente e as citações de referências no texto devem ser
identificadas usando números entre parênteses retos (por exemplo, "como discutido por alguns
autores [2]"; "como discutido noutro local [1,5,12]"). Favor incluir o número DOI.
MATERIAL NÃO REFERENCIADO E, SE POSSÍVEL, PUBLICAÇÕES NÃO INGLESAS
DEVEM SER EVITADAS. RESUMOS DE CONGRESSOS, ARTIGOS NÃO ACEITOS,
OBSERVAÇÕES NÃO PUBLICADAS, E COMUNICAÇÕES PESSOAIS NÃO PODEM SER
COLOCADAS NA LISTA DE REFERÊNCIA.
Se sete ou mais autores, enumerar até seis, seguidos de "et al.
As referências de revistas e livros devem ser apresentadas como nos exemplos seguintes:
1. Ramalli Jr. EL, Ho W, Alves M, Rocha EM. Progresso na ética da experimentação animal: Um
estudo de caso de uma escola de medicina brasileira e da literatura médica internacional. Acta Cir
Bras 2012; 27(9):659-63. https://doi.org/10.1590/S0102-86502012000900012
2. Gilstrap LC 3rd, Cunningham FG, VanDorsten JP. Obstetrícia operativa. 2ª ed., New York:
McGraw-Hill; 2002.
3. Basbaum AI, Jessel TM, The perception of pain. In: Kandel ER, Schwartz JH, Jessel TM.
Princípios da ciência neural. Nova Iorque: McGraw Hill; 2000. p. 472-91.
4. Ministério da Saúde, Departamento de Planeamento. Relatório Estatístico Anual. Abu Dhabi:
Ministério da Saúde, 2001.
Tabelas: devem ser numeradas consecutivamente com algarismos árabes e devem ter um título
explicativo. Cada tabela deve ser dactilografada numa página separada no que diz respeito à
proporção da coluna/página impressa e conter apenas linhas horizontais.
Figuras e ilustrações: Cada figura deve ter uma legenda.
O ORCID (Open Researcher and Contributor ID) é obrigatório a partir de 1 de Janeiro de 2019.
Como é que se obtém um?
1. Registe-se online em ORCID.ORG (https://orcid.org)
2. Comece a construir o seu registo ORCiD com a sua informação profissional e ligue-se aos seus
outros perfis online tais como Scopus, LinkedIn, Twitter ou ResearcherID.
3. Inclua o seu ORCiD na sua página web, quando submeter publicações, candidate-se a bolsas, e
em qualquer fluxo de trabalho de investigação para garantir que obtém créditos pelo seu trabalho.
Lista de verificação da preparação da submissão
4
Como parte do processo de submissão, os autores são obrigados a verificar a conformidade da sua
submissão com todos os itens seguintes, e as submissões podem ser devolvidas aos autores que não
aderem a estas diretrizes.

A submissão não foi previamente publicada, nem está perante outra revista para consideração (ou
foi dada uma explicação nos Comentários ao Editor).
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INGLÊS, RECOMENDAMOS QUE O SEU MANUSCRITO SEJA EDITADO
PROFISSIONALMENTE ANTES DA SUBMISSÃO OU LIDO POR UM COLEGA NATIVO DE
LÍNGUA INGLESA. O TEXTO DOS ARTIGOS ACEITES PARA PUBLICAÇÃO, DEVE SER
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AMERICAN JOURNAL EXPERTS, OU OUTRAS EMPRESAS). PARA PUBLICAR, DEVE
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(exceto com endereços URL); e todas as ilustrações, figuras e tabelas são colocadas no interior do
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